Mesa Abissal...........................................................................................................................................................................................................................................Mesa abyssal
Mesa abyssale / Mesa abisal / Guyot / 海底平頂山 / Подводная гора с плоской вершиной / Guyot (rilievo sottomarino di origine vulcanica)
Vulcão ou escoamento vulcânico submarino, que se levantou do assoalho oceânico e que tem uma morfologia, relativamente, plana.
Ver: « Mesa »
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« Vulcão »
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« Planície Abissal »
Contrariamente a uma "mesa" que, em sedimentologia, é uma estrutura resultante da erosão diferencial de uma plataforma estável, onde alternam horizontes resistentes e pouco resistentes aos agentes erosivos, uma mesa abissal é uma estrutura vulcânica intrusiva cujo topo é, mais ou menos, planar. Nesta maqueta do fundo do Oceano Atlântico equatorial, feita pela expedição alemã do Meteoro, entre 1925 e 1929, várias mesas abissais são propostas, em particular, entre a bacia abissal brasileira e argentina. É importante diferenciar os montes submarinos das mesas abissais, por vezes, chamadas, também, planaltos submarinos. Um monte submarino é uma montanha que se eleva-se do assoalhado oceânico, mas que não atinge a superfície do mar, o que quer dizer, que um monte submarino nunca forma uma ilha. Os montes submarinos, tipicamente, são vulcões extintos que se formam muito rapidamente e que, em geral, se elevam do assoalhado oceânico entre 1000 e 4000 metros. As mesas abissais são, em geral, pequenas províncias vulcânicas, isto é, pequenos planaltos vulcânicos. O planalto vulcânico das Kerguelen, localizado no oceano Índico, pode ser considerado como uma mesa vulcânica de grandes dimensões. Ele está, aproximadamente, a cerca de 3000 km do SO da Austrália e tem cerca de três vezes o tamanho do Japão. Esta mesa ou pequeno planalto abissal estende-se por mais de 2200 km segundo a direcção NO-SE, sob uma lâmina de água muito grande. As mesas abissais correspondem a ponto quentes (local na superfície da Terra que sofreu um vulcanismo activo durante um período geológico, relativamente, longo). Assim a mesa de Kerguelen, com as pequenas mesas abissais do oceano Atlântico Sul, estão associadas à ruptura do Gondwana que ocorreu à cerca de 130 Ma. À medida que as placas litosféricas com os seus continentes e assoalhado oceânico, passam por cima de um ponto quente, os vulcões com ele associados, deitam sobre a crusta oceânica ou continental uma grande quantidade de material vulcânico formando quer planaltos quer mesas abissais. O paradigma da tectónica das placas, é, de longe, a melhor explicação da maior parte das mesas abissais.
Mesa de Pergelissolo..........................................................................................................................................................................................Permafroste table
Table du pergélisol / Tabla de permafrost / Permafrostspiegel / 多年冻土表 / Верхний горизонт вечной мерзлоты / Permafrost tavolo
Limite superior do pergelissolo, isto é, do solo que tem uma temperatura de 0° C, ou inferior, durante dois ou mais anos. Sinónimo de Mesa de Permafroste.
Ver: « Mesa de Permafroste »
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« Ciclo de Milankovitch »
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« Glaciação »
Esta figura, baseada num esquema de R. G. Skinner, o qual utilizou os dados obtidos nas escavações da região à volta do lago de Kaminak (sudoeste de Nunavut, no norte do Canadá), mostra, claramente, as configurações típicas de uma superfície de pergelissolo, debaixo da camada de degelo estival. De cima para baixo, pode reconhecer-se: (i) A camada superficial composta de húmus, pedras e plantas ; (ii) A carapaça arenosa ; (iii) A camada siltosa saturada de água ; (iv) A mesa de pergelissolo estival ; (v) A camada siltosa gelada e (vi) As lentilhas de gelo. O pergelissolo sem água, e portanto sem gelo, é chamado pergelissolo seco. A superfície superior do pergelissolo é a mesa. Nas áreas de pergelissolo, o horizonte superficial do solo, que gela durante o inverno (terra sazonal gelada), mas que funde no verão, isto é, o horizonte sobrejacente ao pergelissolo, é o horizonte activo. A espessura deste horizonte depende, principalmente, da sua composição. Ele pode ter uma espessura inferior a uma dezena de centímetros quando os sedimentos são secos e ricos em matéria orgânica, e alguns metros quando os sedimentos são arenosos e com grande porosidade. É nesta camada que a vida vegetal é possível. A maior parte do pergelissolo está localizada a grandes latitudes, próximo dos pólos, mas existe também o pergelissolo alpino a baixa latitude, mas a grande altitude. A extensão do pergelissolo varia muito com as mudanças climáticas que afectaram e afectarão a superfície terrestre. A maior parte do Árctico está coberta de pergelissolo (incluindo, evidentemente, as áreas de pergelissolo descontínuo). Nas regiões onde o pergelissolo é contínuo e os invernos muito duros, como, por exemplo, na Sibéria, ao norte dos rios Lena e Yana, a espessura do pergelissolo podem atingir mais de 1000 metros. No hemisfério norte, a linha de pergelissolo contínuo é definida pelos pontos ao norte dos quais, algumas vezes, o pergelissolo funde ou é interrompido por regiões sem pergelissolo. Ao norte desta linha, todo a terra está coberta por pergelissolo ou gelo glaciar. Esta linha que passa ao norte de certas latitudes, pode, gradualmente, deslocar-se para o norte ou para o sul função das mudanças climáticas regionais e globais.
Mesa de Permafroste.......................................................................................................................................................................................Permafroste Table
Table de permafroste / Tabla de permafrost (capa permanente de hielo) / Permafrostspiegel / 多年冻土表 / Верхний горизонт вечной мерзлоты / Permafrost tavolo
Profundidade do pergelissolo. Esta superfície, cuja temperatura máxima é de 0° C, está coberta pela camada activa, que gela no inverno, mas funde no verão, e onde uma certa vida vegetal é possível. Sinónimo de Mesa de Pergelissolo.
Ver: « Mesa de Pergelissolo »
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«Ciclo de Milankovitch »
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« Glaciação»
No hemisfério Norte, o permafroste ocupa, mais ou menos, 23 Mkm^2, isto é, cerca de 24% da superfície do hemisfério. O permafroste ocorre desde cerca 84° N (no norte da Gronelândia) até 26°N (no Himalaia). O permafroste não é definido em função da composição dos solos, cobertura de neve ou localização mas, unicamente, em função da temperatura. Qualquer rocha ou solo que permaneça a uma temperatura inferior a 0° C pelo menos dois anos é um permafroste. O permafroste pode conter mais de 30% de gelo, ou, praticamente, não ter gelo nenhum. A compreensão e localização do permafroste não é, unicamente, importante na engenharia civil e arquitectura, ela é muito importante para melhor perceber as mudanças climáticas. Em termos de extensão o permafroste pode ser: (i) Contínuo ; (ii) Descontínuo ; (iii) Esporádico e (iv) Isolado. Como estes termos são puramente descritivos, os limites entre estas diferentes zonas de permafroste são muito vagos. A determinação da localização e extensão do permafroste pode, por vezes, ser muito difícil. Assume-se que a temperatura do solo é igual a temperatura do ar, mas elas podem ser muito diferentes, uma vez que, mesmo em áreas com uma temperatura média inferior a zero, o permafroste pode não existir. Como ilustrado nesta figura, muitas vezes debaixo dos glaciares, rios, lagos e correntes, o permafroste pode estar ausente, ou ter uma mesa de permafroste muito mais profunda, embora a temperatura do ar seja inferior a zero. Em certas partes do Alasca, como ilustrado neste esquema, o permafroste está a grande profundidade debaixo dos lagos profundos, a profundidade intermediária debaixo de pequenos lagos profundos e quase em superfície debaixo de lago pequenos e pouco profundos. Ele pode mesmo não existir debaixo de lagos de grande profundidade. Na pesquiza petrolífera, o conhecimento da profundidade da mesa de permafroste é crucial para interpretação e reprocessamento das linhas sísmicas, tiradas nessas áreas, uma vez que o permafroste introduz variações laterais da velocidade das ondas sísmicas.
Mesobentos..................................................................................................................................................................................................................................................Mesobenthos
Mésobenthos / Mesobentos / Mesobenthos (Flora und Fauna leben am Boden der Tiefsee von 182 bis 914 m) / Mesobenthos(植物和动物生活在深海底部,从182到914中号) / Мезобентос / Mesobenthos (flora e fauna che vivono sul fondo del mare profondo tra 182-914 m)
Todos os animais e plantas que vivem no fundo do mar a profundidades entre 200 e 1000 metros. Para certos geocientistas, os zoobentos são classificados em função das dimensões em: (i) Microbentos ; (ii) Meso ou Meiobentos e (iii) Macrobentos, o que torna o termos mesobento muito confuso.
Ver: « Bentos »
&
« Pelágico (organismo) »
&
« Merobentos »
O funcionamento do ambiente marinho é similar ao de qualquer outro ecossistema do planeta. Existem organismos produtores, que sintetizam a matéria orgânica a partir da inorgânica. Isso pode ser feito pela fotossíntese, que utiliza a luz como fonte de energia, como ocorre com as macro e microalgas, bactérias fotossintetizantes e vegetais superiores marinhos, como as gramíneas marinhas existentes nas regiões costeiras. A outra forma é através de processos de quimiossíntese, em que a fonte de energia para síntese de matéria orgânica é obtida de alguns componentes inorgânicos. Este tipo de produção é a base, por exemplo, da cadeia alimentar das fontes termais submarinas. No nível seguinte estão os organismos consumidores, que se alimentam da biomassa dos produtores (herbívoros) ou de outros consumidores (carnívoros). Por último, existem os organismos decompositores, que decompõem a matéria orgânica novamente em compostos inorgânicos, fechando o ciclo dos materiais. Os decompositores são fundamentalmente constituídos pelas bactérias decompositoras. No ecossistema marinho existem diversas comunidades, isto é, grupos de organismos que ocupam um determinado habitat, e em cada comunidade existem organismos pertencentes a todas as categorias tróficas, ou seja, produtores, consumidores e decompositores. Nos oceanos, o bentos, que formam as comunidades bentónicas, representam os organismos que estão associados de alguma maneira ao substrato. Alguns são fixos (anémonas), outros enterrados (poliquetas), outros vágeis (caranguejos e linguados) que nadam apenas próximo ao fundo do mar. As comunidades planctónicas e nectónicas circulam pela água. A distinção entre plâncton e nécton é feita pela capacidade deles vencerem ou não as correntes. Os organismos do nécton (peixes e mamíferos marinhos,etc) são capazes de nadar contra a corrente, enquanto os organismos do plâncton são levados pelas correntes, embora tenham a capacidade de natação. Os organismos do plâncton são geralmente microscópicos ou muito pequenos, como, por exemplo, as microalgas do fitoplâncton. (http://www.comciencia.br/ reportagens/litoral/lit02.shtml).
Mesopelágico (organismo)............................................................................................................................................................................................................Mesopelagic
Mésopélagique (organisme) / Mesopelágico (organismo) / Mesopelagic (Living in Tiefen zwischen etwa 180 bis 900 m) / Mesopelagic (生活在水深约180米至900米之间) / Мезопелагический (организм) / Mesopelagico
Organismo pelágico que vive entre 200 e cerca de 1000 metros de água, i.e., que vive entre a zona fótica epipelágica e a zona afótica batipelágica (onde não existe nenhuma luz).
Ver: « Pelágico (organismo) »
&
« Bentos »
&
« Fisiográfica (província) »
Os organismo mesopelágicos são os organismos que vivem na zona mesopelágica, que é a zona pelágica que se estende desde 200 m até cerca de 1000 m abaixo do nível do mar. A zona mesopelágica (o termo meso vem do grego è significa meio) está localizada entre, isto é, no meio da zona epipelágica fótica e da zona batipelágica afótica, onde não há praticamente luz. A pouca luz que ultrapassa a zona mesopelágica é insuficiente para a fotossíntese (processo através do qual as plantas, seres autotróficos, isto é que produzem seu próprio alimento, e alguns outros organismos transformam energia a luminosa em energia química transformando o dióxido de carbono, água e minerais em compostos orgânicos e oxigénio). Embora a temperatura varia menos do que na zona epipelágica, é na zona mesopelágica que se localiza a termoclina (variação brusca de temperatura em uma determinada profundidade do mar) com temperaturas que variam de cerca de 20° C na parte superior a cerca de 4° C na parte inferior. Peixes como o espadarte, lulas, enguias lobo, choco, e outras criaturas do mar meioprofundo vivem nesta zona e são considerados com organismos mesopelágicos. Quando o sonar começou a ser utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, muitos operadores detectaram o fundo do mar a uma profundidade de 300-500 m durante o dia, mas mais próximo da superfície durante a noite. Com efeito, milhões de organismos, incluindo peixes e zooplâncton, ao entardecer, se deslocam para as partes menos profundas para se alimentarem de plantas microscópicas, onde o luz do sol penetra. Em noites de luar essa camada profunda permanece, embora os animais dentro dela respondam às nuvens que passam sobre a lua. Muitas espécies, incluindo medusas, lulas e crustáceos fazem parte destas migrações verticais, mas são, principalmente, os peixes que originam o eco que os operadores do sonar interpretaram como o fundo do mar. Este falso fundo do mar é conhecido hoje como a camada profunda de dispersão, a qual prova que é difícil e mesmo errado caracterizar os organismos, unicamente, em função da profundidade uma vez que eles podem migrar verticalmente centenas de metros.
Mesotema..................................................................................................................................................................................................................................................................Mesothem
Mésothème / Mesotema / Mesothem (Stratigraphie) / Mesothem (地层) / Мезотема / Mesotema
Unidade estratigráfica, com uma duração-tempo significativa, que corresponde a um ciclo de deposição. Na plataforma continental, um mesotema é, normalmente, limitado, em baixo e em cima, por discordâncias, mas os seus limites são definidos por pontos-típicos na base das cronozonas dos sedimentos depositados em continuidade na bacia (AGI, 1999). Um mesotema é composto por vários ciclotemas. Um conjunto de mesotemas forma um sintema. Na estratigrafia sequencial, um mesotema corresponde, mais ou menos, a um ciclo-sequência.
Ver: « Ciclotema »
&
« Ciclo-Sequência »
&
« Cronozona »
Deste o advento da estratigrafia sequencial os termos sintema, mesotema e ciclotema são pouco utilizados. Eles estão associados ao método biostratigráfico, isto é, a um conjunto de processos geológicos, que promove e facilita a integração multidisciplinar dos dados paleontológicos, geológicos e geofísicos e que conduz a uma padrão funcional de correlações. A base deste método biostratigráfico é o reconhecimento de uma unidade estratigráfica chamada "Biotema", que não é outra coisa que um corpo sedimentar: (i) Limitado a montante, i.e., próximo da linha da costa, por discordâncias, que podem ser reconhecidas por fósseis (contudo uma discordância só se pode datar em água profunda onde o hiato é mínimo) ; (ii) Conforme como os biotemas sobrejacente e subjacentes no seu máximo desenvolvimento, que, idealmente, é na plataforma ; (iii) Quando aplicável, conforme ou limitado por superfícies de sem-deposição e/ou erosão submarina (a jusante do rebordo da bacia) ou equivalente afamado (depositado em condições de fraca taxa de sedimentação) e (iv) Caracterizado por uma sucessão coerente de depósitos de fácies. Os biotemas são unidades práticas com definições e graus de refinamento dependentes, unicamente, da qualidade e disponibilidade dos controlos biostratigráficos. Os biotemas representam hierarquias estratigráficas conceptuais. Num hierarquia decrescente, em geral, consideram-se três tipos de biotemas: (a) Sintemas ; (b) Mesotemas e (c) Ciclotemas. Idealmente, cada biotema, e, em particular, os mesotemas e ciclotemas são interpretados como tendo sido depositados em relação e, provavelmente, equivalentes a um ciclo transgressão-regressão (deslocamento dos depósitos costeiros para a terra e depois para o mar).
Mesotrófico (lago)....................................................................................................................................................................................................................................Mesotrophic
Mésotrophique (lac) / Mesotrófico (lago) / Mesotrophen See / 营养型湖泊 / Мезотрофное озеро / Lago mesotrofico
Lago intermediário entre um lago oligotrófico e eutrófico. Um lago oligotrófico contém pouca concentração de nutrientes necessários para o crescimento das plantas e assim a produtividade do lago é pequena. Um lago eutrófico, ao contrário, é muito rico em nutrientes e tem um alta produtividade.
Ver: « Lago »
&
« Lago Temporário »
&
« Matéria Orgânica (tipos) »
Um lago mesotrófico contém uma quantidade média de nutrientes, sobretudo fósforo e azoto, e assim, praticamente, ele corresponde a um estágio intermediário, entre as situações extremas dos lagos oligotróficos e eutróficos. A produtividade de um lago mesotrófico varia entre 250 e 1000 mg de carbono por metro quadrado e por dia. Os lagos mesotróficos, como, por exemplo, os que se localizam no centro do estado do Minnesota (EUA) têm uma água clara com algumas algas no verão. Os lagos mesotróficos são excelentes para a pesca desportiva, uma vez que aí habitam uma grande variedade de peixes. Todos os lagos sofrem mudanças de temperatura importantes, o que faz que as suas características variem. Quando a temperatura da água aumenta, ela torna-se menos densa. Ao contrário, ela é mais densa quando a temperatura diminui (a excepção a esta regra é quando a água atinge o seu máximo de densidade a, aproximadamente, 4°C). No que diz respeito à mudança de temperatura da água em profundidade dentro de um lago (estratificação térmica), os lagos mesotróficos têm um comportamento muito diferente dos oligotróficos, uma vez que, no verão, eles se estratificam em várias camadas. A camada superior torna-se muito quente e com muitas algas. Assim, um algo mesotrófico enriquece-se em oxigénio resultante da fotossíntese. A camada inferior de um lago mesotrófico permanece fria e torna-se anóxica (pobre em oxigénio). Isto acontece devido ao facto, que os organismo, que morrem vão para o fundo do lago, onde se decompõem o que consome muito oxigénio. Uma vez que, no verão, a água do fundo do lago mesotrófico não se mistura coma água superficial, o fundo do lago não pode ser reabastecido em oxigénio. As implicações da falta de oxigénio são que nem os peixes nem qualquer outro organismo pode viver sem oxigénio, por conseguinte, no meio do verão, todos os peixes se deslocam para as camadas superiores ricas em oxigénio, o que agrada, naturalmente, aos pescadores desportistas. A introdução de novas espécies animais ou vegetais pode destruir os ecosistemas de um lago mesotrófico.
Mesozóico....................................................................................................................................................................................................................................................................Mesozoic
Mésozoïque / Mesozoico / Mesozoikum / 中生代 / Мезозо́ / Mesozoico
Uma das Eras do Fanérozoico Eon, que durou de 245 Ma ate 66,4 Ma.
Ver: « Tempo Geológico »
&
« Escala do Tempo (geológico) »
&
« Cretácico »
Como ilustrado nesta figura, o Mesozóico divide-se em três períodos: (i) Triásico, que durou, mais ou menos, 35 My, entre 245 e 208 Ma ; (ii) Jurássico, que durou, aproximadamente, 62 My, entre 208 e 146 Ma e (iii) Cretácico, que durou cerca de 81 My, entre 146 e 65 Ma. O Mesozóico, que em termos etimológicos significa vida média (animais), é o tempo durante o qual a fauna terrestre mudou de maneira drástica em relação à fauna do Paleozóico. Os dinossauros, que são talvez os organismos mais populares do Mesozóico, desenvolveram-se no Triásico, mas até ao Jurássico, não eram muito diversificados. À excepção das aves, os dinossauros extinguiram-se no fim do Cretácico. O Mesozóico foi, também, um tempo de grande mudança da vegetação terrestre. No início do Mesozóico, os fetos, cicades, ginkgófitas e outras plantas, que hoje não são muito comuns, eram predominantes. As gimnospérmicas modernas, como, por exemplo, as coníferas, apareceram com a sua forma mais reconhecida no início do Triásico. Cerca do meio do Cretácico, apareceram as primeiras angiospérmicas, que começaram a diversificar-se ultrapassaram todos os outros tipos de plantas. Em termos de estratigrafia sequencial, pode dizer-se que o Mesozóico corresponde, grosso modo, à subida eustática induzida pela dispersão dos continentes resultantes da ruptura do supercontinente Pangeia, quer isto dizer, à subida do nível do mar do ciclo eustático de 1a ordem, que começou com a ruptura da Pangeia. Foi a partir do Cenomaniano -Turoniano, que o nível eustático começou a descer. O Mesozóico corresponde, aproximadamente, à fase transgressiva do ciclo estratigráfico de invasão continental, o qual é caracterizado por intervalos sedimentares com uma geometria retrogradante, o que explica o aumento progressivo da lâmina de água de deposição, à medida que a extensão das plataformas continentais era cada vez maior. De maneira mais rigorosa, como dito antes para a subida do nível do mar, a partir do Cenomaniano-Turoniano, isto é, a partir da superfície da base das progradações SBP. 91,5 Ma, a geometria dos intervalos sedimentares do Mesozóico deixa de ser retrogradante para se tornar, predominantemente, progradante, uma vez que, globalmente, o nível do mar começou a descer.
Metano........................................................................................................................,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.......................................................................................Methane
Méthane / Metano / Methan / 甲烷 / Метан / Metano
É o hidrocarboneto mais simples, uma vez que ele é constituído por um carbono e quatro hidrogénios (CH4). O metano é o principal componente do gás natural.
Ver: « Gás »
&
« Gás Biogénico »
&
« Gás do Carvão »
O metano existe sob várias formas e em associações diversas, quer na atmosfera terrestre quer no subsolo. Actualmente, a concentração de metano na atmosfera é muito mais baixa do que era no início da história geológica, principalmente, devido ao aumento do teor de oxigénio. Ela era de cerca de 1745 ppb (parte por bilião, 109) em 1998, mas este valor é médio, uma vez, que a sua concentração é muito maior no hemisfério norte do que no hemisfério sul. É necessário ter em linha de conta a variação induzida pelas estações (ela é menor durante o verão, devido a remoção pelo seu radical hidróxido). A discrepância entre as concentrações ao norte e ao sul do equador, que muitos lóbis ecologistas esquecem, sistematicamente, afim de terem o apoio dos agricultores, é devido, evidentemente a produção de metano pelos ruminantes (o gado, em particular), culturas e homem. Isto é extremamente importante, uma vez que o metano, na atmosfera, é um gás a efeito de estufa (se efeito de estufa existir como normalmente definido), que tem um potencial de aquecimento de 25 em 100 anos, o que quer dizer, que as emissões de metano têm um impacto na temperatura que é 25 vezes superior ao impacto da mesma quantidade de dióxido de carbono (CO2) durante o mesmo período de 100 anos (outra coisa que os ecologistas esquecem). No subsolo, o metano existe sobretudo sob duas formas: (i) Sólida cristalina, nos clatratos (gás hidrato) e (ii) Gasosa, nos pântanos, carvão ou nos poros das rochas-reservatório dos campos petrolíferos. Embora certos especialistas digam que a quantidade de metano nos clatratos possa ser 100 vezes maior do que todas as reservas de gás convencional, até hoje, unicamente, quantidades de gás insignificantes foram produzidas a partir dos clatratos (produções que alguns geocientistas continuam a negar). De qualquer maneira, a maior parte das reservas de gás produzidas e a produzir, sem contar com o gás biogénico, estão associadas aos campos petrolíferos e elas resultam da catagénese da matéria orgânica das rochas-mãe. Nesta linha sísmica, reconhece-se (pelas anomalias de amplitude dos reflectores), um horizonte profundo de gás de catagénese e outro, superficial, induzido por gás biogénico.
Metano do Carvão (em camadas) .........................................................................................................................................................Coal Bed Methane
Méthane du charbon en couches / Metano de mantos de carbón / Coal Bed Methane (CBM) / 煤层气 / Метан угольных пластов / CBM (dall'inglese Coal Bed Methane)
Metano produzido durante a carbonização da matéria orgânica vegetal. Contrariamente a matéria orgânica marinha (como a das algas), a matéria orgânica vegetal, quando enterrada, suficientemente, não gera petróleo, mas metano. Nos Estados Unidos, a produção do metano do carvão em camadas constitui cerca de 8% da produção de gás natural. Esta produção é, relativamente, difícil e dispendiosa, visto que ela implica, antes de tudo, a produção da água que preenche as fracturas do carvão. Durante a produção do metano, a produção de água, por vezes contaminada, pode tornar os projectos pouco ou não rentáveis
Ve : « Gás »
&
« Gás Biogénico »
&
« Metano »
No estado de Montana, nos Estados Unidos, criou-se uma grande controvérsia quando certas companhias petrolíferas anunciaram a provável produção de metano a partir das camadas de carvão, que ocorrem na parte Este do estado. Um tal anúncio significava uma boa coisa para os habitantes da região, uma vez que a produção de gás a partir do carvão em camadas forneceria energia para o aquecimento das habitações e da água. Por outro lado, um tal anúncio significava também, o que muitas pessoas esquecem, que a produção do metano implica uma produção enorme de água, que. muitas vezes, é poluída por um certo número de substâncias dissolvidas como, o arsénio. Quando o material vegetal é enterrado e transformado em carvão, a carbonização é acompanhada de uma produção de metano significativa. É a presença deste gás nas camadas de carvão que a causa as explosões nas minas de carvão que continuam a matar muita gente. Como nas camadas de carvão, uma grande quantidade de metano se encontra na água subterrânea que preenche as fracturas e os poros do carvão, a pressão geostática conserva o metano do carvão dissolvido da mesma maneira que a pressão conserva o dióxido de carbono numa garrafa de coca-cola fechada. Da mesma maneira que o gás se libera quando se abre uma garrafa de coca cola, desde que um poço atinge a camada de carvão, a pressão diminui, e a água e o metano sobem para a superfície, mas a água, que é muito mais abundante do que o gás tem que ser separada do gás.
Metano de Carvão em Camada.......................................................................................................................................Coal Bed Methane
Gaz du charbon / Gas de carbón / Steinkohlengas, Coal bed methane / 煤层气 / Угольный метан / CBM, Gas illuminante
Metano produzido durante a carbonização da matéria orgânica vegetal. Contrariamente a matéria orgânica marinha (como, a das algas), a matéria orgânica vegetal, quando enterrada, suficientemente, não gera petróleo, mas metano. Nos Estados Unidos, a produção do metano do carvão em camadas constitui cerca de 8% da produção de gás natural. Esta produção é, relativamente, difícil e dispendiosa, visto que ela implica, antes de tudo, a produção da água que preenche as fracturas do carvão. Durante a produção do metano, a produção de água, por vezes contaminada, pode tornar os projectos pouco ou não rentáveis.
Ver: « Gás »
&
« Gás Biogénico»
&
« Metano »
Recentemente, no estado de Montana, nos Estados Unidos, criou-se uma grande controvérsia quando certas companhias petrolíferas anunciaram a provável produção de metano a partir das camadas de carvão, que ocorrem na parte Este do estado. Um tal anúncio significava uma boa coisa para os habitantes da região, uma vez que a produção de gás a partir do carvão em camadas forneceria energia para o aquecimento das habitações e da água. Por outro lado, um tal anúncio significava também, o que muitas pessoas esquecem, que a produção do metano implica uma produção enorme de água, que, muitas vezes, é poluída por um certo número de substâncias dissolvidas como, por exemplo, o arsénio. Quando o material vegetal é enterrado e transformado em carvão, a carbonização é acompanhada de uma produção de metano significativa. É a presença deste gás nas camadas de carvão que a causa as explosões nas minas de carvão que continuam a matar muita gente. Como nas camadas de carvão, uma grande quantidade de metano se encontra na água subterrânea que preenche as fracturas e os poros do carvão, a pressão geostática conserva o metano do carvão dissolvido da mesma maneira que a pressão conserva o dióxido de carbono numa garrafa de coca-cola fechada. Da mesma maneira que o gás se libera quando se abre uma garrafa de coca cola, desde que um poço atinge a camada de carvão, a pressão diminui, e a água e o metano sobem para a superfície, mas a água, que é muito mais abundante do que o gás tem que ser separada do gás.
Metargilito..................................................................................................................................................................................................................................................Meta-argillite
Métargillite / Metarcillita / Meta-Argillit / 变粘土质的 / Мета-аргиллит / Metargillito
Argilito que foi enterrado, suficientemente, para atingir a zona de anquimetamorfismo, isto é, o primeiro grau de metamorfismo, o qual se manifesta, muitas vezes, por uma recristalização da ilite.
Ver: « Ardósia »
&
« Argilito »
&
« Argila »
À medida que um argilito é fossilizado e enterrado pelos depósitos sedimentares sobrejacentes, o aumento da pressão e temperatura começa, pouco a pouco, a modificá-lo até que ele se transforme num xisto metamórfico. Ao longo de um tal enterramento, o argilito passa sucessivamente por três zonas bem conhecidas dos geocientistas: (i) Diagénese, (ii) Catagénese e (iii) Metagénese. O conjunto do sector inferior da zona de catagénese e parte superior da zona de metagénese forma o domínio anquimetamórfico, isto é, que as rochas que atingem esse domínio ainda não são, verdadeiramente, rochas metamórficas, mas a matéria orgânica que elas tinham já foi, totalmente, transformada, uma vez que o índice de reflectância da vitrinite é superior a 1,2. A combinação da cristalinidade da ilite (mineral argiloso resultante da alteração da ortoclase) e a reflectância da vitrinite (um dos componente principais dos carvões e de muitos cerogénios sedimentares) pode ser utilizada como um geotermómetro e, indirectamente, como um meio de determinar o enterramento máximo de um intervalo sedimentar. A história que se seguem mostra como estes geotermómetros foram e são úteis, na pesquiza petrolífera. Nos anos 60, a primeira grande questão da pesquiza petrolífera do onshore da bacia do Kwanza, era de saber qual era a verdadeira rocha-mãe do petróleo descoberto em Quenguela, mas também do petróleo descoberto no onshore de Cabinda, uma vez que as rochas ricas em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) estão, actualmente, insuficientemente enterradas. A primeira hipótese foi a de admitir que os argilitos do substrato (Karoo) eram as verdadeiras rochas-mãe. Contudo, as análise feitas por Bernard Kubler da Universidade de Neuchâtel (Suíça) mostravam, segundo ele, que os argilitos eram na realidade meta-argilitos, e que o anquimetamorfismo era anterior ao depósito dos sedimentos da bacia do Kwanza, o que excluía, imediatamente, a hipótese do petróleo ter sido gerado por tais rochas. O mesmo B. Kubler ao analisar as rochas ricas em matéria da bacia do Kwanza e Cabinda verificou que o índice de reflectância da vitrinite era superior ao do enterramento actual, o que o levou a admitir que as rochas-mães tinham sido levantas mais de 1000 m.
Metasoma (mineral).................................................................................................................................................................................................................................Metasoma
Métasomé (minéral) / Metasoma (mineral) / Metasome (Mineral) / Metasome(矿产) / Метасома / Metasome (minerale)
Mineral substituto, que cresce à custa de outro mineral (palasoma).
Ver: « Palasoma (mineral) »
&
« Diagénese »
&
« Meteorização »
Um tactito é um tipo de rocha que tem uma composição mineralógica complexa. Ele é, geralmente, considerado como um tipo de corneanas e formado por metamorfismo de contacto (que ocorre à volta das rochas ígneas) e metassomatismo das rochas carbonatadas (alteração química de uma rocha por hidrotermalismo e outros fluídos) e de outra natureza, com uma formação importante de metasomas (minerais de substituição, que crescem à custa de minerais originais chamados palasomas). O termo corneana ("skarn" ou "hornfels") foi utilizado pela primeira vez na Suécia para designar, unicamente, os depósitos minerais que se formavam junto das intrusões ígneas. Actualmente, o termo corneana é utilizado de maneira mais larga e refere-se a todas as rochas que se formam nas diferentes zonas de metamorfismo que se podem individualizar à volta das intrusões. Estas zonas caracterizam-se pela introdução de grandes quantidades de ferro, sílica, alumínio e magnésio, quer nos calcários, quer em outras rochas sedimentares. As corneanas encontram-se em todo o mundo e elas são, particularmente, abundantes no Mesozóico. A zona a corneanas é, em geral, relativamente, irregular e função dos limites da rocha intrusiva e da rocha inicial. Ela contém, por vezes, minérios de ferro, cobre, ouro, volfrâmio, etc., embora em pequenas quantidades. As características mais importantes das corneanas podem resumir-se assim: (i) Não têm xistosidade, quer isto dizer, que os seus grãos minerais não se orientam paralela ou subparalelamente uns aos outros ; (ii) Algumas corneanas têm um grão fino e cor escura ; (iii) Podem derivar de rochas sedimentares argilosas, em particular argilitos, por metamorfismo de contacto ; (iv) As corneanas derivadas das rochas argilosas contém, com frequência, silicatos de aluminio (andaluzite, cordierite, etc.) ; (v) Certas corneanas têm uma granulometria variável e cor clara como as derivadas das rochas sedimentares carbonatadas ; (vi) As cornenanas derivadas das rochas carbonatadas além de calcite, têm silicatos cálcicos e alumino-cálcicos (piroxenas cálcicas, granadas cálcicas, epídotos, wollastonite, etc.) ; (vii) Outros tipos de corneanas podem pôr-se em evidência função da natureza da rocha original.
Meteorização, Alteração.............................................................................................................................................................................................................Weathering
Météorisation, Altération / Meteorización / Verwitterung / 風化 / Вывéтривание / Meteorizzazione
Decomposição das rochas, solos e seus minerais por contacto directo com a atmosfera terrestre. A meteorização ocorre no sítio, sem movimento e, assim, não pode ser confundida com a erosão, a qual envolve movimento e desintegração das rochas e minerais por agentes erosivos como a água, gelo, vento, gravidade, etc.
Ver: « Palasoma (mineral) »
&
« Diagénese »
&
« Ciclo das Rochas »
Nesta fotografia, os efeitos da meteorização podem observar-se sem grande dificuldade. Durante o processo da meteorização, o material duro e resistente é deixado no sítio, enquanto que o material menos resistente é desgastado pela acção do vento e água. A meteorização mecânica é a causa da desintegração das rochas. O processo principal da meteorização mecânica é a abrasão (processo pelo qual os clastos e outras partículas são reduzidas de tamanho). A meteorização química e física actuam, frequentemente, em associação com a meteorização mecânica. Por exemplo, as fracturas atacadas pela meteorização mecânica aumentam a superfície de exposição aos agentes químicos. A acção química sobre os minerais nas fracturas ajuda os processos de desintegração. Isto sucede, por exemplo, quando a água das ondas do mar agitado é injectada nas fracturas de uma parede rochosa. Uma tal injecção de água, comprime o ar no fundo da fractura contra a rocha o que a enfraquece substancialmente. Desde que a onda se retira (corrente de refluxo, por exemplo), o ar que foi comprimido no fundo da fractura é, rapidamente, libertado com uma força explosiva. Esta libertação explosiva do ar, altamente, pressurizado racha fragmentos da parede rochosa alargando assim as fracturas. Na zona litoral, existe um tipo de meteorização muito interessante, que alguns geocientistas chamam haloclastia. Com efeito, como o seu nome sugere, este tipo de meteorização é causado pela cristalização do sal, que, pouco a pouco, desintegra as rochas. Quando as soluções salinas entram nas fracturas e depois se evaporam, elas abandonam os cristais de sal. Estes cristais quando aquecidos pela luz do sol dilatam-se, o que exerce uma pressão muito grande contra a rocha. A cristalização do sal pode também fazer-se a partir de soluções, que atacam a rocha, e que formam soluções salinas de sulfato ou carbonato de sódio, que evaporando-se depositam sal.
Método do PPC (sismique)...............................................................................................................................................................Common Depth Method
Méthode du CDM (sismique) / Método do PPC (sísmica) / CDM-Verfahren (Seismik) / 清洁发展机制方法(地震) / МОГТ (метод общей глубинной точки) / Metodo CDM (sismica)
Para melhorar a relação sinal/ruído de um tiro sísmico, a fonte e o seu traço são deslocados de uma certa distancia para baixo da linha de tiro, afim que as reflexões, da mesma camada, sejam captadas pelos geofones em posições, ligeiramente, diferentes. Este processo é conhecido pelo método do ponto de profundidade comum (PFC). Repetindo os tiros e medindo-os de posições, ligeiramente diferentes, ao longo de um perfil transversal linear, os sinais são registados várias vezes e podem, assim, ser adicionados. Isto amplifica os sinais e reduz, parcialmente, o ruído, visto que o ruído não tem nenhuma configuração regular ao longo da linha de tiro. Depois, todos os sinais do perfil são agrupados, examinados ao computador e imprimidos como um perfil sísmico.
Ver: «Sísmica de Reflexão »
&
« Linha Sísmica »
&
« Reflexão Sísmica »
Em termos simples, a sísmica de reflexão é o processo de fazer um grande estrondo e de ouvir os ecos. É um processo semelhante aos sonares dos navios que capta o eco para determinar a profundidade do fundo do mar. Em terra, o estrondo é, normalmente, produzido por uma explosão, em geral, dinamite enterrada, mas também pode ser produzido de maneira mecânica (Vibroseis). No mar, em geral, utiliza-se o barulho da explosão de bolhas de gás debaixo de água. As ondas sonoras viajam em todas as direcções mas, unicamente, as que viajam quase, directamente, para baixo podem ser reflectidas pelas interfaces debaixo da explosão. A aquisição e tratamento dos dados sísmicos passa por várias etapas. Este esquema ilustra a aquisição. O emissor cria um sinal de baixa frequência (explosão) que é reflectido pelas camadas sedimentares. Uma série de geofones ligados ao laboratório (aparelhos que têm uma caixa com uma mola montada numa bobina magnética de maneira que quando terreno vibra a caixa também vibra), colocada na superfície do terreno, capta as ondas reflectidas sob diferentes ângulos do emissor. O emissor e os geofones são depois deslocados para permitir que cada geofone capte as reflexões sob vários ângulos. As reflexões são registadas numa banda magnética e os registos afixados. Uma grande parte do ruído dos traços sísmicos é retirado por tratamento electrónico e os sinais das reflexões são agrupados no ponto de profundidade comum. Com efeito, através de uma correcção adequada, os traços podem ser adicionados ("stack"), o que aumenta a energia reflectida e reduz o ruído.
Micrite.................................................................................................................................................................................................................................................................................Micrite
Micrite / Micrita / Mikrit / 微晶 / Микрит / Micrite
Rocha sedimentar formada por lama ou matriz calcária de uma rocha. Para muitos geocientistas, a micrite é o equivalente da argila nas rochas clásticas (como, por num argilito). Originalmente, a micrite é depositada como agulhas microscópicas de aragonite, mas depois é convertida em calcite, que forma o cimento de muitas rochas. Como rocha, a micrite é densa, uniforme, finamente granulada e com fractura conchoidal.
Ver: « Calcite »
&
« Deposição (carbonatos) »
&
« Calcário »
Para a maior parte dos geocientistas, a micrite é uma rocha sedimentar formada por partículas calcárias com um diâmetro que varia entre 0,06 - 2 mm e que se deposita de preferência, mecanicamente, embora possa, em certos casos, depositar-se a parir de soluções. As partículas carbonatadas que formam a micrite são principalmente: (i) Restos de fósseis; (ii) Pequenos seixos; (iii) Grânulos de rochas carbonatadas e (iv) Oólitos (nódulos esféricos com uma estrutura concêntrica), que são transportas e calibradas por correntes de água. Como ilustrado, uma micrite é uma rocha densa, uniforme, finamente granulada e que tem, muitas vezes, uma fractura conchoidal. Não é raro que ela tenha veios de cor clara e, mais ou menos, paralelos. Estas laminações são, provavelmente, laminações algares produzidas na planície de maré por colónias de algas verdes e azuis. A micrite é uma das rochas carbonatadas mais comuns. Muito daquilo que o povo, e não só, chama calcário é, na maior parte das vezes, micrite. Como o que acontece com a argila (que forma a rocha chamada argilito), a micrite deposita-se, em geral, em águas calmas e encontra-se nos ambientes sedimentares onde essas condições existem. Embora, muitos geocientistas associem águas calmas com águas profundas, onde a influência das ondas e das correntes é, em geral, nula, quando se trata de depósitos carbonatos uma tal associação não é uma boa regra. As micrites e, particularmente, as micrites com laminações algares, como a ilustrada nesta figura, formam-se sobretudo na parte superior das planícies de maré (intermareal superior e supramareal), onde a exposição ao ar é comum. Os carbonatos, qualquer que seja o seu tipo, estão normalmente associados com as regiões tectónicamente estáveis e com climas tropicais, quer isto dizer, com ambientes sedimentares estáveis, pouco profundos, associados com plataformas e mares epicontinentais.
Microbentos......................................................................................................................................................................................................................................Microbenthos
Microbenthos / Microbentos / Microbenthos / Microbenthos (底栖动物) / Микробентос / Microbentos
Organismo bentico (animal ou planta) com dimensões inferiores a 0,1 mm.
Ver: « Bentos »
&
« Pelágico (organismo) »
&
« Meroplâncton »
Em biologia marinha e limnologia, chama-se bentos aos organismos que vivem no substrato, fixos ou não, em contraste com os pelágicos, que vivem, livremente, na coluna de água. Os bentos ou organismos bentónicos são aqueles animais que vivem associados ao sedimento, quer marinho, quer das águas interiores, como os corais. O bentos subdivide-se em: (i) Fitobentos - as macroalgas, algumas microalgas e as plantas aquáticas enraizadas e ii) Zoobentos - os animais e muitos protistas bentónicos. Os zoobentos são muitas vezes subdivididos em: (a) Macrofauna, animais visíveis a olho nu, como a maior parte dos caranguejos, os equinodermes, larvas de insectos, vermes oligoquetas e algumas espécies de peixes ; (b) Meiofauna - animais que vivem, permanentemente, enterrados no sedimento, quer livres, quer dentro de estruturas por eles construídas; muitos moluscos, como as amêijoas, e vários tipos de vermes ; e (c) Microfauna - animais microscópicos que se desenvolvem sobre o substrato, principalmente, protistas. Tendo em linha de conta o tamanho os bentos são, normalmente subdivididos em: (1) Macrobentos, que são os maiores bentos, com um tamanho maior que 0,5 mm; com exemplos de macrobentos podem citar-se os vermes poliquetas, bivalves, equinodermes, anémonas, corais, esponjas, ascídias, tubulários e grandes crustáceos maiores, como caranguejos, lagostas etc ; (2) Meiobentos, que são pequenos são bentos com dimensões inferiores a 0,5 mm, mas superior a 32 μm (com exemplos podem citar-se os nematóides, foraminíferos, crustáceos pequenos, tais como os copépodos e ostracodos) ; (3) Microbentos que são bentos microscópicos com dimensões inferiores a 32 μm, como as bactérias, diatomáceas, ciliados, amibas, flagelados, etc. No que diz respeito à localização dos bentos muitos geocientistas consideram: (A) Epibentos, que vivem sobre a superfície dos sedimentos e (B) Hiperbentos, que vivem, imediatamente, acima dos sedimentos. A noção de bentos é, totalmente, independente da profundidade de água, o que quer dizer que a vida bêntica existe a diferentes profundidades às quais se pode encontrar o fundo do mar, isto quer dizer que os organismos bênticos ocorrem quer na (I) zona litoral ; (II) zona nerítica ; (III) zona abissal ou (IV) zona hadal.
Microcontinente...............................................................................................................................................................................................................Microcontinent
Microcontinent / Microcontinente / Mikrokontinent / 微大陆 / Микроконтинент / Microcontinente
Fragmento da crusta continental, mais pequeno que um continente e isolado.
Ver: « Supercontinente »
&
« Gondwana »
&
« Pangeia »
Frequentemente, para respeitar os registos geológicos nas reconstituições paleogeográficas, os geocientistas são, por vezes, obrigados a considerar microcontinentes, quer isto dizer, porções da crusta continental que são maiores do que ilhas, mas mais pequenas do que continentes. O microcontinente do Briançonnais (na região de Briançon na França) é um pedaço de crusta continental dos mantos Pénnicos, que segundo certas reconstruções paleogeográficas, parece ser parte de um outro microcontinente chamado Ibéria, o qual compreendia não só a Península Ibérica (Portugal e Espanha), mas também a Córsega, Sardenha e as Ilhas Baleares. Um outro microcontinente muito conhecido dos geocientistas é a Apúlia, o qual está ilustrado neste bloco diagrama, e que faz parte do enigma dos elementos geológicos, que, há cerca de 150 Ma, formavam o limite entre a Europa, América do Norte e África. A geologia dos Alpes orientais é complexa, devido à existência de vários domínios oceânicos e microcontinentes (microplacas), que se individualizaram entre a África e Europa. Esta complexidade é exagerada pelas relações entre o encurtamento sedimentar (regimes tectónicos compressivos) e os movimentos laterais de deslocamento, que dificultam substancialmente um arranjo coerente das placas litosféricas da região. É por isso, que certos geocientistas dividiram a orogenia Alpina em diferentes unidades tectónicas que reflectem, sobretudo, a paleogeografia do Mesozóico e Paleocénico. Na sua forma mais simples, como ilustrado acima, as placas tectónicas (litosféricas) envolvidas nesta orogenia são : (i) A placa europeia ; (ii) A placa oceânica associada ao Mar Tétis ; (iii) O microcontinente Apúlia e (iv) O oceano Meliata (oceano hipotético inferido da presença de pequenas lâminas tectónicas ao longo da ALCAPA (ALpes orientais, CArpátos ocidentais e a zona PAnónica do NO da Hungria). Pode dizer-se, que numa primeira fase, a Pangeia fracturou-se e induziu a formação do mar Tétis e do oceano Atlântico central, entre a Europa, ainda associada a América, e a África. Depois o microcontinente Ibéria separou-se da Europa criando um estreito mar, o chamado Mar do Valais. Mais tarde, o microcontinente Apúlia, que corresponde, actualmente, ao mar Adriático e à metade Este da Itália, individualizou-se do continente africano.
Migração (Kirchhoff)....................................................................................................................................................................................................Kirchhoff Migration
Migration (Kirchhoff) / Migración (Kirchhoff) / Kirchhoff Migration / 克希霍夫偏移 / Миграция Кирхгофа / Migrazione (Kirchhoff)
Método utilizado na pesquiza petrolífera na imagem em profundidade e na analise da velocidade. Na migração de um evento, em um único traço, uma faixa da migração de Kirchhoff espalha a energia de uma fonte em todos pontos do subsolo. Depois de cobrir todas as amostras em todos os traços, uma imagem de migração é obtida pelo empilhamento de todas as contribuições individuais.
Ver: « Linha Sísmica »
&
« Linha Migrada (sísmica) »
&
« Lei de Snell »
Dada uma fonte e um geofone sobre a superfície livre, e um reflector inclinado num meio acústico homogéneo, haverá apenas uma reflexão primária registado no traço sísmico (esquema da esquerda). Por comodidade, múltiplos e ondas directas serão ignorados. O tempo de chegada deste evento é igual ao tempo de trânsito de energia para se propagar desde a fonte até o ponto p e do ponto p até ao geofone. A linha tracejada no esquema da esquerda mostra o raio associado com essa trajectória. Neste modelo, a reflectividade no ponto p é enrolada com o pulso da fonte, o que produz uma onda diferente do pulso observado. Matematicamente, o modelo é descrito por d = Lm, onde d é o modelo dos dados sísmicos, L é um modelo operador linear e m é o modelo de reflectividade. O processo inverso da modelagem sísmica directa é a migração sísmica que projecta a energia observada em relação ao seu reflector de subsuperfície. A imagem migrada é dada por m = LTd. Para implementar a migração, é preciso saber a velocidade média. Aplicando a análise de velocidade (técnica para extrair informação da velocidade a partir dos dados), podemos obter uma estimativa razoável da distribuição de velocidade. Os métodos de migração não podem ser realizados sem o conhecimento da distribuição da velocidade do meio. A primeira etapa na migração de Kirchhoff (MK) é calcular os campos de trânsito para a origem e para o geofone. Geralmente, usa-se o método do traço dos raios para gerar um campo de trânsito grosseiro para, depois, obter um campo de trânsito muito mais fino por interpolação. Também se pode calcular os campos de trânsito resolvendo a equação eikonal (equação diferencial parcial não-linear encontrada nos problemas de propagação das ondas, quando a equação de onda é aproximada usando a teoria WKB), que é derivável das equações de Maxwell do electromagnetismo, e fornece uma relação entre o física óptica-onda e geométrica óptica -raios.
Migração dos Pólos (vagabundagem polar).................................................................................Polar Wandering, Poles' Migration
Migration polaire (errance polaire)/ Migración de los polos / Polar Wandern / 极地游荡 / Движение полюсов / Vagando polar
Deslocamento dos pólos da Terra invocado para explicar as glaciações da orogenia dos Appalaches (América do Norte, África do Sul, Austrália e Índia). Vários geocientistas admitiram que quando estas regiões estiveram aglutinadas (continente Gondwana), o Pólo Sul se localizava no oceano Pacífico, não longe das ilhas Hawai. Kreichgauer (1950), para explicar a grande cobertura de gelo entre a América do Norte e norte da Europa, admitiu que no início do Cenozóico, o Pólo Norte se deslocou para o Alasca e depois para o sul da Gronelândia e que clima suave do Quaternário é devido ao deslocamento do Pólo Norte do Sul da Groenlândia para a sua posição actual. Excepto para os movimentos de pequeno período (vacilação dos eixos), são os continentes e não os pólos que se deslocam.
Ve : « Supercontinente »
&
« Gondwana »
&
« Báltica »
Desde à muito tempo que os geocientistas constataram que as direcções de magnetização de muitas rochas não correspondiam à presente direcção do campo magnético terrestre. Unicamente em 1950, havia dados paleomagnéticos suficientes para sugerir que os pólos se deslocaram de maneira sistemática ao longo da história geológica. À escala da migração dos pólos, as inversões de polaridade do campo magnético terrestre são, relativamente, frequentes e a direcção do campo pode ser negligenciada. Esta figura mostra as diferentes posições do Pólo Norte desde o Paleozóico Inferior até ao hoje. Durante o Paleozóico Inferior, ele estava localizado no oceano Pacífico. No Carbonífero, ele estava localizado perto do equador, enquanto que durante o Jurássico, ele estava, mais ou menos, à latitude de Vancôver (Canadá). Na idade pré-glaciar, o Pólo Norte estava localizado no Alasca. Contudo, durante as idades glaciares ele estava situado entre a Gronelândia e a ilha de Bafin (Canadá). Se os continentes tivessem tido posições fixas, poderia supor-se que os trajectos do pólo magnético sobre a superfície da Terra era um fenómeno global, independente da localização do observador. Como as curvas de migração dos pólos para os diferentes continentes não concordam umas com as outras, isto tornou-se uma das primeiras evidências da dispersão e deslocamento dos continentes. Como as curvas de migração dos pólos convergem para a presente localização, é possível determinar o movimento relativo dos diferentes blocos continentais durante os diferentes intervalos do tempo geológico.
Mississipiano.........................................................................................................................................................................................................................................Mississippian
Mississippien / Mississipiano / Mississippium / 密西西比紀 / Миссисипский / Mississippiano
Subdivisão do período Carbonífero que durou de 359 Ma até 318 Ma. Como muitos dos outros períodos geológicos, as rochas que se depositaram durante este subperíodo identificam-se, facilmente, mas as suas idades variam de, mais ou menos, 5-10 My. São as rochas que afloram ao longo do vale do rio Mississipi que deram o nome a este subperíodo.
Ver: « Paleozóico »
&
« Tempo Geológico »
&
« Escala do Tempo (geológico) »
No fim do século XIX, os geocientistas americanos, começaram a chamar Mississipiano ao intervalo carbonatado inferior do Carbonífero, uma vez que ele forma excelentes afloramentos no vale do Mississipi. Da mesma maneira, eles chamaram Pensilvaniano, ao intervalo superior rico em carvão, o qual aflora com muita frequência na Pensilvânia. Rapidamente, o Mississipiano e Pensilvaniano foram reconhecidos como sistemas independentes e, em 1953, os Serviços Geológicos dos Estados Unidos reconheceram-os oficialmente. Embora a diferenciação entre a parte inferior e superior do sistema Carbonífero se observe em quase todas as partes do mundo, os geocientistas europeus continuaram a admitir um único sistema (Carbonífero). Nos Estados Unidos, o Mississipiano é formado, principalmente, por calcários marinhos. No estado do Kansas, as rochas do Mississipiano ocorrem em quase todas as áreas, excepto nas cristas do levantamento da parte central do estado (arco de Cambridge), norte e noroeste do anticlinal de Nemah e outras pequenas regiões, onde elas foram erodidas pelas descidas relativas do nível do mar, que ocorreram no Mississipiano Inicial, Tardio e também no Pensilvaniano. As descidas relativas do nível do mar foram, suficientemente, importantes para colocar o nível do mar debaixo do que rebordo da bacia, o que exumou as plataformas continentais (onde as bacias tinham uma plataforma). Um tal exumação expôs as rochas do Mississipiano aos agentes erosivos, que, em grande parte, foram erodidas. Foi durante esta época, que ocorreu a mais importante fase da orogenia que formou os Apalaches. Nos Estados Unidos, é frequente dividir o Mississipiano em quatro estágios : (a) Kinderhookiano ; (b) Osageano ; (c) Merameciano e (iv) Chesteriano, enquanto que na Europa, ele é, em geral, subdividido em três estágios : (i) Tournasiano, entre 359 e 345 Ma (± 3,0 My ; (ii) Viseano, entre 345 e 326 Ma (± 2,0 My) e (iii) Serpukhoviano, entre 326 e 318 Ma (± 2,0 My).
Modelo (geológico)..................................................................................................................................................................................................................................Geologic Model
Modèle géologique / Modelo geológico / Geologische Modell / 地质模型 / Геологическая модель / Modello geologico
Conjectura ou suposição geológica que pode explicam, de maneira satisfatória, um certo número de observações geológicas.
Ver: « Princípio Geológico »
&
« Sistema »
&
« Corte geológica »
É importante notar que um modelo geológico, como o ilustrado nesta figura, não tem nada a ver com uma teoria geológica, como a teoria da Tectónica das Placas. Ao contrário do uso corrente do termo teoria, a definição científica formal não corresponde é uma mera especulação ou um palpite geológico. Um palpite ou conjectura geológica, que pode ser testada, é o que os geocientistas chamam hipótese ou modelo geológico. Uma teoria geológica é qualquer coisa muito mais importante. Ela corresponde a um conjunto de hipóteses geológicas coerentes, testadas por evidência e raciocínio, com um grande poder explicativo. Uma teoria geológica é um conjunto de conjecturas geológicas interconetadas baseadas em evidência e raciocínio, que explicam um certo número de observações (de campo, de subsuperfície, sísmicas, etc.). Da mesma maneira, um facto geológico, como por exemplo, "esta rocha é uma rocha-reservatório", pode definir-se como uma declaração que é bem suportada por evidência, raciocínio e observações. Desta maneira um geocientista não pode esquecer que na definição de teoria geológica (grupo de declarações interconectados) existem três aspectos importantes das declarações ou hipóteses : (i) Elas têm que ser baseadas em observações ou evidência ; (ii) Elas têm que ser baseadas no raciocínio e lógica e (iii) Elas têm que ser coerentes e internamente consistentes. No exemplo ilustrado nesta figura, os geocientistas utilizando dados sísmicos fizeram certo número de observações : (a) Falhas normais curvas que se horizontalizam em suturas salíferas mais ou menos contínuas ; (b) Prisma salífero na base de uma das falhas normais ; (c) Uma estrutura antiforma com um núcleo de anidrite e carbonatos porosos (rocha-reservatório) no envelope externo e (d) Uma cobertura argilosa com uma configuração interna divergente en direcção da falha a montante. Tendo en conta estas observações que podem ser consideradas como factos geológicos, o geocientista avançou uma hipótese ou modelo geológico (esquema na parte inferior direita da figura), que, teoricamente, explica as observações e que, entre todos os modelos ou hipóteses possíveis, é o mais difícil de refutar.
Modelo de Depósito (areia-argila)......................................................................................................................................................Depositional Model
Modèle de dépôt (sable-argile) / Modelo de depósito (arena-arcilla) / Deposit Model (Sand-Ton) / 矿床模型(沙粘土)/ Депозит Модель (песчано-глинистые) / Deposito Model (sabbia-argilla)
No modelo de deposição (areia-argila), proposto por P. Vail (1977), ilustrado abaixo, são assumidas as conjecturas seguintes : (1) A eustasia é o factor principal que controla a ciclicidade dos depósitos sedimentares ; (2) Os intervalos sedimentares têm uma grande integralidade ; (3) A eustasia, subsidência, acomodação, acarreio sedimentar e o clima são os parâmetros geológicos principais que determinam a configuração dos estratos ; (4) As variações da subsidência e acarreio sedimentar são mais lentas que as variações eustáticas ; (5) O acarreio sedimentar é constante no tempo e espaço ; (6) A subsidência aumenta progressivamente, de maneira linear, em direcção das partes profundas da bacia ; (7) O intervalo de tempo entre cada linha cronostratigráfica é de 100 k anos, o que quer dizer, que à escala geológica, os processos de deposição são instantâneos e catastróficos.
Ver: « Modelo de Deposição (carbonatos) »
&
« Sedimentação »
&
« Ciclo Estratigráfico »
Numa linha sísmica, um ciclo-sequência (ciclo estratigráfico) é uma sucessão genética de reflexões, limitadas por discordâncias (ou pela suas conformidades correlativas) induzidas pelos estratos depositados durante um ciclo eustático de 3a ordem, quer isto dizer, que o ciclo eustático é limitado entre duas descidas relativas do nível do mar consecutivas que diferem entre 0,5 e 3-5 My. Neste modelo (areia-argila), reconhece-se três ciclos-sequência. O mais antigo, que engloba os intervalos de 1 a 5, é incompleto, assim como o mais recente (22 a 29). O ciclo intermediário (6 a 21) está completo, isto é, todos os cortejos sedimentares que formam, normalmente, um ciclo-sequência estão representados. De cima para baixo reconhecem-se : (i) Prisma de Nível Alto (PNA) ; (ii) Cortejo Transgressivo (CT) e (iii) Cortejo de Nível Baixo (CNB). O cortejo de nível baixo é formado por três membros : (a) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (b) Cones Submarinos de Talude (CST) e (c) Prisma de Nível Baixo (PNB). Cada ciclo-sequência é limitado, no topo e base, por discordâncias (ou suas conformidades correlativas em água profunda), isto é, por superfícies de erosão induzidas pelas descidas relativas do nível do mar (eustasia + tectónica, subsidência ou levantamento). As discordância reconhecem-se pelas terminações dos reflectores : (1) Biséis de agradação e (2) Biséis somitais (superiores), quer eles sejam por truncatura ou sem-deposição.
Modelo de Depósito (calcários).............................................................................................................................................................Depositional Model
Modèle de dépôt (calcaires) / Modelo de depósito (piedra caliza) / Deposit Model (Kalkstein) / 矿床模型(石灰石)/ Депозит Модель (известняк) / Deposito Model (calcare)
Na estratigrafia sequencial, dois modelos de deposição foram propostos por Vail (1977), um para os clásticos e outro para os carbonatos. Assumindo, para o modelo clástico, um acarreio sedimentar constante e, para o modelo carbonatado, uma produção de carbonato de 7,0 cm/ky (productividade máxima entre 3-10 m de profundidade de água) e todos os outros parâmetros iguais (eustasia, subsidência, etc.), a geometria dos ciclos-sequências reconhecidos em cada modelo é muito diferente como se pode constatar na figura abaixo.
Ver: « Modelo de Deposição (areia-argila) »
&
« Sedimentação »
&
« Ciclo Estratigráfico »
As escalas verticais e horizontais são métricas, mas diferentes. No modelo para clásticos : (i) O exagero vertical é cerca de 200 vezes ; (ii) Cada linha corresponde a uma superfície cronostratigráfica ; (iii) O espaçamento entre as linhas cronostratigráficas é de 100 k anos e (iv) O acarreio sedimentar é constante (a área entre duas linhas cronostratigráficas consecutivas é a mesma). O modelo para carbonatos, foi construído com a mesma curva relativa do nível do mar que o modelo para clásticos. Unicamente o acarreio sedimentar foi substituído por uma curva de produção de carbonato (7,0 cm/ky), o que quer dizer, que ao contrário do que sucede no modelo para clásticos, a área entre duas linhas cronostratigráficas consecutivas não é constante. Como se pode constatar, a geometria global dos dois modelos é muito diferente. No modelo para clásticos há depósitos acima do nível do mar, o que não pode acontecer no modelo para carbonatos, uma vez que a produtividade de carbonato é entre 3 e 10 metros de profundidade de água. Por outro lado, os cortejos de baixo nível, em particular os cones submarinos, quer de bacia quer de talude, são muito menos desenvolvidos no modelo para carbonatos. Contudo, as terminações das linhas cronostratigráficas são as mesmas, o que implica que em ambos os modelos se reconhecem o mesmo número de ciclos-sequência, uma vez que os ciclos são induzidos pelas curva das variações relativas do nível do mar, que é a mesma em ambos os modelos, e não pela natureza dos sedimentos. Reconhecem-se três ciclos-sequência, dos quais, unicamente, o intermediário o está completo. O ciclo mais antigo e o mais recente são incompletos. No primeiro depositou-se, unicamente, o prisma de nível baixo, enquanto que no segundo falta o prisma de nível alto e os cones submarinos.
Moho (descontinuidade de Mohorovicic)..............................................................................................................................................................Moho Discontinuity
Moho (discontinuité) / Moho (discontinuidad) / Moho / 莫霍面 / Мохо (разрыв) / Moho (discontinuità)
Abreviatura para a discontinuidade de Mohorovicic, isto é, a superfície que separa a crusta terrestre do manto subjacente.
Ver: « Crusta »
&
« Astenosfera »
&
« Sial »
A descontinuidade de Mohoroviĉiċ (ou Moho) limita a crusta terrestre do manto. Ela encontra-se a mais de 60 km debaixo das cadeias de montanhas e a sua espessura varia entre 0,2 e 3 km. A descontinuidade de Mohoroviĉiċ está localizada cerca de 5 km, debaixo da crusta oceânica, e entre 30 e 50 km debaixo da crusta continental. Debaixo das cadeias de montanhas, onde a crusta continental é mais espessa, devido às zonas de subducção do tipo A, a profundidade da descontinuidade de Mohoroviĉiċ atinge profundidades extremas, como, debaixo do planalto do Qinghai (Tibete), ela está a uma profundidade de cerca de 75 km. Este planalto está cercado por cadeias de montanhas importantes: Kunlun, ao noroeste, que o separa da Bacia do Tarim e pelas montanhas de Qilian que separam o planalto do deserto do Gobi. Esta descontinuidade : (i) Sublinha uma mudança abrupta da velocidade das ondas sísmicas, como se podem constatar no diagrama à esquerda desta figura ; (ii) Corresponde ao horizonte onde a velocidade das ondas P (as ondas mais rápidas e, consequentemente, as primeiras a chegar a uma estação sísmica, e que se movem através das rochas sólidas e dos líquidos) muda abruptamente de 6,7-7,2 km/sec, na crusta inferior, para 7,6-8,6 km/sec (média 8,1 km/sec) na parte superior do manto e (iii) Representa uma mudança química do material basáltico ou simático (rico em silício e magnésio), no topo, para um material peridotítico ou dunítico, na base. Um peridotito é um termo geral para designar uma rocha granular grosseira composta, principalmente, por olivina (silicato de ferro e magnésio com a formula SiO_4 (Mg, Fe)_2) com ou sem outros minerais máficos tais como, as piroxenas, anfíbolas ou micas e que contém pouco ou nenhum feldspatos (um dunito é um peridotito no qual o mineral máfico é quase inteiramente a olivina, com um pouco de cromite que é, praticamente, sempre presente). Alguns geocientistas pensam que a descontinuidade de Mohoroviĉiċ sublinha uma mudança de fase basalto-eclogito (rocha granular composta, basicamente, por granada, almandina-piropo, e piroxena sódica, quer isto dizer, omphacite).
Momento (linear)...................................................................................................................................................................................................................................Momentum
Moment (linéaire) / Momentum (lineal) / Schwung, Momentum /动量(线性)/ Импульс (линейный) / Momentum (lineare)
Vector que tem uma quantidade e uma direcção. O quantidade do momento é igual à massa do objecto em movimento multiplicado pela velocidade. A direcção do momento é a mesma que a direcção da velocidade do objecto.
Ver: « Órbita »
&
« Teoria Cinética »
&
« Transporte (sedimentos) »
O momento linear, também chamado de quantidade de movimento linear, momentum linear ou mesmo, balanço ou "embalo" é uma grandeza física dada pelo produto da massa pela velocidade de um corpo. O momento linear é uma grandeza vectorial, com direcção e sentido, cujo módulo é o produto da massa pelo módulo da velocidade, e cuja direcção e sentido são os mesmos da velocidade. A quantidade de movimento total de um conjunto de objectos permanece inalterada, a não ser que uma força externa seja exercida sobre o sistema. Esta propriedade foi percebida por Newton, que definiu e demonstrou a quantidade de movimento e a sua conservação. Na física, diz-se que um sistema está, mecanicamente, isolado quando a soma das forças externas é nula. A quantidade de movimento é a única grandeza que se conserva após uma colisão inelástica, caso o sistema esteja, mecanicamente, isolado. A unidade da quantidade de movimento linear no SI é o quilograma metro por segundo (kg.m/s). Se considerarmos um casal patinando sobre uma pista de gelo e desprezar-mos os efeitos do ar e as forças de atrito entre a pista e as botas que eles estão usando, no momento em que eles estão juntos, eles actuam na mesma direcção, mas em sentidos contrários. Na vertical, a força peso é equilibrada com a normal, ou seja P = N, tanto no homem quanto na mulher. Na horizontal, no momento do empurrão, tanto o homem quanto a mulher se empurram, mutuamente, uma vez que eles actuam em forças de acção e reacção, FHM = − FMH, logo FHM + FMH = 0, uma vez que as forças em todas as direcções se anulam, o que garante a conservação do momento linear. A conservação do momento linear permite calcular a razão entre a velocidade do homem e a velocidade da mulher depois do empurrão, conhecidas as suas massas e velocidades iniciais: Como o momento total deve ser conservado, a variação da velocidade do homem é VH = − MM / MHVM, onde VM é a variação da velocidade da mulher. A variação da quantidade de movimento é chamada impulso (grandeza física que mede a variação da quantidade de movimento de um objecto): I = ΔP = Pf − Po I, cuja unidade usada é N.s (Newton x segundo)
Momento Linear (conservação)...............................................................................................................Conservation of Linear Momentum
Moment linéaire (conservation) / Momento linear (conservación) / Erhaltung der linearen Dynamik / 线性动量守恒 / Сохранение импульса силы / Conservazione della quantità di moto
A lei de conservação do momento linear diz que o momento total de um sistema fechado de objectos, isto é que não tem interacções com agentes externos, é constante. Uma das consequências de esta lei é que o centro da massa de qualquer sistema de objectos terá sempre a mesma velocidade, salvo se for afectado por força exterior ao sistema.
Ver: « Momento (linear) »
&
« Teoria Cinética »
&
« Big Bang »
Momento é o produto da inércia pela velocidade. A inércia é a tendência que todas as coisas têm para não mudar e a velocidade significa quão rápido uma coisa se desloca. O impulso traduz a tendência que um objecto em movimento tem de não abrandar. O momento é de dois tipos: (i) Angular e (ii) Linear. Ambos os tipos são conservados em qualquer colisão. A conservação significa que nada é perdido. O momento linear é a tendência de um objecto a deslocar-se numa certa direcção sempre com a mesma velocidade. Ele é o produto da inércia do objecto e da sua velocidade. A conservação do momento linear, quando aplicada a uma colisão, como ilustrado ou à colisão entre uma raquete de ténis com uma bola, permite escrever uma equação antes e depois, definindo a soma dos momentos da raquete e da bola antes da colisão igual à soma dos momentos depois da colisão. O momento da raquete é o produto da sua massa e da velocidade linear do centro da massa. O momento da bola é o produto da sua massa pela sua velocidade linear. Os centros da massa da raquete e da bola não estão na mesma linha, por isso se fala de impacto excêntrico. No caso de um impacto excêntrico, como este, existe uma força estabilizadora exercida pelo jogador para manter o eixo de rotação da raquete durante o impacto. A força estabilizadora impulsiva multiplicada pelo tempo de tal operação, dá um impulso adicional para acrescentar na equação afim de conservar o momentum na direcção escolhida. Note que a única direcção que importa aqui é a direcção do jogador em relação à rede. Quanto aos sinais, a convenção é que a velocidade é negativa em direcção ao jogador e positiva em direcção da rede. A massa da raquete multiplicada pela velocidade linear antes da colisão mais a massa da bola multiplicada pela velocidade linear da bola mais a reacção impulsiva multiplicada pelo tempo do impacto é igual a massa da raquete multiplicada pela velocidade linear da raquete depois da colisão mais a massa da bola multiplicada pela velocidade linear da bola depois da colisão.
Monadnock............................................................................................................................................................................................................................................Monadnock
Monadnock / Monadnock / Inselberg / 莫纳德诺克 / Остаточный холм / Monadnock
Resíduo de erosão acima de uma peneplanície. Monte proeminente escarpado formado por rochas duras e consistentes, elevando-se, de maneira abrupta, de uma planície de baixo relevo “(Whittow, 1984). Também chamado "inselberg", embora este seja característico das paisagens tropicais, particularmente das zonas de savana (no deserto hiperárido da Namíbia existam inselbergues graníticos com centenas de metros de altura). Sinónimo de "Inselberg".
Ver: « Erosão »
&
« Inselbergue »
&
« Descida Relativa (do nível do mar) »
"Monadnock" é o termo que as tribos norte-americanas utilizavam para designa um monte isolado, mais ou menos, importante que resistiu a erosão. Os geocientistas americanos tiraram este termo da Montanha de Monadnock situada no sudoeste de Nova Hampshire (pensa-se que este termo é derivado da língua Abenaki, do termo "menonadnocke" que significa montanha arredondada ou de "menadena" que significa montanha isolada). Esta fotografia ilustra o monadnock de "Big Pinnacle" da Montanha do Piloto, na Carolina do Norte (EUA). Como se pode constatar, pode dizer-se, que um "monadnock" ou "inselberg" (termo alemão que designa ilha montanha utilizado pelos exploradores do século XVIII) é um monte, mais ou menos isolado, um cume ou uma pequena montanha, que se levanta de maneira abrupta de uma planície (que pode ser, ligeiramente, inclinada) e nos flancos do qual pode existir um pedimento, mais ou menos, desenvolvido (superfície de erosão que se forma a base de uma montanha ou escarpa retrogradante). Na parte central e sul do continente africano existem muitos "monadnock" graníticos que os autóctones chamam "kopje". A presença de um "monadnock" ou "inselberg" sugere, tipicamente, a existência, não muito longe, quer de um planalto quer dos seus vestígios. Isto é, sobretudo, evidente no caso dos inselbergues sedimentares, que, em geral, exibem as mesmas unidades estratigráficas que os planaltos circunvizinhos. Existem também "monadnocks" criados por intrusões vulcânicas, na medida em que elas são quase sempre mais dura e mais resistentes do que as rochas que elas invadem A erosão desgasta as rochas menos resistentes para formar uma planície, enquanto que as mais duras, isto é, as intrusões vulcânicas, resistente mais tempo e formam um montanha isolada, que com o tempo (geológico) desaparecerá também.
Monção........................................................................................................................................................................................................................................................................Monsoon
Mousson / Monzón / Monsun / 季风 / Муссóн / Monsone
Inversão do vento sazonal acompanhado por mudanças na precipitação. Monção é utilizado, actualmente, para descrever as mudanças sazonais na circulação atmosférica e precipitação. Os sistemas de monção mais importantes ocorrem no Oeste Africano e Ásia-Austrália.
Ver: « Mudança Global »
&
« Clima »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »
O efeito de monção é causado pelo aparecimento sazonal de grandes diferenças térmicas entre os mares e as regiões continentais adjacentes nas zonas próximas dos bordos externos da célula de Hadley. A diferença de temperaturas gera-se devido à uma muito menor capacidade térmica das superfícies emersas em relação às regiões marítimas. As rochas que constituem os solos têm uma capacidade térmica, relativamente, baixa quando comparada com a da água, a que acresce o facto da variação de temperatura, em geral, não se propagar em cada estação do ano para além do 1 a 1,5 m abaixo da superfície. Esta realidade contrasta com a superfície dos mares, onde a muito maior capacidade térmica da água acresce a existência de convecção e de vorticidade induzida pelos ventos e chuvas que levam ao aparecimento de uma camada de mistura, de temperatura, relativamente, homogénea, que em geral ronda os 50 m de espessura. A quantidade de calor que em cada estação quente é absorvida e acumulada nas águas do mar e é, incomparavelmente, maior do que a que acumulada em terra. Como consequência, as zonas terrestres aquecem com muito maior rapidez durante a estação quente, mas também arrefecem com ainda maior rapidez durante a estação fria. Em resultado destas diferentes dinâmicas, durante o Verão, a terra está mais quente que a água do mar, pelo que o ar quente sobre a terra tende a subir, criando uma área de baixa pressão atmosférica sobre a região, a qual contrasta com o ar mais fresco situado sobre o mar onde se forma uma região anticiclónica. Por sua vez, esta diferença de pressão atmosférica cria um vento constante no sentido do mar para terra, transportando para sobre o continente ar marítimo rico em humidade. Este ar, ao ser elevado pelo efeito convector, particularmente, quando está presente sobre a região a zona de convergência intertropical ou pelo efeito da presença de montanhas, esfria, o que provoca condensação e chuvas. Entre as latitudes de 30° N e 30° S, a atmosfera destaca-se por apresentar fracas amplitudes de temperatura, o que caracteriza uma região com ventos fracos predominantes.
Monte Submarino...................................................................................................................................................................................................Guyot, Seamount
Mont sous-marin / Monte submarino / Tiefseeberg / 海底山 / Подводная гора / Monte sottomarino
Montanha vulcânica no fundo do mar. Quando a morfologia do cimo da montanha é plana chama-se Mesa Abissal ou “Guyot”.
Ver: « Mesa Abissal »
&
« Vulcanismo »
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« Planície Abissal »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Oceano Atlântico Norte, a grande anomalia sedimentar visível na parte oeste da linha foi interpretada como o monte submarino. Ela é conhecida de todos os geocientistas ingleses como o Monte Submarino de Darwin. Os resultados do DSDP 163/1 indicaram uma fácies vulcânica, mais subaéreo do que de água pouco profunda. As terminações e geometria dos reflectores sísmicos associados com esta anomalia sugerem, fortemente, que os reflectores foram induzido por escoamentos de lavas. O material vulcânico só se pode escoar num ambiente continental ou subaéreo, onde períodos de imersão alternam com períodos de exumação. Dentro da água, o material vulcânico "gela" (solidifica-se), rapidamente, e não pode formar lavas vulcânicas. Assim, é possível que o monte submarino de Darwin corresponda mais a um vulcão da depressão do Rockwall, a qual, mais tarde, durante um fase transgressiva, foi coberto pelo mar, do que a um vulcão formado no fundo do mar. Os elementos ilustrados nesta tentativa corroboram a primeira conjectura (imersão de um vulcão continental ou subaéreo), os quais podem resumir assim: (i) Presença de uma depressão no topo da anomalia que pode ser interpretada como uma cratera; (ii) Divergência dos reflectores a partir da cratera (com polaridade oposta); (iii) Configuração interna divergente dos intervalos definidos por dois reflectores consecutivos, o que quer dizer, que os escoamentos vulcânicos se adelgaçam, à media que a distância à cratera aumenta, até desaparecem por biséis de progradação ; (iv) Formação de deltas de lava, isto é, desde que um escoamento entra num corpo de água (lago ou mar epicontinental) o material vulcânico "congela-se", uma vez que ele não pode escoar-se dento dentro de água, e forma deltas de lava ; (v) Três deltas de lava são, perfeitamente, visíveis no flanco Oeste da anomalia, o que pode ser interpretado como o resultado de três episódios transgressivos (três subidas relativas do nível do mar dentro de um episódio transgressivo) ; (vi) No flanco E, a presença de delta de lavas é evidente, mas a individualização dos incrementos do nível relativo do mar não é óbvia.
Montículo (biséis somitais ascendentes)..........................................................................................................................................Climbing Toplap Mound
Monticule (biseaux sommitaux ascendant) / Montículo (toplaps ascendentes) / Mound (Klettern toplap) / 丘(锥至上升序) / Холмик (пригорок) / Monticello (biselli superiore ascendenti)
Estrutura montícular na qual a configuração interna dos planos de estratificação ou reflectores associados têm a geometria dos biséis somitais ascendentes.
Ver: « Montículo Sedimentar »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Bisel Somital Ascendente »
Nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica regional do offshore da Namíbia, no intervalo progradante, pelo menos quatro discordâncias são reconhecidas pelas superfícies sísmicas definidas pelas terminações dos reflectores, que aqui correspondem todas a linhas cronostratigráficas (interfaces entre grupos de camadas). Estas discordâncias estão associadas a descidas relativas do nível do mar significativas, quer isto dizer, que o nível do mar, ao fim de cada descida relativa, ficou mais baixo do que o rebordo da bacia (condições geológicas de nível baixo). Estas descidas relativas, induzidas pelas variações eustáticas e pela subsidência térmica da margem, são as responsáveis pelas superfícies de erosão, que definem as discordâncias, particularmente, no talude continental superior, plataforma e planície costeira (canhões submarinos e vales cavados, como ilustrado nesta tentativa). A diferença de idade entre duas discordâncias consecutivas é sempre inferior a 3-5 My. Assim, os intervalos sedimentares, que elas limitam, correspondem a ciclos-sequência. O ciclo-sequência superior, cujo topo é caracterizado por uma discordância, ao longo da qual se reconhecem três imagens de canhões submarinos (provavelmente o mesmo canhão cortado três vezes pela linha sísmica), é incompleto. Os cortejos de nível alto, isto é, o cortejo transgressivo (CT) e o prisma de nível alto (PNA) não se depositaram (é pouco provável que eles tenham sido erodidos). Ao contrário, o cortejo de nível baixo (CNB), com os seus três membros : (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB), está bem desenvolvido. Cada um destes membros é reconhecido, sem grande dificuldade, pela configuração interna característica de cada um deles. Os cones submarinos de bacia (CSB) têm um configuração paralela, os cones submarinos de talude (CST) têm uma configuração montícular com biséis somitais ascendentes, a qual é induzida pelo depósito dos diques marginais naturais e a depressão que existe entre eles. O prisma de nível baixo (PNB), que é o membro superior do cortejo de nível baixo, tem um configuração progradante bem marcada.
Montículo Caótico.....................................................................................................................................................................................................Chaotic Mound
Monticule chaotique / Montículo caótico / Chaotische Hügel / 混乱的土堆 / Хаотичный холм / Monticello caotico
Estrutura monticular na qual a configuração interna dos planos de estratificação ou dos reflectores é muito desordenada e, por vezes, caótica.
Ver: « Montículo Sedimentar »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Depósito de transbordo »
Nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica do offshore profundo do Golfo do México, os preenchimento das depressões (em amarelo), entre os depósitos de transbordo (diques naturais turbidíticos), criam pequenas anomalias monticulares com uma configuração interna, geralmente, caótica. Quando a morfologia do topo do preenchimento é monticular, é provável, que o preenchimento tenha uma fácies arenoso, o que quer dizer, que uma tal morfologia é resultado de uma compactação diferencial. Como ilustrado nesta tentativa, as relações geométricas e terminações dos reflectores são características dos cones submarinos de talude, que se depositam durante condições geológicas de nível baixo do mar (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia). Os dois membros inferiores do cortejo de nível baixo, isto é, os cones submarinos de bacia e de talude, são os únicos intervalos sedimentares do ciclo-sequência que se depositam durante as descidas relativas do nível do mar. Os outros, isto é, o prisma de nível baixo, cortejo transgressivo e prisma de nível alto só se podem depositar quando há uma aumento do espaço disponível para os sedimentos (aumento da acomodação). A jusante do rebordo da bacia, onde se depositam os cones submarinos de bacia e de talude, há sempre espaço disponível para os sedimentos, uma vez que lâmina de água é importante. A única coisa que é necessário para que haja deposição é que haja sedimentos. Assim, quando as correntes de turbidez, que transportam os sedimentos para a bacia, perdem velocidade, elas depositam os sedimentos (mais grosseiros) sob a forma de lóbulos, em geral, de cada lado da corrente do leito ou depressão utilizado pela corrente. Os sedimentos mais finos são transportados para mais longe pela parte central e mais energética da corrente. A depressão entre os primeiros lóbulos canaliza os escoamentos seguintes, que têm que transbordar a depressão para depositar os sedimentos sob a forma de diques marginais naturais. Pouco a pouco, a depressão central torna-se cada vez maior e pode mesmo acentuar-se por erosão. Desde que o acarreio sedimentar diminui a depressão é preenchida, em retrogradação, de maneira menos ou menos caótica.
Montículo Complexo........................................................................................................................................................................................Complex Mound
Monticule complexe / Montículo complejo / Komplexe Hügel / 复杂的土堆 / Комплексный холм / Monticello Complesso
Estrutura monticular, numa secção geológica ou sísmica, na qual a configuração interna dos planos de estratificação ou reflectores associados tem uma geometria muito complexa.
Ver: « Montículo Sedimentar »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Montículo Caótico »
Nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica regional do Mar do Norte, as anomalias sedimentares localizadas na base da bacia cratónica sugerem, fortemente, depósitos turbidíticos do talude continental. A morfologia destas anomalias e a configuração interna permite considera-las com exemplos de estruturas monticulares complexas. Como sugerido nesta tentativa, estas anomalias são, provavelmente, cones submarinos do talude que foram ligeiramente erodidos. Por outro lado, esta anomalias fossilizam, em grande parte, a discordância BUU que separa uma bacia de tipo-rifte da bacia cratónica do Mar do Norte. Esta discordância (superfície de erosão ou a sua conformidade correlativa) corresponde a uma mudança do tipo de subsidência. Na bacia de tipo-rifte, a subsidência era diferencial (alargamento da crusta continental da litosfera), enquanto que durante a bacia cratónica, a subsidência é térmica. No Mar do Norte, o deslocamento, para oeste, da anomalia térmica do substrato, responsável pelo alargamento da crusta continental (fase de "rifting" ou de alargamento), teve várias consequências nesta área: (i) Fim da formação das bacias do tipo rifte (fim do alargamento) ; (ii) Deslocamento para Oeste da ruptura da litosfera ; (iii) Descida relativa do nível do mar ; (iv) Formação da discordância BUU e (v) Formação de uma bacia cratónica (subsidência térmica por reequilíbrio das isotérmicas). Foi durante esta descida do nível do mar, que os cones submarinos de bacia e de talude continental se depositaram sobre a discordância (nesta tentativa, isto é, em água profunda, é melhor dizer sobre o limite inferior do ciclo estratigráfico, uma vez que a discordância passa, lateralmente e em profundidade, a uma conformidade correlativa). São estes cones submarinos de talude que podem ser considerados como anomalias sedimentares do tipo monticular complexo. Como se pode constatar nesta tentativa de interpretação, o limite superior dos cones submarinos de talude, que no momento de deposição é complexo, foi erodido, provavelmente, por correntes de contorno, que transportaram os sedimentos, não para muito longe, para os depositar sob a forma de contornitos (caracterizados, nesta área, por um ângulo de redeposição de cerca de 10-15°).
Montículo de Deslizamento............................................................................................................................Slide Mound, Slump Mound
Monticule de glissement / Montículo de deslizamiento / Slump Hügel / 不景气丘 / Сдвиговый холм / Monticello di scivolamento
Estrutura montícular numa secção geológica ou linha sísmica, localizada num contexto de deslizamento e na qual a configuração interna dos planos de estratificação ou reflectores associados têm uma geometria de desmoronamento.
Ver: « Montículo Sedimentar »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Montículo complexo »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Golfo do México, onde as estruturas salíferas são frequentes, pode observar-se uma série de montículos de deslizamento. Como se pode constatar, estas anomalias fossilizam, parcialmente, as discordâncias (ou conformidades correlativas) que limitam os diferentes ciclos estratigráficos (neste caso ciclos-sequência). Provavelmente, elas correspondem a cones submarinos de bacia que se depositaram em pequena bacias induzidas pela expulsão do sal do horizonte salífero subjacente. Estas anomalias depositaram-se em pequenas bacia cercadas por todos os lados, quer por domas de sal quer paredes de salíferas. Se o sal da parte central de um grande e espesso horizonte salífero, como, por exemplo, um manto salífero, começa a escoar-se lateralmente, imagine a depressão que se forma. É neste tipo de depressões ou bacias deste tipo (conhecidas sob o nome de bacias por expulsão de sal), que se formam as anomalias de deslizamentos ilustradas nesta tentativa. Em termos de estratigrafia sequencial, pode dizer-se que estas anomalias estão associadas a descidas do nível do mar induzida pela eustasia e pelo levantamento diapírico de certas partes do horizonte salífero. É provável que os movimentos diapíricos desestabilizem os sedimentos das bacias por expulsão do sal, e que os sedimentos deslizem para a parte central da bacia. Como pode constatar-se, neste exemplo, os ciclos-sequência são incompletos. Eles são formados, unicamente, pelos sedimentos do cortejo de nível baixo do mar. Os três membros que formam este cortejo estão todos representados : (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB). Os CSB têm uma configuração monticular, os CST têm uma configuração em asas de gaivota e o PNB tem uma configuração paralela aparente, uma vez que, nas linhas sísmicas perpendiculares, ela é progradante. Em certos casos, devido às condições impostas pelo sal, neste tipo de bacia, os montículos de deslizamento podem também estar associados a CST.
Montículo Recifal (recife monticulaire)................................................................................................................................................................Reef Mound
Recife monticulaire / Montículo arrecifal / Reef Hügel / 礁丘 / Рифовый холм / Monticello scogliera
Anomalia sedimentar em forma de montículo constituída por lama calcária bioclástica e pequenos níveis de construções orgânicas. Este montículo recifal refere-se, sobretudo, às anomalias autóctones controladas, biologicamente, as quais são, geneticamente, diferentes das anomalias hidrodinâmicas que são acumulações alóctones de detritos de esqueletos, como, restos de crinóides ou recifes.
Ver: « Montículo Sedimentar »
&
« Configuração dos Reflectores »
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« Recife »
Nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica do offshore da Indonésia, uma anomalia sedimentar recifal é visível na parte superior de um ciclo estratigráfico (ciclo-sequência) individualizado por duas discordâncias (discordância inferior e superior ou superfícies de afogamento) que a limitam. No que diz respeito ao limite inferior deste ciclo-sequência, a grande maioria dos geocientistas considera que ele corresponde a uma discordância, isto é, a uma superfície de erosão induzida por uma descida relativa do mar, suficientemente, importante para pôr o nível do mar mais baixo do que rebordo da bacia. Ao contrário, o limite superior é interpretado de maneiras diferentes segundo que os interpretadores são adeptos da escola de Vail (estratigrafia sequencial como considerada pela maioria dos geocientistas de Exxon) ou da escola de carbonatista de W. Schlager. Para os primeiros ela corresponde a uma discordância criada por uma descida relativa do nível do mar. Para os segundos, ela corresponde a uma superfície de inundação criada por uma subida relativa do mar significativa que pôs os sedimentos debaixo da zona fótica. Isto quer dizer, que se intervalo superior do ciclo-sequência for uma plataforma carbonatada, o que é o caso neste exemplo, ela extinguem-se por afogamento (aumento importante da lâmina de água), uma vez que debaixo da zona fótica não pode haver formação de carbonatos. Na nossa interpretação, este limite é considerado como uma discordância (descida relativa do nível do mar e não subida), uma vez que, lateralmente, se depositam cones submarinos de bacia e de talude não só de fácies carbonatadas, mas também, e sobretudo, de fácies arenosas. Como esta tentativa de interpretação é em tempo, as grandes ondulações dos reflectores subjacentes ao ciclo-sequência considerado, que é formado principalmente por carbonatos, correspondem a artefactos sísmicos induzidos por variações de espessura dos carbonatos (mudanças laterais de velocidade).
Montícule Sedimentar.....................................................................................................................................................................Sedimentary Mound
Monticule sedimentaire / Montículo sedimentario / Sedimentary Hügel / 沉积丘 / Осадочный холм / Monticello sedimentario
Estrutura sedimentar com geometria, mais ou menos, ondulada, normalmente, ligada à anomalias sedimentares e que se pode encontrar em qualquer cortejo sedimentar. A configuração interna destas anomalias permite classificá-las em diferentes tipos, cuja denominações variam com os autores: (i) Montículo com estrutura agradante ; (ii) Montículo com estrutura complexa ; (iii) Montículo com estrutura em telhado de ripas ; (iv) Montículo com estrutura inclinada ; (v) Montículo com estrutura progradante ; (vi) Montículo com estrutura caótica ; (vii) Montículo com estrutura perturbada ; (viii) Montículo com estrutura truncada. Cada um destes tipos é, frequentemente, associado a corpos geológicos típicos: (a) Cones submarino de bacia ou de talude ; (b) Cones turbidíticos na base das progradações, isto é, turbiditos em telhado de ripas ; (iii) Contornitos ; (iv) Deslizamentos ; (v) Plataforma carbonatas ; (vi) Recifes, etc..
Ver: « Estrutura Sedimentar »
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« Configuração dos Reflectores »
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« Contornitos »
Nas linhas sísmicas, o termo montículo é um termo muito geral utilizado, normalmente, para designar configurações de reflectores sísmicos, interpretados como estratos, formando elevações ou proeminências que se levantam acima do nível médio dos depósitos sedimentares circunvizinhos. Muitos dos montículos correspondem a anomalias topográficas resultantes de processos sedimentares clássicos, como, vulcanismo ou construções orgânicas. Geralmente, eles são, relativamente, pequenos e com extensão limitada, mas podem ser definidos por uma malha sísmica convencional (3 km x 3 km). Como ilustrado nesta figura, eles caracterizam-se por biséis de agradação e progradação dos sedimentos internos e sobrejacentes. Devido às variadas origens que os montículos podem ter, eles podem exibir diversas formas externas e diversas configurações internas. Como a grande maioria das subdivisões são descritivas (baseada na configuração interna e na geometria externa), elas devem ser sempre consideradas como uma etapa preliminar de uma interpretação genética. Com efeito, os cones submarinos de bacia e de talude, deslizamentos, contornitos, construções recifais, intrusões vulcânicas, etc., têm, quase sempre, geometrias montículares.
Montículo Truncado...................................................................................................................................................................................Truncated Mound
Monticule tronqué / Montículo truncado / Abgeschnittene Hügel / 截断丘 / Усеченный холм / Monticello troncato
Estrutura monticular numa secção geológica ou sísmica, na qual o limite externo é o resultado de uma erosão, a qual pode ter truncado, mais ou menos, as camadas ou reflectores internos, que definem a configuração interna.
Ver: «Montículo Recifal »
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« Configuração dos Reflectores »
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« Erosão »
Nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica do Mar do Norte, é fácil de reconhecer que a morfologia original dos cones submarinos de bacia foi muito afectada pela erosão das correntes de contorno, o que criou um montículo truncado ou montículo por truncatura. Por cima da discordância, que separa a bacia de tipo-rifte, caracterizada por uma subsidência diferencial (hemigrabens), da bacia cratónica do Mar do Norte, que é caracterizada por uma subsidência térmica (reequilíbrio das isotérmicas), depositaram-se cones submarinos de bacia. Estes lóbulos turbidíticos, depositados durante a descida relativa do nível do mar, que induziu a discordância entre as duas bacias sedimentares, têm uma configuração interna, mais ou menos, paralela. As correntes de contorno que erodiram, lateral e verticalmente, uma grande parte dos cones submarinos da bacia, redepositaram os sedimentos erodidos como contornitos. Uma parte destes contornitos fossilizam mesmo a superfície de erosão dos cones submarinos de bacia. Vários poços de pesquiza petrolífera atravessaram não só os cones submarinos da bacia, mas também os contornitos. As diagrafias dos poços e, sobretudo, a diagrafia de inclinação, corroboram a configuração interna, mais ou menos, paralela dos cones submarinos da bacia, sugerida pelos dados sísmicos, com valores máximos da inclinação das superfícies de estratificação de 1° com , praticamente, em todas as direcções. Os resultados das diagrafias de inclinação ("dipmeter"), obtidos nos contornitos, mostram, claramente, a diferença entre estes dois tipos de anomalias sedimentares, uma vez que eles sugerem inclinações das superfícies de estratificação de cerca de 10-15° para Este. Um outra diferença, muito importante para a indústria petrolífera, entre estes dois corpos arenosos, é que as rochas-reservatório associadas aos cones submarinos têm uma matriz argilosa importante, enquanto que ela, praticamente, não existe nos contornitos, os quais são, particularmente, ricos em minerais pesados, tais como, zircão, alanite, etc.
Montículo em Telhado de Ripas......................................................................................................................................Shingled Mound
Monticule type toiture en bardeaux / Montículo en tejado “ Shingle ” / Geschuppt Hügel / 鹅卵石丘 / Холм типа «черепичная крыша» / Monticello scandole
Estrutura monticular ou montículo, numa secção geológica ou sísmica, na qual a configuração interna dos planos de estratificação ou dos reflectores associados tem uma geometria progradante semelhante à geometria de um telhado de ripas.
Ver: « Montículo Sedimentar»
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« Configuração dos Reflectores »
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« Turbiditos »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore do Labrador (Canadá), onde a profundidade de água aumenta para o continente (Oeste) devido a erosão do fundo do mar induzida pelo deslocamento dos icebergues, o intervalo colorido em amarelo, no interior do qual se vêm progradações, que se sobrepõem umas às outras (pequena agradação em relação à progradação), pode ser considerado como uma anomalia sedimentar monticular com uma configuração interna em telhado de ripas. Esta tentativa de interpretação em termos de estratigrafia sequencial, sugere que o intervalo progradante corresponde a sistemas de deposição turbidítica associados com as progradações de um prisma de nível baixo e não a cones submarinos da bacia. Esta hipótese, admitida, nos anos 70, por alguns geocientistas da Total, foi corroborada pelos resultados do poço ≠1 e, particularmente, pelos núcleos de perfuração. Com efeito, o estudo dos núcleos mostrou, claramente, que o intervalo correspondia a uma superposição de lóbulos submarinos. Os dados sísmicos regionais sugerem, fortemente, que estes lóbulos submarinos não estavam associados ao membro inferior do cortejo de nível baixo, isto é, aos cones submarinos de bacia, nem aos cones submarinos de talude, que formam o membro médio, mas ao membro superior, isto é, ao prisma de nível baixo. Efectivamente, nas linhas sísmicas bem orientadas (longitudinais em relação ao acarreio sedimentar), os lóbulos localizam-se na continuação dos biséis de progradação de um prisma de nível baixo. As diagrafias eléctricas do poço de pesquiza ≠1, correspondentes a este intervalo, exibiam uma morfologia típica do que hoje se chama "turbiditos em telhado de ripas" (localizados na base das progradações de um prisma de nível baixo), isto é, uma sobreposição de corpos arenosos (por vezes com glauconite e carvão nos detritos de sondagem) e com limites muito nítidos, que nas diagrafias se traduzem por uma geometria, mais ou menos, cilíndrica quer da diagrafia do raio gamma (GR) quer do potencial espontâneo (PS).
Moreia.............................................................................................................................................................................................................................................................................Moraine
Moraine / Morena / Moräne / 碛 / Морена / Morena
Acumulação de calhaus e areia grosseira, não estratificada, com forma de montículo ou crista, depositada pela acção directa de um glaciar, que repousa sobre uma grande variedade de formas topográficas. Há vários tipos de moreias, umas que formam paisagens, facilmente, reconhecidas e outros que existem, unicamente, quando o glaciar ainda é presente. Os tipos associados com a presença de um glaciar são: (i) As moreia supraglaciares e (ii) As moreias englaciares (moreias no glaciar).
Ver: « Ambiente Sedimentar »
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« Glaciar »
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« Errático (bloco) »
Os glaciares de vale, como os ilustrados nesta figura, formam uma rede dendrítica. A zona de alimentação compreende várias línguas que vêm dos circos superiores. Essas línguas unem-se em confluências e, na parte jusante, só a língua resultante desce a topografia convexa, uma vez que a ablação é mais importante nos bordos. A superfície do glaciar é, mais ou menos, recoberta de depósitos (moreias). Os tipos de moreias que criam formas topográficas são: (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias medianas ; (iii) Moreias de fundo ; (iv) Moreia frontais; (v) Moreias de recessão e (vi) Moreias terminais. As moreias laterais são formadas pelos materiais que caíram sobre o glaciar ou que foram arrancados por ele às paredes do vale. Quando duas correntes de gelo confluem, como ilustrado acima, forma-se uma moreia mediana por justaposição de duas moreias laterais. O glaciar pode transportar pedras no interior da massa de gelo. Elas constituem a moreia interna (não representada), mas parece que esta carga interna é pouco significativa. Ao contrário, as moreias do fundo, constituídas por blocos e material triturado no base do glaciar, representam um volume apreciável. O glaciar deposita na sua frente os materiais transportados. Eles constituem a moreia terminal ou frontal, que certos especialistas chamam "vale moreíco". As moreias terminais, só se depositam se a frente dos glaciares for estacionária durante um certo tempo no mesmo lugar, ou se o glaciar as empurra à frente deles durante uma progressão glaciar (moreia de empurrão ou impulso). Quando os glaciares adelgaçam as moreia frontais são abandonadas e um outro tipo de moreia frontal se deposita (moreia de recessão) se as frentes do glaciares estacionarem. Todas estas formas de acumulação não são particulares aos glaciares de vale, mas é neles que os diferentes tipos são fáceis de reconhecer.
Moreia Englaciar.................................................................................................................................................................................................Englacial Moraine
Moraine englaciaire / Morena englaciar / Moräne internen / 碛内部 / Внутренняя морёна / Morena interna
Todo o material armazenado dentro de um glaciar. Uma moreia englaciar, inclui não só o material que cai nas fissuras do glaciar, mas também as rochas que foram arrancados do leito do glaciar.
Ver: « Moreia »
&
« Glaciar »
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« Moreia de Fundo »
Nesta fotografia, a moreia supraglaciar (material na superfície do glaciar, incluindo as moreias laterais e mediana, e as poeiras de rochas que caiem da atmosfera) está a cair nas fendas do glaciar para formar o que os glaciologistas chamam a moreia englaciar, a qual engloba todos os sedimentos armazenados e transportados no interior do glaciar. As moreia englaciares e supraglaciares englobam os sedimentos que, mais tarde, vão formar os diferentes tipos de moreias que se podem pôr em evidência num vale glaciar. A moreia supraglaciar inclui os sedimentos que mais tarde formarão : (i) A moreia terminal ; (ii) As moreias laterais; (iii) A moreia mediana e (iii) Moreia de recessão. A moreia englaciar engloba também todos os sedimentos que ficam presos dentro do gelo. Lembremos que as moreias laterais são formadas pelos materiais que caiem sobre o glaciar ou que foram arrancados às paredes do vale. As moreias laterais podem fusionar, quando duas correntes de gelo confluem, e formar uma moreia mediana. As moreias do fundo são constituídas por blocos e material triturado na base do glaciar. As moreias do fundo podem representar um volume muito importante de material sedimentar. Um glaciar deposita na sua frente os materiais que ele transporta e que formam a grande parte das moreias supraglaciares e englaciares. Quando, os sedimentos são depositados eles formam a moreia terminal, que certos geocientistas chamam frontal ou "vale moreíco". Contudo, não se pode esquecer que a moreia terminal, só se deposita quando a frente do glaciar estaciona, num determinado lugar, durante um tempo suficiente grande para que os sedimentos se depositem. Quando um glaciar está numa fase de engrossamento, ele empurra, pouco a pouco, a moreia terminal pela vertente abaixo, até que ele estacione e comece a adelgaçar-se. O novo depósito abandonado é a moreia de impulso. Quando um glaciar se adelgaça, a moreia frontal é abandonada e um outro tipo de moreia frontal se deposita (moreia de recessão), se a frente do glaciar estacionar. Os tipos de moreias que criam formas topográficas são : (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias medianas ; (iii) Moreias de fundo ; (iv) Moreia frontais ; (v) Moreias de recessão e (vi) Moreias terminais.
Moreia de Fundo........................................................................................................................................................................................................Ground Moraine
Moraine de fond / Morena de fondo / Grundmoräne / 地面的冰碛 / Поддонная морёна / Morena di fondo
Moreia depositada sobre o assoalho do vale glaciar. A moreia de fundo não tem nenhuma característica óbvia. Ela localiza-se onde o glaciar encontra a rocha subjacente. Ela pode ser lixiviada pela correntes infraglaciares e isolada quando o glaciar derrete.
Ver: « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Errático (bloco) »
Todos os restos de rocha mostrados no primeiro plano da fotografia constituem a moreia do fundo, que foi exposta quanto o glaciar de Grinnell se adelgaçou (Parque Nacional dos Glaciares no Estado de Montana, EUA). Este material estava, anteriormente, debaixo do glaciar, que se adivinha na parte superior esquerda da fotografia. De maneira geral, pode dizer-se, que as moreias de fundo são depósitos de tilo (sedimentos não trabalhados e não estratificados depositados, directamente por, ou sob, um glaciar e que não são reactivados pelas águas de fusão do glaciar) com uma topografia irregular, que formam, quer pequenos montes, quer planícies. Estas moreias acumulam-se debaixo do gelo não só quando o glaciar engrossa, mas também quando ele se adelgaça. Nos glaciares alpinos, a maior das vezes, as moreias de fundo depositam-se entre as duas moreias laterais. Este tipo de acumulação debaixo do gelo, quando o glaciar está activo, pode apresenta-se, fundamentalmente, sob duas formas que caracterizam paisagens diferentes : (i) Sucessões de drumlins e (ii) Planícies de moreias de fundo. A primeira é caracterizada por colinas em forma de dorso de baleia, as quais têm dimensões variáveis (comprimento de algumas dezenas a centenas de metros, largura, em média, cerca de um terço do comprimento e altura entre 5 e 40 metros). Os drumlins aparecem em grupos, chamados campos de drumlins, onde depressões pantanosas se formam entre colinas ovóides. Os drumlins não são outra coisa que espessamentos locais da moreia de fundo, que o glaciar modelou segundo certas formas em função da sua própria dinâmica. Nas planícies de moreia de fundo, a acumulação não se faz em pacotes, mais ou menos, localizados, como no caso dos drumlins, mas de maneira uniforme. A espessura de uma planície de moreia do fundo nunca é muito espessa (alguns metros em média, 20 ou 30 metros se várias moreias se sobrepõem), o que fazer dizer, certos geocientistas, que elas servem para atenuar o relevo pré-glaciar. Além das moreias de fundo existem também : (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias medianas ; (iii) Moreia frontais ; (iv) Moreias de recessão e (vi) Moreias terminais.
Moreia Lateral..................................................................................................................................................................................................................Lateral Moraine
Moraine Latérale / Morena lateral / Seitenmoräne / 侧碛 / Краевая морёна / Morena laterale
Depósito de tilo ao longo dos lados de um glaciar. Em geral, existem sempre duas moreia laterais num escoamento glaciar, as quais, em caso de confluência com outros escoamentos glaciares, formam as moreias medianas.
Ver: « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Moreia Terminal »
Esta fotografia ilustra uma moreia lateral abandonada em consequência do recuo (adelgaçamento) do glaciar. Ao longo de um glaciar há sempre duas moreias laterais, uma de cada lado, como o nome indica, o que quer dizer, que as moreias laterais formam-se nos bordos do glaciar. À medida que o glaciar avança (engrossa), o material das paredes do vale, que se fractura sob a acção das variações de temperatura, cai à superfície do glaciar e é transportado ao longo dos bordos do glaciar. Quando o gelo derrete um longo cordão de sedimentos aparece nas vertentes do vale glaciar. Pode dizer-se, que as moreias laterais são pequenos montes de tilo (sedimentos não trabalhados e não estratificados depositados directamente por, ou sob, um glaciar e que não são reactivados pelas águas de fusão do glaciar) depositados ao longo dos lados do glaciar. Os sedimentos não consolidados resultantes da abrasão glaciar das paredes do vale e correntes que desaguam no vale principal são depositados na superfície do glaciar e transportados, ao longo das margens do glaciar, até que este se derreta. Como as moreias laterais são depositadas na superfície (topo dos glaciares), elas não sofrem a erosão pós-glaciar que ocorre no fundo do vale. Quando o glaciar funde, e desaparece, as moreias laterais são preservadas sob a forma de montículos, mais ou menos, elevados. Quando dois escoamentos glaciares, com as suas respectivas moreias laterais, confluem, as moreias laterais adjacentes formam a moreia mediana do novo glaciar, por justaposição, enquanto que as moreias laterais opostas formam as moreias laterais do novo glaciar. Exemplos deste tipo de confluência podem ser observados na maioria dos glaciares alpinos, mas os exemplos mais ilustrativos encontram-se no Alasca e Gronelândia, como, a formação das moreias medianas do glaciar de Edward Bailer, no Este da Gronelândia (Milne Land). Não esqueça que os tipos de moreias que criam formas topográficas são: (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias medianas ; (iii) Moreias de fundo ; (iv) Moreia frontais ; (v) Moreias de recessão e (vi) Moreias terminais.
Moreia Mediana (média)........................................................................................................................................................................................Medial Moraine
Moreira média / Morena media / Mittelmoräne / 内侧碛 / Срединная морена / Morena mediale
Moreia formada por duas moreias laterais. Quando dois glaciares se unem, as duas moreias laterais vão encontrar-se no meio do glaciar e formar um cordão de material sedimentar na superfície do novo glaciar.
Ver: « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Moreia de Recessão »
A existência de uma moreia mediana é a prova que o glaciar tem mais que uma fonte, o que quer dizer, que ouve confluência entre duas correntes glaciares e que as moreias laterais adjacentes se fusionaram para formar a moreia mediana do novo glaciar. As moreias laterais do novo glaciar incluem o material das moreias laterais opostas dos dois glaciares confluentes. Quando o gelo funde, o glaciar principal deixa um cordão de material sedimentar no meio do vale. Nesta fotografia, reconhecem-se as moreia medianas, pela cor mais negra, nos montes de St. Elisa do parque nacional de Kluane (território do Yukon (Canadá). Como ilustrado, este glaciar contém várias moreias medianas bem definidas. Como dito acima, logo que dois glaciares de vale se confluem, as moreias laterais, isto é, as bandas de cada lado do glaciar, fusionam no meio para formar a moreia mediana. As moreias nesta fotografia indicam, que este glaciar é o resultado da fusão de três glaciares. Nesta área, um grande número de glaciares de vale têm várias moreias medianas resultantes da fusão de múltiplos glaciares tributários. Estas confluências são raras nos glaciares de circo, isto é, nos glaciares que se acumulam nas partes mais altas das montanhas (acima da linha das neves persistentes) árcticas ou subárcticas, montanhas temperadas e tropicais. Neste tipo de glaciares, praticamente, não têm moreias laterais. Unicamente a moreia frontal ou terminal é significativa. Ao contrário dos glaciares de vale, os glaciares de circo têm pequenas dimensões e são dominados por paredes rochosas quase verticais, de onde descem as avalanches que os alimentam. Todos os termos de transição existem entre os glaciares de circo e glaciares de planalto, os quais são glaciares depositados em planaltos, mais ou menos, ondulados entre os glaciares de circo e os glaciares de vale. Os glaciares de planalto que são, por vezes, considerados como réplicas dos inlandsis a pequena escala. Além das moreias medianas existem: (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias de fundo ; (iii) Moreias frontais ; (iv) Moreias de recessão e (vi) Moreias terminais.
Moreia de Impulso.......................................................................................................................................................................................................Push Moraine
Moraine Poussée / Morena de empuje / Thrust Moräne / 推力碛 / Морёна напора / Morena di spinta
Moreia formada pelos glaciares que se adelgaçam e que engrossam de novo. A presença de uma moreia de impulso põe em evidência um clima que se torna mais frio depois de um período, relativamente, quente. O material que tinha sido depositado é empurrado e empilhado à medida que o glaciar avança (engrossa). Como a maioria do material da moreia de impulso é depositado por gravidade, há diferenças importantes na orientação dos fragmentos das rochas dentro da moreia. Uma característica importante, que permite a identificação de uma moreia de impulso, é que os fragmentos foram empurrados e levantados das suas posições horizontais originais.
Ver: « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Moreia de Fundo »
Esta fotografia, tirada por B. F. Molnia, ilustra a moreia de impulso que bloca a desembocadura do fiorde de Russel (Alasca). Esta moreia é composta por sedimentos que foram transportados ao longo da base do glaciar, embora alguns destes sedimentos possam estar em contacto directo com as rochas da parede do fiorde. A grande maioria das moreias de impulso encontra-se nas planícies, mais ou menos, horizontais localizadas a grandes latitudes e formadas durante as diferente fase da idade glaciar Quaternária. Elas encontram-se nas planícies da América do Norte, Sibéria e Norte da Europa. Elas formaram-se durante os períodos frios (fases glaciares), quando os glaciares engrossaram e avançaram, cobriram uma grande parte da América do Norte e da Europa. Este tipo de moreias é mais bem desenvolvido na frente dos glaciares politérmicos, quer isto dizer, nos glaciares com gelo quente (quando o gelo é mais espesso devido ao calor geotérmico) e frio (gelo abaixo da pressão do ponto de fusão ou gelo seco). Em algumas regiões, podem reconhecer-se moreias de impulso com mais de uma fase glaciar ou diferentes gerações, formadas durante uma única fase glaciar. Uma vez que os glaciares avançam (engrossam) e recuam (adelgaçam), algumas destas moreias são destruídas quando o glaciar avança. A maior parte destas moreias, que atingem mais de 100 km de comprimento e várias centenas de metros de altura, formaram-se durante a última ou a penúltima fase de avanço dos glaciares, isto é entre 110 e 100 ka e entre 238 e 128 ka respectivamente.
Moreia de Recessão................................................................................................................................................................................Recessional Moraine
Moraine de recession / Morena de recesión / Rezessionen Moräne / 退缩碛 / Конечная морёна отступающего ледника / Morena di recessione
Moreia formada na extremidade de um glaciar. Ela dispõe-se através do vale glaciar e não ao longo dele. Ela forma-se quando um glaciar que adelgaça permanece estacionário, suficientemente, para produzir um montículo de material. O processo da formação é o mesmo que para uma moreia terminal, mas ela ocorre quando o recuo do glaciar estaciona.
Ve : « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Moreia de Fundo »
Nesta fotografia (Ilha de Baffin, Canadá) várias moreias de recessão são visíveis na desembocadura de um vale glaciar suspenso. Uma moreia de recessão é, na realidade, uma moreia terminal secundária depositada durante um período de estabilidade glaciar, isto é, depositada quando o glaciar nem engrossa nem se adelgaça. Esta moreias sublinham a história dos adelgaçamentos (recuos) dos glaciares ao longo do vale glaciar, quer ele seja o vale principal, secundário ou suspenso. Em certos casos, dez ou mais moreias de recessão podem estar presentes num determinado vale. Neste exemplo, pelo menos três moreias de recessão podem ser identificadas. As mais antigas depositaram-se no vale glaciar principal, e as recentes ultrapassam apenas a bordadura do vale glaciar suspenso. A formação das moreias de recessão é corroborada pela observação actual do movimento dos glaciares. Nos vales glaciares do Canadá, onde a grande maioria dos glaciares, globalmente, está adelgaçando-se, uma nova moreia de impulso pode ser observada todos os invernos quando o glaciar engrossa. Quando um glaciar avança, os sedimentos que ele transporta (tilos) e os sedimentos fluviais associados com ele, avançam até que ele pare, para depois no verão seguinte começarem a adelgaçar-se. No fim da idade glaciar, o gelo dos glaciares começou a fundir e a sua extensão começou a diminuir Contudo, o adelgaçamento não se fez de maneira contínua. Várias vezes a fusão do gelo cessou e a frente do glaciar manteve a mesma posição, durante um período de tempo suficiente para que as moreias de recessão se depositem. Em certos vales glaciares podem observar-se várias moreias de recessão, atrás, e paralelas, a moreia terminal. As moreias terminais e de recessão obstruem, muitas vezes, os vales glaciares, o que contribui à formação de lagos. Além destas moreias existem também : (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias medianas ; (iii) Moreia frontais ; (iv) Moreias de fundo e (vi) Moreias terminais.
Moreia Supraglaciar........................................................................................................................................................................Supraglacial Moraine
Moraine supraglaciaire / Morena supraglaciar / Supraglazialen Moräne / supraglacial碛 / Надледниковая морена / Morena supraglacial
Material na superfície do glaciar, incluindo a moreia lateral e mediana, assim como fragmentos de rochas e poeira das rochas que caíram da atmosfera.
Ve : « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Moreia de Fundo »
Um dos exemplos mais típicos de moreia supraglaciar ocorre ao longo dos 7 km do Scharffenbergbotnen, Heimefrontfjella, Dronning Maud Land, na Antárctica (Hattestrand, C. & Johansen, N., 2005). A superfície do gelo é caracterizada por campos de gelo azul (áreas com menos de 50 000 km2 do gelo, que muitas vezes se encontram nos climas muito frios e a altitudes muito elevadas, onde não há precipitações suficientes) e é, parcialmente, coberta por complexos de moreia supraglaciar. A cobertura de detritos da moreia supraglaciar é, geralmente, pouco espessa (menos de 50 cm) e repousa sobre o gelo glaciar (gelo cristalino, intercrescido, compactado e com uma densidade de 0,83 - 0,93 km-3), e na qual a morfologia da superfície (pequenas dorsais e buracos de fusão) reflectem as irregularidades do gelo subjacente. Os detritos consistem, principalmente, de clastos subangulares do substrato rochoso local. Para os geocientista que estudaram esta moreia, ela tem uma história, inteiramente, supraglaciar. O coluvião (sedimentos soltos depositados ou acumulados na base de um talude ou barreira por gravidade) e as moreias pré-existentes foram trazidos para Scharffenberbotnen, principalmente do SSO, devido ao avanço do glaciar durante o último máximo glaciar na região. A cobertura de detritos das moreias supraglaciares estende-se até cerca de 200-250 metros acima da actual superfície do gelo nos taludes circunvizinhos do Scharffenberbotnen e, geralmente, a menos de 100 metros acima da presente superfície do gelo nos taludes fora do vale glaciar. Isto sublinha, provavelmente, a altura da superfície do gelo na região a quando do último máximo glaciar. O depósito das moreias supraglaciares no vale, nessa época, e a sua preservação na região, até hoje, indica que o centro da ablação, local, e, provavelmente, os campos de gelo azul estavam presentes no Scharffenberbotnen durante o último máximo glaciar, o que tem sido uma característica persistente desde então. Num contexto mais largo, pode dizer-se, que as moreias supraglaciares constituem um meio, ainda pouco utilizado, para reconstruir a extensão dos campos de gelo. As moreias que criam formas topográficas são : (i) Moreias laterais ; (ii) Moreias medianas ; (iii) Moreias de fundo ; (iv) Moreia frontais ; (v) Moreias de recessão e (vi) Moreias terminais.
Moreia Terminal....................................................................................................................................................................................................Terminal Moraine
Moraine terminale / Morena terminal / Endmoräne / 终碛 / Конечная морёна / Morena terminal
Moreia formada na extremidade do glaciar. Ela marca o máximo de extensão do glaciar e forma-se, mais ou menos, perpendicularmente ao vale glaciar. Ela corresponde à um grande montículo de detritos e corresponde, geralmente, ao limite entre os restos grosseiros e irregulares e o início dos sedimentos fluvio-glaciares.
Ve : « Moreia »
&
« Glaciar »
&
« Moreia de Recessão »
Como ilustrado no pequeno diagrama, a imagem clássica da frente de um glaciar corresponde à sucessão de: (i) Uma depressão terminal de escavamento ; (ii) Um talude forte a partir da qual a moreia frontal se levanta acima da depressão terminal ; (iii) Uma Crista da moreia frontal ; (iv) Um talude suave da moreia do lado descendente (jusante) devido ao transporte do material da moreia pelas águas de fusão. Este conjunto que forma o complexo fluvio-glaciar, é, na realidade, um modelo muito teórico. Muitos glaciares alpinos do Quaternário, deixaram uma depressão terminal ocupada por um lago profundo, mas os glaciares do Alasca não têm estas características, assim como os inlandsis. Quanto ao cone de transição estendido pelas águas fluviais à frente da moreia terminal, ele encontra-se, raramente, na natureza. O caso mais frequente é o de uma garganta fluvial cavada na moreia e cone de dejecção abaixo, onde a corrente de água sai da moreia. A imagem clássica supõem que a edificação da moreia e a dispersão dos detritos é contemporânea, mas na realidade, a edificação da moreia supõem uma lenta fusão do gelo, enquanto que a dispersão dos detritos supõem um fusão rápida. As duas fases não ser contemporâneas, elas têm que ser distintas. Os materiais fluvio-glaciares depositados à frente e em baixo das moreias frontais formam, por vezes, mantos de material grosseiro no sopé das montanhas e de material fino na frente dos glaciares regionais ("sandur" dos islandeses). Os mantos aluviais de piemonte, como os dos grandes glaciares quaternários dos Alpes foram dissecados pela erosão pós-glaciar e formam actualmente terraços, ainda mais nítidos que os "sandur". Os materiais glaciares mais finos depositados à frente do glaciar são retomados pelo vento durante a mesma fase glaciar formando o "loess", que, muito vezes, se forma longe do glaciar em condições características do sistema periglaciar.
Morfologia das Diagrafias (turbiditos)............................................................................................................................................Log Patterns
Morphologie des diagraphies (turbidites) / Morfología de perfiles (diagrafías, turbiditas) / Morphologie der Stämme (Turbiditen) / 日志的形态(浊流) / Морфология каротажных схем / Morfologia dei log (torbiditi)
Nos registos eléctricos, os diferentes tipos de depósitos turbidíticos têm uma assinatura, mais ou menos, típica como ilustrado na figura abaixo.
Ver: « Diagrafia Eléctrica »
&
« Turbidito »
&
« Calibração Sísmica »
Neste esquema estão ilustradas as morfologias, mais frequentes, da diagrafia raio gamma (RG) dos principais depósitos turbidíticos do cortejo sedimentar de nível baixo (CNB). O cortejo de nível baixo (CNB) é composto por três membros. De baixo para cima, quando o cortejo está completo, reconhecem-se: (i) Cones submarinos de bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB). Em cada um destes membros podem desenvolver-se rochas-reservatório, em geral, de fácies arenosa, quer sob a forma de lóbulos, quer sob a forma de preenchimentos de canais ou depressões alongadas entre os diques marginais naturais. As morfologias das diagrafias do potencial espontâneo (PS) e do Raio Gamma (RG) são as mais características. A partir desta figura, pode dizer-se, que diagrafia do raio gamma dos cones submarinos de bacia (CSB) tem, geralmente, uma forma cilíndrica e que os limites inferior e superior são abruptos. O limite inferior corresponde a uma discordância (superfície de erosão) e o superior a uma superfície da base das progradações (vergência oposta) dos cones submarinos de talude. A morfologia da diagrafia dos contornitos é semelhante à dos cones submarinos de bacia (CSB), visto que a configuração interna é paralela e que a inclinação, para jusante, dos contornitos, não tem nenhuma influência na diagrafia. A morfologia da diagrafia dos cones submarinos de talude (CST) é caracterizada por uma sucessão de morfologias crescentes e decrescentes, as quais são típicas dos depósitos de transbordo (diques marginais naturais turbidíticos) e das depressões entre eles (por vezes canais quando há erosão). O limite inferior pode corresponder a uma discordância (na ausência de cones submarinos da bacia), mas o limite superior corresponde quase sempre a uma superfície da base das progradações do prisma de nível baixo. Finalmente, a morfologia dos turbiditos em telhado de ripas corresponde a uma sucessão vertical de morfologias cilíndricas, como a dos cones submarinos da base. Contudo, os limites de cada um destes lóbulos não correspondem a discordâncias, mas a simples hiatos por sem-depósito.
Morfologia do Fundo do Mar..................................................................................................................................Seafloor Morphology
Morphologie du fond de la mer / Morfologia del fondo del mar / Seafloor Morphologie / 海底形态 / Морфология морского дна / Morfologia del fondo marino
Carta batimétrica, i.e., a carta da profundidade do fundo do mar, a qual exibe uma morfologia muito particular que corrobora a teoria da tectónica das placas.
Ver: « Eustasia »
&
« Acomodação »
&
« Abissal »
Tendo em linha de conta o ampliação vertical destes dois esquemas, é fácil concluir, pelo menos, ao nível do Trópico de Câncer, que a topografia e batimetria da superfície terrestre não falsificam, de maneira nenhuma, a teoria da tectónica das placas litosféricas. Na realidade : (i) As fossas oceânicas sublinham bem as zonas de subducção do tipo-B (Benioff), nas quais a crusta oceânica mergulha sobre a crusta continental ; (ii) Os Andes correspondem as cadeias de montanhas e arcos vulcânicos induzidas pelas zonas de subdução do tipo-B ; (iii) As montanhas oceânicas, de cada lado da dorsal média oceânica, sublinham a accreção oceânica, isto é, a formação de nova crusta oceânica, à medida da expansão oceânica e (iv) Os fundos oceânicos, entre as montanhas oceânicas e os continentes, marcam a crusta oceânica antiga, fria e densa. Tudo isto quer dizer, que a batimetria corrobora a estrutura e mecanismo da tectónica das placas litosféricas, isto é, a formação de nova crusta oceânica ao longo das dorsais médio oceânicas e o consumo da antiga crusta oceânica ao longo das zonas de subdução. O alargamento ao longo das dorsais oceânicas é compensado pela assimilação da crusta oceânica nas zonas de subducção e pelo encurtamento dos sedimentos nas placas litosféricas cavalgantes ao longo das zonas de subducção. Como ilustrado nos esquemas desta figura, as grandes subdivisões da superfície terrestre são : (i) As bacias oceânicas, que cobrem cerca 60% do total da superfície da Terra ; (ii) As plataformas continental (até 200 metros de lâmina de água) ; (iii) Os fundos oceânicos ; (iv) As montanhas oceânicas e (v) Os taludes continentais (sopés incluídos), entre os fundos oceânicos e plataformas continentais. A água das bacias oceânicas cobre 71% da superfície terrestre. O volume total das bacias oceânicas vária ao longo da história geológica (uma das causas da eustasia). Mais de 65% da Terra emersa está no hemisfério norte. As montanhas oceânicas cobrem cerca de 25% da superfície total da Terra e o sistema montanhoso dos continentes cobre unicamente cerca 12%. Os arcos-insulares vulcânicos e fossas associadas formam cerca de 1,2% da superfície total da Terra.
Movimento de Eckman......................................................................................................................................................................Eckman Movement
Movimento de Eckman / Movimiento de Eckman / Bewegung Eckman / 运动埃克曼 / Ветровое движение жидкости (модель Экмана) / Movimento di Eckman
Movimento da superfície da água do mar a 45° da direcção do vento predominante. Este ângulo é causado pela combinação do movimento do vento e do efeito de Coriolis. A camada de superficial da água do mar arrasta a camada subjacente, a qual é desviada ainda mais do que a camada de superfície. A deflexão do movimento da água aumenta com a profundidade e forma o que se chama a espiral de Eckman.
Ver: « Efeito de Coriolis »
&
« Transporte de Eckman »
&
« Varrido »
As correntes marinhas são instigadas pelo vento. O efeitos das correntes é de deslocar a água quente para os pólos e a água fria para o equador. O factor principal do movimento da água dos oceanos é o efeito de Coriolis (produzido pela força de Coriolis, a qual, aparentemente, parece ser causada pela rotação da Terra, uma vez que todos os que corpos que se deslocam à superfície da Terra são desviados para a direita, no hemisfério norte, e para a esquerda no hemisfério sul). Para melhor aperceber o efeito de Coriolis, pense ao movimento de um projéctil lançado por um peça de artilharia. O projéctil desloca-se de maneira rectilínea, mas como a Terra gira debaixo dela (efeito de Coriolis), um observador na superfície da terra vê o projéctil desviar-se para a direita. O mesmo sucede com as correntes. Por outro lado, como ilustrado nesta figura, quando o vento sopra numa determinada direcção, as corrente de superfície, devido ao efeito de Coriolis, são desviadas 45° (para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no hemisfério sul). O vector velocidade é cada vez mais desviado, à medida que a profundidade aumenta, até que ele se oriente na direcção oposta à do vento (profundidade de fricção). O resultado final deste processo é que a água em profundidade move-se, perpendicularmente, à direcção do vento, isto é em direcção, do centro de uma espiral ou turbilhão, o que causa um pequeno excesso ou acumulação de água (10-20 metros de altura) no centro da espiral. Estas acumulações de água, sob a influência da gravidade, escoam-se para o exterior do turbilhão, mas o efeito de Coriolis desvia o escoamento para a direita até que ele seja paralelo à acumulação e no ponto em que a gravidade e o efeito de Coriolis se compensam, formam-se as correntes geostróficas. Por isso é que os grandes turbilhões estão centrados a cerca de 30° N e S do equador.
Movimento Orogénico......................................................................................................................................................................Orogenic Movement
Mouvement orogénique / Movimiento orogénico / Orogenic Bewegung / 造山运动 / Орогенические (горообразующие) движения / Movimento orogenico
Movimento de translação, predominantemente, horizontal da crusta terrestre que encurta os sedimentos. Este movimento é, geralmente, associado à formação das cadeias montanhosas induzidas pelo movimento das placas litosféricas. Depois do advento da Tectónica das Placas, as deformações da crusta em extensão (movimentos epirogénicos, intrusões ígneas ou vulcânicas) não são mais, para muitos geocientistas, consideradas como orogenias (para muitos geocientistas).
Ver : «Subducção do TipoA (Ampferer) »
&
« Falha »
&
« Orogenia »
Para muitos geocientistas, um movimento orogénico é induzido, unicamente, por um ou vários regimes tectónicos compressivos (elipsóide dos esforços efectivos com o eixo principal, σ1, horizontal). Isto implica, unicamente, um encurtamento dos sedimentos, mas não é o que sugere o corte geológico ilustrado acima. Esta definição é um pouco extremista por duas razões. A primeira é que antes de encurtar os sedimentos é necessário depositá-los e a deposição implica sempre um regime em extensão (eixo principal do elipsóide dos esforços efectivos, σ1, vertical). A segunda, é que o que deforma os sedimentos não é o esforço tectónico, mas sim a combinação da pressão geostática (o peso dos sedimentos), pressão hidrostática (peso da coluna de água contida nos poros de um sistema aberto) e esforço tectónico (movimento das placas litosféricas). A pressão geostática corresponde a um elipsóide biaxal com o eixo maior vertical, a pressão de poros corresponde a um elipsóide uniaxial (uma esfera) e o esforço tectónico a um vector, mais ou menos, horizontal. Assim, a soma dos três (elipsóide dos esforços efectivos) corresponde a um elipsóide triaxial, o que quer dizer, que quando a pressão geostática é muito grande e o esforço tectónico pequeno (mas positivo), o resultado é um elipsóide dos esforços efectivos oblongo, isto é, com σ1 vertical, o que implica um alongamento e não um encurtamento dos sedimentos. Assim, pode dizer-se (de maneira pedagógica) que em todas as cadeias de montanha, à medida nos afastamos do centre de compressão (encurtamento), o esforço tectónico diminui e, que a partir de uma certa distância, o regime tectónico torna-se extensivo, com formação falhas normais e grabens orientados perpendicularmente - frente de montanhas. Na realidade, não é o esforço tectónico que varia mas sim a resistência dos sedimentos a deformação, mas o resultado final é o mesmo.
Mudança Climática..................................................................................................................................................................................................Climatic Change
Changement climatique / Cambio climático / Der Klimawandel / 气候变化 / Климатические изменения / Cambiamenti climatici
Mudança a longo prazo na distribuição estatística dos padrões climáticos em períodos de tempo, os quais vão de décadas a milhões de anos. As alterações climáticas podem ser limitadas a uma região específica, ou podem ocorrer em toda a Terra.
Ver: " Eustasia "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
&
" Acomodação "
Os "Alarmistas" assumem que o clima era estável antes da revolução industrial. Eles esquecem que, durante o último milénio: (i) Os Vikings emigraram e cultivaram a Gronelândia e o Canadá (Labrador), no "Período Quente Medieval", quando a temperatura média global era ± 3 ° C superior a do que hoje e (ii) A maioria dos corpos de água da Europa estavam congelados durante a "Pequena Idade do Gelo", quando a temperatura média global era de ± 3 ° C inferior a de hoje. Desde o nascimento da Terra, as mudanças climáticas são uma realidade. Historicamente, os períodos quentes e frios são, perfeitamente, conhecidos. De 2500 a. C. até hoje, seis períodos quentes ocorreram : (I) Período pré-dinástico do Egipto Antigo ; (ii) Períodos intermédios do Egipto Antigo ; (iii) Império Romano ; (iv) Idade Média (que termina com a queda de Constantinopla, isto é, mais ou menos em 1453) ; (v) Séculos XIX e XX e (vi) Século XXI. Os períodos frios correspondem ao : (a) Tempo Nomádico ; (b) Império Grego ; (iii) Idades Escuras ; (iv) Pequena Idade Glaciar e (v) Fim do século XX (a temperatura média global desceu ± 1° C, devido pela explosão do Pinatubo). Estas mudanças climáticas históricas refutam a uma conjectura avançada pelos "alarmistas" sobre o aquecimento global. Quando eles afirmam que a estabilidade do clima, anterior à revolução industrial, foi destruída pelo homem, eles sabem, perfeitamente, que estão a mentir. Como a história do clima falsifica os seus dogmas, os "alarmistas" não gostam de ouvir falar dela: R. Giegengack (geólogo da Universidade da Pensilvânia) diz :"As pessoas vêm até mim e dizem-me, para parar de falar assim, visto que prejudica causa"(C. Horner, 2007). Os períodos frios correlacionam com períodos de forte actividade vulcânica, de fome e doença, enquanto que os períodos quentes correlacionam com tempos de menor actividade vulcânica e de desenvolvimento económico e social. Mesmo, tendo em conta que uma correlação não traduz necessariamente uma casualidade, tais correspondências não se encaixam com as catástrofes e fomes prevista pelo "alarmistas".
Mudança Eustática....................................................................................................................................................................................................Eustatic Change
Changement eustatique / Cambio eustático / Eustatische Wandel / 海平面变化 / Эвстатические изменения / Variazioni eustatiche
Variação global do nível marinho médio, durante um período específico do tempo geológico. Os factores principais de uma variação eustática são a expansão oceânica e o consumo da crusta oceânica ao longo das zonas de subducção, isto é, as variações do volume das bacias oceânicas. Estas variações podem seres avaliadas a partir da curva dos biséis de agradação costeira e dos estudos paleontológicos. As variações do volume da água dos oceanos durante as glaciações e deglaciações (eustatismo glaciar) produzem, igualmente, mudanças eustáticas.
Ver: "Eustasia"
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
&
" Acomodação "
Admitindo que desde a formação da Terra (cerca de 4,5 G anos atrás), a quantidade de água, sob todas as suas formas, é constante, e que o volume das bacias oceânicas varia ao longo da história geológica, as mudanças eustáticas são, principalmente, função das variações de volume das bacias oceânica. O volume das bacias oceânicas é, relativamente, pequeno quando os continentes se aglutinam para forma um supercontinente, uma vez que a grande maioria das montanhas oceânica foi consumida ao longo das zonas de subducção de tipo B. Ao contrário, quando os continentes estão afastados uns dos outros, entre eles há muitas dorsais oceânicas (montanhas oceânicas) e assim, o volume das bacias oceânicas é mais pequeno. No primeiro caso, o nível eustático é baixo, enquanto que no segundo é alto. Assim, como ilustrado nos esquemas desta figura, pode dizer-se, que quando a expansão oceânica é rápida, ela produz um grande volume de dorsais oceânicas e, por conseguinte, o nível do mar sobe e invade os continentes (transgressão). Ao contrário, quando a expansão oceânica é lenta, o nível do mar desce, o que produz uma regressão (deslocamento da linha da costa e depósitos associados para o mar). A velocidade de expansão oceânica é em média de 1 cm por ano (aproximadamente a taxa de crescimento das unhas de um ser humano). Não confunda estas transgressões e regressões globais associadas com subidas e descidas eustáticas (globais), com as transgressões e regressões locais, como, por exemplo, ao nível de um ciclo-sequência. Neste caso, as transgressões e regressões requerem sempre uma subida relativa do nível do mar. O que muda é, que durante uma transgressão, o nível relativo do mar sobe em aceleração, enquanto que durante uma regressão, o nível do mar sobe em desaceleração.
Mudança Eustática do Nível do Mar...............................................................................Eustatic Change in Sea Level
Changement eustatique du niveai de la mer / Cambio eustático del nivel del mar / Eustatische Veränderung des Meeresspiegels / 在海平面的海平面变化 / Эвстатические изменения уровня моря / Variazioni eustatiche del livello del mare
Expressão redundante, uma vez que eustática implica o nível do mar. Variação global do nível do mar referenciada ao centro da Terra. Os principais factores são: (i) Temperatura, (ii) Salinidade, (iii) Quantidade de água sob a forma de neve ou gelo, (iv) Volume das bacias oceânicas, etc.
Ver: " Eustasia "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
&
" Acomodação "
As variações do nível do mar podem ser determinadas em relação ao fundo do mar ou em relação ao centro da Terra. As primeiras são relativas, uma vez que elas são função das segundas, mas também dos movimentos do fundo do mar. Se o nível do mar global ou eustático não variar, mas se o fundo do mar descer (subsidência), o nível relativo do mar sobe. Ao contrário, se o fundo do mar subir, o nível relativo do mar desce. As variações relativas do nível do mar são, em geral, locais ou regionais. As variações do nível do mar induzidas pela isostasia são variações relativas do nível do mar embora, em certas condições, elas possa ser globais. As mudanças eustáticas são, em geral globais e determinadas pela altura da água da maré alta e maré baixa. O conceito de variação eustática só tem sentido se : (i) A quantidade de água, sob todas as suas forma, for constante desde o início da formação da Terra e (ii) O volume das bacias oceânicas variar ao longo da história geológica. Até hoje, a primeira hipótese ainda não foi refutada e a grande maioria das observações corrobora-a. A segunda hipótese, é corroborada pelo paradigma da Tectónica das Placas. Com efeito, nos períodos em que todos os continentes estão aglutinados uns contra os outros e o número de placas litosféricas é pequeno, o volume das bacias oceânica é muito grande (a maior parte das montanhas oceânicas desapareceu ao longo das zonas de subducção do tipo-B). Em consequência o nível eustático desce. Ao contrário, quando, depois da ruptura de um supercontinente, os continentes estão no máximo de dispersão, o volume das bacias oceânicas é muito pequeno, uma vez que há grande número de montanhas oceânicas e, por conseguinte, o nível eustático sobe. Como ilustrado acima, o mesmo sucede com a quantidade de gelo. Durante as glaciações, o nível do mar eustático desce, ao contrário durante as deglaciações nível eustático sobe. Toda a gente sabe que o nível eustático subiu cerca de 120 metros durante os milénios que seguiram o fim da última idade glaciar (± 21 ka) e que ele se estabilizou, mais ou menos entre 3 e 2 ka.
Mudança de Fácies..........................................................................................................................................................................................................Facies Change
Changement de faciès / Cambio de facies / Fazies ändern / 相变 / Фациальное изменение / Cambio di facies
Variação lateral ou vertical da litologia ou características paleontológicas em depósitos sedimentares contemporâneos, causada por, ou reflectindo, uma mudança do ambiente de deposição.
Ver: " Ambientes de Deposição "
&
" Fácies "
&
" Cortejo Sedimentar "
O termo fácies foi definido por Gressly, em 1835, como uma litologia com uma fauna associada. Um ambiente sedimentar não é uma fácies sedimentar. O primeiro é uma parte da superfície terrestre física, química e biologicamente distinta dos terrenos adjacentes. Uma fácies sedimentar é uma massa rochosa, que pode ser definida e distinguida das outras pela sua litologia, geometria, estruturas sedimentares e fósseis. De qualquer maneira, é sempre muito importante distinguir um ambiente sedimentar de uma fácies sedimentar. Não há nenhum problema em identificar um ambiente sedimentar em sedimentos recentes. Se for para a praia e tirar uma amostra da areia da praia-baixa, por definição, ela é um areia da praia baixa. Contudo, quando se estudam sedimentos antigos, quer no campo, quer nos dados sísmicos, é preferível começar por classificá-los em fácies, numa base puramente descritiva. Assim, deve falar-se de uma fácies de areia grossa, fácies fliche e não de uma fácies fluvial ou fácies turbidítica. Deve evitar-se dizer, por exemplo: "este intervalo corresponde a areias de fácies deltaico". É melhor e muito mais correcto dizer: "este intervalo corresponde a uma fácies arenosa depositada num ambiente deltaico". E sobretudo num diga "Um mapa em fácies" quando são os ambientes sedimentares que são mapeados. Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Indonésia não é difícil identificar uma mudança de fácies no prisma de nível alto (PNA) do ciclo-sequência incompleto limitado entre duas discordâncias (descidas relativas do nível do mar que definem um ciclo eustático de 3a ordem, isto é, com um tempo de duração entre 0,5 e 3-5 My). Neste ciclo-sequência só se depositaram os cortejos sedimentares de nível alto, quer isto dizer, o cortejo transgressivo (CT), cuja configuração interna é, mais ou menos, paralela, mas que regionalmente tem uma geometria retrogradante e o prisma de nível alto (PNA), cuja configuração interna é progradante. É ao longo das progradações que se nota uma mudança de fácies (os carbonatos de água pouco profunda, a montante, isto é a Sudoeste, passam, a jusante, a shales carbonatos.
Mudança Geológica..........................................................................................................................................................................................Geological Change
Changement géologique / Cambio geológico / Geologische Veränderungen / 地质变化 / Геологические изменения / Cambiamento geologico
Modificação da subsuperfície e superfície terrestre por processos geológicos, como, pela tectónica, erosão, deposição, colisão extraterrestre, etc.
Ver : "Erosão"
&
" Tectónica "
&
" Deposição (clásticos) "
O nosso planeta, isto é, a Terra, está em constante mutação. Os continentes e a crusta oceânica, isto é, a litosfera andam à deriva, sobre mar de rocha, mais ou menos, liquida (astenosfera), a água, sob todas as suas formas, erode a terra e o clima muda sempre o tempo. Todos estes fenómenos geológicos são muito lentos e passam, normalmente, desapercebidos. A velocidade média da expansão oceânica é, em média, equivalente a velocidade de crescimento das unhas de um ser humano, isto é, mais ou menos, 5-7 centímetros por ano. Num milhão de anos um mar alarga-se de 500 quilómetros o que; geologicamente; é importante. Embora muitos processos geológicos possam ser vistos ao trabalho dentro do período de uma vida humana normal, as rápidas mudanças abióticas nas paisagens são, normalmente, negligenciadas na avaliação dos ecossistemas. As catástrofes naturais como terramotos, inundações e erupções vulcânicas atraem muita atenção, existem outros processos geológicos que podem mudar em uma década ou menos e que influenciam fortemente o ambiente físico e químico. Entre elas podemos citar as alterações das linhas de costa, a erosão dos sedimentos e dos solos, a carsificação, actividade de solo congelado e as variações da qualidade das águas subterrâneas. Um resumo prático e descrição destes e de outros parâmetros da paisagem física e química é apresentada no conceito de geoindicator (medidas de magnitudes, frequência, taxas e tendências de processos geológicos e fenómenos que ocorrem na superfície da Terra, ou perto, sujeitos a alterações que são significativas para a compreensão das mudanças ambientais em períodos de 100 anos ou menos), o qual foi avançado, principalmente, para explicar a importância das alterações geológicas rápidas para os não-geocientistas responsáveis pelo planeamento e gestão ambiental. Os geoindicadores ajudam a focalizara atenção sobre as causas das mudanças quer elas sejam antropogénicas ou não. Entre outras áreas onde os geoindicadores podem ser utilmente aplicados podemos citar a gestão dos parques nacionais, a gestão das linhas da costa, a avaliação dos impactos ambientais da indústria extractiva, a identificação dos problemas de saúde pública, etc.
Mudança Global....................................................................................................................................................................................................................Global Change
Changement global / Cambio global / Globaler Wandel / 全球变化 / Глобальные изменения / Cambiamento globale
Mudança que afecta ou envolve toda, ou a maior parte da superfície terrestre, como, por exemplo, as mudanças eustáticas nível do mar, mudanças climáticas, da concentração do carbono, etc.
Ver: " Global (evento geológico) "
&
" Glaciação "
&
" Efeito de Estufa Natural "
Uma das mudanças globais que está na moda é a do CO2. As concentrações de CO2 na atmosfera são, naturalmente, reguladas por numerosos processos que formam o ciclo do Carbono. O movimento (fluxo) do carbono entre a atmosfera, terra e oceanos é dominado por processos naturais, tais como a fotossíntese das plantas. Enquanto, que estes processos naturais podem absorver algumas das 6,1 x 109 t (toneladas) das emissões antropogénicas de CO2 produzidas todos os anos (medidas em termos de carbono equivalente), cerca de 3,2 x 109 t são adicionadas todos os anos à atmosfera. O desequilíbrio entre emissões e absorção resulta num aumento contínuo do teor de gases com efeito de estufa na atmosfera. Dada a variabilidade natural do clima da Terra, é difícil determinar a importância da mudança que os seres humanos causam. Nos modelos baseados nos computadores (purgamentum init, exit purgamentum), o aumento das concentrações em gases de efeito de estufa produz um aumento da temperatura e estes, por sua vez, produzem mudanças climáticas. Certos geocientistas, sugerem mesmo que o clima se aqueceu no século passado e que a actividade humana é o factor mais importantes. Contudo, compare os números seguintes : (i) A atmosfera contém ± 750 GtC ; (ii) A superfície dos oceanos contém ± 1 000 GtC ; (iii) A vegetação, solos e desperdícios contém ± 2 200 GtC ; (iv) Os oceanos (interior) têm ± 38 000 GtC, o que dá um total ± 42 000 GtC. Por outro lado, cada ano : (a) A superfície dos oceanos troca com a atmosfera ± 90 GtC ; (b) A vegetação troca com a atmosfera ± 60 GTC ; (iii) O plâncton troca com a água profunda ± 50 GtC e (iv) A água superficial troca com a profunda ± 100 GtC, o que dá um total de ± 300GtC por ano. Além disso, todos os anos são injectados na atmosfera: (1) Pelo homem, ± 3GtC ; (2) Pelos combustíveis, ± 5-7 GtC ; (3) Pelo terreno, ± 2GtC ; (4) Pela respiração, ± 0,3 GtC ; (5) Pelos animais domésticos, ± 0,75 GtC ; (6) Pelos desperdícios, ± 0,5 GtC, o que dá um total de ± 3 GtC. Assim para um crescimento económico de 3% por ano, são introduzidos na atmosfera ± 0,09 GTC por ano, o que quer dizer praticamente nada. Assim, para bem da humanidade é melhor continuar a crescer para haver menos pobre e menos desemprego do decrescer, como a grande maioria dos ecologistas o sugere.
Mudança Isostática do Nível do Mar........................................................................................................................Isostatic Change in Sea Level
Changement isostatique du niveau de la mer / Cambio isostático del nivel del mar / Isostatische Veränderung des Meeresspiegels / 在海平面的等静压变化 / Изостатическое изменение уровня моря / Variazioni isostatica del livello de mare
Mudança do nível de mar devido à uma aliviação da carga na crusta de terra.
Ver : "Isostasia (princípio)"
&
" Glaciação "
&
" Levantamento Isostático "
O manto da Terra ainda hoje está fluindo, lateralmente, para preencher as áreas debaixo dos locais onde as camadas de gelo, espessas e pesadas, obrigaram o manto a afundar-se há cerca de 18000 anos atrás. Nesta fotografia da costa Este dos EUA, as mudanças isostáticas do nível do mar, durante o levantamento isostático podem ser reconstituídas a partir das praias que, sucessivamente, foram levantadas e que, na realidade, correspondem a linhas da costa fósseis. Igualmente, no Norte da Europa, o levantamento ou salto isostático reconhece-se facilmente não só na Gronelândia, mas também na costa da Noruega, onde a superfície de quase todas as propriedades rurais aumentou desde o primeiro recenseamento cadastral oficial feito no século XVI. O levantamento isostático é, perfeitamente, corroborado por todos os dados sísmico do offshore da Noruega. Próximo da linha da costa todas as linhas sísmicas mostram uma truncatura nítida dos horizontes anteriores à deglaciação. Isto tem, evidentemente, implicações importantes na evaluação do potencial petrolífero de certas regiões, como, por exemplo, na bacia do Cabo Norte (bacia de "Nordkapp" e no arquipélago as ilha aos Ursos (Svalbard). Hoje em dia, todos os intervalos sedimentares ricos em matéria orgânica, quer isto dizer, todas as rochas-mãe potenciais estão, insuficientemente, enterradas para a matéria orgânica possa ter atingido a zona de catagénese, onde ela pode gerar petróleo ou gás. Contudo, entrando em linha de conta com o levantamento isostático, o qual pode atingir várias centenas de metros (mesmo um par de milhares de metros), certos intervalos sedimentares foram enterrados, suficientemente, para a matéria orgânica atingisse a maturação (janela do petróleo). O levantamento isostático é, parcialmente, anulado pela subida eustática (não relativa) produzida pela fusão do gelo. Quando determinar o levantamento eustático, não se esqueça de entrar em linha de conta com a subida do mar induzida pelas deglaciações, que certos autores estimam, mais ou menos, a uma centena de metros, o que quer dizer, que uma praia levantada que hoje se encontra a 50 metros de altitude, na realidade, ela foi levanta pelo menos 150 ou 170 metros.
Mudança Relativa do Nível do Mar...............................................................................................................................Relative Change in Sea Level
Changement relatif du niveau de la mer / Cambio relativo del nivel del mar / Relative Veränderung des Meeresspiegels / 相对海平面变化 / Относительное изменение уровня моря / Variazione relativa del livello del mare
Mudança do nível do mar em relação ao fundo do mar. As subidas ou descidas relativas do nível do mar podem ser produzidas por: (a) Movimentos do nível marinho ; (b) Movimentos da superfície terrestre ou, mais frequentemente ; (c) Uma combinação dos dois.
Ver: "Eustasia"
&
Subsidência "
&
" Espaço Disponível (para os sedimentos) "
A curva das variações relativas do nível do mar (CVRNM) é uma combinação da curva eustática e da tectónica (subsidência ou levantamento). Ela é uma curva sinusoidal, na qual cada ciclo eustático é limitado entre dois pontos de inflexão descendentes consecutivos. Os limites dos ciclos eustáticos e estratigráficos são limitados pelos pontos onde a taxa descida relativa do nível do mar é máxima (pontos onde a 1a derivada da curva, inclinação, é máxima. Como ilustrado, dentro de um ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência (ciclo estratigráfico associado a um ciclo eustático de 3a ordem, caracterizado por um tempo de duração compreendido entre 0,5 e 3-5 My) depositam três cortejos sedimentares (associações laterais de sistemas de deposição contemporâneos e geneticamente ligados). De baixo para cima, esses cortejos são: (i) Cortejo de nível baixo (CNB); (ii) Cortejo transgressivo (CT) e (iii) Cortejo de nível alto (CNA) ou Prisma de nível alto (PNA). O cortejo de nível baixo (CNB) é composto de três membros: (a) Os cones submarinos de bacia (CSB), membro inferior : (b) Os cones submarinos de talude (CST) e (c) O prisma de nível baixo (PNB), que forma o membro superior. Em relação CVRNM, as discordâncias correspondem aos pontos onde a taxa de descida relativa do nível do mar é máxima. Durante o período de descida relativa, depositam-se os cones submarinos de bacia (CSB) e talude (CST). Os primeiros depositam quando a taxa de descida é a mais forte, enquanto que os segundo quando a taxa de descida começa a desacelerar. O prisma de nível baixo (PNB) deposita quando a velocidade de descida relativa entra em desaceleração e mesmo quando o nível do mar relativo começa a subir. O cortejo transgressivo (CT) é depositado quando a subida relativa do nível do mar é em aceleração, enquanto que o prisma de nível alto (CNA) é depositado quando a subida relativa do nível do mar é em desaceleração e, mesmo quando o nível do mar começa a descer. O cortejo de bordadura da plataforma (CBP) é depositado durante as descidas lentas relativas do nível do mar.