Estratigrafia Isotópica (oxigénio)................................................................................................................Oxygen Isotopic Stratigraphy

Stratigraphie isotopique (oxygéne) / Estratigrafia isotópica (oxígeno) / Sauerstoffisotopie Stratigraphie / 氧同位素地层学 / Изотопная стратиграфия / Isotope stratigrafia (ossigeno)

Estratigrafia baseada na relação entre os isótopos de oxigénio (18O/ 16O) presentes na água do mar em função do tempo.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Bentos »

A estratigrafia isotópica do oxigénio baseia-se, evidentemente, na curva dos isótopos do oxigénio na qual são projectados as proporções relativas dos dois isótopos do oxigénio 18O e 16O. Lembremos que um isótopo é um dos duas ou mais variedades de um elemento químico cujos átomos têm o mesmo número de protões e electrões (o mesmo número atómico), mas que têm um número diferente de neutrões no núcleo (o peso atómico diferente). O oxigénio pode existir em vários formas, mas unicamente duas 16O e 18O são importantes na análise dos isótopos do oxigénio. A taxa da abundância deste dois isótopos dá diversos tipos de informações sobre passado geológico, como, por exemplo, a origem da água e a temperatura mais provável dos oceanos. Como, actualmente, a taxa média do 18O em relação ao 16O é de mais ou menos 1 para 500, todas as medidas são feitas em relação a este valor que é tomado como referência. A grande maioria dos geocientistas considera que a taxa entre 18O e 16O variou nos oceanos de maneira cíclica função da alternância dos períodos glaciares e interglaciares. A taxa entre 18O e 16O depende da temperatura da água. O isótopo 18O aumenta quando a temperatura diminui. O oxigénio incorporado no carbonato de cálcio das conchas dos organismos marinho reflecte a taxa entre 18O e 16O. Como a acidificação das conchas dos fósseis liberta oxigénio, este permite determinar a temperatura dos oceanos nos quais animais, agora fossilizados viveram. Pode dizer-se que durante o pico da última glaciação, as águas profundas enriqueceram-se em 18O de cerca de 1,6 partes por mil (1,6 ppm), o que é equivalente a uma descida do nível do mar de cerca de 165 metros em relação ao nível do mar actualmente. Nesta figura, está ilustrada a estratigrafia isotópica do oxigénio (18O/16O) em profundidade (profundidade métrica composta), determinada a partir das conchas do foraminífero bêntico Uvigerina para o sítio 1014. Os dados dos isótopos de oxigénio (linhas horizontais) estão numerados à direita (subestágios dos isótopos marinhos) e correlacionados com a secção de referência (profundidade) dos isótopos de oxigénio de mar profundo (Martinson et al., 1987).

Estratigrafia Paleomagnética..............................................................................................................Paleomagnetic Stratigraphy

Stratigraphie paléomagnétique / Estratigrafía paleomagnética / Paläomagnetische Stratigraphie / 古地磁年代学 / Палеомагнитная стратиграфия / Stratigrafia paleomagnetiche

Ramo da estratigrafia na qual a magnetização remanente de uma rocha é usada para a colocar na escala magnética construída a partir das variações temporais do campo magnético terrestre.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Magnetostratigrafia »

O magnetismo está, intimamente, ligado ao movimento dos electrões nos átomos, uma vez que uma carga em movimento produz um campo magnético. O campo magnético terrestre varia com o tempo. A altas temperaturas, todos os materiais são paramagnéticos (ao contrário dos diamagnéticos, os paramagnéticos não são atraídos pelos ímanes). Materiais com electrões não arranjados em pares sofrem uma transição de fase com comportamento ferromagnético abaixo de uma determinada temperatura chamada ponto de Curie. A uma temperatura superior, todo o material ferromagnético perde as suas características magnéticas (768°C para o ferro). A temperaturas inferiores ao ponto de Curie, os momentos magnéticos dos materiais ferromagnéticos são, parcialmente, alinhados com o campo magnético terrestre. Um mineral magnético cristalizado acima do ponto de Curie e que é depois arrefecido adquire um magnetismo térmico remanente (MTR) na mesma direcção e com uma intensidade proporcional ao campo magnético aplicado. Se um mineral magnético é formado por alteração química ou metamorfismo a uma temperatura inferior ao ponto de Curie, ele adquire um magnetismo químico remanente (MQR). Se uma dada rocha com minerais magnéticos é arrefecida e, mais tarde, alterada com crescimento de novos minerais magnéticos, o MTR (magnetismo térmico remanente) e MQR (magnetismo químico remanente) podem ter diferentes direcções. Se partículas magnéticas são libertadas de uma rocha, transportadas e depositadas numa nova rocha, a uma temperatura abaixo do ponto de Curie, as partículas orientam-se segundo o campo magnético no momento da sedimentação (magnetismo de deposição remanente ou MDR), que é cerca de 1000 vezes mais fraco do que o magnetismo de uma lava, onde cada pequeno dipolo é, perfeitamente, alinhado com o campo aplicado. Nesta figura está ilustrada a estratigrafia paleomagnética do Cenozóico baseada nas inversões do campo magnético terrestre. As épocas de polaridade magnética normal (como actualmente) estão representadas a preto e as épocas de polaridade inversa, a branco. Não confunda um campo magnético (movimento de cargas eléctricas) com campo eléctrico, que surge apenas com uma carga, e que lhe é perpendicular.

Estratigrafia Sequencial..................................................................................................................................................Sequential Stratigraphy

Stratigraphie séquentielle / Estratigrafía secuencial / Sequenzstratigraphie / 连续的地层 / Последовательная стратиграфия / Stratigrafia sequenziale

Análise estratigráfica em conjuntos sedimentares limitados por discordâncias e/ou pelas superfícies profundas equivalentes. Quatro variáveis principais controlam estes conjuntos: (i) Subsidência ; (ii) Eustasia ; (iii) Acarreio Sedimentar ; (iv) Clima.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Estratigrafia Genética »
&
« Discordâncias (ciclos estratigráficos) »

Antes de mais lembremos que qualquer pacote sedimentar limitado, por cima e por baixo, por uma discordância (tipo I) é, convencionalmente, um ciclo estratigráfico. Tradicionalmente, a sedimentologia e a estratigrafia consideram as formações geológicas como as unidades fundamentais do registo das rochas e a interpretação dos ambientes sedimentares como o resultado principal dos estudos estratigráficos. A estratigrafia sequencial considera os ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência como a unidade fundamental do registo das rochas e períodos de deposição e sem deposição (associados com episódios de subidas e descidas relativa do nível do mar) como a informação essencial. A estratigrafia sequencial desenvolveu-se a partir da estratigrafia sísmica, onde as discordâncias se reconhecem e se seguem relativamente bem, embora a previsão da litologia seja mais complicada. A acumulação dos sedimentos (como os limites dos ciclos-sequência) é controlada pelas mudanças do nível de base em relação a qual os sedimentos se acumulam, se a superfície terrestre local é muito baixa, ou são erodidos, se a superfície terrestre local é muito alta. Esta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Indonésia foi feita em ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência (induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem, os quais têm um tempo de duração entre 0.5 e 3-5 My). Devido às escalas (horizontal e vertical), é difícil de identificar os cortejos sedimentares que compõem os ciclos-sequência. À excepção de algumas Superfícies da Base das Progradações como SBP 5 Ma, SBP 16 Ma e SBP 24,8 Ma, que sublinham os eventos transgressivos principais do Neogénico, unicamente, as discordâncias foram desenhadas. Algumas foram calibradas com os resultados dos poços de pesquisa, enquanto que a idade das outras foi baseada na assinatura estratigráfica da área. A diferença de idade entre duas discordâncias consecutivas é sempre inferior a 3-5 Ma, isto é, que os intervalos entre elas correspondem a ciclos sequência, uma vez que os ciclos eustáticos associados são de 3a ordem.

Estratigrafia Sequencial (carbonatos)...................................................................................Carbonate Sequential Stratigraphy

Stratigraphie Séquentielle (carbonates) / Estratigrafía secuencial (carbonatos) / Sequenzstratigraphie (Carbonate) / 连续的地层(碳酸盐) / Последовательная стратиграфия (карбонаты) / Stratigrafia sequenziale (carbonati)

Análise estratigráfica em conjuntos sedimentares carbonatados limitados por discordâncias e/ou pelas superfícies profundas equivalentes. Quatro variáveis principais controlam estes conjuntos: (i) Subsidência ; (ii) Eustásia ; (iii) Acarreio Sedimentar ; (iv) Clima.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Calcário»
&
« Produção Orgânica (carbonatos) »

Os sedimentos são basicamente de dois tipos: (i) Clásticos e (ii) Precipitados derivados de água fresca ou do mar. Os primeiros são formados pela desagregação de rochas pré-existentes, as quais podem ser ígneas, metamórficas ou sedimentares. Os segundos são formados por precipitações biogénicas ou inorgânicas de soluções marinhas ou de água fresca. Embora os carbonatos (formados por precipitação) tenham algumas semelhanças com os clásticos, existem grandes diferenças na estratigrafia sequencial destes dois tipos de sedimentos. Ambos respondem às mudanças do nível de base e são individualizados por discordâncias. A grande diferença na estratigrafia sequencial destes dois tipos de sedimentos reside no facto de que a acumulação de carbonatos se faz, praticamente, in situ, enquanto que os clásticos são transportados para o local de deposição. As taxas de produção de carbonato (precipitado) estão, intimamente, ligadas a fotossíntese e assim elas são dependentes da profundidade em relação a interface ar / água, o que permite de utilizar os fácies carbonatados e suas estruturas para estimar a posição do nível do mar. Como os precipitados têm, muitas vezes, uma origem bioquímica, eles são, fortemente, influenciados pela química da água a partir da qual eles se precipitam. As características de um sedimento carbonatado podem mudar função da maneira como a configuração das placas litoesféricas e ambiente de deposição responde a uma mudança do paleoclima e ou da paleogeografia (isolada ou em comunicação com o mar aberto). Isto significa que os carbonatos podem ser utilizados como indicadores do contexto de deposição que, quando combinado com a estratigrafia sequencial, faz da análise das fácies dos carbonatos um excelente método de interpretação e das secções geológicas, assim como das previsões litológicas. Como nas rochas clásticas, na base das discordâncias, os intervalos carbonatados podem ser subdivididos em: (i) Ciclos de invasão continental, (ii) Subciclos de invasão continental, (iii) Ciclos-sequência e (iv) Paraciclos-sequência.

Estratigrafia Sísmica..........................................................................................................................................................................Seismic Stratigraphy

Stratigraphie sismique / Estratigrafía sísmica / Seismische Stratigraphie / 地震地层学 / Сейсмическая стратиграфия / Stratigrafia sismica

Ramo da estratigrafia que estuda os ciclos estratigráficos depositados em associação com os diferentes ciclos eustáticos e que utiliza os cortejos sedimentares, definidos a partir dos dados sísmicos, e calibrados pelas diagrafias eléctricas e dados de campo, como meios de correlação. Por vezes é sinónimo de Estratigrafia Sequencial.

Ver: « Estratigrafia »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Estratigrafia Genética »

A primeira etapa da interpretação sequencial das linhas sísmicas (sismostratigrafia) é de subdividir os dados sísmicos em intervalos limitados por discordâncias, isto é, por superfícies de erosão, as quais podem ser, mais ou menos, reforçadas pela tectónica (discordâncias angulares). Estas superfícies de erosão são induzidas pelas descidas relativas do nível do mar que delimitam os ciclos eustáticos. Elas podem caracterizar-se por biséis de agradação e biséis somitais (ou biséis superiores), podendo estes últimos ser por sem deposição ou truncatura (erosão). Uma vez que as discordâncias são identificadas elas podem ser seguidas, lateralmente, ao longo das reflexões para as áreas onde elas não podem ser identificadas correctamente. Quando as discordâncias não são reforçadas pela tectónica, elas só são evidentes perto do rebordo da bacia (pelos preenchimentos dos canhões submarinos) e na planície costeira (pelos preenchimento dos vales cavados), onde os rios foram obrigados a cavar os seus leitos para criarem um novo perfil de equilíbrio provisório, uma vez que as descidas relativas do nível do mar rompem os perfis de equilíbrio dos rios. Dentro de cada intervalo, deve identificar-se a superfície da base das progradações, que separa os episódios transgressivos (geometria retrogradação) dos regressivos (geometria progradante). Esta tentativa interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Mahakam (Indonésia) foi feita por geocientistas, treinados em estratigrafia sequencial e que conheciam de avanço o contexto geológico da área. Várias descidas relativas do nível do mar foram reconhecida, assim como os períodos nível alto e baixo do mar. Os interpretadores tomaram em linha de conta todos os parâmetros que controlam a estratigrafia sequencial. Embora, neste caso particular, a história da tectónica da área não seja muito necessária, é importante não esquecer, que na maior parte das interpretações sísmicas, a Tectónica é indispensável para efectuar tentativas de interpretação coerentes, isto é, difíceis de refutar.

Estrato, Camada..............................................................................................................................................................................................................................................................Stratum

Strate / Estrato / Stratum, Schicht / 阶层 / Слой (пласт) / Strato, Giacimento

Corpo sedimentar de geometria tabular individualizada, a olho nu, dos níveis inferiores e superiores quer por mudanças litológicas, quer por mudanças das condições de depósito.

Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Estratigrafia »
&
« Camada »

Em geral, um estrato é depositado, mais ou menos, horizontalmente. Unicamente nos taludes continentais ou deltaicos é que os estratos se depositam com um certo ângulo para jusante (inclinando para a parte profunda da bacia). Em condições ambientais semelhantes, a água e o vento têm tendência a espalhar os sedimentos, do mesmo tipo, em níveis relativamente pouco espessos, mas sobre uma grande área. Se as condições ambientais mudam no sítio de deposição pode acontecer que: (i) Diferentes tipos de sedimentos possam depositar-se por cima do nível anterior ; (ii) Haja um período de tempo durante o qual os sedimentos não são depositam ou (iii) O nível original possa ser erodido. Quando o ambiente de deposição é o mesmo, o tipo de sedimentos depositados é semelhante em todas as superfície de deposição sucessivas. Os sedimentos têm tendência a ser mais semelhantes dentro de um estrato (superfície de deposição) do que em estratos diferentes. Por outro lado, a continuidade lateral têm limites. Mesmo dentro de um estrato pode haver mudanças litológicas. Isto quer o dizer, que todos os estratos se biselam, lateralmente, isto é, desaparecem, sem deixar nenhum registo particular do tempo de deposição na região do biselamento. Quando o tipo de sedimento, que caracteriza um estrato, muda lateralmente, dentro do mesmo nível, e de maneira gradual, isso significa que, provavelmente, o ambiente de deposição também mudou lateralmente de maneira gradual. Nesta fotografia, todos os estratos sobrejacentes à discordância repousam contra a superfície de erosão por biséis de agradação (marinha), a qual parece ter sido ligeiramente reforçada pela tectónica, uma vez que os estratos subjacente estão ligeiramente truncados (difícil de ver nesta fotografia). Os estratos sobrejacentes à discordância (superfície de erosão) correspondem a cones submarinos de bacia, isto é, a lóbulos turbidíticos arenosos que se depositaram de maneira instantânea (em termos geológicos) nas partes mais profundas bacia. Por cima de cada lóbulo (estrato), não confundir com conjunto de lóbulos (estratos) depositou-se uma fina camada de argilitos pelágicos cuja datação permite datar os lóbulos e, assim, também datar a discordância.

Estratos.......................................................................................................................................................................................................................................................................................Strata

Strates / Estratos / Strata / 阶层 / Слои / Strata

Conjunto de estratos, isto é, de intervalos sedimentares que se depositam um de cada vez com os mais antigos depositados na base.

Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Turbidito »
&
« Lei de Steno »

As camadas das rochas sedimentares estão, na maior parte das vezes, organizadas em pacotes de estratos semelhantes sobrepostos entre eles. Estes maços ou pacotes distinguem-se, mais ou menos, nitidamente, pela litologia (calcário, areia, argila, etc.) e pela organização dos estratos (bancos, mais ou menos finos, alternados ou não com outros de diferente litologia) dos pacotes que os precedem (anteriores) ou dos pacotes seguintes (mais recentes). Um tal conjunto de camadas de espessura decamétrica chama-se conjunto de camadas (ou de estratos), os quais não são outra coisa, que porções de pacotes de maior espessura (hectométrica), que se chamam formações. As formações geológicas opõem-se elas mesmo (pela natureza da rocha e organização em estratos) às formações vizinhas da coluna sedimentar. O nome das formações, que se dá aos pacotes sucessivos de estratos, vem da mudança de aspecto das camadas, que as diferenciam a qual está ligada a uma modificação do processo de deposição sedimentar. Estas mudanças traduzem-se por modificações, quer da natureza da rocha depositada (“fácies”), quer da disposição em estratos (estratonomia), quer dos dois (estes grupos de caracteres são os que servem também de base à definição das diferentes categorias de formações). A sobreposição das camadas sedimentares de uma região comporta em geral a sobreposição de várias formações, que se diferenciam umas das outras por estes dois tipos de características (“fácies” e “Estratonomia"). As formações são muitas vezes identificáveis na paisagem devido à diferente influência que elas têm sobre o relevo e vegetação. Cada formação tem um nome que em geral é tirado da localidade onde ela é bem representada. Nesta fotografia, cada banco (estrato) representa um depósito turbidítico, isto é, o depósito de uma corrente turbidítica. Os turbiditos são formados de areia. Os estratos argilosos entre cada um dos bancos representam o material fino (argilitos), que se depositou por decantação entre cada turbidito. Um turbidito deposita-se, instantaneamente, isto é, em alguma horas, enquanto que os depósitos argilosos representam tempos de deposição de centenas ou milhares de anos.

Estratosfera.........................................................................................................................................................................................................................................Stratosphere

Stratosphère / Estratósfera / Stratosphäre / 平流层 / Стратосфера / Stratosfera

A segunda maior camada da atmosfera da Terra, acima da troposfera e abaixo da mesosfera. A estratosfera sublinha a estratificação da atmosfera função da temperatura. As camadas acima da estratosfera são mais quentes e a camada subjacente (troposfera) é mais fria.

Ver: « Atmosfera »
&
« Troposfera »
&
« Célula de Hadley »

A estratosfera é a grande camada atmosférica acima da troposfera (camada principal mais baixa da atmosfera). Ela é limitada entre as altitudes de cerca de 12 a 42 quilómetros. A temperatura do ar aumenta, lentamente, com a altura na estratosfera, ao contrário do que sucede na troposfera, onde a temperatura diminui, rapidamente, com a altura. Esta rara estrutura na evolução da temperatura é causada pela absorção da luz solar pela camada de ozono (camada baixa da estratosfera, que circunda a Terra e que tem grandes quantidades de ozono e assim protege a Terra inteira de grande parte da radiação ultravioleta que vem do Sol). Todo o tempo (estado da atmosfera) pára no topo da troposfera (chamado de tropopausa). A estratosfera é essencialmente livre de nuvens. Quando se uma alta tempestade com nuvens em forma de bigorna, é muito provável que a nuvem bigorna esteja esbarrando na parte inferior da estratosfera. As tempestades frequentes na troposfera são caracterizadas por relâmpagos e trovões, são produzidas por uma ou mais nuvens cumulonimbus (também conhecidas como nuvens de tempestade). Uma típica nuvem de tempestade tem um diâmetro de 10-20 km, alcança altitudes de 10-20 km, dura em média 30-90 minutos e move-se com uma velocidade de 40-50 km/h. Elas podem ser identificadas por seu largo e brilhante topo esbranquiçado, que se projecta na direcção dos ventos formando uma saliência denominada anvil. Por isso certos geocientistas falam de nuvens anvil, que são na maior parte formadas de gelo e que se localizam na parte superior de trovoadas. A porção central das nuvens anvil contêm neve pesada, que derrete quando ela cai em ar quente de ar, transformando-se assim em chuva. Cerca de 50% da chuva produzida pelas tempestades forma-se desta maneira. Poucos aviões podem voar na estratosfera visto que o ar é tão fino que não há sustentação suficiente para o manter no ar. Contudo, alguns aviões espiões, como, por exemplo, o U-2 e o SR-71, podem voar na parte inferior da estratosfera.

Estratótipo...................................................................................................................................................................................................................................................Stratotype

Stratotype / Estratotipo / Stratotyp (Aufschluss geben) / 层型剖面(露头类型) / Стратотип / Stratotipo (affioramento-tipo)

Designa um afloramento de uma unidade estratigráfica ou limite estratigráfico que serve como referência. Un estratotipo é um conjunto específico de estratos utilizados para a definição ou para caracterizar uma unidade ou limite estratigráfico.

Ver: « Camada de Referência »
&
« Estratigrafia »
&
« Clima »

Um estratotipo pode definir quer como uma unidade no seu conjunto (unidade estratotipo), quer como o limite entre duas unidades (estratotipo do limite). O Valanginiano (segundo andar do Cretácico Inicial) é caracterizado por uma série de eventos, que sugerem variações ambientais e climáticas. Estes eventos não são nem catastróficos nem instantâneos, como o evento -Maastrichiano, mas ao contrário reflectem mudanças graduais do balanço biosférico global. As três regiões típicas do Valanginiano são o Jura (Suíça), Provence (França) e Friuli (Itália, perto de Trieste). Todas estas regiões que estão situadas nas margens norte (Suíça e Provence) e sul (Friuli) do oeste do Mar de Tétis. Na Suíça (Landeron), o Valanginiano tem cerca de 8 metros e é constituído por três intervalos : (i) Margas de Arzier; (ii) Calcário Ferruginoso e (iii) Limonite. Nessa época, quer isto dizer, há mais ou menos, 135 milhões de anos, o supercontinente Pangéia ainda estava a fracturar-se e, assim, o vulcanismo era muito activo. O clima era quente e húmido em quase todas áreas. O gradiente de temperatura entre os pólos e equador era, relativamente, pequeno devido à eficiência do transporte de calor latitudinal. A ocorrência de glendonite (forma de calcite que se forma a baixa temperatura e que sugere a presença de glaciares) no Valanginiano Tardio indica um arrefecimento global. O período entre o Valanginiano e Hauteriviano é caracterizado por um aumento do isótopo carbono (δ^13C) de cerca de 1.5%, o qual foi encontrado nos sedimentos pelágicos dos oceanos. Sedimentos ricos em ferro e mesmo jazigos de ferro são frequentes nos depósitos do Valanginiano, assim como jazigos de manganésio e de fósforo. O nível do mar subiu (transgressão de segunda ordem), embora menos do que no Cretácico médio. O Valanginiano representa o primeiro evento anóxico do Cretácico, o qual produziu menos rochas-mãe do que o evento Apciano-Albiano. O afogamento das plataformas carbonatadas foi acompanhado de uma grande ruptura sedimentar e de uma grande crise da biota dos mares pouco profundos.

Estrela..................................................................................................................................................................................................................................................................................................Star

Étoile / Estrella / Stern / 恒星 / Звезда / Stella

Bola de plasma, isto é, gás ionizado, luminosa e maciça. A estrela mais próxima da Terra é o Sol. Quando não ofuscadas pelo a luz do Sol, muitas outras estrelas são visíveis no céu, particularmente, durante a noite. O brilho de uma estrela é a consequência da reacção nuclear (fusão) que existe no seu interior. Uma tal reacção, que liberta muita energia, a qual depois de atravessar a estrela irradia no espaço. Quase todos os elementos mais pesados do que o hidrogénio e do que o hélio foram criados no interior das estrelas pelas reacções nucleares.

Ver: « Terra »
&
« Efeito de Estufa Natural »
&
« Aquecimento Global »

Esta fotografia acompanhou o anuncio da surpresa dos astrónomos ao descobrirem (Washington, 15 de Agosto de 2007), que a estrela vermelha gigante, Mira, que se desloca através da Via Láctea com uma velocidade de cerca de 130 km/s, tem uma cauda turbulenta (como um cometa), a qual tem mais de triliões de km de comprimento (feita de carbono, oxigénio e outros elementos importantes para a formação de novas estrelas, planetas e da vida). Esta estrela era já conhecida dos astrónomos do século XVII (descoberta em 1596 por David Fabricius), que lhe chamaram Omicron Ceti (Baleia) ou Mira, pela sua característica de mudar de brilho todos os 11 meses. Actualmente, ela é a referência de toda uma classe de estrelas, uma vez que, como dito acima, os astrónomos modernos descobriram, que ela tem uma enorme cauda, como a dos cometas, cujo que comprimento é equivalente a 13 anos luz. Esta descoberta foi feita utilizando as imagens ultravioletas do satélite GALEX (Galaxy Evolution Explorer). Os astrónomos pensam que biliões de anos atrás a estrela Mira era semelhante ao sol. Contudo, com o tempo, ela começou a inchar e transformou-se numa vermelha gigante variável, que, periodicamente, se torna, suficientemente, brilhante para ser vista a olho nu. O seu tamanho aumentou 600 vezes em relação ao Sol e ela está pulsando (perdendo uma grande quantidade do material superficial). A fluorescência da luz ultravioleta, sugere que o material da cauda desta gigante estrela viaja a uma velocidade de cerca de 130 km por segundo. A quantidade de material que forma a cauda é estimada a cerca de 3000 vezes a massa da Terra. A cerca de 400 anos luz da constelação da Baleia, a estrela Mira é, actualmente, pouco brilhante para ser vista ao olho nu, mas ela será visível outra vez brevemente.

Estromatólito................................................................................................................................................................................................................................Stromatolithe

Stromatolithe / Estromatólito / Stromatolith / 叠层 石 / Строматолит / Stromatoliti

Estrutura acrecional, mais ou menos, estratificada, formada em água pouco profunda, pela captura, envelopamento ou cimentação de grãos sedimentares por biofilmes de microorganismos, especialmente por cianobactérias (vulgarmente conhecidas como algas azuis).

Ver: « Cianobactéria »
&
« Alga »
&
« Fotossíntese »

Um estromatólito como estrutura não é viva, unicamente as bactérias que o constituem o são. Dependendo dos casos, o interior de um estromatólitos pode estar quase, totalmente, cheio ou ter uma quantidade significativa de vazios nos quais as bactérias ou outros organismos se escondem. A maior parte de uma coluna estromatolítica é sólida, com excepção de uma fina camada superficial que é a parte viva. Esta camada viva é formada por uma geleia de filamentos de cianobactérias, como nos tapetes bacterianos. A coluna estromatolítica é construída por processos de captura e cimentação de sedimentos. A geleia de filamentos: (i) Prende as partículas sedimentares entre os seus filamentos ; (ii) Induz a cimentação das partículas sedimentares, graças à sua actividade fotossintética, consumindo CO2, diminui a pressão parcial de CO2 neste microambiente, o que promove a precipitação do CaCO3 ; (iii) As partículas são presas e em seguida soldadas entre si, constituindo uma série de crosta sólidas que formam uma rocha sólida chamada laminite cianobacteriana. Os estromatólitos existem desde há 3,5 biliões de anos, como o sugerem o fósseis encontrados no oeste da Austrália, mas eles existem em todos os continentes. As primeiras publicações cientificas sugeriram que os estromatólitos atingiram um máximo de extensão e diversidade de formas e estruturas no Pré-Câmbrico (há cerca 1,5 biliões de anos), o qual se teria mantido até cerca de 700 milhões de anos. Contudo dados mais recentes mostram que o número e diversidade diminuiu muito antes ao benefício de outras espécies. Muitos geocientistas pensam, actualmente, que é muito provável, que os estromatólitos eram a única forma de vida, ou a forma de vida mais dominante até cerca de 550 Ma, o que quer dizer que o declínio da diversidade foi iniciado mais cedo do que primeiro se pensava. Ao contrário, a sua persistência é de mais de 1 bilião de anos. O pico de diversidade foi, provavelmente, entre 1 - 1,3 Ga e depois caiu para 75% desse nível (entre 1,0 e 0,7 Ga ) e, finalmente, caiu para menos de 20% dessa diversidade no início do Câmbrico.

Estructura Sedimentar............................................................................................................................................................Sedimentary Structure

Estrutura sedimentar / Estructura sedimentaria / Sedimentary Struktur / 沉积构造 / Осадочная структура / Struttura sedimentaria

Qualquer estrutura de uma rocha sedimentar ou pouco metamorfizada, que se formou no momento da deposição. Exemplos de estruturas sedimentares são, por exemplo: (i) Estratificação cruzada ou entrecruzada ; (ii) Estratificação oblíqua ; (iii) Marcas de ondulação, etc.

Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Marca de Ondulação »
&
« Estratificação Entrecruzada »

A grande maioria das rochas sedimentares são o resultado de processos de meteorização (o processo geral pelo qual as rochas são fracturadas à superfície da Terra, e o qual pode assumir dois aspectos, um químico e um físico), transporte, deposição e diagénese. A textura final (granulometria, forma, triagem, mineralogia, etc.) dos sedimentos ou de uma rocha sedimentar é dependente do processo que ocorreu durante cada fase, as quais se podem resumir assim: (i) Natureza do acarreio sedimentar (as rochas que são erodidas para criar os sedimentos), o que determina a forma original dos grãos e composição mineralógica dos sedimentos originais ; (ii) Força do vento ou das correntes de água, que transportam e depositam os sedimentos, que determina se os grãos são transportados e depositados ou não (os processos de deposição também controlam as estruturas que podem ser preservadas nos sedimentos e assim dar indicações sobre o ambiente de deposição) ; (iii) Distância de transporte ou o tempo nos processos de transporte (os grãos maiores são aqueles que nos processos de transporte mudam de forma na base do tamanho e da mineralogia, o que controla, também, as transformações em minerais mais estáveis durante os processos de transporte ; (iv) Actividade biológica antes da diagénese (os animais que vivem enterrados no solo podem redistribuir os sedimentos depois de eles terem sido depositados, fazendo desaparecer algumas informações sobre o ambiente original de deposição) ; (v) Ambiente químico, no qual a diagénese ocorre (durante a diagénese os grãos são compactados, novos minerais precipitam no espaço entre os grãos, alguns continuam a reagir para produzir novos minerais e outros recristalizam). O que acontece depende da composição dos fluídos, que se deslocam através da rocha, composição dos grãos minerais e das condições de pressão e temperatura atingidas durante a diagénese. Nesta figura está ilustrada uma areia calcária oolítica, que exibe uma estratificação entrecruzada (pequena escala), a qual sugere um ambiente de deposição de alta energia.

Estuário.................................................................................................................................................................................................................................................................................Estuary

Estuaire / Estuario / Gezeitenmündung / 河口 / Эстуарий (устье реки) / Estuario

Baía na desembocadura de um rio formada por subsidência ou por uma subida relativa do nível do mar. É o sítio em que a água doce dos rios se mistura com a água salgada dos oceanos.

Ver: « Baía »
&
« Rio »
&
" Linha da Costa »

Como ilustrado neste esquema, um estuário, é uma desembocadura (ou foz) de um rio influenciada pelas marés. Ele forma uma indentação na linha da costa e pode variar em largura assim como em profundidade. É o sítio, onde a água doce entra em contacto com a água do mar. Um estuário é, por vezes, definido como uma porção do oceano, ou um braço de mar, que é contaminado por água doce. Localmente, um estuário pode se sinónimo de ria ou fiorde. Como, em geral, os estuários correspondem a desembocaduras dos rios influenciados pelas acção das marés, na maioria dos casos, eles são caracterizados pela sedimentação de siltitos transportados do continente pelos rios ou do offshore pelas correntes de maré. A água salobra (mais salgada do que a água dos rios, mas menos do que a água do mar) é predominante na maior parte dos estuários. Como ecosistemas, os estuários são ameaçados pela actividade humana e pela poluição, assim como, em certos casos, por uma pesca muita intensa. Os estuários são ambientes marinhos cujo pH, salinidade e nível de água depende do rio que o alimenta e do oceano do qual deriva a sua salinidade. O tempo necessário para que um estuário complete o seu ciclo é chamado tempo de nivelamento. Na sua forma mais simples, o tempo de nivelamento (tf) pode ser definido como o tempo necessário para drenar um volume V através uma entrada A com um velocidade de corrente v ou, em outros termos, o tempo necessário para substituir o volume de água Vf à taxa de escoamento através do estuário, a qual é dada pela taxa de descarga do rio R: tf = Vf /R. A circulação de água nos estuários é muito frequente e quase sempre típica. Ela ocorre quando água doce ou salobra se escoa para jusante próximo da superfície, enquanto a água salgada mais densa se escoa para montante ao longo do fundo. Existe também uma circulação "antiestuário", que se faz ao contrário. A água salgada mais densa escoa-se para jusante ao longo do fundo e a água doce ou salobra, menos densa, escoa-se para montante perto da superfície. Os estuários são, sobretudo, frequentes nas costas submersas onde o nível o mar subiu em relação à terra, o que provoca a inundação dos vale criando rias e fiordes.

Eucariota...................................................................................................................................................................................................................................................................Eukaryote

Eucaryote / Eucariota / Eukaryoten / 真核生物 / Эукариотный организм / Eukaryota

Célula que tem o seu material hereditário (informação genética) dentro de uma membrana (dupla), chamada envelope nuclear, que delimita um núcleo celular. Sinónimo de Eucélula.

Ver: « Eucariótica »
&
« Animal (reino) »
&
« Fotossíntese »

Os eucariotas variam desde organismos unicelulares até gigantescos organismos multicelulares, nos quais as células se diferenciam e desempenham funções diversas, sem poder viver isoladamente. Os eucariotas compartilham a mesma origem, e por isso são agrupados numa hierarquia taxonómica superior ao Reino, quer isto dizer, um Domínio ou Império, dependendo de como os geocientistas encaram a origem dos eucariotas. Fazem parte desta categoria de seres vivos, isto é do "Império Eucariota", os seguintes Reinos: (i) Reino dos animais ; (ii) Reino das plantas ; (iii) Reino dos Fungos ; (iv) Reino das Algas Unicelulares e Protozoários (Protista) e (v) Reino Cromistas. Este último reino é, na realidade, actualmente, um dos seis reinos dos seres vivos, propostos por Cavalier Smith (1988). Ele engloba diversos grupos de algas com Clorofila A e C. As formas vivas que não fazem parte do Domínio ou Império Eucariota são as bactérias e as Archaea (anteriormente denominadas arqueobactérias), ou seja, os seres vivos com células procarióticas. Os eucariotas parecem ser monofiléticas, e compor assim um dos dois domínios da vida. O outro domínios ou império, o das as bactérias e archaea, é constituído por procariotas. Os eucariotas compartilham alguns aspectos de sua bioquímica com archaea, e por isso, certos autores os agrupam com a archaea para formar o clado Neomura, que é um grupo muito diversificado, contendo todas as espécies multicelulares e todas as espécies extremófilas. Todas estas espécies compartilham certas características moleculares. Todos os Neomorianos utilizam a molécula metionina como iniciadora dos aminoácidos para a síntese das proteínas, enquanto que as bactérias utilizam a formilmetionina. De qualquer maneira, pode dizer-se que todos os neomurianos utilizam diferentes tipos de polimerases, enquanto que as bactérias utilizam apenas um. Cavalier-Smith mostrou que o clado Neomura evoluiu a partir das bactérias, uma vez que eles possuem mitocondria, que certamente evoluiu, por endossimbiose, a partir de uma alfa-proteobactéria. Se os eucariotas são tão velhos como as bactérias, eles ter-se-iam ramificado ao longo dos milhões de anos necessários para que as bactérias desenvolvessem a respiração aeróbica.

Eucarótica (célula).........................................................................................................................................................................................................................................Eukaryotic

Eucariotique (cellule) / Eucariótica (célula) / Eukaryotische / 真核生物 / Эукариотический / Negli eucarioti

Uma célula que tem uma membrana à volta do núcleo e que compõe todos os organismos dos reinos vivos, à excepção do reino monera.

Ver: « Eucariota »
&
« Animal (reino) »
&
« Protocariota »

Como ilustrado neste esquema , uma célula eucariótica possui um verdadeiro núcleo (definido e protegido pelo invólucro nuclear), que contém um ou vários nucléolos. Estas células têm um citoplasma muito compartimentado com os organelos celulares separados ou interligados e limitados por membranas biológicas que têm o mesmo carácter essencial da membrana do plasma. O núcleo é o mais notável e característico dos compartimentos nos quais se divide o protoplasma, isto é, a parte activa da célula. No protoplasma existem três componentes principais: (i) Membrana plasmática ; (ii) Núcleo e (iii) Citoplasma. As células eucarióticas têm no citoplasma um esqueleto quitinoso complexo, bem estruturado  e dinâmico composto de microtubos e filamentos de proteínas diferentes. Ele pode também ter uma parede celular, que é típica das plantas, fungos e protistas multicelulares, ou outro tipo de revestimento externo de protoplasma. Em comparação com as células eucarióticas, as células procarióticas são relativamente simples. São estas células que se encontram nas bactérias e cianofíceas (algas azuis ou cianobactérias). Nas células eucarióticas, a divisão nuclear é, frequentemente, associada com a divisão celular. Esta, ocorre, geralmente, por mitose (processo que permite que cada núcleo filho de recebe uma cópia de cada cromossoma). Na maioria dos eucariotas, há, também, um processo de reprodução sexual envolvendo, geralmente, uma alternância entre gerações haplóides, nas quais apenas uma cópia de cada cromossoma é presente e as gerações diplóides, onde dois estão presentes, produz-se por fusão nuclear (singamia) e meiose (processo de divisão, no qual o número de cromossomas por célula é dividido em dois). Nos animais, a meiose resulta sempre na formação de gâmetas, enquanto que em outros organismos ela pode resultar em esporos). As células eucarióticas têm uma mais pequena superfície em relação ao volume  dos procariontes e assim taxas metabólica mais pequenas e um maior tempo de geração. Em alguns organismos multicelulares, células especializadas para o metabolismo aumentam a superfície de certas áreas, como, por exemplo, nos intestinos.

Eucélula.......................................................................................................................................................................................................................................................................Eukaryotic

Eucariota / Eucélula / Eukaryoten / 真核生物 / Эукариот / Eukaryota

Outro nome das células eucarióticas ou eucariontes. O termo eucariota, em grego, significa célula verdadeira. Sinónimo de Eucariota.

Ver : « Eucariota »
&
« Fotossíntese »
&
« Protocariota »

As eucélulas (ou células eucarióticas) englobam de todos os reinos da vida, excepto o reino Monera. Elas podem facilmente reconhecer-se pelo núcleo ligado à membrana. As eucélulas contém, também, muitas outras estruturas internas à membrana chamadas organelas. Estas organelas como a mitocôndria ou cloroplasto servem para exercer as funções metabólicas e conversões de energia. Outras organelas como os filamentos intracelulares fornecem de suporte estrutural e motilidade (faculdade de mover ou mover-se) celular: (i) Membrana celular - define a primeira célula e evolui para se tornar o repositório de receptores de superfície e dos antígenos de superfície (partícula ou molécula capaz de iniciar uma resposta imune, a qual começa pelo reconhecimento pelos linfáticos, leucócitos ou glóbulos brancos, que têm a função de combater microorganismos causadores de doenças por meio de sua captura e cumula com a produção de um anticorpo específico) ; (ii) Parede celular, formada por células vegetais que possuem uma camada rígida da parede celular em vez da membrana celular mais flexível (é esta parede rígida das células vegetais fornece uma estrutura firme) ; (iii) Citoplasma, onde milhares de sinais são enviados frente e para trás pelas organelas e onde a maior parte das organelas celulares estão localizadas: (a) Mitocôndria, que é composta por quatro elementos principais: a membrana externa, o espaço intermembranar, a membrana interna e matriz) ; (b) Cloroplastos (basicamente, é a organela responsável pela fotossíntese, estruturalmente é muito semelhante a mitocôndria) ; (c) Retículo endoplasmático (responsável pela produção de proteína e componentes lipídicos da maioria das organelas da célula) ; (d) Aparelho de Golgi (composto de numerosos conjuntos de cisternas lisas, que são revestidas com membranas lipídicas) ; (e) Lisossomos (bolsa membranosa que contém enzimas hidrolíticas que são utilizadas para digerir macromoléculas) ; (f) Citoesqueleto (rede de filamentos de proteínas do citoplasma), e os vacúolos (somente em células vegetais e responsáveis por manter a forma e a estrutura da célula) ; (iv) Núcleo, que é o centro de todas as actividades dentro da célula ; é no núcleo onde estão situada todas as informações genéticas.

Eurialino (organismo)..............................................................................................................................................................................................................................Euryhyaline

Euryhalin / Euryhalino / Euryhaline (Lebewesen) / 广盐性(众生) / Эвригалинный (организм) / Eurialine

Organismo capaz de viver em ambientes marinhos com salinidades muito diferentes.

Ver: « Ambiente de Deposição »
&
« Ambiente Sedimentar »
&
« Saprotrófico (organismo) »

Um organismo eurialino é capaz de se adaptar a uma grande gama de salinidades. Um exemplo de um peixe eurialino é Mollienesia ou moli (Poecilia sp.), o qual pode viver em água doce, salobra ou água salgada. O caranguejo da costa europeia (Carcinus maenas) é um exemplo de invertebrados eurihalino que podem viver em água salgada e água salobra. Organismos eurialinos são, frequentemente, encontrados nos estuários e poças de maré, onde as alterações de salinidade mudam regularmente. Alguns organismos são eurialinos porque o seu ciclo de vida envolve a migração entre água doce e ambientes marinhos, como, por exemplo, é o caso do salmão e enguias. O contrário dos organismos eurialinos ,i.e., os organismos estenoalinos são aquelas que só podem sobreviver dentro de uma determinada de salinidade. A maioria dos organismos de água doce são estenoalinos, e, por isso, morrem no mar. Da mesma maneira, a grande maioria dos organismos marinhos não pode viver em água doce. Dois aspectos importantes dos mecanismos utilizados pelas células para controlar a água intracelular e, portanto, para sobreviver a um esforços osmótica (que permite entrada de água na célula) foram descobertos durante os últimos anos. Primeiro, há evidências de que as células de animais marinhos, tradicionalmente, não têm osmólitos (pequenas moléculas orgânicas que foram seleccionadas para contrabalançar esforços ambientais em organismos vivos). Em muitos casos os esforços ambientais ameaçam a estabilidade conformacional das proteínas e, portanto, vários osmólitos foram seleccionados de forma a estabilizar macromoléculas intracelulares. Orgânicos de peso molecular pequeno, tais como, por exemplo, aminoácidos livres, uma vez que têm componentes inorgânicos iónicos regulam o volume celular na sequência de um esforço osmótico. Em segundo lugar, as células de algumas espécies de invertebrados são, extremamente, tolerantes a salinidade Osmólitos orgânicos intracelulares, que são bastante diferentes dos aminoácidos livres são geralmente encontrados nas espécies menos eurialinas. Como exemplo de organismos eurialinos podemos citar: o arenque, lampreia, salmão, sável, esturjão, etc.

Eustasia.................................................................................................................................................................................................................................................................................Eustasy

Eustasie / Eustasia / Eustasy, Meeresspiegel / Eustasy, 海平面 / Эвстазия / Eustasy, Livello del mare, Eustatismo

Variações globais do nível de mar medidas em relação ao centro da Terra e induzidas pelas mudanças do volume das bacias oceânicas (1,2-1,5 cm/1000 anos). Diversas variáveis podem induzir as mudanças do volume das bacias oceânicas. A mais importante parece ser a taxa da expansão oceânica. Uma taxa rápida produz enormes montanhas oceânicas com topografia importante. Ao contrário, uma taxa de expansão lenta produz montanhas oceânicas com fraco relevo. Durante os períodos de expansão oceânica rápida, a bacia oceânica não é demasiado profunda e o nível de mar inunda os continentes (volume constante da água, desde a formação da Terra), visto que o volume das bacias oceânicas diminui. Durante períodos de expansão oceânica lenta, as bacias oceânicas são muito mais profundas e, por consequência, o nível de mar é obrigado a retirar-se dos continentes. Outros factores contribuem às mudanças de volume das bacias oceânicas como: (i) Colisão entre continentes ; (ii) Zonas de subdução ; (iii) Vulcanismo submarino ; (iv) Preenchimento sedimentar, etc.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia (metáfora) »
&
« Subsidência »

Esta figura (GOCE) ilustra os valores dos gradientes gravimétricos, que permitiram propor um modelo global para o campo gravitário e geóide. Eles indicam que o nível do mar não é plano. Nesta figura, a amplitude das ondulações (anomalias da gravidade) está exagerada de um factor de 100 000 em relação ao raio da Terra. Da mesma maneira, os perfis do nível do mar mostram irregularidades bem marcadas, isto quer dizer, que altos e baixos existem em associação com as anomalias de gravidade. Onde a força da gravidade é maior, o nível do mar é mais baixo e onde ela é menor o nível do mar é mais alto. Entre o nível alto do mar, próximo da Nova Guiné, e a zona onde ele é mais baixo, próximo das Seychelles, há uma diferencia de cerca de 180 m. Na estratigrafia sequencial, quando um geocientista considera as variações relativas do nível do mar, ele devem tomar em linha de conta as variações locais induzidas pelas anomalias da gravidade. Uma descida relativa do nível do mar pode, numa certa área, mudar as condições geológicas de nível alto para nível baixo com formação de uma discordância do tipo I, enquanto que noutra área, ela pode unicamente induzir uma discordância do tipo II.

Eustasia (metáfora).....................................................................................................................................................................................................................................................Eustasy

Eustasie (métaphore) / Eustasia (metáfora) / Eustasy, Meeresspiegel / Eustasy (隐喻), 海平面 / Колебания уровня моря под влиянием вращения земли / Eustasy (Metafora), Livello del mare, Eustatismo

A eustasia pode ser ilustrada pelas variações do nível do vinho num copo de borracha. O tamanho do copo simula o volume de uma bacia oceânica, o qual pode ser mudado quer comprimindo quer alargando o copo, o que causa uma subida, ou uma descida, do nível do vinho. A subida e a descida da superfície do vinho corresponde a uma simulação da tectónica e da eustasia. O volume pode ser mudado bebendo ou deitando mais vinho no copo (clima) o que provoca uma descida, ou uma subida, do nível do vinho (glacio-eustasia). A dilatação do copo, devido à temperatura, não joga nenhum papel no eustatismo. Os movimentos da Terra e o clima determinam o nível da água do mar nos oceanos (nível eustático). No copo, a superfície do vinho não é plana nem horizontal, mas ondulada e rugosa (nível geodésico do mar). Qualquer mudança na gravidade provoca uma redistribuição das irregularidades da superfície da água dos oceanos.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia »
&
« Subsidência »

Na estratigrafia sequencial a eustasia é considerada como o parâmetro responsável da ciclicidade dos depósitos sedimentares. A tectónica e, particularmente, a subsidência é o parâmetro responsável da maior parte do espaço disponível para os sedimentos (acomodação). Se não houver uma variação eustática (variação da lâmina de água independente da subsidência), uma subsidência contínua do fundo do mar produz um aumento contínuo do espaço disponível (acomodação). Isto quer dizer, que a lâmina de água aumenta, mas nunca se forma uma discordância (superfície de erosão). Uma discordância do tipo I ou tipo II, forma-se pela acção combinada da eustasia e da tectónica (subsidência ou levantamento), que produz uma descida relativa do nível do mar, mais ou menos, importante. Como a ciclicidade da eustasia é muito mais rápida, que as mudanças da tectónica, é, quase sempre, a eustasia que faz variar o espaço disponível de maneira cíclica, criando superfícies de erosão (discordâncias), que limitam ciclos estratigráficos. Quando se fala de eustasia o nível do mar é medido em relação ao centro da Terra (sem influência de tectónica). Quando se fala em variações relativas do nível do mar, nível do mar é medido em relação ao fundo do mar (com influência da tectónica).

Eustasia Geodésica.......................................................................................................................................................................................................Geoidal Eustasy

Eustasie géodésique / Eustasia geodésica / Geodätische eustasy / 大地eustasy / Геодезическая эвстазия / Geodetic eustatismo

Mudanças geodésicas do nível do mar. O nível do mar não é o mesmo em todos os pontos da Terra. Ele é, mais ou menos ondulado, devido às variações da gravidade. Ele corresponde a uma superfície equipotential do geóide, a qual corresponde, mais ou menos, o nível do mar geodésico. As mudanças do nível do mar podem ser causadas quer pelas as mudanças do nível eustático, quer pelas mudanças geodésicas do nível do mar (eustásia geodésica). Uma acumulação importante de gelo na superfície da Terra causa variações no campo gravitacional terrestre, as quais afectam a forma do geóide. Uma grande massa de gelo produz uma atracção gravitacional do nível do mar, o que causa uma subida do nível do mar local junto do gelo.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia (metáfora) »
&
« Geóide»

Como ilustrado nesta mapa (Smithsonian Standard Earth III Geoid Map), os perfis do nível do mar mostram irregularidades importantes, isto é, valores muito altos e baixos, o que quer dizer, que o nível do mar, contrariamente, a uma ideia muito aceite, não é plano. Nestes perfis, a amplitude das ondulações está exagerada de um factor 100 000 em relação ao raio da Terra. Os valores altos (onde o nível do mar é alto) correspondem às zonas da Terra onde a força da gravidade é abaixo da normal. Da mesma maneira, quando os valores da força de atracção são altos, o nível do mar é baixo. Isto resulta do facto, que o material que constitui a Terra não está distribuído, nem uniformemente, nem em camadas, perfeitamente, concêntricas. Se isso fosse assim o geóide (superfície equipotencial que daria a superfície média dos oceanos, se estes estivesse em equilíbrio, sem movimento e continuassem debaixo dos continentes) coincidiria com a superfície da Terra. Entre as áreas em que o nível do mar é alto, como, por exemplo, perto da Nova Guiné e áreas em que o nível do mar está mais baixo do que a normal, como, nas Seychelles, há uma diferença de cerca de 180 metros. Assim, na estratigrafia sequencial, as mudanças eustáticas têm que tomar em linha de conta as variações locais induzidas pelas anomalias da gravidade. Uma descida eustática do nível do mar (global) de 10 metros pode num certo lugar criar condições geológicas de nível baixo, enquanto que noutras áreas o nível do mar ficará alto.

Eustasia Tectónica...................................................,.....................................................................................................................................................Tectonic Eustasy

Eustasie tectonique / Eustasia tectónica / Тектоника eustasy / 构造eustasy / Тектоническая эвстазия / Tettonica eustastismo

Eustatismo induzido, principalmente, por factores tectónicos. Este tipo eustatismo é frequente nas bacias de antepaís e nas cadeias de montanhas dobradas.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia (metáfora)»
&
« Bacia de Antepaís »

Na estratigrafia sequencial, há uma grande divergências entre os geocientistas no que diz respeito ao factor responsável da ciclicidade dos depósitos sedimentares. A grande maioria pensa, como P. Vail, que a eustasia é o factor principal das descidas relativas do nível do mar, isto é, das superfícies de erosão (discordâncias), que limitam os ciclos estratigráficos. Eles pensam que a tectónica (subsidência ou levantamento) é o factor, que cria a maior parte do espaço disponível para os sedimentos, e que quando a eustasia e tectónica estão combinadas é a eustasia que cria a ciclicidade das variações relativas do nível do mar. Eles invocam também, que a taxa das variações eustáticas é maior do que a taxa das variações tectónicas. Nas bacias sedimentares associadas com a formação da crusta oceânica (bacias em extensão), os argumentos invocados pela escola de P. Vail são difíceis de refutar. Contudo, nas bacias sedimentares associadas com a formação das megassuturas e, em particular, nas bacias de antepaís, como a ilustrada nesta figura, é provável que a tectónica possa ser o factor principal da ciclicidade. Nas bacias de antepaís, a subsidência, que é induzida pela sobrecarga dos cavalgamentos, varia mais rapidamente do que a eustasia, mesmo quando a bacia é marinha, o que não é sempre o caso. Neste esquema, vários tipos de bacias sedimentares estão sobrepostos. Utilizando a classificação das bacias sedimentares proposta por Bally e Snelson (1980), de baixo para cima, reconhece-se: (i) Substrato, que quando sedimentar corresponde, em geral, a uma cadeia de montanhas aplanada e antiga ; (ii) Bacias do tipo-rifte, criadas durante um alongamento da litosfera e induzidas por uma subsidência diferencial, em geral, num ambiente não marinho; (iii) Margem continental divergente, criada por uma subsidência térmica durante a dispersão dos continentes individualizados pela ruptura de um supercontinente ; (iv) Bacia de antepaís criada pelo peso dos cavalgamentos e (v) Bacia transportada criada pelo levantamento dos sedimentos induzido pelo encurtamento dos sedimentos. É nos últimos dois tipos de bacia que a tectónica pode ser preponderante sobre a eustasia.

Eustatismo, Eustasia.............................................................................................................................................................................................................Eustatism, Eustasy

Eustatisme / Eustatismo, Eustasia / Eustasie, Eustatiche Bewegungen Theorie / 海平面升降 / Эвстатика (изменение уровня океана) / Eustatismo, Eustasia

Variações do nível do mar globais (eustáticas) mais do que relativas. Por vezes, sinónimo de eustasia, quando associado às variações globais do nível do mar.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia (metáfora) »
&
« Eustasia »

Na parte inferior desta figura estão ilustradas as variações do nível do mar propostas por Vail e Hallam durante o Fanerozóico. Embora, elas mostrem diferenças importantes, ambas sugerem dois ciclos eustáticos associados com a formação e ruptura dos supercontinentes Protopangéia (Pré-câmbrico) e Pangéia (Pérmico-Triásico). Quando os supercontinentes se formaram, o nível eustático era baixo (assim como a actividade vulcânica). Ao contrário, durante a dispersão dos continentes individualizados pela ruptura dos supercontinentes, o nível do mar é alto e a actividade vulcânica muito forte. Assumindo que a quantidade de água (sob todas as suas formas) é constante desde a formação da Terra (mais ou menos, 4,5 Ga), é evidente, que quando o volume das bacias oceânicas é grande (poucas dorsais oceânicas), como, por exemplo, a quando da aglutinação dos supercontinentes, o nível do mar é baixo. Quando o volume das bacias oceânicas é reduzido (abundância de dorsais oceânicas), isto é, quando os continentes criados pela ruptura dos supercontinentes estão muito afastados uns dos outros, o nível do mar é alto. É interessante notar que as variações do nível do mar correlacionam, grosso modo, com as crises bióticas, o que pode significar que as transgressões e regressões induzidas pela eustasia têm uma influência significativa na distribuição e abundância dos ecossistemas (comunidade de organismos constituída por produtores, compositores e decompositores, funcionalmente relacionados entre si e com o meio ambiente, e considerados como uma entidade única). A curva eustática parece também correlacionar com a curva do clima, isto é, que quando o nível eustático é alto, o clima é quente e quando ele é baixo o clima é frio. Com excepção da glaciação, que ocorreu durante o Ordovícico, não houve glaciações importantes durante o Paleozóico e Meso-Cenozóico. Embora todos os geocientistas saibam que quando duas curvas correlacionam, uma não é necessariamente a causa da outra, é possível que as colisões continentais e a formação de supercontinentes facilite a formação de neve e gelo e provoque mudanças climáticas.

Eutrófico (lago)......................................................................................................................................................................................................................................................Eutrophic

Eutrophique (lac) / Eutrófico (lago) / Eutrophen (See) / 富营养化水体(湖泊)/ Эвтрофное (озеро) / Eutrofico (lago)

Quando um lago tem mais nutrientes do que, normalmente, devia ter. Um aumento de fertilizantes resulta, em geral, num aumento da produção biológica que ocorre dentro do lago. Embora o aumento de produção aumente a taxa de preenchimento do lago, é incorrecto dizer que a eutroficação é sinónimo de envelhecimento do lago. Um lago morre não quando ele atinge um grande estado de produtividade, mas quando ele não existe mais (quando não é preenchido). O preenchimento de um lago resulta da produção que ocorre dentro do lago, a qual pode aumentar com a eutroficação e com o material orgânico e inorgânico formado fora do lago, que não tem nada a ver com a eutroficação.

Ver : « Eutrofização »
&
« Ambiente de Deposição »
&
« Lago »

Uma vez que a eutrofização aumenta a quantidade de nutrientes, qualquer mudança na bacia de drenagem de um lago, que aumente a entrada de nutrientes, causa uma eutrofização. Qualquer mudança na utilização da terra agrícola muda, naturalmente, a quantidade de nutrientes dos lagos. Certos estudos mostraram, que o fósforo proveniente das terras agrícolas é cerca de 5 vezes mais do que o proveniente das zonas florestais e, que nas área urbanizadas, a quantidade de fósforo pode ser 10 vezes mais elevada, o que destrói os ecossistemas (comunidade de organismos constituída por produtores, compositores e decompositores, funcionalmente relacionados entre si e com o meio ambiente, e considerados como uma entidade única). Entre os factores, que contribuem para a eutrofização dos lagos podem citar-se : (i) Os fertilizantes dos gramados e jardins ; (ii) Os sistemas sépticos defeituosos ; (iii) Os lavadouros dentro ou próximos dos lagos ; (iv) Os produtos de erosão que entram dentro dos lagos ; (v) Os despejos ou lixo que é deitado nos lagos, etc. Como ilustrado neste esquema : (a) Alta temperatura e fraco teor em oxigénio favorecem o desenvolvimento de peixes tolerantes ; (b) Disponibilidade dos nutrientes, especialmente fósforo e nitrogénio favorecem um alta densidade fitoplâncton e plantas aquáticas vasculares ; (c) Biomassa de invertebrados bênticos é preponderante e representada, principalmente, por espécies que toleram altas temperaturas e pouco oxigénio e o (d) Fundo raso de um lago reduz o volume total da água, o que aumenta a sua temperatura durante o verão.

Eutrofismo.................................................................................................................................................................................................................................................Eutrophism

Eutrophisme / Eutrofismo / Eutrophisme (Verjüng durch eine Erhöhung der Pflanzennährstoffe) / Eutrophisme (增加植物营养复兴/ Эвтрофия / Eutrophisme (Ringiovanimento da un aumento di sostanze nutritive delle piante)

O processo pelo qual um lago é rejuvenescido por um aumento de nutrientes para as plantas de modo que a proliferação de algas na superfície impede a penetração de luz e absorção de oxigénio.

Ver: « Eutrofização »
&
« Matéria Orgânica (tipos) »
&
« Ambiente Sedimentar »

Uma alta carga de nutrientes nos corpos de água doce provoca a eutrofização. Invariavelmente, isto implica um aumento da quantidade de algas. Em alguns casos, as algas algas azul-verdes, algumas das quais são tóxicas. Quando há um aumento de algas verde-azuladas, em mais de metade dos casos, as vacas que bebem essa água morrem por insuficiência hepática. O fitoplâncton pode ser removido, mas deixa um gosto muito mau na água. O sulfato de cobre tem sido usado para tentar minimizar o crescimento de algas, mas um tal método não só é muito caro, mas indesejável. A "maré vermelha" é uma expressão que tem sido aplicada quando um organismo planctónico (muitas vezes, dinoflagelados) floresce de tal maneira que que a água fica vermelha. Na maioria dos casos, o organismo é altamente tóxico e rapidamente pode destruir a vida no lago. O veneno é uma toxina do fígado, mas não está, ainda, muito claro porque os dinoflagelados a produzem. As marés vermelhas ocorrem em lagos, mas não são tão comuns como o florescimento anormal de algas verde-azuladas. Elas estão associados mais com a água salobra e por isso não influenciam reservatórios de água potável da mesma maneira. Ambos os tipos são cada vez mais frequentes, o que é uma tendência preocupante. Mesmo se a água não potável, as toxinas podem entrar na cadeia alimentar, uma vez que ela é consumida por crustáceos e outras espécies que os seres humanos comem. A poluição atmosférica tem produzido uma intensificação do efeito estufa nos últimos anos, isto é um aumento, mais ou menos contínuo, da temperatura da terra é causado pela absorção da radiação infravermelha, que é irradiado pela Terra. As consequências deste aumento são as mudanças climáticas do planeta, uma subida do nível do mar, extremas condições meteorológicas, etc. O uso extensivo e sistemático de fertilizantes e de detergentes industriais e domésticos têm contribuído para a festinação de eutrofismo, que corresponde a um enriquecimento das águas com sais, principalmente contendo fósforo e azoto e um desenvolvimento excessivo de algas nessas águas. As consequências mais importantes do eutrofismo são a degradação da qualidade da água, alterações na flora e fauna de água, etc.

Eutrofização.................................................................................................................................................................................................................................Eutrophisation

Eutrophisation / Eutroficación / Eutrophierung / 富营养化 / Эвтрофикация / Eutrofizzazione

Aumento de nutrientes (alimentos que um organismo necessita para viver e crescer ou de substâncias utilizadas pelo metabolismo do organismo, que são retiradas do ambiente), em geral azoto e fósforo, que ocorrem, quer em terra, quer no mar. O termo de eutroficação é muitas vezes utilizado para designar um aumento da produtividade de um ecosistema.

Ver: « Eutrófico (lago) »
&
« Ambiente de Deposição»
&
« Euxínico (ambiente)»

A eutroficação, isto é, o aumento excessivo em nutrientes (fósforo, azoto, etc.) de um certo ambiente ou ecossistema é, frequentemente, o resultado de uma poluição de nutrientes dos rios, quer pela água dos esgotos, quer pela água que vem regiões agrícolas. Contudo, a poluição também pode ocorrer, naturalmente, quando os nutrientes se acumulam em ambientes deposição ou quando eles são transportados por sistemas efémeros (como, por exemplo, por correntes ascendentes intermitentes, que são muito frequentes nos sistemas costeiros). A eutroficação promove um crescimento e decomposição das plantas, o que favorece a preponderância de certas plantas parasitas e que, indirectamente, causa uma severa redução da qualidade da água. Nos ambientes aquáticos, o crescimento exagerado de certas plantas ou do fitoplâncton (parte vegetal do plâncton, formada por algas microscópicas e filamentosas) interrompe o funcionamento normal dos ecossistemas, causando entre outros problemas, uma deficiência de oxigénio na água, o qual é necessário para a sobrevivência, por exemplos, dos peixes e marisco. Com a eutroficação, a água torna-se turva, muitas vezes verde ou mesmo vermelha. Todas as populações sofrem, naturalmente, de um excesso de eutroficação. A diminuição da qualidade dos rios, lagos e estuários tem implicações directas não só na pesca, mas também na saúde das populações humanas. Desde que a eutroficação interfere na qualidade da água que as populações bebem, é evidente que graves problemas de saúde podem acontecer. Em certas áreas, uma extensiva eutroficação (crescimento excessivo de algas provocado pelos nutrientes derivados da agricultura e das zonas com forte urbanização), começa a ter consequência graves para a saúde das populações, embora certos ecossistemas, como os pântanos dos manguezais (mata de magueiras), ajudem a diminuir a eutrofização e os problemas que ela cria.

Euxínico(ambiente)..............................................................................................................................................................................................................................................Euxinic

Euxinique (ambient) / Euxínico (ambiente) / Euxinischen / Euxinic(环境) / Эвксинный / Euxinico (ambiente)

Ambiente caracterizado por uma circulação de água muito restrita ou estagnada e com condições anaeróbicas (sem ou com muito pouco oxigénio), como, por exemplo, as lagoas, fiordes, bacias mais ou menos isoladas, etc.

Voir: « Eutroficação »
&
« Eutroficação »
&
« Ambiente de Deposição »

Um ambiente sedimentar diz-se euxínico quando a circulação da água é restrita ou estagnada e quando as condições são anaeróbicas (fraco teor em oxigénio), i.e., quando a respiração se faz sem utilização de oxigénio atmosférico. Os fiordes e bacias, mais ou menos, isoladas, como, por exemplo, as bacias de tipo-rifte são ambientes euxínicos. O termo euxínico, também se aplica aos materiais (sedimentos orgânicos negros e lamas ricas em sulfureto de hidrogénio), que se depositam em ambientes euxínicos, como, por exemplo, no Mar Negro, o qual está ilustrado nesta figura. A palavra euxínico vem velho latim (provavelmente de origem grega), uma vez que os romanos chamavam Mar Euxínico ou Pontus Euxínico, ao que, actualmente, nós chamamos Mar Negro, isto é, o corpo de água que é limitado pela Turquia, Bulgária, Roménia, Russia e algumas das antigas republicas soviéticas. No Mar Negro, quer isto dizer, no mar das águas escuras, a visibilidade não ultrapassa 5-6 mm de profundidade (zona fótica pouco profunda), o que contrasta, fortemente com o mar Mediterrâneo no qual a visibilidade ultrapassa 30 m de profundidade. Numa fotografia área, como a ilustrada nesta figura, é fácil de constatar que o Mar Negro, tem cerca de 1200 km de largura (largura máxima) e uma cor muito escura devido a grande quantidade de matéria orgânica dissolvida na água. A água escoa-se através do Bósforo, próximo a cidade de Istambul, para o Mar de Marmara e depois mar Mediterrâneo através do mar Egeu. É importante não esquecer, que a matéria orgânica depositada num ambiente euxínico não se decompõem e é, por isso, que os sedimentos ricos em matéria orgânica, como os rochas argilosas negras que são, muitas vezes, rochas-mãe potenciais, se depositam, frequentemente, nos ambientes lacustres e, em particular nas bacias do tipo-rifte, que se formaram antes da rupturas dos supercontinentes. Mais tarde, quando matéria orgânica atinge a maturação, elas geram grandes quantidades de hidrocarbonetos que podem ser exploradas economicamente, como é o caso nos offshores de Angola e Brasil.

Euxinismo...........................................................................................................................................................................................................................................................Euxinism

Euxinisme / Euxinismo / Euxinisme (Prozess) / Euxinisme(过程) / Эвксинный / Euxinismo (processo)

Conjunto de condições que caracterizam um ambiente de circulação de água restrita e estagnada ou anaeróbia.

Ver: « Euxínico (ambiente) »
&
« Eutrofismo »
&
« Matéria Orgânica (tipos) »

Literalmente, euxínico significa "que pertencem ao Mar Negro". A palavra euxínico vem da época romana antiga (e, inicialmente, do grego), nome para o Mar Negro, que os romanos chamavam Mar Euxino ou Pontus Euxinus. A água do Mar Negro é altamente estratificada, com uma camada superior oxidada e uma camada inferior anóxica (sem oxigénio). Água doce escoa-se para o mar a partir de rios como o Danúbio, Dniester, Dnieper e Don. A água do mar escoa-se para o Mar Negro do Mediterrâneo através do estreito do de Bósforo. Devido às diferentes salinidades e densidades, a água doce e água do mar misturam-se unicamente nos primeiros 100 - 150 de profundidade. A mistura entre as águas superficiais e da água de fundo é fortemente limitada. São necessários mais de 1000 anos para renovar a água profunda. Como o oxigénio é necessário para a decomposição de matéria orgânica, sob condições anóxicas matéria orgânica não apodrecer. Como resultado, sedimentos negros ricos em matéria orgânica acumulam no fundo. O nome de Mar Negro vem da cor dos sedimentos responsáveis da cor negra água. Ao contrário do Mediterrâneo, onde a visibilidade atinge uma uma profundidade de cerca de 30 metros, a visibilidade no Mar Negro é apenas apenas cerca de 5 metros de profundidade. A decomposição da matéria orgânica pela acção das bactérias e fungos é um processo, que ocorre em condições aeróbicas, isto é na presença de oxigénio. Também existe uma actividade bacteriana em condições anaeróbicas, isto é, que ocorre na ausência de oxigénio. Em condições anaeróbicas no fundo do Mar Negro, as bactérias redutoras de sulfato tiram o oxigénio do sulfato e rejeitam sulfeto de hidrogénio (H2S)). Alguns dos sulfeto de hidrogénio podem reagir com o ferro para formar pirite (FeS). Um aumento de pirite nos sedimentos é uma indicação da actividade de sulfato-reductoras. O termo euxinismo traduz os processos que ocorrem num um ambiente de circulação restrita e estagnada, em condições anaeróbicas. Condições euxínicas são, ao mesmo tempo tanto anóxicas, anaeróbicas e sulfídrico, onde o H2S dissolvido na água inibe a vida e nas quais se depositam sedimentos euxínicos como o sapropel.

Evaporito.............................................................................................................................................................................................................................................................Evaporite

Évaporite / Evaporita / Evaporite / 蒸发 / Евапорит (отложение вследствие испарения морской воды) / Evaporite

Mineral ou rochas (para alguns geocientistas) que se dissolve na água e se forma pela evaporação de corpos de água superficial. Embora todos os corpos da água superficiais, assim como os aquíferos, mais ou menos profundos, contenham sais dissolvidos, a água deve evaporar-se para que os minerais precipitem. Para que isto aconteça, o corpo da água deve estar um ambiente restrito e no qual a entrada da água é menor do que água evaporada, o que é a regra nos ambientes áridos. À medida que a evaporação ocorre, a água restante enriquece-se em sais minerais que precipitam desde que ela se torne saturada.

Ver: « Subsidência Compensatória »
&
« Halocinese »
&
« Sabkha »

Em geral, os depósitos evaporíticos ocorrem com frequência: (i) Nas bacias de tipo-rifte (grabens ou hemi-grabens) formadas em ambientes não-marinhos e que são alimentadas por rios com uma bacia de drenagem, relativamente, pequena, como, por exemplo, na depressão de Denakil (Etiópia) ou no Vale da Morte (Califórnia) ; (ii) Nos grabens associados às bacias de tipo-rifte oceânicas quando elas são, mais ou menos, isoladas, pouco alimentadas e com grande evaporação, como, por exemplo, o Mar Vermelho e Mar Morto (Jordânia) ; (iii) Nas bacias de drenagem interna em ambientes áridos os semiáridos, alimentadas por uma rede de drenagem efémera, como, por exemplo, no deserto de Simpson (Oeste da Austrália) e no grande lago salgado do Utah (EUA) ; (iv) Nas áreas alimentadas, unicamente, por águas subterrâneas, como, no deserto Vitória na Austrália ; (v) Nas planícies costeiras dos ambientes marinhos regressivos, como, por exemplo, os depósitos sabkha do Irão e (vi) Nas bacias de drenagem que alimentam ambientes extremamente áridos como, em certas partes do Sahara e do deserto da Namíbia. Os evaporitos ilustrados nesta fotografia têm uma origem muito particular. Eles resultam da evaporação de salmouras enriquecidas, sobretudo em potássio e magnésio, devido à espilitização das lavas subaéreas que se depositaram em associação com a ruptura dos supercontinentes, como, da Pangéia. Estes evaporitos, que têm características próprias (muito ricos em magnésio e minerais nobres, como ouro e prata) são frequentes nas margens continentais divergentes Atlânticas (norte e Sul) assim como no Golfo do México.

Evaporito (em sebkha salina)............................................................................................................................................................Evaporite on Sebkha Saline

Évaporite en sabkha saline / Evaporita en sabkha salino / Evaporite auf sebkha Kochsalzlösung / 蒸发盐水上盐沼 / Эвапорит в солончаковой пустыне / Evaporite su sebkha saline

Mineral evaporítico depositado nas sabkhas. Estes evaporitos formam-se dentro dos sedimentos por evaporação das salmouras capilares ou como crustas superficiais efémeras. Unicamente os evaporitos que precipitam entre os sedimentos podem ser preservados e, por isso, são eles que caracterizam as antigas sabkhas.

Ver: « Ambiente de Deposição »
&
« Halocinese »
&
« Sabkha »

Muitas das características das sabkhas costeiras são idênticas às das planícies de vasa ou de lama ou das planícies arenosas das marés dos sistemas de “playa”. As sabkhas podem distinguir-se, unicamente, pela sua posição paleogeográfica, relações com as fácies adjacentes e, em certos casos, pela sua mineralogia e geoquímica. A partir do momento em que os geocientistas realizaram, que para depositar uma espessura significativa de evaporitos (continentais ou marinhos) é necessário uma salmoura estável durante pelo menos 100 a 1000 ky, é evidente, que as sabkhas recentes são pouco significativas. A amplitude elevada dos ciclos eustáticos de 4a ordem do nosso clima actual, não permite a formação de salmouras estáveis atrás do bancos de areia das actuais plataformas carbonatadas. É por isso que as plataformas carbonatadas neogénicas com evaporitos são raras. Actualmente, a grande maioria dos geocientistas pensa que as grandes acumulações de evaporitos estão associadas com a ruptura dos supercontinentes (Protopangéia e Pangéia) e, provavelmente, sem grande influência do clima. Desde que os supercontinentes se fracturam, depositam-se enormes quantidades de lavas subaéreas. Desde que essas lavas são cobertas pelo mar, e que se forma a crusta oceânica (imersão dos vulcões associados aos centros de expansão), a água do mar reage com as lavas e cria uma salmoura que, pouco a pouco, se enriquece-se em potássio e minerais raros devido a espilitização dos basaltos. É por isso que a composição química dos evaporitos das margens divergentes Atlânticas (Angola, Congo, Brasil, Canhão de Baltimore, Bacia Lusitânica, etc.) é muito diferente dos evaporitos, formados durante o Messiniano, no Mar Mediterrâneo ou dos evaporitos das salinas. Um modelo actual da formação de evaporitos ricos em potássio e do enriquecimento das salmouras por espilitização dos basaltos num ambiente não marinho, é o ponto triplo da Etiópia.

Evolução Estelar...............................................................................................................................................................................................................Stellar Evolution

Évolution stellaire / Evolución estelar / Stellar Evolution / 恆星演化 / Звёздная эволюция / Evoluzione stellare

Processo pelo qual uma estrela sofre uma série de mudanças radicais durante toda sua vida. Função da massa, o seu tempo de vida de uma estrela entre alguns milhões de anos e milhares de milhões de milhões de anos.

Ver: « Estrela »
&
« Sol »
&
« Fusão Nuclear »

Todas as estrelas se formam a partir de nuvens de gás e da condensação de poeira do espaço profundo. A composição química dessa nuvem e a quantidade de material que se condensa determina o que vai acontecer com a estrela durante toda a sua vida. Quando uma nuvem de gás interestelar começa a condensar-se sob a sua própria gravitação, qualquer pequena rotação será ampliada, da mesma maneira que a velocidade de rotação de um patinador aumenta à medida que ele cerra os braços. Pequenos redemoinhos se formarão nesta nuvem que gira cada vez mais rapidamente. São estes redemoinhos, que, eventualmente, formarão sistemas estelares. Todo o material gasoso que entra num dado redemoinho liberta uma quantidade enorme de calor. Quanto mais o redemoinho se contrata, mais quente e opaco ele fica, até que a temperatura seja suficiente para que ela comece a brilhar. Um tal objecto é uma protoestrela. Quando a protoestrela está próximo do colapso total sob a acção do seu próprio peso, ela vai atingir sua temperatura máxima. Na superfície, ela é mais quente do que quando ela se torna uma estrela da sequência principal. Mas é a temperatura do seu interior que determina o destino da protoestrela. Na maioria dos casos, a massa total da protoestrela será inferior de cerca de 8% da massa do Sol, e a temperatura e pressão do núcleo não serão suficientes para que as reacções termonucleares comecem, ou se eles são, o impulso inicial da actividade nuclear empurrará as camadas externas da protoestrela para fora, extinguindo de maneira abrupta as reacções de fusão. Uma tal estrela abortada é uma anã castanha (objecto de pouca luminosidade que não consegue iniciar a fusão de hidrogénio) que é um dos objectos mais difíceis de detectar numa galáxia. Em certos casos, a massa da protoestrela (e, portanto, sua temperatura) será suficiente para inflamar reacções termonucleares estável. Imediatamente, a energia liberada a partir do novo núcleo estelar atinge a sua superfície e a estrela recém-nascida entra numa sequência principal, onde irá passar a maior parte da sua vida produtiva.

Evorsão................................................................................................................................................................................................................................................................................Evorsion

Évorsão / Evorción / Evorsion (Geologie) / Evorsion(地质) / Эворзия / Evorsion (geologia)

Processo de formação de marmitas no leito dos rios, o que tem um papel muito importante na desnudação. A evorsão corresponde a uma erosão mecânica induzida pelos redemoinhos de água que transporta areia, cascalho ou mesmo pedregulhos em suspensão ou como carga basal.

Ver: « Erosão »
&
« Marmita de Perfuração »
&
« Descida Relativa (do nível do mar) »

Os gigantes caldeirões ou buracos no leito dos rios, como os ilustrados nesta figura, são cavidades ou buracos perfurados nas em rochas circundantes por correntes de água turbilhonantes que contém pedras, cascalho e outros materiais detríticos. É este tipo de erosão mecânica pela água turbilhonante que transportar areia ou cascalho que certos autores chamam evorsão. O tamanho varia de alguns centímetros a vários metros de profundidade e diâmetro. A ocorrência mais comum é nos cratões, onde existem antigas rochas (granito, gneiss, etc) com diferentes resistências à erosão e em particular à erosão das pedras que rodam numa pequena cavidade e que pouco a pouco aumentam a sua profundidade e diâmetro. Nas áreas onde há diamantes e rochas com quartzo, a dureza destas rochas escava profundos buracos e, por vezes, os diamantes ou os cristais de quartzo continuam presos no fundo de tais cavidades. A dureza dos calhaus deve ser igual ou superior a à dureza do fundo do rio, onde a a marmita se está formando. É por isso que essas marmitas são um bom lugar para encontrar diamantes (como é o caso em certos rios de Angola). Marmitas gigantes podem, também, forma-se quando o terreno é coberto por um glaciar. A água, produzida pelo descongelamento do gelo e neve, forma correntes na superfície do glaciar, que contém uma certa quantidade de detritos, e que quando reunidas numa corrente mais importante que cai numa fissura ou fenda forma uma cascata turbilhão com um grande poder de evorsão. Os lados da fenda são desgastados, e um eixo vertical é formado no gelo. A erosão pode continuar no leito do glaciar formando marmitas gigantes quer vazias, cheias de cascalho, areia ou pedras. Essas cavidades podem constituir uma prova importante da extensão dos glaciares. Uma localidade muito famosa pelas suas marmitas gigantes é o Gletschergarten em Luzerna (Suíça), onde há 32 marmitas gigantes, sendo a maior com cerca de 8 m de largura e 9 m de profundidade. Existem marmitas importantes também na Alemanha, Noruega, Suécia , Finlândia, etc.

Excentricidade ( da órbita terrestre)..................................................................................Eccentricity, Eccentricity of the Earth’s Orbit

Excentricité (de l'orbite terrestre) / Excentricidad (de la órbita terrestre) / Exzentrizität (Astronomie) / 軌道離心率 / Эксцентриситет (отклонение от центра) / Eccentricità orbitale

Distância da elipse da órbita terrestre a um dos focos. A Terra gira devagar ao redor do Sol, mas a sua órbita muda. A excentricidade da órbita terrestre aumenta e diminui periodicamente. Os períodos de mudança são de 60 e 120 ky. Um período de excentricidade de 400 ky é conhecido igualmente. A rotação da órbita da Terra tem as mesmas consequências que a precessão e os seus efeitos podem adicionar-se.

Ver: « Ciclo de Milankovitch »
&
« Precessão »
&
« Época Glaciar (origem) »

A excentricidade da órbita da Terra varia periodicamente de um mínimo de 0,01 a um máximo de 0,07. Como sugerido nesta figura, a excentricidade da órbita da Terra tem uma grande influência sobre a energia recebida do Sol e por conseguinte no clima. A rotação da órbita da Terra à volta do Sol tem as mesmas consequências que a precessão. Durante os períodos de grande elongação, a Terra, nos extremos, é particularmente longe do Sol e ambos os hemisférios recebem quantidades de energia solar anormalmente baixas. Ao contrário, quando a excentricidade é pequena, e sobretudo, quando ela é combinada com uma inclinação oposta do eixo de rotação da Terra, ela cria, no hemisfério Norte, condições climáticas muito agradáveis. A mecânica das órbitas exige, que a duração das estações seja proporcional área da órbita da Terra varrida entre os solstícios e os equinócios. Quando a excentricidade orbital for muito grande, as estações que ocorrem no lado mais distante da órbita (afélio) podem ser muito mais longas. Actualmente, a excentricidade está próxima do mínimo (diferença de 0,014 %), assim no hemisfério norte, o outono e inverno ocorrem na parte mais próxima (periélio), isto é, quando a Terra se desloca com uma velocidade máxima. Como resultado, no hemisfério norte, o outono e inverno são, ligeiramente, mais curtos que a primavera e verão. Em 2006, o verão era cerca de cinco dias mais longo do que o inverno e primavera cerca da 3 dias mais longa do que o outono. A precessão axial muda a posição na órbita da terra onde ocorrem os solstícios e equinócios. Nos próximos 10 000 anos, os invernos no hemisfério norte serão, progressivamente, mais longos e os verões cada vez mais curtos. Contudo, todo o efeito de arrefecimento será contrabalançado pelo facto que a excentricidade será quase metade, o que reduz o raio da órbita-médio e aumenta a temperatura nos dois hemisférios.

Exógena (planta).............................................................................................................................................................................................................................................................Exogen

Exogène / Exógeno / Exogen (Geologie) / Exogen(地质)/ Экзогенный / Esogene (geologia)

Planta lenhosa cujo caule é formado por acréscimos sucessivos e para o exterior da madeira sob a casca.

Ver: « Estromatólito »
&
« Endógena (planta) »
&
« Endofauna »

A dendrocronologia ou datação das árvores pelos seus anéis é o método científico de datação das plantas exógenas. A dendrocronologia, como ilustrado nesta figura, permite calcular a idade de uma árvore exógena utilizando os anéis da madeira. Esta metodologia tem três principais áreas de aplicação: (i) Paleoecologia, onde é usado para determinados aspectos da ecologia do passado (a mais importante é o clima) ; (ii) Arqueologia, onde é utilizada para datar edifícios antigos, etc., e (iii) Datação por radiocarbono, onde ela é usado para calibrar as idades determinadas pelo radiocarbono. Os anéis de crescimento, também conhecido como anéis anuais, podem ser visto em uma secção transversal horizontal de um tronco de uma árvore cortado, como ilustrado acima. Os anéis de crescimento são o resultado de um novo crescimento no tecido celular da planta - meristema lateral (é o tecido em todas as plantas que se encontrada nas zonas da planta onde o crescimento pode ocorrer), e é sinónimo de crescimento secundário. Os anéis visíveis resultam da mudança da velocidade de crescimento durante as estações do ano. Um anel sublinha um ano da vida da árvore. Os anéis são mais visíveis nas zonas temperadas, onde as estações diferem de forma mais acentuada. A parte interna de um anel de crescimento é formada no início da estação de crescimento, quando o crescimento é relativamente rápido (por isso a madeira é menos densa) e é conhecido como "madeira precoce" ou " madeira de primavera" ou "madeira de primavera tardia". A parte exterior é a "madeira tardia" e por vezes chamada de "madeira de verão", sendo muitas vezes produzida no verão, embora, por vezes, também no outono e é mais densa. O termo "madeira precoce" é utilizado de preferência à "madeira de primavera", uma vez que este último termo pode não corresponder à essa época do ano em climas onde a madeira é formada no início do verão (como, por exemplo, no Canadá) ou no Outono, como para algumas espécies do Mediterrâneo. Muitas árvores em zonas temperadas fazem um anel de crescimento cada ano, com o mais recentes junto à casca. Durante todo o período da vida de uma árvore, forma-se uma anel padrão, que reflecte as condições climáticas em que a árvore cresceu.

Exorréica (hidrografia).......................................................................................................................................................................................................................................Exorreic

Exoréique (hydrographie) / Exorréica (hidrografia) / Exorheic (Hydrographie) / 外流 (水文) / Экзореический / Exorheic (Idrografia)

Quando a drenagem se faz, directamente, para o mar. A drenagem é arreica quando se não se verifica nenhum escoamento superficial ; ela é criptorreica se a água se infiltra no solo por sumidouros.

Ver: « Bacia de Drenagem»
&
« Rio »
&
« Endorreica (hidrografia) »

Este tipo de drenagem, na qual a desembocadura dos rios se faz, directamente, no mar é mais importante na estratigrafia sequencial, uma vez que as variações relativas do mar (combinação da eustasia e tectónica, quer esta se manifeste por subsidência ou levantamento), que são as responsáveis das discordâncias (superfícies de erosão) podem deduzir-se, pelo menos parcialmente, pela rede hidrográfica exorréica. A quando de uma descida relativa do nível do mar, a desembocadura dos rios exorreicos, desloca-se para quando o mar, o que quer dizer que os biséis de agradação costeiros deslocam-se para o largo e para baixo. Um tal deslocamento, rompe o perfil provisório dos rios (o perfil definitivo nunca é atingido), o que vai obrigar os rios a cavar os leitos para que um novo perfil de equilíbrio provisório seja alcançado. Este deslocamento para o mar da linha da costa cria condições de nível baixo, o que cria uma superfície de erosão, isto é uma discordância, a qual por vezes, e sobretudo quando ela não reforçada pela tectónica, é difícil de reconhecer. É o reconhecimento, no campo ou nos dados sísmicos, do preenchimento dos vales cavados (ou vales incisos), durante a fase terminal dos prismas de nível baixo, que permite, muitas vezes, aos geocientistas de localizar as discordâncias (limites dos ciclos estratigráficos), sobretudo à montante da ruptura continental (que pode ou não coincidir com o rebordo da bacia). Na maioria dos casos, durante uma descida relativa do nível do mar, mesmo significativa, a erosão efectua-se, principalmente, junto do rebordo continental (canhões submarinos) e nas regiões adjacentes às correntes de água (erosão ribeirinha ou ripária). Quando o nível relativo do mar sobe (parte final da deposição do prisma de nível baixo e, sobretudo durante, ao cortejo transgressivo), as embocaduras das correntes de água exorreicas são deslocadas para montante, uma vez que há uma retrogradação da linha da costa (os biséis de agradação costeiros, assim com os depósitos costeiros deslocam-se para montante e para cima), o que muitas vezes pode induzir depósitos de transbordo e, principalmente, diques marginais naturais).

Expansão Inflacionária (teoria)......................................................................................................................................Inflationary Expansion

Expansion inflationnaire (théorir) / Expansión inflacionaria (teoria) / Inflation (Kosmologie) / 宇宙暴漲 / Инфляцио́нная моде́ль Вселе́нной / Inflazione (cosmologia)

Estado de expansão, extremamente, rápida que o Universo primitivo parece ter sofrido. Se esta teoria é correcta, o nosso Universo é, praticamente, plano e a densidade média é muito próximo da densidade crítica.

Ver: « Universo Primitivo »
&
« Densidade Crítica (Universo) »
&
« Big Bang (teoria) »

No início de sua vida, o Universo sofreu uma expansão, particularmente, rápida. Os astrónomos sabem desde à alguns anos que o Universo se está expandindo de acordo com a lei de Hubble, o que implica que o Universo começou num ponto definido no passado. Assim os astrofísicos, pensaram que fazendo o caminho contrário da expansão de Hubble, aplicando as leis da natureza adequadas tudo seria, finalmente, compreendido. Vários problemas escapavam às soluções, cada uma lidando com uma questão fundamental e não sobre o início do Universo. As questões eram: (i) O problema da antimatéria (as leis da física tratam de matéria e antimatéria em pé de igualdade, mas o Universo é feito quase totalmente de matéria) ; (ii) O problema do horizonte (a julgar pela radiação cósmica de fundo que podemos detectar, o Universo é quase todo à mesma temperatura, mas diferentes áreas que ainda que não estiveram em contacto umas com as outras, não estão em equilíbrio térmico) ; (iii) O problema da planitude (o Universo parece ter quase, exactamente, a quantidade de massa e energia necessária para abrandar e parar a expansão de Hubble). Com a inflação, no entanto, o Universo era muito mais compacto antes de 10^-35 segundos do que se poderia pensar admitindo o desenrolamento contrário da expansão de Hubble. Durante este período, altamente, comprimido, foi estabelecido o equilíbrio térmico, o qual sobreviveu o longo do período de inflação. A inflação não resolve o problema antimatéria mas sim outros eventos que ocorreram ao mesmo tempo. Quando partículas estão sendo forjados no início do Universo, cerca de 100000000 antipartículas são criados para cada 100000001 partículas ordinárias. Ao longo das próximas fracções de segundo, um par de partículas e antipartículas se aniquilam, mutuamente, e numa explosão de energia, o que, essencialmente, corresponde a uma conversão de massa de radiação. Quando esse processo selectivo terminou, o que resultou é um, pouco de matéria ordinária. Todo o Universo conhecido foi feito a partir destes bocado de lixo.

Expansão Oceânica......................................................................................................................................................................................Seafloor Spreading

Expansion océanique / Expansión oceánica / Ozeanbodenspreizung, Meeresgrund Verbreitung / 海底扩张 / Спрединг океанического дна / Espansione della crosta oceanica

Processo no qual o fundo oceânico se estende quando duas placas litosféricas se afastam uma da outra. À medida que as placas litosféricas se afastam, as rochas partem-se e uma depressão forma-se entre elas (rifte) por onde o material do manto chega à superfície (fundo do mar) criando assim nova crusta oceânica.

Ver: « Subducção do Tipo-B (Benioff) »
&
« Paleomagnetismo »
&
« Magnetostratigrafia »

A maior parte dos geocientistas pensa que o campo magnético da Terra é induzido pelo movimento do ferro líquido no núcleo exterior enquanto a Terra gira. O campo magnético comporta-se como se um íman permanente estivesse fixado perto do centro da Terra, inclinado cerca 11° em relação ao eixo de rotação da Terra. O campo magnético norte, medido com uma bússola, difere do norte geográfico, o qual corresponde ao eixo de rotação da Terra. Colocando um magnete (íman) debaixo de uma folha de papel na qual se espalhou limalha de ferro, forma um padrão típico criado pelo campo magnético criado pelo magnete. Com o campo magnético terrestre sucede a mesma coisa. A orientação actual do campo magnético terrestre caracteriza uma polaridade normal. Nos anos 60, os geofísicos descobriram que o campo magnético se inverte, periodicamente, isto é, que o pólo norte se transforma em pólo sul e vice versa. Na história geológica, a Terra teve períodos de polaridade inversa que alternaram com períodos de polaridade normal, como ilustrado nesta figura. Embora o campo magnético se tenha invertido várias vezes, a Terra continuou a mover-se sem mudar o sentido de rotação. As lavas basálticas que contém minerais ricos em ferro, como a magnetite, actuam como bússolas, quer isto dizer, que os minerais ricos em ferro arrefecendo abaixo do ponto de Curie (temperatura a qual determinados materiais sofrem a uma mudança total das suas propriedades magnéticas) e tornam-se magnéticos na direcção do campo magnético terrestre. O estudo do magnetismo antigo registados nas rochas (paleomagnetismo) permitiu aos geocientistas mostrar, como ilustrado acima, que durante os últimos 5 milhões de anos, houve quatro inversões: Brunhes (polaridade normal), Matuyama (polaridade inversa), Gauss (polaridade normal) e Gilbert (polaridade inversa) e fornece um excelente método de datação das rochas (estratigrafia paleomagnética).

Exsudação......................................................................................................................................................................................................................................................................Seep

Exsudation / Exhudación / Exsudation / 渗出 / Экссудация (выпотевание) / Essudazione

Emergência, em geral, à superfície da Terra, de água ou outros fluídos, como óleo ou gás, geralmente associação com falhas ou afloramentos de rochas-reservatório.

Ver : « Asfalto »
&
« Petróleo »
&
« Gás »

Esta fotografia ilustra as exsudações de petróleo de Water Creek (Montanhas de Santa Cruz, Estados Unidos), as quais degradam gravemente, de maneira natural, a qualidade da água dos lençóis freáticos e põem em perigo a vida de muitos animais selvagens. As exsudações de petróleo são boas indicações da presença de um sistema petrolífero não muito longe. Como costumavam dizer os antigos geocientistas franceses, elas podem ser interpretadas de duas maneiras totalmente opostas: (i) Elas podem representar a vanguarda de um batalhão escondido em profundidade, ou (ii) A retaguarda de um batalhão destruído. A bacia Lusitânica, em Portugal é, tipicamente, um exemplo do primeiro tipo. Pelo menos desde a época em que o geólogo francês Paul Choffaz fez a carta geológica de Portugal (salvo erro em 1898), a maioria das exsudações de hidrocarbonetos foram reportadas. Contudo, até hoje, e não obstante o enorme esforço financeiro gasto na pesquiza petrolífera em Portugal, os resultados são mais do que medíocres (nenhuma acumulação economicamente rentável foi encontrada). Não obstante, alguns geocientistas optimistas, dos quais nós fazemos parte, continuam a pensar que a bacia Lusitânica, não está completamente explorada, uma vez que todos os poços de pesquiza testaram armadilhas estruturais, o que é uma má estratégia de pesquiza quando, como toda a gente sabe, que a bacia foi invertida e que a idade da inversão é posterior a idade da migração dos hidrocarbonetos. Ao contrário da bacia Lusitânica, a bacia de Guárico, na Venezuela, corresponde ao segundo caso, isto é, a grande maioria dos campos petrolíferos da Venezuela foram descobertos perfurando as exsudações de petróleo, quer isto dizer, os “ menes” como dizem os autóctones da região. A grande maioria dos campos petrolíferos do offshore da Venezuela foram descobertos sem dados sísmicos, unicamente, a partir das exsudações e dos dados geológicos de campo. Além disso, sabe-se hoje, que mais de 80% das reservas recuperáveis mundiais foram descobertas sem dados sísmicos e que cerca de 20% dos campos petrolíferos contém 80 % das reservas o que confirma que a lei de Pareto marcha, perfeitamente, nas ciências da Terra.

Extinção em Massa (organismos)..............................................................................................................................................................Mass Extinction

Extinction en masse (organismes) / Extinción en masa (organismos) / Massenaussterben / 生物集群 / Массовое вымирание / Estinzione di massa

Desaparecimento de uma parte da biota do mundo em associação com vários tipos de tipos de catástrofes. Teoricamente, uma extinção é associada a um evento rápido, durante o qual uma parte significativa da vida na Terra é extinta e as formas de vida, que se extinguiram, pertenciam a filos diferentes, vivam em ambientes diferentes e estavam espalhados por todo o mundo.

Ver: « Fóssil »
&
« Teoria da Evolução »
&
« Paleogeografia »

A definição de extinção em massa é um pouco difícil, porque a palavra "catástrofe" é quase sempre utilizado em relação à vida humana ou perda de propriedade, ao passo que, até recentemente, as extinções em massa foram os eventos fora da experiência humana e influência. A definição de "extinção em massa " deve incluir: (I) Um evento rápido ; (ii) Durante o qual uma parte significativa de toda a vida na Terra foi extinta e (iii) As formas de vida que se extinguiram deve ter pertencido a filos diferentes, vivido em ambientes diferentes e espalhados por todo mundo. A última parte desta definição, sugere, fortemente, que as causas da extinção em massa são, predominantemente, externas à biota. Causas internas podem incluir a evolução de um germe mortal, particularmente, virulento, isto é, um vírus ou bactéria, mas é difícil de imaginar que um desses germes possa afectar diferentes filos na terra e no mar. As cinco maiores extinções em massa na história da Terra ocorreram : (i) No fim do período Ordovícico (cerca de 438 milhões anos atrás), onde cerca de 100 famílias extinguiram-se e mais de metade das espécies de braquiópodes e briozoários se extinguiram ; (ii) No fim do Devónico, há cerca de 360 Ma, na qual cerca de 30% das famílias de animais se extinguiram ; (iii) No final do período Pérmico, há cerca de 245 Ma ; as Trilobites extinguiram-se assim como cerca de 50% de todas as famílias de animais e 95% de todas as espécies marinhas e muitas árvores morrem ; (iv) No fim do Triásico, isto é, há 208 Ma, quando 35% de todas as famílias de animais morrem e a maioria das famílias dos primeiros dinossauros foram extintas assim como a maioria dos sinapsídeos (excepto os mamíferos) ; (v) No limite entre o Cretácico e Terciário (cerca de 65 Ma),durante a qual, mais ou menos, metade de todas as formas de vida morreram. Provavelmente houve extinções em massa antes do Fanerozóico, mas como não havia animais com partes duras do corpo, o registo fóssil é pouco significativo.


Envie E-mails para carloscramez@gmail.com ou para carlos.cramez@bluewin.ch com comentários e sugestões para melhorar este thesaurus.
Copyright © 2009 CCramez, Switzerland
Ultima actualização : Febreiro, 2016