O que é e para que serve um Thesaurus?
Em termos gerais, as opiniões coincidem em que um Thesaurus é, afinal, um dicionário referido a um conjunto de palavras de emprego menos usual ou de domínio especializado de ramos das Ciências, das Letras ou das Artes. Nesta acepção o conceito de Thesaurus coincide, praticamente, com o de léxico e, de certo modo, mesmo como o de elucidário. Tal como num dicionário, um tesauro, glossário ou léxico é uma obra de referência em que se fornecem informações, designadamente os significados e/ou definições sobre palavras/vocábulos, em uma ou vários línguas e respectivas equivalências, com as entradas organizadas por determinada ordem, geralmente alfabética. A informação fornecida neste tipo de obras pode, outrossim, ser ou não acompanhada de ilustrações. Em contraste com a situação descrita, a simples listagem ou inventário de vocábulos, gerais ou relativos a um tema especializado, corresponde ao conceito de vocabulário.
De qualquer maneira, os thesaurus, glossários ou léxicos e os vocabulários são, geralmente, elaborados tendo em vistas dois objectivos diferentes, mas complementares na práctica. Eles são concebidos quer para aparecerem como um apêndice no fim de um trabalho de fundo ou de um curso temático, dando a significação e outros detalhes sobre as palavras chave e /ou expressões utilizadas nos textos de base, quer destinados a ser publicados, digamos de maneira autónoma. No caso deste thesaurus a intenção do autor e colaboradores é que ele sirva precisamente, estes dois fins. Assim, ele é destinado, principalmente, aos estudantes e geocientistas que seguiram os nossos cursos de estratigrafia sequencial. En consequência, o presente trabalho, que é apresentado sob o título " Thesaurus Ilustrado de Estratigrafia Sequencial e Termos Associados" é, na realidade, um inventário das palavras/ vocábulos e expressões, normalmente, utilizadas no ramo especializado da Estratigrafia e em particular da Estratigrafia Sequencial (ver figura abaixo).
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linhas sísmica do offshore da Indonésia (a escala vertical é em segundos, enquanto que a escala horizontal é em quilómetros), a grande maioria dos reflectores sísmicos correspondem a linhas cronoestratigráficas (interfaces sedimentares), o que permite aos geocientistas de propor tentativas de interpretação (em termos geológicos) e, em particular uma interpretação em ciclos estratigráficos ( Estratigrafia Sequencial). Na realidade, por cima de um soco pré-Terciário, que neste caso particular é um soco petrolífero, de baixo para cima, três tipos de bacias sedimentares da classificação de Bally e Snelson (1980) são, facilmente, reconhecidos : (i) Bacia de Tipo-Rifte ; (ii) Bacia de Atrás do Arco (vulcânico) et (ii) Margem divergente do tipo não-Atlântico. Alguns geocientistas consideram que uma bacia de atrás do arco é um conjunto de sedimentos depositados numa fase de alongamento ("rifting"), caracterizada por uma subsidência diferencial e de sedimentos depositados numa fase enterramento, caracterizada por uma subsidência térmica. Os diferentes paquetes sedimentares são limitados por discordâncias (superfícies de erosão, como, por exemplo a SB. 12,5 Ma) e de superfícies de base das progradações, como a MFS 16,0 Ma (Ma significa milhões de anos atrás). Os ciclos estratigráficos, limitados por discordâncias, correspondem, na parte superior da linha, a ciclos-sequência, os quais são induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem (caracterizados por terem uma duração que varia entre 0,5 e 3-5 milhões de anos). Na parte inferior da linha sísmica, por cima superfície de base das progradações MFS 17,0 Ma, os ciclos estratigráficos correspondem sobretudo a subciclos de invasão continental, que são induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem, cuja duração varia entre 3-5 My (milhões de anos) e 50 My. Unicamente as superfícies de base das progradações MFS 5,0 Ma, MFS 16,0 Ma, MFS 17,0 Ma e MFS 24.8 Ma podem ser seguidas (picadas na gíria dos geocientistas das companhias petrolíferas) com um mínimo de precisão. Ela separam os episódios transgressivos (geometria retrogradante) dos episódios regressivos (geometria progradante) e, por isso, muitas vezes, sedimentos ricos em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) se depositam ao longo delas.
Além do thesaurus, que se pode abrir pressurizando (clique) o botão aqui debaixo,
é proposta uma Introdução (clique no texto sublinhado para navegar até à introdução), que permitira ao leitor de melhor compreender as tentativas de interpretação geológica das linhas sísmicas utilizadas neste thesaurus (note, por favor, que por razões de confidencialidade, certas localizações e orientações das linhas sísmicas ou cortes geológicos não são indicadas. A maiorias das tentativas de interpretação são feitas pelo autor e certas calibrações são especulativas. Igualmente, como complemento as páginas Web seguintes são propostas (basta pressurizar o texto sublinhado correspondente):
Dados Astronómicos & Geofísicos ;
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