Nanoplâncton......................................................................................................................................................................Nanoplankton

Nanoplancton / Nanoplancton / Nanoplankton / 应用 / Карликовый планктон / Nanoplancton

Organismos marinhos plantónicos com dimensões entre 2,0 e 10 micros (μm). Note, que um cabelo humano tem uma espessura de cerca de 100 microns (0,00010 m).

Ver: « Bentos »
&
« Megaplâncton »
&
« Foraminífero »

Em biologia marinha e limnologia chama-se plâncton (da palavra grega planktos, que significa errante) ao conjunto dos organismos que têm pouco poder de locomoção e vivem, livremente, na coluna de água (pelágicos) sendo, muitas vezes, arrastados pelas correntes oceânicas. O plâncton encontra-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que serve de alimentação a organismos maiores. Foi no final do século XIV, que o biólogo alemão Johannes Müller, numa expedição oceânica, resolveu passar uma rede fina de seda pela superfície do mar, para capturar as substâncias em suspensão. Ele encontrou uma comunidade, totalmente, desconhecida, composta de inúmeros organismos vegetais e animais. Quem primeiro empregou o termo plâncton foi o biólogo também alemão Viktor Hensen, em 1887. Ele definiu esses organismos como todas as partículas orgânicas "que flutuam livre e involuntariamente pelos corpos de água, independentes da costa e do fundo". O plâncton é, geralmente, subdividido em: (i) Fitoplâncton - formado principalmente por algas microscópicas ; (ii) Ictioplâncton - formado por formas larvares ou juvenis do nécton com pouca locomotividade ; (iii) Zooplâncton - formado por animais. O fitoplâncton é presente nas massas de água oceânicas de forma esparsa, em muito menor concentração do que na água perto da costa. O motivo é, basicamente, a menor quantidade de nutrientes presente nas águas oceânicas, as águas costeiras são muito mais ricas em nutrientes pois o fluxo de nutrientes vindo dos rios enriquece em nitratos, fosfatos e outros sais minerais que ausentes limitam o desenvolvimento da biomassa vegetal fitoplanctónica. O fitoplâncton ocorre desde a superfície até à camada de compensação, nas águas oceânicas límpidas esta pode chegar a mais de 80 metros de profundidade. A camada de compensação é aquela em que o vegetal consegue fazer fotossíntese somente o suficiente para se manter vivo, para a manutenção de seus processos metabólicos. A partir desta camada o vegetal consome mais energia do que produz e acaba morrendo por inanição. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Plâncton).

Não-Conformidade..........................................................................................................................................Nonconformity

Non-conformité / No-conformidad / Nichteinhaltung / 不符合 / Стратиграфическое несогласие / Non-Conformità

Superfície que separa tipos, profundamente, diferentes de rochas, como, entre rochas metamórficas e sedimentares. Uma não-conformidade corresponde a uma discordância, mas nem sempre. Ela pode, muitas vezes, ser confundida com uma conformidade, em particular nas bacias salíferas, como ilustrado na figura abaixo.

Ver: « Discordância »
&
« Descida Relativa (do nível do mar)»
&
« Erosão »

Uma não-conformidade corresponde a uma discordância, quer isto dizer, a uma superfície de erosão, em particular, quando é exagerada pela tectónica (discordância angular). A expressão não-conformidade é utilizada, sobretudo, quando, aparentemente, uma interface parece conforme mas na realidade não é. Numa linha sísmica, as discordâncias inferiores e superiores que limitam um ciclo estratigráfico, como, por exemplo, os limites de um ciclo-sequência, só são evidentes onde as terminações das linhas cronostratigráficas correspondem a biséis de agradação ou truncatura. Em geral, as discordâncias são evidentes perto do rebordo continental (que pode ou não coincidir com o rebordo da bacia), devido à presença de preenchimentos de canhões submarinos e, em certas zonas da planície costeira, onde a ocorrência de preenchimentos de vales cavados permite reconhecer a superfície de erosão que as caracteriza. Na maior parte dos casos e sobretudo quando as discordâncias não estão exageradas pela tectónica, elas correspondem a não-conformidades, uma vez que elas parecem concordantes, mas não o são, porque elas representam um hiato muito importante. Uma não-conformidade existe sempre entre um soco e as rochas sedimentares sobrejacentes, mesmo se a interface é paralela as linhas cronostratigráficas das rochas sedimentares. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore de Angola, pode dizer-se que entre os sedimentos infrassalíferos e suprassalíferos, quando eles são separados por uma sutura salífera, existe sempre uma não-conformidade. Uma sutura salífera não corresponde a uma superfície de erosão. Ela não pode ser considerada como uma discordância, visto que, não há erosão associada, com uma descida relativa do nível do mar mas, simplesmente, como uma desarmonia tectónica induzida por um escoamento lateral total dos evaporitos, em geral, sal, o que cria um hiato entre os sedimentos supra e infrajacentes.

Necrófago..............................................................................................................................................................................................Necrophage

Nécrophage / Necrófago / Nécrophage, Aas / 嗜尸 / Трупоядный / Necrofagi

Organismo que come carne morta ou em decomposição.

Ver: « Animal (reino) »
&
« Bentos »
&
« Meroplâncton »

Um necrófago ou detritívoro é um animal que se alimenta de restos orgânicos (plantas e animais mortos), reciclando-os e retornando-os à cadeia alimentar para serem reaproveitados pelos demais organismos vivos. Uma cadeia ou teia alimentar (ou trófica como muito autores a chamam) é uma sequência de seres vivos / populações que se alimentam uns dos outros. Os exemplos mais comuns de necrófagos são os urubus, abutres, hienas e várias espécies de escaravelhos e moscas. Este tipo de alimentação é uma forma de saprofagia, que no caso de plantas se denomina saprofitia. Saprófito, saprotrófico ou saprotrofo é a designação dada em biologia aos organismos, entre os quais plantas, fungos e outros seres, que se alimentam absorvendo substâncias orgânicas, normalmente, provenientes de matéria orgânica em decomposição. As plantas saprófitas não possuem capacidade de fazer a fotossíntese. Com a mesma etimologia também se usa, para os animais, o termo sapróvoros. Outros termos gerais, para este tipo de seres vivo,s são sapróbios ou saprobiontes. Os seres detritívoros são de fundamental importância pois promovem a degradação da matéria orgânica, facilitando o trabalho de fungos e bactérias (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Detrit%C3%ADvoro). Em mitologia, os necrófagos são seres que se alimentam de cadáveres de seres humanos que, frequentemente, matam a suas vítimas, as quais nunca se dão conta que estão em frente a um necrófago já que estes mudam de forma. Fazem parte de muitas lendas da Europa e Médio Oriente. Os necrófagos têm seu lugar no folclore ocidental. Foi nas lendas do mundo árabe islâmico onde primeiro eles apareceram (eles pertenciam a uma raça rebelde de espíritos malignos). Segundo essas lendas, eles habitam no desertos, escondem-se nas grutas, vagam pelos bosques e erram nos lugares onde morreram humanos. Os necrófagos, foram sempre temidos em todo o norte da África, Oriente Médio e Índia. (http://pt.wikilingue.com/es/Necrófago_(mitolog%C3%ADa).

Nécton.............................................................................................................................................................................................................................Nekton

Necton / Nécton / Nekton / 游泳动物 / Нектóн (совокупность свободно плавающих животных) / Necton

Conjunto de organismos de um corpo de água (oceano ou lago) capazes de se deslocar (nadar), independentemente, das correntes.

Ver: « Plâncton »
&
« Fauna Profunda »
&
« Fácies »

O nécton contrasta com o plâncton, que é o conjunto de organismos, que flutua e deriva de maneira passiva nos corpos de água, como, as algas, bactérias, ovos e larvas de organismos marinhos, protozoários e outros pequenos predadores. A maior parte, mas não todos, dos organismos planctónicos são muito pequenos (o maior diâmetro é inferior a 1 cm), enquanto que o comprimento dos organismos que formam o nécton (nectónicos) varia entre alguns centímetros e 30 metros. Uma das características do nécton é a possibilidade que os organismos, que o formam, têm de se deslocar rapidamente. Uma outra características é a sua maneabilidade, quer em aceleração rectilínea quer angular. Eles arrancam, param e viram com grande facilidade. O tamanho e velocidade de deslocamento do plâncton e do nécton significa que enquanto o plâncton toma a água como um meio viscoso, muitas vezes, com fluxos reversíveis, o nécton é dominado pela inércia. O nécton oceânico é composto por uma grande variedade de peixes ósseos, tubarões, raias, e em mais pequena quantidade, mamíferos e répteis. Os únicos invertebrados que podem ser considerados como nécton são os molusco cefalópodes. Os peixes que passam toda a sua vida na zona epipelágica (zona oceânica na qual a luz do sol entra em quantidade suficiente para que a fotossíntese seja possível) são holoepipelágicos. Como holoepipelágicos pode citar-se o tubarão branco, brema marinha espinhosa, atum amarelo, espadim listrado, espadão, peixe sol (peixe da família dos molidae), etc. O segundo grupo de peixes oceânicos é chamado meroepipelágicos. Os peixes deste grupo passam, unicamente, uma parte da sua vida na zona epipelágica. Este grupo é mais variado e inclui os peixes, que passam a vida adulta na zona epipelágica, mas põem os ovos junto da costa (arenque, tubarão baleia, golfinho, etc.) ou em água doce, como o salmão. Um outro componente do nécton oceânico é formado por mamíferos marinhos, como as baleias (cetáceo), focas e leões do mar (carnívoros), etc.. Entre os mamíferos marinhos, que vivem nas águas costeiras, podem citar-se os manatins, dugongos, lontras de mar, etc.

Neocristalização................................................................................................................................................................Authigenesis

Néocristallisation / Neocristalización / Authigenesis (Verfestigung) / Authigenesis (石漠化)/ Аутигенез / Neocristalisazione (Litificazione)

Processo pelo qual novas fases minerais são cristalizadas em sedimentos ou rochas sedimentares durante a diagénese. Os novos minerais podem ser produzidos por: (i) Reacções envolvendo fases já presentes no sedimento ou rocha ; (ii) Precipitação de materiais introduzidos na fase fluída ou (iii) Uma combinação de componentes originais e componentes introduzidos. Estes processo, que em geral se sobrepõem à alteração e cimentação, envolve, normalmente, recristalização e pode produzir uma substituição total. As fases autigénicas podem incluir: silicatos, tais como quartzo, feldspatos alcalinos, zeólitos, halite, gesso, turmalina, glauconita, etc.

Ver: « Diagénese »
&
« Autigénese »
&
« Compactação »

Um dos minerais de neoformação mais importante na estratigrafia sequencial e industria petrolífera é a glauconite, que é uma variedade de argila rica em ferro, que se pode encontrar sob a forma de grânulos, grãos ou cimento intergranular e que tem uma densidade entre 2,4 - 2,95 g/cm^3. A glauconite autígena forma-se nas partes distais das plataformas continentais, sob condições geológicas e geoquímicas muito restritas, onde a taxa de sedimentação é relativamente fraca. Um conjunto de trabalhos científicos mostrou que os minerais glauconíticos se formam, actualmente, de preferência, sob a lâmina de água da plataforma média-distal, em associação com cortejos sedimentares transgressivos. Quando durante a perfuração de um poço de pesquiza, o geocientista, encarregado das diagrafias instantâneas. observa, nos detritos de perfuração, areias com glauconite de neoformação, ele avança, imediatamente, como hipótese de trabalho, que as areia são, provavelmente, areais transgressivas. Mas como toda a hipótese tem que ser testada, ele vai verificar se nos detritos também se encontram pedaços de carvão. Se os encontrar, a hipótese é refutada e ele emite um nova hipótese: as areias com glauconite autígena e carvão, vêm, provavelmente de depósitos turbidíticos. No caso de não encontrar detritos de carvão, a hipótese avançada não é refutada e tem que ser considerada. A identificação da glauconite é importante não só para interpretar os ambientes sedimentares e estabelecer correlações, mas também para localizar as mais prováveis rochas-reservatório e armadilhas estratigráficas.

Nerítico.........................................................................................................................................................................................................................Neritic

Néritique / Nerítico / Neritischen / 浅海 / Неритический / Neritico

Ambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 0 e 200 metros. Três subambientes podem distinguir-se: (i) Nerítico Interno, com uma profundidade de água entre 0 e 30 m ; (ii) Nerítico Médio, com uma profundidade de água entre 30 e 100 m e (iii) Nerítico Externo, com uma profundidade de água entre 100 e 200 m.

Ver: « Batial »
&
« Ambientes de Deposição »
&
« Lâmina de Água »

A zona nerítica compreende os primeiros 200 metros de água do oceano. Ela engloba a zona litoral (próximo da da linha da costa) e a plataforma continental (até ao rebordo continental). É nesta zona, que se faz a maior parte da vida a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono, CO_2, em água e alimentos), como o fitoplâncton e os sargaços flutuantes (algas fucáceas). O zooplâncton, que é formado pelas criaturas flutuantes (desde as diatomáceas microscópicas até ao pequenos peixes, camarões, etc.) também vive nesta zona. Muitas espécies de baleias, como, a baleia gigante e bossa, etc., alimentam-se quase, inteiramente, de zooplâncton. Estas baleias forçam a água do mar através do material ósseo que se formou no lugar dos dentes, para filtrar os pequenos organismos marinhos. O maior de todos os peixes, o tubarão branco, vive sozinho fora do plâncton. O oceano é um vasto domínio. Ele cobre mais de 71 % da superfície terrestre. Destes 71 %, cerca de 65% são considerada como o oceano azul (oceano aberto). Os outros 35% formam o oceano costeiro, o qual cobre as plataformas continentais (quando elas existem). O mundo dos animais, plantas e aves é, relativamente, plano, quer isto dizer, que ele nunca se desenvolve nem muito acima, nem muito abaixo da superfície terrestre, o que, evidentemente, não é o caso nos oceanos. Os oceanos têm uma profundidade média superior a 3,3 km e contém vida em quase todo o sítio mesmo nas grandes profundidades. A vida nos oceanos é dividida em duas categorias: (i) Bêntica (no fundo do mar) e (ii) o Pelágica (as águas do oceano). Função da profundidade, o ambiente pelágico pode ainda dividir-se em: (a) Zona Epipelágica ou Eufótica (muito O_2, poucos nutrientes, plantas) ; (b) Zona Mesopelágica ou Disfótica (pouco O_2, aumento de nutrientes, animais, bactérias) e (iii) Zona Batipelágica ou Abissopelágica (O_2 aumenta, nutrientes diminuem, aporte de águas polares).

Nerítico Externo.............................................................................................................................................................Outer Neritic

Néritique externe / Nerítico externo / Outer neritischen / 外浅海 / Неритический (внешне) / Neritico esterno

Subambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 100 e 200 metros, isto é entre a plataforma média e o rebordo continental (que pode coincidir ou não com o rebordo da bacia).

Ver: « Batial »
&
« Nerítico »
&
« Lâmina de Água »

Neste diagrama distingue-se a província nerítica (lâmina de água entre 0 e 200 metros) e a província oceânica ou mar azul. A primeira corresponde, mais ou menos, à plataforma continental (entre a linha da costa e o rebordo da bacia, que pode ou não coincidir com o rebordo continental) e à zona superficial do mar azul, isto é, até 200 metros de profundidade. Em certas condições geológicas (condições de nível baixo do mar), quando a bacia não tem plataforma continental (linha da costa coincidente, praticamente, com o rebordo continental), a zona nerítica corresponde, unicamente, ao horizonte superficial do mar azul. A zona nerítica é, geralmente, dividida em três subambientes : (i) Zona Nerítica Externa, caracterizada por uma lâmina de água de água entre 100 e 200 metros ; (ii) Zona Nerítica Média, com uma lâmina de água entre 20 e 100 metros e (iii) Zona Nerítica Interna que é caracterizada por uma profundidade de água entre 0 e 30 metros. Certos autores distinguem ainda na zona nerítica, uma zona de transição, entre a limitada entre 0 e 5 metros de profundidade, que corresponde ao domínio da água salobra (baías, lagunas, etc.) e a zona de deposição não-marinha (continental, fluvial, etc). A zona nerítica externa, é, em geral, um sector de fraca taxa de sedimentação. A parte superior faz parte da zona fótica, mas na parte inferior, a penetração da luz do sol é insuficiente para que a vida se possa desenvolver a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono, CO_2, em água e alimentos). A zona nerítica externa, onde os arenitos alternam com argilitos é um ambiente muito propício ao desenvolvimento de armadilhas não-estruturais para os hidrocarbonetos sobretudo nos cortejos transgressivos (geometria retrogradante). As características petrofísicas (porosidade e permeabilidade) das rochas-reservatório clásticas, que aí se formam são, geralmente, boas. Por outro lado, a espessura, relativamente, importante dos horizontes argilosos, que alternam com as rochas-reservatório, aumenta a probabilidade de uma cobertura vertical e lateral nas armadilhas morfológicas e, sobretudo, das armadilhas por morfológicas por justaposição.

Nerítico Interno................................................................................................................................................................Inner Neritic

Néritique interne / Nerítico interno / Inner neritischen / 内蒙古浅海 / Неритический (внутренне) / Neritico interno

Subambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 0 e 20 metros.

Ver: « Nerítico Externo »
&
« Nerítico »
&
« Lâmina de Água »

Neste diagrama distingue-se a província nerítica (lâmina de água entre 0 e 200 metros) e a província oceânica ou mar azul. A primeira corresponde, mais ou menos, à plataforma continental (entre a linha da costa e o rebordo da bacia, o qual pode corresponder ou não ao rebordo da bacia) e à zona superficial do mar azul, isto é, até 200 metros de profundidade. Em certas condições geológicas (condições de nível baixo do mar), quando a bacia não tem plataforma continental (linha da costa coincidente, mais ou menos, com o rebordo continental), a zona nerítica corresponde, unicamente, ao horizonte superficial do mar azul. Como ilustrado acima, a zona nerítica é, geralmente, dividida em três subambientes : (i) Zona Nerítica Externa, caracterizada por uma lâmina de água de água entre 100 e 200 metros ; (ii) Zona Nerítica Média, com uma lâmina de água entre 20 e 100 metros e (iii) Zona Nerítica Interna que é caracterizada por uma profundidade de água entre 0 e 30 metros. Certos autores distinguem ainda na zona nerítica, uma zona de transição, entre a limitada entre 0 e 5 metros de profundidade, isto é, o domínio da água salobra (baías, lagunas, etc.) e a zona de deposição não-marinha (continental, fluvial, etc). A zona nerítica externa, é, em geral, um sector de fraca taxa de sedimentação. A parte superior faz parte da zona fótica, mas na parte inferior parte, a penetração da luz do sol é insuficiente para a vida se possa desenvolver a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono (CO_2) em água e alimentos). Na zona nerítica interna, entre a linha da costa e, mais ou menos, 20 metros de profundidade, quer isto dizer, aproximadamente, até à profundidade de influência das ondas (mar agitado), os sedimentos predominantes são ricos em areia, e as rochas que se formam pelas as alterações diagenéticas e meteóricas são, em geral, espessas e com alta porosidade e permeabilidade, por outras palavras, elas são excelentes rochas-reservatório. Os sedimentos argilosos, depositados em associação com as superfícies de inundação, formam excelentes rochas de cobertura (alta pressão de deslocamento ou fraca permeabilidade). A alternância de rochas-reservatório e de cobertura cria condições favoráveis à formação de armadilhas não-estruturais para os hidrocarbonetos.

Nerítico Médio.............................................................................................................................................................Middle Neritic

Néritique moyen / Nerítico medio / Middle neritischen / 内蒙古浅海 / Неритический (средне) / Neritico interno

Ambiente marinho caracterizado por uma profundidade de água entre 20 e 100 metros.

Ver: « Nerítico Externo »
&
« Nerítico »
&
« Lâmina de Água »

Neste diagrama distingue-se a província nerítica (lâmina de água entre 0 e 200 m) e a província oceânica ou mar azul. A primeira corresponde, mais ou menos, à plataforma continental (entre a linha da costa e o rebordo da bacia, que pode ou não coincidir com o rebordo da bacia) e à zona superficial do mar azul, isto é, até 200 m de profundidade. Em certas condições geológicas (condições de nível baixo do mar), quando a bacia não tem plataforma continental (linha da costa coincidente, mais ou menos, com o rebordo continental), a zona nerítica corresponde unicamente ao horizonte superficial do mar azul. A zona nerítica é, geralmente, dividida em três subambientes: (i) Zona Nerítica Externa, caracterizada por uma lâmina de água de água entre 100 e 200 m ; (ii) Zona Nerítica Média, com uma lâmina de água entre 20 e 100 m e (iii) Zona Nerítica Interna que é caracterizada por uma profundidade de água entre 0 e 30 metros. Certos autores distinguem ainda na zona nerítica, uma zona de transição, entre a limitada entre 0 e 5 m de profundidade, isto é o domínio da água salobra (baías, lagunas, etc.) e a zona de deposição não marinha. A zona nerítica externa, é, em geral, um sector de fraca taxa de sedimentação. A parte superior faz parte da zona fótica, mas na parte inferior parte, a penetração da luz do sol é insuficiente para a vida se possa desenvolver a partir da fotossíntese (vida que utiliza a energia solar para converter o dióxido de carbono, CO_2, em água e alimentos). Em geral, é na zona nerítica média que se forma a glauconite autigénica, que os geólogos utilizam muitas vezes para diferenciar um ambiente profundo dum ambiente de nerítico utilizando o chamado critério de Selley: (i) A presença nos detritos de sondagem de restos de glauconite autígena, sem restos de carvão, sugere que estes restos derivam duma rocha que se depositou na zona nerítica média-externa, provavelmente, em associação com um cortejo sedimentar transgressivo ; (ii) A presença nos detritos de sondagem de restos de glauconite autígena e carvão sugere fortemente que eles derivam de um turbidito, isto é, de sedimentos de plataforma transportados e depositados, rapidamente, em água profunda e (iii) A presença de restos de carvão nos detritos de sondagem sem glauconite autígena sugere um ambiente não-marinho.

Nevado...........................................................................................................................................................................................Firn, Snow field

Névé / Nevado / Firnschnee / 粒雪 / Фирновый снег / Ghiacciaio, Nevato

Ambiente glaciar que engloba o volume da neve acima da linha da neve.

Ver : « Campo de Neve »
&
« Glaciar »
&
« Linha Neve »

Num glaciar, o nevado é um tipo de neve dos invernos passados e que se recristalizou numa substância, que é mais densa do que a neve. Certos geocientistas distinguem ainda o nevado, propriamente dito, do nevado compactado, o qual é ainda mais duro e denso. De qualquer maneira, o nevado é um gelo intermediário entre a neve e o gelo glaciar (gelo cristalino, com os cristais interligados, compactado e com uma densidade de 0,83 - 0,93 km^3). O nevado, como ilustrado acima (esquema à esquerda), encontra-se a montante da linha de equilíbrio, a qual separa a zona de ablação da zona de acumulação, tem uma aparência de açúcar húmido, mas com uma dureza que o torna extremamente resistente. O nevado encontra-se muitas vezes debaixo da neve fresca na parte superior do glaciar. Os flocos de neve são comprimidos debaixo do peso dos pacotes de neve sobrejacente. Os cristais quase no ponto de fusão ficam semilíquidos e lisos, o que permite que eles deslizem uns contra os outros e preenchem os espaço entre eles, o que aumenta a densidade de maneira significativa. Nos meses de verão, metamorfoses cristalinas podem ocorrer rapidamente devido a percolação da água entre os cristais e, no fim do verão, o resultado é sempre a formação de nevado, cujo limite mais baixo corresponde a linha de neve que é, mais ou menos, coincidente com a linha de equilíbrio. Quando os cristais entram em contacto, eles ligam-se uns aos outros, e comprimem o ar entre eles forçando-o a deslocar-se para a superfície ou isolando-o em bolhas que ficam presas no gelo. A formação destas bolhas de ar, que têm sido utilizada para determinar o teor de CO_2 da atmosfera durante os últimos milhares de anos, é muito mais complexa do que muitos pensam. Certas bolhas podem demoraram, por vezes, 5000 anos a fechar-se, o que quer dizer, que o ar que elas contém é uma amostra média da atmosfera durante 5000 anos. Contrariamente ao que dizem certos ecologistas, é impossível afirmar que a análise das bolhas de ar de um determinado testemunho de sondagem de um glaciar permite determinar correctamente o teor de CO_2 da atmosfera, por exemplo, de há 500 anos. A idade do gelo, não têm nada a ver com a idade do fecho das bolhas de ar, uma vez que até ao momento do fecho (1 000-5 000 anos), o ar esteve sempre em contacto com a atmosfera.

Nife.............................................................................................................................................................................................................................................Nife

Nife / Nife / Nife (Nickel - Eisen) / 镍铁 / Центральное ядро земли (из никеля и железа) / Nife (Nickel - Ferro)

Abreviatura para a mistura de níquel (Ni) e ferro (Fe) que caracteriza a composição do núcleo da Terra, no qual se pode distinguir uma parte externa líquida e uma parte interna sólida.

Ver: « Sial »
&
« Sima »
&
« Crusta »

A camada externa frágil da Terra é a crusta que, corresponde à casca da litosfera. A crusta pode dividir-se em: (i) Crusta continental e (ii) Crusta oceânica. A camada superior da crusta é a crusta continental, que é menos densa e formada, fundamentalmente, por sílica e alumínio. É por isso que ela também é chamada sial (si- sílica, al- alumínio). A densidade média do sial é de cerca de 2700 - 2800 kg/m^3. Uma grande maioria dos geocientistas referem-se às rochas que formam o sial como "rochas graníticas", uma vez que o granito é, sem dúvida, a rocha predominante. A crusta oceânica é mais densa e, essencialmente, basáltica, o que quer dizer, que, na realidade, o sial é constituído por uma grande variedade de rochas. Debaixo do sial encontra-se uma espessa camada, denominada sima, uma vez que ela é formada, fundamentalmente, por sílica e magnésio (com grandes quantidades de ferro). O sima é mais denso que o sial. A densidade média do sima varia entre 2800 e 3300 kg/m^3, na parte superior, e na parte média inferior, entre 3300 e 5600 kg/m^3. O sima estende até 2900 km de profundidade, isto é, até ao limite superior do núcleo da Terra, o qual se chama, também, nife, visto que, o níquel e ferro são os seus principais componentes. Em resumo: sob o ponto de vista da composição química, a Terra pode dividir-se em três camadas: (i) Sial, camada superficial, pouco densa e frágil, principalmente composta por sílica e alumínio ; (ii) Sima, camada intermediária, com uma espessura de cerca de 2850 km, dúctil, densa, principalmente composta por sílica e magnésio e (iii) Nife, camada interna equivalente ao núcleo da Terra. O nife tem uma espessura cerca de 3500 km e é constituído principalmente por níquel e ferro. A densidade do nife superior a 5600 kg/m^3. A parte externa do nife é liquida, uma vez que as ondas S (ondas secundárias que chegam em atraso em relação às ondas P, visto que elas viajam mais lentamente) não a penetram. A parte externa do nife parece ser sólida, uma vez que ela é atravessada pelas ondas S. Esta divisão química da Terra não dever ser confundida com a divisão reológica, na qual várias camadas podem ser consideradas: (a) Litosfera ; (b) Astenosfera ; (c) Mesosfera e (iv) Núcleo.

Nimbostrato.........................................................................................................................................................................Nimbostratus

Nimbostratus / Nimbostrato / Nimbostratus / 雨层云 / Слоисто-дождевые облака / Nembostrato

Nuvem estratiforme baixa (entre a superfície da Terra e 3000 metros de altitude), sem forma particular e que, em geral, produz chuva. A espessura média dos nimbostratos é de cerca de 2000 metros.

Ver: « Nuvem »
&
« Atmosfera »
&
« Clima »

Nimbostratos são nuvens com aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito espessa, escura ou cinzenta. Os nimbostratos produzem uma precipitação intermitente e, mais ou menos, intensa. Os nimbostratus são nuvens densas com a forma de camadas cinzentas, normalmente, escuras e ocultando, totalmente, o Sol, acompanhadas de precipitação (nimbus em latim significa "chuva"). Os nimbostratos formam-se em massas de ar com alguma instabilidade, quando a humidade é moderada ou alta e a temperatura é relativamente elevada, e estão, normalmente, associadas a frentes quentes ou oclusas. A evaporação da água da chuva torna, normalmente, a visibilidade baixa, podendo-se formar uma camada inferior de nuvens ou de nevoeiro por debaixo dos nimbostratus, se o ar ficar saturado. Não esqueça que uma nuvem é um conjunto visível de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera. Este conjunto pode também conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões, e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. As nuvens são a humidade do ar condensada. São constituídas por gotículas de água e/ou cristais de gelo. Quanto ao seu aspectos nuvens podem subdividir-se em: (i) Estratiformes - desenvolvidas horizontalmente, cobrindo uma grande área, com pouca espessura dando uma precipitação de carácter leve e contínuo e (ii) Cumuliformes- desenvolvidas verticalmente, de grande extensão, isoladas dando uma precipitação forte, em pancadas e localizadas e (iii) Cirriformes - nuvens de desenvolvimento horizontal, fibrosas, de aspecto frágil, que ocupam as altas atmosferas e que são formadas por cristais de gelo minúsculos (estas nuvens não dão origem a precipitação, mas são fortes indicativos de precipitação). Os principais tipos de nuvens, que a maior parte dos meteorologistas consideram são : (a) Cirros ; (b) Cirrocúmulos ; (c) Cirrostratos ; (d) Altostratos ; (e) Altocúmulos ; (f) Estratos ; (g) Estratocúmulos ; (h) Nimbostratos ; (i) Cúmulos ; (j) Cumulonimbos.

Nível de Acção das Vagas....................................................................................Fair Weather Wave Base

Profondeur d'action des vagues / Nivel de acción de olas / Tiefe von Wellenschlag / 波浪作用的深度 / Глубина воздействия волн / Profondità di azione dell’onde

Profundidade da acção erosiva das vagas. Esta profundidade depende das condições climáticas. Três situações podem ser consideradas : (i) Nível de acção das vagas em mar calmo, ou seja com cerca de 10 m de profundidade, o que corresponde, mais ou menos, à posição da ruptura costeira da superfície de deposição ; (ii) Nível de acção vagas em mar agitado, com cerca de 30 m de profundidade e (iii) Nível de acção das vagas durante as tempestades, que corresponde, mais ou menos, a 50 m de profundidade.

Ver: « Acção das vagas (mar calmo) »
&
« Delta de Tempestade »
&
« Superfície de Ravinamento »

As ondas do mar são criadas pelo vento que transfere a energia do movimento para a água. Quando a velocidade do vento é pequena (entre 5 e 20 km/h) formam-se pequenas ondas que não ultrapassam alguns centímetros de altura. À medida que a velocidade do vento aumenta, a altura das ondas aumenta. A altura das ondas aumenta com: (i) A velocidade do vento; (ii) O tempo durante o qual o vento sopra e (iii) A distância sobre a qual o vento sopra. As tempestades formam ondas muito grandes e irregulares que se propagam para fora da zona de tempestade como quando se deixa cair uma pedra no lago calmo. À medida que as ondas se afastam da zona de tempestade elas tornam-se mais pequenas, regulares e arredondadas. As ondas viajam como uma forma, mas a água fica no mesmo sítio. As pequenas partículas de água debaixo ou à superfície das ondas movem-se em órbitas verticais circulares. Num dado ponto ao longo do trajecto de uma onda, todas as partículas de água estão nas mesmas posições relativas às suas orbitas, independentemente, da profundidade. Os raios das órbitas, como ilustrado nesta figura são, relativamente, grandes próximo da superfície da água, mas eles diminuem, gradualmente, em profundidade até se tornarem nulos A profundidade, à qual os raios das órbitas é nulo determina o nível de acção das vagas. A razão desta diminuição, é que maior é a distância de uma partícula de água à superfície, mais longe ela está da força do vento (mais longe está uma partícula de água da força do vento, mais as forças da viscosidade resistem ao movimento da água). O movimento da forma da onda em direcção da costa é dado pelo traço da órbitas, as cavas seguindo a base das órbitas e as crista seguindo o topo. A velocidade de uma onda é uma velocidade de fase. O que se move não é a água, mas as cavas e cristas, isto é, a fase da superfície da água.

Nível Alto (do mar)........................................................................................................................................................................Highstand

Haut niveai (de la mer) / Nivel alto (del mar) / Höchststand, Über dem Meeresspiegel / 高位, 海拔 / Высокий уровень моря / Highstand, Alto livello del mare

Intervalo de tempo, dentro de um ciclo eustático, durante o qual o nível de mar está acima do rebordo da bacia. No início de um ciclo-sequência (ciclo estratigráfico), o rebordo da bacia de referência é o último rebordo da bacia do prisma de nível alto (PNA) do ciclo subjacente. Desde que esse rebordo é fossilizado pelos primeiros sedimentos do cortejo transgressivo (CT), o novo rebordo da bacia é o rebordo continental do prisma de nível baixo (PNB).

Ver: « Ciclo-Sequência »
&
« Nível Baixo (do mar) »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

Neste modelo estratigráfico, está representado um ciclo-sequência induzido por um ciclo eustático de 3a ordem (tempo de duração entre 0,5 e 3-5 My). O limite inferior é uma discordância do tipo I, uma vez que o nível do mar desceu mais baixo do que o rebordo da bacia do prisma de nível alto do ciclo subjacente. Esta discordância é caracterizada pelas terminações das linhas cronostratigráficos e pela presença do preenchimento de um vale cavado. Uma discordância do tipo II (induzida por uma descida relativa do nível do mar insuficiente para que o nível do mar fique debaixo do rebordo da bacia) é visível na parte superior do ciclo. Esta discordância do tipo II permitiu o depósito dum prisma de bordadura da bacia (PBB), que alguns geocientistas chamam prisma de bordadura da plataforma. De baixo para cima os cortejos sedimentares que compõem o ciclo-sequência são : (i) Cones Submarinos da Bacia (CSB) ; (ii) Cones Submarinos do Talude (CST) ; (iii) Prisma de Nível Baixo (PNB) ; (iv) Cortejo Transgressivo (CT) ; (v) Prisma de Nível Alto (PNA) e (vi) Prisma de Bordadura da Bacia (PBB). Durante os três membros do cortejo de nível baixo (CNB), isto é, durante os cones submarinos de bacia (CSB), de talude (CST) e do prisma de nível baixo (PNB), as condições geológicas são de nível baixo, uma vez que o nível do mar está sempre mais baixo do que o rebordo da bacia (último rebordo da bacia do prisma de nível alto do ciclo subjacente). A partir do momento em que o nível do mar inundou a planície costeira do PNB, quer isto dizer, desde que o cortejo transgressivo começou a depositar-se, as condições geológicas mudaram para nível alto, uma vez que a bacia tem um novo rebordo (último rebordo continental do PNB), o qual se mantém até que as progradações do PNA o fossilizem e criem um novo rebordo que é muito mais alto e que corresponde à linha da costa, uma vez que a bacia não tem mais plataforma.

Nível Alto Precoce (do mar)..................................................................................................................Early Highstand

Haut niveai précoce / Nivel alto precoz (del mar) / Frühe Highstand, Früh hoch (Meer) / 早期高位 / Преждевременно высокий уровень моря / Alto livello del mare (precoce)

Início de condições geológicas de nível alto do mar. Também chamado nível alto (do mar) inferior. São os sedimentos do cortejo transgressivo (CT) que são depositados durante um nível alto precoce. Eles são caracterizados por uma geometria, globalmente, retrogradante, embora internamente, entre duas subidas relativas do mar (em aceleração), a geometria das linhas cronostratigráficas seja progradante.

Ver: « Ciclo-Sequência »
&
« Nível Baixo (do mar) »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

Um ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência é induzido por um ciclo eustático de 3a ordem, isto é, um ciclo eustático limitado entre as duas descidas relativas do nível do mar consecutivas, cuja diferença de idade (tempo de duração do ciclo) é entre 0,5 e 3-5 My. A morfologia da superfície de erosão associada à discordância inferior, que é o limite basal do ciclo sequência, é controlada pelo último rebordo da bacia do ciclo estratigráfico subjacente (último rebordo do PNA do ciclo anterior). No início do novo ciclo-sequência, o nível do mar está mais baixo do que o rebordo da bacia e, assim, as condições geológicas da bacia são ditas de nível baixo. É durante essas condições geológicas, que se deposita o cortejo sedimentar de nível baixo (CNB), o qual é constituído por três membros: (i) Cones submarinos da bacia (CSB) ; (ii) Cones submarinos do talude e (iii) Prisma de nível baixo (PNB). Isto quer dizer que durante o depósitos destes membros o rebordo da bacia é sempre, mais ou menos, o último rebordo do prisma de nível alto do ciclo anterior (quando o ciclo subjacente é completo, isto é, constituído por todos os cortejos sedimentares, o que não é sempre o caso). Nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore do Labrador (Canadá), os depósitos do cortejo de nível baixo (CNB), assim como o rebordo da bacia durante esse período (último rebordo da bacia do ciclo subjacente), não são visíveis (localizados a Este desta linha). Contudo, desde a primeira inundação da planície costeira do prisma de nível baixo (nível alto precoce), as condições geológicas mudam para condições de nível alto, uma vez que o novo rebordo da bacia é, agora, determinado pela última ruptura continental do prisma de nível baixo. Durante o período de nível alto precoce, que é caracterizado por uma subida relativa do nível do mar em aceleração, deposita-se o cortejo transgressivo, que, como ilustrado nesta tentativa, é caracterizado por uma geometria globalmente retrogradante (deslocamento para o continente da ruptura costeira).

Nível Baixo (do mar).......................................................................................................................................................................Lowstand

Bas niveau (de la mer) / Nivel bajo (del mar) / Low-Level-(See) / 低级别(海) / Низкий уровень (моря) / Di basso livello (mare)

Intervalo de tempo dentro de um ciclo estratigráfico, dito ciclo-sequência, durante o qual o nível do mar está mais baixo do rebordo da bacia. Durante condições geológicas de nível baixo, o rebordo da bacia, é o último rebordo continental do ciclo-sequência anterior, o qual coincide, geralmente, com a última ruptura da superfície de deposição costeira do prisma de nível alto (se o ciclo-sequência é completo).

Ver : “ Ciclo-Sequência ”
&
" Nível Alto (do mar) "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "

Neste esquema, debaixo da primeira superfície de inundação e acima de uma discordância (tipo I), estão representados os três membros que constituem o cortejo de nível baixo (CNB). Debaixo para cima, reconhecem-se: (i) Cones submarinos de bacia (CSB), com contornitos associados; (ii) Cones submarinos de talude (CST) e (iii) Prisma de nível baixo (PNB), com turbiditos em telhado de ripas depositados na base das progradações do prisma. À excepção dos sedimentos depositados durante a primeira inundação da planície costeira (ou deltaica do prisma de nível baixo, PNB), todos os outros intervalos sedimentares se depositaram em condições geológicas de nível baixo (do mar). A discordância, que limita a base destes depósitos (incluindo o preenchimento do vale cavado), foi criada por uma descida relativa do nível do mar, suficientemente, importante para o colocar mais baixo do que o rebordo da bacia. O rebordo da bacia corresponde ao último rebordo continental do prisma de nível alto do ciclo precedente (se ele for completo, isto é, constituído por todos os cortejos sedimentares), uma vez que no fim do fim do prisma de nível alto, em geral, a bacia não tem plataforma (linha da costa, mais ou menos, coincidente com o rebordo continental). Em geral (discordâncias reforçadas pela tectónica excluídas), a erosão que acompanha uma tal descida relativa do nível do mar é, insuficiente para destruir a morfologia do prisma de nível alto do ciclo-sequência anterior, uma vez que o tempo de acção dos agentes erosivos é inferior a 3-5 My. O preenchimento do vale cavado, embora localizado a montante do rebordo da bacia, fez-se, em condições geológicas de nível baixo do mar, durante os últimos estágios da deposição do prisma de nível baixo. A mudança de condições geológicas de nível baixo para alto corresponde a uma aceleração importante da taxa de subida relativa do mar. Durante condições geológicas de nível baixo, a bacia não tem plataforma continental.

Nível Baixo Comparativo (do mar)....................................................................Comparatif Lowstand

Bas niveau comparatif (de la merr) / Nivel bajo comparativo (del mar) / Niedrige vergleichende Ebene (SEA) / 低的比较级(海)/ Сравнительно низкий уровень (моря) / Basso livello comparativo (mare)

Expressão utilizada, por alguns geocientistas, para designar uma situação geológica determinada por uma descida relativa do nível do mar que pôs o nível do mar mais baixo do que a antiga ruptura costeira, mas mais alto do que o rebordo da bacia. Durante uma situação geológica de nível baixo comparativo, unicamente, uma parte da plataforma continental foi exumada, o que não é o caso durante uma situação geológica de nível baixo, na qual toda a plataforma foi exumada.

Ver: “ Ciclo-Sequência ”
&
" Nível Baixo (do mar) "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do offshore da Índia, pode comparar-se um intervalo estratigráfico formado por rochas depositadas em condições geológicas de nível baixo, com um intervalo formado por rochas depositadas em condições de nível alto nível, mas durante as quais períodos de nível baixo comparativo são prováveis. É importante precisar que as condições de nível baixo comparativo são, na realidade, condições de nível alto, uma vez que o nível do mar está mais alto do que o rebordo da bacia. Em relação, as condições precedentes, o nível do mar baixou, mas só uma parte da plataforma continental foi exumada. As discordâncias sublinhadas nesta tentativa, limitam ciclos estratigráficos que não estão associados a ciclos eustáticos de 3a ordem, mas sim a ciclos de 2a ordem, isto é : (i) A diferença de idade entre as descidas relativas do nível do mar, que induziram as duas discordâncias, é, largamente, superior a 3-5 My ; (ii) Os intervalos sedimentares correspondem a subciclos de invasão continental e (iii) A geometria interna destes intervalos é muito diferente da dos ciclos-sequência, embora cada um deles seja constituído pela uma sobreposição de um certo números de ciclos-sequência completos ou incompletos. A posição do rebordo da bacia ao nível da discordância inferior é, mais ou menos, como indicado, o que quer dizer, que o intervalo sobrejacente é, basicamente, um intervalo que se depositou durante condições geológicas de nível alto. Os poços de pesquiza e as linhas sísmicas de detalhe sugerem, fortemente, que várias vezes o nível relativo do mar desceu exumando uma parte da plataforma (a resolução das linhas sísmicas é, insuficiente, para reconhecer as diferentes posições da linha da costa). Ao contrário, o intervalo inferior sobrejacente à discordância superior depositou-se sempre em condições geológicas de nível baixo.

Nível de Base (de deposição)....................................................................................................................Depositional Base

Niveau de base (de déposition) / Nivel de base (de depositación) / Grundlinie / 底线 / Базовый уровень / Linea di base

Posição relativa do nível do mar. Ele pode relacionar-se à superfície da água dos lagos e/ou das superfícies de equilíbrio locais associadas com os sistemas fluviais. Normalmente, a menos que indicado de outra maneira, o nível de base é a posição relativa do nível de mar o qual é controlado pela acção conjunta da eustasia e tectónica. O nível da acção das ondas do mar, isto é, a profundidade da acção erosiva das vagas, é quase sempre considerado como insignificante. Superfície onde os sedimentos são depositados ou corroído. É uma área dinâmica controlada pela erosão, deposição, e eustasie

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Nível de Acção das Vagas »
&
« Superfície de Ravinamento »

O nível de base de deposição é a superfície em que os sedimentos se acumulam ou são erodidos. Ele está relacionado com a erosão continental e a zona de acumulação dos sedimento que se preenche ou que é erodida função das variações relativas do nível do mar. O nível de base de deposição é uma superfície dinâmica controlada pela: (i) Erosão ; (ii) Deposição ; (iii) Eustasia e (iv) Tectónica (subsidência ou levantamento). Normalmente, o nível de base é dado pela posição relativa do nível do mar, mas ele podem ser associado à superfície do nível de água de um lago e, ou a uma superfície de equilíbrio, local, associada com os sistemas fluviais. Nas plataforma clásticas, o nível de base para a acumulação dos sedimentos é, para alguns geocientista, o perfil de equilíbrio da plataforma e representa o contrabalanço entre o acarreio sedimentar e o movimento da água. Um tal equilíbrio é uma superfície de equilíbrio dinâmica conceptual, que modifica muito o conceito de equilíbrio marinho de certos autores, que consideram o perfil marinho de equilíbrio como a maior profundidade a que o fundo do mar é agitada pelas ondas durante as tempestades. Nos carbonatos, a diversidade de perfiles de deposição e a distribuição das cinturas das fácies é muito maior do que nos sistemas clásticos, o que reflecte grandes diferenças nos factores genéticos. Como a energia hidráulica depende das condições oceanográficas da plataforma, as diferenças entre os sistemas carbonatados e clásticos traduzem as diferenças do acarreio sedimentar. Num regime sedimentar com um nível do mar relativo estável, a variabilidade dos perfiles de deposição nas diferentes plataformas carbonatadas pode ser considerada como um contrapeso entre : (a) Os diferentes tipos de sedimentos produzidos ; (b) O depocentro (centro de deposição) e (iii) A energia hidráulica.

Nível Endurecido, Superfície Endurecida................................................,,,,............................................Hardground

Niveau Induré / Nivel duro, Endurecido / Stufe verhärtet, Hardground / 硬底 / Затвердевший уровень / Livello indurito

Zona no fundo do mar, que pode mais tarde ser fossilizada, geralmente, por alguns centímetros de espessura, na qual os sedimentos estão litificados e formam uma superfície endurecida, encrostada e, frequentemente, descolorada. Esta superfície implica uma pausa na sedimentação ou uma taxa de deposição muito fraca e assim não pode, geralmente, ser considerada como uma discordância.

Ver: « Secção Estratigráfica Condensada »
&
« Superfície da Base das Progradações »
&
« Glauconitae»

Como ilustrada nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Canhão de Baltimore (EUA), os níveis endurecidos, que correspondem, geralmente, às secções estratigráficas muito condensadas, praticamente, são sempre fossilizadas por superfícies da base das progradação. Os níveis endurecidos representam períodos de sem-deposição ou de taxa de sedimentação muito pequena. Estas condições ocorrem, por exemplo, dentro de um ciclo-sequência (ciclo estratigráfico), quando os centros de deposição são deslocados para montante, devido a uma subida relativa do nível do mar importante e em aceleração. Desde que o nível relativo do mar começa a subir em desaceleração (antes de começar a descer), os centros de deposição, progressivamente, deslocam-se para jusante e os níveis endurecidos são parcial ou totalmente fossilizados pelos sedimentos progradantes sobrejacentes. Nesta tentativa de interpretação, a fossilização do nível endurecido foi mais complexa. Ela não se fez durante o depósito do prisma de nível alto de um ciclo estratigráfico, dito ciclo-sequência, como dito anteriormente, mas pelo depósito de uma série de subciclos de invasão continental com geometria progradante. Estes subciclos depositaram-se em associação com descidas eustáticas (globais) do nível do mar, que ocorreram durante o Neogénico (a geometria do nível endurecida sugere que estes subciclos foram condicionados, quase unicamente, pela eustasia). Uma descida global, engloba, necessariamente, subidas relativas do nível do mar, de uma hierarquia mais pequena, que são as responsáveis da deposição). Devido às suas características litológicas, as superfícies endurecidas têm fortes impedâncias acústicas e, por conseguinte, induzem reflexões sísmicas com fortes amplitudes. Em certas bacias, determinadas anomalias de amplitude, inicialmente, interpretadas como induzidas pela presença de hidrocarbonetos em rochas-reservatório, correspondem, muitas vezes, a superfícies endurecidas.

Nível Hierárquico (ciclos estratigráficos)..............................................................................Hierarchical Level

Niveau hiérarchique (cycles stratigraphiques) / Nivel jerárquico (ciclos estratigráficos) / Hierarchieebene (stratigraphische Zyklen) / 层级(地层旋回) / Иерархический уровень (стратиграфических циклов) / Livello gerarchico (cicli stratigrafici)

Um dos quatros tipos de ciclos estratigráficos que compõem a estratigrafia sequencial, a qual obedece à teoria das hierarquias. Uma tentativa de interpretação geológica pode ser feita a vários níveis hierárquicos, função dos ciclos eustáticos considerados. Quatro grandes hierarquias de ciclos estratigráficos podem ser consideradas: (i) Ciclos de Invasão Continental ; (ii) Subciclos de Invasão Continental ; (iii) Ciclos-sequência e (iv) Paraciclos-sequência.

Ver: « Ciclo Eustático »
&
« Ciclo Estratigráfico »
&
« Estratigrafia Sequencial»

Nesta classificação, a hierarquia dos ciclos estratigráficos, quer relação ao tempo de duração dos ciclos eustáticos associados, quer em relação a espessura dos ciclos estratigráficos é : (i) Ciclos de Invasão Continental, induzidos por ciclos eustáticos de 1a ordem (duração superior a 50 My), que são associados à ruptura dos supercontinentes ; (ii) Subciclos de Invasão Continental, induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem (duração entre 3-5 e 50 My), os quais são associados com as variações da subsidência tectónica ; (iii) Ciclos-sequência, induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem (duração entre 0,5 e 3-5 My) que são associados, provavelmente, com a glacio-eustasia e (iv) Paraciclos-sequência, induzidos por paraciclos eustáticos, cujo tempo de duração varia 0,01 e 0,5 My, os quais são associados com a glacio-eustasia. Os paraciclos eustáticos, são caracterizados por sucessivas subidas relativas do nível do mar sem descidas entre elas. Esta hierarquia significa, por exemplo, que as características de um ciclo de invasão continental (“todo”), não se podem definir a partir das características dos subciclos de invasão continental (“partes”) que os compõem. O "todo" é mais do que a soma das "partes". É importante não esquecer que “uma parte” significa qualquer coisa de fragmentário e incompleto, que por ela mesmo não tem uma existência legítima. Por outro lado, “um todo” é considerado como qualquer coisa de completo e que, por ele mesmo, não necessita de mais explicação. Mas “todos” e “partes”, em absoluto, não existem nem no domínio dos organismos vivos nem nas estruturas geológicas. O que normalmente encontramos são estruturas intermediárias a vários níveis hierárquicos em ordem ascendente de complexidade. Os "Subtodos" mostram, conforme os olhamos, certas características, geralmente, atribuídas as "Partes" (Abraham, 1999).

Nível do Mar Geodésico..................................................................Geodesic Sea Level, Ocean Geoid

Niveau de la mer géodésique / Nivel del mar geodésico / Meeresspiegel Nullpunkt / 海水平基准 / Геодезический уровень моря / Livello del mare datum

Nível do mar do geóide. Sinónimo de Geóide Oceânico.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia »
&
« Eustasia Geodésica »

O geóide é a superfície equipotencial que coincidiria exactamente com a superfície média do nível dos oceanos da Terra, se estes estivessem em equilíbrio, em repouso e se eles se estendessem através dos continentes. Assim, o geóide é, essencialmente, a figura da Terra abstraída das suas características topográficas, quer isto dizer, uma superfície ideal de equilíbrio da água do mar ou o nível médio da superfície dos oceanos, na ausência de correntes, variações da pressão atmosférica, etc, e continuada debaixo das massas continentais. Como ilustrado neste esquema, o geóide, ao contrário do elipsóide (superfície quádrica análoga a uma elipse, que se pode representar por uma equação algébrica do segundo grau), é irregular e demasiado complicado para servir como a superfície computacional para resolver problemas geométricos como a posição dum ponto. Quando os três raios de um elipsóide são iguais, ele é uma esfera. Quando dois raios são iguais, o elipsóide é um esferóide. A separação geométrica entre o geóide e elipsóide de referência é chamada diferença geóidal. Ela varia, globalmente., entre, mais ou menos, 110 metros. Convencionalmente, o nível do mar médio (NMM) é a altura média do mar referenciada a uma superfície de referência apropriada. Contudo, a definição do nível de referência envolve medidas muitos complexas e a determinação do nível médio do mar pode ser muito difícil. Por outro lado, para utilizar esta definição longe do mar tem de se comparar uma altura da superfície média do mar local com uma superfície de referência “nivelada” que, em geral, é o geóide. Isto quer dizer, que em condições ideais, isto é, em repouso e na ausência de forças externas, o nível do mar médio coincidiria com a superfície da geóide, ou seja, com a superfície equipotencial do campo gravitacional da Terra. Devido às correntes, variações de pressão do ar, temperatura, salinidade, etc., isto não ocorre, nem mesmo como uma média a longo prazo. Função da localização, mas persistente no tempo, a separação entre o nível do mar médio e o geóide é referido como a topografia da superfície do mar (estacionário), a qual varia, globalmente, em uma escala de, mais ou menos, 2 m. É esta superfície do mar estacionário que muitos geocientistas chamam nível do mar geodésico.

Nível Médio das Águas do Mar..............................Mean Sea Level, Middle Sea Level

Nível médio das águas do mar / Nivel medio del mar / Meeresspigel, Seewaage / 平均海平面 / Средний уровень моря / Livello medio del mare

Altura média da superfície do oceano (como o ponto intermediário entre a maré alta e a maré baixa média), utilizado como padrão no cálculo elevação de terreno.

Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
&
« Eustasia »
&
" Nível Alto (do mar)"

O nível médio do mar (por vezes abreviado para nível do mar) é a altitude média da superfície do mar medida em relação a uma superfície terrestre de referência. O nível médio do mar é por sua vez utilizado como ponto de referência a partir do qual são medidas as altitudes dos acidentes topográficos e marcadas as curvas de nível e as altitudes nos mapas e plantas. Um conceito relacionado é o de zero hidrográfico (altitude de referência a partir da qual são medidas as profundidades. Após verificados os registos de baixas mar durante vários anos (50 +/-), escolhe-se a baixa mar mais baixa desse período, e ainda se tiram cerca de 20/30 cms, achando assim o zero hidrográfico, em geral utilizado em hidrografia costeira e na medição de profundidades de portos e barras. Na maior parte dos casos o zero hidrográfico se faz coincidir com o nível médio do mar ou tem com ele uma relação simples e constante. A determinação do nível médio do mar foi, tradicionalmente, feita com base nas leituras dos marégrafos, isto é, instrumentos que registam automaticamente o fluxo e o refluxo das marés num determinado ponto da costa. O registro produzido, sob a forma de gráfico, denomina-se maregrama. Eliminando dos dados recolhidos as flutuações devidas às ondas, a factores meteorológicos e às marés e outros factores astronómicos, obtém-se uma leitura do nível médio do mar durante determinado período por referência ao datum utilizado. As medidas assim obtidas incorporam os efeitos eustáticos e isostáticos, sendo em geral escolhidos como referência para o datum ambientes geológicos estáveis, isto é onde as variações isostáticas e outras que afectem a altitude do ponto de referência sejam negligíveis, isolando assim apenas os efeitos eustáticos. A eustasia é um termo usado para designar o uma variação global do nível do mar. A eustasia traduz-se a nível planetário por uma alteração do nível das águas do mar em relação ao centro da Terra, causada pelas variações do volume de água no oceano global ou variações do volume das bacias oceânicas. (http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADvel_médio_das_águas_do_mar)

Nomograma.......................................................................................................................................................................................Nomogram

Nomogramme / Nomograma / Nomogramm / 诺谟图 / Номогра́мма / Nomogramma

Diagrama, a duas dimensões, que permite calcular, graficamente, de maneira mais ou menos aproximada, uma função. Sinónimo de Ábaco.

Ver: « Diagrafia da Inclinação (dipmeter) »
&
« Curva Logística »
&
« Curva de Hubbert»

Um nomograma, ábaco ou nomógrafo é um instrumento gráfico de cálculo, um diagrama bidimensional que permite a computorização gráfica e aproximada de uma função de qualquer número de variáveis. Em sua concepção mais geral, o nomograma representa, simultaneamente, o conjunto das equações que definem determinado problema e a possibilidade total de suas soluções. Trata-se de um instrumento de cálculo analógico, como o de uma régua de cálculo, por utilizar segmentos contínuos de linhas para representar os valores numéricos discretos que podem assumir as variáveis. A sua precisão é limitada, sendo determinada pelo detalhe com que podem realizar-se, reproduzir-se, alinhar-se e perceber-se as marcas ou pontos concretos que constituem as escalas de valores correspondentes. Os nomogramas só devem ser utilizados em casos em que a obtenção de uma resposta exacta é impossível ou muito inconveniente (cálculos de engenharia complicados que houvessem de realizar-se em batalhas ou no canteiro de obras; situações repetitivas com ligeira modificação dos valores das variáveis; etc.), onde a obtenção de uma solução aproximada for suficiente e muito desejável. Um nomograma, normalmente, tem três escala. Duas escalas representam os valores conhecidos e uma escala é a escala onde o resultado é lido. As escalas mais conhecidas são colocados do lado de fora, ou seja, o escala do resultado no centro. Cada valor conhecido do cálculo é marcado na escala externa e uma linha é desenhada entre cada marca. Onde a linha e a escala interna se intersectam é o resultado. O nomograma ilustrado nesta figura é muito utilizado na pesquiza petrolífera, uma vez que a partir do índice Tempo-Temperatura (maturação da bacia), do gradiente geotérmico e do enterramento das rochas mãe potenciais (profundidade máxima que as rochas-mãe atingiram, permite determinar: (i) Os limites de maturação térmica ; (ii) O fim de geração do petróleo ; (iii) O pico de geração do petróleo ; (iv) A probabilidade de cobertura, isto é, de rochas com características de rochas de cobertura ; (v) O início de geração do petróleo. Note que a escala ITT (índice tempo-temperatura) é logarítmica.

Novilúnio..........................................................................................................................................................................................................Novilune

Novilunium / Novilúnio / Novilune / Novilune (新月) / Новолуние / Novilunio

Sinónimo de Lua nova.

Ver : « Lua »,
&
« Plenilúnio »
&
« Conjunção (astronomia) »

Novilúnio é uma das fases da Lua como são denominados os quatro aspectos básicos que a Lua apresenta função do ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo Sol. Quando a Lua se encontra em conjunção (quando corpos celestiais estão alinhados) com o Sol, a face visível está às escuras e a face oculta está iluminada. É o novilúnio ou Lua nova. Uma vez que nesta fase a Lua nasce e põe-se com o Sol, ela só é visível quando ocorre um eclipse solar. Cerca de 7,5 dias depois, a Lua encontra-se num ângulo de 90º em relação ao Sol. Nesta fase, a porção iluminada é metade da face visível, isto é, um quarto da superfície lunar, donde o nome quarto crescente. Nesta fase, a Lua nasce cerca do meio-dia e põe-se à meia-noite. Quando a Lua se encontra em oposição ao Sol, cerca de 15 dias depois da Lua nova, a sua face visível fica, totalmente, iluminada, é a Lua cheia ou plenilúnio. Nesta fase, a Lua nasce quando o Sol se põe e desaparece ao nascer do Sol. É nessa fase que podem ocorre os eclipses lunares. Uma semana mais tarde ela está a 270° e, assim a Lua estará em quarto minguante. Nesta fase, a Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia. O ciclo de lunação completa-se em pouco mais de 29,5 dias e é, portanto, quase dois dias mais longo que a translação. Isto ocorre em função do movimento de translação da Terra. A translação da Terra é o movimento elíptico que a Terra realiza ao redor do Sol. Esse movimento, juntamente, com a inclinação do eixo de rotação da Terra, é responsável pelas estações do ano. O movimento de translação demora 365 dias e seis horas a ser realizado, isto significa que um ano não bissexto tem um défice de 6 horas e 4 minutos em relação ao movimento real de translação. Este défice, ao fim de 4 anos de acumulação, origina 24 horas e é compensado com um ano bissexto. O sentido de translação da Terra é anti-horário se observado do espaço sideral do Norte para o Sul. Se observado do Sul para o Norte este movimento seria horário. Para eliminar esta ambiguidade, pode utilizar-se a utilizar a convenção matemática do vector velocidade angular, que aponta para o norte, é paralelo ao eixo de rotação e que se encontra no centro de massa do sistema Terra-Sol. A rotação da Terra segue o movimento no mesmo sentido, estando o seu eixo de rotação inclinado de 23° em relação ao plano de sua órbita.

Número de Reynolds............................................................................................................................Reynolds Number

Nombre de Reynolds / Número de Reynolds / Reynolds-Zahl / 雷诺数 / Число Рейнольдса / Numero di Reynolds

Número sem dimensões derivado da velocidade, comprimento e viscosidade que determina se um fluído se escoa de maneira suave ou turbulenta.

Ver: « Fluxo (escoamento) »
&
« Fluxo Turbulento »
&
« Escoamento de Detritos »

O coeficiente, número ou módulo de Reynolds (abreviado como Re) é um número se dimensões usado em mecânica dos fluidos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projectos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu significado físico é um quociente de forças: forças de inércia (vρ) e forças de viscosidade (μ/D). É expressado como: Re = (ρd)/μ, onde v é a velocidade média do fluido, D a longitude característica do fluxo, o diâmetro para o fluxo no tubo, μ a viscosidade dinâmica do fluido e ρ a massa específica do fluido (quociente entre a massa e o volume do fluido). O significado fundamental do número de Reynolds é que ele permite avaliar o tipo do escoamento (estabilidade do fluxo) e pode indicar se flui de forma laminar ou turbulenta. Para o caso de um fluxo de água num tubo cilíndrico, admite-se os valores de 2000 e 2400 como limites. Desta forma, para valores menores que 2000 o fluxo será laminar, e para valores maiores que 2400 o fluxo será turbulento. Entre estes dois valores o fluxo é considerado como transitório. O número de Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos físicos reduzidos. Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta natureza em modelos de asas de aviões, automóveis, edifícios, etc. Pode-se dizer que dois sistemas são, dinamicamente, semelhantes se o número de Reynolds, for o mesmo para ambos. D, isto é, a longitude característica do fluido, refere-se em geral, a qualquer dimensão do sistema, por exemplo a corda de asa de um avião, o comprimento de um navio, a altura de um edifício, etc. Normalmente, por valores experimentais, costuma-se caracterizar um fluido com escoamento laminar com Re < 2100 e escoamento turbulento com Re > 4000. Todos os corpos são preguiçosos e não desejam modificar seu estado de movimento. Se estão em movimento, querem continuar em movimento. Se estão parados, querem ficar parados. Essa preguiça é chamada inércia e é característica de todos os corpos com massa.

Números de Fibonacci................................................................................................................Fibonacci Numbers

Números de Fibonacci / Números de Fibonacci / Fibonacci-Folge / 斐波那契数列 / Чи́сла Фибона́ччи / Successione di Fibonacci

Uma sequência de números com propriedades muito interessantes, na qual um determinado número é a soma dos dois números precedentes.

Ver: « Teoria da Evoluçãon »
&
« Lei do Crescimento Sigmoidal (carbonatos) »
&
« Sistema (teoria) »

A sequência numérica que hoje tem o nome de Leonardo de Pisa ou Fibonacci surgiu de um problema de coelhos, que Fibonacci tratou no seu livro Liber abbaci publicado em 1220: "Um certo homem pôs um par de coelhos num local cercado por todos os lados por um muro. Quantos pares de coelhos podem ser produzidos a partir desse par num ano, admitindo, que cada mês, cada par gera um novo par, o qual se torna produtivo a partir do segundo mês? É fácil de constatar que o número de pares de coelhos em cada um dos 12 meses sucessivos será: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144,.... etc. Por outras palavras, o número de pares de coelhos vai criar uma série em que cada termo é a soma dos dois anteriores. Isto é conhecido como uma sequência de Fibonacci, e os números são conhecidos como números de Fibonacci. Este tipo de sequência tem interessantes propriedades matemáticas. Assim uma linha pode dividir-se em dois segmentos de modo que a relação entre a razão do maior para o menor segmento é o mesma que a razão da linha para o segmento superior. Essa proporção, que é aproximadamente de 1,618, é conhecida como a proporção de ouro, a qual foi utilizada durante o Renascimento como uma proporção básica na arquitectura. A sequência de Fibonacci aparece também nas plantas, em particular no que diz respeito aos pontos de crescimento. Suponha que quando uma planta põe para fora um novo rebento  (ele cresce dois meses antes que seja suficientemente forte para suportar a ramificação). Se a planta se ramificar todos os meses os número dos ponto de crescimento (rebentos), segue uma sequência de Fibonacci. Em muitas plantas, o número de pétalas é um número de Fibonacci. As plantas do género Ranunculus têm 5 pétalas, os lírios e os íris tem 3 pétalas, alguns delphiniums tem 8, os malmequeres de milho tem 13 pétalas, alguns ásters tem 21. As margaridas podem ter 34, 55 ou mesmo 89 pétalas. Igualmente, como ilustrado nesta figura os números de Fibonacci também podem ser reconhecidos no arranjo das sementes na cabeça das flores. Da mesma maneira os números de Fibonacci encontram-se na estruturas das conchas e, particularmente, na dos náuticos (como ilustrado no esquema desta figura).

Nuvem................................................................................................................................................................................................................................Cloud

Nuage/ Nube / Wolke / / Облако / Nuvola

Massa visível formada de gotículas de água, quer isto dizer, de pequenas gotas de água ou cristais de água gelada, na atmosfera acima da superfície terrestre ou de um outro planeta.

Ver: « Nimbostrato »
&
« Atmosfera »
&
« Clima »

Uma nuvem é um conjunto visível de pequenas partículas de gelo ou água em seu estado líquido ou ainda de ambos ao mesmo tempo (mistas), que se encontram em suspensão na atmosfera, após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenómenos atmosféricos. Uma nuvem pode também conter partículas de água líquida ou de gelo de maiores dimensões e partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaças ou de poeiras. As nuvens apresentam diversas formas, que variam dependendo, essencialmente, da natureza, dimensões, número e distribuição espacial das partículas que a constituem e das correntes de ventos atmosféricos. A forma e cor da nuvem depende da intensidade e da cor da luz que a nuvem recebe, bem como das posições relativas ocupadas pelo observador e da fonte de luz (sol, lua, raios) em relação à nuvem. As nuvens são constituídas por gotículas de água condensada, oriunda da evaporação da água na superfície do planeta, ou cristais de gelo que se formam em torno de núcleos microscópicos, geralmente de poeira suspensa na atmosfera. Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento, tanto no sentido ascendente quanto descendente. Quando a nuvem é forçada a se elevar ocorre um resfriamento e as gotículas de água podem ser total ou parcialmente congeladas. Quando os ventos forçam a nuvem para baixo ela pode dissipar-se por evaporação das gotículas de água. A constituição de uma nuvem depende, então, de sua temperatura e altitude, podendo ser constituídas por gotículas de água e cristais de gelo ou, exclusivamente, por cristais de gelo em suspensão no ar húmido. As nuvens formam-se a partir da condensação do vapor de água existente em ar húmido na atmosfera. A condensação inicia-se quando mais moléculas de vapor de água são adicionadas ao ar já saturado ou quando a sua temperatura diminui. É o arrefecimento de ar húmido que se eleva na atmosfera que dá origem à formação de nuvens. A elevação do ar é um processo chave na produção de nuvens que pode ser produzido por convecção, por convergência de ar, por elevação topográfica ou por levantamento frontal. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nuvem)¨


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Ultima actualização : Febreiro, 2016