Fóssil.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................Fossil
Fossille / Fósil / Fossil / 化石 / Ископаемое (окаменелость) / Fossile
Vestígio ou evidência de vida no passado, como, por exemplo, ossos, conchas, moldes, impressões ou pistas.
Ver: « Idade Relativa »
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« Fóssil Característico »
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« Tempo Geológico »
Como todo o geocientista sabe, os fósseis são traços ou restos de animais ou plantas, ou outros organismos, que ocuparam a superfície da terra. As trilobites são, certamente, os fósseis através dos quais a grande maioria dos estudantes de geologia descobriu a Paleontologia. As trilobites, como, por o exemplo, a ilustrada nesta figura (Conocoryphe Suite Soundbooth), são, talvez, depois dos Dinossauros, os fósseis mais conhecidos do grande público. As trilobites são artrópodes (animais invertebrados, que possuem apêndices articulados, corpos segmentados e esqueletos rígidos) extintos que formam a classe Trilobita. Existem mais de 1500 géneros e mais de 17000 espécies de trilobites. Elas apareceram no Câmbrico Inicial e desenvolveram-se durante todo o Paleozóico Inferior antes de começarem um longo declínio. Elas extinguiram-se durante Devónico Tardio (excepção feita às trilobites da ordem Proetida, que desapareceram no fim do Devónico). Pode dizer-se, que todas as trilobites desapareceram em associação como o que os geocientistas chamam a extinção Pérmica, que ocorreu cerca de 250 milhões de anos atrás. O tamanho das trilobites varia entre 1 mm até quase 1 metro (72 cm para a maior trilobite encontrada até hoje no mundo Isotelus rex). O esqueleto externo de uma trilobite era composto, principalmente, por minerais, à base de fosfato de cálcio, dispersados numa matriz de quitina. De baixo para cima, o esqueleto podia dividir-se em três partes (como ilustrado acima): (i) Cefalão, composto de dois segmentos pré-orais e um pós-oral, resultante da fusão de quatro elementos ; (ii) Tórax, composto de segmentos articulados, que permitiam o enrolamento do animal para se proteger dos predadores e (iii) Pigídio, composto pelos últimos segmentos que, normalmente, estão amalgamados com o telsão (barbatana existente na extremidade do abdómen). Lateralmente, três elementos são sempre bem visíveis: (a) Lóbulo Central ; (b) Lóbulo Pleural Esquerdo e (c) Lóbulo Pleural Direito. A maior parte das trilobites vivia no fundo do mar das plataformas continentais. As pistas deixadas pelo seu deslocamento das trilobites, que muitas vezes estão muito bem conservadas, são as Cruzianas.
Fóssil Característico............................................................................................................................................................................................................Index Fossil
Fossile caractéristique / Fósil característico / Leitfossil / 指準化石 / Руководящие ископаемые / Fossile guida
Fóssil que identifica e data uma camada, na qual ele é, tipicamente, encontrado. Um fóssil característico deve ter uma larga distribuição espacial, mesmo global e ser restrito a um intervalo estratigráfico pouco espesso e de curta duração. Estes fósseis ajudam os geocientistas a datar outros fósseis encontrados na mesma camada sedimentar. Quando se encontra um fóssil de uma idade desconhecida próximo de um fóssil de uma idade conhecida, pode assumir-se que as duas espécies coabitaram na mesma época. Sinónimo de Fóssil Guia.
Ver: « Idade Relativa »
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« Fóssil Guia »
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« Tempo Geológico »
As trilobites foram muito comuns durante a Era Paleozóica, entre 540 e 245 milhões de anos atrás. Metade dos fósseis do Paleozóico são trilobites, as quais se extinguiram durante o período Pérmico Tardio (cerca de 248 milhões de anos atrás). Uma excepção tem que ser tomada em linha de conta, uma vez que as trilobites da ordem Proetida desapareceram no fim do Devónico. A trilobite ilustrada nesta figura é da espécie Asaphiscus wheeleri, que é característica do Câmbrico. Os argilitos de Wheeler formam os famosos afloramentos fossilíferos de idade Câmbrica (mais ou menos 507 Ma) do oeste Utah (EUA) onde esta espécie se encontra muito bem representada. Organismos com corpo macio também se encontram neste afloramento (como por exemplo, Naraoia, Wiwaxia e Hallucigenia) com um tipo de conservação (película carbonatada) que, normalmente, se encontra nos famosos argilitos de Burgess (uma dos mais celebres afloramentos fossilíferos, que é famoso pela preservação excepcional dos fósseis do Câmbrico Médio). Juntamente com a formação Marium e a formação Weeks (inferior), os argilitos de Wheeler formam um afloramento de rochas argilosas e calcários de cerca de 600 metros, o qual constitui um dos mais espessos e fossilíferos afloramentos do Câmbrico Médio dos EUA. Entre outros fósseis característicos podem citar-se : (i) Inoceramus labiatus (Inoceramos do Cretácico) ; (ii) Tetragraptus fructicosus (Trilobite do Ordovícico) ; (iii) Leptodus americanus (Cefalópode do Pérmico) ; (iv) Cacotocrinus multibrachiattus (Parafusilina do Missisipiano) ; (v) Hexamoceras hertzei (Ammonite do Silúrico) ; (vi) Viviparus Glacialis (Molusco do Pleistocénico Inicial), etc.
Fóssil Geoquímico.................................................................................................................................................................................................Geochemical Fossil
Fossile géochimique / Fósil geoquímico / Geochemische Fossilen / 地球化学化石 / Геохимическое ископаемое / Fossile geochimica
Substancia utilizada como um indicador de um estado biológico. Os fósseis geoquímicos, também conhecidos como biomarcadores, podem ser qualquer tipo de molécula que indica a existência actual ou no passado geológico de organismos vivos. Os fósseis geológicos são muito utilizados na compreensão da geração do petróleo.
Ver : « Petróleo »
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« Matéria Orgânica (tipos) »
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« Fóssil »
Uma vez alcançadas as condições requisitadas, os petróleos são expulsos das rochas geradoras e se movimentam até as armadilhas aonde se vão alojar. Na sua migração, durante e após armazenamento, estes petróleos podem sofrer alterações (processos secundários) que mudam as suas características e afectam sua qualidade comercial. Em certas bacias, constata-se a existência de processos de biodegradação severa em subsuperfície, produzindo uma forte degradação da qualidade dos petróleos. Uma biodegradação severa afecta, também, os principais indicadores de origem e evolução térmica de petróleos, isto é, os biomarcadores. O estudo de petróleos não biodegradados pertencentes a diferentes jazidas petrolíferas de ume determinada bacia com o objectivo de identificar a origem, evolução térmica e correlações dos óleos amostrados permitiu de considerar três famílias, entre as quais uma família de petróleos originados a partir de matéria orgânica tipo II, depositada num ambiente marinho restrito anóxico de elevada salinidade. Esta família engloba a maioria dos petróleos com baixos valores de densidade API (entre 10 e 25°), além de altos conteúdos de enxofre, entre 1,68 e 7,44%. Em todos os óleos, a relação Pr / Ft é inferior a 1,5 e com predomínio de esteranos C27 sobre C28 e C29. Estes resultados indicam origem de matéria orgânica do tipo algal, depositada em um ambiente redutor. Os valores da composição isotópica do carbono da maioria dos petróleos são geralmente >-27%, apresentando baixos conteúdos em terpanos tricíclicos e diasteranos, médias proporções relativas de hopanos em C29 (H29/H230 geralmente entre 0,5 e 1,0) e altas proporções de C35homopanos (H35/H234 em geral entre 0,9 e 1,4). O índice de gamacerano (relação gamacerano/hopano C30), está quase sempre abaixo de 0,5, sendo considerados valores medianos, embora eles sejam os mais altos dentre os petróleos desta bacia. A maioria dos petróleos desta família estão em condições de baixa evolução térmica.
Fóssil Guia........................................................................................................................................................................................................................................................Index Fossil
Fossile index / Fósil guía / Leitfossil / 指準化石 / Руководящие ископаемые / Fossile guida
Fóssil que identifica e data uma camada na qual ele é tipicamente encontrado. Um fóssil característico deve ter uma larga distribuição espacial, mesmo global, ser restrito a um intervalo estratigráfico pouco espesso e de curta duração. Estes fósseis ajudam os geólogos a datar outros fósseis encontrados na mesma camada sedimentar. Quando se encontra um fóssil de uma idade desconhecida próximo de um fóssil de uma idade conhecida, pode assumir-se que as duas espécies coabitaram na mesma época. Sinónimo de Fóssil Característico.
Ver : « Idade Relativa»
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« Fóssil Característico »
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« Tempo Geológico »
Como ilustrado neste esquema, os fósseis guias permitem fazer correlações entre diferentes regiões permitindo aperfeiçoar a coluna estratigráfica e determinar a idade relativa das rochas. Neste exemplo, os três fósseis guia ou característicos do intervalo carbonatado do meio da coluna estratigráfica da região 1, permitem de determinar a idade do intervalo carbonato da região 2. A utilização combinada de vários fósseis guia permite obter melhores resultados. Teoricamente, um fóssil característico tem que : (i) Ser fácil de identificar ; (ii) Frequente ; (iii) Ter existido durante um intervalo de tempo geológico relativamente pequeno e (iv) Ter uma distribuição global. Antes do advento da estratigrafia sequencial, a procura de fósseis era fundamentalmente empírica. Ainda me lembro de um dos meus professores, aliás uma professora, nos dizer que os fósseis se encontravam de preferência nos intervalos argilosos, o que é, em parte verdade, mas há milhares de níveis argilosos sem fósseis. Mais tarde, um dos seus jovens assistentes, foi mais longe, mas sem saber provavelmente porquê: "os fósseis encontram-se de preferência nos shales pouco inclinados quando estes são cobertos por shales mais inclinados". Com efeito, a estratigrafia sequencial sugere, fortemente, que a abundância dos fósseis, assim, como, o teor em matéria orgânica, é sobretudo significativa nos intervalos sedimentares associados com as superfícies da base das progradações, como, por exemplo, entre o cortejo transgressivo e prisma de nível alto de um ciclo estratigráfico dito ciclo sequência. Na realidade, o hiato de deposição, lâmina de água, taxa de sedimentação e depleção em oxigénio entre o cortejo transgressivo e o prisma de nível alto são favorável ao desenvolvimento e preservação da matéria orgânica e assim à presença de fósseis.
Foto-autotrófico (organismo)..................................................................................................................................................................................Photoautotroph
Photo-autotrophique (organisme) / Photoautotrofico (carbono del dióxido de carbono) / Photoautotroph (Kohlenstoff aus Kohlendioxid) / Photoautotroph(二氧化碳中的碳) / Фотоавтотрофный / Photoautotroph (carbonio da anidride carbonica)
Organismo que realiza a fotossíntese. Os organismos fotoautótrofos utilizam a energia da luz solar, o dióxido de carbono e a água são convertidos em materiais orgânicos para serem utilizados nas funções celulares, tais como: biossíntese e respiração.
Ver : « Fotoheterótrofico (organismo) »
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« Fotossíntese »
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« Cianobactéria »
Um autótrofo é um organismo capaz de fazer sua própria comida. Num contexto ecológico, os organismos fotoautótrofos (organismos que realizam a fotossíntese) fornecem nutrição para todas as outras formas de vida (além de outros, autótrofos como, por exemplo, os quimiotróficos). A fotossíntese utiliza a energia da luz para sintetizar biomassa a partir de precursores inorgânicos, enquanto libera oxigénio. Assim, a fotossíntese criou e sustenta a nossa atmosfera respirável, os alimentos que ingerimos e do ambiente que precisamos. Em ambientes terrestres, as plantas são a variedade predominante, enquanto os ambientes aquáticos incluem uma grande variedade de organismos fototróficos como, por exemplo, as algas, protistas, bactérias etc. Os organismos fotoautótrofos deve, equilibrar sua excitação de captura com o consumo de energia metabólica em face das flutuações na luz, temperatura e nutrientes num largo intervalo de escalas tempo. Os organismos necessitam respostas a curto prazo para tolerar essas flutuações, mas também exigem estratégias para integrar os sinais do ambiente ao longo do tempo, a fim de regular a síntese de abundante complexos de proteínas para a captura de luz, transporte de electrões e biossíntese. As variações de CO2 na atmosfera, os raios ultravioletas, ciclos de nutrientes e temperatura tornam imperativo avaliar a capacidade de aclimatação dos organismos fotossintéticos que sustentam os ecossistemas em interacção com os constrangimentos naturais. Note que os organismos quimiotróficas obtém a energia através da oxidação de electrões donadores em seus ambientes. Estas moléculas podem ser orgânicas (organotróficas) ou inorgânicas (litotróficas). A designação de quimiotróficas (os organismos cujo metabolismo se realiza sem a presença de oxigénio sendo, portanto, anaeróbicos) contrasta comos fototróficos, que utilizama energia solar. Os organismos quimiotróficos podem ser autotróficos or heterotróficos.
Foto-Heterotrófico (organismo)...............................................................................................................................................Photoheterotroph (organism)
Photo-hétertróphique (organisme) / Fotoheterotrofico (fuente de carbono a partir de compuestos orgánicos) / Photoheterotroph (Kohlenstoffquelle aus organischen Verbindungen) / Photoheterotroph(从有机物的碳源)/ Фотогетеротрофный / Fotoheterotrofe (fonte di carbonio da composti organici)
Organismo que depende da luz para a maior parte a sua energia e, principalmente, dos componentes orgânicos para o seu carbono. Os organismos foto-heterotrófos são incapazes de converter o dióxido de carbono em açúcar nem produzem oxigénio.
Ver: « Fotossíntese »
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« Fotoautótrofico »
&
« Cianobactéria »
Foto-heterotróficos são organismos heterotróficos (organismo que utiliza o carbono orgânico para o crescimento consumindo outros organismos) que utilizam a luz como energia, mas não podem utilizar o dióxido de carbono como a sua única fonte de carbono. Eles usam compostos orgânicos do meio ambiente para satisfazem as suas necessidades em carbono. Estes organismos usam compostos como os carbohidratos, ácidos gordos e álcoois como alimentação orgânica. Como exemplos de foto-hetereotróficos podemos citar as bactérias púrpura sem-enxofre, as bactérias verdes não sulfurosas as heliobactérias. Pode dizer-se que os foto-heterótrofos são organismos que combinam aspectos do metabolismo dos fototróficos e dos heterótrofos. Fototrófos obtém sua energia da luz e carbono do dióxido de carbono (CO2) (fotoautotrofia), produzindo material orgânico. Os outros elementos necessários para o crescimento (nitrogénio e fósforo, por exemplo), geralmente, vêm de fontes inorgânicas, tais como amónio (NH4 +) e fosfato (PO4 )3-. Exemplos de fototróficos incluem plantas na terra enquanto que nos oceanos, o fototróficos principais são algas microscópicas (fitoplâncton). Semelhantes às plantas terrestres sobre a terra, o fitoplâncton compõe a base da cadeia alimentar da qual os outros organismos marinhos dependem. Os heterotróficos obtêm a sua energia (quimo-organotrofia) e o carbono da matéria orgânica, produzindo de CO2 no processo. Nos oceanos, os maiores heterótrofos incluem peixes e baleias, mas os pequenos heterótrofos, como as bactérias e outros micróbios, são os mais importantes e utilizam a matéria orgânica produzida pelo fitoplâncton (produção primária) para a sua energia e carbono. De facto, as bactérias heterotróficas e os pequenos protistas herbívoros, que os comem, consumem cerca de 50% da produção primária dos oceanos. Este processo é importante para determinar o tamanho e fluxos da matéria orgânica dissolvida (DOM) nos oceanos, os quais incluem o carbono orgânico dissolvido (DOC). A quantidade de carbono nos oceanos DOC é, aproximadamente, igual ao de carbono no CO2 atmosférico.
Fotossíntese...................................................................................................................................................................................................................................................Photosynthesis
Photosynthèse / Fotosíntesis / Photosynthese / 光合作用 / Фотосинтез / Fotosintesi clorofilliana
Fixação do carbono pelas plantas verdes, sob a acção da luz do Sol. A energia luminosa é convertida em energia química e armazenada sob a forma de açúcar. A fotossíntese ocorre nas plantas e em algumas algas (Reino Protista). As plantas verdes precisam apenas a energia da luz, CO2 e H2O para fazer o açúcar. A fotossíntese ocorre nos cloroplastos, especificamente, através da clorofila.
Ver: « Matéria Orgânica (tipos) »
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« Epifauna »
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« Cianobactéria »
A fotossíntese é o processo pelo qual as plantas, algumas bactérias e alguns protistas usam a energia da luz solar para produzirem açúcar, que a respiração celular converte em ATP - o "combustível" utilizado por todos os seres vivos. A conversão de energia solar em energia química utilizável, é associada com as acções do pigmento verde clorofila. O processo fotossintético utiliza a água e libera o oxigénio que nos é, absolutamente, necessário para nos manter vivos. A reacção química deste processo pode escrever-se da seguinte maneira: 6CO2 + 6H2O----------> C6H12O6 + 6O2, quer isto dizer, que seis moléculas de água mais seis moléculas de dióxido de carbono produzem uma molécula de açúcar e seis moléculas de oxigénio. As plantas são os únicos organismos fotossintéticos que têm as folhas (e não todas as plantas têm as folhas). As folhas podem ser vistas como colectores solares cheios de células fotossintéticas. As matérias-primas da fotossíntese, a água e o CO2 entram nas células das folhas e os produtos da fotossíntese, o açúcar e oxigénio, deixam as folhas. A água entra nas raízes das plantas e é transportada até as folhas através de células especializadas conhecidas como xilema (tecido de transporte de água e sais minerais através do corpo das plantas). Como as plantas terrestres devem precaver-se contra a desidratação, elas têm estruturas especiais, isto é, estómatos para permitir que o gás entre e saia das folhas. O CO2não pode passar através da camada cerosa protectora que cobre a folha (cutícula, cobertura de cera produzida unicamente pelas células epidérmicas das folhas), mas pode entrar na folha através das aberturas (estoma), que são ladeadas por duas células de protecção. O oxigénio produzido durante a fotossíntese só pode passar para fora das folha através de estómatos abertos. Enquanto esses gases se movem entre o interior e o exterior das folhas, uma grande quantidade de água é perdida. O CO2 entra nas células e autotróficos aquáticos por estruturas não especializadas.
Fragipan..........................................................................................................................................................................................................................................................................Fragipan
Fragipan / Fragipan / Fragipan (Soil Taxonomy) / Fragipan(土壤分类学) / Уплотнённый внутрипочвенный горизонт / Fragipan (tassonomia del suolo)
Camada densa de solo, composta de areia fina, sem matéria orgânica e com muito pouco material argiloso, que é, relativamente, pouco permeável à água, principalmente, devido à sua dureza e compactação mais do que ao seu teor em argila ou à sua cimentação.
Voir: « Areia»
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« Compactação »
&
« Matéria Orgânica (tipos) »
Esta fotografia ilustra um horizonte de fragipan ao sul de Pier, perto de Julich, na Renânia do Norte-Vestefália (Alemanha). A origem do fragipan, é muito discutida. Os geocientistas, que se ocupam do estudo dos solos (pedologia), discutem ainda não só sobre a definição do fragipan, mas também se ele existe ou não em determinadas paisagens. A sua formação pode ser atribuída aos seguintes factores : (i) Compactação dos solos pelos glaciares da última glaciação ; (ii) Maturação física ; (iii) Processos do pergelissolo (processos que ocorrem num solo quando a temperatura deste é abaixo de 0°C pelo menos durante mais de dois anos) ou (iv) Outros eventos, que ocorreram durante o Pleistocénico. Alguns fragipan herdaram as suas propriedades dos solos enterrados (paleossolos). Segundo a terminologia americana dos solos, um fragipan tem que satisfazer as seguintes condições: (a) Ter uma espessura de pelo menos 15 cm ; (b) Mostrar um evidência de pedogénese (processo de formação de um solo), quer no interior, quer nas superfícies que limitam o intervalo considerado ; (c) Ter uma arquitectura prismática, colunar, ou cilíndrica e sem estruturas bem marcadas, isto é, ele deve ser, mais ou menos, maciço ; (d) Permitir a penetração das raízes, com um afastamento de cerca de 10 cm, ao longo de fracturas ; (e) Os fragmentos com dimensões superiores a 5-10 cm de diâmetro (quando secos) devem representar mais de 50% do volume do intervalo (quando submergida na água) ; (f) Ter pelo menos 60% ou mais de material resistente e, praticamente, sem raízes ; (g) Não ser efervescente em ácido clorídrico diluído. Tudo isto quer dizer, que um fragipan tem que ter um certa espessura, que é o resultado da alteração de um material sedimentar mais antigo, que não resulta de uma alteração provocada pelas raízes que o penetram, unicamente, ao longo de fracturas, que é muito duro mesmo quando húmido e que não contém carbonato de cálcio ou de magnésio. Não confunda fragipan com duripan que é um horizonte do solo que foi cimentado por sílica iluvial (deslocada de um outro nível pela água das chuvas).
Frente de Delta....................................................................................................................................................................................................................................Delta Front
Front du delta / Frente del delta / Deltafront, Deltavorder / 三角洲前缘 / Передняя часть дельты / Parte anteriore del delta
Zona a jusante da foz de um rio, onde a barra de desembocadura (foz do canal distribuidor) é depositada. A frente do delta representa a área onde o material sedimentar mais grosseiro (em geral areia) é depositado. A frente do delta é remobilizada pelas ondas do mar, correntes litorais, etc. De maneira mais geral, a frente do delta designa a área a jusante da linha de costa (de uma costa deltaica).
Ver: « Delta »
&
« Prodelta »
&
« Camada Superior (de um delta)»
Esta fotografia illustra os intervalos de arenito de uma frente delta, que se depositaram durante o Cretácico na bacia do Novo México (EUA). Na estratigrafia sequencial, um delta pode ser considerado como um cortejo sedimentar, isto é, como uma associação lateral de sistemas de deposição síncronos (que se depositam ao mesmo tempo) e que são, geneticamente, relacionados, o que quer dizer, que se um sistema de deposição não se deposita ou outros também não. Num delta, de montante para jusante, isto é, em direcção ao mar, três sistemas de deposição (conjunto de uma litologia e fauna associada, que, em geral, é característica) são sempre visíveis: (i) Planície Deltaica ; (ii) Frente do Delta e (iii) Prodelta. A litologia da planície deltaica é, basicamente, constituída por siltitos e argilitos. A litologia da frente do delta é, predominantemente, arenosa (como ilustrado nesta figura), enquanto que a litologia do prodelta é basicamente argilosa. Em termos de comportamento estrutural, os estratos da planície deltaica depositam-se, praticamente, horizontais (a inclinação dos estratos da frente do delta ilustrado nesta figura é, em grande parte, de origem tectónica e não deposicional), enquanto que os estratos do prodelta se depositam com uma inclinação bem marcada em direcção do mar. A frente do delta corresponde, mais ou menos, à ruptura de inclinação da superfície de deposição entre a planície deltaica e prodelta. As camadas inclinadas do prodelta prolongam-se na plataforma continental de maneira, mais ou menos, horizontal. Noutros casos, quando o ângulo de inclinação dos estratos do prodelta ultrapassou o ângulo crítico, lóbulos sub-horizontais de origem turbidítica (turbiditos proximais, deslizamentos) podem depositar-se na base das progradações do prodelta. Embora os deltas sejam mais frequentes nos cortejos de nível alto, eles podem igualmente depositar-se em condições de nível baixo. Na confunda delta e edifício deltaico. Assim, não diga delta do Niger (que não existe), mas sim edifício deltaico do Niger.
Frente Oceânica.........................................................................................................................................................................................................................Oceanic Front
Front océanique / Frente oceánica / ozeanisch Front / 海洋前 / Океанический фронт / Fronte oceanica
Zona de contacto entre uma massa de ar oceânico, em geral, fria e uma massa de ar continental, que em geral, é mais quente.
Ver: « Clima »
&
« Climatologia (moderna) »
&
« Nuvem »
As massas de ar deslocam-se das regiões onde a pressão atmosférica é maior para regiões onde a pressão é menor. As massas de ar podem deslocar-se devido a diferenças de temperatura (que também causam diferenças de pressão) e também pela circulação atmosférica dominante na região. Uma massa de ar pode ser considerada como uma porção da atmosfera que se desloca sobre a superfície terrestre carregando parte das características da região onde se formou, como, por exemplo, a temperatura e a humidade. Desde que o ar permaneça estacionário durante muito tempo sobre certas superfícies terrestres, tais como, as regiões polares, desérticas, ou as vastidões marítimas quentes ou frias, a massa de ar é influenciadas pelas características dessa superfícies como as quais ela está em contacto. As massas de ar oceânicas são húmidas e as continentais geralmente são secas, uma vez que as diferenças nas incidências dos raios solares na superfície da Terra são responsáveis pela formação das massas de ar. Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam da distribuição desigual da energia solar nas zonas de baixas, médias e altas latitudes. A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma função muito importante na formação de áreas de baixa e alta pressão atmosférica e, consequentemente, no movimento das massas de ar e dos ventos, uma vez que os deslocamentos do ar se fazem de uma área de alta pressão para uma de baixa pressão. O ar aquecido nas zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa pressão ou ciclónica. O ar mais frio e denso das áreas de médias e altas latitudes desce, fazendo surgir uma área de alta pressão. Uma vez que as massas apresentam uma certa tendência para igualar essas pressões, estabelece-se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre os trópicos e os pólos, passando pelas zonas de médias latitudes. As áreas frias ou de alta pressão, como as polares, e as subtropicais ou de latitudes médias dispersam as massas de ar e ventos, e (áreas anticiclónicas), enquanto que as áreas quentes ou de baixa pressão atmosférica (de baixa latitude), como as equatoriais, captam as massas de ar e ventos; elas são chamadas de áreas ciclónicas.
Função Logística.......................................................................................................................................................................................................Logistic Function
Fonction logistique / Función logística / Logistische Funktion / Logistic函数, 后勤功能 / Логистическая функция / Equazione logistica
Quando o crescimento inicial (de um conjunto qualquer) é exponencial, para depois (competição ou escassez) diminuir e, mais tarde, numa fase de maturação, se tornar nulo. Este tipo de função foi, inicialmente, estudado pelo matemático belga Pierre François Verhulst que a deduziu do crescimento da população. A taxa de crescimento de uma população, e.g., a taxa de crescimento da produção do petróleo é proporcional à população existente e à quantidade de recurso restante (no caso do petróleo, a fracção de petróleo que ainda está por produzir), a qual tende a limitar o crescimento da população.
Ver: « Curva Logística »
&
« Pico do Petróleo »
&
« Lei de Hubbert»
As funções logísticas combinam, num único diagrama, dois tipos característicos do crescimento exponencial. O primeiro tipo de crescimento exponencial é a familiar curva de aumento com uma taxa crescente, isto é, como o crescimento é exponencial: a taxa de crescimento é proporcional à quantidade do valor da função (curva com a forma de meia parábola virada para cima) côncava para cima. O segundo tipo do crescimento exponencial é chamado, geralmente, crescimento exponencial limitado. Este tipo, de crescimento que é decomposto em partes que são subtraídas de um limite fixo. Como a decomposição da exponencial tende sempre a desaparecer, as diferenças ao limite fixo aumentam até a esse limite (curva com forma de meia parábola virada para baixo). Este tipo de função modela um crescimento que é limitado por certas capacidades fixas. As funções logísticas combinam o primeiro tipo do crescimento exponencial (quando valores são pequenos), com o segundo tipo de crescimento exponencial (quando os valores são próximo da capacidade). As funções logísticas modelam recursos com crescimento exponencial limitado. As funções logísticas, que têm uma forma característica em S, aplicam-se ao estudos das populações, desenvolvimento da bactérias, crescimento das plantas com sementes, análise das reservas e produções dos combustíveis fósseis, etc. Esta figura que as descobertas de petróleo cumuladas (extrapesado excluído), a produção (curva inferior), que é mais pequena do que a cumulação das descobertas (curva em S superior) e as previsões até 2075 (para reservas últimas de 2 000 Gb). Como se pode constar, a derivada máxima (ponto de inflexão) da curva de produção (curva em S inferior) sugere, fortemente, que o pico de produção, se já não foi atingido será, o será entre 2010-2020.
Fundo da Bacia Oceânica..............................................................................................................................................................Ocean Basin Floor
Fond du bassin océanique / Fundo de la cuenca oceánica / Grund des Ozeans Becken / 洋盆的底部 / Дно океанического бассейна / Fondo del bacino oceanico
Assoalhado oceânico profundo induzido pela tectónica das placas litosféricas. Todas as bacias oceânicas são formadas de rochas vulcânicas que vieram à superfície (continente ou fundo do mar) a partir dos centros de expansão localizados ao longo das dorsais médio-oceânicas. As rochas mais antigas que formam o fundo oceânico têm cerca de 200 milhões de anos de idade, o que quer dizer, que elas são muito mais jovens do que a crusta continental, a qual, em certos pontos, tem mais de 4000 milhões de anos.
Ver: « Planície Abissal »
&
« Batial »
&
« Fundo Oceânico »
Este esquema explica, perfeitamente, a discrepância entre a idade das rochas mais velhas que constituem o fundo oceânico (± 200 milhões de anos) e a idade da crusta continental, a qual, em certas áreas, atinge mais de 4,0 Ga (mil milhões). A razão desta diferença é muito simples. Nas zonas de subducção e, particularmente, nas zonas de Benioff ou de tipo B (quando uma placa litosférica de composição oceânica mergulha sob uma placa de composição continental) as rochas oceânicas antigas, são destruídas, isto é, o material oceânico volta ao manto superior como sugerido neste esquema. Em compensação, ao longo das dorsais oceânicas médias, o material ascendente da astenosfera é extrudido e cria um nova crusta oceânica que contribui à expansão dos oceanos e que força os continentes a afastarem-se uns dos outros. À medida que a expansão oceânica progredi, não só a superfície do fundo oceânico aumenta, mas também a densidade da crusta oceânica, uma vez que, com o tempo, a temperatura da crusta oceânica diminui. Com o tempo, o material que forma o fundo oceânico mais distante da dorsal de onde ele brotou torna-se tão denso que mergulha (entra em subducção) sob o material adjacente iniciando assim uma zona de subducção do tipo B. A criação e subducção do material oceânico caracteriza dois tipos de margens continentais. O primeiro está associado com as margens continentais divergentes, enquanto que o segundo caracteriza as margens convergentes. Certas margens continentes convergentes estão associadas com as zonas de subducção de Ampferer ou do tipo A (quando duas placas litosféricas continentais entram em colisão, isto é, uma mergulhando sob a outra). As margens convergentes podem ser consideradas como o início da formação dos supercontinentes.
Fundo do Mar........................................................................................................................................................................................................................................Sea Floor
Fond de la mr / Relieve oceánico, Fondo de mar / Ozeanboden / 海床 / Дно моря / Fondali marini
Assoalho do oceano ou base do oceano. Função da profundidade da água três regiões principais podem ser consideradas: (i) Nerítica, sublitoral ou áctica; (ii) Batial e (iii) Abissal. Estas regiões correspondem, grosseiramente, aos três grandes ambientes de deposição: (a) Plataforma continental ; (b) Talude continental e (c) Planície abissal. Na base do talude continental, os deslizamentos e depósitos de sedimentos turbidíticos, induzem a formação de um sopé continental.
Ver: « Plataforma Continental »
&
« Talude Continental »
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« Planície Abissal »
Esta imagem ilustra o fundo do mar de uma região do talude continental do Golfo do México (EUA). Basicamente, ela sublinha as mudanças de inclinação do fundo do mar, o que dá indicações importantes sobe as correntes de turbidez. De maneira, mais ou menos, regular, mas não periódica, as correntes turbidíticas ou de turbidez escoam-se ao longo do talude continental e transportam os sedimentos para as partes mais profundas, onde eles se depositam quer sob a forma de cones submarinos de talude (CST) ou de bacia (CSB). Os cones submarinos do talude são, em geral, diques marginais naturais (depósitos de transbordo, "asas de gaivota") e preenchimentos das depressões entre eles ou de canais turbidíticos. Os cones submarinos de bacia, geralmente são formados por lóbulos arenosos, mais ou menos, importantes. Nesta figura, uma observação atentiva dos padrões das correntes de turbidez (ziguezagues indicados pela flecha) mostra, de maneira evidente, que o trajecto das correntes vertente abaixo do talude continental não é rectilíneo mas meandriforme. Contudo, e contrariamente ao que se passa com o escoamento de um rio, uma corrente de turbidez escoa-se dentro de um corpo de água e não à superfície da terra. Assim, uma tal geometria do escoamento explica-se de uma maneira muito diferente: (i) Quando a densidade da corrente de turbidez é muito maior do que a densidade do corpo de água em que ela se escoa (o que quer dizer que ela transporta muito material arenoso), a trajectória é, praticamente, rectilínea ; (ii) Quando a densidade da corrente turbidez é, mais ou menos, igual a densidade do corpo de água (corrente com pouco material arenoso), a trajectória do escoamento é meandriforme. Por conseguinte, não é muito lógico, interpretar, nos dados sísmicos, os preenchimentos dos padrões meandriformes turbidíticos como rochas-reservatório potenciais.
Fundo Oceânico (Assoalhado Oceânico)..................................................................................................Ocean Basin Floor, Oceanic Bottom
Fond océanique / Fondo oceánico / Ozeanisch Boden / 海洋底部 / Океаническое дно / Fondo oceanico
Parte da crusta terrestre submersa pelos mares e oceanos, caracterizada por uma diversidade de profundidades, formas e ambientes. Excluindo a região litoral ou parálica, que corresponde a faixa de rebentação e à terra sempre emersa, o assoalhado oceânico divide em três grandes regiões: (i) Nerítica, Sublitoral ou Áctica ; (ii) Batial e (iii) Abissal. Nos dados sísmicos, verifica-se que os sedimentos profundos da planície abissal, que formam, geralmente, o fundo oceânico, têm muitas vezes uma geometria paralela e que repousam por biséis de agradação marinha sobre a crusta oceânica recente. A interface entre a crusta e os sedimentos abissais exibe uma morfologia ondulada com muitas difracções associadas (particularmente nas linhas não migradas) que marcam as rides oceânicas, as quais correspondem a antigos centros de expansão.
Ver : « Planície Abissal »
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« Batial »
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« Bisel de Agradação »
O fundo oceânico e, particularmente, a crista oceânica, constitui o assoalhado dos oceanos. Ele é continuamente reciclado pela tectónica das placas litosféricas. A crusta oceânica forma-se ao nível das dorsais e deriva de uma parte e outra, à medida que ela é coberta por sedimentos profundos, até que mergulhe, para depois desaparecer no manto, debaixo de uma fossa oceânica. Como para as dorsais oceânicas-médias, a morfologia do fundo oceânico é função da contracção térmica da litosfera oceânica. A diminuição do fluxo de calor (cal/cm2), à medida que a crusta se afasta da dorsal, provoca uma contracção térmica, que induz uma topografia cada vez menos acentuada. Estas variações topográficas só são importantes durante os primeiros 50 My da oceanização. A partir de 70 My, o estado térmico da litosfera permanece, mais ou menos, constante. A topografia ligada ao estado térmico da crusta oceânica e à velocidade relativa das placas são os factores principais que determinam a morfologia da dorsal e fundo oceânico. Quando a velocidade relativa das placas é importante, a dorsal e o fundo oceânico têm um relevo muito marcado, particularmente, perto das dorsais e, por isso, as bacias oceânicas têm um volume mais pequeno. Quando a velocidade de expansão oceânica é fraca a topografia é menos acentuada e o volume das bacias oceânicas maior, o que permite explicar ciclos eustáticos de 1a ordem.
Fundoforma.............................................................................................................................................................................................................................................Fondoform
Fondoforme / Fondoforma / Fondoform (Geometrie) / Fondoform(几何) / Фондоформа (часть донной формы рельефа) / Fondoforma (geometria)
Intervalo sedimentar, mais ou menos, horizontal, depositado num ambiente subaquático ou aquático (sob uma lâmina de água qualquer), a jusante de um intervalo inclinado (par o mar) que lhe é síncrono e geneticamente associado.
Ver: « Bacia (sedimentar) »
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« Corrente de Turbidez »
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« Acomodação »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore do Labrador (Canadá), os reflectores sub-horizontais que formam a planície abissal durante o Miocénico Tardio (talude continental cerca de 600-800 m) podem ser considerados como fundoformas. Estes reflectores sub-horizontais a partir da base das progradações são a continuação natural e para jusante, das clinoformas, que marcam o talude continental, as quais por sua vez, são a continuação para jusante das topoformas. O conjunto de uma topoforma, clinoforma e fundoforma constitui uma linha cronostratigráfica, isto é, uma superfície deposição, uma vez que as três formas ou segmentos) são síncronas e geneticamente ligadas. Note que nesta interpretação, algumas das fundoformas estão associadas a deslizamentos de terreno ao longo de falhas normais induzidas pela instabilidades do talude superior ou do rebordo continental. Estes deslizamentos são corroborados pelas terminações dos reflectores (biséis superiores por truncatura) do bloco falhado ascendente das falhas, cujo plano se horizontaliza ao longo do fundoformas. Isto quer dizer, que durante a fase regressiva do ciclo de invasão continental pós-Pangéia, no Labrador, a maior parte dos lóbulos turbidíticos (cones submarinos) depositaram-se, provavelmente, durante condições geológicas de nível alto (nível do mar mais alto que o rebordo da bacia). Nesta área, os cones submarinos de bacia depositaram-se segundo modelo proposto por E. Mutti (contexto de nível alto do mar) e não segundo o modelo de P. Vail (contexto de nível baixo do mar). No modelo de Vail, os cones submarinos de bacia (depositados na planície abissal, a jusante da ruptura de pente do talude continental inferior), conectados ou não com os cones submarinos de talude, estão associados a descidas relativas do nível do mar significativas, isto é, a superfícies de erosão (discordâncias), que induzem condições geológicas de nível baixo (bacia sem plataforma). A erosão, no rebordo actual da bacia (com plataforma) é devida às correntes de contorno.
Fundotema................................................................................................................................................................................................................................................Fondothem
Fondothème / Fondotema / Fondothem (Sedimentäre Intervall) / Fondothem (沉积时间间隔) / Фондотема / Fondotheme (sedimenti)
Conjunto dos sedimentos associados a uma fundoforma.
Ver: « Fundoforma »
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« Progradação »
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« Turbidito »
Desde o advento da estratigrafia sequencial (fins dos anos 80), os termos fundoforma e fondotema são muito pouco utilizados. Actualmente, se um geocientista disser, que no detalhe da linha sísmica do offshore do Brasil, ilustrado nesta figura, um fundotema é visível debaixo de certas progradações, não há quase ninguém que compreenda o que ele quer dizer. Hoje em dia, utilizando a terminologia da estratigrafia sequencial, um geocientista diz que um conjunto de lóbulos turbidíticos, provavelmente, cones submarinos de bacia (CSB), do membro inferior do cortejo sedimentar de nível baixo (CNB) se depositou na base do talude continental, em associação com uma descida relativa do nível do mar significativa, isto é, em associação com uma superfície de erosão (ou com a paraconformidade correlativa). Mais tarde, os cones submarinos de bacia foram fossilizado pelas progradações do prisma de nível baixo (PNB), isto é, pelas fundoformas do membro superior do cortejo de nível baixo e que, muito provavelmente, o fundotema é constituído por rochas argilosas ou argilitos (não diga argila, uma vez que em português argila é uma partícula sedimentar) de água profunda. Neste detalhe sísmico, o membro médio do prisma de nível baixo, isto é, os cones submarinos de talude (CST) estão ausentes. O intervalo sísmico limitado entre as duas discordâncias (ou entre as suas paraconformidades correlativas) corresponde à parte distal (a jusante do último rebordo da bacia do ciclo-sequência anterior) de um ciclo-sequência, onde unicamente o cortejo de nível baixo está representado. O cortejo transgressivo (CT) e o prisma de nível alto, se presentes, depositaram a SO deste detalhe. Uma outra possibilidade é que as progradações depositadas acima dos lóbulos turbidíticos pertençam ao prisma de nível alto. Os cones submarinos de talude (CST) e o prisma de nível baixo (PNB) estão ausentes. Si uma tal hipótese não for refutada por dados suplementares, os depósitos turbidíticos explicam-se melhor pelo modelo de E. Mutti que pelo modelo de P. Vail, isto é, que o corpo turbidítico se depositou durante condições geológicas de nível alto do mar (nível do mar acima do rebordo da bacia) e que as correntes de turbidez responsáveis pela deposição foram induzidas, provavelmente, por rupturas gravitárias da parte superior do talude continental (bacia sem plataforma) ou do rebordo da bacia (bacia com plataforma).
Fusão Nuclear...............................................................................................................................................................................................................................Nuclear Fusion
Fusion nucleaire / Fusión nuclear / Kernfusion / 核聚变 / Ядерный синтез / Incarichi nucleare
Processo no qual vários núcleos atómicos carregados de maneira semelhante se juntam para formar um núcleo mais pesado. A fusão nuclear pode ser é acompanhada de liberação ou absorção de energia.
Ver: « Fissão nuclear »
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« Big Bang (teoria) »
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« Entropia »
A fusão nuclear (ou termonuclear) é, com a fissão, um dos dois principais tipos de reacções nucleares. Não confunda a fusão nuclear com a fusão no coração de um reactor nuclear, que é um acidente nuclear muito perigoso. A fusão nuclear é um processo no qual dois núcleos atómicos se associam para formar um núcleo mais pesado. A fusão de núcleos libera enormes quantidades de energia proveniente da atracção entre os nucleões (designação atribuída a um protão ou a um neutrão, ambos partículas existentes no núcleo atómico), devido à interacção forte (uma das quatro forças fundamentais). Esta reacção é produzida, naturalmente, no Sol e na maior parte das estrelas do Universo. Apesar da pesquisa realizada em todo o mundo desde a década de 1950, não existe nenhuma aplicação industrial da fusão na produção de energia, excepto, evidentemente, no campo militar com a bomba de hidrogénio, uma vez que uma tal aplicação não visa de maneira nenhuma a conter e dominar a reacção produzida. Existem alguns outros usos menos conhecidos, tais como geradores de neutrões usado em particular para a detecção de explosivos. O interesse da fusão nuclear é de, teoricamente, produzir muito mais energia (cerca de 3-4), do que a fissão, em massa igual de combustível. Além disso, os oceanos contêm deutério suficiente para permitir alimentar o planeta durante centenas de milénios. Ao contrário da fissão nuclear, os produtos de fusão não são radioactivos (principalmente do hélio-4), mas quando a reacção utilizada emite neutrões rápidos, estes podem transformar os núcleos, que os captam, em isótopos. Uma reacção de fusão nuclear requer que dois núcleos atómicos se interpenetrem. Para isso é preciso que os núcleos superem a repulsão devido às suas cargas eléctricas todas as duas positivas (barreira de Coulomb). Se aplicarmos unicamente as leis da mecânica clássica, a probabilidade de obter a fusão dos núcleos seria muito baixa devido à energia cinética (correspondente à agitação térmica) extremamente elevada necessária para atravessar a barreira. No entanto, a mecânica quântica prevê, o que se verifica na prática, que a barreira de Coulomb pode ser atravessada por túneis em energias mais baixas. (http://fr.wikipedia.org/wiki/Fusion_nucléaire).