Jacto Axial...................................................................................................................................................................................................................................................................Axial jet

Jet axial / Chorro axial / Axiale jet / 轴向射流 / Осевая струя / Getto assiale

Em geologia, um jacto ou fluxo axial ou é um escoamento de água característico duma corrente hipopicnal, que quando entra noutro corpo de água (por definição menos denso) se propaga em forma de cone com um determinado ângulo apical).

Ver: « Jacto Plano »
&
« Escoamento Laminar »
&
« Escoamento Turbulento »

Quando a densidade da corrente de um rio é inferior à densidade do corpo de água em que ele entra, como ilustrado neste esquema, o fluxo do rio é hipopicnal. Nestas condições, a água do rio escoa-se por cima da água da bacia de recepção, por um fluxo de jacto axial, depositando, gradualmente, as partículas argilosas para formar, em geral, um prodelta. As partículas de argila deixam de estar em suspensão por floculação, isto é elas aglutinam-se devido à relação da carga positiva-negativa criada pela água do mar. Situações deste tipo são muito comuns quando os rios entram no mar ou num lago salgado, uma vez que a grande densidade da água do mar, separa, facilmente, a carga basal da carga transportada em suspensão. O fluxo hipopicnal (flutuabilidade), que é muito frequente, quando o rio transporta, sobretudo, material, relativamente, fino em suspensão, é o responsável da formação da maior parte dos deltas. Lembremos que além do fluxo hipopicnal, existem também o fluxo hiperpicnal e homopicnal. Se a densidade da água do rio é maior do que a densidade da água de recepção, o fluxo do rio é hiperpicnal, quer isto dizer, que a água do rio mergulha para o fundo da bacia de recepção, como uma corrente de turbidez (ou turbidítica), com um fluxo de jacto planar na parte central e uma zona de mistura na parte externa. Se por acaso, a densidade da água do rio for, mais ou menos, igual à da água de recepção, o fluxo do rio é homopicnal e os sedimentos depositam-se formando um banco de desembocadura e, muitas vezes, um delta de tipo-Gilbert (sedimentos aluviais depositados directamente no mar ou num lago, quando a linha da costa está situada perto da linha de baía), em particular quando a corrente do rio transporta uma carga arenosa importante. Contudo: (i) A inércia da corrente do rio ; (ii) A maneira como o rio se mistura com a água da bacia de recepção ; (iii) A fricção da água do rio na desembocadura e bacia e (iii) A flutuabilidade da água do rio na desembocadura, têm também que ser tomadas em linha de conta, par compreender os sistemas de deposição induzidos pela descarga de um rio.

Jacto Plano...........................................................................................................................................................................................................................................................Planar jet

Jet planaire/ Chorro plano / Planar-Jet / 平面射流 / Плоская струя / Getto piatto

Em geologia, um jacto ou fluxo planar é um escoamento de água característico duma corrente hiperpicnal, a qual, quando entra noutro corpo de água (por definição mais denso) se propaga de maneira planar ao longo do fundo do corpo de água receptor.

Ver: «Jacto Axial»
&
« Escoamento Laminare »
&
« Escoamento Turbulento »

Quando um rio entra num corpo de água, como, por exemplo, num lago ou num oceano, o comportamento da corrente do rio e a maneira como os sedimentos que o rio transporta se depositam dependem da predominância relativa entre: (i) A inércia da corrente do rio e da maneira como o rio se mistura com a água da bacia de recepção ; (ii) A fricção da água do rio na desembocadura e bacia e (iii) A flutuabilidade na água do rio na desembocadura. Os factores que determinam o papel desempenhado por cada um destes processos são: (a) O contraste de densidade entre a água do rio e a água da bacia de recepção ; (b) A concentração e granulometria dos sedimentos transportados pelo rio, assim como, a relação entre o material transportado em suspensão e a carga total ; (c) A profundidade da água da bacia de recepção ; (d) A descarga da água do rio e (e) A velocidade de escoamento do rio. O factor mais importante é, provavelmente, a diferença de densidade entre a água do rio e da bacia de recepção. Como ilustrado nos dois esquemas inferiores desta figura, três situações são possíveis: (i) Se a densidade da água do rio é maior do que a densidade da água de recepção, o fluxo do rio é hiperpicnal, quer isto dizer, que a água do rio mergulha para o fundo da bacia de recepção, como uma corrente de turbidez (ou turbidítica), com um fluxo de jacto planar na parte central e uma zona de mistura na parte externa, como ilustrado no mapa e perfil AB, dos esquemas superiores ; (ii) Se a densidade da água do rio é menor do que a densidade da água de recepção, o fluxo do rio é hipopicnal e os sedimentos espalham-se à superfície da bacia de recepção e, gradualmente, depositam-se no fundo como um hemipelagito e (iii) se a densidade da água do rio é igual à da água de recepção, o fluxo do rio é homopicnal e os sedimentos depositam-se formando um banco de desembocadura. No modelo de deposição turbidítica de E. Mutti, em condições geológicas de nível alto (quando o nível do mar está mais alto do que o rebordo da bacia), a densidade da água dos rios (em períodos de cheia) tem que ser maior do que a água do mar.

Janela do Gás...................................................................................................................................................................................................................................Gas Window

Fenêtre de maturation à gaz / Ventana de gas / Gas-Fenster / 燃气窗口 / Главная зона газообразования / Finestra delle gas

Zona onde se forma o gás, em geral, onde a temperatura varia entre 110-120° e 200° C. Quando a temperatura das formações geológicas (e sobretudo da rocha-mãe) é superior a 110°, o que corresponde em média a 2% do PR (poder reflector da vitrinite), produzem-se certas rupturas nas ligações C-C do cerogénio restante e os hidrocarbonetos já formados. Com o aumento de temperatura, os hidrocarbonetos são cada vez mais ligeiros e representados, principalmente, por gases e, finalmente, por metano.

Ver: « Rocha-Mãe »
&
« Janela do Petróleo »
&
« Cerogénio »

Como o ilustrado neste diagrama, existem três processos geológicos na evolução da matéria orgânica em profundidade: (i) Diagénese, quer isto dizer, as mudanças ou transformações, químicas, físicas e biológicas, sofridas pelos sedimentos após a sua deposição, i.e., compactação, cimentação, autigénese, polimerização, adsorção, acção bacteriológica, etc. ; (ii) Catagénese, que inclui os processos pelo quais os cerogénios orgânicos se transformam em hidrocarbonetos, primeiro petróleo e depois gás e (iii) Metagénese, que engloba os processos pelos quais a relação H:C diminui, com formação de metano, até que o carbono fica sob a forma de grafite. Para certos geocientistas, na metagénese não há mais formação de hidrocarbonetos, o que quer dizer, que o C é presente, unicamente, como grafite. Em associação com estes processos três janelas de formação de hidrocarbonetos podem ser definidas: (a) Janela do Cerogénio, que está localizada dentro da zona de diagénese, até, mais ou menos, 60° C de temperatura e caracterizada por um índex de reflectância da vitrinite de cerca de 0,5 ; (b) Janela do Petróleo, que se localiza dentro da zona de catagénese e que é caracterizada por uma temperatura, mais ou menos, entre 60° e 120° C e um índex de reflectância da vitrinite entre 0,5 e 1,2 e (c) Janela do Gás, que é localizada, na parte inferior da zona de catagénese e superior da zona de metagénese e que é caracterizada por uma temperatura superior a 120° C e um índex de reflectância da vitrinite maior que 1,2. Na janela do cerogénio, pode considerar-se uma zona de gás biogénico (metano), visto que, sob a à acção de micróbios anaeróbicos, a matéria orgânica se decompõe em gás, geralmente, metano.

Janela de Maturação.....................................................................................................................................................................................................Oil Window

Fenêtre de maturation à huile/ Ventana de maduración / Reifung-Fenster / 成熟的窗口 / Зона преобразованности нефтей / Finestra di maturazione

Profundidade à qual ocorrem os processos de transformação do cerogénio em petróleo, isto é, mais ou menos, entre 1,6-2,1 e 4,0-4,5 km. A estas profundidades as rochas-mães geram petróleo, enquanto que a profundidades superiores ela geram gás. A profundidade não é único factor para a evolução do cerogénio em hidrocarbonetos. O tempo geológico tem que ter tomado em linha de conta. A maturação da matéria orgânica das rochas-mães potenciais depende de dois T : (i) Temperatura, isto é, amplitude do enterramento e (ii) Tempo, uma vez que maior é o tempo de aquecimento menos energia calorífica é necessária para que a matéria orgânica gere hidrocarbonetos.

Ver: « Janela do Petróleo »
&
« Janela do Gás »
&
« Cerogénio »

Nas bacias sedimentares em extensão, as quais são caracterizadas por um alargamento dos sedimentos por falhas normais, todos os intervalos depositados são, mais ou menos, preservados. Ao contrário, nas bacias em compressão, caracterizadas por um encurtamento e levantamento dos sedimentos por dobras (anticlinais e sinclinais) e falhas inversas), muitos intervalos depositados são erodidos pelos agentes de erosão (água, vento, gelo, etc.). Nas bacias em extensão, como a ilustrada nesta linha sísmica, a ausência de um levantamento importante (não há reajustamento isostático), permite uma predição da janela de maturação da matéria orgânica das rochas-mãe potenciais (à condição que o interpretador seja capaz de localizar as rochas-mãe nas linhas sísmicas, o que não é muito difícil). Nas margens divergentes do tipo-Atlântico, que correspondem ao ciclo de invasão continental pós-Pangéia, as rochas-mães marinhas, mais prováveis, estão associadas com a interface entre a fase transgressiva (caracterizada por uma configuração dos reflectores, mais ou menos, paralela, mas retrogradante) e a regressiva sobrejacente (caracterizada por uma configuração dos reflectores progradante quer por progradações sigmóides ou oblíquas). Neste exemplo, a superfície da base das progradações da fase regressiva (geometria progradante), corresponde ao horizonte RM (superior), ao longo do qual se depositaram, provavelmente, as rocha-mães marinhas potenciais. Uma vez que elas estão, mais ou menos, localizadas, é fácil de predizer que a matéria orgânica dessas rochas-mães, atingiu a zona de maturação na parte Oeste da linha sísmica onde elas foram estão, suficientemente, enterradas, mas não no sector Este.

Janela do Petróleo................................................................................................................................................................................................................Oil Window

Fenêtre à huile / Ventana de petróleo / Öl-Fenster / 油窗 / Главная зона нефтеобразования / Finestra delle olio

Zona de formação do petróleo. Esta zona localiza-se a uma profundidade onde a temperatura varia entre 50 e 120-150° C e, sobretudo, a partir de uma centena de graus, onde as transformações do cerogénio em hidrocarbonetos e, em particular as fracções C15 - C40, são as mais importantes. Esta zona de formação e conservação dos hidrocarbonetos líquidos é caracterizada por indícios orgânicos e dependente do tempo e natureza do cerogénio.

Ver: « Rocha-Mãe »
&
« Janela do Gás »
&
« Cerogénio »

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Tailândia, o qual corresponde a uma bacia interna ao arco (vulcânico), está marcada a mais provável janela do petróleo, a qual é limitada entre os valores 0,6 e 1,2 da reflectância da vitrinite. Os sedimentos ricos em matéria orgânica foram enterrados a uma profundidade tal, que a matéria orgânica foi, provavelmente, transformada em petróleo. Como ilustrado na figura, os hidrocarbonetos produzidos nos dois campos petrolíferos, atravessados por esta linha sísmica, são uma mistura de petróleo e condensado. Desta maneira, é, provável, que a matéria orgânica das rochas-mães potenciais seja do tipo III, isto é, húmica e com um cerogénio caracterizado por uma relação H:C inferior a 0,84, produzida a partir da lignina das plantas que crescem em terra firme. Neste tipo de bacia sedimentar (bacia interna ao arco), as rochas-mães convencionais são argilitos lacustres que se depositaram nas bacias do tipo rifte (fase inicial ou de rifting) que, naturalmente, estão muito mais enterradas que os argilitos da fase cratónica. Por outras palavras, não se pode excluir que uma parte do petróleo produzido nestes campos tenha sido gerado nas bacias profundas do tipo-rifte (hemigrabens) e que ele tenha migrado verticalmente, ao longo das falhas normais, para as rochas-reservatório das armadilhas morfológicas por justaposição. As falhas normais da fase de rifting foram, ligeiramente, reactivadas em falhas inversas por um regime tectónico compressivo, relativamente, recente e que a grande maioria das armadilhas dos jazigos (não confunda jazigo com campo petrolífero) são morfológicas por justaposição e não estruturais. Elas não têm fecho próprio (em todas as direcções), o qual, pelo menos o fecho lateral, é feito pela justaposição de rochas impermeáveis às rochas-reservatório.

Jazigo (hidrocarbonetos)......................................................................................................................................................................................................................................Oil Pool

Gisement (hydrocarbures) / Yacimiento (de hidrocarburos) / Öl-Schwimmbad / 油池 / Месторождение (залежь) / Accumulazione di olio

Uma acumulação subterrânea de hidrocarbonetos. Um campo de petróleo pode conter um ou vários jazigos de petróleo em rochas-reservatórios distintas dentro de uma mesma armadilha quer ela seja estrutural ou não.

Ver: «Armadilha (gás ou petróleo) »
&
« Hidrocarboneto »
&
« Reservas »

É importante não confundir um campo petrolífero, que pode ser de petróleo, gás, condensado ou de uma mistura entre eles, com um jazigo. Um campo petrolífero pode ser formado por um só jazigo, mas, em geral, ele é constituído por vários jazigos, sobretudo quando o campo petrolífero é importante. Um jazigo é definido por uma determinada rocha-reservatório, quer ela seja um arenito ou calcário e uma armadilha, quer ela seja estrutural, morfológica (por justaposição ou não) ou estratigráfica. Se num campo petrolífero existirem diferentes armadilhas, o que é muito frequente, necessariamente, existem diferentes jazigos. No exemplo ilustrado nesta figura, reconhecem-se, facilmente, dois campos petrolíferos do onshore do Texas (EUA): (i) Campo de Porto Acres e (ii) Campo de Porto Artur. O primeiro é constituído por dois jazigos nos quais o petróleo está retido em duas armadilhas estratigráficas, uma vez que a extensão das rochas-reservatório (lentilhas de areia) é limitada. No campo de Porto Artur que, convencionalmente, é considerado, por muitos geocientistas, como um campo estrutural, é constituído por oito jazigos. Todas as rochas-reservatório são do mesmo tipo (arenitos pouco consolidados). Os jazigos estão associados a três tipos de armadilhas diferentes. As duas primeiras (a partir do topo) são, tipicamente, estratigráficas (as rochas-reservatórios terminam por biselamento). A armadilha inferior é morfológica por justaposição, uma vez que o fecho lateral é feito pelos argilitos do bloco falhado superior (uma falha nunca retém os hidrocarbonetos) e as cinco intermediárias são, digamos, "estruturais", uma vez que elas têm um fecho próprio (a rocha-reservatório inclina em quatro direcções opostas). Estas armadilhas "estruturais" são antiformas associados a um regime tectónico extensivo (σ1 vertical) o qual alargou, os sedimentos. Com efeito, no ápice dos antiformes existem pequenas falhas normais (que alargam os sedimentos), que não podem ser desenhadas a esta escala, uma vez que nas linhas sísmicas, elas estão debaixo da resolução sísmica.

Jurássico.............................................................................................................................................................................................................................................................................Jurassic

Jurassique / Jurásico / Jura (Geologie) / 侏罗纪 / Юрский период / Giurassico

Período geológico que se estende de, mais ou menos, 199 Ma (milhões de anos atrás) até cerca de 145 Ma, isto é, desde o fim do Triásico até ao começo do Cretácico. O Jurássico é o período médio da Era Mesozóica e é conhecido, muitas vezes, como “Idade dos Dinossauros”.

Ver: « Cenozóico »
&
« Tempo Geológico »
&
« Escala do Tempo (geológico) »

As condições climáticas áridas e continentais do Triásico desapareceram, rapidamente, durante o Jurássico. O clima quente e húmido permitiu o desenvolvimento de florestas, onde as coníferas de folha persistente, como as Araucariáceas, Pináceas, Podocarpáceas, Taxáceas, etc. eram dominantes, embora, as Cicádeas fossem também comuns. Tais condições permitiram aos grandes répteis arcossauros (crocodilos e dinossauros) de permaneceram dominantes. Foi a idade de ouro dos grandes saurópodos: Camarasauros, Apatossauros, Diplodocus, Brachiossauros e muitos outros, os quais vagabundaram nas diferentes pradarias em função das suas adaptações. Eles eram atacados pelos grandes Terópodos como, por exemplo, os Ceratosauros, Magalosauros, Torvossauros e Allossauros, que pertenciam todos ao subgrupo dos dinossauros lagartos ("saurischian"). Durante o Jurássico Tardio, apareceram as primeiras aves que parece ter sido derivadas dos pequenos dinossauros coelurosaurros (carnívoros). Os dinossauros do grupo "ornithischian" eram menos predominantes que os dinossauros do grupo "saurischian", embora, alguns deles, como, por exemplo, os Stegossauros e Ornitópodos tenham jogado um pape,l importante, como herbívoros de tamanho pequeno a médio (mais pequenos que os Saurópodos). Os Pterossauros eram muito comuns e desempenhavam o mesmo papel que as aves desempenham, actualmente, no céu. Os peixes e répteis marinhos foram os primeiros vertebrados a aparecerem. Mais tarde, apareceram os Ictiossauros, Plesiossauros e os crocodilos marinhos da família dos Teleosaurideos e Metriorhinchidos. No mundo dos invertebrados, vários grupos novos apareceram, incluindo os rudistas e belemnites, ao mesmo tempo que se desenvolveram muitas comunidades incrustadoras e perfuradoras (sclerobiontes), o que, provavelmente, aumentou a bioerosão das conchas carbonatada e superfícies endurecidas. Nesta período, o icnogénero (traço fóssil) Gastrochaenolites é particularmente comum.

 


Envie E-mails para carloscramez@gmail.com ou para carlos.cramez@bluewin.ch com comentários e sugestões para melhorar este thesaurus.
Copyright © 2009 CCramez, Switzerland
Ultima actualização : Febreiro, 2015