Kaimu..........................................................................................................................................................................................................................................................................................Kaimoo

Kaimoo / Kaimu / Kaimoo (Eis und Sedimente) / Kaimoo(冰和沉积物) / Лёд и донные отложения / Kaimoo (ghiaccio e nei sedimenti)

Plataforma ou terraço constituído por camadas alternadas de gelo e sedimentos, que se forma nas praias árcticas e antárcticas, durante o Outono e Inverno, quando a praia não é atingida pelas ondas (Moreira, 1984).

Ver: « Plataforma »
&
« Permafroste »
&
« Teoria Astronómica dos Paleoclimas »

Nas costas baixas do Alasca, o kaimu forma um pequeno terraço litoral, na parte superior da costa, a qual é composta de gelo intercalado com sedimentos. O kaimu forma-se no Outono, antes da cobertura de gelo, sob a acção de quebra das ondas que projecta a água e os sedimentos sobre a margem superior da costa. Nas regiões onde existe, unicamente, mar aberto durante por 1-2 meses por ano, a proximidade do gelo permanente limita de maneira drástica o varrido (extensão da superfície do oceano sobre a qual o vento sopra durante um certo tempo até gerar uma onda ou um sistema de ondas) e, consequentemente, a magnitude da acção das ondas. Uma outra constrição ao efeito da acção das ondas é a presença de uma estreita faixa de gelo congelado até à costa que não é afectada pelo movimento das marés. Esta franja estreita do gelo ligada à terra é chamada sopé do gelo ("ice foot" em inglês). Ela é composta de gelo do mar, neve congelada e salsugem congelada. Nos regimes sem marés, uma camada de água gelada misturada com sedimentos forma o kaimu. Do ponto de vista geológico, o sopé de gelo e o kaimu são muito importantes na medida em que também protegem as praias de qualquer acção da ondas que possa existir. As praias polares são muito pouco desenvolvidas e estreitas. Estes processos (juntamente com os limites de idade e resolução) podem ajudar a explicar porque é que as antigas linhas da costa, em Março, por exemplo, são difíceis de discernir. Nestas áreas, o relevo mais característico produzido pela cobertura de gelo dos lagos são as chamadas dorsais empurradas. Estas formas constituem discretas muralhas de pedregulhos e sedimentos empurrados uns por cima dos outros ao longo das margens dos lagos e mares. As linhas da costa são, geralmente, construídas com essas muralhas que definem a borda interna da costa. Estas dorsais têm, geralmente, um manto heterogéneo e fino de pedras, seixos, areia e cascalho, que cobre um núcleo de gelo, que mais tarde ou mais cedo se derrete deixa para trás o material sedimentar na sob a forma de sulcos irregulares e descontínuos. O núcleo de gelo pode persistir anos se ele é suficientemente isolado, pelo manto sedimentar.

Kame....................................................................................................................................................................................................................................................................................................Kame

Kame / Kame / Kame / 冰砾阜 / Кам / Kame

Monte baixo ou cume irregular, curto, isolado ou não, formado de areia ou cascalho estratificado e depositado por uma corrente subglaciar como um preenchimento de uma cavidade do glaciar ou delta na margem de um glaciar em fusão.

Ver: « Glaciar »
&
« Delta »
&
« Cascalho »

Quando um glaciar (massa de gelo, formada pela recristalização da neve, que se escoa costa abaixo) começa a fundir, as correntes transportam sedimentos para os lagos ou cavidades que se formam no glaciar e podem formar kames no topo dos glaciares. Quando o glaciar funde, completamente, como é o caso ilustrado na fotografia desta figura, os depósitos colapsam para a superfície do terreno criando uma topografia invertida típica de montículos e depressões (como quando o preenchimento arenoso de um canal é invertido por compactação diferencial). Contrariamente aos drumlins (a montante do lago no bloco diagrama da direita), que são as colinas, mais ou menos, perfiladas, compostas, em grande parte, por tilo (sedimentos não trabalhados e não estratificados, que não são reactivados pelas águas de fusão e que se depositam directamente na frente ou sob um glaciar) e orientadas na direcção segundo a qual o glaciar se deslocou, os kames têm uma forma, mais ou menos, irregular. Os kames são compostos por depósitos estratificados e não por tilo. Os kames estão, quase sempre, associados com gelo estagnante, no qual a fusão produz grandes cavidades, as quais são preenchidas por areias e cascalho de escorrência. Quando as paredes de gelo das cavidades fundem, uma forma irregular, em montículo, substitui o preenchimento canalizante da cavidade inicial. Um terraço de kame é formado de areia e cascalho estratificados depositados entre os resíduos do glaciar e as paredes do vale glaciar. Quando o glaciar desaparece, o depósito permanece como um terraço ao longo de um lado do vale. Estes terraços podem ser deformados quando as paredes de gelo colapsam ou quando o glaciar engrossa (avança). Como ilustrado na fotografia, na parte esquerda da figura, os eskers (longas e estreitas rides de areia e cascalho, mais ou menos, estratificados e depositados por uma corrente subglaciária quando o gelo começa a fundir) ocorrem por vezes entre os kames, como preenchimentos de canais de água de fusão, junto das margens dos glaciares onde há um grande volume de detritos e água de fusão.

Karst (carso).......................................................................................................................................................................................................................................................................................................Karst

Érosion du calcaire (karst) / Carst, Karst/ Karst / 喀斯特地形 / Карст / Carsismo

Processo morfológico que afecta as áreas de rochas calcárias, caracterizado pela dissolução do carbonato de cálcio e pelo seu transporte sob a forma de bicarbonato, o que cria uma topografia superficial, mais ou menos, caótica. Sinónimo de Carso.

Ver: « Calcário »
&
« Carso »
&
« Lápias »

O karst, que também é conhecido como relevo cárstico ou sistema cárstico, é um tipo de relevo geológico caracterizado pela dissolução química (corrosão) das rochas, que leva ao aparecimento de uma série de características físicas, tais como cavernas, dolinas, vales secos, vales cegos, cones cársticos, rios subterrâneos, canhões fluviocársicos, paredões rochosos expostos e lapiás. O relevo cárstico ocorre, predominantemente, em terrenos constituídos de rocha calcária, mas também pode ocorrer em outros tipos de rochas carbonáticas, como o mármore e rochas dolomíticas. O processo de carsificação ou dissolução química inicia-se pela combinação da água da chuva ou de rios superficiais com o dióxido de carbono (CO2) proveniente da atmosfera ou do solo (raízes da vegetação e matéria orgânica em decomposição). O resultado é uma solução de ácido carbónico (H2CO3), ou água ácida: H2O + CO2 → H2CO3. Este tipo de paisagem ocorre, principalmente, em regiões com pluviosidade elevada, que garante um fluxo de água suficiente para dissolver grandes porções de rocha. Também é importante a presença de vegetação para garantir que a água penetre no solo e não seja perdida para a atmosfera. Regiões cársticas possuem muito poucas águas superficiais, uma vez que a água da chuva é, rapidamente, absorvida pelo solo e se acumula na zona freática. Ao passar pelas fissuras a água corrói o carbonato de cálcio (CaCO3) ou outros sais constituintes da rocha, como sulfato de cálcio ou carbonato de magnésio. No caso da calcite, composta basicamente de carbonato de cálcio, o resultante dessa reacção é uma solução de bicarbonato de cálcio: CaCO3 + H2CO3 → Ca(HCO3)2. Os sais removidos da rocha são carregados pela água em direcção às camadas geológicas mais baixas. Ao atingir a zona freática, a água pode correr em rios subterrâneos abrindo cavidades na rocha, principalmente por erosão química, mas também pode ocorrer erosão mecânica em zonas vadosas (acima do lençol freático). Os sais podem se sedimentar em camadas geológicas inferiores ou serem arrastados para fora através de nascentes ou ressurgências. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Carste).

Kvenvoldenite .................................................................................................................................................................................................................................Kvenvoldenite

Kvenvoldenite / Kvenvoldenite / Kvenvoldenite (Methanhydrat) / 水合物(kvenvoldenite) / Гидрат метана / Kvenvoldenite (Idrato di metano)

Nome dado ao hidrato de metano por certos geocientistas, que consideram, que ele tem as características de um mineral (substância natural com uma estrutura cristalina definida) que contém quatro moléculas de metano e vinte e três de água (Kvenvolden, 1993). Sinónimo de Gás de Clatratos.

Ver: « Metano »
&
« Gás de Clatratos »
&
« Gás Não-Convencional »

Numa época em que, provavelmente, metade das reservas provadas do petróleo foram já produzidas, certos jornalistas e mesmo certos homens de ciência avançam os hidratos de metano como o combustível do futuro, uma vez que as estimações dos recursos de gás nos hidratos de metano são da ordem de 100 000 Tcf. Certos optimistas afirmam mesmo: " Eu penso que eventualmente as companhias de hidratos metano vão substituir as companhias de petróleo" (Sassen, 1998). Um tal sonho está muito longe de ser realizado, como o afirmam diversos geocientistas : (i) "Para produzir hidratos é necessário primeiro encontrar um depósito concentrado e depois utilizar energia térmica e energia de depressurização ou solventes para libertar o gás" (Laherrere, 2000) ; (ii) "Muitos na industria pensam que as estimações de metano nos hidratos de metano, avançadas, recentemente, nas margens divergentes, são, extremamente, exageradas e além disso, como o hidrato de metano está sobretudo disperso e não concentrado, ele será muito difícil de recuperar e muito caro" (Haq, 1998) ; (iii) "É provável que muito do hidrato ocorre em baixas concentrações sem potencial comercial" (Mielke, 1999) ; (iv) "Hidratos ocorrem em baixa concentração e não têm nenhum valor comercial" (testemunho de Chevron perante a Comissão do Senado dos EUA, em 1999) ; (v) "A falta de um modelo geológico, geofísico e petrofísico torna muito difícil determinar a distribuição vertical e lateral dos depósitos de gás hidrato, assim como o volume potencial retido nas armadilhas" (Shell Gas Hydrate Team, 1999) ; (vi) "É errado comparar reservas e recursos (volume no sitio), especialmente quando aos recursos não são o volume de acumulações, mas de uma dispersão nos sedimentos" (Laherrere, 2000) ; (vii) "Os valores determinados por Kvenvolden são exagerados, uma vez que os hidratos são descontínuos quer horizontal quer verticalmente" (Ginsburg, 1998). Por outras palavras, não é, certamente, num futuro próximo que as companhias de petrolíferas serão substituídas por companhias de hidratos de metano.


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Ultima actualização : Febreiro, 2015