Depósito Residual de Ravinamento...................................................................................................Ravinement Lag Deposit

Dépôt résiduel de ravinement / Depósito de ravinamento / Ravinement Lag Anzahlung / 冲刷滞后存款 / Осадочные отложения, образованные вымыванием / Deposito residue di ravinement

Depósito associado com uma superfície de ravinamento.

Ver: " Superfície de Ravinamento "
&
" Cortejo Transgressivo "
&
" Erosão "

As superfícies de ravinamento e depósitos associados são frequentes nos cortejos transgressivos dos ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência. Estes cortejos sedimentares depositam-se em condições geológicas de nível alto (do mar), isto é, quando o nível do mar está mais alto do que o rebordo da bacia (não confundir com rebordo continental), o que acontece desde que uma subida relativa do nível do mar inunda a planície costeira do prisma de nível baixo (onde se encontra o rebordo continental). Desde que uma bacia sedimentar tenha uma plataforma continental, a cada subida relativa do nível do mar, a linha da costa desloca-se para o continente. Um tal deslocamento, para montante, da linha da costa produz uma erosão (embora pequena) dos sedimentos depositados anteriormente, o que cria uma superfície de ravinamento. Esta superfície é fossilizada durante a fase de estabilidade do nível do mar, que segue a subida relativa do mar, e durante a qual se depositam sedimentos que progradam para o mar. É isto que está ilustrado nos esquemas desta figura. No esquema superior (Tempo 1), a geometria progradante ilustra um prisma de nível baixo ou um período de estabilidade relativa do nível do mar entre duas subidas relativas (em aceleração) de um cortejo transgressivo. O esquema intermediário (Tempo 2), ilustra uma inundação da planície costeira, isto é, uma subida relativa do nível do mar, durante a qual glossifungitos se desenvolvem no fundo do mar. Estas estruturas são fossilizados pelas progradações dos sedimentos depositados durante a fase de estabilização do nível do mar, que segue à subida relativa. Para certos geocientistas, estas superfícies de ravinamento e os depósitos associados, que as fossilizam, tendem sempre a ocorrer quando o nível relativo do mar sobe em relação aos sedimentos subjacentes, quer seja em condições de alto ou baixo nível. Durante a parte terminal de um cortejo de nível baixo (CNB), o prisma de nível baixo (PNB), tem um sector proximal (junto ao continente) que é subaéreo. Se o nível do mar relativo sobe, forma-se uma superfície de ravinamento, que será fossilizada pelos sedimentos, que se depositaram durante a fase de estabilidade do nível relativo do mar. Embora depósitos de ravinamento sejam muito bem visíveis nos cortejos transgressivos, eles não são exclusivos destes cortejos.

Depósito de Talude, Apron, Avental..............................................................................................................................................................................................Apron

Tablier, Dépôt de talus / Apron, Depósito de talud / Schürze (Geologie), Slope Anzahlung / 围裙(地质), 边坡存款 / Фартук (геология), Отложения на склоне / Apron (geologia), Deposito di pendenza, Deposito di versante

Depósito argiloso situado na base do talude continental que forma o substrato dos cones turbidíticos de talude e que é fossilizado quer pelos depósitos de transbordo, diques marginais naturais e preenchimentos dos canais ou depressões turbidíticas. Em certos casos, a parte distal do apron pode ser coberta pelos cones submarinos de bacia. Sinónimo de Avental ou Depósito de Base do Talude.

Ver: « Cone Submarino do Talude »
&
« Cone Submarino da Bacia »
&
« Avental »

Os cones submarinos de talude (CST) podem depositar-se, directamente, sobre os cones submarinos de bacia (CSB). Um cone submarino de talude (CST) é composto por: (i) Apron ; (ii) Depósitos de Transbordo ; (iii) Preenchimentos de Canais ; (iv) Diques Marginais Naturais ; (v) Argilitos Distais ou externos e (vi) Argilitos de Abandono. Os argilitos de abandono depositam-se na parte superior dos canais turbidíticos, quando estes se tornaram inactivos. A morfologia dos registos eléctricos é, quase sempre, característica: (a) Os cones submarinos de bacia (CSB) - têm um raio gama (RG) e potencial espontâneo (PS) cilíndricos ; (b) O apron - tem um PS linear e um RG com fraca amplitude, mas crescentes para cima ; (c) Os depósitos de transbordos - tem um PS e RG oscilantes e (d) Os preenchimentos de canais - têm PS e RG decrescentes para cima. Em cortes geológicos e linhas sísmicas longitudinais (± perpendiculares ao talude continental), o apron repousa contra o sopé continental por biséis de agradação marinhos. Em certos casos, o apron pode estar, directamente, sobre os cones submarinos de bacia (CSB). Muitas vezes, os cones submarinos de bacia (CSB) estão muito afastados da base do talude continental (sobretudo quando são ricos em areia) e, nestes casos, os cones submarinos de talude (CST) e, particularmente, o apron repousam directamente sobre o limite inferior do ciclo-sequência, que na planície abissal, é uma conformidade, que correlaciona, a montante, com a discordância que define a base do ciclo estratigráfico. Aquilo a que, por vezes, se chama canal turbidítico corresponde muitas vezes à uma depressão, por sem-depósito, entre os diques marginais naturais. Essa depressão é fossilizada por sedimentos retrogradantes quando o nível relativo do mar começa a subir. Os argilitos de abandono e o envelope pelágico, que, em geral, fossilizam, os cones submarinos de talude depositam-se num período de tempo que pode ser mais de 1000 vezes superior ao tempo de deposição dos cones submarinos.

Depósito de Talude (basal)..................................................................................................................................................................................................................Apron

Dépôt de bas de talus / Depósito de talud / Ablagerung von geringer Neigung / 存款的低坡 / Отложение у подножия склона / Deposito di pendenza continentale inferiore

De maneira geral os depósitos de talude incluem todos os sedimentos depositados no talude continental: (i) Cones submarinos do talude (CST) ; (ii) Sedimentos progradantes do prisma de baixo nível (iii) Sedimentos progradantes do prisma de baixo alto. De maneira restrita, são os depósitos argilosos da base dos cones turbidíticos de talude. Os depósitos de transbordo, preenchimentos e os diques naturais depositam-se sobre os depósitos de talude, que, em certos casos, se depositam, directamente, sobre os cones submarinos de bacia. Sinónimo de Avental.

Ver : “ Cones Submarinos de Talude ”
&
" Turbidito "
&
" Avental "

Neste esquema estão representados os sistemas turbidíticos associados com as descidas relativas do nível do mar, que põem o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia ou do que a ruptura costeira da superfície de deposição (rebordo continental), quando a bacia não tem plataforma continental. Estes sistemas turbidíticos estão associados com as discordâncias e depositam-se durante períodos com condições geológicas de nível baixo (do mar), o que não é o caso de certos depósitos turbidíticos de E. Mutti (1995), que se depositam quando nível do mar está mais alto do que rebordo da bacia. Neste esquema, acima do substrato (ciclo-sequência subjacente), na planície abissal, depositaram-se os cones submarinos de bacia (CSB), que marcam a idade da discordância da base do novo ciclo-sequência. Por cima dos cones submarinos de bacia (CSB) depositaram-se os cones submarinos de talude (CST). Cada cone submarino de talude é composto por: (i) Depósitos de Talude (stricto sensu), que formam o avental ou base do cone ; (ii) Depósitos de Transbordo, que entre eles definem uma depressão, geralmente chamada, de maneira errada, canal, ao longo da qual as correntes se escoam ; (iii) Depósitos de Preenchimento que fossilizam a depressão ; (iv) Diques Marginais Naturais, que na parte proximal têm uma fácies arenosa ; (v) Rochas Argilosas Distais e (vi) Rochas Argilosas de Abandono, as quais se depositam-se na parte superior dos depósitos de preenchimento. A morfologia dos registos eléctricos destes depósitos é típica: a) Os cones submarinos da bacia têm um RG (raio gama) e PS (potencial espontâneo) cilíndricos ; b) Os depósito do talude têm um PS e RG de fraca amplitude ; c) Os depósitos de transbordo têm um PS e RG oscilantes e d) Os depósitos de preenchimento têm um PS e RG grano e estratodecrescente para cima.

Depósito de Tempestade e Tsunami.............................................................................................Storm & Tsunamis Deposit

Dépôt de tempête et tsunami / Depósito de tempestad y tsunamis / Sturm Anzahlung & Tsunamis / 风暴沉积与海啸 / Отложения, образовавшиеся в результате шторма или цунами / Deposito di tempesta e tsunami

Os tsunamis (vagas de porto) e as grandes tempestades, particularmente os furacões, são capazes de inundar as regiões litorais e depositar sedimentos arenosos, a montante da praia. Uma identificação correcta nos registos geológicos das camadas arenosas depositadas por um tsunami ou de um depósito da tempestade é importante para avaliar a frequência destes eventos e assim avaliar o risco que eles podem produzir.

Ver: " Delta de Tempestade "
&
" Onda Sísmica "
&
" Acção das Vagas (mar muito agitado)"

Tempestades e tsunamis ocorrem nos oceanos, quer à escala humana, quer à escala geológica. As tempestades estão associados a condições meteorológicas particulares. Certos tsunamis resultam do deslocamento de dois blocos falhados debaixo do mar. Outros, são o resultado de deslizamentos submarinos importantes, erupções vulcânicas ou do impacto de meteoritos de dimensões significativas. Recentemente, nos onshores (em terra), os geocientistas começaram a estudar os depósitos induzidos pelos tsunamis e a utilizá-los para identificar as áreas onde tsunamis são, altamente, prováveis. Estes estudos deram resultados surpreendentes. Várias perguntas ainda estão sem resposta, como, por exemplo: como é que se podem diferenciar os depósitos de tsunami dos associados com as grandes tempestades? Os depósitos de tsunami têm um enorme potencial para registar a velocidade e profundidade do escoamento. Na Lagoa de Óbidos, em Portugal, quatro intervalos estratigráficos depositaram-se em associação com o tsunami criado pelo terramoto de Lisboa de 1755, que nesta área, provavelmente, atingiu uma altura de cerca de 20 metros e uma penetração de cerca de 2,5 km (Sousa Moreira, 1993): (i) Argilito Grosseiro ; (ii) Areia Verde ; (iii) Rocha Argilosa Fina e (iv) Rocha Argilosa Fina com Intercalações de Areia. O terramoto do 1° de Novembro de 1755, que, na realidade, corresponde a três tremores de terra (9h 40m, 10 h e 12 h da manhã), que geraram um tsunami com cerca de 15-20 m de altura, é o quarto terramoto importante na área de Lisboa (1009, 1344, 1535 e 1755). Nesta fotografia estão ilustrados dois depósitos de tsunami (cinzento claro) entre depósitos de turfa (cinzento escuro), na ilha de Phra Thong a 125 km ao norte da ilha de Phuket, na Tailândia. Estes depósitos foram induzidos por um tremor de terra de 1881 que ocorreu ao longo da fossa oceânica de Sonda, o qual produziu um tsunami com menos de 1 metro de altura (segundo uma estação de controlo das marés na Índia).

Depósito de Transbordo (canal)........................................................................................................................................................Overbank Deposit

Dépôt de débordement/ Depósito de desbordamiento (canal) / Ablagerung Überlauf (Kanal) / 存款溢出(频道) / Пойменное отложение / Deposito di alluvionamenti (canale)

Depósito formado por sedimentos, geralmente, finos, depositados por suspensão a partir de uma corrente excessiva que não pode ser contida, totalmente, no canal ou na depressão (entre os diques marginais naturais, nos sistemas turbidíticos), onde ela se escoa para jusante. Este tipo de depósito encontra-se nos ambientes fluviais e turbidíticos.

Ver: " Depósito de Planície de Inundação "
&
" Depósito de Talude "
&
" Cone Submarino do Talude "

Os depósitos de transbordo e os preenchimentos das depressões (por vezes chamadas "canais"), por onde passaram as correntes de turbidez, estão sempre associados com os cones submarinos de talude (CST). Desde que uma corrente de turbidez encontra uma ruptura de declive importante no seu trajecto para a planície abissal, ela desacelera, perde competência e começa por depositar dois lóbulos alongados, mais ou menos, paralelos, separados por uma área em que nada se depositou. A área sem deposição corresponde à zona onde a corrente de turbidez passou com mais velocidade e transportou para mais longe os outros sedimentos. Mais tarde (o que pode corresponder a centenas de anos), se uma nova corrente de turbidez se forma no mesmo lugar, ela vai, provavelmente, ser canalizada pela área de sem deposição (lei da menor energia). Se a corrente for, suficientemente, importante (espessa) em relação a depressão entre os lóbulos depositados, novos depósitos de transbordo se depositam de cada lado, sobre os já existentes, o que exagera a morfologia negativa da área de passagem. Quanto maior for a depressão (se há erosão ela é mínima) entre os depósitos de transbordo mais as futuras correntes serão canalizadas. Se por qualquer razão as correntes de turbidez tomarem uma outra trajectória, as depressões entre os depósitos de transbordo serão, mais tarde, preenchidas (em retrogradação), em geral, por sedimentos arenosos. Nesta fotografia (Cantão de Culberson, Texas. EUA) tirada por Peter A. Scholle (1999), os depósitos de transbordo visíveis na parte inferior contrastam com o preenchimento de areia de uma depressão canalizante. Não existe nenhuma erosão evidente entre eles. É mais que provável que eles pertençam a cones submarinos de talude diferentes. Se isso não for o caso, de qualquer maneira, o preenchimento é mais recente que os depósitos de transbordo, os quais são contemporâneos das correntes turbidíticas.

Depressão Oceânica ........................................................................................................................................................................................................Oceanic basin

Déptression océanique/ Depresión oceánica / Seebecken / 洋盆 / Океаническая впадина / Bacino oceanico

Grande área deprimida do fundo oceânico, entre 4000 e 6000 metros de profundidade, alongada ou arredondada, com ou sem relevos isolados e limitada por colinas abissais ou dorsais oceânicas.

Ver: " Assoalhado Oceânico "
&
" Bacia Oceânica "
&
" Abissal "

Na estratigrafia sequencial, o conceito de depressão oceânica é extremamente importante, uma vez que a evolução das bacias oceânicas, que não são outra coisa, que o conjunto das depressões oceânicas, desempenham um papel primordial nas variações eustáticas do nível do mar, as quais controlam, em grande parte, o espaço disponível para os sedimentos (acomodação). A importância da evolução das bacias oceânica é condicionada pela não refutação (pelo menos até hoje) de uma conjectura de base, que diz que a quantidade de água, em todas as suas formas (liquida, sólida e gasosa), é constante desde a formação da Terra, isto é, desde à cerca de 4,5 G (mil milhões) de anos. Como ilustrado nestes esquemas, as dimensões de uma bacia oceânica são, em grande parte, condicionadas pela velocidade da expansão oceânica, quer isto dizer, pela taxa de formação de crusta oceânica nova. Quando a taxa de expansão oceânica é grande, a morfologia (altura e extensão lateral) das montanhas oceânicas é muito importante. Elas não têm tempo suficiente para arrefecer e diminuir de volume, de maneira, que o volume da bacia oceânica torna-se mais pequeno, uma vez que uma parte do volume, que inicialmente era ocupado pela água é ocupado pelas montanhas, que forma a nova crusta oceânica. Neste caso, assumindo, que a quantidade de água (sob todas as suas formas) é constante, o nível da água dos oceanos sobe e invade os continentes. Quando a taxa de oceanização é lenta, é o contrário que se passa. A crusta oceânica nova tem tempo suficiente para arrefecer, o que implica um aumento de densidade e uma diminuição do volume, o que cria bacias oceânicas mais volumosas. Neste caso, o nível do mar vai desce, uma vez que o volume das bacias oceânicas é maior para a mesma quantidade de água. A descida do nível do mar pode criar condições geológicas de nível baixo, as quais implicam a exumação das plataformas continentais. Pode dizer-se, que a variação do volume das bacias oceânicas tem implicações directas na eustasia: (i) Quando a taxa de oceanização é forte, o nível do mar, em geral, é alto e (ii) Quando ela é fraca, o nível do mar é mais baixo do que o rebordo da bacia.

Derrame de Fenda..................................................................................................................................................Crevasse Splay, Crevasse-Deposit

Éventail de crevasse / Derrame de ruptura / Crevasse -Hinterlegung / 决口存款 / Конус прорыва прируслового вала / Crepaccio deposito

Corpo sedimentar, geralmente, de geometria lobular depositado na planície de inundação de um rio a partir da água que se escapou da corrente principal por uma fenda.

Ver: « Rio »
&
« Inundação »
&
« Corrente de Escape (turbiditos) »

Como ilustrado nesta figura, uma derrame de fenda é um pequeno leque aluvial, que se forma na planície de inundação de um rio, quando a corrente é muito carregada de sedimentos e arrebenta o dique marginal natural que a borda (fenda). Certos geocientistas definem um derrame de fenda como a topografia, que resulta no local onde um dique marginal natural (ou artificial) é rompido, normalmente, durante uma cheia. Uma vez que a água carregada de sedimentos passa a ruptura (fenda), ela dispersa os sedimentos transportados na bacia de inundação formando um leque ou cone sedimentar. Função da quantidade da descarga através da fenda de ruptura e da carga sedimentar os componentes de um derrame de fenda podem ser diferentes. O componente mais frequente é um canal de derrame o qual tem tendência a formar canais distributivos a partir da fenda de ruptura como é o caso no exemplo, ilustrado nesta figura. Neste derrame de fenda, quatro canais distributivos, pelo menos, podem pôr-se em evidência, com dois muito importantes, que formam mesmo cordões entrançados entre os quais a água, que se desviou do canal principal se escoa paralelamente a este. Em muitos casos, pode falar-se de derrames de fenda com diferentes lóbulos. Em certos caso, os canais dos derrame de fenda podem ter diques marginais naturais, mais ou menos, sinuosos, que se formam durante os períodos de cheia. Em geral, e ao contrário do que está ilustrado nesta fotografia, os derrames de fenda, que também são chamados derrames de crevasse, formam-se de preferência nos bancos opostos às barras de meandro (acumulação de limo, areia, areão ou cascalho, pouco ou não consolidada, depositada na água frouxa na parte convexa de um meandro), onde a geometria é côncava e onde a erosão se faz mais sentir. Os derrames de fenda, em geral, são muito mais frequentes no lado onde se depositam os diques marginais naturais, os quais correspondem a uma agregação de depósitos de inundação e, por isso, eles indicam não só natureza dos sedimentos transportados, mas também os regimes de escoamento do rio durante períodos que variam entre 100 e 1000 anos.

Desagregação (rochas)..............................................................................................................................................................Disaggregation, Disintegration

Désagrégation / Desagregación / Auflockerung, Auflösung / 解体 / Разрушение (размельчение) / Disaggregazione, Disintegrazione

Separação ou redução de um agregado (rocha) nos seus componentes. A alteração mecânica, isto é, o processo de desintegração de uma rocha pela acção do gelo, crescimento de cristais, absorção de água e outros processos físicos, são exemplos típicos de desagregação.

Ver: " Erosão "
&
" Sedimentação "
&
" Transporte (sedimentos) "

Como todos os geocientistas sabem, existem três classes principais de materiais terrestres. As primeiras acreções da crusta terrestre fazem-se sob a forma de magma derretido, que quando arrefece se solidifica quer em vidro vulcânico ou num agregado de minerais. Tais rochas são designadas como rochas ígneas ou magmáticas. As rochas sedimentares resultam de uma acumulação mecânica de fragmentos de partículas pré-existentes, assim como de precipitações químicas a partir da água. As rochas metamórficas englobam todas as outras rochas, cujos minerais originais e/ou texturas foram alterados de maneira significativa por variações da temperatura e pressão e/ou por deformação. Normalmente, o metamorfismo ocorre a profundidades consideráveis no interior da crusta terrestre. Os solos resultam da alteração química e desagregação mecânica das rochas. A desintegração de uma rocha, pode fazer-se de maneiras diversas, as quais se podem agrupar em duas grandes classes: (i) Mecânica, como, por exemplo, uma ruptura da rocha em pedaços mais pequenos, isto é sem mudança de composição, ou por fracturação ou desagregação dos cristais que a formam e (ii) Química, como por exemplo por transformação ou decomposição de um mineral em outro através de processos químicos, nos quais água actua como um agente muito importante. Entre os variados processos mecânicos que criam fracturas nas rochas, os mais comuns são: (a) Expansão-Compressão, com efeito variações da temperatura e pressão significativas induzem fases de compressão e expansão que fracturam as rochas, sobretudo quando os minerais que as compõem têm taxas de expansão e contracção diferentes ; (b) Regime Tectónico, na verdade, qualquer que seja a orientação do σ_1, (vertical ou horizontal) do elipsóide dos esforços efectivos, as rochas quando submetidas a um regime tectónico fracturam-se sempre paralelamente ao σ_2 ; (c) Descarregamento por Erosão. Entre os processos que aumentam o tamanho das fracturas, a compressão induzida por congelamento e pelo crescimento das raízes das plantas são os mais comuns.

Descarbonatização............................................................................................................................................................................................................Decarbonation

Décarbonation / Descarbonatación / Entkohlung, Dekarbonatisierung / 脱碳 / Обезуглероживание / Decarbonatazione

Remoção de dióxido de carbono (CO2). As rochas dolomíticas, por exemplo, quando aquecidas pela intrusão de granitos são descarbonatizadas. A descarbonatização de minerais requer, em geral, uma grande quantidade de calor, uma vez que tais reacções são altamente endotérmicas.

Ver: " Calcário "
&
" Efeito de Estufa Natural "
&
" Clima "

(i) Uma reacção química endotérmica é uma reacção cuja energia total, disponível sob a forma de calor (entalpia), isto é, a pressão constante, dos seus produtos é maior que a dos seus reagentes, ou seja, ela absorve energia na forma de calor ; (ii) O calor é a energia transferida de um sistema a outro, exclusivamente, em virtude da diferença de temperaturas entre eles e (iii)A temperatura, é energia cinética associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que compõem um dado sistema físico. A descarbonatização é altamente endotérmica, uma vez que o incremento da entalpia é positivo (a entalpia dos reagentes é menor do que a dos produtos). O ciclo de carbono abiótico representado acima ilustra uma descarbonatização sem a intervenção de seres vivos. As trocas de carbono entre a atmosfera e oceanos controlam o pH destes, os quais podem actuar como fonte ou sumidouro de carbono. Junto às correntes ascendentes o oceano funciona como fonte e junto às correntes descendentes como sumidouro. Quando o CO2 entra no oceano ele participa a uma série de reacções: (a) Dissolução: CO2 (atmosférico) ➝ CO2 (dissolvido) ; (b) Formação de Ácido Carbónico : CO2 (dissolvido) + H2 ➝ OH2 CO3 ; (c) Primeira Ionização : H2 CO3 ➝ H+ + HCO3- (ião de bicarbonato) ; (d) Segunda Ionização : HCO3-➝ H+ + CO3-− (ião de carbonato). Nos oceanos, o carbonato dissolvido pode combinar-se com o cálcio dissolvido para precipitar carbonato de cálcio sólido (CaCO3-), principalmente, sob a forma de conchas dos organismos microscópicos. Quando esses morrem, as conchas acumulam-se no fundo do oceano. Com o tempo, estes sedimentos carbonatados formam calcários, que são o maior reservatório de carbono. O cálcio dissolvido nos oceanos provém da alteração química das rochas carbonatadas, durante a qual o ácido carbónico e outros das águas subterrâneas reagem com as rochas carbonatadas. A subducção e o vulcanismo associados às margens convergentes retornam o carbono para a atmosfera sob a forma de dióxido de carbono.

Descarregamento por erosão......................................................................................................................................................................Unloading

Déchargement par érosion / Descarga por erosión / Entladung / 卸载 / Разгрузка (опорожнение) / Scaricamento, Scarico da erosione

Diminuição da pressão confinada produzida por uma erosão das rochas sobre-jacentes. Desta diminuição resulta, muitas vezes, numa expansão das rochas sub-jacentes que é acompanhada pelo desenvolvimento de fracturas de relaxação.

Ver: " Glacio-eustasia "
&
" Erosão "
&
" Orogenia "

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Mar do Norte reconhece-se, facilmente, uma margem continental divergente abortada. De baixo para cima, identifica-se: (i) A Descontinuidade de Moho ou Mohorovičić (descontinuidade na velocidade das ondas P, que marca o limite entre os gabros e os peridotitos subjacentes) ; (ii) O Soco ; (iii) O Substrato Paleozóico ; (iv) As Bacias de Tipo-Rifte Mesozóicas associadas a um alongamento da crusta continental induzido por regime tectónico extensivo (σ1 vertical) e (v) Uma Bacia Cratónica Cenozóica. Nesta região, o regime tectónico extensivo, provavelmente, induzido por uma anomalia térmica profunda, não foi insuficiente para romper a crusta continental ou, então, a anomalia térmica deslocou-se lateralmente para outra região. De qualquer maneira, não houve individualização de duas placas litosféricas e assim, em vez, de se formarem duas margens divergentes de cada lado de uma crusta oceânica recente e por cima da crusta continental, formou-se, unicamente, uma bacia cratónica por cima da crusta continental (soco, Paleozóico e bacias do tipo rifte). Isto quer dizer, que esta região nunca foi submetida a regimes tectónicos compressivos e, que as deformações observadas nesta tentativa de interpretação, são, principalmente, em extensão (os sedimentos foram alargados e não encurtados). Isto parece verdade, não só para as deformações induzidas pelo sal (halocinese), mas também para o levantamento isostático observado na parte Este da região. As estruturas antiformas (não anticlinais) induzidas pelo sal são em extensão. As deformações associadas ao levantamento isostático (que ainda hoje continuam, uma vez que o equilíbrio ainda não foi atingido), o qual resulta da fusão da calote glaciar que cobria a parte Norte da Europa, são, como as deformações induzidas pelo levantamento criado pelos domas de sal, estruturas em extensão. A erosão associada ao levantamento isostático, que é evidente na parte Este desta tentativa, provocou um descarregamento importante das pressões da coluna sedimentar subjacente.

Descida Relativa (nível do mar) ..................................................................................................................................................Relative Fall of Sea Level

Chute relative (níveau de la mer) / Descenso relativo (nivel del mar) / Relativen Rückgang des Meeresspiegels / 海平面相对下降 / Относительное снижение (уровня моря) / Caduta relativa del livello del mare

Descida aparente do nível mar em relação à superfície de deposição subjacente. Uma descida relativa do nível mar pode ser criada, quando o nível do mar desce e a superfície de deposição sobe, resta estacionária ou desce lentamente. Da mesma maneira, uma descida relativa pode ser criada, quando o nível do mar é estacionário e a superfície de deposição sobe, ou quando o nível do mar sobe e a superfície de deposição sobe mais rapidamente. Uma descida relativa do nível do mar reconhece-se pelo deslocamento para o largo e para baixo dos biséis de agradação costeira.

Ver: " Subida Relativa (do nível do mar) "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
&
" Agradação "

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do onshore de Timan-Pechora (Rússia), a discordância principal (em tracejado) é uma superfície de erosão, que foi causada por uma descida relativa do nível do mar importante. Ela limita sedimentos, que foram truncados (sedimentos subjacentes) e sedimentos, que repousam contra ela (sedimentos sobrejacentes) por biséis de agradação. Os sedimentos subjacentes à discordância foram, parcialmente, erodidos como o sugerem os biséis superiores (por truncatura) e também a variação de espessura do intervalo sedimentar imediatamente debaixo da discordância. Os sedimentos sobrejacentes fossilizam a superfície de erosão (discordância) por biséis de agradação, neste caso biséis de agradação costeira, que são, particularmente, bem marcados. Todas as discordâncias, mesmo aquelas, que, localmente, foram reforçadas pela tectónica, são superfícies de erosão, mais ou menos, bem visíveis, induzidas por descidas relativas do nível do mar, que põem o nível do mar debaixo do rebordo da bacia ou da planície costeira, quando a bacia não tem plataforma. Quando uma bacia sedimentar não têm plataforma, praticamente, o rebordo da bacia coincide com o limite externo da planície costeira ou, por outras palavras, com a linha da costa. Mesmo quando a subsidência é importante, é a eustasia que determina as descidas relativas do nível do mar e a ciclicidade dos depósitos e não a tectónica, uma vez que as variações eustáticas são muito mais rápidas, e frequentes, que as mudanças tectónicas (exclusão, provável, nas bacias de antepaís). É por isso, que a idade de uma discordância é dada pela descida do nível do mar associada, a qual é dada pela idade dos cones submarinos de bacia, que elas induzem (idade do mais pequeno hiato de deposição).

Desconformidade..................................................................................................................................................................................................................Disconformity

Disconformité / Disconformidad / Disconformity, Nichtkonformität / 不合格 / Несогласие / Disconcordanza, Non conformità

Quando os estrato, ou reflectores sísmicos, são, mais ou menos, paralelos a um limite de um ciclo estratigráfico ou quando não há grande evidência de uma terminação dos estratos ou reflectores, contra um limite de um ciclo estratigráfico. No campo, uma desconformidade não implica, necessariamente, uma erosão, a qual, em geral, quando pequena, não é visível nas linhas sísmicas. Uma determinada quantidade de erosão ocorre em todos os limites dos ciclos estratigráficos. Os intervalos de tempo associados com uma discordância ou desconformidade podem representar períodos, mais ou menos, prolongados, de exposição subaérea com um mínimo de erosão, como vales ou canais cavados, os quais, muitas vezes, são inferiores à resolução sísmica.

Ver: " Conformidade "
&
" Discordância "
&
" Descida Relativa (do nível do mar) "

Nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore sul da Ilha aos Ursos (Noruega), as superfícies de erosão, que caracterizam as discordâncias (superior e inferior), que limitam a bacia do tipo-rifte são bem individualizadas, uma vez que elas foram reforçadas pela tectónica (discordâncias angulares). Ao contrário, os limites entre os diferentes pacotes sedimentares considerados na margem divergente devem, pelo menos nas primeiras tentativas de interpretação, ser considerados como desconformidades, uma vez que, sismicamente, nenhuma superfície de erosão se pode pôr em evidência. As configurações internas dos pacotes sedimentares, que formam esta margem divergente, são, mais ou menos, paralelas, e nenhum terminação de bisel de agradação ou progradação existe entre eles. Os biséis de agradação, visíveis nesta tentativa, são os que fossilizam a discordância associada a ruptura da litosfera, isto é, a discordância, que limita superiormente a bacia do tipo-rifte. É possível que, noutras linhas, as desconformidades possam ser consideradas como discordâncias. Se numa linha paralela, o preenchimento de um vale cavado ou canhão submarino for identificado ao longo de uma desconformidade, ela deve ser considerada, por correlação lateral, como uma discordância, induzida por uma descida relativa do nível do mar. É por isso, que um interpretador tenta sempre localizar os diferentes rebordos da bacia, onde os biséis de agradação são mais fáceis de pôr em evidência.

Descontinuidade de Conrad..............................................................................................................................................Conrad Discontinuity

Discontinuité de Conrad / Discontinuidad de Conrad / Conrad - Diskontinuität / 康拉德不连续 / Поверхность Конрада / Discontinuità di Conrad

Superfície sub-horizontal na crusta continental a partir da qual a velocidade das ondas sísmicas aumenta de maneira descontínua. Nas regiões continentais, esta descontinuidade encontra-se, em geral, entre 15 e 20 km de profundidade, contudo, ela não se encontra nas regiões oceânicas. A maior parte dos geocientistas consideram a descontinuidade de Conrad como o limite entre a crusta superior e inferior.

Ver: " Crusta "
&
" Descontinuidade de Moho "
&
" Litosfera "

A descontinuidade de Conrad é considerada como o limite entre a crusta continental superior e inferior. Esta descontinuidade não é tão pronunciada como a descontinuidade de Mohorovicic, e não se reconhece em certas regiões continentais. Até meados do século XX a crusta superior em regiões continentais era considerada como composta de rochas félsicas como o granito (SIAL), e a crusta inferior como composta por rochas máficas mais mais ricas em magnésio, como, por exemplo, o basalto (SIMA). Os geocientistas dessa época consideravam que a descontinuidade de Conrad devia corresponder a um contacto brusco entre as duas camadas da crusta quimicamente distintas, isto é entre o SIAl e SIMa. A partir da década de 1960 esta hipótese foi, fortemente, contestada. A partir do estudo das ondas sísmicas, os geocientistas encontraram que entre 7,5 e 8,6 km abaixo da superfície, existe uma evidente descontinuidade. Uma tal descontinuidade significa que acima dela, as ondas sísmicas viajam a uma velocidade muito diferente do que debaixo dela. É esta descontinuidade, que se encontra debaixo de todos os continentes que se chama: descontinuidade de Conrad. Os geocientistas esperavam encontrar uma mudança brusca e significativa no tipo de rocha (granito-basalto) a quando da perfuração da descontinuidade de Conrad na província de Kola. Eles não encontraram nenhuma transição até 12 quilómetros de profundidade (mais ou menos a profundidade total do poço). Isto foi um choque e significa que actualmente, ninguém sabe o que representa a descontinuidade de Conrad. Ela não corresponde a nenhum tipo de mudança litológica, nenhuma falha ou limite de qualquer espécie. É importante não esquecer que a modelização desta estrutura invisível da crosta da Terra depende de uma interpretação realista de registos sísmicos.

Descontinuidade nos Estratos......................................................................................................................................Stratal Discontinuity

Discontinuité dans les strates / Discontinuidad de estratos / Diskontinuität der Schichten / 间断地层 / Разрыв слоев / Discontinuità degli strati

Qualquer das superfícies estratigráficas criadas pela erosão ou por sem-depósito. 

Ver: " Concordância "
&
" Discordância "
&
" Desconformidade "

As descontinuidades nos estratos podem ser: (i) Discordâncias ; (ii) Desconformidades e (iii) Hiatos por sem-deposição. Todas estas superfícies, quando representadas num diagrama cronostratigráfico, são, em geral, compostas por dois segmentos sub-horizontais separados por um talude. A idade das discordâncias é dada pela idade do hiato mínimo, o qual, na grande maioria dos casos, é localizado na base do talude ou planície abissal, onde, praticamente, há uma continuidade de sedimentação. O limite de um ciclo estratigráfico, como, por exemplo o limite inferior de um ciclo-sequência, corresponde a uma superfície de erosão (discordância) a qual representa um hiato antigo criado pela erosão (pelo menos à montante do rebordo da bacia). Dentro de um ciclo-sequência, um hiato mais recente do que o associado à discordância inferior, que o limita, é, geralmente, um hiato por sem-deposição. Neste diagrama cronostratigráfico estão representadas: (i) Eustasia ; (ii) Terminações das Reflexões ; (iii) Descontinuidades dos Estratos, isto é, os biséis de agradação, progradação e biséis somitais ; (iv) Hiatos ; (v) Discordâncias e (vi) Paleobatimetria. As superfícies principais da base das progradações e as superfícies dos biséis de agradação são facilmente identificadas, uma vez que as primeiras inclinam para a terra, neste caso para a esquerda, mas progradam para a direita, isto é em direcção do mar. As superfícies de agradação, que fossilizam as discordância, inclinam para a direita (para o mar), mas invadem o continente (esquerda). Os biséis somitais ou biséis superiores reconhecem-se debaixo das discordâncias, mas deslocam-se para a direita (para o mar), ao contrário dos biseis de agradação. Os hiatos máximos e mínimos reconhecem-se facilmente, o que permite uma datação correcta as discordância (hiato mínimo). A paleobatimetria aumenta para jusante (direita). As superfícies dos biséis de agradação, em água profunda, sugerem cones submarinos da bacia ou talude. A única maneira de datar correctamente uma discordância, é de datar os cones submarinos da bacia associados com a descida relativa do nível do mar que provocou a superfície de erosão (discordância), o que quer dizer, que em todo os os outros casos, o erro da datação é muito maior.

Descontinuidade de Guttenberg.............................................................................................................Guttenberg Discontinuity

Discontinuité de Guttenberg / Discontinuidad de Guttenberg / Gutenberg - Diskontinuität / 古登堡界面 / Граница Гутенберга / Discontinuità di Gutenberg    

Descontinuidade entre o manto e núcleo da Terra. Esta descontinuidade é sublinhada por uma diminuição importante da velocidade das ondas sísmicas P e desaparecimento total das ondas sísmicas S, o que sugere que a parte externa do núcleo terrestre está, provavelmente, no estado líquido.

Ver: " Terra "
&
" Sial "
&
" Descontinuidade de Moho "

A descontinuidade de Gutenberg ocorre dentro do interior da Terra a uma profundidade de aproximadamente 2900 quilómetros debaixo da superfície, onde há uma mudança abrupta no comportamento das ondas sísmicas (geradas por terremotos ou explosões) que viajam através da Terra. A esta profundidade, as ondas sísmicas primárias (ondas P) diminuem de velocidade, enquanto que as ondas sísmicas secundário (ondas S) desaparece completamente. Como as ondas S não podem transmitir-se através dos líquidos, os geocientistas pensam que o intervalo acima da descontinuidade de Gutenberg é sólido, enquanto o intervalo subjacente é líquido. Esta mudança marca o limite entre duas camadas do interior da Terra, conhecidas como o manto inferior (que é considerado sólido) e o núcleo exterior ( que é considerado como fundido). Pensa-se que a secção líquida do núcleo externo é mais quente do que o núcleo sobrejacente de cerca de 700° C. Ela é também mais densa, provavelmente, devido a uma maior percentagem de ferro. Este limite entre o núcleo e manto, que foi individualizado pela variação de ondas sísmicas a esta profundidade, é muitas vezes referida como a limite núcleo-manto, ou a CMB ("core-mantle boundary" em inglês). Este limite ou descontinuidade de Guttenberg corresponde a uma zona estreita com ondulações que podem ser atingir 5-8 km de largura. As ondulações são afectados pelas correntes convecção do manto sobrejacente, o que, eventualmente, pode ser a força motriz de movimento das placas tectónicas da litosfera. Estas ondulações no limite núcleo-manto são também afectados pelos redemoinhos e correntes subjacentes dentro do núcleo externo, dos fluidos ricos em ferro, que são responsáveis pelo campo magnético da Terra. O limite entre o núcleo e manto não permanece constante. Como o calor do interior da Terra se dissipa lentamente, o núcleo líquido solidifica-se ao mesmo tempo que se contrai gradualmente dentro da Terra, o que causa um deslocamento em profundidade do limite núcleo-manto dentro do núcleo da Terra.

Descontinuidade de Moho...........................................................................................................................................................Moho Discontinuity

Discontinuité de Moho / Discontinuidad de Mohorovičić / Mohorovičić - Diskontinuität / 莫氏不連續面 / Граница Мохо / Discontinuità di Mohorovičić

Limite entre a crusta e manto terrestre. A descontinuidade de Moho, que se situa, inteiramente, na litosfera, separa a crusta continental e oceânica do manto subjacente. Entre as rides oceânicas médias, a descontinuidade de Moho marca o limite entre a litosfera e a astenosfera. É sinónimo de Descontinuidade de Mohorovicic.

Ver: " Litosfera "
&
" Crusta "
&
" Descontinuidade de Mohorovicic "

A descontinuidade de Mohorovicic foi identificada pela primeira vez em 1909, por Andrija Mohorovicic, quando ele observou que nos sismogramas dos sismos de foco superficial existam dois conjuntos de ondas P e S, um que seguia uma trajectória perto da superfície da Terra e outra que era refractado por um meio de alta velocidade. A descontinuidade de Mohorovicic está, mais ou menos, a 5-10 km abaixo do fundo do oceano e cerca de 20-90 km debaixo dos continentes (em média 35 km). Imediatamente acima desta descontinuidade, as velocidades das ondas sísmicas primárias (ondas P) são as do basalto (6,7-7,2 km / s), e abaixo (7,6 - 8,6 km / s) as dos peridotitos ou dunitos (peridotito ultramáfico constituído sobretudo por olivina com piroxena, plagioclase ou cromite como minerais acessórios). Isto sugere que ela marca uma mudança de composição. Até hoje ninguém a conseguiu testar, não só por que seria muito caro, mas também devido à condições extremas de temperatura e pressão. O poço mais profundo que foi perfurado, até a hoje, foi localizado na península de Kola (Rússia). Este poço atingiu uma profundidade de cerca de 12 km. A perfuração para atingir a descontinuidade de Moho através crusta oceânica foi um fracasso. Contudo, existem, afloramentos do material do manto, que foi trazido à superfície pelas deformações tectónicas. Em geologia, por vezes o termo descontinuidade é utilizado para designar uma superfície que marca uma mudança de velocidade das ondas sísmicas, como no caso da descontinuidade de Mohorovicic (referida, por vezes, como "Moho"), mas isto nem sempre é o caso. O mapa ilustrado nesta figura mostra a espessura da crusta terrestre. Os maiores valores (cores escuras) estão debaixo das grandes montanhas como: Andes (oeste da América do Sul), Montanhas Rochosas (oeste da América do Norte), Himalaias (norte da Índia no Sul da Ásia central) e Urais (norte-sul alinhamento entre Europa e Ásia).

Descontinuidade de Mohorovičić (Moho)..................................................................................Mohorovicic discontinuity

Discontinuité de Mohorovicic (Moho) / Discontinuidad de Mohorovicic (Moho) / Mohorovičić-Diskontinuität / 莫氏不連續面 / Поверхность Мохоровичича / Discontinuità di Mohorovičić

Limite entre a crusta e manto terrestre. Sinónimo de Descontinuidade de Mohorovicic.A descontinuidade de Mohorovicic, que se situa, inteiramente, na litosfera, separa a crusta continental e oceânica do manto subjacente. Entre as rides oceânicas médias, a descontinuidade de Mohorovicic marca o limite entre a litosfera e a astenosfera.

Ver : "Crusta"
&
" Descontinuidade de Conrad "
&
" Descontinuidade de Gutenberg "

Dia 8 de Outubro de 1909, um forte sismo atingiu o vale do rio Kupa, com o epicentro O perto de Pokupsko (40 km a sudeste de Zagreb). Os edifícios em tijolo e pedra foram muito danificados, mas não houve nenhum dano nas casas construídas em madeira. O terremoto foi registado nas estações sismológicas de muitos países europeus. Mohorovicic para estudar o terramoto mais detalhe, pediu aos seus colegas europeus que lhe enviasse cópias dos sismogramas ou das leituras do tempo de chegada das ondas. A fase de chegada do pulso principal e das réplicas, assim como de uma grande maioria dos terramotos que ocorreram entre 1904-1905, permitiram a Mohorovicic de compreender como as ondas do terramoto se propagam através do interior da Terra, o que está ilustrado do diagrama da direita desta figura. Mohorovicic descobriu existência de uma superfície de descontinuidade, chamada hoje, descontinuidade de Mohorovicic, e hipotetizou que devem existir reflexões associadas às ondas sísmicas. Mohorovicic também calculou a uma tabela dos tempos de viagem teóricos para sete reflexões fundamentais que correlacionavam bem com os dados observados a partir de, nessa altura, de fases ainda não identificadas. A descoberta desta descontinuidade no interior da Terra tornou-se uma solução de um dos primeiros problemas de inversão em geofísica, quer isto dizer, que na base nos dados observados à superfície da Terra, podem determinar-se as propriedades das camadas terrestres através das quais as ondas sísmicas se propagam. Desta maneira, certos métodos sísmicos foram e são ainda utilizados para determinar as propriedades do interior da Terra, inacessível a medidas directas. A descontinuidade de Mohorovicic, como ilustrado encima à esquerda, é o maior evento natural do nosso planeta, uma vez que existe em todas as partes da Terra. Em média situa-se a uma profundidade de 33 km (sob os oceanos é menos profunda entre 5 e 10 km, mas sob as montanhas pode alcançar 70 km).

Desembocadura (do rio)..............................................................................................................................................................................................Mouth of a River

Bouche (du fleuve) / Desembocadura (río) / Mündung eines Flusses / 口河 / Устье реки / Foce di un fiume

Lugar de descarga de uma corrente quando esta entra: (i) Numa corrente mais importante ; (ii) Num lago ou (ii) No mar. A desembocadura ou foz de um rio, não deve ser confundirda com a embocadura de uma baía, a qual é a entrada da baía, isto é, a parte da baía que está em contacto, e que faz a conexão, com o corpo principal de água (em geral o mar). Sinónimo de Foz.

Ver: " Foz (do rio) "
&
" Rio "
&
" Delta "

O lugar onde um rio encontra uma outra massa de água chama-se a desembocadura do rio. A desembocadura pode ser onde um rio encontra o mar, um lago ou uma massa de água maior. Muitos dos rios escoam-se par o mar, como ilustrado nesta figura, onde o rio Sittang entra no oceano Índico. Nem todas as desembocadura são iguais. Uma desembocadura pode ser um estuário (quando ela é muito larga) ou um delta (quando se forma corpo sedimentar em forma de leque). Nem todos os rios entram no mar. O rio Jordão, por exemplo, desagua no Mar Morto, que é, actualmente, um lago. Outros rios não têm desembocadura. Isto é, particularmente, frequente nas regiões desérticas, onde as correntes e torrentes cavam fundos sub-horizontais com bancos quase verticais, chamados "arroyos (em espanhol) ou "widian" (singular "wadi", em árabe) e, que, simplesmente, secam. É nas desembocadura dos rios que termina o ciclo da água, a qual circula entre os oceanos, atmosfera, terra e de novo nos oceanos. A água dos oceanos, mares e lagos evapora-se para a atmosfera. À medida que o vapor de água sobe na atmosfera, o vapor condensa-se formando gotas de água, que juntando-se formam as nuvens, sobretudo, os nimbostratus, que são as nuvens da chuva. Quando as gotas de água nas nuvens da chuva se tornam muito grandes, elas caiem sob a forma de chuva. Esta pode cair, directamente, no mar e assim terminar o seu ciclo da água. Mas ela pode, também, cair num lago terminando o ciclo. Igualmente, a chuva pode cair num rio. Quando a chuva cai na terra, ela infiltra-se e, depois de um trajecto, mais ou menos, complicado, ela vai encontrar um rio e, de vez enquanto, um lago. Desde que os rios desaguam no mar o ciclo termina, para recomeçar com a evaporação. É por tudo isto que muito autores dizem que a desembocadura dos rios marca o fim do ciclo da água.

Deserto.........................................................................................................................................................................................................................................................................................Desert

Désert / Desierto / Wüste / 沙漠 / Пустыня / Deserto

Área com uma precipitação anual de chuva inferior a 250 mm. Os desertos formam cerca de um terço da superfície terrestre. A temperatura diária estival pode ultrapassar 45°C e a temperatura nocturna, invernal, pode ser inferior a 0°C. Estas diferenças de temperaturas são devidas ao grau de humidade, extremamente, baixo que os desertos têm.

Ver: " Ambiente de Deposição "
&
" Bacia por Deflação "
&
" Duna da Praia-Alta "

Esta fotografia ilustra o deserto de Namibe (deserto de Moçamedes antes de 1985) situado no Sudoeste de Angola perto da fronteira com a Namíbia. O deserto do Namibe é um deserto costeiro. O clima árido da região é causado pela corrente de ar seco arrefecida pela corrente fria de Benguela (corrente marinha que se escoa par o Norte ao longo da costa oeste da África do Sul, Namíbia e Angola até que ela se misture com a corrente quente do sul do equador). Esta corrente ascendente é reforçada pelos ventos dominantes que sopram do deserto para o oceano. Os ventos (de Este para Oeste) exageram o deslocamento (para a esquerda) das águas superficiais do oceano da costa africana provocado pelo efeito de Coriolis, deixando assim espaço para que as águas profundas e frias subam para a superfície. A corrente de Benguela tem uma largura que varia entre 3 e 300 km e alarga-se à medida que se escoa para norte e noroeste. As duna de areia do deserto de Namibe, ilustradas nesta figura, são das mais altas do mundo, uma vez que elas podem atingir que altura de 400 metros. A pluviometria é, extremamente, fraca e, em certas áreas do deserto, ela não atinge 30 mm por ano. A geometria das dunas mostra, claramente, que os flancos de barlavento, que são muito mais íngreme que os flancos de catavento, estão orientado para Este, onde a areia é empurrada pelo vento para o topo da duna. O deserto do Namibe é o país da Welwistschia Mirabilis, que é uma extraordinária planta (semelhante a um polvo gigante), que pode medir entre 2 e 4 metros. Esta planta, a quem Charles Darwin deu no nome de "ornitorrinco do reino vegetal" é um milagre da evolução. Só com a névoa matinal, cada exemplar pode viver cerca de 2 mil anos. Por causa da sua estranha forma (apenas com duas folhas rígidas e fibrosas acopladas a um caule grosso e achatado), os biologistas consideram Welwistschia Mirabilis como uma espécie de árvore anã.

Desgaste (das rochas)............................................................................................................................................................................................................................................Worness

Usure / Desgaste / Abnutzung / 穿 / Изношенность / Usura

Em geologia, desgaste exprime o gasto pelo uso, quer por corrosão, fricção ou atrito. A erosão é a acção de agentes atmosféricos, que tem como resultado o desgaste dessas rochas e o transporte e deposição do material desprendido.

Ver: « Sedimento »
&
« Erosão »
&
« Corrasão »

As rochas são corpos sólidos formados pela agregação de materiais minerais, podendo tais corpos serem formados por um ou de vários tipos de minerais. Na realidade, todas as rochas começaram por se formar num estado ígneo, sob elevadas temperaturas. No exterior da crusta terrestre, as rochas em estado ígneo foram ejectadas através dos vulcões. O material ígneo arrefecendo, forma corpos sólidos de formas variáveis. As rochas sofrem processos contínuos de desgaste, através de condições diversas, como, por exemplo, as intempéries, tempestades, etc. O tipo de rocha formado a partir dos agentes de desgaste forma as chamadas rochas sedimentares. O desgaste que as rochas originais (rochas primárias ou ígneas) sofrem transforma-as, gradualmente, em sedimentos que acabam por serem incorporados noutros ciclos naturais (carregadas pelos rios, ventos ou chuva). Com o tempo (milhares e milhares de anos), as partículas das rochas originais desgastadas, depositam-se em camadas sobre o solo, e vão sendo empurradas para as partes mais internas da Terra pela pressão geostática (peso dos sedimentos). Finalmente, as partículas sedimentares retornam ao meio ambiente onde as rochas se encontra em estado, mais ou menos, líquido, fundindo-se novamente, para recomeçar o ciclo das rochas. Acção mecânica da água e vento desgasta de maneira substancial as rochas. O movimento das águas e ventos provoca o desgaste acelerado das rochas visto que ele promove a sua desagregação física.Estes fenómenos são amplificados, como é o caso durante as tempestades de areia nas quais areia a grandes velocidade choca com as rochas provocando o seu desgaste. A crioclastia é, igualmente, um processo importante do desgaste das rochas. Ela faz-se através da infiltração de água nas fendas existentes nos maciços rochosos. Quando a temperatura desce a valores negativos a água congela e aumenta de volume, o que exerce uma grande pressão sobre as fendas, alargando-as o que contribui para o desgaste das rochas.

Desintegração (em cadeia)....................................................................................................................................................................................................Desintegration

Désintégration (en chaîne) / Desintegración (cadena) / Zerfallsreihe, Disintegration (Kette) / 放射系, 解体(连锁) / Разрушение, дезагрегация (пород) / Decadimento (catena)

Série de desintegrações, que aparecem por transformação espontânea de um radioisótopo instável, permitindo chegar a um elemento químico cujo núcleo atómico é estável, isto é, não radioactivo. O chumbo é, geralmente, o ponto estável no qual as cadeias de desintegração terminam.

Ver : " Isótopo "
&
" Datação Radiométrica "
&
" Fusão Nuclear "

O neutrão só é estável dentro do núcleo de um átomo estável. Bastam cerca de 15 minutos a um neutrão livre para que ele se transforme noutras partículas: um protão, um electrão e um antineutrino. Esta desintegração beta do neutrão foi estudadas durante dezenas de anos sem que se possa dar a prova experimental das emissões ocasionais de fotões prevista pela teoria. Esta medida é difícil porque a vida de um neutrão é muito longa e muitos poucos neutrões se desintegram simultaneamente. Entre aqueles que se desintegram muito poucos emitem fotões. Para piorar esta situação, as emissões par são muito importantes. A equipa de pesquiza do NIST ("National Institute of Standards and Technology") determinou que, em média, pouco mais de três neutrões sobre 1000 que se decompõem produzem um fotão com um nível de energia muito baixo, mas suficiente para ser observado. O valor é medido com apenas 10 por cento de incerteza, o que é considerado notável, dado que essa desintegração radioactiva nunca tinha sido observada antes. Ao fim de um microsegundo depois do Big Bang, a união mais imediata feita pelas partículas chamadas quarks foi de formarem grupos de três. Um tal grupo de três quarks forma um sistema no qual os quarks se deslocam e interagem embora fiquem distintos e fortemente ligados. Este sistema forma um núcleo (o volume de um núcleo é cerca de 10 000 vezes o de um quarks). Ao fim 380 000 mil anos depois o Big Bang, quando a temperatura desceu para cerca de 3 000° C, apareceu uma nova partícula o electrão que se meteu a girar â volta dos nucleões. Entre o electrão e o nucleão não existe nada, tudo é vazio. Um nucleão, função dos casos, é composto se neutrões e protões. As partículas elementares identificadas até hoje são em número restrito e de duas espécies. As que constituem a matéria, isto é, as que constituem os protões, neutrões e electrões são chamadas fermiões (o quarks pertencem a esta categoria). As que constituem as radiações e as forças que agem sobre a matéria são chamada bosões.

Deslizamento.......................................................................................................................................................................................................................................................Slump

Glissement / Deslizamiento / Abrutschungen, Erdrutsch / 滑坡 / Сдвиг, срыв (пород) / Franamento

Movimento rotativo, para baixo e para fora, em direcção da pressão de confinamento mais pequena, de um conjunto de rochas que se deslocam como uma unidade ou como uma séries de unidades.

Ver: « Falha Lístrica »
&
« Montículo de Deslizamento »
&
« Turbidito Proximal »

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore do Norte do Brasil (offshore de Barreirinhas), as estruturas compressivas, visíveis no talude continental e nos intervalos sísmicos, foram criadas por um regime tectónico compressivo local, definido por elipsóide dos esforços efectivos achado. Este regime compressivo, caracterizado por um σ_1 horizontal (eixo maior do elipsóide), foi induzido como uma contrapartida aos deslizamentos gravitários observados a montante e, que estão associados a um regime tectónico extensivo definido por um elipsóide dos esforços efectivos (soma da pressão geostática, hidrostática e tectónica) oblongo (σ_1 vertical). As falhas associadas a estes deslizamentos são falhas lístricas (do Grego “listron” que significa colher), quer isto dizer, que a montante, os planos de falha têm uma geometria de falha normal (extensão), enquanto que na parte inferior, eles têm um geometria de falha inversa. Na parte inferior do plano das falhas lístricas, há um excesso de sedimentos e, para satisfazer as novas condições de volume (Lei do Goguel), os sedimentos são obrigados a encurtar-se (compressão) formando estruturas anticlinais e/ou falhas inversas. Na natureza, há uma única maneira de alargar os sedimentos (regime tectónico extensivo). Ela faz-se por falhas normais (com os plano de falhas paralelos ao eixo médio do elipsóide dos esforços efectivos). Ao contrário, existem duas maneiras pelas quais os sedimentos se encurtam, quando estão submetidas a um regime tectónico compressivo. A primeira, é formação de estruturas anticlinais e sinclinais (cilíndricos ou cónicos). A segunda é o desenvolvimento de falhas inversas. As dobras (anticlinais-sinclinais) formam-se primeiro. As falhas inversas formam-se quando o encurtamento produzido pelos dobras é insuficiente. A formação de um regime tectónico compressivo como resposta à um regime tectónico extensivo a montante, como ilustrado acima, só se forma quando a pressão de confinamento é fraca, o que quer dizer, que a partir de uma certa profundidade de enterramento (sob um a grande espessura de sedimentos), a sua formação é pouco provável.

Deslocamento para o Vermelho.....................................................................................................................................................................Redshift

Décalage vers le rouge / Corrimiento al rojo / Rotverschiebung / 紅移 / Красное смещение / Spostamento verso il rosso

Aumento do comprimento de onda da luz que um objecto emite quando se afasta de um observador. Quando um objecto se afasta de um observador ou quando um observador se aproxima de um objecto, os comprimentos de onda da luz emitida pelo objecto aumentam no primeiro caso e diminuem no segundo. Como os comprimentos de onda da luz vermelha são maiores do que os das outras partes do espectro visual, quando um objecto se afasta de um observador há um deslocamento em direcção da luz vermelha.

Ver: " Universo Inflacionário "
&
" Big Bang (teoria) "
&
" Big Crunch (teoria) "

O deslocamento para o vermelho é um fenómeno muito bem documentado e considerado como uma prova da expansão do Universo e do modelo cosmológico do Big Bang. Esta expressão é, também, utilizada para a uma noção, mais geral, de deslocamento para o vermelho ou para o azul, observada entre os objectos astronómicos quando se deslocam para longe ou perto, de um observador, independentemente do movimento geral de expansão. Neste sentido, o deslocamento para o vermelho é, mais ou menos sinónimo do efeito Doppler (mudança da frequência de uma onda para um observador em movimento em relação à fonte da onda). A lei de lei de Hubble (as galáxias afastam-se umas das outras a uma velocidade proporcional à sua distância, isto é, quanto mais distante uma galáxia está de um observador, mais ela parece afastar-se rapidamente), por vezes, escreve-se como uma relação entre a distância e velocidade radial dos objectos observados. Se esta descrição convém para certos objectos (nem muito perto nem muito distante), ela não é adequada para os objectos muito distantes. Para estes, a situação é mais complicada, uma vez que o conceito de distância na teoria da relatividade geral não é clara, e deve-se precisar de que distância se trata (distância de luminosidade, distância angular, etc.). O deslocamento para o vermelho não é devido a um efeito Doppler. Ele é, dificilmente, interpretado em termos de velocidade. A relatividade geral permite calcular a relação entre o deslocamento (desvio) para o vermelho e uma distância definida. Esta relação depende do modelo cosmológico considerado. Para um determinado modelo, existe uma correlação entre o desvio para o vermelho e a distância, que , por vezes, ela é exprimida em termos de distância-desvio (designada por z).

Desmoronamento...............................................................................................................................................................................................................................Rock-Slide

Éboulement / Desmoronamiento / Abstürze / 岩-幻灯片, 滑坡 / Обвал (оползень) / Rocca-scivolo, Frana, Scoscendimento

Fenómeno geológico que inclui uma vasta gama de movimentos do solo e do substrato rochoso, como, por exemplo, quedas de rochas, deslizamentos, escoamento de detritos, etc., os quais podem ocorrer no offshore, ao longo da linha da costa ou no onshore.

Ver: « Escoamento de Detritos »
&
« Erosão »
&
« Deslizamento »

Os Serviços geológicos dos Estados Unidos (USGS, en inglês) diferenciam, perfeitamente, um deslizamento de terreno ("landslide") de um desmoronamento ("slump"). Para eles, um deslizamento de terreno é um movimento costa abaixo de rochas, solo ou lama, enquanto que um desmoronamento ou queda de rochas é um tipo particular de deslizamento, no qual a massa rochosa se separa ao longo de uma superfície curva e move-se costa abaixo de maneira, mais ou menos, intacta. Em caso extremos, é relativamente fácil de separar um deslizamento de um desmoronamento de terreno, mais na maior parte dos casos dentro de um desmoronamento encontram-se deslizamentos e vice-versa. Nesta figura, o movimento gravitário do terreno ("White Rock) ao longo do rio Shinano, na costa Oeste do Japão, pode, globalmente, ser considerado como um desmoronamento (queda de blocos rochosos) dentro do qual vários deslizamentos podem ser reconhecidos. Os movimentos rochosos, costa abaixo, são muito frequentes debaixo de água e, em particular, ao longo dos taludes continentais, e que eles são os responsáveis da formação de olistostromas de grandes dimensões (depósito sedimentar composto de uma massa caótica de material heterogéneo, como, blocos e lama, conhecidos como olistolitos, que se acumulam como um corpo semifluido, associado a deslizamentos e desmoronamentos gravitários de sedimentos não consolidados). Existem formações geológicas que são compostas por uma aglutinação de olistostromas, as quais, por vezes, são interpretadas de maneira errónea, sobretudo fazem parte de cadeias de montanhas, como é o caso na América do Sul. Um certo número de estruturalistas (geocientistas especialistas da tectónica, mas que, por vezes, desconhecem os princípios básicos da geologia, em particular da sedimentologia, estratigrafia e paleontologia) têm tendência a tudo explicar pela tectónica. Nunca esqueça, que antes de deformar os sedimentos, estes têm que se depositar e que uma cadeia de montanhas é o resultado do encurtamento e levantamento de bacias sedimentares.

Desnudação..............................................................................................................................................................................................................................................Denudation

Dénudation / Denudación / Denudation / 剥蚀 / Денудация (снос) / Scollate

Conjunto dos processos geológicos que conduzem a um nivelamento ou abaixamento progressivo da superfície da Terra quer por desagregação, erosão, dissolução ou transporte.

Ver: " Erosão "
&
" Ciclo de Davis "
&
" Ciclo das Rochas "

Como ilustrado nesta fotografia do Canhão de Bryce, no Estado de Utah (EUA), o primeiro processo geológico para que uma desnudação seja eficiente é uma descida relativa do nível do mar importante afim que rochas depositadas sob uma profundidade de água, mais ou menos, importante sejam exumadas e exposta aos acção dos agentes erosivos. Este tipo de descida relativa do mar é, a maior parte das vezes, associado com a formação de margens continentais convergentes, quer induzidas por zonas de subducção do tipo A (Ampferer) ou do tipo B (Benioff). Desde que as rochas afloram, a meteorização transforma-as, em materiais menos resistentes à gravidade, erosão e transporte, o que facilita muito a desnudação. Nas linhas sísmicas, uma modelo de inversão foi desenvolvido para determinar a quantidade de desnudação, utilizando a soma da raiz quadrada das velocidades médias derivadas do processamento dos perfis sísmicos de reflexão. Este método tem várias vantagens sobre outros métodos de determinação da desnudação, como, por exemplo, a reflectância da vitrinite, traços de fissão da apatite, modelação da velocidade da diagrafia acústica, etc., os quais são, mais ou menos, restritos às localizações dos poços de pesquiza. O método da raiz quadrada das velocidades, assume um decaimento da porosidade, de maneira exponencial, com a profundidade e uma relação velocidade-porosidade, o que permite a computorização de um perfil sintético da raiz quadrada das velocidades médias. Em seguida, os valores da desnudação, a dois níveis estratigráficos diferentes, são ajustados até que haja uma correspondência entre os valores calculados e medidos. O sucesso deste método é dependente das estimativas da porosidade inicial dos sedimentos, uma vez que existe uma relação entre a porosidade e a desnudação. Utilizando este método, os geocientistas determinaram uma desnudação entre 0,5 e 1 km ao longo da costa ocidental da África durante o Neogénico terminal (associada a um levantamento generalizado), e uma desnudação de cerca de 2,5 km (provavelmente produzida por uma corrente oceânica) para que a discordância Oligocénica (SB 30 Ma).

Dessecação.........................................................................................................................................................................................................................................................Dessication

Dessication / Desecación / Austrocknung / 干燥 / Высушивание / Essiccazione

Perda excessiva de humidade ou processo de secagem de uma rocha, sedimento ou qalquer outro material. Trata-se de uma desidratação para eliminar o máximo de água possível. A dessecação pode ser natural ou forçada.

Ver: " Sedimento "
&
" Compactação "
&
" Hidrosfera "

Como ilustrado nesta figura, os depósitos argilosos, devido ao facto que a dessecação é mais rápida a superfície do que em profundidade, formam-se fendas de dessecação que se organizam em sistemas mais ou menos poligonais. Na construção civil, uma dessecação muito rápida dos materiais de construção pode alterar, fortemente, as características técnicas desses materiais, como por exemplo, produzir uma forte diminuição da resistência à aplicação de uma carga, o que, evidentemente, pode ter consequência catastróficas. Um dessecante é uma substância higroscópica (que tem a propriedade de absorver a água) que induz uma dessecação ou que a mantém quando o ambiente à sua volta é, mais ou menos fechado. Os exemplos mais, frequentemente, citados de dessecantes são: o gel de sílica gel, sulfato de cálcio, cloreto de cálcio, argila de montmorillonita, argila diatomácea etc. Certamente a sua mãe punha sempre arroz no saleiro. O arroz é, frequentemente, usado nos saleiros para manter o sal de cozinha com escoamento eficaz e impedindo a formação de grumos. O arroz não é um bom dessecante, pois tem uma capacidade de adsorção muito baixa e, também, porque é susceptível de ser atacado por microorganismos. Quando usado no saleiro, o sal actua limitando o desenvolvimento de bactérias e mofo. O próprio sal é outro dessecante efectivo, usado desde há milénios para conservação de alimentos, como por exemplo a carne vermelha (presunto) e peixes (bacalhau). A quando de uma descida relativa do nível do mar, se esta põe o nível do mar mais baixo do que o rebordo da plataforma (condições geológicas de nível baixo), os sedimentos da antiga plataforma continental (se a bacia tinha um a plataforma) são exumados e assim expostos aos agentes erosivos. Os sedimentos começam por se dessecar, o que vai facilitar a acção dos agentes erosivos, em particular a acção do vento, devida a formação de fendas de dessecação, e a formação de loess (limo).

Determinismo........................................................................................................................................................................................................................................Determinism

Déterminisme / Determinismo / Determinismus /決定論 / Детерминизм / Determinismo

Conjectura que um evento necessita um evento antecedente e condições controladas pela leis da natureza. Esta conjectura, que é muita antiga, foi no século XVII analisada matematicamente. O determinismo está, profundamente, ligada à compressão e predições nas ciências físicas e à liberdade de acção dos humanos.

Ver: " Teoria da Evolução "
&
" Leis da Termodinâmica "
&
" Lei do Crescimento Sigmoidal (carbonatos) "

Embora em sentido mais vulgar determinismo se refira a uma causalidade reducionista (redução de todos os fenómenos do Universo, à mecânica ou à química), causalidade não é necessariamente é sinónimo de reducionismo. Existem três tipos básicos de determinismo: (i) Pré-determinismo - se, como Laplace, o deísmo e o behaviourismo, admitimos que todo efeito já está, completamente, presente na causa, temos um determinismo mecanicista onde a determinação é colocada no passado, numa cadeia causal, totalmente, explicada pelas condições iniciais do Universo ; (ii) Pós-determinismo: se, como na teleologia, admitimos que toda causalidade do Universo é determinada por alguma finalidade, temos um determinismo mecanicista onde a determinação é posta no futuro pela imaginação de alguma entidade exterior ao Universo causal (Deus) ; (iii) Codeterminismo - se, como na teoria do caos, na teoria da emergência ou no conceito de rizoma (modelo descritivo ou epistemológico na teoria filosófica de Gilles Deleuze e Félix Guacari), admitimos que nem todo efeito está, totalmente, contido na causa, isto é, que o próprio efeito pode, simultaneamente, interagir (causalmente) com outros efeitos, podendo inclusive acarretar um nível de realidade diferente do nível das causas anteriores (a interacção no nível molecular formando um outro nível de realidade, a vida, ou a interacção entre indivíduos formando um outro nível de realidade, a sociedade), temos um determinismo onde a determinação é colocada no presente ou na simultaneidade dos processos. Os críticos do determinismo reivindicam a não-causalidade para justificar o livre arbítrio e a livre escolha, atribuindo, geralmente, aos deterministas um mecanicismo ou fatalismo tal como no pré-determinismo e no pós-determinismo. O que acima de tudo diferencia os deterministas, de seus críticos é a afirmação destes últimos de que a alma, vontade, o desejo e escolha existem num universo à parte, separado do universo causal.

Detritívoro (organismo)...........................................................................................................................................................................................................................Detritivore

Détritivore (organisme) / Detritívoro (organismo) / Saprobiont, Detritophages / 腐生营养 / Детритоядный, питающийся отбросами (организм) / Saprofita, Detritivori (organismo)

Organismo que se alimentam a partir de detritos, isto é organismos heterótrofos, que obtém nutrientes a partir de detritos (matéria orgânica em decomposição), o que contribui para a decomposição e reciclagem dos nutrientes. Sinónimo de Saprotrófico (saprófago).

Ver: " Sedimento "
&
" Saprotrófico (organismo) "
&
" Heterotrófico (organismo) "

Em biologia (ciência que estuda os seres vivos) chamam-se detritívoros ou necrófagos aos animais (seres vivos pluricelulares, heterotróficos, cujas células formam tecidos biológicos, com capacidade de responder ao ambiente que os envolve) que se alimentam de restos orgânicos (plantas e animais mortos), reciclando-os e retornando-os à cadeia alimentar para serem reaproveitados pelos demais organismos vivos. Os exemplos mais comuns de detritícvos são os urubus, os abutres, as hienas e várias espécies de escaravelhos e moscas. Este tipo de alimentação é uma forma de saprofagia, que no caso de plantas se denomina saprofitia. Com a mesma etimologia também se usa, para os animais, o termo sapróvoros ou saprotróficos. Outros termos gerais para este tipo de seres vivos são sapróbios ou saprobiontes. Os seres detritívoros são de fundamental importância pois promovem a degradação da matéria orgânica, facilitando o trabalho de fungos e bactérias. No solo existem muitos microorganismos que trabalham na transformação dos compostos de nitrogénio em formas que possam ser utilizadas pelas plantas e muitos são bactérias que vivem na rizosfera (a zona que inclui a superfície da raiz e o solo que a ela adere). Algumas destas bactérias – as nitrobactérias - podem usar o nitrogénio do ar e convertê-lo em compostos úteis para as plantas, um processo denominado fixação do nitrogénio. A capacidade das bactérias para degradar uma grande variedade de compostos orgânicos é muito importante e existem grupos especializados de micro-organismos que trabalham na mineralização de classes específicas de compostos como, por exemplo, a decomposição da celulose, que é um dos mais abundantes constituintes das plantas. Nas plantas, as bactérias podem também causar doenças. As bactérias decompositoras atuam na decomposição do lixo, sendo essenciais para tal tarefa. Também podem ser utilizadas para biorremediação atuando na biodegradação de lixos tóxicos, incluindo derrames de hidrocarbonetos. (http://pt.wikipedia.org/wiki/DetritC3%ADvoro e http://pt.wikipedia.org/wiki/Bactéria).

Detrito (geologia)....................................................................................................................................................................................................................................Detritus, Debris

Détritus (géologie) / Detrito (geología) / Schutt, Geröll / 碎片,碎屑 / Детрит, обломки / Detrito

Fragmento (orgânico) ou grão solto e desgastado resultante da alteração e da erosão das rochas.

Ver: " Sedimento "
&
" Sedimentação "
&
" Erosão "

Em geral, na geologia, o termo detrito é utilizado para designar uma partícula derivada de uma rochas pré-existente por processos de meteorização (decomposição das rochas, solos e minerais por contacto directo com a atmosfera) e erosão (abrasão ou deslocamento de sólidos, isto é, um sedimento, solo, rocha e outra partícula pelo vento, água ou gelo devido à gravidade ou por organismos vivos). Os detritos podem ser fragmentos líticos (quando a rocha pré-existente se reconhece facilmente) ou de fragmentos monominerais (grãos de minerais). Estas partículas são, muitas vezes, transportadas por processos sedimentares para sistemas de deposição como os rios, lagos ou oceanos, onde eles se depositam em estratos ou camadas sedimentares. Em seguida, os processos diagenéticos podem transformá-los em rochas sedimentares por cimentação (processo de deposição dos minerais dissolvidos nos interstícios dos sedimentos) e litificação (processo pelo qual os sedimentos se compactam sob a acção da pressão que expulsa os fluídos existentes entre os poros e gradualmente os transforma em rocha sólida). Mais tarde, as rochas sedimentares, por sua vez, alteradas e erodidas formam outra vez detritos. Nesta fotografia, tirada perpendicularmente a um plano de estratificação, reconhecem-se uma série de detritos orgânicos que fazem parte integral da rocha. Da mesma maneira, os pequenos fragmentos negros de argila carbonatada são fáceis de reconhecer. A presença de detritos orgânicos como, por exemplo, o carvão é muito frequente nos depósitos turbidíticos. Aliás, os detritos orgânicos, quando associados a outros sedimentos, podem dar indicações preciosas sobre o ambiente de deposição. Por exemplo, se numa determinada amostra, um geocientista reconhece detritos de carvão e glauconita, provavelmente, a amostra vem de um ambiente de deposição turbidítico. Se a amostra tem detritos de carvão, mas não tem detritos de glauconita (autígena), a amostra vem, provavelmente, de um ambiente sedimentar não-marinho. Se a amostra só tem glauconita de neoformação, certamente, ela vem de uma rocha que se depositou num ambiente marinho e, provavelmente, de água pouco profunda. Este critério, conhecido pelo nome de quadrado de Selley, é, quase sempre, utilizado pelos geocientistas que controlam a perfuração de um poço de pesquiza, para diferenciar os ambientes profundos dos de plataforma.

Deuterogénica (rocha)................................................................................................................................................................................................................Deuterogenic

Deuterogénique (roche) / Deuterogénica (roca) / Deuterogenic rock / 后生岩 / Дейтерогенная (порода) / Roccia Deuterogenica, Roccia secondaria

Composta de detritos de rochas ou de minerais pré-existentes. Uma rocha deuterogénica contrasta com uma rocha protogénica que designa uma rocha cristalina ou ígnea original. Certos geocientistas, consideram que um elemento é deuterogénico quando é proveniente de uma rocha protogénica e reservam o termo deutérico para designar elementos relativos a alterações das rochas ígneas que ocorrem durante as última etapas da sua consolidação.

Ver: " Detrito "
&
" Sedimento "
&
" Ciclo das Rochas "

Embora este termo seja, principalmente, utilizado para designar minerais, pode dizer-se que todas as rochas sedimentares clásticas e as rochas metamórficas são deuterogénicas. Com efeito, as primeiras são formadas quando os sedimentos são depositados a partir do ar, gelo, vento, ou os fluxos de correntes de água que carregam as partículas em suspensão. Os sedimentos são, geralmente, formados quando a meteorização e a erosão partem as rochas protogenas ou deuterógenas, numa determinada área (área-fonte, área de alimentação ou área de proveniência) num material solto. Este material é depois transportado desde a área-fonte até à área de deposição. O tipo de sedimento transportado depende da geologia da área-fonte dos sedimentos. Algumas rochas sedimentares, como por exemplo os evaporitos e muitas rochas sedimentares carbonatadas são compostas de materiais originais que se formaram no local de deposição e por Studio não podem ser considerada como rochas deuterógenica. Isto quer dizer que a natureza de uma rocha sedimentar não depende apenas da proveniência de sedimentos, mas também do ambiente de deposição sedimentar na qual ela se forma. Ao contrário, outras rochas, como a ilustrada nesta figura são, tipicamente, deuterógenicas, uma vez que muitos dos clastos sano fragmentos de rochas pré-existentes, muitas das quais protogénicas. As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha (patogénica ou deuterogénica) que foi levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde ela se formou rocha se formou. Nestes ambientes, e alta pressão e temperatura muitos minerais tornam-se tornam-se instáveis e reagem formando outros minerais, que são estáveis em tais condições.

Devónico.........................................................................................................................................................................................................................................................................Devonian

Dévonien / Devónico / Devon (Geologie) / 泥盆纪 / Девонский период / Devoniano

Período da era Paleozóica, depois do Silúrico e antes do Carbónico, que durou entre 400 e 345 milhões de anos atrás e que corresponde a um sistema de rochas que foram pela primeira vez descritas e estudadas na região de Devonshire na Inglaterra.

Ver: " Tempo Geológico "
&
" Paleozóico "
&
" Cronostratigrafia "

Nesta figura estão ilustrados todos os Períodos da Era Paleozóica. Os limites em tempo dos diferentes períodos variam segundo os geocientistas. Da esquerda para a direita, podem ver-se os limites propostos por: (i) Holmes, 1937 ; (ii) Holmes, 1960 ; (iii) Kulp, 1961 ; (iv) NGS 82 (Odin et al., 1982) ; GTS 82 (Harland et al., 1982) ; GTS 89 (Harland et al., 1990) ; Odin & Odin, 1993 ; Gradstein & Ogg 1996 ; Laurie et al., 1996 ; Remane et al., 2000) ; GTS 2004. Durante o Devónico, os mares eram dominados por braquiópodos e corais rugosos e tabulares, que construíram grandes bioermas ou recifes nos mares pouco profundos. As trilobites, ainda muito abundantes, começaram a desaparecer no fim do Devónico. Os primeiros peixes parecem ter aparecido no Devónico (sarcopterygians) e a sua diversificação foi muito rápida. Foi durante este período geológico, que a terra começou a ser colonizada. Antes do Devónico não existiam acumulações orgânicas nos solos, o que, evidentemente, lhes dava uma cor vermelha predominante. Desde o início do Devónico, a vegetação terrestre começou a desenvolver-se. As plantas ainda não tinham raiz nem folhas e muitas delas, também, não tinha tecidos vascular. As plantas, provavelmente, espalharam-se por crescimento vegetativo (crescimento por divisão celular sem reprodução sexual) e não cresceram mais do que alguns centímetros. A primeira fauna que viveu, entre estas plantas, era, principalmente, constituída por artrópodes. Perto do fim do Devónico, as primeiras plantas com raízes e folhas apareceram e desenvolveram-se muito rapidamente de tal maneira, que os geólogos lhe chamam a Explosão Devónica. Este aparecimento foi rápido e acompanhado por uma diversificação das plantas terrestre e artrópodes. No fim do Devónico, as plantas com sementes apareceram. Durante Devónico, os oceanos paleozóicos começaram a fechar-se para formar, mais tarde, o supercontinente Pangéia. Os peixes de água doce puderam migrar dos continentes do hemisfério sul para a América do Norte e Europa. Florestas cresceram pela primeira vez nas regiões equatoriais do Canadá.

Diacrónica (litologia)............................................................................................................................................................................................................................Diachronous

Diachronique (lithologie) / Diacrónica (litología) / Diachrone / 历时态 / Диахронический / Diacronica

Quando não tem a mesma idade. Em Geologia, por exemplo, uma litologia, isto é, uma fácies é diacrónica se ela não representa o mesmo período de tempo em todo a sua extensão.

Ver: " Litostratigrafia "
&
" Cronostratigrafia "
&
" Unidade Cronostratigrafica"

Esta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Indonésia (offshore Este da Ilha de Bornéu), foi feita em ambientes sedimentares, isto é, independentemente das linhas cronostratigráficas, que, em geral, coincidem com os reflectores sísmicos. O interpretador (geocientista encarregado da tentativa de interpretação) tentou mapear os ambientes de deposição mais prováveis. Nesta área, é, relativamente, fácil de identificar as sucessivas rupturas costeiras da superfície de deposição, as quais coincidem, mais ou menos, com os sucessivos rebordos da bacia. Durante a maior parte do tempo, a bacia não tinha plataforma continental, uma vez que os episódios transgressivos são, pouco espessos e muitas vezes, debaixo da resolução das linhas sísmicas. Quando as condições geológicas de nível alto (do mar) são predominantes, o rebordo da bacia (rebordo continental) corresponde, praticamente, com a ruptura costeira da inclinação da superfície de deposição (mais ou menos a linha da costa), a qual, por sua vez, corresponde ao limite externo da planície deltaica. Pode dizer-se, que perto das rupturas costeiras depositaram-se areias da frente do delta ou calcários, enquanto que a montante, na planície costeira, se depositaram siltitos, areias e rochas argilosas. As fácies (litologia e fauna) da frente do delta (areias e calcários) são diacrónicas, uma vez que elas se depositaram em tempos geológicos diferentes, isto é, as linhas de fácies cortam as linhas cronostratigráficas, as quais são sublinhadas pelos reflectores sísmicos como ilustrado acima. Nesta tentativa de interpretação, a planície deltaica e frente do delta referem-se ao edifício deltaico e não a um delta particular. Um delta, em geral, tem uma espessura que pode variar entre alguns metros e algumas dezenas de metros, enquanto que a espessura de um edifício deltaico, como o que é aqui ilustrado, pode ter vários quilómetros de espessura. É por isso, que as progradações deltaicas, que formam o talude do delta, quase nunca se podem identificar. Nas linhas sísmicas, elas não devem, de maneira nenhuma, ser confundidas com o talude continental.

Diagénese...................................................................................................................................................................................................................................................................Diagenese

Diagénèse / Diagénesis / Diagenese / 成岩作用 / Диагенез / Diagenesi

Todas as mudanças físicas, químicas e biológicas sofridas pelos sedimentos desde o momento da deposição até a sua conversação em rochas sólidas e, subsequentemente, até ao início do metamorfismo.

Ver: " Deposição (carbonatos) "
&
" Compactação "
&
" Ciclo das Rochas "

Depois da deposição, os sedimentos são compactados à medida, que eles são enterrados debaixo das camadas sucessivamente depositadas e cimentados por minerais, que se precipitam das soluções que preenchem o espaço entre os grãos, isto é, os poros. Os grãos de sedimentos, fragmentos de rochas, assim como os fósseis, podem ser substituídos por outros minerais durante a diagénese. A porosidade, i.e,, a percentagem do volume de espaço vazio ou que contém os fluídos, diminui durante a diagénese, excepto em raros casos de dissolução de certos minerais de dolomitização. A diagénese não inclui os processos de meteorização, isto é, os processos físicos, químicos e biológicos, que decompõem uma rocha, em geral, à superfície da Terra (pressões e baixas temperaturas) em presença do ar e água. A formação de hidrocarbonetos ou, por outras palavras, a formação do petróleo e gás a partir da matéria orgânica das rochas-mãe potenciais começa também durante a diagénese, a qual, em certos limites, se distingue mal do metamorfismo (transformação, sem mudança de estado, da estrutura ou composição química ou mineral de uma rocha que esta é submetida a condições de temperatura e pressão distintas das que a originaram ou quando recebe uma injecção de fluídos). A diferença fundamental entre diagénese e metamorfismo é, que este se realiza a altas temperaturas e pressões, num domínio mais profundo do que o da diagénese. Em certos processos diagenéticos, como o ilustrado nesta figura, um mineral (paleossoma ou mineral primário) pode ser substituído por outro (metassoma ou mineral secundário). Um tal processo envolve duas reacções químicas simultâneas: (i) A dissolução do mineral original (paleossoma) e (ii) A precipitação do mineral secundário (metassoma), que ocorrem à mesma taxa volumétrica, quer isto dizer, sem variação de volume respeitando a lei de Goguel. Este processo particular é, muitas vezes, ilustrado pela dolomitização da calcite. Os grandes cristais de dolomite, acima ilustrados, substituíram bioclastos de foraminíferos e equinodermes. As estruturas visíveis são as imagens residuais da original estrutura dos aloquímicos.

Diagrafia Eléctrica....................................................................................................................................................................................................................Electric Log

Diagraphie électrique / Perfil eléctrico, Log / Elektro-Log, Elektrische Protokollierung / 电测井, 电动日志 / Электрокаротажная диаграмма / Logging, Registro elettrico

Termo genérico para toda a diagrafia que ilustra medidas de correntes eléctricas ou potenciais induzidos nas rochas de um poço de pesquiza sem ou com revestimento.

Ver: " Diagrafia da Inclinação (dipmeter) "
&
" Diagrafia da Radioactividade "
&
" Diagrafia da Velocidade (sónico) "

Actualmente, a maior parte das diagrafia são interpretadas automaticamente. Elas dão uma leitura contínua da litologia, porosidade e percentagens dos vários fluídos presentes nos poros. Embora tais diagrafias pareçam muito convincentes, sobretudo, quando apresentadas em cores, é preferível verificar, sempre, os dados originais e, sobretudo, controla-los com as diagrafias não-eléctricas efectuadas durante a perfuração. A maior parte das interpretações automáticas não entram em linha de conta com a presença de minerais aberrantes, que podem invalidar todo o processo de interpretação. A presença de abundantes palhetas de mica numa areia será lida pelas diagrafias como argilitos o que dará valores errados da porosidade e a areia (intervalo reservatório potencial) será interpretada automaticamente como um pacote de argilitos sem nenhuma qualidade de rocha-reservatório. Na nossa carreira profissional, erros deste tipo detectamos vários, sobretudo aqueles induzidos pela presença de glauconita. Este mineral, é muito abundante nas areais transgressivas, que, em geral, são reservatórios potenciais de alta qualidade e que, sobretudo, podem formar armadilhas estratigráficas potenciais (devido a sua geometria retrogradante), influência muito as leituras das diagrafia a tal ponto que as areias podem ser, erradamente, interpretadas como intervalos argilosos. As diagrafias podem também ser utilizadas para determinar a litologia e o ambiente de deposição. As diagrafias do potencial espontâneo e raio gama podem indicar os perfiles de granulometria (granodecrescentes ou granocrescentes para cima ou para baixo) dos intervalos arenosos. A diagrafia do potencial espontâneo é, localmente, controlada pela permeabilidade, a qual aumenta com o tamanho dos grãos. Neste tipo de diagrafia, o máximo de deflexão, para a esquerda, ocorre no intervalo mais permeável. O potencial espontâneo regista geralmente uma granulometria. O raio gama pode ser utilizado de maneira semelhante para indicar o teor de argila das areia o qual, em geral, aumenta quando a granulometria diminui.

Diagrafia de Inclinação (dipmeter) ...........................................................................................................................................................Dipmeter Log

Diagraphie de l'inclinaison (dipmeter) / Perfil de buzamiento (dipmeter) / Dipmeter log, Kippen-Protokoll / 倾角, 记录的倾向 / Наклонометрия скважины / Dipmeter, Registro d’inclinazione

Diagrafia eléctrica que indica os valores da magnitude e azimute das camadas atravessadas por um poço, em geral, de pesquiza petrolífera.

Ver: " Diagrafia Eléctrica ”
&
" Discordância "
&
" Falha "

A diagrafia de inclinação mede a direcção ae inclinação das camadas adjacente a um poço. Basicamente, ela é uma diagrafia de microresistividade com vários braços. Três ou quatro braços de uma sonda registam, separadamente, a microresistividade dentro do poço, enquanto que, uma bússola magnética regista a orientação da sonda à medida que ela é retirada do poço. Um computador correlaciona as quatro medidas de microresistividade e calcula a magnitude e direcção dos planos de estratificação e determina a consistência do cálculo. Numa diagrafia de inclinação quatro padrões são possíveis: (i) Conjunto de inclinações uniformes e baixas (padrão verde), que correspondem, em geral, à inclinação dos argilitos, que indicam a inclinação estrutural das camadas ; (ii) Conjunto de inclinações decrescentes para cima (padrão vermelho), o qual pode ser causado pela compactação das rochas argilosas sobrejacentes a recife, cordão litoral arenoso, preenchimento de um canal por areias ou pela ocorrência de dobras, falhas ou discordâncias reforçadas pela tectónica ; (iii) Conjunto de inclinações crescentes para cima (padrão azul), o qual pode ser causado pelas progradações do talude de um recife, corpo arenoso ou pela presença de cones submarinos (da bacia ou do talude), de um delta, falha, dobra ou discordância ; (iv) Conjunto de inclinações caóticas, o qual que pode ser induzido pelas más condições das paredes do poço ou pela presença de fracturas, deslizamentos ou qualquer outra estrutura geológica de configuração interna caótica. A interpretação da diagrafia da inclinação, que indica a magnitude, direcção e sentido da inclinação das camadas, é uma etapa importante da análise sequencial. Ela permite controlar a localização das discordâncias (angulares) e, em certos casos, dos diferentes cortejos sedimentares que compõem um ciclo-sequência. A dispersão dos valores pode dar indicações preciosas sobre os ambiente sedimentares dos diferentes intervalos atravessados por um poço, visto que a dispersão depende muito da energia de deposição. As rochas argilosas pelágicos, por exemplo, caracterizam-se por uma fraca dispersão, o que não é o caso do preenchimento arenoso de um canal.

Diagrafia da Radioactividade.................................................................................................................................................Radioactivity Log

Diagraphie de la radioactivité / Perfil de radioactividad / Radioaktivität-Protokoll / 放射性日志 / Диаграмма радиоактивного каротажа / Registro di radioattività

Diagrafia que mede a radioactividade natural das formações geológicas utilizando um contador de cintilações, à medida que a sonda é retirada do poço. Também se chama diagrafia do raio gama. O principal elemento radioactivo que se encontra nas rochas é o potássio, o qual é muito comum nas rochas argilosas ricas em ilitie, mas também, embora em menor quantidade, nos feldspatos, micas e glauconita.

Ver: " Diagrafia Eléctrica "
&
" Discordância "
&
" Cortejo Transgressivo "

A diagrafia da radioactividade é, normalmente, a diagrafia do raio gama, embora duas outras diagrafias possam também medir a radioactividade: (i) A diagrafia do neutrão e (ii) A diagrafia da densidade. A diagrafia da radioactividade (ou raio gama) utiliza um contador de cintilações para medir a radioactividade natural das formações geológicas à medida que a sonda é retirada do poço. O principal elemento radioactivo nas rochas é o potássio, o qual é muito comum nos minerais argilosos. A radioactividade é medida em unidades API ("American Petroleum Institut") e, em geral, figura à escala 0-100 ou 0-150 API. Normalmente, as leituras da radioactividade são mostradas ao mesmo tempo que a diagrafia de potencial espontâneo (PS). O raio gama pode ser utilizado, da mesma maneira que o potencial espontâneo, com uma linha de base para os valores dados pelos shales. Uma deflexão para a esquerda da linha de base (valores mais pequenos) sugere uma mudança da fácies (litologia) como, por exemplo, de argilitos para areias ou calcários. Como as leituras do raio gama são afectadas pelo diâmetro do poço, quase sempre a diagrafia de diâmetro (indica as variações de diâmetro do poço) é sempre apresentada ao lado do raio gama. A diagrafia de diâmetro indica as variações do diâmetro do poço, mas também os níveis mais permeáveis atravessados pelo poço, uma vez que a lama de perfuração se aglutina em face deles formando o reboco do poço. De qualquer maneira quando as variações de diâmetro de um poço são muito grandes e afectam muito a leitura da radioactividade, a diagrafia do raio gama pode ser, facilmente, feita depois de o poço ter sido revestido pelas colunas de aço que o protegem. Na estratigrafia sequência, a diagrafia da radioactividade permite, facilmente, de localizar as discordâncias principais, em particular, onde o cortejo transgressivo repousa, directamente, sobre a discordância, como é o caso ilustrado nesta figura.

Diagrafia de Temperatura...................................................................................................................................................................Temperature log

Diagraphie de température / Perfil de temperatura / Temperatur-Protokoll / 温度日志 / Диаграмма температурного каротажа / Registro di temperatura

Diagrafia que mede a variação da temperatura dentro de um poço, quer isto dizer, que determina as anomalias da temperatura em relação a um gradiente médio (gradiente geotérmico). A maior parte das anomalias de temperatura estão associadas com entradas de fluídos para o poço, a partir das formações geológicas, ou ao contrário, de uma fuga dos fluídos do poço (lama) para as formações.

Ver: " Diagrafia Eléctrica "
&
" Fluxo Térmico "
&
" Rocha-mãe Potencial "

O gradiente geotérmico é a taxa de aumento da temperatura por unidade de profundidade (em geral 100 metros) na Terra. Longe dos limites das placas tectónicas, o valor médio do gradiente geotérmico é de 25-30 °C por quilometro de profundidade. Na pesquiza petrolífera, o gradiente geotérmico, que varia sensivelmente de uma região para outra, é, normalmente, medido para determinar a temperatura no fundo de um poço depois da perfuração. Esta operação necessita, que os fluídos de sondagem atinjam a temperatura ambiente (temperatura confortável para o homem e que é entre 18° e 28°C), o que é difícil de obter por várias razões. Nesta figura (poço Pataya, Can Tho City (Delta do Mekong, no Vietname), a diagrafia da temperatura está ilustrada à esquerda. O gradiente geotérmico, nesta região é de cerca de 30°C por 100 metros. Devido à variação anual da temperatura, a temperatura natural aumenta com a profundidade como pode ser observado acima, sobretudo, a partir de 20-30 metros de profundidade. Os desvios do aumento da temperatura normal podem indicar movimentos verticais de água, quer no poço, quer nas rochas adjacentes. As diagrafias do raio gama e resistividade estão ilustradas à direita. Existem três diagrafias para de determinar a resistividade eléctrica das rochas atravessadas por um poço: (i) Normal ; (ii) Lateral e (iii) Indução. Na diagrafia normal (convencional), regista-se um potencial eléctrico e determina-se fluxo de corrente entre um eléctrodo colocado na sonda e outro à superfície. Para isso, um par de eléctrodos (de corrente e registo) é colocado na sonda para medir as variações da resistividade das formações geológicas à medida, que a sonda é retirada para a superfície. A distância entre o eléctrodo corrente e o eléctrodo registo, que pode ser variável, determina a que distância das paredes do poço a resistividade é medida. As distâncias entre os três eléctrodos podem ser de 40 cm (pequena normal), 2, 63 metros (lateral longa).

Diagrafia da Velocidade (sónico) ............................................................................................................................................................................Sonic log

Diagraphie de la vitesse (sonique) / Perfil de velocidad (sónico) / Sonic-Protokoll / 声波测井 / Диаграмма акустического каротажа по скорости / Registro sonico

Diagrafia que mede o intervalo de tempo que as ondas acústicas, emitidas pela parte superior da sonda, gastam para transitar para a parte inferior via as paredes do poço, isto é, via as formações geológicas adjacentes.

Ver: " Diagrafia Eléctrica "
&
" Impedância (acústica) "
&
" Formação (geológica )"

Na diagrafia da velocidade (sónico), os tempos de trânsito dos cliques emitidos de uma extremidade da sonda, são registados por um ou mais receptores colocados na outra extremidade. As ondas sonoras, normalmente, viajam mais rapidamente nas formações geológicas do que na lama de perfuração. O intervalo de tempo de trânsito (Δt), que é medido em microssegundos por pés pode ser usado para calcular a porosidade segundo a fórmula seguinte: Φ= (Δtlog - Δtma) / (Δtf - Δtma), onde Δtlog é o intervalo de tempo de trânsito registado, Δtma é a velocidade da rocha a Φ = 0 e Δtf a velocidade do fluido dos poros. A diagrafia da velocidade pode ser aplicada em poços revestidos ou não revestidos. Esta diagrafia é das diagrafias, que permitem de calcular a porosidade, a menos rigorosa, uma vez que ela é muito influenciada pela litologia. Uma vez que as ondas acústicas viajam mais rapidamente nos calcários que nas areia e nos argilitos (tendo em linha de conta a compactação), ela é sobretudo utilizada para identificar a litologia e assim para correlacionar diferentes poços. Ela é muito útil aos geofísicos uma vez que ela permite determinar as velocidades de intervalo das formações geológicas e assim correlacionar o tempo dos reflectores sísmicos às rochas à volta dos poços. Nesta figura, está também ilustrada a diagrafia do potencial espontâneo (PS), a qual regista o potencial eléctrico entre um eléctrodo colocado na sonda e um eléctrodo fixo à superfície. Esta diagrafia pode, também, ser utilizada quer em poços revestidos ou não-revestidos. Desde que uma formação geológica tenha um mínimo de permeabilidade, a diagrafia do potencial espontâneo responde à diferença de salinidade entre a lama de perfuração e a água de formação. A carga eléctrica é produzida pelo fluxo dos iões (Na+ e Cl-) das soluções, mais ou menos, concentradas. Normalmente, o fluxo é de água de formação salgada para a lama de perfuração, que, geralmente, não é salgada. O potencial eléctrico é basicamente relacionado à permeabilidade de uma formação.

Diagrama Cronostratigráfico.......................................................................................................................Chronostratigraphic Chart

Diagramme chronostratigraphique / Diagrama cronostratigráfico / Chronostratigraphic Diagramm / 纪年代地层表 / Хроностратиграфическая диаграмма / Schema cronostratigrafico

Diagrama estratigráfico, no qual a escala vertical é em tempo geológico e a horizontal em metros e igual à escala da secção geológica equivalente, afim que todas as informações estratigráficas possam ser ilustradas.

Ver: " Secção Geológica "
&
" Secção em Tempo (sísmica) "
&
" Tempo Geológico "

Nesta figura, está ilustrada a diferença entre um corte estratigráfico (em baixo), que, em geral, é baseado em tentativas de interpretação das linhas sísmicas, no qual a escala vertical e horizontal são métricas e o correspondente diagrama cronostratigráfico estratigráfico (em cima), no qual a escala horizontal é a mesma que no corte geológico, mas a vertical é muito diferente uma vez que ela é em tempo geológico (milhões de anos). Quando um corte estratigráfico é coerente e exaustivo, tudo que é evidente no diagrama cronostratigráfico estratigráfico está ilustrado no corte estratigráfico, mas muito mais fácil de reconhecer. Neste exemplo, as discordâncias (superfícies de erosão induzida por descidas relativas do nível do mar), que separam os cinco pacotes sedimentares são evidentes no corte estratigráfico, mas a erosão é mais evidente no diagrama cronostratigráfico. O máximo de espessura de cada intervalo é difícil de determinar no corte estratigráfico, enquanto que no diagrama, ele é óbvio. As terminações dos reflectores (ou das interfaces geológicas associadas) e as superfícies de agradação e progradação são também mais fáceis de identificar no diagrama cronostratigráfico. Uma das raras coisas, que são mais evidentes no corte estratigráfico, são as configurações internas dos diferentes intervalos sedimentares, razão pela qual elas devem sempre ser desenhadas. A construção de um diagrama estratigráfico só pode ser efectuada se o corte estratigráfico, que, como dissemos antes, é, quase sempre, baseado numa tentativa de interpretação de uma linha sísmica (versão profundidade), for calibrado em tempo geológico. Isto implica, que as discordâncias, que limitam os ciclos estratigráficos sejam bem datadas. É neste aspecto, que a estratigrafia sequencial é importante, uma vez que só muito raramente um poço de pesquiza pode dar a idade exacta de uma discordância. A idade de uma discordância é dada pela idade dos cones submarinos de bacia, os quais correspondem ao hiato mínimo de deposição, e que podem ser, facilmente, datados com testemunhos de sondagem, onde a camada pelágica é fácil de reconhecer e de amostrar.

Diagrama Eustático..............................................................................................................................................................Global Cycle Chart (eustasy)

Diagramme eustatique / Diagrama eustático / Globale eustatischen chart / 全球海平面图 / Эвстатическая диаграмма / Curve delle oscillazioni eustatiche (livello del mare)

Diagrama que mete em evidência a simultaneidade das variações relativas do nível do mar em bacias sedimentares, mais ou menos, distantes umas das outras.

Ver: " Ciclo Eustático "
&
" Ciclo Estratigráfico "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "

Como todas as conjecturas cientificas, com o tempo, as originais curvas das variações relativas do nível do mar propostas por Exxon (1977) foram criticadas em publicações sucessivas, que incorporaram um grande número de dados dos campos petrolíferos, sísmicos e poços de pesquisa. As curvas iniciais foram muito melhoradas, isto é, tornaram-se, cada vez, mais difíceis de refutar. A critica por não publicação dos dados da parte de Exxon, actualmente, não é mais válida. A ideia básica dos geocientistas da Exxon é que nos depósitos sedimentares, a eustasia é predominante em relação à tectónica e que, de esse facto, durante um ciclo eustático se deposita um ciclo estratigráfico, quer ele seja um ciclo-sequência (ciclo eustático de 3a ordem) ou um ciclo de invasão continental (ciclo eustático de 1a ordem). Eles admitiram que existe uma série de correlações globais do ciclos eustáticos e, que todos os dados estratigráficos (campo e sísmicos), podem ser interpretados de acordo com este conceito. Certos geocientistas, como por exemplo Miall (1977) continuam, por falta de documentação publicada por Exxon, a não aceitar completamente uma tal conjectura. Outros geocientistas, como, por exemplo, Robin, Guillocheau & Gaulier (1998), consideram que a quantificação dos factores eustáticos e tectónicos no controlo dos registos sedimentares é uma das questões fundamentais da dinâmica das bacia sedimentares e propuseram dois métodos que permitem: (i) Calcular a acomodação, isto é, o espaço disponível para os sedimentos, à escala de uma bacia ; (ii) Distinguir entre acomodação local (10-100 km de comprimento de onda) e acomodação à escala da bacia. Parece que um sinal local é de origem tectónica, enquanto que um sinal à escala de uma bacia tem, em geral, duas origens uma eustática e outra tectónica. O cálculo da acomodação requere: (a) Uma análise sequencial não só das linhas sísmicas, mas também das diagrafias ; (b) A análise biostratigráfica dos testemunhos de sondagem ; (c) As litologias não-compactadas ; (d) Determinação das paleoprofundidades e paleolatitudes dos diferentes intervalos sedimentares.

Diagrama de Hjulstrom......................................................................................................................................................................Hjulstrom Diagram

Diagramme de Hjulström / Diagrama de Hjulström / Hjulström - Diagramm / 尤尔斯特伦图 / Диаграмма Хелстрома / Curva di Hjulström

Gráfico utilizado em hidrologia para determinar se um rio erode, transporta ou deposita os sedimentos e, que para isso, entra em linha de conta com o tamanho dos sedimentos.

Ver: " Rio "
&
" Deposição fluvial "
&
" Transporte (sedimentos) "

Como se pode constatar nesta figura, o diagrama de Hjulström entra em linha de conta com o tamanho dos sedimentos (eixo das abcissas) e a velocidade de escoamento da corrente de água (eixos das ordenadas). A escala em ambos os eixos é logarítmica. A curva superior indica a velocidade crítica da erosão em centímetros por segundo (cm/s) em função do tamanho de partículas, o qual é expresso em milímetros. A curva inferior indica a velocidade de deposição em função do tamanho das partículas. Esta diagrama descreve vários conceitos-chave sobre as relações entre a erosão, transporte e deposição. Na parte direita do diagrama, isto é, quando o tamanho partículas é grande (calhau, seixo, granulo) ou por outras palavras, quando o atrito é a força dominante que impede a erosão, as duas curvas são mais ou menos paralelas e relativamente próximas uma da outra, o que quer dizer que a velocidade requerida aumenta com o tamanho das partículas. Na parte esquerda do diagrama, onde as partículas sedimentares são mais coesivas (argila e silte) a velocidade de erosão aumenta à medida que o tamanho das partículas diminui, uma vez que as forças de coesão são, relativamente, mais importante quando as partículas são mais pequenas. A velocidade crítica para haver deposição, depende da velocidade de sedimentação a qual diminui com a diminuição da granulometria. Este diagrama mostra que partículas de areia com um tamanho à volta de 1 mm requerem uma velocidade de escoamento da corrente de água menor para erodir. Tudo isto quer dizer, que quanto maior é o tamanho das partículas maior tem que ser a velocidade de escoamento para que elas possam erodir (em geral, o leito da corrente) e que elas se depositam mesmo quando a velocidade de escoamento é significativa. Ao contrário, quando o tamanho das partículas é pequeno, praticamente, elas não se depositam mesmo quando a velocidade de escoamento é pequena. Elas só erodem quando a velocidade do escoamento é importante. Em outros termos, o máximo de erosão para um mínimo de velocidade de escoamento é feito por partículas sedimentares com dimensões entre 0,1 e 1 milímetros, isto é, pelas areias.

Dicotérmia....................................................................................................................................................................................................................................................Dychothermy

Dichothérmie / Dicotermia / Dichothermy / Dichothermy / Дихотермия / Dichothermy

Inversão na estratificação térmica das águas marinhas.

Ver: " Isotérmica "
&
" Estratificação (água )"
&
" Oceano Azul "

A estratificação térmica refere-se a estratificação que ocorre, principalmente, nos meses quentes, durante a qual uma camada de água mais quente e menos densa (epilímnio) se sobrepõe uma camada mais densa e mais fria (hipolímnio). A estratificação térmica é um fenómeno comum nos lagos profundos e temperados do hemisfério Norte, como por exemplo o lago de Audition. Entre estas duas camadas há uma terceira camada (metalímnio), onde há grandes diferenças verticais de temperatura (gradientes de temperatura) e, portanto, onde as variações de densidade prevalecem. O perfil de temperatura vertical mostrado acima ilustra esta disposição em camadas para um perfil hipotético de verão. A configuração deste gráfico pode parecer um pouco atípica, quando comparada com os formatos usados ​​em outras disciplinas cientificas: em superfície coloca-se a parte superior do eixo Y (eixo de profundidade), com profundidades cada vez maiores para baixo. Esta convenção é utilizada, frequentemente, pelos geocientistas que estudam os lagos (limnologistas), em todos  os perfis verticais, uma vez que a sua configuração é consistente com a natureza das medidas verticais do perfil. A estratificação térmica é considerada como um regulador importante do metabolismo global dos lagos. O epilímnio é, relativamente, bem misturado, uma vez que ele é sujeito a mistura induzida pelo vento. Em contraste, a mistura é muito mais limitada no hipolímnio porque as camadas mais profundas dos lagos são isolados das entradas de energia transmitidas a partir superfície do lago. As trocas de substâncias dissolvidas entre o epilímnio e hipolímnio (através do metalímnio) são bastante limitadas devido ao baixo nível de turbulência e mistura. Geralmente, quanto maior for o gradiente de temperatura / densidade do metalímnio, menos trocas haverá através desta camada. Esta mistura (limitada) tem implicações na reciclagem dos componentes essenciais (nutrientes e oxigénio dissolvido). As características de estratificação térmica de um sistema, como o tempo de reciclagem e o início da estratificação, espessura e temperatura destes intervalos são manifestações de um certo número de características específicas do sistema e da influência das condições condições ambientais ("forçage"). Estas características são reguladas pela morfologia da bacia (tamanho, forma, profundidade), contexto geológico, condições meteorológicas, hidrologia, e extensão da penetração da luz.

Difluência (defluviação)...............................................................................................................................................................................................................................Diffluence

Diffluence (défluviation) / Derivación, Difluencia / Diffluenz / 分流 / Дифлюэнция (разжижение) / Derivazione

Ramificação de um canal fluvial ou de maré em braços que se separam sem voltar a reunir-se. Uma difluência ocorre quando o declive do perfil longitudinal do talvegue é muito fraco e o canal esta inserido numa planície sujeita a inundações. O ponto de ramificação é o ponto de difluência.

Ver: " Rio "
&
" Distributivo "
&
" Delta "

As áreas de difluência são importantes na estratigrafia sequencial uma vez que elas são muito sensíveis às variações relativas do nível do mar visto que o perfil provisório da corrente principal e das suas ramificações é, praticamente, subhorizontal. Uma pequena subida relativa do nível do mar (eustasia + subsidência ou levantamento) provocará uma inundação total da área destruindo uma grande parte senão a totalidade dos depósitos de transbordo e, particularmente, dos diques marginais naturais e dos braços fluviais. Uma descida relativa do nível do mar, mesmo pequena, deslocará par o mar e para baixo a linha da costa e assim os depósitos costeiros. O nível no mar ficará mais baixo do que o rebordo da bacia e a antiga plataforma costeira será, totalmente, exumada e exposta à acção dos agentes erosivos. Como a linha da costa se deslocará para o jusante e para baixo, o perfil provisório de equilíbrio da corrente principal e dos braços associados (o perfil de equilíbrio de uma corrente nunca é atingido) será rompido, o que vai obrigar as correntes a cavar os seus leitos para que um novo perfil provisório seja, mais tarde, atingido. Ao mesmo tempo, o aparelho deltaico e o ponto de difluência deslocar-se-ão para jusante do rebordo da bacia, criando, se as condições são favoráveis, um aparelho deltaico no prisma de nível baixo que começará a depositar-se desde que o nível do mar começar de novo a subir. Tudo isto, vai criar vales cavados, também chamados vales incisos que são, na realidade, uma das manifestações da superfície de erosão, isto é, da discordância criada pela descida relativa do nível do mar. Desde que o nível relativo do mar subiu, suficientemente, o depósito do prisma de nível baixo atinge a sua fase terminal e o nível do mar começará a inundar e preencher de sedimentos os vales cavados que serão totalmente preenchidos a quando da inundação global da região, i.e., a quando da formação da primeira superfície de transgressiva que deslocará, de novo, a linha da costa para montante.

Difracção (onda sísmica)............................................................................................................................................................................................................................Diffraction

Diffraction (onde sismique) / Difracción (onda sísmica) / Diffraktion (seismische Welle) / 衍射(地震波) / Дифракция (сейсмической волны) / Diffrazione (onde sismiche)

Dispersão radial da energia sísmica incidente nas abruptas descontinuidades das interfaces, particularmente em estruturas em que o raio de curvatura é mais curto do que o comprimento da onda incidente, isto é, em áreas onde as lei da reflexão e da refracção não são respeitadas.

Ver: " Reflexão Lateral "
&
" Lei de Snell "
&
" Reflexão Positiva "

A analogia entre a teoria dos raios sísmicos e a óptica generaliza o conceito de difracção, que se pode definir como a transmissão de energia por um raio de trajecto não-geométrico. Nos dados sísmicos, as difracções ocorrem, quando o raio de curvatura da superfície reflectora é menor, que alguns comprimentos de onda da onda incidente. A teoria das zonas de Fresnel diz, que as ondas se reflectem de uma área, mais ou menos, grande (zona de Fresnel) e não a partir de um simples ponto. Segundo esta teoria, um raio que atinja a extremidade de um reflector, não obstante a geometria da sua trajectória (rectilínea), um observador não o pode ver (o que reflecte é uma área e não um ponto), uma vez que a energia é difractada à volta da extremidade do reflector. A primeira zona de Fresnel pode ser vista como a de um cone, que tem como ápice na extremidade do reflector. As difracções ocorrem nas terminações dos reflectores, como no caso de uma falha. Elas são, em geral, hiperbólicas e atravessam os outros reflectores, o que quer dizer, que elas não têm nenhum valor cronostratigráfico. Neste autotraço (Canvas) de linha sísmica não-migrada, há um grande número de difracções, que sugerem a existência de descontinuidades entre dois blocos falhados. No bloco levantado (esquerda) a amplitude das difracções é maior que a das reflexões. No canto inferior esquerdo, as difracções são, provavelmente, criadas por um ponto localizado fora do plano da perfil sísmico. Contrariamente, a uma ideia muito aceite, as ondas, como, as onda da luminosas não se propagam em linha recta, mas segundo o trajecto, que lhes toma menos tempo. Quando existe uma falha numa linha sísmica, o plano de falha pode ser definido pela linha, que passa pelos ápices das difracções, como ilustrado acima. A forma hiperbólica das difracções é devida a hipótese do método PPC (Ponto de Profundidade Comum), no qual a fonte e o seu traço são deslocados de uma certa distancia para baixo da linha de tiro, afim que as reflexões da mesma camada sejam captadas pelos geofones em posições ligeiramente diferentes e, que uma reflexão é crida pelo ponto médio entre o geofone e a fonte.

Dique Marginal Natural.............................................................................................................................................................................................................Levee

Levée (dique naturelle) / Dique marginal natural / Deich /, 天然堤 / Природная плотина, насыпь / Argine, Argine naturale

Banco de areia e argila depositado ao longo das margens de um rio ou  de outro curso de água. Um dique marginal natural é construído por acumulações sucessivas de pequenos corpos sedimentares depositados quando a corrente transborda o leito ou a depressão na qual ela flui. Os diques marginais naturais são, geralmente, associados com rios, marés, mas também com as correntes turbidíticas.

Ver: « Turbiditos »
&
« Meandro »
&
« Depósito de Transbordo»

Os depósitos por accreção vertical são aqueles que se formam pela deposição dos sedimentos transportados em suspensão pelas águas de transbordo. Em princípio, todos os depósitos fluviais deviam ser considerados como accreções verticais, uma vez que eles são formados sobre superfícies pré-existentes, mas a terminologia é sobretudo baseada em relação ao crescimentos da planícies de inundação. Os depósitos de transbordo são construídos, verticalmente, na planície de inundação, ao contrário do crescimento lateral dos depósitos das margens dos canais. As planícies de inundação podem ser construídas verticalmente pela: (i) Deposição de Sedimentos transportados pelos canais ou por depósitos eólicos ; (ii) Escoamentos de Lama ; (iii) Deslizamentos, etc. Em geral, o termo accreção vertical é aplicado aos processos de agradação, que ocorrem na planície de inundação pelo depósito dos sedimentos, normalmente finos, transportados pelas águas de transbordo. A velocidade das águas de transbordo diminui de maneira abrupta desde que elas deixam a corrente do canal. Assim, os depósitos de accreção vertical, mais espessos e grosseiros, são os que formam os diques marginais naturais que bordam o canal. Os depósitos de accreção vertical mais extensos ocorrem nas partes mais baixas da planície de inundação atrás dos diques marginais naturais, isto é, nos pântanos. A passagem dos diques marginais naturais aos pântanos é muito gradual e sem limite nítido. Neste esquema, típico do Golfo do México, estão ilustrados os diques marginais naturais subaéreos e subaquáticos associados a um distributivo do rio Mississipi. O banco interno (intensamente trabalhado pela acção das ondas) e o banco externo (trabalho unicamente pelas ondas de tempestade) reconhecem-se facilmente. Este tipo de depósito é, também, muito frequente nos sistemas de deposição turbidítica, sobretudo nos cones submarinos de talude onde ele forma as célebres "asas de gaivota" de P. Vail.

Direcção de Deposição............................................................................................................................................................................Depositional Strike

Direction de dépôt / Dirección de depositación / Richtung von Depositions / 沉积方向 / Простирание залежи / Direzione di deposizione

Direcção dos limites da cintura de sedimentos de talude ou direcção dos depósitos sedimentares que estão em continuidade numa superfície de talude (deltaica ou continental).

Ver: " Inclinação Deposicional "
&
" Meandro "
&
" Talude Continental "

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do offshore de Moçambique é evidente que, pelo menos localmente, a direcção deposicional é norte-sul. O ângulo das progradações, que formam os sucessivos taludes continentais do intervalo progradante, é máximo, isto é, a inclinação das progradações corresponde a inclinação dos sedimentos, que é ortogonal à direcção da superfície de deposição. Em relação ao intervalo progradante, a linha sísmica é, mais ou menos, paralela à direcção do aporte terrígeno. Provavelmente, isto também é verdade em relação ao intervalo agradante, mas nesta linha é difícil de o corroborar. A geometria interna dos reflectores do intervalo agradante está muito deformada pelo artefacto sísmico induzido pela rápida, e abrupta, variação lateral da profundidade de água. Com efeito, todos os reflectores da parte direita da linha sísmica (sob uma grande lâmina de água), estão demasiado profundos (em tempo), uma vez que a velocidade das ondas sísmicas é mais pequena na água, que nos sedimentos. As ondas sísmicas levaram mais tempo a chegar às interfaces reflectoras, porque tiveram que atravessar a lâmina de água. O limite entre o intervalo sedimentar agradante e progradante corresponde a principal superfície da base das progradações do Mesozóico (SBP 91,5 Ma) com a qual, em geral, estão associadas a rochas-mãe marinhas potenciais do Mesozóico. O enterramento da rochas-mães, é insuficiente (pelo menos nesta área) para que a matéria orgânica tenha atingido maturação, isto é, para que tenha havido geração de hidrocarbonetos. Vários pacotes sedimentares (subciclos de invasão continental, induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem) se podem pôr em evidência no intervalo progradante (sobrejacente à superfície da base das progradações). Alguns destes pacotes depositaram-se em condições geológicas de nível baixo. No pacote superior, que se depositou em condições geológicas de nível alto, é fácil de reconhecer, que as linhas fácies (com a mesma litologia) cortam as linhas tempo, isto é, que os reflectores sísmicos que têm uma geometria sigmoidal.

Disco de Secchi.......................................................................................................................................................................................................................................Secchi Disk

Disque de Secchi / Disco de Secchi / Secchi - Scheibe / 透明度盘 / Диск Секки (белый диск) / Disco di Secchi

Disco com dois quadrantes (opostos) brancos e dois pretos utilizado para medir a transparência da água dos oceanos e lagos.

Ver: " Turbiditos "
&
" Eutrófico (lago) "
&
" Oceano Azul "

O disco Secchi é montado numa vara ou numa linha e descido, lentamente, na água. A profundidade na qual o padrão do disco, isto é os quadrantes pretos e brancos não são mais visível é tomada como uma medida da transparência da água. Esta medida é conhecida como a profundidade Secchi e está relacionada com a turbidez da água. A profundidade Secchi é atingida quando a reflectância (o fluxo de radiação incidente numa superfície e o fluxo que é reflectido) é igual a intensidade da luz retroespalhada da água. Esta profundidade, em metros, dividida por 1,7 indica o coeficiente de atenuação (também chamado de coeficiente de extinção), para a luz disponível, calculados sobre a profundidade do disco Secchi. As leituras de disco de Secchi não dão uma medida exata da transparência. Pode haver erros devido ao brilho do sol na água, e uma pessoa pode ver o disco em uma profundidade, mas outra, com melhor visão, pode vê-lo a uma maior profundidade. Um disco de Secchi é um método barato e simples de medir a transparência da água, mas devido ao potencial de variação das medidas, este método deve ser padronizado, tanto quanto possível. As leituras de disco de Secchi devem sempre ser feitas fora sombra de um barco ou uma estação e feitas entre as nove horas da manhã e as três da tarde. O melhor período é entre as 10 e as duas da tarde. O memso observador deve sempre tomar as medidas de profundidade da mesma maneira. Uma das maneiras de fazer uma medida mais rigorosa é de descer o disco para lá do ponto de desaparecimento dos quadrantes pretos e brancos e, depois, levantá-lo e desce-lo, lentamente, várias vezes para melhor definir a profundidade de Secchi. Outro método consiste em registrar a profundidade em que o disco desaparece, descer mais alguns centimetros e, em seguida registrar a profundidade na qual o disco reaparece quando levantado lentamente . A profundidade Secchi será a média dos dois valores. As medidas feitas com o disco de Secchi não indicam como as atenuação mudam com a profundidade ou com particulares comprimentos de onda luz.


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Ultima actualização : Febreiro, 2016