Lacuna.....................................................................................................................................................................................................................................................................................Diastem
Lacune / Lacuna / Diastem (Kleine Hiatus) / Diastem (小间隙) / Углубление, впадина / Diastem (piccolo iato)
Interrupção, relativamente, curta da sedimentação durante um intervalo tempo com quase nenhuma erosão antes que a deposição recomece. Sinónimo de Diastema.
Ver: « Hiatos »
&
« Deposição (carbonatos) »
&
« Integralidade Sedimentar »
Os sedimentos clásticos depositam-se em camadas, devido à tendência que a água e o vento têm de espalhar sedimentos do mesmo tipo em horizontes, relativamente, finos, sobre uma grande extensão, durante condições ambientais, mais ou menos, constantes. Uma lacuna ou diastema é uma interrupção no registro estratigráfico, que pode ser o resultado de uma erosão local ou de um intervalo sem-deposição e que representa um pequeno intervalo de tempo geológico. As interrupções por sem-deposição ocorrem com mais frequência dentro de determinados ambientes sedimentares do que em associação com mudanças de ambiente. Um período de sem-deposição pode ser o resultado de uma turbulência excessiva num determinado ambiente ou de uma deficiência de acarreio sedimentar. As descontinuidades na sedimentação ocorrem a todas as escalas. As interrupções pequenas (segundos a dias) estão associadas com a migração das camadas, variações das ondas do mar ou energia das correntes, assim, como, por exemplo, com os ciclos de maré. Os depósitos associados com as variações das estações formam-se durante as inundações, tempestades, ciclones, etc., e podem ocorrer numa escala de décadas a centenas de anos. Nos ambientes sedimentares profundos, o depósito das camadas turbidíticas é considerado como, geologicamente, instantâneo (horas), enquanto que o tempo de depósito dos horizontes pelágicos, que existem entre elas (em geral pouco espessos), pode ser de centenas de milhares ou mesmo milhões de anos. Nunca esqueça que : (i) Todas as superfícies de estratificação, como, por exemplo, as ilustradas nesta figura representam um pequeno tempo de interrupção ou hiato ; (ii) Se o hiato for, suficientemente, grande, a superfície corresponde a uma discordância (limite de um ciclo-estratigráfico) ; (iii) A idade de uma discordância corresponde ao hiato mínimo ; (iv) As superfícies de estratificação podem ter um hiato diferente de um lugar para outro ; (v) As superfícies de estratificação têm sempre uma pequena unidade de tempo que é comum a toda a superfície ; (vi) O conceito de superfície de estratificação é inteiramente dependente da escala tempo e das rochas consideradas.
Lago............................................................................................................................................................................................................................................................................................................Lake
Lac / Lago / Lake / 湖 / Озеро / Lago
Termo lago que vem do Latim "lacus", o qual é dado a um corpo ou massa de água, mais ou menos, estagnada, cujas dimensões são superiores às de uma lagoa (entre 20 000 e 80 000 m 2) ou às de qualquer outra massa de água terrestre não significativa.
Ve : « Rio »
&
« Lago de Meandro »
&
« Rocha-Mãe Lacustre »
Existem diferentes tipos de lagos: (i) Periglaciares, quando um glaciar, parede de gelo ou calote glaciar faz parte das margem dos lagos, isto é, quando o gelo faz obstrução à drenagem natural ; (ii) Subglaciares, quando os lagos estão, permanentemente, cobertos de gelo ; (iii) Glaciares, quando os lagos resultam da fusão de um glaciar, como os ilustrados nesta fotografia da região de Neuchâtel (limite Este do Jura suíço), nas margens do qual se formaram magníficos deltas sob a influência das ondas, como, por exemplo, o delta de Areuse, ilustrado mais em detalhe no canto inferior direita da figura ; (iv) Artificiais, quando os lagos são criados por uma inundação atrás de uma represa, escavação humana, etc. ; (v) Terminais, quando os lagos não têm nenhuma saída, quer por rios ou difusão subterrânea ; (vi) Meromíticos, quando as diferentes camadas de água, que os constituem, não se misturam (em geral, as camadas mais profundas não contém nenhum oxigénio em dissolução) ; (vii) Eólicos, são os lagos que se formam numa depressão criada pelo vento (preenchimento de água de uma bacia de deflação) ; (viii) De Meandro Abandonado, quando os lagos se formam num antigo meandro que foi abandonado devido a um atalho de meandro ; (ix) Reduzido, quando as dimensões se reduzem com o tempo ; (x) Subterrâneos, quando os lagos se formam debaixo da superfície terrestre, em associação com caves, grutas, aquíferos, nascentes, etc .; (xi) De Cratera, quando os lagos se formam nas caldeira vulcânicas, desde que um vulcão deixou de estar activo ; (xii) De Lava, lagos de lava derretida contida numa cratera vulcânica ou qualquer outra depressão ; (xiii) Pré-existentes, lagos que não existem mais e, muitos dos quais, desapareceram por evaporação ou intervenção do homem ; (xiv) De Estação, lagos que existem como uma massa de água unicamente durante uma parte do ano ; (xv) De Rifte, quando os lagos se formam numa área de forte subsidência associada à ruptura da litosfera ; (xvi) De Fiordes, quando eles se formam num vale glaciar que foi erodido mais baixo que o nível do mar, etc.
Lago de Canal Abandonado.........................................................................................................................................................................Oxbow Lake
Lac de chenal abandonné / Lago de canal abandonado / Altwasser (Fluss) / 河迹湖 / Пойменное озеро / Lanca
Lago num meandro ou canal abandonado formado por transbordo da água durante uma cheia ou por oscilação (exagero da curvatura do meandro). Sinónimo de Lago de Meandro.
Ver: « Meandro »
&
« Barra de Meandro (fóssil) »
&
« Tampão Argiloso »
Nesta fotografia os lagos de canal abandonado ou lagos de meandro associados com o rio Yukon são perfeitamente visíveis e, provavelmente, a maior parte deles foram produzidos por oscilação, isto é, por exageração da curvatura, a qual faz desaparecer o pedúnculo do meandro (base do meandro) e cria um trajecto do rio muito mais curto, do que por transbordo. Ao longo de um rio, nem todas as sinuosidades se exageram, uma vez que há secções sem meandros. Para que um meandro se forme é necessário que exista um estado de equilíbrio entre a inclinação, escoamento, carga e a resistência das margens. Quando se trata de um meandro de planície aluvial, como é, o caso do exemplo ilustrado nesta figura, as margens são encaixadas em aluviões. Ao contrário, quando se trata de um meandro de vale (meandro encaixado), as partes côncavas da margem, durante a evolução do meandro, são talhadas na rocha e, neste caso, é a resistência desta que é tomada em linha de conta. Como a maior parte das rochas são mais resistentes que os aluviões, os meandro de vale têm inclinações relativamente mais fortes. Durante muito tempo, os geocientistas pensavam que os meandros se formavam quando a inclinação era muito fraca, isto é, quando a corrente estava já quase no fim da sua evolução e era incapaz de escavar. Por isso, ela começava a depositar os sedimentos e, pouco a pouco, o leito do rio preenchia-se. Contudo, e em primeiro lugar, em fim de evolução, um rio não tende, necessariamente, a se preencher. Em segundo lugar não se pode considerar um meandro como o resultado da impotência de um rio, uma vez que ele é uma forma de escavação ou de equilíbrio. Um rio muito carregado não meandra, mas bifurca-se ou divide-se em vários canais. Finalmente, pode dizer-se, que um meandro é o resultado de um estado de equilíbrio entre a força do rio e a resistência da rocha encaixante. Se as margens forem pouco resistentes, a evolução do meandro fará cair no rio uma grande quantidade de material, que paralisa o rio junto às margens, e a corrente voltará ao leito aparente. Se as margens são muito resistentes, o rio não poderá escavar de maneira significativa.
Lago de Meandro, Lago de meandro abandonado..............................................................................................................................................Oxbow lake
Lac de méandre / Lago de meandro / Altwasser (Fluss) / 河迹湖 / Меандровое озеро / Lanca (lago)
Lago formado num meandro abandonado quer este seja da planície aluvial ou de vale (meandro encaixado). Sinónimo de Lago de Canal Abandonado.
Ver: « Meandre »
&
« Barra de Meandro (modelo) »
&
« Tampão Argiloso »
Um meandro, quer ele seja encaixado (ou meandro de vale, isto é, quando o rio e o vale ziguezagueiam ao mesmo tempo) ou de planície aluvial, tem sempre tendência a acentuar-se. A corrente principal é desviada para o lado exterior do meandro, quer isto dizer, que ela aproxima-se da margem côncava (quando observada a partir do canal de escoamento). Numa série de meandros, a corrente aproxima-se da margem direita e esquerda, descrevendo curvas maiores que as do eixo do leito do rio aparente e tende a exagerar as curvas, uma vez que onde a velocidade é máxima onde a erosão é mais forte. A margem côncava é mais erodida do que a margem convexa, na qual a corrente é muito mais lenta e, assim, abandona a sua carga começando a construir uma barra de meandro, o que acentua a curvatura. Num meandro, há erosão e deposição ao mesmo tempo. Por isso, em termos de estratigrafia sequencial não se pode falar de discordância (descida relativa do nível do mar). Por este processo a margem côncava torna abrupta, enquanto que na margem convexa, que é mais baixa, se depositam os sedimentos. À força de se acentuarem, dois meandros vizinhos podem recortar-se de duas maneiras diferentes: (i) Por Transbordo, isto é, quando durante uma cheia, toda a planície é inundada e que a corrente toma um trajecto rectilíneo mais curto em vez de utilizar o meandro (este processo é, evidentemente, impossível nos meandros encaixados ou meandros de vale) e (ii) Por Oscilação ou Contacto, quando o exagero da curvatura faz desaparecer o pedúnculo (base do meandro), transformado o antigo meandro em um canal abandonado, no qual se forma, por vezes, um lago como os ilustrados nesta fotografia (Rio Madre de Dios, SE do Peru). Este último processo põe em contacto dois pontos do curso do rio, que antes se encontravam a uma certa distância e a níveis diferentes. Assim pode criar-se uma queda de água que se pode manter durante um certo tempo se a rocha encaixante for, relativamente, dura. Ao mesmo tempo que os meandros se exageram, eles migram para jusante, o que, com o tempo, pode transformar meandros encaixados em falsos meandro de planície aluvial.
Lago Próglaciar......................................................................................................................................................................................................................Proglacial Lake
Lac proglaciaire / Lago proglaciar / Eisstausee / Proglacial湖 / Прогляциальное озеро / Lago proglaciale
Quando a represa do lago é formada por uma moreia ou pelo gelo de um glaciar em fase de adelgaçamento (retogradação). Lago formado pela água de fusão retida contra uma calote glaciária devido a depressão isostática da crusta criada à volta do gelo.
Ver: « Lago »
&
« Glaciar »
&
« Ambientes de Deposição »
No fim da última "Idade Glaciar" (período de tempo geológico durante o qual uma prolongada descida da temperatura da superfície e atmosfera da Terra provoca a expansão das calotes glaciares e glaciares), isto é, mais ou menos, 10 000 anos atrás, uma grande quantidade de lagos próglaciares formaram-se no hemisfério norte. Mesmo actualmente, em associação com o adelgaçamento (recuo par certos geocientistas) dos glaciares induzido pelo fim da Pequena Idade Glaciar (século XVI até ao meio do século XIX), formam-se lagos próglaciares, como o ilustrado nesta fotografia (tirada em 1987, isto é antes do chamado aquecimento global que teria começado segundo certos geocientistas em 1990). Com efeito, durante os anos 30 do século passado, o rápido adelgaçamento do glaciar de Nigardsbreen, na Noruega, pôs a descoberto uma depressão rochosa a qual foi preenchida pela água de fusão do glaciar criando um lago proglaciar. A moreia lateral de uma antiga fase de adelgaçamento do glaciar é visível acima do lago (canto direito da fotografia). Não obstante a presença de numerosos lagos próglaciares na Europa, como: (i) Lago Komi ; (ii) Lago Báltico ; (iii) Lago Ancylus ; (iv) Lago Harrison ; (v) Lago Lapworth ; (vi) Lago Orcadian ; (vii) Lago Pickerin ; (viii) Lago Gjende e (ix) Os Sistema de Lagos Endorreicos (bacia de drenagem fechada que retém a água e não permite nenhuma saída para outros corpos de água quer eles sejam rios ou oceanos) do Ebro e do Douro, na maior parte dos casos, os lagos próglaciares associados com a idade glaciar Quaternária, pouco a pouco, evaporaram-se e desapareceram durante o intervalo de tempo quente que seguiu esta idade glaciar. As águas próglaciares, que formam um lago próglaciar, compreendem não, unicamente, as águas de fusão do glaciar, mas também a água da chuva que caiu nas regiões circunvizinhas. As águas de fusão do glaciar escoam-se ao longo de correntes, mais ou menos, importantes, que contornam a frente do glaciar. São precisos cerca de 50 a 100 ky para fazer uma idade glaciar e, unicamente, cerca de 10 ky para a destruir.
Lago Temporário.......................................................................................................................................................................................................................................Laguna
Lac temporaire / Lago temporario / Temporäre See / 临时湖 / Временное озеро / Lago temporaneo
Lago baixo e efémero, em geral, associado a ambientes desérticos e que é alimentado, quase exclusivamente, por correntes formadas, unicamente, durante as tempestades com fortes chuvas.
Ve : « Lago »
&
« Lago de Meandro »
&
« Lago Próglaciar »
De maneira geral, os corpos de água, que se encontra nos continentes constituem uma pequena parte da quantidade de água total da biosfera. Os oceanos contém cerca de 97% da água da biosfera. A soma da água das calotas glaciares, lagos, rios, vapor de água e água subterrânea, representa, unicamente, cerca de 3%. Menos de 1% da água existe sob a forma de água livre continental (água dos rios e lagos), também chamada água interior. Não obstante esta pequena quantidade, a água interior é um elemento essencial para a biosfera. Ela ocorre em formas muito variadas e é utilizada por uma grande variedade de comunidades biológicas muito diferentes das comunidades marinhas e dos ecosistemas terrestres. Naturalmente, a água interior, que se forma a partir da água dos oceanos, principalmente, por evaporação, pode ser: (i) Lótica, isto é, que se escoa e (ii) Lêntica, quer isto dizer, que não se escoa e que é, mais ou menos, estacionária. Como exemplos do primeiro tipo podemos citar a água dos rios, ribeiros, riachos, etc., e do segundo, a água das lagoas, pântanos, lagos, lagos temporários, etc. No exemplo ilustrado nesta fotografia, a água deste lago temporário, o qual é alimentado, exclusivamente, por correntes efémeras formadas durante as tempestades de chuva, é lêntica. De qualquer maneira, ambos os tipos de água (lótica e lêntica) estão relacionados a três tipos de sistemas de drenagem: (a) Exorreico, quando o sistema de drenagem é aberto e transporta para o oceano, as águas interiores o via os rios e lagos ; (b) Endorreico, quando o sistema de drenagem é fechado e as águas interiores se concentram em corpos de água lêntica (permanentes ou temporários) de onde elas se evaporam e (c) Arreico, quando o sistema de drenagem não tem direcção dominante, com quedas de água utilizadas pelas correntes de água interior, quer, em geral, são provisórias. Nas áreas de drenagem arréica, à parte os rios alógenos (que nascem fora da área) e as áreas alimentadas por água subterrânea, a maioria dos corpos de água são temporários.
Laguna......................................................................................................................................................................................................................................................................................Lagoon
Lagon / Laguna / Lagune / 潟湖 / Атолловая лагуна / Laguna
Porção de água, que isolada do mar, por um banco de areia, mantém uma comunicação constante com ele (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa, Verbo, 2001). Massa de água, geralmente, rasa separada do mar por uma praia barreira (tombolo, lido, etc.).
Voir: « Lago »
&
« Lago de Meandro »
&
« Lago Próglaciar»
Na sua evolução sedimentar, as lagunas, como a ilustrada nesta figura (Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, Brasil) não são muito diferentes das "playas" das bacias endorreicas (bacias com um sistema de drenagem fechado pelo qual as águas interiores se concentram em corpos, permanentes ou temporários, de água lêntica de onde ela se evapora). Como é o caso nas "playas", as lagunas são, raramente, alimentadas em água, doce ou salgada. Elas sofrem uma intensa evaporação assim como um acção eólica intensa. Em geral, elas são salinas naturais, como, por exemplo, as da parte árida do Golfo do México (Laguna Grande) e as de certos pontos no Mediterrâneo. Um exemplo típico de laguna existe ao sul da cidade de Larnaca, na ilha de Chipre, onde uma laguna salgada (Laguna de Larnaca) é separado do Mar Mediterrâneo por uma barreira de sedimentos transportados pelas ondas do mar. Esta laguna não tem mais de 1 metro de profundidade e o seu nível está cerca de 2 metros abaixo do nível médio do Mediterrâneo, o que quer dizer, que a água do mar, carregada de sal, se infiltra na laguna através da barreira. Como os rios que desaguam na laguna de Larnaca são insuficientes para compensar a perda de água por evaporação há precipitação de sal. Outros exemplos de lagunas semelhantes, estudadas e descritas por vários geocientistas, existem no Egipto e bordos do Mar Vermelho. Na salina de Mex (perto de Alexandria) deposita-se uma vasa negra sobre um arenito grosseiro de cloreto de sódio, com ondulações, à razão de 7 a 14 cm por ano (Termier, H. & Termier, G., 1960). Nas lagunas salgadas isoladas atrás dos cordões litorais depositam-se vasas sobre as quais crescem algas e vegetais vasculares. Nos climas tropicais, é nas lagunas que se instalam os mangueirais. As lagunas salgadas não se devem confundir com os pântanos salgados das rias (quando o vale do rio é inundado por uma subida relativa do nível do mar), como é o caso com a ria do Tejo, em Lisboa, onde a subida do mar durante a maré deposita nas margens uma vasa que pode evoluir em pântano salgado.
Lagune (carbonatos)..............................................................................................................................................................................................................................................Lagoon
Laguna / Laguna / Lagune, Haff / 泻湖 / Лагуна / Laguna
Corpo de água, relativamente, pouco profundo separado, em geral, do mar por ilhas barreiras carbonatadas.
Ver: « Lago »
&
« Atol »
&
« Laguna »
Num plano horizontal, um recife de coral aparece como um recife em forma de anel ou de uma ferradura, que emerge da água profunda e que fecha parcialmente a laguna, razão pela qual os atóis são por vezes chamados ilhas lagunares. A estrutura do atol pode ser considerada como semelhante à das construções dos corais. Ela tem muitos pontos comuns com a construção dos recifes barreiras. Como as construções dos recifes barreira, uma estrutura de um atol é caracterizada por: (i) Uma encosta submarina externa bastante acentuada ; (ii) Uma crista formada de Lithothamnion (alga coralina incrustante) ; (iii) Uma pequena plataforma interna, que limita a laguna e (iv) A laguna. A encosta externa submarina pode inclinar mais de 45° e ter, mesmo, cornijas. A encosta externa é constituída por coral vivo, no topo, e, na base, por coral morto e numerosos restos amalgamados ao recife pelas algas calcárias. A crista algar formada à base de Lithothamnion forma a margem externa da parte do recife que aflora. Esta crista existe, unicamente, do lado onde há grandes ondas, uma vez que esta alga, ao contrário do coral, vive, unicamente, nas zonas de rebentação forte. A plataforma que emerge, por vezes, durante a maré baixa, é uma zona de uma centena de metros, muito irregular, formada de coral morto sobre o qual prosperam colónias de coral vivo. Nesta plataforma podem formar-se uma série de microatóis ao centro dos quais o coral morre. É esta plataforma que cerca a laguna. A encosta interna da plataforma é mais suave do que a encosta externa. A laguna é uma sucessão de fundos de areia calcária e pináculos de coral vivo que chegam quase ao nível da maré baixa. Como, em geral, a profundidade do topo dos pináculos na laguna varia entre 13 e 3 m, pode dizer-se, que os corais podem viver, perfeitamente, dentro da laguna. Para Darwin, a formação de uma grande maioria de atóis pode resumir-se assim: (i) Os corais instalam-se e crescem à volta de uma ilha vulcânica, formando um recife franjante ; (ii) O recife expandem-se e o interior da ilha colapsa ; (iii) Quando a ilha colapsa, completamente, fica uma franja de corais que continuam a crescer, ao mesmo tempo, que no centro se forma uma laguna, mais ou menos, aberta.
Laguna de Plataforma (com circulação aberta)..............................................................................Shelf Lagoon Open Circulation
Lagon (plate-forme avec circulation ouverte) / Laguna de plataforma con circulación abierta / Shelf Lagune offenen Kreislauf / 货架泻湖开放流通 / Лагуна (платформа с открытой циркуляцией) / Laguna di piattaforma (circolazione aperta)
Laguna que se forma numa cintura carbonatada atrás da zona de deflação das areias carbonatas, mas que é, suficientemente, conectada com a água do mar para manter uma salinidade e temperatura semelhantes à do mar adjacente.
Ver: « Deposição (carbonatos) »
&
« Atol »
&
« Plataforma Carbonatada Aureolada »
Segundo Schlager W. (1991), este tipo de ambiente sedimentar carbonatado é caracterizado por: (i) Um contexto geológico ; (ii) Uma fácies (litologia) e (iii) Uma fauna. O contexto geológico é o do topo de uma plataforma, planar, situada numa zona eufótica, localizada, normalmente, acima das ondas do mar em condições de mar calmo, e que tem, mais ou menos, a mesma salinidade e temperatura do mar adjacente, o que quer dizer, que ela está em conexão directa com o mar. Os sedimentos que se depositam neste ambiente são lamas calcárias ou areias calcárias argilosas, função da granulometria dos sedimentos e da eficiência do joeiramento (calibragem ou selecção granulométrica) das ondas do mar e correntes de maré. Em associação com as lamas ou areias calcárias encontram-se pedaços de bioermas e biostromas, assim como areia e lama terrígenas, quando o continente não está muito longe da plataforma. A biota é constituída, principalmente, por bentos, como, por exemplo, lamelibrânquios, gastrópodos, esponjas, artrópodes, foraminíferos e algas, que são muito comuns. É interessante relembrar, aqui, o problema principal ligado à origem dos recifes, isto é, à aparente contradição entre a impossibilidade dos corais viverem abaixo de 25 metros de profundidade e a espessura dos recifes (fósseis), que ultrapassa várias centenas de metros. Com efeito, a teoria da glacio-eustasia não pode explicar, por ela só, uma tal espessura, uma vez que o nível do mar, durante as glaciações quaternárias, não desceu mais do que uma centena de metros abaixo do nível actual. Isto quer dizer, que os corais, pelo menos os quaternários, não podiam ter-se formado sob uma profundidade de 125 metros. As grandes profundidades às quais se encontram os recifes fósseis, como a sua grande espessura, só se podem explicar por uma subsidência do fundo do mar, que era compensada pelo crescimento vertical dos recifes. Por outras palavras, unicamente, as subidas relativas do nível do mar (combinação da eustasia e subsidência) podem explicar as enormes espessuras recifais encontradas nos registos estratigráficos.
Lahar........................................................................................................................................................................................................................................................................................Lahar
Lahar / Lahar / Lahar / 山泥流 / Лахар / Lahar
Escoamento de lama composto, principalmente, por material piroclástico, nos flancos de um vulcão. Lahar é uma palavra da Indonésia que designa uma mistura de restos de rocha e água formada nas vertentes de um vulcão e que se escoa muito rapidamente. Os lahars podem formar-se de várias maneiras: (i) Rápido derretimento da neve e gelo devido a fluxos piroclásticos ; (ii) Intensas chuvas sobre depósitos vulcânicos pouco consistentes ; (iii) Ruptura de um lago obstruído por depósitos vulcânicos, etc.
Ver: « Vulcão »
&
« Tefra »
&
« SDR (reflector que inclina para o mar) »
Basicamente, um lahar é um conglomerado associado a lamas vulcânicas, que se formam depois da erupção de um vulcão. A formação de lama é um fenómeno frequente sobre as encostas vulcânicas. As erupções são, muitas vezes, acompanhadas de chuvas intensas e o vulcão, ele mesmo, emite vapor de água em grandes quantidades, que se condensa sobres as encostas. O lago de retenção, quer ele esteja localizado atrás das cinzas ou, mesmo na cratera do vulcão, pode, bruscamente, esvaziar-se, a quando de um abalo posterior e formar enormes correntes de lama, isto é, um lahar. Os lahars descem costa abaixo, como qualquer escoamento e submergir quase tudo à sua passagem, como, por exemplo, o escoamento que ocorreu no ano 79 com a erupção do Monte Vesúvio, o qual fossilizou uma grande parte da cidade romana de Herculano, mas que deixou os tectos das casas intactos, o que não sucedeu na cidade de Pompeia, onde o material vulcânico caído do céu deixou os muros das casas intactos, mas provocou o colapso das casas. Nesta figura está ilustrado um pequeno lahar, produzido pela água das chuvas, ao longo do Rio Nima II, perto da cidade de El Palmar (Guatemala). Este lahar desenvolveu-se nas encostas do vulcão Santiaguito, onde as condições para a formação de lahares são ideais devido às erupções vulcânicas, que destroem a vegetação ao mesmo tempo, que depositam camadas de rochas vulcânicas inconsistentes sobre grandes superfícies. Durante a estação das chuvas, quando os rios transbordam, eles erodem esses depósitos e formam lahars que são, extremamente, perigosos para as pessoas que residem a jusante. Quando não há formação de lahars, a erosão favorece, a deposição dos sedimentos no leito dos rios, o que favorece, evidentemente, as inundações.
Lama....................................................................................................................................................................................................................................................................................Mud, Loum
Boue / Lodo / Kot, Schlamm / 泥 / Буровой раствор / Fango
Mistura de argila e / ou lodo e água. A lama litoral é, muitas vezes, chamada vasa (môle ou dura).
Ver : " Argila "
&
" Ardósia "
&
" Vasa "
Em português, o termo lama é sinónimo de lodo, limo ou argila. O fundo lamacento dos rios, lagos ou mar, como, aliás, a vasa pelágica profunda dos oceanos, constituída por restos de esqueletos organismos microscópicos de flutuantes (<30 por cento) é considerado uma lama .Certos tipo de lama, como a vasa pelágica é formada, principalmente, nas áreas mais afastadas do continente, de modo que o lento depósito, mas contínuo, dos microorganismos mortos, não é obscurecida pelos sedimentos do continente. Normalmente, estas lamas e limos são subdivididos em: (i) Lamas Calcárias, quando contêm esqueletos de carbonato de cálcio e (ii) Lamas Siliciosas, quando contêm esqueletos formados de sílica. Elas, também, podem, igualmente, ser subdivididas de acordo com o tipo predominante de esqueleto. Note que o termo lama é, actualmente, utilizado para designar as lamas dos esgotos (municipais ou industriais), isto é, os produtos usados nas instalações de tratamento dos líquidos efluentes. Estes sedimentos lodosos consistem, principalmente, de bactérias mortas e matéria orgânica mineralizada. Uma estação de tratamento produz, em média, mais de 40 g de matéria seca por dia e por habitante. Existem diferentes tipos de lamas de purificação função dos tratamentos utilizados para purificar a água : (A) Lamas de purificação primárias - são os depósitos recuperados por simples decantação das águas residuais, que tem elevadas concentrações de sais minerais, mas também matéria orgânica ; (B) Lamas de purificação físico-químicas - assemelham-se às lamas primárias, excepto que, durante o tratamento das águas residuais é adicionado um reagente (sais de ferro, alumínio e outros floculantes) para aglomerar as partículas finas e melhorar a sedimentação ; (C) Lamas de purificação biológica, também chamadas lamas secundárias, que vem de uma purificação biológica (lamas activadas, discos biológicos, leitos bacterianos, etc.) são de pobre concentração (± 10 g / l) e muito orgânicas, porque elas consistem, principalmente, de corpos bacterianos e suas secreções ; (D) Lamas de purificação mistas - compostas de uma mistura de lamas primárias e orgânicas, resultantes da maioria das estações de tratamento ; (E) Lamas de purificação de aeração prolongada sem decantação primária obtidas com poluentes muito ventilados (estas lamas são muito concentradas, menos orgânicas e menos perigosas).
Lâmina (sedimentar)............................................................................................................................................................................................................................................Lamina
Lamina (lâminas) / Lámina (láminas) / Lamina (Sediment) / 椎板(沙) / Тонкий породный прослоек / Lamina (sedimento)
Unidade sedimentar básica, que produz a estratificação (como uma camada). A transição entre uma lâmina e uma camada é, arbitrariamente, tomada a 10 milímetros de espessura. Quando uma lâmina ou uma camada, mostra uma diminuição do tamanho do grão em direcção do topo, ela é, teoricamente, associada a uma diminuição da velocidade do escoamento da corrente.
Ver: « Sedimentação »
&
« Camada »
&
« Fluxo (escoamento) »
A grande maioria das rochas sedimentares pode ser dividida em: (i) Camadas ; (ii) Estratos e (iii) Lâminas. Uma camada é um estrato, considerado fundamental, a uma dada escala de observação. Um estrato é uma unidade física, ou visualmente distinta, definida pela distribuição das suas características de deposição ou pela presença de superfícies, que delimitam uma origem primária ou erosiva. Uma lâmina é o mais pequeno estrato visível a olho nu. Os estratos, que variam segundo padrões, mais ou menos, organizados, podem ser: (a) Rítmicos, quando duas litologias alternam (ABAB...) ; (b) Cíclicos, quando mais de duas litologias alternam (ABCBA...) ou (c) Graduados, quando os estratos apresentam uma mudança gradual de granulometria. A estratificação é uma superfície de separação física que indica uma deposição segregativa no espaço e, ou no tempo, e que pode ser originada de duas maneiras : (A) Uma pausa na deposição, ligada à uma mudança brusca das condições de depósito (energia do meio ou aporte de sedimentos) ; (B) Uma selecção espacial dos grãos sob um aporte e energia constantes. Todas as superfícies que limitam os estratos representam um pequeno hiato (intervalo de tempo de sem-deposição). Quando o hiato é grande a superfície é uma discordância, que pode ser reforçada pela tectónica (discordância angular) e que está associada a uma descida relativa do nível do mar. Todas as desconformidades estratigráficas representam um hiato mínimo. As implicações das superfícies, que limitam os estratos, podem resumir-se assim : (1) Elas representam um hiato ; (2) O hiato pode variar de um lugar para outro ; (3) Um pequeno hiato é encontrado ao longo de toda a superfície; (4) Elas são dependentes da escala tempo e das rochas consideradas. Lâminas e camadas são visíveis nesta fotografia. Contudo, a transição entre elas é muita arbitrária. Ela depende não só da espessura, mas também das variações da cor, da composição e do tamanho dos grãos.
Lâmina de Água de Plataforma..........................................................................................................................Shelf Accommodation
Tranche d'eau de plataforma / Lámina de agua de plataforma / Shelfal住宿 / Водяной объем платформы / Lama di acqua de piattaforma
Altura de água, num determinado ponto da plataforma continental, criada pelas variações relativas do nível do mar.
Ver: « Cortejo Transgressivo »
&
« Subida Relativa (do nível do mar) »
&
« Plataforma »
Neste modelo, a combinação da tectónica (subsidência neste caso) e eustasia (variações globais do nível do mar) cria variações relativas do nível do mar que determinam o espaço disponível (ou acomodação) para os sedimentos. Desde há cerca de 3 Ma, a subsidência (linha vermelha contínua e inclinada para a direita) aumentou de maneira regular até hoje. Se não houvesse nenhuma variação eustática, a subsidência (fundo do mar a descer), por si só, aumentaria de maneira, mais ou menos, contínua a lâmina água e, assim, o espaço disponível para os sedimentos, a partir 3,0 Ma. A curva da eustasia (em azul) mostra dois pontos altos (2,8 e 1,3 Ma) e dois pontos baixos (± 2,1 e 0,4 Ma), o que quer dizer, que o nível global do mar subiu até cerca de 2,8 Ma e depois desceu até 1,3 Ma, para tornar a subir até cerca de 1,4 Ma e, de novo, descer até cerca de 0,4 Ma, para depois recomeçar a subir. Quando o nível eustático sobe, a lâmina de água aumenta e esse aumento vai juntar-se a lâmina de água criada pela subsidência. Quando o nível eustático desce, a lâmina de água diminui e ela tem de se subtrair à aumento da lâmina de água criada pela subsidência. A curva do nível do mar relativo (linha curva em verde) mostra as variações da lâmina de água determinadas pela acção conjunta da subsidência e eustasia. Esta curva cíclica representa as variações do espaço disponível para os sedimentos a montante do rebordo continental que pode ou não coincidir como rebordo da bacia. A jusante do rebordo continental, a batimetria é muito importante e, assim, há sempre espaço disponível para os sedimentos, o que não é o sempre o caso a montante. A ciclicidade da curva do nível do mar relativo é função da ciclicidade da eustasia (a subsidência aumenta maneira contínua). Os movimentos tectónicos são, também, mais ou menos cíclicos, mas o comprimento de onda é muito maior do que o dos ciclos eustáticos, em particular dos ciclos eustáticos de 3a ordem, cujo tempo de duração varia entre 0,5 e 3-5 My. Pode dizer-se, que na grande maioria dos casos a ciclicidade os depósitos sedimentares é induzida pela eustasia e que as superfícies de erosão (discordâncias) são criadas pelas descidas relativa do nível do mar.
Lápias Litoral.......................................................................................................................................................................................................Littoral Clints, Lapiaz
Lapiaz, Lapiez (lapies littoraux) / Lapiaz / Rüstenkarren, Litoral Schratten / 升级车 / Прибрежный карр / Karren
Formação geológica de superfície, nas rochas calcárias e dolomíticas, criada pelo escoamento da água da chuva, a qual dissolve a rocha, ou pelos ciclos de gelo e degelo no interior das rochas (crioclastia).
Ver: « Litoral »
&
« Carso Litoral »
&
« Acção das Vagas (mar calmo) »
A alteração das rochas calcárias, pela água, consiste, essencialmente, na dissolução. Nas rochas calcárias, pode dizer-se que a dissolução se opõem-se a gliptogénese (erosão), sobretudo abrasiva, das rochas cristalinas e detríticas, como também, ao processo laterítico, o qual é de natureza químico. À superfície de uma camada calcária, os processos de dissolução, mais simples, são pequenos os buracos em forma de funil, que se observam muitas vezes, mas que rapidamente coalescem para formar pequenos fossos (drenos), que com o tempo se aprofundam cada vez mais para, finalmente, formar os lapiás, como os ilustrados nesta figura (Alto das Brenas na Cantábria, Espanha). Os sulcos dos lapiás podem ser de dois tipos: (i) Os drenos, que se alinham segundo a linha de maior inclinação e que, em geral, são rectilíneos ou pouco sinuosos ; (ii) As fendas, que correspondem a um aprofundamento das fissura e que recortam a rocha em blocos. Os lapiás podem ser : (a) Postos a nu pelos glaciares, subaéreos, formados a maior parte das vezes por sulcos paralelos e estreitos com esquinas agudas ; (b) Cobertos por húmus ou por um solo recente, e formados de sulcos e esquinas arredondadas ; (iii) Descobertos e, em geral, provenientes dos lapiás cobertos, mas sem cobertura de solo. Este tipo de lapiás, que se poderiam chamar lapiás continentais, não deve ser confundido com os lapiás litorais, que se desenvolvem no espraiado (andar mesolitoral superior) e no andar supralitoral das linhas de costa calcárias, como, por exemplo, os ilustradas no esquema da esquerda desta figura. Os lapiás litorais podem ter a forma de pináculos, com arestas vivas, deixando entre si pequenas marmitas de dissolução, por vezes, em forma de funil. Na parte mais alta do espraiamento, devido à escorrência dos pingos de salsugem e da espuma das ondas, os lapiás apresentam-se cortantes e com muito sulcos de erosão. Nas regiões intertropicais estas formas são muito desenvolvidas e têm, por vezes, o aspecto de campos ruiniformes (Moreira, 1984). Os lapiás gerados no subsolo tendem a assumir formas mais adoçadas e maiores, ao contrário dos lapiás gerados à superfície.
Latitude.......................................................................................................................................................................................................................................................................Latitude
Latitude / Latitud / Geographische Breite / 纬度 / Широта / Latitudine, Latitudine geografica
Distância (em graus) de um ponto localizado na superfície de um planeta ao equador, o que quer dizer que a latitude pode ser norte (quando o ponto está colocado no hemisfério norte) ou sul (quando o ponto está colocado no hemisfério sul).
Ver: « Longitude »
&
« Terra »
&
« Projecção (tipo de mapa) »
Latitude é a coordenada geográfica ou geodésica definida na esfera (exprime qualquer posição horizontal no planeta através de duas das três coordenadas existentes num sistema esférico de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra) no elipsóide de referência ou na superfície terrestre, que é o ângulo entre o plano do equador e a normal à superfície de referência. A latitude mede-se para norte e para sul do equador, entre 90° sul, no Pólo Sul (ou pólo antárctico) (negativa), e 90° norte, no Pólo Norte (ou pólo árctico) (positiva). A latitude no equador é igual a 0°. O modo como a latitude é definida depende da superfície de referência utilizada: (i) Num modelo esférico da Terra, a latitude de um lugar é o ângulo que o raio que passa por esse lugar faz com o plano do equador ; uma vez que o raio de curvatura da esfera é constante, esta quantidade é também igual à medida angular do arco de meridiano entre o equador e o lugar ; (ii) Num modelo elipsoidal da Terra, a latitude de um lugar (latitude geodésica) é o ângulo que a normal ao elipsóide nesse lugar faz com o plano do equador ; ao contrário do que acontece com o modelo esférico da Terra, as normais ao elipsóide nos vários lugares não são todas concorrentes no centro da Terra ; por outro lado, e devido ao facto de os meridianos não serem circunferências, mas sim elipses, a latitude não pode ser confundida, como na esfera, com a medida angular do arco de meridiano entre o equador e o lugar ; as latitudes dos lugares representados nos mapas são latitudes geodésicas ; (iii) À superfície da Terra, a latitude pode também ser definida como o ângulo entre a vertical do lugar (isto é, a direcção do fio-de-prumo) e o plano do equador, uma vez que a vertical do lugar não coincide, geralmente, com a normal ao elipsóide de referência nesse lugar, esta modalidade de latitude (latitude astronómica ou natural) é, geralmente, diferente da latitude assinalada nos mapas, a latitude geodésica. Muito antes de a forma e dimensões da Terra serem conhecidas com exactidão, já a latitude astronómica era determinada através da observação dos astros, utilizando quadrantes, astrolábios e balestilhas (http://pt. wikipedia.org/wiki/Latitude).
Laurásia....................................................................................................................................................................................................................................................................Laurasia
Laurasia / Laurasia / Laurasia / 劳亚大陆 / Лавразия / Laurasia
Parte norte do supercontinente Pangéia (Paleozóico terminal), que se formou por aglutinação dos continentes paleozóicos durante a segunda fase do ciclo de invasão continental posterior ao supercontinente Protopangéia (Rodínia).
Ver: « Supercontinente »
&
« Pangeia »
&
« Gonduana »
A maioria dos geocientistas estão de acordo sobre a hipótese de que no fim do Paleozóico: (i) A litosfera era constituída por um número limitado de placas litosféricas, eventualmente uma só ; (ii) Que no meio de um grande e único oceano, chamado a Pantalassa, se formou, por aglutinação dos continentes paleozóicos, um grande supercontinente, chamado Pangéia ; (iii) Que a Pangéia estava ladeada por toda a parte por cadeias de montanhas, associadas a margens convergentes, excepto na parte oriental, onde existia um grande golfo (antecessor do Mar de Tétis), que sublinhava uma margem continental divergente ; (iv) Na parte norte da Pangéia, encontrava-se o grande continente Laurasia (por vezes considerado como um supercontinente), que era composto pelas velhas cadeias de montanhas (Oural, Caledónica, Appalaches, Ouachita e a cadeia Hercínica) ; (v) Na parte sul da Pangéia, encontrava-se o grande continente Gondwana, no qual a única cadeia de montanhas importante era a da Mauritânia. O supercontinente Pangéia, como todos os outros supercontinentes, marca o fim de um ciclo tectónico-sedimentar, cuja de duração varia entre 200 e 300 My, o qual, na base do paradigma da Tectónica das Placas e assumindo que o volume de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra (4,5 Ga), se pode resumir-se assim: (a) Quando o número de placa litosféricas é muito pequeno (supercontinente), o nível do mar é muito baixo, visto que o volume das bacias oceânicas é muito grande (pouco volume das dorsais oceânica) ; (b) Quando um supercontinente se fractura e os continentes, assim individualizados, se dispersam, o nível do ar sobe e invade os continentes, uma vez que o volume das bacias oceânicas diminui (grande volume das dorsais oceânicas) e (c) Desde que os continentes não se podem podem afastar mais (a Terra é esférica), eles começam a aproximar-se uns dos outros para entrarem em colisão e formar novas cadeias de montanhas e um novo supercontinente, o que implica que o nível do mar desça, uma vez que o volume das bacias oceânica aumenta (menos dorsais oceânicas).
Laurência............................................................................................................................................................................................................................................................Laurentia
Laurentia / Laurencia / Laurentia (Kontinent) / 勞倫大陸 / Лауренция (континент) / Laurentia
Continente resultante da ruptura do supercontinente Pré-câmbrico (Protopangéia ou Rodínia). Os principais continentes do norte da Protopangéia eram a Báltica (Fennoscandinavia) e a Laurência, a qual incorporava muito do que agora é a América do Norte. Devido ao alargamento e ruptura da parte sul da Protopangéia, a Laurência migrou, lentamente, para o norte. Durante o Câmbrico e Ordovícico, a Laurência estava localizada perto do equador e coberta por mares pouco profundos, nos quais trilobites e outros tipos vida marinha floresceram. Nesse tempo, a margem do sul da Laurência tinha uma paleolatitude, aproximadamente, de 15-20° S.
Ver: « Supercontinente »
&
« Pangeia »
&
« Gondwana »
A paleogeografia do Câmbrico Superior, ilustrada nesta figura, sugere que a maioria dos continentes individualizados pela ruptura do supercontinente Protopangeia (também chamado Rodínia), estavam localizados no hemisfério Sul, a baixas paleolatitudes. Quando este supercontinente se fragmentou, o Gondwana (ou Gonduana), Laurência, Báltica e outros blocos asiáticos submergidos individualizaram-se. No Câmbrico, a Laurência localizava-se perto do equador e estava, parcialmente, submergida pelo Mar de Iapetus, enquanto que a Báltica e Sibéria se aproximavam progressivamente. O Gondwana permaneceu sempre o maior continente. Os outros eram, principalmente, o Cazaquistão e China (China actual, Tailândia, Malásia e Indochina). Os mares eram pouco profundos, especialmente, ao longo do rebordo dos continentes, o que quer dizer, que a maior parte das bacias sedimentares tinham uma plataforma continental. As transgressões globais (eustáticas), induzidas, principalmente, pela subida do nível do mar, que acompanhou a dispersão dos continentes (diminuição de volume das bacias oceânicas para uma quantidade de água admitida à priori como constante) ocorreram no Câmbrico Médio e Tardio. As transgressões criaram mares pouco profundos à volta dos continentes, criando um habitat perfeito para a vida marinha. Como ilustrado neste esquema paleogeográfico, estes mares epíricos, pouco profundos, cobriram a maioria dos continentes à excepção do Gonduana, onde as regiões montanhosas predominaram, parte este da Sibéria e parte central do Cazaquistão.
Lava Subaérea, SDR...........................................................................................................................................................................................................Subaerial Lava
Lave subaérienne, SDR / Lava subaérea / Subaerischen Lava / 地表的熔岩 / Поверхностная лава / Lavica subaerea
Lava depositada, imediatamente, depois da ruptura dos supercontinentes, enquanto que os centros de expansão eram subaéreos. As lavas subaéreas adelgaçam-se em direcção do continente. No momento do escoamento, elas inclinam em direcção do continente, contudo, com o tempo, devido a sobrecarga das lavas subaéreas mais recentes, pouco a pouco, elas inclinam para o mar, mesmo antes que os centros de expansão imergiam para depositarem a crusta oceânica.
Ver: « Vulcanismo »
&
« Pangeia »
&
« Vulcão »
Esta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do Mar do Norte ilustra, perfeitamente, a formação das lavas subaéreas associadas com a ruptura dos supercontinentes ou, como dizem os geocientistas anglo-saxões, dos SDRs ("Seaward Dipping Reflectors"). Durante o alargamento de um supercontinente, desde que espessura da litosfera atinge, mais ou menos, 10-20 km, isto é, quando ela é, altamente, injectada por filões basálticos e o material basáltico se torna preponderante, relativamente, à crusta continental, ela não pode mais alargar-se por falhas normais e por isso rompe-se. Isto quer dizer, que localmente, se individualizam duas placas litosféricas, separadas por um centro de expansão (um vulcão) a partir do qual derrames de lavas subaéreas se escoam em direcção do continente das placas individualizadas, como ilustrado acima. A espessura de cada fluxo de lava subaérea (senão o material vulcânico não poderiam escoar-se) diminui em direcção do continente até que cada escoamento desapareça por biselamento. À medida que as placas litosféricas se afastam, mais material vulcânico, chega à superfície e novos derrames vulcânicos se sobrepõem aos anteriores. A sobrecarga imposta pela sobreposição dos escoamentos vai, pouco a pouco, obrigar os centros de expansão, isto é, os vulcões, a afundar-se nas águas do mar que começou a invadir a área, até que eles sejam totalmente submersos. A partir desse momento, o material vulcânico expelido pelos centros de expansão é, rapidamente, solidificado, uma vez que ele não pode fluir debaixo de água. É a partir desse momento, que se forma a crusta oceânica, isto é, uma série de diques vulcânicos verticais colados uns aos outros, sem escoamento significativo de material vulcânico (lavas em travesseiro). A passagem da crusta vulcânica subaérea à crusta oceânica é bem visível na extremidade esquerda desta tentativa.
Lei de Avogadro................................................................................................................................................................................................................Avogadro's law
Loi d'Avogadro / Ley de Avogadro / Avogadrosches Gesetz / 阿伏伽德罗定律 / Закон Авога́дро / Legge di Avogadro
Volumes iguais de gás, à mesma temperatura e pressão, contém o mesmo número de moléculas.
Ver: « Teoria Cinética »
&
« Átomo »
&
« Gás »
A lei de Avodaro passou despercebida cerca 50 anos. Em 1811, quando Avogadro propôs sua lei, muito pouco se sabia sobre os átomos e moléculas. Avogadro realizou que a lei de Gay-Lussac (volumes de gases que se combinam ou que que são produzidos por reacções químicas são sempre em relação a pequenos numeros inteiros, por exemplo, um volume de azoto e três volumes de hidrogénio produzem dois volumes de amónia, estes volumes são num razão de nûmeris inteiros 1:2:3) dava uma maneira de provar que um átomode uma molécula não são a mesma coisa. Ele sugeriu que as partículas (agora conhecidas como moléculas) de azoto, que é composto por dois átomos. Uma molécula de azoto (nitrogénio) é N2. Da mesma forma, a molécula de hidrogênio é H2. Quando um volume (uma molécula) de azoto se combina com três volumes (três moléculas) de hidrogénio, dois volumes (duas moléculas) de amónia, NH3, são produzidos. A ideia que uma molécula consiste de dois ou mais átomos ligados entre si não era compreendido pelos químicos dessa época. A lei de Avogadro foi esquecida até 1858, quando o químico italiano Stanislao Cannizaro (1826-1910) explicou a necessidade de distinguir entre átomos e moléculas. Da lei de Avogadro, pode-se deduzir que o número de moléculas de todos os gases, à mesma temperatura e pressão, deve ter o mesmo volume. Esse número já foi determinado experimentalmente. O seu valor é 60221367 (±36) x 1023, o qual é conhecido como número de Avogadro (ou constante de Avogadro). O número de Avogado é uma unidade de quantidade, como uma dozena (=12) ou resultado (e.g. =20). Pode falar-se de um número de Avogadro de atomos, moléculas, grãos de areia, pessoas ou automóveis. Um mole (simbolo mol) é a massa de um número de Avogadro de qualquer coisa. Assim, 1 mole de átomos de 1H é igual a 1,008 gramas ; 1 mole de átomos 12 C é igual a 12 gramas ; 1 mole de moléculas de H2O é igual a 18 gramas. Os termos "número de Avogadro" e "mole" são intercambiáveis. O exemplo ilustrado nesta figura traduz bem a lei de Avogadro que descreve a relação das moléculas de um gás para o volume do seu recipiente. Volume (V) = Constante (K) x Moléculas (n). Quando se enche um balão, duas coisas podem acontecer: (1) Introdução de ar para dentro do balão ou (ii) Escoamento de ar do balão para o exterior. Se não se enche o balão, suficientemente, pode dizer-se que o ar não é suficiente, o que é uma constação directa da Lei de Avogadro. Quanto mais ar se coloca dentro do balão, maior sera o seu volume, pois o volume do balão é o volume do gás aprisionado.
Lei de Cope...................................................................................................................................................................................................................................................Cope's law
Loi de Cope / Ley de Cope / Cope-Gesetz / 应付的法律 / Закон Коупа / Legge di Cope
O tamanho do corpo de uma espécie aumenta com o tempo. Os animais tendem a ser cada vez maiores com o tempo. Cope chegou a esta conclusão pelo estudo dos dinosauros, e particularmente, do iguanodon.
Ver : « Teoria da Evolução »
&
« Jurássico »
&
« Paleontologia »
A lei de Cope diz de que as linhagens de uma população tendem a aumentar de tamanho ao longo do tempo evolutivo. Embora esta lei tenha sido demonstrada em muitos casos, ela não parece verdadeira a todos os níveis ou em todos os clados. Os corpos de maior tamanho estão associados com uma maior aptidão, por um certo número de razões, embora haja também algumas desvantagens tanto individualmente ou ao um nível do clado. Clados incluindo indivíduos muito grandes são mais propensos à extinção, que pode agir para limitar o tamanho máximo dos organismos. Uma selecção direccional parece actuar sobre o tamanho dos organismos. Ela tem um efeito muito menor em outras características morfológicas, embora seja possível que esta hipótese tenha resultado da amostragem. Essa pressão selectiva, pode ser explicada pela uma série de vantagens, em termos de sucesso de acasalamento e taxa de sobrevivência. Os organismos maiores evitam ou repelem os predadores e capturam as presa mais facilmente. Da mesma maneira reproduzem-se ou matam os concorrentes, mais facilmente e resistem melhor às rápidas mudanças climáticas. (http://en.wikipedia.org /wiki/Cope's_rule). A lei Cope, é muito comum entre os mamíferos. Um grande tamanho favorece a capacidade de evitar predadores e capturar a presa, e aumenta o sucesso reprodutivo, assim como melhora a eficiência térmica. Além disso, nos grandes carnívoros, a competição pelos alimentos tende a se,r relativamente, intensa, e as espécies maiores tendem a dominar e matar os concorrentes mais pequenos. Progenitores de linhagens carnívoras podem ser animais, como, por exemplo, raposas e coiotes, com a selecção natural favorecendo não só o maior tamanho, mas as melhores adaptações para comer carne. Além disso, a evolução do tamanho do predador é susceptível de ser influenciada por alterações no tamanho das presas. Uma tendência significativa de um tamanho maior tem sido documentada para os grandes mamíferos da América do Norte, incluindo os herbívoros e carnívoros, no Cenozóico (Valkenburgh Van et al., 2004).
Lei do Crescimento Sigmóide (carbonatos).................................................................................................Law of sigmoidal growth
Loi de la croissance sigmoïdal (carbonates) / Ley de crecimiento sigmoidal (carbonatos) / Gesetz der sigmoidale Wachstum / 法S形增长 / Закон S -образного роста / Legge di crescita sigmoidale
Quando o crescimento inicial (de um conjunto qualquer) é exponencial, para depois (competição ou escassez) diminuir e, mais tarde, numa fase de maturação, se tornar nulo. Este tipo de função foi, inicialmente, estudado pelo matemático belga Pierre François Verhulst que a deduziu do crescimento da população.
Ver: « Curva Logística »
&
« Modelo de Deposição (carbonatos) »
&
« Cortejo Sedimentar »
Como sugerido neste esquema da progradação de um recife coralino, muitos sistemas carbonatados são controlados pelo crescimento de organismos, o qual segue a lei do crescimento sigmóide função do tempo. Como muitos geocientistas o pensam, uma população de organismos responde a criação de um novo espaço para viver, em três etapas: (i) Crescimento, com a criação de um novo espaço ; (ii) Crescimento, que excede a taxa de criação de espaço e (iii) Crescimento, limitado pela taxa de criação de espaço. Todas as populações têm características que se podem determinar estatisticamente (tamanho, densidade, taxa de crescimento, taxa de mortalidade, imigração, emigração, etc.). Quando as condições são ideais, uma simples espécie de uma população, aumentará numa progressão geométrica a uma taxa que é própria ao genótipo da espécie (composição genética elementar de um organismo relativamente a uma ou várias características que determinam a transmissão dessas mesmas características). Contrariando este crescimento potencial, a população também tem uma capacidade própria para a morte, a qual é reforçada e determinada pelo ambiente, quer isto dizer, que toda população evolui função do seu tamanho, taxa de crescimento, persistência, evolução e extinção. Foi P.F. Verhulst (1838), que primeiro descobriu a lei do crescimento de uma população formulando a equação diferencial que inclui a taxa de crescimento instantâneo (dN/dt) de um organismo num ambiente limitado. Um tal crescimento é inibido pelo aumento do número de organismos. Quando projectada num gráfico (como ilustrado acima), esta equação é chamada sigmóide ou logística. Vários geocientistas utilizaram esta equação para determinar o crescimento de um certo número de populações com o tempo, como, por exemplo, o das células da levedura, que partindo de 9 unidades, ao fim de 18 horas, o número de células aumenta para 661 segundo uma curva em S ou curva de crescimento sigmóides.
Lei de Dalton...........................................................................................................................................................................................................................................Dalton's law
Loi de Dalton / Ley de Dalton / Danton-Gesetz / 丹東的法律 / Закон Дальтона / Legge di Danton
A pressão de uma mistura de gases é igual à soma da pressão de cada gás.
Ver: « Lei de Avogadro »
&
« Gás Natural »
&
« Hidrocarboneto »
Esta lei não deve ser confundida com a lei atómica de Dalton que diz: que toda a matéria é feita de átomos e que ela não pode ser criada destruída ou dividida. A lei de Dalton é, geralmente, conhecida, como a lei das pressões parciais, que como ilustrado acima, quer isto dizer que a pressão total de uma mistura de gases é igual a à soma das pressões parciais exercidas por cada um dos gases da mistura. Num recipiente com uma mistura de gases, cada gás exerce uma pressão igual a que ela seria se o gás estivesse sozinho no recipiente. No exemplo ilustrado nesta figura, o recipiente da esquerda que contém 5 litros de hidrogénio (0,60 mol) exerce uma pressão de 2,9 atmosferas. O recipiente central tem 5 litros de hélio (1,50 mol) à mesma temperatura (20° C) e exerce uma pressão de 7,2 atmosferas. O recipiente da direita é uma mistura de 0,60 de hidrogénio e 1,50 mol de hélio. O volume da mistura é o mesmo, assim como a temperatura (20° C). A pressão no recipiente que contém a mistura dos dois gases é de 10,1 atmosferas quer isto dizer igual à soma das pressões parciais de cada gás (2, 9 + 7,2= 10,1 atmosferas). É esta pressão que se chama pressão parcial. Dalton, que foi um meteorologia amador durante mais de 50 anos, fez observações muito importantes que o levaram a interessar-se aos estudo dos gases. A lei das pressões parciais foi uma importante contribuição ao desenvolvimento da teoria cinética dos gases, que diz que os gases são compostos de moléculas que estão em constante movimento aleatório e que as suas propriedades dependem do seu movimento. A lei de Dalton não é, exactamente, seguida pelos gases ideais ou perfeitos (modelo idealizado, para o comportamento de um gás teórico composto de um conjunto de partículas pontuais movendo-se aleatoriamente e não interagindo). Esses desvios são, consideravelmente, grandes à altas pressões. Em tais condições, o volume ocupado pelas moléculas pode tornar-se significativo em comparação com o espaço livre entre elas. Quando a distância entre as moléculas é pequena, a intensidade das forças intermoleculares aumenta entre as moléculas de gás, suficientemente, para mudar, substancialmente, a pressão por eles exercida. Nenhum desses efeitos é considerado num modelo de gás ideal.
Lei de Darcy..................................................................................................................................................................................................................................................Darcy's law
Lei de Darcy / Ley de Darcy / Darcy-Gesetz / 达西定律 / Закон Дарси / Legge di Darcy
A lei de Darcy exprime a relação entre a taxa de descarga instantânea através de um meio poroso, a viscosidade de um fluído e a queda de pressão sobre uma determinada distância. A descarga total (Q em m3/s) é igual ao produto da permeabilidade do meio poroso (κ em unidades de área, m2), da secção por onde o escoamento se faz (A) e da diferença de pressão (Pb - Pa), dividido pela viscosidade dinâmica (μ em Kg/m.s) e o comprimento (L) entre os pontos de queda de pressão.
Ver: « Viscosidade (do petróleo ou gás) »
&
« Fluxo (escoamento )»
&
« Porosidade »
Na dinâmica dos fluidos e da hidrologia, a lei de Darcy é uma equação que descreve o fluxo de um fluido através de um meio poroso. Esta lei é a base científica da permeabilidade de fluidos utilizados nas Geociências. A permeabilidade dos corpos consiste em uma propriedade dos corpos de permitirem com, maior ou menor, facilidade o escoamento de água através dos seus poros. A permeabilidade dos solos consiste, basicamente, em medir a velocidade de percolação da água em uma determinada amostra, considerando-se em escoamento laminar, considerando-se a temperatura no momento da análise. O coeficiente de permeabilidade, K, é um índice empregado para estabelecer parâmetros de permeabilidade dos solos. Em resumo, o coeficiente de permeabilidade é um valor que representa a velocidade com que a água atravessa uma amostra. Como este índice é bastante pequeno numericamente, foi convencionado expressar seu resultado em forma de potenciação, exemplo: K = 2,20 x 10-5 cm/s ou K = 1,27 x 10-7 m/s Como a temperatura influencia no valor final de K, foi convencionado que ele deve ser convertido para uma temperatura final de 20°C, corrigindo-se a viscosidade da água à temperatura do ensaio: K20° = Kt x (Mt / M20°), onde: M20° = Viscosidade da água a 20 °C e Kt = Coeficiente da temperatura do ensaio. Um mesmo solo conforme a situação pode ter coeficiente de permeabilidade diferente: (i) O índice de vazios (e) da amostra é directamente proporcional ao coeficiente de permeabilidade (quanto maior for o índice de vazios, maior será o valor do coeficiente de permeabilidade) ; (ii) A temperatura da água altera o resultado final do valor do coeficiente de permeabilidade (um aumento de temperatura da água reduz a sua viscosidade o que reduz o tempo gasto para atravessá-la ; (iii) O tipo de material (mais pequena é a granulometria menor será o coeficiente de permeabilidade) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Darcy).
Lei de Goguel.........................................................................................................................................................................................................................................Goguel's law
Loi de Goguel / Ley de Goguel / Goguel-Gesetz / Goguel的法律 / Закон Гогеля / Legge di Goguel
Durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante. Esta hipótese, embora muito antiga, tomou um lugar muito importante na geologia com os trabalhos de Goguel (1954), que introduziu o segundo princípio da termodinâmica na geologia e em particular na tectónica. Este princípio é aproximativo. Ele não entra em linha de conta com a redução de volume induzida pela diminuição da porosidade em profundidade e pelos fenómenos de dissolução que podem, em certos casos, atingir cerca de 30% do volume total. Antes de Goguel, em 1933, Lindgreen introduziu o mesmo princípio na geologia mineira e sugeriu que durante a formação de um minério, por substituição, não há nenhuma mudança nem de volume nem da forma da rocha (lei dos volumes iguais).
Ver: « Princípio Geológico »
&
« Secção Palinspática »
&
« Corte Geológico »
O esquema à esquerda representa uma tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica tirada numa área em que não há movimentos tectónicos laterais. O regime tectónico da área é caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos com o eixo principal (σ1) horizontal e o eixo mais pequeno (σ3) vertical. Isto quer dizer, que as estruturas, que encurtaram os sedimentos, são sobretudo anticlinais cilíndricos associados ou não a falhas inversas. Se isso for verdade, então a tentativa de interpretação está, totalmente, errada uma vez que o interpretador não respeitou lei de Goguel. Como sublinhado no teste de refutação da tentativa de interpretação ilustra nesta figura (não esqueça que não há boas nem más interpretações, mas sim tentativas que resistem melhor que outras aos testes de refutação), o interpretador fez desaparecer, durante o encurtamento dos sedimentos, cerca de 16 km3 de sedimentos por cada quilómetro perpendicular à linha sísmica. Seguindo a metodologia científica adoptada pela grande maioria dos geocientistas (ainda existem alguns verificacionistas), uma vez que esta tentativa de interpretação é refutada, outra tentativa deve ser avançada, mas que respeite melhor a lei de Goguel, para que em seguida, ela seja, por sua vez, submetida a um novo teste de refutação etc. Em geologia, como em qualquer outra ciência, a tentativa mais provável (não há interpretações verdadeiras) é aquela que melhor resiste aos testes de falsificação (ou refutação).
Lei de Hubbert....................................................................................................................................................Hubbert's law, Oil peak, Hubbert's peak
Loi de Hubbert / Ley de Hubbert / Hubbert-Gesetz / 哈伯特的法律 / Закон Хабберта (пик нефтедобычи) / Legge di Hubbert
A taxa de produção anual do petróleo depende, de maneira linear, da fracção total do petróleo que ainda não foi produzido. A quantidade total de petróleo produzido segue uma curva logística. A taxa de produção, num certo ponto, é dada pela taxa de variação da curva logística, isto é, pela derivada nesse ponto da curva, que é, também, chamada curva de Hubbert. Em condições normais, quando a curva de produção do petróleo atinge o seu máximo, mais ou menos, metade das reservas já foram produzidas.
Ver: « Curva de Hubbert »
&
« Pico do Petróleo »
&
« Pico de Hubbert »
Neste diagrama proposto por J. Laherrere, em 2003, é fácil de ver a diferença entre as estimações políticas (companhias petrolífera e organismos internacionais) e as estimações feitas a partir dos dados técnicos (Petroconsultants e IHS). Para Laherrere, assim como para a maior parte dos geocientistas, que dispõem dos dados técnicos, o pico de produção do petróleo é atingido, se já não foi, ao mais tarde em 2010 (independentemente da diminuição da produção induzida pela diminuição da procura motivada pela presente crise económica). Contudo, para certas companhias petrolífera como, por exemplo, para a BP, o pico da produção do petróleo só será atingido em 2020, enquanto que outras (Shell DAU) não vêm o pico antes de 2050, para não falar de USDoE/EIA, que continuam a ver a produção de petróleo aumentar (falta de conhecimento das leis da natureza, como, por exemplo a lei da finitude). A área debaixo das curvas, isto é, o integral das curvas é equivalente à produção de petróleo acumulada. Devido a simetria (outra lei da natureza), em relação ao tempo, o pico de produção de petróleo ocorre quando a área debaixo da curva atingiu metade da produção acumulada. É, relativamente, fácil calcular a quantidade de petróleo de um campo petrolífero antes de começar a produção. Não esqueça que, unicamente, cerca de 1/4 do petróleo total é recuperado durante a recuperação primária. Mais tarde, durante uma recuperação secundária, cerca de metade do petróleo ainda está no reservatório. Igualmente, desde que a água entra na rocha-reservatório, as gotas de petróleo ficam, praticamente, isoladas e a maior parte do petróleo não é recuperável. Por conseguinte, o preço de produção da metade restante das reservas não será o mesmo. O petróleo barato já acabou.
Lei de Hubble......................................................................................................................................................................................................................................Hubble's law
Loi de Hubble / Ley de Hubble / Hubble-Gesetz, Hubble-Konstante / 哈柏定律 / Закон Хаббла (закон красного смещения) / Legge di Hubble
A velocidade à qual as galáxias se afastam da Terra é proporcional à distância que as separam da Terra. Esta lei pode traduzir-se pela equação v = HoD, na qual v é a velocidade, D a distância e Ho a constante de Hubble (velocidade em km/s de uma galáxia distante da Terra de um Megaparsec). O recíproco de Ho é o tempo de Hubble.
Ver: « Megaparsec »
&
« Constante de Hubble »
&
« Expansão Inflacionária (teoria) »
Como ilustrado nesta figura, as galáxias estão afastando-se de nós e umas às outras a um ritmo sempre crescente. Quanto mais distante é uma a galáxia mais, rapidamente, ela se afasta de nós. Isso significa que o Universo está expandindo-se como um balão. A lei de Hubble diz que velocidade das galáxias em relação às suas distâncias é constante. Esta constante é conhecida como constante de Hubble, que é a taxa actual de expansão do Universo, isto é, cerca 73 (km/s) / MPC) Isto significa que uma galáxia situada a 1 megaparsec (cerca de 3,26 milhões de anos luz) do observador se afasta devido à expansão do Universo (e fora do efeito do movimento próprio do objecto, negligivel a uma grande distância ) a uma velocidade de 73 km/s). Esta constante é conhecida como constante de Hubble, que é a taxa actual de expansão do Universo de 22 quilómetros por segundo por milhões de anos luz (unidade de comprimento, equivalente a pouco menos de 10 triliões de quilómetros, ou seja 1016 metros, 10 petametros. Tal como definido pela União Astronómica Internacional, um ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo em um ano). Actualmente os geocientistas conhecem mais de 125 biliões de galáxias no universo observável e cada galáxia contém mil milhões de estrelas. Os seus diâmetros variam de vários milhares a uma centena de milhares de anos luz. Mas nós só podemos conhecer as galáxias que estão dentro de um determinado raio, conhecido como o raio de Hubble. As galáxias maiores do que o raio de Hubble viajam à velocidade da luz. O raio de Hubble é estimado a cerca de 12 mil milhões (109) de anos-luz. O raio de Hubble é, muitas vezes, chamado, simplesmente, horizonte, uma vez que está intimamente relacionado com o horizonte partícula (distância máxima as partículas poderiam ter viajado para o observador que tenha a idade do universo). O raio de Hubble, que está relacionado com a constante Hubble H, uma vez que R = c / H, onde c é a velocidade da luz, o que, grosseiramente, quer dizer, o volume do universo vizinho. Como o Universo está a expandir-se de maneira, continuamente, a sua densidade de energia é, continuamente, decrescente (na ausência de matéria exótica, como a energia fantasma).
Lei de Murphy.................................................................................................................................................................................................................................Murphy's law
Loi de Murphy / Ley de Murphy / Murphy Gesetz / 墨菲定律 / Закон Мерфи / Legge di Murphy
Se qualquer coisa pode dar errado, ela vai dará errado (ênfase em possíveis ocorrência negativas). Em geologia, esta lei sugere, que todo o evento possível (probabilidade não zero) irá, certamente, acontecer tendo em linha de conta a extensão do tempo geológico (ênfase em possíveis ocorrências positivas).
Ver: « Tempo Geológico »
&
« Acontecimento (geológico) »
&
« Big Crunch (teoria) »
Lei de Murphy pode exprimir-se em diversos máximas humorísticas, as quais afirmando que tudo o que pode dar errado vai dar errado. Em termos matemáticos ela é, muitas vezes, exprimida como 1 + 1* 2, onde * representa quase nunca. A história desta lei diz que na Base da Força Aérea de Edward (Califórnia), há alguns anos atrás, John Paul Stapp e George E. Nichols trabalhavam num projecto aeroespacial projectado para testar a quantidade de desaceleração súbita que um humano pode suportar num acidente. Murphy, que veio de outro laboratório, para fazer parte da equipa de investigação, trouxe com ele um conjunto de indicadores que deveriam, teoricamente, medir a desaceleração com mais precisão. No entanto, os indicadores não mediram nenhuma desaceleração, uma vez que os aparelhos estavam mal montados. Muito irritado, Murphy amaldiçoou o técnico responsável da montagem e murmurou algo semelhante ao que hoje é a sua lei imortal ("If Publishing Cue GoLive Remoting, Kit IDML" en inglês). Parece que foi assim que nasceu a Lei de Murphy. Cinquenta anos mais tarde, em 1999, Stapp, Nichols e Murphy receberam o Ig Prémio Nobel, uma paródia sobre o Prémio Nobel, que é concedido, anualmente, pela revista humorística da ciência "Annals of Improbable Research" para premiar as pessoas cuja "descoberta" ou "conquista" pode parecer desnecessária, ridícula e prejudicial. A lei de Murphy não é uma lei científica, assim como também não é uma lei científica o princípio de Peter (segundo Peter Lawrence, 1919-1990), que diz: Os funcionários de uma empresa são promovidos até ao nível mais elevado de competência e, em seguida, depois de ser promovidos, permanecem em um nível em que são totalmente incompetentes. Muitos autores associam a lei de Murphy com as leis da termodinâmica, uma vez que a lei de Murphy é, frequentemente, citada como uma forma da segunda lei da termodinâmica (lei da entropia), visto que ambas sugerem uma tendência para um estado mais desorganizado. (Verma, S., 2005)
Lei de Snell..................................................................................................................................................................................................................................................Snell's law
Loi de Snell / Ley de Snell / Snelliussches Brechungsgesetz / 斯涅尔定律 / Закон Снеллиуса (закон преломления света) / Legge di Snell
Quando uma onda atravessa uma interface entre dois meios isotrópicos (mesmas propriedades físicas em todas as direcções), a onda incidente muda de direcção de tal maneira que o seno do ângulo de incidência (ângulo entre a onda incidente e a perpendicular à interface) dividido pela velocidade do primeiro meio é igual ao ângulo de refracção dividido pela velocidade do segundo meio (lei da refracção).
Ver : « Ângulo de Incidência »
&
« Princípio Geológico »
&
« Ângulo de Refracção »
A refracção ocorre numa interface entre dois materiais devido às diferentes velocidades acústicas que eles têm. A velocidade do som através de cada material é, determinada, pelas propriedades físicas do material, particularmente, pelos módulos de elasticidade e densidade. Quando uma onda encontra uma interface entre dois materiais com velocidades acústicas diferentes e a velocidade do material inferior é superior, a porção da onda no material inferior desloca-se mais, rapidamente, e é por causa disto que a onde se desvia. A lei de Snell, também conhecida como lei de Descartes, visto que descreve a relação entre os ângulos e velocidades das ondas. Assim, se a velocidade acústica horizontal no material superior for v1 e, no inferior, v2 e o ângulo de incidência for α1 e o de refracção α2, como ilstrado acima, a lei de Snell estipula que (sin α1/v1)= (sin α2 /v2). Isto quer dizer que a lei de Snell segue do princípio do tempo mínimo de Fermat. Uma onda segue sempre o trajecto mais rápido, que não é, necessariamente, o mais curto. No diagrama ilustrado nesta figura, há também uma onda reflectida longitudinal, que é a onda que se reflecte com o mesmo ângulo que a incidente, uma vez que as duas viajam no mesmo material, isto é, com a mesma velocidade. Supondo que a interface ilustrada acima corresponde a um interface entre dois intervalos sedimentares com densidades d1 e d2 e nos quais as ondas sonoras se propagam com velocidades diferentes v1 e v2, o que quer dizer, que os intervalos têm impedâncias acústicas diferentes (v1 x d1) e (v2 x d2), o coeficiente de reflexão, que é o grande responsável das reflexões observadas nas linhas sísmicas, é dado pela a relação entre a diferença e a soma das impedâncias. Como as ondas incidentes oblíquas a uma interface, são quebradas em ondas reflectidas e refractadas, isto permite analisar uma sucessão de interfaces sobrepostas.
Lei de Stefan-Boltzmann.................................................................................................................................................Stefan-Boltzmann's law
Loi de Stefan-Boltzmann / Ley de Stefan-Boltzmann / Stefan-Boltzmann-Gesetz / 斯特藩-玻尔兹曼定律 / Закон излучения Стефана - Больцмана / Legge di Stefan-Boltzmann
A quantidade de energia irradiada por um corpo negro Z é proporcional à potencia quatro da temperatura: E = σT^4, onde σ a constante de Stefan-Boltzmann e T a temperatura (medida em graus Kelvin). Segundo esta lei, qualquer objecto tendo uma temperatura superior ao zero absoluto irradia energia.
Ver: « Zero Absoluto »
&
« Sol »
&
« Zona Afótica »
A energia total radiada por um corpo negro é proporcional à potência quatro da temperatura do corpo. Não esqueça que um corpo negro é um corpo hipotético que absorve toda a radiação que sobre ele cai. Esta lei tem muitas aplicações práticas, mas uma aplicação inédita apareceu, pela primeira vez, num artigo não assinado "Heaven is hotter than Hell" (O Paraíso e mais quente do que o Inferno) na revista "Applied Optics, vol. 11; 1972). O artigo começa com uma citação da Bíblia: Isaías 30:26 : "A luz da Lua será como a luz do Sol e a luz do Sol será sete vezes, como a luz de sete dias". Assim, o céu recebe da Lua, tanta radiação, como nós recebemos do Sol e, além disso, sete vezes mais do que a Terra recebe do Sol, quer isto dizer, cerca 50 vezes mais em tudo. A radiação recebida pelo Paraíso vai aquecê-lo até o ponto em que o calor perdido pela radiação é igual ao calor recebido. Isto quer dizer que o Paraíso perde 50 vezes mais calor que a Terra. Segunda a lei de Stefan-Boltzmann, a temperatura da Terra é de 525° C. De acordo com a religião revelada ("Revelation" 21:8) ;"Mas para os medrosos e não crentes......... terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre", o que quer dizer que a temperatura do Inferno deve ser inferior a 445° C, que é a temperatura à qual o enxofre muda para gás. Subsequentemente, Céu ou o Paraíso é mais quente do que o Inferno. Na realidade, com esta lei, Stefan determinou a temperatura da superfície do Sol a partir dos dados de C. Soret (1854-1904), uma vez que a densidade de fluxo de energia do Sol é 29 vezes maior que a densidade do fluxo energético de uma placa de metal aquecido. Assim, ele colocou uma placa redonda a uma distância tal do dispositivo de medida que seria vista sob mesmo ângulo que o Sol. Soret estimou que a temperatura da placa devia ser cerca de 1900-2000° C, contudo Stefan admitindo que ⅓ do fluxo de energia do sol é absorvida pela atmosfera terrestre, corrigiu o fluxo do Sol para um valor 3/2 vezes maior, ou seja, 29 × 02/03 = 43,5.
Lei de Steno.............................................................................................................................................................................................................................................Steno's law
Loi de Steno / Ley de Steno / Steno-Gesetz / 速记的法律 / Закон наложения / Legge di Stenone
As camadas sedimentares depositam-se em relação ao tempo, isto é, as mais velhas na parte inferior e as mais recentes na parte superior. As rochas sedimentares são formadas por partículas, estratos e camadas que se sobrepõem umas sobre as outras, o que quer dizer, que numa sucessão de contínua de rochas sedimentares, uma determinada camada é mais velha do que a sobrejacente e mais nova do que a subjacente. Esta lei é fundamental para a interpretação da história da Terra, uma vez que em não importa que local, ela indica a idade relativa das camadas e fósseis que elas contém.
Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Princípio Geológico »
&
« Camada »
A lei de Steno implica que a maior parte dos sedimentos se depositam, mais ou menos, horizontalmente (Princípio da horizontalidade original de Steno). Normalmente, quando as rochas sedimentares estão inclinadas, elas não estão na sua posição original. Elas foram ou alargadas, por um regime tectónico em extensão (formação de falhas normais), ou encurtadas, por um regime tectónico compressivo (formação de dobras e falhas inversas). Como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica através do estreito de Macassar (entre a ilha de Bornéu e as ilhas de Célebes), é evidente que a lei da horizontalidade original deve ser aplicada com muito cuidado, uma vez que ao longo de todas as linhas cronostratigráficas e superfícies de deposição existem pelo menos quatro rupturas de inclinação : (i) Ruptura da Linha de Baía, entre os sedimentos aluviais e fluviais ; (ii) Ruptura da Costa, que é, mais ou menos, equivalente à ruptura costeira da superfície de deposição, que se localiza entre os sedimentos da planície costeira/deltaica e do prodelta ; (iii) Ruptura do Rebordo Continental (ruptura superior do talude continental), entre os sedimentos da plataforma e do talude continental, que pode coincidir ou não com o rebordo da bacia e (iv) Ruptura da Base do Talude Continental, entre os sedimentos do talude e da planície continental. Os sedimentos clásticos do prodelta e talude continental não se depositam horizontalmente, mas com uma certa inclinação (geralmente entre 1-3°) em direcção da bacia. Nesta tentativa, na área do delta da Mahakam, as inclinações dos sedimentos para Este são originais (depósitos de talude), enquanto que na cintura de Sulawesi, elas são posteriores à deposição.
Lei de Titius-Bode....................................................................................................................................................................................................Titius-Bode law
Lei de Titius-Bode / Ley de Titius-Bode / Titius - Bode Gesetz / 提丢斯 - 波德法 / ПравилоТициуса-Боде / Legge di Titius-Bode
As distâncias de alguns dos planetas seguem uma formula aritmética simples. Os corpos celestes de certos sistemas orbitais, incluindo o do Sol, orbitam en função de uma exponencial da metade do maior eixo da órbita. Esta hipótese corroborada pelas órbitas de Ceres e Urano, é refutada pela órbita de Neptuno.
Ver: « Sol »
&
« Terra »
&
« Lua »
A lei de Titius-Bode (também chamada simplesmente Lei de Bode) é uma lei matemática muito controversa, que define, muito aproximadamente, as distâncias planetárias. Ela foi proposta em 1766 por Johan Daniel Tietz (1729–1796), mais conhecido por seu nome latinizado de Titius, mas que foi sobretudo divulgada pelo astrónomo alemão Johann Elert Bode (1747–1826), director do Observatório de Berlim, que acabou por definir uma sequência que hoje se conhece-se como Lei de Titius-Bode. Esta lei parte de uma progressão geométrica de razão 2, a partir do segundo termo: 0, 1, 2, 4, 8, 16 e 32. Titius, multiplicou cada um destes termos por 3: 0, 3, 6, 12, 24, 48 e 96 e adicionou 4 unidades a cada um deles, obtendo-se: 4, 7, 10, 16, 28, 52 e 100 e finalmente dividindo-os por 10: 0.4, 0.7, 1.0, 1.6, 2.8, 5.2 e 10.0. Se a distância do Sol a Saturno ser tomado como 100, Mercúrio é separado por quatro peças, a partir do Sol. Vénus é 4 +3 = 7. A Terra 4 +6 = 10. Março 4 +12 = 16. Depois de Março, há um espaço de 4 +24 = 28 peças, em que nenhum planeta se encontra. Depois chega-se à distância de Júpiter em 4 +48 = 52 partes, e, finalmente, o de Saturno por 4 +96 = 100 peças. Sabendo que uma unidade astronómica (UA) é distância média da Terra ao Sol, os valores obtidos representam as distâncias médias dos planetas, em UA, em relação ao Sol. O mais curioso nesta lei é que ela previa a existência de um planeta entre as órbitas de Marte e Júpiter, há 2,8 UA do Sol. Mais tarde atribui-se este valor à órbita da cintura de asteróides que orbita o Sol a essa distância. Essa lei foi refutada pela descoberta de Neptuno e Plutão, que não seguem essa lei e pelo facto que a cintura é composta de fragmentos e não de um corpo celeste. Em 1839, filósofo americano C. S. Pierce considerou a lei de Bode como um exemplo de raciocínio falacioso, uma vez que ela não é o resultado de um método científico, em particular do método pragmático PHT, quer isto dizer: Problema, Hipótese, Teste.
Lei de Walther...........................................................................................................................................................................................................................Walther's law
Loi de Walther / Ley de Walther / Walther-Gesetz /瓦尔特的法律 / Закон Вальтера / Legge di Walther
Em continuidade de sedimentação, a sucessão lateral dos sistemas de deposição encontra-se também verticalmente. Se lateralmente, em direcção do mar, se encontra sucessão a, b, c , verticalmente, e de baixo para cima, encontrar-se-á c, b, a.
Ver: « Estratificação (sedimentos) »
&
« Princípio Geológico »
&
« Cortejo Sedimentar »
Foi o geocientista alemão Walther, que estudou as relações entre os fácies (litologia e fauna associada) e os ambientes sedimentares. Ele reconheceu, que os ambientes de deposição mudam, lateralmente, com o tempo e, em consequência, as fácies dos ambientes de deposição adjacentes se sucedem umas às outras como uma sucessão vertical. Ele constatou que a sucessão vertical das fácies é a mesma que a sucessão lateral. Nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore de Moçambique, a sucessão lateral dos fácies a-b-c encontra-se também no sentido vertical e de baixo para cima (c-b-a). Esta lei (lei de Walther) só é válida em continuidade de sedimentação, isto é, em secções estratigráficas sem discordâncias (superfícies de erosão induzidas por descidas relativas do nível do mar significativas), e em particular sem discordâncias reforçadas pela tectónica (discordâncias angulares). Ela também só se pode aplicar em secções que não subdivididas por limites diacrónicos, como, por exemplo, as superfícies transgressivas. Contudo, paradoxalmente, embora os conjuntos de paraciclos sequência e ciclos sequência sejam subdivididos por superfícies diacrónicas, a lei de Walther é utilizada para interpretar o contexto de deposição destes intervalos sedimentares. O carácter diacrónico das superfícies, que limitam esses ciclos estratigráficos, por razões práticos, é ignorado e os paquetes sedimentares, que os constituem (paraciclos-sequências, conjuntos de paraciclos-sequência e ciclos-sequência), são considerados, mais ou menos, como contemporâneos. Os sedimentos sobrejacentes e subjacentes às superfícies que limitam cada uma dessas unidades estratigráficas, são mais jovens ou, ao contrário, mais antigos do que a unidade em questão. Isto quer dizer, que os sedimentos, que formam uma unidade sedimentar, quer ela seja um paraciclo-sequência, um grupo de paraciclos-sequências ou um ciclo-sequência são supostos síncronos. Nas linhas sísmicas, tendo em conta a resolução sísmica, o erro cometido é mínimo.
Leis de Kepler...............................................................................................................................................................................................................................Kepler's laws
Lois de Kepler / Leyes de Kepler / Keplerschen Gesetze / 开普勒定律 / Закон Кеплера / Leggi di Keplero
Os planetas movem-e em órbitas elípticas à volta do Sol, com o Sol no foco da elipse. Uma linha recta entre um planeta e o Sol varre áreas iguais durante o mesmo tempo. O quadrado do período de um planeta é, inversamente, proporcional ao cubo do raio da sua órbita.
Ver: « Teoria astronómica dos Paleoclimas »
&
« Precessão dos Equinóxios »
&
« Órbita »
Primeira lei: Os planetas deslocam-se em órbitas elípticas, com o Sol num dos foco. Segunda: A linha recta que une o Sol a varre planeta varre áreas iguais em períodos de tempo iguais. Terceira: Os quadrados dos períodos orbitais dos planetas são proporcionais aos cubos das distâncias médias deles ao Sol. Medidas modernos nas órbitas dos planetas mostram que eles não seguem; precisamente; estas leis. Seu desenvolvimento é considerado um marco importante na história da ciência. As primeiras duas leis foram publicadas em 1609 e a terceira em 1619. As suas publicações puseram um fim aos ciclos e epiciclos de Ptolomeu. No modelo de Ptolomeu, os planetas moviam-se num pequeno círculo (epiciclo), que por sua vez se movia ao longo de um círculo maior chamado deferente. Ambos os círculos giravam para Este e paralelamente ao plano da órbita do Sol. A fé ardente de Kepler no sistema Coperniano "O Sol não só está no centro do Universo, mas ele é o espírito do movimento" trouxe-lhe a desgraça dos líderes religiosos e o título de "astrónomo louco". Além de descobrir estas três leis, ele elaborou as tabelas de posições das estrelas, desenvolveu o telescópio astronómico, trabalhou no cálculo infinitesimal e logaritmos, fundou a ciência da óptica geométrica, estudou a anatomia do olho humano, explicou as marés dos oceanos e escreveu, em latim, a primeira história de ciência ficção o "Somnium", na qual que ele sonhava de construir um navio para navegar pelos oceanos do espaço no universo. As leis de Kepler refinaram o modelo de Copérnico. Se a excentricidade de uma órbita planetária é zero, as leis de Kepler dizem: (i) A órbita planetária é um círculo ; (ii) O Sol está no centro ; (iii) A velocidade do planeta na órbita é constante e (i) O quadrado do período sideral é proporcional ao cubo da distância ao Sol. Actualmente sabe-se que : (a) A órbita planetária não é um círculo, mas uma elipse ; (b) O Sol não está no centro, mas num ponto focal ; (c) A velocidade não é linear, nem a velocidade angular é constante, só velocidade da área é constante ; (d) O quadrado do período sideral é proporcional ao cubo da média entre as distâncias máxima e mínima ao Sol.
Leis da Termodinâmica.......................................................................................................................................................Thermodynamic's laws
Leis da termodinâmica / Leyes de la termodinámica / Hauptsätze der Thermodynamik / 热力学定律 / Закон термодинамики / Leggi della Termodinamica
O calor é uma forma de energia e a energia é conservada. O calor não flui espontaneamente de um objecto frio par um quente (é impossível converter calor em trabalho com uma eficiência de 100%, quer isto dizer que a entropia de um sistema fechado não pode diminuir). É impossível, num número finito de etapas, levar a temperatura de um objecto ao zero absoluto.
Ve : « Teoria dos Sistemas »
&
« Flecha do Tempo »
&
« Zero Absoluto »
Há três leis na termodinâmica. A primeira diz que o calor é uma forma de energia e a energia é conservada. Esta lei sob a forma de uma equação pode exprimir-se como DU = Q-W, onde DU é a mudança de energia interna do sistema, Q a energia calor recebida pelo sistema, e W o trabalho produzido pelo sistema. O termo termodinâmica refere-se a calor e dinâmica a trabalho. A segunda lei da termodinâmica, que é devida a Rudolf Clausius, diz que o calor não flui, espontaneamente, de um corpo frio para um corpo mais quente (há muitos enunciados, mais ou menos equivalentes desta lei, os quais são propostos por diferentes cientistas em diferentes épocas). A terceira lei da termodinâmica diz que é impossível arrefecer um objecto até à temperatura de zero absoluto. Esta temperatura é de -273,15° C. O escritor de ciência ficção John W. Campbell descreveu assim as leis da termodinâmica: " (i) Você não pode sair do jogo, primeira lei da termodinâmica ; (ii) Você não pode vencer, segunda lei ; (iii) Você não pode empatar, terceira lei ; (iv) Você não pode sair do jogo. Nesta figura estas leis estão exprimas da seguinte maneira : (A) A energia não pode ser criada nem destruída ; (B) A entropia total (medida da desordem de uma sistema) do Universo (sistema mais arredores) deve aumentar em cada processo espontânea (quando se constrói uma casa, localmente a entropia diminui, mas é evidente que, globalmente, a entropia aumenta, basta ver o estado lamentável em que os empreiteiros deixam as carreiras onde vão buscar o calcário para fabricar o cimentos) ; (C) A entropia (S) de uma material puro e, perfeitamente, cristalino a uma temperatura de -273,15° C (-459,67° F ou 0° Kelvin) é zero. O gelo tem uma pequena entropia, mas a sua entropia aumenta quando o gelo se transforma em água e aumenta muito mais quando a água é aquecida e se transforma em vapor. A entropia de um sistema irreversível deve aumentar, assim, é muito possível que a entropia do Universo aumente.
Leixão (rocha).................................................................................................................................................................................................................................................Stack, Pinnacle
Pillier marin, Pinacle (rocheux) / Farallón / Säulen, Pfeiler / 巅峰 / Скалистые прибрежные скалы / Pinnacolo
Rocha em forma de agulha resultante do colapso de um arco.
Ver : « Promontório »
&
« Arco Natural »
&
« Erosão »
Como ilustrado nesta figura, um leixão é uma morfologia geológica formada por uma coluna vertical rochosa, muitas vezes, íngreme ou uma coluna de rocha no mar perto da linha da costa. Os leixões são formados quando parte de um promontório é erodida, deixando uma pequena ilha. Os leixões também se formam quando um arco natural cai devido aos processos subaéreos e à gravidade. Um leixão pode entrar em colapso ou ser erodido deixando um escolho. Aliás, é muitas vezes possível, como no esquema desta figura, deduzir a evolução de um penhasco ou arriba, para um arco natural, que mais tarde se transforma em leixão, para com o tempo se transformar em escolho que, finalmente, acaba por desaparecer por imersão. Os leixões formam-se com muita frequência em penhascos de giz, devido a resistência desta rocha à erosão. Os penhascos constituídos por rochas pouco resistentes, como, por exemplo, os argilitos que tendem a cair e a ser corroídos muito, rapidamente, para formar leixões, enquanto os penhascos ou arribas constituídas por rochas mais duras, como os granitos, são corroídas de maneiras diferente. Os leixões são, quase sempre, utilizados pelas aves marinhas para vezes a nidificação e, também, infelizmente, pelos alpinistas para escaladas. No mediterrâneo e particularmente em Itália, os leixões são chamados faraglioni, que são definidas como agulhas ou pináculos de pedra, típicas do mediterrâneo, destacadas pela erosão costeira e que podem podem formar ou não uma ilha. Estes leixões estão presentes ao longo das costas e falésias do Mediterrâneo e formaram um natural do arco costeiro, que, por vezes, colapsou. Estes leixões são muitas vezes identificados nas lendas locais como figuras humanas ou mitológicas petrificadas. Em Itália , os mais famosos leixões encontram-se em Capri e nas ilhas Ciclopes em frente de Aci Trezza, mas também nas ilhas de Giglio, Eólias, Pantelleria, Scopello, etc. Na costa sudoeste da Sardenha, em frente à praia de Masua na região de Iglesias, existem cinco leixões fundidos num único bloco central chamado Pão de Açucar. Na costa sul portuguesa existem vários leixões. Na região de Leixões, perto da cidade do Porto, a abundância de escolhos faz pensar que no passado, os leixões eram aí muito prováveis.
Lêntica (água)...........................................................................................................................................................................................................................................................................Lentic
Lentique (eau) / Léntica (agua) / Lentic (Wasser) / 静水(水) / Стоячая (вода) / Lentica (acqua)
Água doce estática que, teoricamente, não se escoa. Um corpo de água lêntica pode ter não importa que tamanho desde uma poça, depois da última chuva, até ao tamanho do Lago Baikal, que é o mais profundo lago de água doce no mundo com 1620 metros de profundidade. Contrário de água lótica.
Ver: « Lótica (água) »
&
« Corrente »
&
« Lago »
O termo lêntico refere-se a à água estagnada ou parada. Um ecossistema lêntico vai desde um pequeno charco ou pântano até um enorme lago. Um ecossistema lêntico é o ecossistema de um charco (poça extensa, mas não profunda), lago, pântano ou lago e inclui as interacções bióticas entre as plantas, animais e microrganismos, assim como e as interacções abióticas físico-químicas. Os ecossistemas lênticos podem ser comparados com os ecossistemas lóticos, os quais incluem as águas terrestres que se escoam tal como rios e corgos, etc. Estes dois tipos de ecossistemas formam a área de estudo mais geral de água doce ou seja da ecologia aquática. A distinção entre poça, lagoa e lagos é muita vaga, embora certos geocientistas considerem que as poças e lagoas têm todas a sua superfície inferior exposta à luz, enquanto que lagos não. Alguns lagos estratificam-se durante certas estações do ano. As poças e lagoas têm duas regiões : (i) A zona de águas pelágicas abertas e (ii) A zona bentónica, que incluiu a fundo e as margens. Como os lagos têm regiões profundas não expostas à luz, em relação às poças e lagoas, os lagos têm uma zona adicional, que é a zona profunda. Essas três áreas: zona pelágica, zona bêntica e zona profunda, podem ter muito diferentes condições abióticas e, portanto, as espécies que ai habitam estão adaptado,s especificamente, para aí viver. Os lagos podem formar-se de várias maneiras, mas o maior e mais antigo sistema resulta da actividade tectónica, durante a ruptura dos supercontinentes, isto é, quando este se alargam e formam bacias de tipo rifte. Quando a taxa de extensão não é compensada por uma taxa de preenchimento suficiente, naturalmente forma-se uma coluna de água, uma vez que todo o espaço disponível para os sedimentos não é preenchido, o que cria um lago. Ao contrário se o acarreio sedimentar é suficiente para equilibrar a taxa de extensão, toda a acomodação é preenchida e nenhuma lâmina de água se forma. A maior parte das lagoas são de origem fluvial e associadas aos meandros abandonados.
Levantamento Isostático..................................................................................................................................................................Isostatic Rebound
Soulèvement isostatique / Levantamiento isostático / Isostatischen Rebound / 等静压反弹 / Изостатическое поднятие / Sollevamento isostatico
Elevação do continente em resposta à descarga induzida pela remoção (fusão) do gelo das calotes glaciares. Sinónimo de Salto Isostático.
Ver: « Glacioeustasia »
&
« Glaciação »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore oeste da Noruega, o levantamento isostático induzido pela descarga (fusão) das calotas glaciares, que cobriram o Norte da Europa e, particularmente, a Noruega durante o início do Quaternário, é perfeitamente visível. Na parte superior desta tentativa de interpretação, as terminações dos reflectores sublinham uma discordância reforçada pela tectónica (discordância angular), que marca a descida relativa do nível do mar que ocorreu durante o Miocénico Médio e que, localmente, foi reforçada pela tectónica. Como se pode observar, a parte Este desta discordância foi levantada de várias centenas de metros em relação a parte Oeste. Este levantamento local, que é confirmado pela variação de espessura dos sedimentos do Quaternário posteriores à fusão do gelo, foi induzido pelo salto isostático, que acompanhou a fusão do gelo das glaciações quaternárias. Na realidade, durante o último período glaciar, a maior parte do Norte da Europa, Ásia, América do Norte, Gronelândia e Antárctica estava coberta por calotas glaciares. A espessura do gelo atingiu cerca de 3000 metros no máximo da glaciação, há cerca de 20000 anos atrás. O enorme peso desta camada de gelo obrigou a crusta a deformar-se em forma de sino invertido (sinforma, estrutura em extensão ou alargamento), o que obrigou o material do manto terrestre a escoar-se para longe da área sobrecarregada. Desde que a temperatura aumentou e, que o gelo começou a fundir, a remoção da sobrecarga da região afundada provocou um levantamento da área e um retorno do material do manto terrestre à sua posição original, isto é, a que ele tinha antes da glaciação. Tendo em linha de conta a viscosidade do material do manto, provavelmente, serão necessários muitos milhares de anos para que a superfície terrestre atinja o equilíbrio isostático. Para que uma espessura de gelo de cerca de 2000 m (como a que existe hoje na Gronelândia), o terreno afunda-se de cerca 700 m, uma vez que a densidade do gelo é cerca de 1/3 da densidade do manto. Tudo isto tem uma influência muito grande nas variações do nível do mar, o qual, durante as glaciações, desceu para depois e subiu durante as deglaciações.
Levantamento Tectónico......................................................................................................................................................................................................Uplift
Soulèvement tectonique / Levantamiento tectónico / Tektonischer Hebung / 构造抬升 / Тектоническое поднятие / Sollevamento tettonico
Elevação de uma região da litosfera por forças estruturais, como as associadas a um reequilíbrio das isotérmicas, correntes de convexão ascendentes, ascensões de magma, compressão da crusta (induzida por uma colisão continental), etc.
Ver: « Erosão »
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« Subdução do Tipo-A (Ampferer) »
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« Discordância »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica compósita do Norte da ilha de Sumatra (Indonésia), é evidente, que os sedimentos (bacia interna ao arco vulcânico) foram encurtados por um regime tectónico compressivo. Um tal regime tectónico é caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos (pressão geostática + pressão dos poros + pressão tectónica) com o eixo principal (σ1) horizontal e o eixo mais pequeno (σ3) vertical. As estruturas responsáveis pelo encurtamento são dobras cilíndricas e falhas inversas, as quais, na sua grande maioria, correspondem à reactivação das antigas falhas normais, que alargaram os sedimentos durante a da fase de extensão (ou de rifting). Como se pode constatar pela espessura, mais ou menos, constante (sem variações laterais bruscas) dos sedimentos da fase cratónica (subsidência térmica em oposição a subsidência diferencial da fase de rifting), pode dizer-se, que o encurtamento sedimentar foi, praticamente, posterior à deposição. Isto quer dizer, que levantamento associado à compressão não teve nenhuma influência na criação do espaço disponível para os sedimentos já depositados. As variações relativas do nível do mar, que criaram o espaço disponível para os sedimentos, durante a fase térmica da bacia interior ao arco do Norte de Sumatra, foram, principalmente, induzidas pela acção combinada da eustasia e tectónica (subsidência da bacia), isto é, pelas descidas do fundo do mar. Como o comprimento de onda (ciclicidade) das variações eustáticas é muito maior do que o das variações tectónicas, são as primeiras que são predominantes e que determinam a ciclicidade dos depósitos. Todas as vezes que o nível eustático desceu, formou-se uma superfície de erosão (discordância), que marca o fim de um ciclo estratigráfico e o início de outro. Quando o encurtamento é contemporâneo da sedimentação, a espessura dos intervalos sedimentares diminui nas áreas onde há levantamento, uma vez que a lâmina de água diminui, quer isto dizer, que localmente, o espaço disponível para os sedimentos diminui, relativamente, às outras áreas.
Lido (costa)..............................................................................................................................................................................................................................................................Barrier Coast
Lido / Lido / Nehrung / 障壁海岸 / Береговой вал / Lido
Costa onde predominam os processos de acumulação, que formam restingas, ilhas barreia e cordões litorais que isolam, mais ou menos, lagunas.
Ver: « Cordão litoral »
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« Laguna »
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« Costa »
Como ilustrado nesta figura, costa Este dos Estados Unidos e particularmente a costa da Georgia, é do tipo lido. Os bancos de areia e cordões encontram-se ao longo de quase toda a costa leste dos Estados Unidos. Da Florida, ao norte de Maine, eles mudam drasticamente de morfologia. Muitas das ilhas barreira da Geórgia estão entre os mais antigas. Geologicamente, as ilhas são, consideravelmente, mais jovens do que o continente. Algumas formaram-se cerca de 30000 anos atrás, outros surgiram apenas nos últimos 5000 anos. Os bancos de areia não são apenas parte de um continente cercado por água. Essas corpos geológicos mudam continuamente devido à acção dos forças dos ventos, correntes oceânicas, ondas, tempestades e marés. As marés têm o maior impacto sobre a evolução das ilhas barreira. A costa Este da Geórgia é a extremidade ocidental de um grande convergência do oceano. As marés são mais altas mais (1,8 - 2,4 metros) e mais rápidas do que em qualquer outro lugar no litoral. Este tipo de costa encontra-se em muitas partes do globo e, particularmente, no SE da Irlanda onde se depositaram várias restingas e cordões litorais de areia e areia com cascalho que encerram, mais ou menos, completamente, lagoas e estuários. A evolução de cada um destes corpos sedimentares depende do acarreio sedimentar que é, relativamente, limitado e da corrente de deriva litoral derivada da ondulação (deformação da superfície da água do mar causada pela propagação das ondas). Cada praia forma um compartimento sedimentar distinto, que é um sistema fechado de deriva litoral. Localmente, os processos de galgamento podem dominar a dinâmica dos cordões litorais. Na extremidade das restingas, a acreção eólica das cristas de praia é um mecanismo importante para desenvolver restingas recurvadas. Para muitos geocientistas, as ilhas barreira são definidas como ilhas de areia alongadas, essencialmente, paralelas à costa, geralmente com dunas, separadas do continente por um pântano de sal ou lagoa e separados uns dos outros por baías. O termo barreira identifica-as como amortecedores que protegem o continente da força de rebentação das ondas.
Limite de Chandrasekhar.................................................................................................................................................Chandrasekhar Limit
Limite de Chandrasekhar / Límite de Chandrasekhar / Chandrasekhar-Grenze / 钱德拉塞卡极限 / Предел Чандрасекара / Limite di Chandrasekhar
A massa de uma estrela anã branca não pode ser superior a 1,4 vezes a massa do Sol.
Ver: « Sol »
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« Evolução Estelar »
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« Estrela »
O Limite de Chandrasekhar representa o máximo de massa possível para uma estrela do tipo anã branca (um dos estágios finais das estrelas que consumiram toda a sua energia) suportada pela pressão da degeneração de electrões, e é, aproximadamente, 3,10^30 kg, cerca de 1,44 vezes a massa do Sol. Se uma anã branca (normalmente com cerca de 0,6 vezes a massa do Sol) tiver excedido essa massa por agregação, entrará em colapso, devido ao efeito da gravidade. Pensava-se que este mecanismo daria início a explosões do Tipo Ia supernova, mas esta teoria acabaria por ser abandonada durante a década de 60. A perspectiva actual é que uma anã branca de oxigénio-carbono atinge uma densidade no seu interior suficiente para iniciar uma reacção de fusão nuclear, imediatamente, antes de atingir o limite de massa. Quando estrelas com núcleo de ferro ultrapassam esse limite, entram em colapso, e pensa-se que esse processo inicia uma supernova de Tipo Ib, Ic e II, libertando uma quantidade de energia imensa e provocando uma "inundação" de neutrinos. O valor preciso do limite depende da composição química da estrela. A fórmula de Chandrasekhar é Mch = ⎨(ω30√ 3π) /2⎬ (hc /G) 3/2 ⎨ 1 / (μe mH)2⎬, onde h é a Constante de Planck reduzida, c é a velocidade da luz, G é a constante gravitacional universal, mH é a massa do átomo de hidrogênio, μe é a massa molecular média por electrão, e ω_30 ≠ 2,018236 é a constante matemática relacionado a equação de Lane-Emden (modela a estrutura de um sistema termodinâmico cuja equação de estado é a de um fluido politrópico e submetida à influência exclusiva do campo gravitacional produzido por sua própria massa). Uma anã branca pode apresentar uma massa arbitrária com um volume, inversamente, proporcional à sua massa. Ao aumentar a massa, a energia típica para a qual a pressão degenerativa força os electrões a criar uma anã branca não é desprezível, relativamente, à restante massa. A velocidade dos electrões aproxima-se da velocidade da luz, e a relatividade especial deve ser tomada em linha de conta. A aproximação clássica deixa de ser apropriada. Como resultado, tem-se que uma massa limitada surge devido à autogravitação e corpo com simetria esférica é suportado por pressão degenerativa. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Limite_de_Chandrasekhar)