Plano de Água (corrente subterrânea) .............................................................................................................................................................................Water Table
Plan d'eau (niveau de la nappe phréatique) / Plano de agua, Tabla de agua corriente subterránea / Grundwasserspiegel, Körper von Wasser (Grundwasser) / 水体(地下水位) / Водяная поверхность (уровень грунтовых вод) / Corpo di acqua (livello delle acque sotterranee)
Vasto depósito de água subterrânea alimentado pela água das chuvas filtrada através das rochas que ela atravessa, no qual a pressão do nível da água é igual à pressão atmosférica. A água subterrânea alimenta as nascentes e pode ser explorada por poços.
Ver: « Ressurgência (da corrente) »
&
« Caverna »
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« Corrente »
Uma água subterrânea é uma água que se encontra debaixo da superfície terrestre. Contudo, nem toda a água de subsuperfície é uma água subterrânea. O conhecimento dos diferentes tipos de água de subsuperfície e da geologia explica, muita vezes, porque que é que certos planos de água variam de dezenas de metros, outros dezenas de centímetros e outros quase nada. A superfície superior da água subterrânea é o plano de água. Debaixo dela, a porosidade e fracturas das rochas estão, completamente, preenchidas de água, o que quer dizer, que elas estão saturadas de água. Os horizontes saturados de água, conhecidos como, zona saturada ou zona freática, existem onde há água subterrânea. Unicamente a água encontrada na zona saturada é considerada uma água subterrânea. O plano de água é o nível ao qual a pressão da água subterrânea é igual a pressão atmosférica, o qual, em geral, coincide com a superfície freática, mas que pode, também, estar vários metros acima. A água infiltra-se através dos espaços porosos do solo e começa por atingir a zona de aeração, isto é, a área onde o terreno não está saturado de água. A uma profundidade maior, a água preenchem mais poros até que a zona de saturação seja alcançada. Como dito antes e como ilustrado neste esquema, é o plano, mais ou menos, horizontal que passa pelo topo desta zona que se denomina plano de água. Uma quantidade de água sustentável (que se pode manter) dentro de uma unidade ou intervalo sedimentar, localizada debaixo do plano de água, isto é, na zona freática, chama-se um aquífero. A capacidade de um aquífero de armazenar água subterrânea depende, principalmente, da porosidade e permeabilidade das rochas onde ele se forma. Uma água fóssil é uma água subterrânea que permaneceu num aquífero durante um tempo geológico significativo. As águas fósseis são muito frequentes nos desertos. As águas fósseis são águas subterrâneas profundas não renováveis (pela água das chuvas). Quando uma água fóssil é sujeita a um qualquer tipo de mineração (extracção de um recurso não renovável) o plano de água sofre mudanças permanentes muito importantes e pode mesmo desaparecer.
Plataforma........................................................................................................................................................................................................................Shelf, Continental shelf
Plate-forme / Plataforma / Schelf / 大陆架 / Шельф (платформа) / Piattaforma continentale
Parcela da margem continental que se estende, como uma superfície pouco inclinada para a bacia, desde a linha de costa até uma ruptura, geralmente, bem marcada, da inclinação do fundo do mar, a qual marca o limite superior do talude continental. A profundidade média da plataforma é de 130 metros e a profundidade máxima de 200 metros. Sinónimo de Plataforma Continental.
Ver: « Planície Costeira »
&
« Talude Continental »
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« Rebordo da Bacia »
Ao longo de uma superfície de deposição existem cinco rupturas de inclinação: (i) Linha da Baía, entre a planície fluvial e planície costeira e ou deltaica ; (ii) Linha da Costa, entre a planície costeira e talude deltaico ; (iii) Base do Prodelta, entre o prodelta e plataforma continental (quando a bacia tem uma plataforma) ; (iv) Rebordo da Bacia, entre a plataforma e talude continental (pode ou não coincidir com o rebordo continental) ; (v) Base do Talude Continental, entre o sopé continental e planície abissal. O que, normalmente, se chama plataforma corresponde à superfície entre o rebordo continental e a base do prodelta, embora, este termo seja utilizado, por certos geocientistas, para designar superfícies planas desenvolvidas em determinados sistemas de deposição de carbonatos. Uma bacia sedimentar tem períodos durante os quais ela não tem plataforma. Esses períodos estão sempre associados a um cortejo de nível baixo ou a um prisma de nível alto. Quando uma descida relativa do nível do mar significativa ocorre, o nível relativo do mar fica mais baixo do que o rebordo da bacia e um novo ciclo estratigráfico começa, com o depósito de cones submarinos, na parte profunda da bacia. Durante o depósito dos cones submarinos e do prisma de nível baixo a bacia não tem plataforma e o rebordo bacia é o último rebordo da bacia do ciclo estratigráfico anterior (prisma de nível alto). Quando o nível do mar inunda, pela primeira vez, a planície costeira do prisma de baixo nível, a linha da costa desloca-se para o continente, criando uma plataforma continental, que vai aumentando à medida que o nível relativo da mar sobe. Desde que o nível relativo do mar deixa de subir em aceleração para começar a subir em desaceleração, o prisma de nível alto começa a depositar-se, o que reduz, pouco a pouco, a extensão da plataforma continental. A partir de um determinado momento, a bacia deixa de ter plataforma e o rebordo da bacia toma uma nova posição, que coincide com o rebordo continental, até à próxima descida relativa do mar, isto é até ao fim do ciclo estratigráfico.
Plataforma de Abrasão..................................................................................................................Abrasion Platform, Wave cut Platform
Plate-forme d'abrasion marine / Plataforma de abrasión / Abrasionplatte / 海蚀平台 / Абразионная платформа / Piattaforma di abrasione
Superfície rochosa pouco inclinada que se estende da base da arriba para o largo, entre os níveis das marés mais altas e mais baixas. É uma superfície de abrasão talhada pela acção das ondas e, como tal, tende a ser lisa, com ondulações fracas ou com degraus correspondentes ao nível da maré alta ou ao nível atingido nas tempestades.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Plataforma de Areia (carbonatada aureolada) »
As plataformas de abrasão são plataformas litorais onde a abrasão da acção das ondas é o processo geológico predominante. Quando uma plataforma de abrasão é em desenvolvimento, ela é exposta, unicamente, durante a maré baixa, como ilustrado, mas há sempre a possibilidade que uma tal plataforma esteja escondida debaixo de uma cobertura de seixos de praia (que são o agente da abrasão). Se a plataforma está permanentemente exposta acima da linha da maré alta, é provavelmente uma plataforma de praia levantada, a qual não é considerada um produto da abrasão, que é a raspagem mecânica de uma superfície rochosa por atrito entre as rochas e as partículas em movimento durante o seu transporte pelo vento, glaciares, ondas, gravidade, água corrente ou erosão. Após o atrito, as partículas em movimento desalojam as partes menos consolidadas e mais fracas das rochas, que podem ser dissolvidas na água. Assim, naturalmente, a intensidade da abrasão depende da dureza, concentração, velocidade e massa das partículas em movimento. Igualmente, não esqueça que a erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da chuva, vento ou, ainda, pela acção do gelo, quando este actua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e, em geral, vão assorear cursos de água A abrasão pode ser considerada como um dos processos mecânicos da erosão. Em solos cobertos por floresta a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. Desde que o homem destrói as florestas, para uso agrícola, o solo exposto a erosão torna-se muito severa o que pode levar a desertificação (fenómeno que corresponde à transformação de uma área num deserto).
Plataforma de Areia (carbonatada aureolada)...........................................................................................................Shoal-Rimmed Platform
Plate-forme de sable (carbonatée auréolée) / Plataforma de arena (bordeada de) / Shoal-umrandeten Plattform / 浅滩的黑框平台 / Обрамленная отмелью платформа / Piattaforma di sabbia (carbonato di halo)
Plataforma carbonatada com o rebordo sublinhado por recifes ou areias de baixio. Basicamente, as plataformas carbonatadas ou têm o rebordo sob uma lâmina água de dezenas metros ou são orladas, isto é, têm uma barreira, mais ou menos, contínua (recife, recife de baixio ou areias carbonatadas de baixio) ao longo do rebordo.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Cortejo Transgressivo »
Em geral, a maior parte dos geocientistas, considera cinco categorias de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio no rebordo da plataforma (como ilustrado neste esquema e figura) e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km ; (ii) Plataformas do tipo-Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10 000 km ; (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes; têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento, mas na margem sotavento, os sedimentos são mais lamacentos; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura ; (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica. Actualmente, as plataforma carbonatadas não orladas ocorrem, em geral, na margem sotavento dos bancos tropicais e ambientes de água fria. As plataformas carbonatadas podem ter uma morfologia em rampa ou planar (plataforma aberta). A ausência de uma barreira, como a que existe nas plataforma aureoladas, é o resultado de uma alta energia que cria litologias litorais complexas com uma grande taxa de transporte sedimentar. Embora os recifes barreira estejam ausentes, recifes pináculos e montículos recifais podem encontrar-se nas plataformas não-orladas. As plataformas aureoladas modernas encontram-se sobretudo na Costa tropical do Golfo Arábico, Baía dos Tubarões (Oeste da Austrália) e Yucatão (parte Este).
Plataforma de Baixamar (baixa)......................................................................................................................................................................................Slikke
Plate-forme de basse-marée (vasière molle) / Plataforma de bajamar (baja) / Schlick / 发平台-形式-低潮(软泥滩) / Илистая низменная прибрежная полоса морского дна / Piattaforma di bassa- marea (mudflat soft)
Parte inferior do espraiado pelítico que é a descoberta durante as marés altas mortas e coberta durante as tempestades e marés vivas. A plataforma da maré alta é separada da plataforma de baixamar por uma marcha que podem atingir vários metros e que corresponde à marcha de maré alta. O termo plataforma é, aqui, utilizado de maneira abusiva. Sinónimo de Schorre ou Vasa Dure.
Ver: « Praia »
&
« Praia Intertidal (entre as marés) »
&
« Plataforma de Maré »
A plataforma baixamar (vasa mole) é uma áreas características de lodaçais do espraiado (zona litoral entre os níveis de maré alta e maré baixa). Estas duas áreas de pântanos e turfeiras são caracterizados por ambientes biológicos muitos diferentes: (i) Plataforma de maré alta e (ii) Plataforma de maré baixa, a jusante dos pântanos litorais. A plataforma de maré baixa é a parte inferior do espraiado, isto é, a parte que é mais, frequentemente, inundada em cada preiamar. Os sedimentos são de origem marinha (erosão marinha) e ou terrestre (principalmente do material transportado pelos rios). Eles são relativamente finos: vasas, areias argilosas, etc. A estrutura e espessura da plataforma de maré baixa (vasa mole) variam com as estações do ano. Elas dependem, principalmente, do contexto abiótico, nomeadamente, das características reológicas, acarreio terrigeno trazidos pelas inundações e da importância das marés. A plataforma de maré baixa, igualmente expostas às condições externas (correntes, salinidade, exposição à radiação ultravioleta solar durante a maré baixa, etc.) depende do contexto biótico (actividade de bioturvação dos organismos, especialmente, dos organismos perfuradores). A plataforma de maré baixa é pobre em vegetação, mas contém uma grande quantidade de biomassa bacteriana, que desempenha um papel-chave nos processos de autodepuração e reciclagem da matéria morta. Ela também abriga uma grande variedade de espécies de moluscos (mexilhões, berbigões, etc.), moluscos herbívoros, caranguejos verdes, herbívoros ou caçadores de peixe (tainha, bares, etc.), muitos vermes e moluscos, que vivem na lama salgada, e são um alimento muito apreciado dos pássaros que vêm alimentar-se durante a maré baixa. Na plataforma de maré baixa, a biomassa é abundante (até vários milhares de organismos por metro quadrado durante a maré baixa em zonas temperadas, pelo menos 60 espécies de peixes e crustáceos que aí se alimentam toda ou parte de sua vida). Durante a maré baixa, há milhares de aves que aí vêm procuram moluscos ou macrozoobentos.
Plataforma Carbonatada...............................................................................................................................................................Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée / Plataforma carbonática / Karbonatplattform / 碳酸盐地 / Карбонатная платформа / Piattaforma carbonatica
Corpo sedimentar, com uma determinada a topografia, composto por depósitos calcários autóctones. Como o crescimento de uma plataforma Carbonatada é induzido por organismos sésseis, cujos esqueletos constroem o recife, ou por organismos (em geral, micróbios) que provocam a precipitação de carbonato através de seu metabolismo, elas desenvolvem-se apenas nas regiões onde existem condições favoráveis à vida de organismos construtores.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Cortejo Transgressivo »
A composição mineralógica das plataformas carbonatadas pode ser tanto calcítica ou aragonítica. A água do mar está saturado em carbonato, por isso, em determinadas condições a precipitação de CaCO_3 é possível. Como a precipitação de carbonato é favorecida por uma alta temperatura e baixa pressão, três tipos de precipitação de carbonato são possíveis: (i) Bioticamente controlada ; (ii) Bioticamente induzida e (iii) Abiótica. A precipitação de carbonato é, bióticamente, controlada quando os organismos (como os corais) são presentes e utilizam o carbonato dissolvido na água do mar para construir seus esqueletos de calcite ou aragonite e desenvolver estruturas de recifais rígidas. Foi, certamente, o que se passou na construção dos recifes ilustrados nesta figura (ilha de Maiorca). A precipitação, bioticamente, induzida ocorre fora das células dos organismos e, assim, o carbonato não é, directamente, produzido pelos organismos, mas precipita por causa de seu metabolismo. A precipitação abiótica do carbonato envolve pouca ou nenhuma influência biológica. Há cinco tipos principais de plataformas carbonatadas: : (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta ; (ii) Plataformas do tipo-Rampa Carbonatada, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas ; (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as fácies (litologias) são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes e (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica.
Plataforma Carbonatada Abrupta ............................................................................................Abrupt Carbonate Platform
Plataforma carbonatada abrupta / Plataforma carbonática abrupta / Abrupte Karbonatplattform / 碳酸盐台地突变 / Карбонатная платформа с обрывистыми окраинами / Piattaforma carbonatica scoscesa
Quando o rebordo da plataforma que, geralmente, coincide com o rebordo da bacia, é bem marcado, o que quer dizer que o limite entre a plataforma e o talude continental é nítido, como é o caso nas plataformas aureoladas e, por vezes, nas plataforma não-aureoladas.
Ver: « Plataforma Carbonatada »
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« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Cortejo Transgressivo »
Vários factores influenciam a geometria de uma plataforma carbonatada, incluindo a topografia herdada, a tectónica sinsedimentar, exposição às correntes e ventos alísios. O factor mais importante parece ser o tipo de fabricação do carbonato. Quando os processos de fabricação do carbonatos são de água fria as rampas carbonatadas são preponderantes. Quando os processos de fabricação de carbonato são associados a climas tropicais, normalmente, as plataformas carbonatadas aureoladas e montículos de lama sem zona de ruptura bem marcada. A geometria das plataforma mais conhecida é associada aos processos de fabricação tropicais, onde as plataformas carbonatadas podem ser subdivididas em três ambientes sedimentares principais: (i) Recife, que é a parte da plataforma carbonatada criada, in situ, por organismos sésseis (que não se deslocam, voluntariamente, do seu local de fixação como a maioria das macroalgas, as ostras, as esponjas e os corais) ; (ii) Laguna interna (parte da plataforma atrás do recife, a qual é caracterizada por águas rasas e calmas com sedimentos compostos de fragmentos de recifes e partes duras de organismos ou sedimentos terrígenos quando o recife é epicontinental) e (iii) Talude ou Encosta (parte externa da plataforma, que liga o recife à bacia e que actua como sumidouro do excesso de sedimento carbonato, embora a maior parte do sedimento produzido na lagoa e no recife seja transportado por vários processos e acumulada no talude, isto é, na encosta). Nesta figura, as plataformas ligadas ao continente são dividas em duas grandes famílias: (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura também existem dois subtipos: (B.1) Não-aureolada e (B.2) Aureolada. É no subtipo, plataforma com ruptura aureolada que a designação de plataforma carbonatada abrupta é mais frequente.
Plataforma Carbonatada Aureolada (isolada)........................................................................................Rimmed Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée auréolée / Plataforma carbonatada aureolada, Plataforma bordeada de carbonátos / Rimmed Karbonatplattform / 的黑框碳酸平台 / Окруженная карбонатная платформа / Piattaforma carbonatica aureolata
Plataforma com a ruptura costeira ou rebordos orlados ou aureolados por recifes ou baixios formados, principalmente, por areia carbonatada.
Ver: « Deposição (carbonatos) »
&
« Cortejo Transgressivo »
&
« Recife »
Este esquema representa uma plataforma aureolada isolada, isto é, uma plataforma que não está ligada ao continente. Em relação a uma plataforma aureolada convencional, ela não só tem uma geometria diferente, mas também as fácies (litologias) e as condições oceanográficas variam à volta das margens. Numa plataforma orlada convencional, a linha de fácies, criada pelas sucessivas posições da bordadura da plataforma, a qual pode ser ou não a plataforma continental, corta as linhas cronostratigráficas e é formada por recifes ou areias carbonatadas. Neste esquema, os membros do cortejo sedimentar de nível baixo (cones submarinos e prisma de nível baixo), localizam-se nas partes mais baixas e são fossilizados pelos cortejos de nível alto (cortejo transgressivo e prisma de nível alto). Quando as variações relativas do nível do mar são fracas ou moderadas, a produtividade de carbonato é, relativamente, pequena. A geometria da plataforma é, principalmente, retrogradante e com relevo, relativamente, pouco importante. Isto quer dizer, que o cortejo transgressivo é retrogradacional e, que, por conseguinte, poucos, ou mesmo nenhum, sedimentos transgressivos repousam na parte distal plana da plataforma. Quando as variações do nível do mar são moderadas a fortes, a produtividade de carbonato é importante. Nestas condições, a plataforma orlada tem uma geometria agradante e progradante com um relevo importante e com os sedimentos do cortejo transgressivo depositados, também, na parte superior do talude da plataforma. Quando a produtividade de carbonato é importante, é difícil, não só nas linhas sísmicas, mas também no campo, de separar o cortejo transgressivo do prisma de nível alto. Devido a complexidade dos parâmetros que controlam a formação de uma plataforma aureolada (variações relativas do nível do mar, produtividade, clima, subsidência, etc.), cada plataforma tem as suas próprias características. Assumindo uma produtividade constante, pode dizer-se que as plataformas retrogradantes estão associadas a taxas de subsidência importantes, as agradantes a taxas intermediárias e as progradantes a taxas pequenas.
Plataforma Carbonatada Monoclinal......................................................................................................Homocline Carbonate Platform
Plate-forme carbonatée monoclinal / Plataforma carbonática monoclinal / Homocline Karbonatplattform / Homocline碳酸盐平台 / Карбонатная платформа с моноклиналью / Piattaforma carbonatica homoclinal
Plataforma carbonatada tipo rampa na qual é muito difícil determinar o limite entre a plataforma e o talude continental, uma vez que a passagem de um ou outro é gradual e progressiva, isto é, sem nenhuma ruptura de inclinação da superfície de deposição.
Ver: «Deposição (carbonatos) »
&
« Plataforma Carbonatada Abrupta »
&
« Recife »
Como ilustrado no esquema, as plataformas ligadas ao continente são, muitas vezes, dividas em duas grandes famílias : (A) Plataformas Tipo Rampa e (B) Plataforma com Ruptura. Nas plataformas tipo rampa dois subtipos podem ser considerados: (A.1) Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal. Nas plataformas com ruptura também existem dois subtipos: (B.1) Não-aureolada e (B.2) Aureolada. A plataforma carbonatada ilustrada na fotografia desta figura é, provavelmente, uma plataforma tipo rampa do subtipo monoclinal. Segundo alguns geocientistas, este tipo de plataforma parece ser mais frequente quando os processos de fabricação do carbonatos são de água fria. Quando os processos de fabricação de carbonato são associados a climas tropicais, normalmente, as plataformas carbonatadas são com ruptura aureoladas ou não ou elas correspondem a montículos de lama sem zona de ruptura bem marcada. Há cinco tipos principais de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou areias calcárias de baixio no rebordo da plataforma e areias argilosas na laguna ou na plataforma aberta; este tipo de plataforma forma-se em águas calmas e a sua extensão varia entre 10 e 100 km ; (ii) Plataformas do tipo-Rampa, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lamas de água profunda; neste tipo de plataforma os recifes são raros e a largura da rampa pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas, que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10000 km ; (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as litologias são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes; têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento, mas na margem sotavento, os sedimentos são mais lamacentos; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura ; (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica.
Plataforma Carbonatada Morta (afogada).............................................................................................................................................Drowned Shelf
Plate-forme carbonatée noyée / Plataforma carbonática ahogada / Drowned Karbonatplattform / 淹没碳酸盐平台, 淹死货架 / Затопленная карбонатная платформа / Piattaforma carbonatica annegata
Quando uma subida relativa do nível do mar coloca uma plataforma carbonatada sob uma lâmina de água superior à profundidade da zona fótica. Em tais condições, a produção de material carbonatado cessa e a plataforma morre (ou afoga-se como dizem certos geocientistas). Em tais condições, apenas, um vasa pelágica se deposita sobre a plataforma.
Ver: « Plataforma »
&
« Cortejo Transgressivo »
&
« Zona Fótica »
Os intervalos carbonatados de água pouco profunda constituem, o que a maior parte dos autores chamam, as plataformas carbonatadas, as quais são muito sensíveis e afectadas pelas variações relativas do nível do mar. Cinco categorias de plataformas podem ser consideradas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, que são caracterizadas pela presença de recifes ou baixios recifais no rebordo da plataforma e areias argilosos na laguna; desenvolvem em águas calmas e a sua largura pode variar entre 10 e 100 km ; (ii) Rampas Carbonatadas, nas quais as areias carbonatadas da linha da costa passam, na base da rampa, a areias argilosas e lama de água profunda; os recifes não são importantes; a largura da rampa pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10 000 km ; (iv) Plataformas Isoladas, que são caracterizadas pelo facto que as fácies são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes; têm recifes e corpos arenoso, como nas plataforma aureoladas, na margem barlavento, enquanto que, na margem sotavento, os sedimentos são mais lamacentos; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura ; (v) Plataformas Mortas ou Afogadas, quando elas estão debaixo da zona fótica. Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore de Marrocos, uma plataforma morta é interpretada por Schlager, como o resultado de uma subida relativa do mar importante, que a pôs debaixo da zona fótica, e assim ela não corresponde a uma discordância (superfície de erosão). Para Vail, uma plataforma morta é o resultado de uma descida relativa do mar significativa que a exuma. Schlager diz que se a plataforma é exumada não há formação de carbonatos e não pode haver turbiditos carbonatados associados. Vail responde que pode haver turbiditos carbonatados uma vez que o material que os constitui resulta da erosão da plataforma.
Plataforma de Circulação Restricta e Planície de Maré...............................................................................Restricted Circulation Shelf & Tidal
Plate-forme de circulation restrictiva et plaine de Maréerestrita e planície de maré / Plataforma de circulación restringida y planicie de marea / Plattform Bewegung und restriktive Gezeiten-Ebene / 平台运动和限制性潮汐平原 / Платформа с ограниченной циркуляцией и приливно-отливной отмелью / Piattaforma à movimento restrittivo e pianura di marea
Ambiente sedimentar distal de uma plataforma carbonata aureolada entre a laguna de plataforma com circulação aberta e os evaporitos em sabkhas salinas.
Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Plataforma Carbonatada Morta »
&
« Plataforma de Circulação Restrita e Planície de Maré »
Vários geocientistas constataram nas plataformas carbonatadas e, particularmente, nas plataformas carbonatadas aureolados ou orladas (caracterizadas pela presença, mais ou menos, contínua, de recifes ou areias calcárias de baixio ao longo do rebordo da plataforma), a ocorrência de uma sucessão típica de ambientes sedimentares e, mais ou menos, constantes, entre a bacia e o continente (quando a plataforma está ligada ao continente). Esta sucessão de ambientes sedimentares carbonatados está ilustrada nesta figura e pode ser considerada como um modelo de plataforma, embora ele não diga nada sobre a diferenciação, muitas vezes constatada, entre margem sotavento e catavento (plataforma não ligadas ao continente), quer isto dizer, sobre a assimetria da plataforma. Neste modelo distinguem-se nove ambientes sedimentares: (i) Bacia ; (ii) Plataforma de Mar Aberto ; (iii) Bordo da Plataforma Profunda ; (iv) Talude Externo; (v) Recifes do Bordo da Plataforma ; (vi) Zona de Deflação das Areias ; (vii) Laguna de Plataforma com Circulação Aberta ; (viii) Plataforma de Circulação Restrita e Planícies de Maré e (ix) Evaporitos em Sabkhas Salinas. A plataforma de circulação restrita e planície maré de está localizada a montante da laguna de plataforma com circulação aberta e a jusantes evaporitos em sabkhas salinas. Ela está localizada debaixo da acção das ondas, em mar calmo, mas é atingida pela acção das ondas durante as tempestades. A plataforma de mar aberto está dentro ou, ligeiramente, debaixo da zona fótica. O contexto geológico é o de uma plataforma, mais ou menos, plana dentro da zona fótica e, normalmente, acima da acção das ondas em mar calmo, mas menos conectada com o mar do que a laguna de plataforma com circulação aberta. Neste ambiente as variações de temperatura e de salinidade são frequentes e os sedimentos são, principalmente, lama calcária, areia argilosa e por vezes areia limpa; uma cimentação diagenética é muito comum, assim como um acarreio sedimentar significativo. A biota é de água pouco profunda com pouca diversidade mas, em geral, com um grande número de espécies. Os foraminíferos miliolideos são típicos deste ambiente sedimentar.
Plataforma Continental.............................................................................................................................................................Continental Shelf, Shelf
Plate-forme continentael / Plataforma continental / kontinental Schelf / 陆架 / Континентальный шельф / Piattaforma continentale
Parcela da margem continental que se estende, como uma superfície pouco inclinada par o mar, desde a linha de costa (ou da base do prodelta) até ao rebordo da bacia, que marca o início do talude continental. A profundidade média da plataforma continental é, aproximadamente, 130 metros. Sinónimo de Plataforma.
Ver: « Rebordo da Bacia »
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« Linha da Costa »
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« Planície Aluvial »
Quando se diz plataforma, este termo refere-se, em geral, à plataforma continental, a qual, para a maior parte dos geocientistas, é a superfície pouco inclinada do fundo do mar, limitada entre uma lâmina de água de 0 a 200 m. Plataforma continental é um termo oceanográfico. Na geologia, as coisas são um pouco mais complicadas. Para evitar mal entendidos, é importante sempre saber se o termo plataforma está a ser aplicado a um contexto sedimentar onde os clásticos são predominantes ou a um contexto carbonatado. Existem vários tipos de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, com recifes ou baixios recifais no rebordo da plataforma, cuja largura varia entre 10 e 100 km ; (ii) Plataformas Tipo-Rampa, com areias carbonatadas na linha da costa (praticamente sem recifes) e areias argilosas e lama de água profunda na base da rampa ; os recifes não são importantes ; a largura destas plataformas pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epírica), com uma largura que pode atingir 10000 km e superfícies de maré e lagunas protegidas ; (iv) Plataformas Isoladas, com recifes e areias, na margem barlavento e sedimentos são mais lamacentos na margem sotavento ; podem atingir 100 km de largura ; (v) Plataforma Morta ou Afogada, quando ela está debaixo da zona fótica. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do offshore de Nova Jersey, num contexto geológico em que os clásticos predominam, a bacia só tem plataforma continental durante os episódios transgressivos e no início dos regressivos. Neste exemplo pode dizer-se que, praticamente, durante todo Terciário a bacia não tinha plataforma, uma vez que o rebordo da bacia coincidia (pelo menos sismicamente) com o rebordo da bacia que neste caso coincide com o rebordo continental. Nestas condições, como fundo do mar entre 0 e 200 m de profundidade de água é muito estreito e inclinado, a linha da costa também não está muito longe do rebordo da bacia.
Plataforma Epírica.....................................................................................................................................................................................................Epeiric platform
Plate-forme épéirique (épirique) / Plataforma epéirica (epírica) / Epeiric Plattform / Epeiric平台 / Внутренняя платформа / Piattaforma Epeirica
Plataforma do tipo rampa caracterizada por (i) Uma taxa de deposição fraca ; (ii) Largas cinturas de fácies e (iii) Transições graduais de litologia. Este tipo de plataforma é dominado por ambientes de fraca energia e sedimentos infra ou intramareais.
Ver: « Rebordo da Bacia »
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« Maré »
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« Delta de Maré »
No esquema da esquerda estão ilustrados os diferentes tipos de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, com recifes ou baixios recifais no rebordo da plataforma, cuja largura varia entre 10 e 100 km ; (ii) Plataformas Tipo-Rampa, com areias carbonatadas na linha da costa (praticamente sem recifes) e areias argilosas e lama de água profunda na base da rampa ; os recifes não são importantes ; a largura destas plataformas pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10 000 km ; (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as litologias são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes ; têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento, mas na margem sotavento, os sedimentos são mais lamacentos; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura ; (v) Plataforma Morta ou Afogada, quando a plataforma está debaixo ou melhor foi posta debaixo da zona fótica. No modelo de sedimentação de uma plataforma epéirica ilustrado nesta figura, quatro ambientes sedimentares se podem reconhecer. Do mar para o continente e à medida que a transgressão aumenta, em distância e tempo, podem reconhecer-se: (i) Ambiente I ou ambiente marinho aberto, caracterizado por uma baixa energia ; (ii) Ambiente II ou baixio de alta energia, o qual se localiza acima do nível de base ; (iii) Ambiente III ou marinho restrito, que é caracterizado por uma energia baixa e (iv) Ambiente IV ou transaccional, que é caracterizado pela presença de clastos terrígenos não-marinhos. As plataformas carbonatadas do tipo rampa, que se podem subdividir em: (A.1) Tipo Rampa Monoclinal e (A.2) Tipo Rampa com Pequena Ruptura Distal, formam-se quando os processos de formação de carbonato são associados a climas frios. Ao contrário, nos outros tipos, que muitos geocientistas consideram como plataformas carbonatadas com rupturas (aureoladas ou não-aureoladas), os processos de formação de carbonato estão associados a climas tropicais.
Plataforma Exumada...............................................................................................................................................................................................Exhumed Shelf
Plate-forme exhumée / Plataforma exhumada / Exhumiert Plattform / 掘出平台 / Выкапывать из породы платформа / Piattaforma riesumata
Quando uma descida relativa do nível do mar é, suficientemente, grande para pôr o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia. Uma tal descida do nível do mar cria uma discordância do tipo I e condições geológicas de nível baixo.
Ver: « Descida Relativa (do nível do mar) »
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« Plataforma Carbonatada Morta »
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« Nível Baixo (do mar)»
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore de Angola, de baixo para cima, é fácil de reconhecer: (i) O soco, que, provavelmente, corresponde a uma cadeia de montanhas paleozóicas aplanadas ou a granito-gneiss de idade pré-câmbrica ; (ii) As bacias de tipo-rifte, formadas antes da ruptura da litosfera (1a discordância em preto), e nas quais se depositaram, sobretudo no offshore Norte de Angola, rochas lacustres ricas em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) e rochas-reservatório arenosas ; (iii) A margem continental divergente do tipo-Atlântico (desenvolvida num contexto tectónico, globalmente, em extensão), a qual pode ser subdividida em sedimentos infrassalíferos e suprassalíferos. Antes da ruptura da litosfera, durante a formação das bacias de tipo-rifte, a subsidência era, fundamentalmente, diferencial. Depois da ruptura da litosfera e durante a oceanização, uma subsidência térmica foi sempre predominante. Esta tentativa de interpretação, feita em subciclos de invasão continental, sugere, fortemente, uma importante descida relativa do nível do mar no Oligocénico, a qual induziu a discordância SB. 30 Ma (entre o Rupeliano e Chatiano) e que foi, suficientemente, importante para exumar a plataforma eocénica, assim como a parte superior do talude continental (próximo do rebordo da bacia). Esta descida relativa do mar, provavelmente, provocada por uma glaciação (formação de glaciares e calotes glaciares), criou condições geológicas de nível baixo do mar, que provocaram um deslocamento para para baixo e para o mar dos biséis de agradação costeira e, durante as quais, sistemas de deposição turbidíticos se depositaram nas partes profundas da bacia. Como sugerido pelos biséis de truncatura observados no fundo do mar, a parte proximal da margem divergente foi levantada, durante o Terciário Tardio, o que, necessariamente, levantou também as antigas plataformas exumadas, que entretanto tinham sido fossilizadas pelos biséis de agradação costeira das progradações dos depósitos do Terciário tardio (talude continental).
Plataforma Interna.....................................................................................................................................................................................................................Inner Shelf
Plate-forme interne / Plataforma interna / Interne Plattform / 内部平台 / Внутренняя платформа / Piattaforma interna
Subambiente de uma plataforma continental caracterizado por uma lâmina de água entre 0 e 30 metros, isto é, a parte da plataforma adjacente à linha da costa.
Voir: « Nerítico Interno »
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« Plataforma Continental »
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« Nível Alto (do mar)»
Quando uma bacia tem uma plataforma continental, o que não é sempre o caso, certos geocientistas distinguem a plataforma adjacente à linha da costa, que eles chamam plataforma interna e que se caracteriza, não somente por uma lâmina de água entre o e 30, mas também por uma biota muito típica. Dentro de uma plataforma podem pôr-se em evidencia três zonas: (i) Plataforma interna, entre 0 e 30 metros de lâmina água ; (ii) Plataforma média, entre 30 e 70 metros de lâmina água e (iii) Plataforma externa, entre 70 e 200 metros de profundidade de água. Tendo em linha de conta o deslocamento das larvas dos peixes, alguns geocientistas consideram três zonas de profundidade : 0-20, 20-40 e 40-70 metros. Dentro de um ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência, uma bacia sedimentar não tem plataforma durante a deposição do cortejo de nível baixo (cones submarinos da bacia e do talude e prisma de nível baixo). A bacia começa a ter uma plataforma desde que a primeira superfície de inundação, que marca o início do cortejo transgressivo, cobre a planície costeira do prisma de nível baixo subjacente. À medida que o nível relativo do mar sobe, em aceleração, durante o cortejo transgressivo, as dimensões da plataforma continental aumentam e, assim, a altura da lâmina de água. Desde que o nível relativo do mar começa a subir em desaceleração, isto é, desde o início de deposição do prisma de nível alto, as dimensões da plataforma continental começam a diminuir, uma vez que a linha da costa começa a desloca para o mar de maneira, mais ou menos, contínua. Se o prisma de nível alto continuar a depositar-se, a um determinado momento, toda a plataforma continental desaparece. A partir desse momento, praticamente, a linha da costa torna-se o novo rebordo da bacia, o que quer dizer, que o limite externo da planície costeira, que corresponde à linha da costa, coincide com o rebordo da bacia, que marca o rebordo continental, visto que a bacia não tem mais plataforma. Na plataforma interna, que corresponde à parte da plataforma adjacente à linha da costa, as diferentes larvas de peixes, que aí ocorrem, formam conjuntos, que podem ser utilizados para determinar como é que as larvas se deslocam para as áreas onde elas vão crescer.
Plataforma Isolada..................................................................................................................................................................................................Isolated Platform
Plate-forme isolée / Plataforma aislada / Isolierte Plattform / 隔离平台 / Изолированная платформа / Piattaforma isolata
Plataforma carbonatada, geralmente, subcircular, desconnectada do continente por um corpo de água, mais ou menos, profundo.
Ver: « Plataforma Carbonatada »
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« Plataforma Continental »
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« Plataforma Carbonatada Morta »
A grande maioria dos geocientista consideram cinco grandes famílias de plataformas carbonatadas: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, com recifes ou baixios recifais no rebordo da plataforma, cuja largura varia entre 10 e 100 km ; (ii) Plataformas Tipo-Rampa, com areias carbonatadas na linha da costa (praticamente sem recifes) e areias argilosas e lama de água profunda na base da rampa ; os recifes não são importantes; a largura destas plataformas pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10 000 km ; (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as litologias são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes; têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento, mas na margem sotavento, os sedimentos são mais lamacentos; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura ; (v) Plataforma Morta ou Afogada, quando a plataforma está debaixo ou melhor foi posta debaixo da zona fótica. O exemplo ilustrado corresponde a uma plataforma isolada. Como ilustrado na tentativa de interpretação da linha sísmica, os recifes são muito mais bem desenvolvidos na margem barlavento, que neste caso corresponde à margem virada para o mar. Os recifes na margem proximal (do lado do continente), não só são menos desenvolvido mas também mais lamacentos. A parte superior da plataforma isolada corresponde a uma plataforma morta, na sequência de uma importante subida relativa do nível do mar que a colocou debaixo da zona fótica onde os processos de formação de carbonato são, praticamente, impossíveis. Não esqueça que alguns geocientistas subdividem as plataformas carbonatadas ligadas ao continente em plataformas de tipo rampa e plataformas com rupturas de inclinação. Dentro das primeiras, que são frequentes nos climas frios, eles consideram as monoclinais e as que exibem uma pequena ruptura distal. Dentro das plataforma com ruptura que formam de preferência em climas tropicais, dois subtipos sano quase sempre avançados: plataformas aureoladas e não-aureoladas.
Plataforma Litoral...........................................................................................................................................................................................................Shoreplatform
Plate-forme littorale / Plataforma litoral / Litoralplatte / 沿海平台 / Волноприбойная терраса / Piattaforma costier
Superfície de erosão que inclina, ligeiramente, para o mar e que é limitada entre a base da escarpa de praia e a marca da praia-baixa. A plataforma litoral corresponde, mais ou menos, ao conjunto da pré-praia e da praia-baixa.
Ver: « Plataforma »
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« Arriba »
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« Praia Intramareal (entre marés) »
Esta fotografia ilustra a plataforma litoral do Cabo Pequeno, no Quebeque (Canadá). A superfície, mais ou menos, plana (primeiro plano) e pouco inclinada que trunca a terra firma na zona intermareal, é uma antiga plataforma de abrasão que foi, em parte, erodida pela acção conjunta do gelo e das ondas do mar. A ardósia, finamente, fracturada, que aflora na costa, é, facilmente, desintegrada pelas condições climáticas frias desta região, que prevalecem quase todo o ano, o que resulta num conjunto de finos detritos que são, facilmente, transportados pelas ondas do mar e correntes marinhas. As camadas menos fracturadas estão, ligeiramente, mais elevadas e assim são menos susceptíveis à acção do gelo. Muitas das plataformas litorais modernas correspondem a antigas plataformas de abrasão e encontram-se, actualmente, submersas ou emersa, em função das variações relativas do nível do mar (subida relativa do mar, no primeiro caso, e descida no segundo). Em geral, as plataformas litorais são antigas superfícies rochosas, pouco inclinadas, que se estendiam da base da arriba até ao largo, entre os níveis das marés mais altas e mais baixas (plataformas de abrasão). Elas são antigas superfícies de abrasão talhadas pela acção das ondas do mar e, por conseguinte, têm tendência a ser, mais ou menos, lisas ou com ondulações fracas e alguns degraus, os quais correspondem ao nível da maré alta ou do nível atingido durante as tempestades. As rugosidades de uma plataforma de abrasão ou litoral são também muito dependes da litologia das rochas em que ela foi (ou ainda é) escavada e também da tectónica, quer isto dizer, que a brasão não é a mesma se as rochas são sub-horizontais ou dobradas. É natural, que se encontrem sinuosidades onde as rochas são mais duras, quer em bancos rochosos, escolhos (rochedos à tona da água), leixões (pedras altas e isoladas na costa) ou farilhões (pequenas ilhas). Quando a litologia da plataforma é carbonatada, naturalmente, ela é, em geral, modelada em marmitas, vasques, pináculos ou alvéolos ou outras forma cársicas.
Plataforma de Mar Aberto (cintura carbonatada)...............................................................................................................Open Sea Shelf
Plate-forme de mer ouverte (ceinture carbonatée) / Plataforma de mar abierto / Platform offenen Meeres (Carbonat Gürtel) / 开放的海洋平台(碳酸盐岩带)/ Шельф открытого моря / Piattaforma marine aperta (cintura di carbonato)
Ambiente sedimentar distal de uma plataforma carbonata aureolada entre a bacia profunda e o bordo da plataforma profunda, a qual se localiza a jusante do talude externo.
Ver: « Plataforma »
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« Ambiente (de cintura carbonatada) »
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« Plataforma Epéirica (epírica)»
Vários geocientistas constataram nas plataformas carbonatadas e, particularmente, nas plataformas carbonatadas aureolados ou orladas (caracterizadas pela presença, mais ou menos, contínua, de recifes ou areias calcárias de baixio ao longo do rebordo da plataforma), a ocorrência de uma sucessão típica de ambientes sedimentares e, mais ou menos, constantes, entre a bacia e o continente (quando a plataforma está ligada ao continente). Esta sucessão de ambientes sedimentares carbonatados está ilustrada nesta figura e pode ser considerada como um modelo de plataforma, embora ele não diga nada sobre a diferenciação, muitas vezes constatada, entre margem sotavento e catavento (plataforma não ligadas ao continente), quer isto dizer, sobre a assimetria das plataforma. Neste modelo distinguem-se nove ambientes sedimentares: (i) Bacia ; (ii) Plataforma de Mar Aberto ; (iii) Bordo da Plataforma Profunda ; (iv) Talude Externo ; (v) Recifes do Bordo da Plataforma ; (vi) Zona de Deflação das Areias ; (vii) Laguna de Plataforma com Circulação Aberta; (viii) Plataforma de Circulação Restrita e Planícies de Maré e (ix) Evaporitos em Sabkhas Salinas. A plataforma de mar aberto está localizada a montante da bacia e a jusante do bordo da plataforma profunda. Ela está localizada abaixo da acção das ondas, em mar calmo, mas ela é atingida pela acção das ondas durante as tempestades. A plataforma de mar aberto está dentro ou, ligeiramente, debaixo da zona fótica. Normalmente, ela corresponde às superfícies, mais ou menos, horizontais, entre a plataforma activa, propriamente dita, e a parte profunda da bacia. Este ambiente encontra-se, muitas vezes, em associação com as plataformas mortas (ou afogadas), criadas a quando de uma subida relativa d nível do mar. Os sedimentos mais frequentes deste ambiente são carbonatos, principalmente, vaquelitos bioclásticos (rocha carbonatada que contém, mais de 10% de aloquímicos numa matriz de argila carbonatada), "grainstones", margas e alguma sílica, que, normalmente, estão bem estratificados e com muita bioturbação. A biota é sobretudo representada por uma fauna conquífera, que indica condições marinhas normais e plâncton (conjunto de plantas e animais microscópicos que vivem em suspensão na água e que são a base de muitas cadeias alimentares).
Plataforma de Preiamar................................................................................................................................................................................................Tidal Flat
Plate-forme de haute-marée / Plataforma de marea alta / Plattform hoch-Flut / 平台高 - 潮 / Приливно-отливная отмель / Piattaforma alta-marea
Parte do espraiado pelítico que fica a descoberto nas preiamares mortas e coberta durante as mares vivas e tempestades. O termo plataforma é aqui utilizado de maneira abusiva. Sinónimo de Salgadiço.
Ver: « Praia »
&
« Praia Intramareal (entre marés) »
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« Litoral »
Em português, a plataforma de preiamar é também se chamada salgadiço (Moreira, 1984). A plataforma de preiamar é uma superfície vasosa, consolidada, revestida por um solo halohidromorfo (saturado temporário ou permanentemente por um excesso de água salgada), recortada em ilhotas convexas por canais de maré, com poças e, completamente, colonizadas por vegetação halohelófita (enraizado no lodo salgado), herbácea nas regiões extratropicais (sapal) e arbustiva e ou arbórea nas regiões intertropicais (mangal). A plataforma de preiamar está separada da parte baixa do espraiado por um degrau que pode atingir alguns metros e que corresponde ao degrau da maré alta. Sob o ponto de vista ecológico, a principal função de uma plataforma de preiamar ou de um salgadiço é a conversão da biomassa vegetal (normalmente sob a forma de detritos) em biomassa animal que pode ser utilizada pelos organismos com um nível trófico mais alto, que isto dizer, por organismos do ecossistema com uma alimentação mais refinada. A presença na plataforma de preiamar de todo um conjunto de ambientes costeiros é muito importante, não só para as aves que habitam a costa, mas também para as aves de passagem. A plataforma de preiamar da Laguna Mãe (Texas, EUA), representa um habitat apropriado entre os habitats de cultivo quente do norte e os distantes habitats da América do Sul, para as aves de migração e hibernação. A maior parte da mortalidade das aves é devido a falta de recursos durante o inverno e áreas de migração. Os invertebrados das plataformas de preiamar fornecem, sem dúvida nenhuma, uma abundante fonte alimentar para as aves. Quando as planícies de preiamar estão, totalmente, inundadas, as praias adjacentes podem ser uma segunda ou alternativa fonte de alimentos. O continente e habitats adjacentes podem ser utilizados como residências de passagem e alimentação. As planícies de preiamar são fontes de azoto para o ecossistema, uma vez que as algas azuis da plataforma de preiamar convertem o azoto atmosférico em azoto que pode ser utilizado por outras plantas.
Plataforma de Preiamar (alta)........................................................................................................................................................................................Schorre
Plate-forma de haute-marée (vasière dure) preiamar (alta) / Plataforma de pleamar (alta), Saladar / Plattform hoch - Flut (Watt reicht) / 平台高-潮(泥滩持续) / Болото, периодически заливаемое приливами / Piattaforma alta-marea (mudflat dura)
Parte do espraiado pelítico que fica a descoberto nas preiamares mortas e coberta durante as praias mares vivas e tempestades. O termo plataforma é aqui utilizado de maneira abusiva. Sinónimo de Salgadiço.
Ver: « Praia »
&
«Praia Intramareal (entre marés) »
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« Litoral »
As plataforma de preiamar alta são ambientes naturais com vegetação rasteira situadas na bordadura alta das vasas costeiras. Elas correspondem a uma parte do espraiado que é não coberta que durante as grandes marés e que se estende da parte superior do andar mediolitoral à parte inferior do andar supralitoral. As plataforma de preiamar alta formam-se a montante da região das vasas (lodaçal), a qual é sem vegetação nas regiões temperadas ou que é ocupada por manguezais nas regiões tropicais. O plataforma de preiamar alta é submerso, unicamente, durante as marés equinociais e forma-se à custa da plataforma de preiamar baixa por uma elevação de terra lamacenta e um aumento gradual da vegetação. Função do grau de inundação, a vegetação se distribui-se em 3 níveis: (i) Baixo ; (ii) Médio e (iii) Alto. A vegetação é adequada a imersões intermitentes e um ambiente salgado. A plataforma de preiamar alta contém uma variedade de comunidades vegetais, compostas principalmente de espécies halófilas, isto é, tolerantes à salinidade. As plataformas de preiamar alta encontram-se, na maioria das vezes e de maneira maciça nas regiões temperadas. Elas cobrem, geralmente, áreas protegidas da força do vento e da força das ondas, a baixa altitude e com forte sedimentação, tais como: estuários, deltas, costas protegidas por barreiras ou dunas ou nas baías. Este tipo de ambiente encontra-se em Camargue, no delta do Ebro, Mississípi, na Nova Zelândia, numa grande parte da costa este dos Estados Unidos, etc. Nos regiões tropicais e subtropicais, eles são, geralmente, substituídos por manguezais numa grande parte do litoral, mas as plataformas de preiamar alta são, frequentemente, presentes atrás dos manguezais. Estas plataformas são utilizadas como pastagens. A transformação destas áreas em terras de cultivo é comum através da construção de diques. Essas mudanças induzem transformações do ambiente, com variações de salinidade, sedimentação, acesso à água e sobretudo da biodiversidade. O exemplo marcante é a Camargue (França), onde o debate sobre a manutenção dos diques é à ordem do dia.
Plataforma Recifal Aureolada............................................................................................................................Reef-Rimmed Platform
Plate-forme récifale auréolée / Plataforma de arrecifes aureolada / Reef - umrandeten Plattform / 黑框礁平台 / Обрамленная рифом платформа / Piattaforma scogliera aureolata
Plataforma carbonatada com um rebordo enfatizada por recifes. Em geral, as plataformas carbonatadas têmum rebordo sob uma lâmina de água de vários metros e, naturalmente, sem recifes, ou elas são orldas, isto é, que eles têm uma barreira, mais ou menos continua, formada de recifes, que se desenvolvem ao longo do rebordo da plataforma sob uma pequena lâmina de água e que pode aflorar durante a maré baixa.
Ver : « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Recife »
&
« Plataforma Carbonatada Afogada (morta) »
A maioria dos geocientistas considera cinco categorias de plataformas de carbonato de: (i) Plataformas Aureoladas ou Orladas, com recifes ou baixios recifais no rebordo da plataforma, cuja largura varia entre 10 e 100 km ; (ii) Plataformas Tipo-Rampa, com areias carbonatadas na linha da costa (praticamente sem recifes) e areias argilosas e lama de água profunda na base da rampa ; os recifes não são importantes; a largura destas plataformas pode atingir 100 km ; (iii) Plataformas Epeiricas (ou epíricas), que são caracterizadas pela presença de superfícies de maré e lagunas protegidas; a largura de uma plataforma epeirica pode alcançar 10 000 km ; (iv) Plataformas Isoladas, nas quais as litologias são muito controladas pela orientação dos ventos dominantes; têm recifes e corpos arenosos, como as plataforma aureoladas, na margem barlavento, mas na margem sotavento, os sedimentos são mais lamacentos; uma plataforma isolada pode atingir 100 km de largura ; (v) Plataforma Morta ou Afogada, quando a plataforma está debaixo ou melhor foi posta debaixo da zona fótica. Uma plataforma recifal aureolada tem características de mar agitada, próximo do rebordo e de mar calmo, na lagoa. Onde a energia é grande, formam-se de recife, mas não exclusivamente. A produtividade orgânica é, particularmente, importante perto das correntes marinhas ascendentes. A lagoa é, geralmente, um ambiente de baixa energia e a sua extensão depende da maneira como os recifes da bordadura dissipam a energia das ondas. Se na lagoa, a energia das ondas é insignificante, o ambiente é de fraca circulação e formação de evaporitos em salinas não pode ser excluída.
Playa......................................................................................................................................................................................................................................................................................................Playa
Playa / Playa / Playa / 普拉亚 / Плайя (небольшой песчаный участок суши в устье реки или вдоль берега залива) / Playa
Bacia desértica sub-horizontal, que pode conter lagos efémeros com bacias de drenagem fechadas (lagos endorreicos). As playas são formadas por sedimentos finos misturados a sais alcalinos. Elas são também conhecidas como planícies alcalinas, planícies de lama, salgadiços, sabkhas e mesmo lagos secos. Quando a superfície é salgada, ela é conhecida pelo nome de salar como, é o caso da maior parte das playas da América do Sul e em particular dos Andes.
Ver : « Deserto »
&
« Lago Temporário »
&
« Aluvial »
Durante o verão, a superfície de uma playa é, geralmente, seca, dura e lisa. Durante os meses de inverno ela é húmida, por vezes, inundada e macia. As playas correspondem a depressões da superfície do terreno. Uma playa-lago forma-se quando a água da chuva preenche a depressão. Uma playa-lago pode formar-se quando o plano de água intersecta a superfície e a água corre para a depressão. Em geral, as playas formam-se nas regiões semiáridas e áridas. A maior concentração de playas-lago no mundo (mais ou menos, 22000) é nas altas planícies do sul do Texas e na parte oriental do Novo México. Enquanto que a maior parte das playas lagos são, relativamente, pequenas, outras têm dimensões importantes como, o lago Alablab no Suguta (Quénia) e o lago do Cavalo Selvagem no Oklahoma (EUA). O salar ou playa de Uyuni, ilustrado nesta fotografia, que está localizado próxima da cidade de Potosí na Bolívia, é o maior playa-lago salgado do mundo. Ele tem uma superfície cerca de 10582 km^2, isto é, mais ou menos, 25 vezes, por exemplo, a superfície da playa lago salgado de Bonneville (Noroeste do Utah, EUA). Muitas playas têm lagos pouco profundos durante o inverno, em particular durante os anos de forte humidade. Quando a lâmina de água dos lagos é pequena, a água pode deslocar-se dentro da playa sob a acção do vento e criar uma superfície endurecia e lisa em toda a sua extensão. Uma lâmina de água mais espessa cria, geralmente, uma superfície com fissuras de lama e estrutura de dissecação com a geometria semelhante a da tenda de índio. Enquanto que as playas são, geralmente, desprovidas de vegetação, elas são quase sempre rodeada por terrenos com pequenos arbusto que toleram o sal e que fornecem a forragem necessária para os rebanhos animais e outros herbívoros, sobretudo durante o inverno.
Plenilúnio......................................................................................................................................................................................................................................................................Plenilune
Plenilunium/ Plenilúnio / Plenilune / 满月 / Полнолуние / Plenilunio
Uma das fases da Lua, quando a sua totalidade é refletida na Terra ou Lua cheia. Quando ocorrem duas luas cheias num mesmo mês, o evento é conhecido pelo nome de Lua Azul. Sinónimo de Lua cheia.
Ver: « Lua »
&
« Quadratura (astros) »
&
« Conjunção (astronomia) »
As fases da lua como são denominados os quatro aspectos básicos que o satélite natural da Terra, a Lua, apresenta conforme o ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo Sol. Quando a Lua encontra-se em conjunção com o Sol, a face visível está, totalmente, às escuras e a face oculta está iluminada. É a Lua nova, uma vez que nesta fase a Lua nasce e põe-se com o Sol, ela só é visível quando ocorre um eclipse solar. A lua nova no seu sentido original marca o início do mês em calendários lunares, tais como o calendário muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o calendário judaico, o calendário hindu e o calendário budista. Cerca de 7,5 dias depois, a Lua encontra-se num ângulo de 90° em relação ao Sol. Nesta fase a porção iluminada equivale a metade da face visível, portanto um quarto da superfície lunar, é o quarto crescente. Nesta fase a Lua nasce, aproximadamente, ao meio-dia e se põe à meia-noite (no hemisfério norte, a metade direita do disco está iluminada, enquanto no hemisfério sul, a metade esquerda do disco ilumina-se durante esta fase). Quando a Lua se encontra em oposição ao Sol, em torno de 15 dias após a Lua nova, sua face visível fica, totalmente, iluminada, é a Lua cheia ou plenilúnio. Nesta fase a Lua nasce quando o Sol se põe e seu ocaso ocorre ao nascer do Sol. É nessa fase também que acontecem os eclipses lunares. Mais uma semana até que se forme um ângulo de 270° e a Lua estará em quarto minguante. Nesta fase a Lua nasce à meia-noite e se põe ao meio-dia (no hemisfério norte, a metade esquerda do disco está iluminada, enquanto no hemisfério sul, a metade direita do disco ilumina-se durante esta fase). O ciclo de lunação (ciclo lunar completo, que corresponde ao espaço de tempo entre duas luas novas consecutivas; o intervalo de tempo entre duas luas novas consecutivas é em média de 29 dias, 12 h, 44 m e 2,9 s contudo este intervalo de tempo não é constante, variando entre 29 dias e 4 h e 29 dias e 22 h aproximadamente) se completa em pouco mais de 29,5 dias e é, portanto, quase dois dias mais longo que a translação. Isto ocorre em função do movimento de translação da Terra.
Pluma de Cinza.......................................................................................................................................................................................................................................Ash Plume
Panache de Cendres / Pluma de ceniza / Esche Plume / 火山灰羽 / Поток пепла / Pennacche di cenere
Nuvem de piroclastos, que, muitas vezes, se encontra à vertical de um vulcão em erupção e que é, fundamentalmente, composta por cinzas vulcânicas e vapor de água. As partículas mais finas de uma pluma de cinzas podem ser transportadas até várias centenas, ou mesmo, milhares de quilómetros.
Ver: « Tefra »
&
« Vulcanismo »
&
« SDRs (reflectores que inclinam para o mar) »
Esta figura ilustra uma importante pluma de cinzas sobre o Monte de Cleveland, que forma a parte ocidental da ilha de Chuginadak na parte central das ilhas Aleutianas do Alasca. Este monte corresponde a um vulcão estratiforme, isto é, um alto vulcão, cónico, composto por uma sucessão de camadas de lavas, tefra e cinza vulcânica. Este tipo de vulcão, também chamado vulcão compósito, tem vertentes muito inclinadas e erupções explosivas periódicas. A lava que forma este tipo de vulcão é, geralmente, viscosa e solidifica-se rapidamente. O magma que forma a lava é de natureza félsica, quer isto dizer, que ele tem uma grande quantidade de sílica (como os riolitos, dacitos e andesitos). O magma máfico está presente, mas em quantidades muito pequenas. As cinzas vulcânicas que formam as pluma de cinzas são constituídas por tefra (pedaços de rocha e vidro pulverizado criado durante as erupções) de pequeno tamanho. As partículas têm, em geral, menos de 2 milímetros de diâmetro. A natureza violenta das erupções vulcânicas, que envolvem vapor de água, transforma o magma e as rochas sólidas, à volta das fendas, em partículas do tamanho da argila e areia. As cinzas vulcânicas criam problemas de respiração nas populações que vivem perto do vulcão e quando elas são muito abundantes podem criar um arrefecimento da temperatura global, como parece ter sido o caso depois da grande erupção do Krakatoa, em 26-27 de Agosto de 1898, a qual que libertou, segundo certos geocientistas, cerca de 13000 vezes a energia libertada pela bomba atómica (13-16 kT) que destruiu Hiroxima durante a segunda guerra mundial. As cinzas depois de caírem no chão, quando cimentadas, formam um rocha sólida que se chama tufo vulcânico. A ejecção, mais ou menos, periódica de grandes quantidades de cinzas produz cones de cinzas que podem destruir muitos dos ecossistemas locais e produzir o colapso das habitações. Como elas criam solos muitos férteis, as populações, naturalmente, localizam-se à volta das regiões vulcânicas o que amplifica, de maneira significativa, os catástrofes naturais.
Pluma Mantélica (manto).................................................................................................................................................................................................Mantle Plume
Panache (manteau) / Pluma del manto / Mantel-Plume / 地幔熱柱 / Плюмаж / Mantle plume
Ascenção anormal de material rochoso quente dentro do manto terrestre que podem atingir os níveis superiores da litosfera. Como a parte superior das plumas do manto pode ser, parcialmente, fundida, muitos geocientistas pensam que elas são uma das causas dos pontos quentes (centros de vulcanismo), os quais podem formar grandes províncias de basaltos.
Ver: « Ponto Quente »
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« Sima »
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« Teoria da Tectónica das Placas »
Como ilustrado nesta figura, uma pluma mantélica é um fenómeno geológico que consiste na ascensão de um grande volume de magma desde as regiões mantélicas profundas até às regiões infracrustais da Terra. Este fenómeno é explicado por certos geocientistas como a influência da temperatura sobre a densidade do magma. O interior da Terra é muito quente devido ao constante decaimento radioactivo dos minerais aí existentes. O gradiente geotérmico, portanto, aponta no sentido do aumento da temperatura à medida que caminhamos para as profundezas do globo. Matematicamente, a densidade de um corpo é representada por uma relação entre sua massa e o volume ocupado: d = m / v, (onde d é densidade, m a massa e v o volume), o que explica a tendência de um corpo para se afundar ou flutuar relativamente a um meio de densidade constante, uma vez que a temperatura dilatando os corpos, aumenta-lhes o volume, o que implica uma diminuição da densidade, obrigando-o a flutuar. O contrário também é válido. À medida que a pluma mantélica se aproxima das regiões terrestres mais superficiais, a temperatura diminui, e a densidade do magma aumenta, visto que para a mesma quantidade de material, a massa é sempre a mesma. O magma desce de novo em direcção das profundezas do planeta. É este fenómeno que cria cria células de convecção do magma no manto, o que é utilizado para explicar o movimento relativa das placas litosféricas (Tectónica das Placas). De acordo com a teoria da Tectónica das Placas, a hipótese de uma diminuição do movimento das placas litoféricas, a qual pode estar associada com a formação de um supercontinente, parte do princípio de que sem células de convexão na astenosfera, o manto superior pode localmente, superaquecer-se. Estas áreas de superaquecimento do manto, próximo do limite manto-núcleo, começam a ascender, relativamente, às regiões vizinhas começando assim uma espécie de diapirismo que criar mais tarde as plumas mantélicas.
Polaridade (sensu lato).....................................................................................................................................................................................................................................Polarity
Polarité (lato sensu) / Polaridad (sensu lato) / Polarität / 极性 / Полярность / Polarità
Qualidade do que possui sentidos opostos, como, as falhas, progradações, etc. Sinónimo de Vergência.
Ver: « Vergência »
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« Falha »
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« Progradação »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do onshore da ilha de Sumatra (Indonésia), as falhas têm uma polaridade oposta, quer isto dizer, que elas inclinam em sentidos contrários. Originalmente, estas falhas eram normais e desenvolveram-se durante a fase de rifting (alongamento) da bacia interna ao arco do sul da ilha de Sumatra. Mais tarde, durante a fase de subsidência térmica, algumas delas foram reactivadas como falhas inversas, o que criou inversões tectónicas bem marcadas nesta linha. Esta tentativa de interpretação sugere a seguinte história geológica: (i) Em associação com a zona de subducção do tipo-B localizada a oeste da ilha de Sumatra, a crusta continental da placa litosférica cavalgante foi alongada por falhas normais com vergência ou polaridade oposta ; (ii) As falhas normais criaram bacias de tipo-rifte, isto é demigrabens, que foram preenchidos, em grande parte, por rochas lacustres ricas em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais) ; (iii) A subsidência diferencial, que está na origem da formação das bacias de tipo-rifte, produziu (causa ou efeito) uma subida das isotérmicas (anomalia térmica) ; (iv) Mais tarde, as isotérmica aprofundaram-se e restabeleceram um equilíbrio térmico, o que quer dizer, que a subsidência diferencial foi substituída por uma subsidência térmica ; (v) A subsidência térmica em associação com a eustasia (variações globais do nível do mar) criam, por cima da crusta continental e das bacias de tipo-rifte, uma bacia tipo cratónico (fase de subsidência térmica da bacia interna ao arco) ; (vi) Esta bacia é preenchida por sedimentos marinhos, durante o episódio basal transgressivo, e por sedimentos, sobretudo, não-marinhos, durante o episódio regressivo superior ; (vii) Os intervalos sedimentares com características petrofísicas de rochas-reservatório (recifes e arenitos) e as rochas-cobertura (argilitos) depositaram-se, sobretudo, durante a fase de subsidência térmica ; (viii) Como esta bacia está localizada dentro da megassutura Meso-Cenozóica (contexto tectónico globalmente compressivo), a partir de certa altura, os sedimentos foram encurtados e as antigas falhas normais jogaram como falhas inversas, o que produziu magnificas inversões tectónicas, nas quais os pontos estruturais baixos tornam-se pontos altos e os altos, baixos, como ilustrado acima.
Polaridade (sísmica).................................................................................................................................................................................................................Seismic Polarity
Polarité (sismique) / Polaridad (sísmica) / Polarität (seismische) / 极性(地震) / Полярность (сейсмическая) / Polarità (sismica)
Representação gráfica da amplitude, para a esquerda ou direita, em relação ao eixo do traço de uma reflexão sísmica. Na representação dos dados sísmicos, a escolha dos parâmetros que controlam a reprodução do traço de interpolação é critica para o aspecto final das linhas e sua interpretação. O método mais simples é o de ilustrar os dados num traço ondulante, onde a distância em relação ao eixo do traço, representa a amplitude da reflexão. A polaridade é dada pelo sentido da representação da amplitude em relação ao eixo (vertical) do traço, para a direita ou esquerda.
Ver: « Reflexão Sísmica »
&
« Impedância (acústica) »
&
« Amplitude (reflexão sísmica) »
A maneira mais simples de representar os dados sísmicos num perfil é de os ilustrar por traços ondulantes para a direita ou para a esquerda de uma linha central de base. Cada traço representa a amplitude da reflexão, que, evidentemente, varia em profundidade. Os deslocamentos da amplitude para a direita ou esquerda a partir da linha de base representam a polaridade. Segunda a convenção da SEG (Sociedade Europeia de Geofísica), uma reflexão com uma polaridade positiva (fraca impedância acústica acima duma forte impedância) é representada por uma deflexão para a direita da linha de base, a qual é colorida em preto. Uma reflexão com uma polaridade negativa (forte impedância acústica acima de uma fraca impedância) é representada por uma deflexão para a esquerda e colorida em branco. Existem várias alternativas à representação do traço ondulante, mas elas são pouco utilizadas, embora algumas apresentem certas vantagens. Numa representação com área variável, não há continuidade nos traços, mas a amplitude dos valores é mostrada e é, geralmente, colorida em preto (convecção SEG). Numa representação com densidade variável, as variações da amplitude das reflexões são sublinhadas por tonalidades ou colorações diferentes. A área variável pode combinar-se com o traço ondulante. Também a densidade variável pode combinar-se com o traço ondulante. Cada representação tem as suas vantagens e os seus inconvenientes. Uma combinação das diferentes representações é, por vezes, utilizada em estudos de detalhe e, sobretudo, quando o interpretador está interessado nos atributos das reflexões, os quais podem dar indicações sobre as características petrofísicas das rochas-reservatório, isto é, sobre a porosidade, permeabilidade, mas também sobre a extensão e presença de hidrocarbonetos.
Polaridade Inversa (magnetismo).................................................................................................................................................................Reverse Polarity
Polarité inverse (magnétisme) / Polaridad inversa (magnetismo) / Verpolung (magnetisch) / 极性反向(磁) / Полярности (магнитный) / Polarità inversa (magnetismo)
Intervalo de tempo geológico durante o qual, no passado, um agulha magnética apontava para o pólo sul, isto é, um intervalo de tempo com uma polaridade do campo magnético terrestre diferente e oposta ao da de hoje.
Ver: « Magnetismo »
&
« Migração dos Pólos »
&
« Datação Radiométrica »
A posição do campo magnético terrestre muda com o tempo. Actualmente, o pólo magnético norte está próximo do Pólo Norte da Terra, uma condição geológica, que é chamada de polaridade normal. Os períodos de tempo durante os quais o pólo norte magnético estava localizado perto do Pólo Sul da Terra chamam-se períodos de polaridade inversa. A determinação das diferentes polaridades é possível uma vez que quando as lavas se solidificam, nas dorsais oceânica médias, os minerais que contém ferro orientam-se segundo o campo magnético terrestre, quer isto dizer, que eles registam, por assim dizer, a orientação do campo magnético terrestre no momento em que se solidificam. De maneira errática, mais ou menos, todos os 500 ky, o campo magnético terrestre muda de polaridade, gastando talvez alguns milhares de anos para desaparece e reaparecer num direcção oposta. Em associação com a expansão oceânica, a partir das dorsais médias, formaram-se bandas de crusta com magnetização diferente, como indicado no esquema ilustrado nesta figura. Este facto, permitiu aos geocientistas de estabelecer uma estratigrafia magnética baseada nas épocas de polaridade normal e inversa. Em sobreposição às grandes épocas magnéticas existem pequenos períodos de polaridade inversa, conhecidos como, eventos magnéticos, que podem durar entre alguns milhares de anos e 200 ky. As rochas que, actualmente, se formam na crista das dorsais oceânicas médias são, normalmente, magnetizadas, uma vez que elas se solidificam durante a presente polaridade magnética, que é considerada normal. Contudo, não esqueça, que as rochas magnetizadas, correspondentes à época magnética que ocorreu à cerca de um milhão de anos, foram deslocadas de uma certa distância da dorsal. Se a expansão oceânica foi de 2 centímetros por ano, essas rochas estarão hoje cerca de 20 km de cada lado da dorsal, ou a 40 km se a expansão oceânica for de 4 centímetros por ano. Utilizando este princípio, os geocientistas determinaram que a taxa de expansão oceânica mais forte é na parte Este do Oceano Pacífico, onde ela é cerca de 10-12 cm por ano, enquanto que no Atlântico ela é apenas de 2 cm por ano.
Polaridade Magnética...................................................................................................................................................................................Polarity magnetic
Polarité magnétique / Polaridad magnética / Magnetische Polarität / 磁极 / Магнитная полярность / Polarità magnetica
Orientação do campo magnético terrestre. A polaridade de uma certa época é o período de tempo durante o qual o campo magnético terrestre é orientado quer na direcção normal (direcção actual do campo magnético terrestre) ou na direcção inversa. A polaridade do campo magnético terrestre de um certa época é contrária a polaridade da época anterior.
Ver: « Magnetismo »
&
« Migração dos Pólos »
&
« Datação Radiométrica »
A polaridade magnética é função da posição do pólo magnético terrestre em relação ao Pólo Norte da Terra. Quando o Pólo Norte do campo magnético terrestre está próximo do Pólo Norte da Terra, como acontece actualmente, diz-se que a polaridade magnética é normal. Ao longo da história geológica, isto não foi sempre o caso. Muitas vezes, é o Pólo Sul do campo magnético terrestre que se encontra perto do Pólo Norte da Terra. Neste caso, diz-se que a polaridade magnética é inversa. Pode dizer-se que uma polaridade magnética inversa é uma mudança do campo magnético terrestre para uma polaridade oposta. Esta mudanças ocorrem ao longo da história geológica em períodos de tempo, mais ou menos, irregulares. O que para os geocientistas é mais interessante é que as polaridades magnéticas inversas podem ser preservadas em sucessões de rochas magnetizadas e assim podem ser comparadas com escalas de mudança dos padrões de polaridade, o que permite de determinar as idades geológicas, mais prováveis, das rochas. Como ilustrado no esquema representado acima, as rochas formadas nas dorsais oceânicas médias conservam a polaridade do campo magnético terrestre do momento em que elas se solidificam. Certas bandas têm uma polaridade normal e outras inversas, o que permite não só de determinar as diferentes idades das cristas oceânicas, mas também de determinar a taxa de expansão oceânica. Foi assim que os geocientistas constataram que a maior taxa de expansão oceânica ocorre no este do Oceano Pacífico (cerca de 12 cm por ano) e que no Oceano Atlântico, ela é, unicamente, de 2 cm por ano. Isto quer dizer, que a taxa de expansão no Atlântico é, mais ou menos, a taxa de crescimento das unhas da mão. Uma expansão oceânica de 2 cm por ano, implica que as rochas da crusta oceânica que se formaram à 1 milhão de anos atrás se encontram actualmente a cerca de 20 km de cada lado da dorsal, onde elas se formaram.
Polímero.....................................................................................,,,,,............................................................................................................................................................................Polymer
Polymère / Polímero / Polymer / 聚合物 / Полимер / Polimero
Macromolécula composta por uma repetição de unidades estruturais, normalmente, conectadas por ligações químicas covalentes.
Ver: « Matéria Orgânica (tipos) »
&
« Átomo »
&
« Vírus »
Um polímero é uma molécula grande, isto é, uma macromolécula, composta por uma repetição de unidades estruturais. Estas subunidades são, normalmente, ligadas por ligações químicas covalentes. Embora o termo polímero, às vezes, seja utilizado para designar os plásticos, na realidade, ele abrange uma ampla classe de materiais naturais e sintéticos com uma grande variedade de propriedades. Polímeros naturais poliméricos, tais como goma-laca, âmbar e da borracha natural têm sido utilizados desde há séculos. Uma variedade de outros polímeros naturais existente, como a celulose, que é o principal constituinte da madeira e do papel. A lista dos polímeros sintéticos inclui borracha sintética, a baquelita, neoprene, nylon, poliestireno, polietileno, polipropileno, silicone etc. As propriedades dos polímeros são, grosseiramente, divididas em várias categorias com base na escala à qual a propriedade é definida, bem como sobre a sua base física. A propriedade mais básica de um polímero é a identidade de seus monómeros constituintes (pequena molécula que pode ligar-se a outros monómeros formando moléculas maiores denominadas polímeros ; exemplos de monómeros são os hidrocarbonetos, derivados do petróleo, do tipo alcanos e alcenos). Um segundo conjunto de propriedades, conhecida como microestrutura, essencialmente, descreve o arranjo destes monómeros dentro do polímero na escala de uma única cadeia. Estas propriedades estruturais básicas desempenham um papel importante na determinação do conjunto das propriedades físicas do polímero, as quais descrevem como o polímero se comporta como um material macroscópico contínuo. Propriedades químicas, à escala nanométrica, descrevem como as cadeias de interactuam através várias forças físicas. À macroescala, essas propriedades descrevem como é que o polímero interage com outros produtos químicos e solventes. Existem três principais classes de biopolímeros: (i) Polissacarídos ; (ii) Polipeptídeos e (iii) Polinucleotídos. Nas células vivas, eles podem ser sintetizados por processos mediados por enzimas, como a formação de DNA catalisada pela DNA polimerizada.
Polipeiro..............................................................................................................................................................................................................................................................................Polyp
Polypier/ Polipero / Polypen / 息肉 / Колония полипов / Polipo
Construção biogénica feita por coalescência dos esqueletos externos dos corais que vivem em colónias. Animal ou colónia animal formada pela reunião de pólipos.
Ver: « Bentos »
&
« Animal (reino) »
&
« Coral »
Um pólipo é uma das duas forma encontrados no filo cnidária, a outra é a medusa. Os polipeiros são, praticamente, cilíndricos, alongados ao longo do corpo. Nos polipeiros isolados, a extremidade inferior está ligada ao substrato, enquanto que nas colónias, ela esta ligada a outros polipeiros quer directa quer indirectamente. A extremidade superior que contém a boca está cerca de tentáculos. Os pólipos são corais coloniais, e a maioria deles é, extremamente, resistente, tornando-os candidatos ideais para o aquarista iniciante. Todos os pólipos contêm algas simbióticas e requerem uma iluminação de moderada a forte. Alguns pólipos, como os pólipos botão, beneficiam, também de alimentos como o camarão de água salgada ou plâncton. A maioria dos corais consiste de muitos pequenos pólipos que vivem juntos num grande grupo ou numa colónia. Um pólipo simples tem um corpo em forma de tubo com uma boca rodeada por tentáculos. Os pólipos de corais duros produzem um esqueleto rochoso de carbonato de cálcio debaixo e à volta da sua base. Muitas vezes o esqueleto forma uma estrutura em forma de taça, na qual vive o pólipo. Quando alimentados, especialmente, durante a noite, os pólipos estendem os seus tentáculos para recolher alimentos. Durante o dia, ou quando se sentem ameaçados, os pólipos encolhem os tentáculos nos tubos de protecção. Os tentáculos possuem pequenas células urticantes chamadas nematocistos, que podem disparar lanças de veneno em animais de pequeno porte à deriva. Estes animais (zooplâncton, isto é, pequenos animais, ou as larvas de animais de maior porte, que derivam no mar) são utilizados como alimento e são introduzidos na boca pelos tentáculos. Unicamente alguns corais, como os corais de fogo (na verdade hidróides, isto é, cnidários pertencentes às subclasses Anthoathecata e Leptothecata, duas das oito subclasses da classe Hydrozoa), têm células urticantes, que são, suficientemente, poderosas para afectar o homem. Além de capturar os alimento à deriva nas correntes de água, os pólipos obtém alimentos das partir das células de plantas pequenas (chamadas zooxantelas) que vivem dentro de seus tecidos. As células das plantas usam a luz solar e nutrientes da água do mar para produzir alimentos, que são compartilhado com o coral.
Polje .................................................................................................................................................................................................................................................................................................Polje
Polje / Polje / Polje / 科索沃波列(喀斯特) / Полье / Polje (Carso)
Grande depressão cársica fechada, caracterizada por ter o fundo plano, unindo-se, de maneira angular, com as vertentes, as quais são, geralmente, abruptas. A sua drenagem é subterrânea. Pode permanecer seco, ser atravessado por um curso de água, ou ser inundado permanente ou temporariamente (Fink, 1973).
Ver: « Carso »
&
« Carsificação »
&
« Dolina »
Como ilustrado nesta figura, um polje é uma depressão fechada ou aberta no carso, com dimensões consideráveis e vertentes com um declive acentuado e abruptas, com o fundo, geralmente, plano e coberto de terra rossa e aluviões. A bacia de recepção tem uma drenagem endorreica e centrípeta. Os polja (plural de poljes) podem permanecer secos, ser atravessados por um curso de água ou serem inundados permanente ou temporariamente. Com a subida do nível freático, eles podem ser alimentados por exsurgências ou por pornors (aberturas naturais em áreas cársicas que comunicam com uma rede de galerias que podem servir de sumidouro ou exsurgência consoante o nível freático), que podem funcionar como sumidouros quando este volta a baixar. Por vezes têm hums (relevo residual de calcário que se ergue numa superfície de corrosão cársica, que pode apresentar formas variadas, em geral piramidais, com cume agudo ou plano, forma maciça ou arredondada), que são uma forma de relevo rochoso abrupto, isolado e disperso no interior dos poljes. Um polje, em geral, é uma depressão fechada podendo ter cerca de 3 km de largura e 10 km de comprimento. Trata-se de planícies de calcário, que começaram a deteriorar-se no Terciário, quando o clima era quente e húmido e havia muita água com uma vegetação abundante e uma grande quantidade de CO2 devido à decomposição. Assim, certamente, houve uma carbonatação, uma vez que a água estava acidificada pelo CO2 da atmosfera. Estas condições, que provocaram uma actividade, mais ou menos importante, função da região do globo considerada, produziram uma dissolução total do calcário por combinação de carbono da água e do cálcio das rochas, formando uma solução da água carregada de cálcio e gás carbónico. Os poja estão ligados aos aquíferos por condutas naturais. Estas ressurgências (lugares onde as correntes de água subterrânea reaparecem à superfície do terreno depois de ter desaparecido a montante do lençol freático) originam cursos de água ou inundações das depressões associadas.
Ponto de Abundância Máxima de Fauna (diagrafias)..............................................................................................Maximum Faunal Abundance
Pic d'abondance maximale de la faune (diagraphies) / Pico de abundancia máxima de fauna (Logging) / Maximaler Spitzenstrom reiche Tierwelt (Logging) / 野生动物的最大峰值丰度(记录) / Максимальный пик обилия диких животных / Picco di massima abbondanza di fauna selvatica (logging)
Nos registos eléctricos, o ponto de abundância máxima da fauna corresponde ao ponto, onde a diagrafia de resistividade é mais baixa e onde o raio gamma é mais elevado. Este ponto sublinha, em geral, uma superfície de base das progradações que fossiliza um cortejo transgressivo. Como este ponto corresponde à abundância máxima da fauna, a idade do pico da transgressão é mais fácil de determinar do que a idade da discordância de base de um ciclo-sequência (idade dos cones submarinos de bacia associados).
Ver: « Ciclo-sequência »
&
« Cortejo Transgressivo »
&
« Superfície de Inundação Máxima »
Estas diagrafias (Raio Gama e Resistividade) ilustram a base de um ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência, que foi atravessado por um poço de pesquiza, a montante do rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente. Isto quer dizer, que o poço de pesquiza reconheceu apenas os cortejos sedimentares de nível alto, isto é, o cortejo transgressivo (CT) e o prisma de nível alto (PNA). O limite inferior do cortejo transgressivo (CT) é, uma superfície de inundação (1a superfície transgressiva), mas em certas condições, como neste caso particular, a superfície de inundação pode fossilizar e, assim coincidir, com a discordância inferior do ciclo-sequência. O limite superior do cortejo transgressivo é a superfície de inundação máxima, a qual é fossilizada pelas progradações do prisma de nível alto (PNA) sobrejacente. Nas diagrafias eléctricas e, em particular, no raio gama, o limite superior do cortejo transgressivo corresponde ao horizonte mais radioactivo. Na diagrafia de resistividade, este horizonte é sublinhado por uma fraca resistividade, com ilustrado acima. Tendo em linha de conta, o contexto estratigráfico e o hiato sem deposição importante que existe entre o cortejo transgressivo e o prisma de nível alto, é evidente que este limite corresponde a um pico da fauna. O limite entre a transgressão e regressão é fácil de datar, o que não é o caso da discordância (superfície de erosão) que limita, inferiormente, o ciclo-sequência. Antes do advento da estratigrafia sequencial, a grande maioria das discordância foram datadas aproximadamente. A idade de uma discordância é dada pela idade dos cones submarinos de bacia induzidos pela descida relativa do nível do mar, que causou a discordância e não pela idade da superfície de máxima transgressão como ela é, muitas vezes, determinada.
Ponto Antinodal (onda).................................................................................................................................................................................................Antinodal Point
Point antinodal (onde) / Punto antinodal (onda) / Schwingungsbauchzone Punkt (Welle) / Antinodal 点(波) / Пучность (волна) / Punto antinodal (onda)
Ponto onde as ondas interferem de maneira construtiva, i.e., o ponto numa onda estacionária onde o movimento vertical é o maior e a velocidade horizontal é a mais pequena.
Ver: « Onda »
&
« Crista (da onda) »
e
« Cava (de onda) »
Como ilustrado nesta figura, em física, um ponto antinodal é o ponto no qual a amplitude de um dos dois deslocamentos numa onda estacionária tem o valor máximo. Geralmente, o outro tipo de deslocamento tem o seu valor mínimo neste momento. Uma onda é uma perturbação que se propaga através do espaço e do tempo, transferindo energia. Uma onda estacionária é uma combinação de duas ondas que se movem em direcções opostas, cada uma com a mesma amplitude e frequência, o que implica uma interferência, isto é, quando as ondas se sobrepõem, as suas energias são adicionados ou canceladas (a vibração de uma corda amarrada numa das extremidade produz uma onda estacionária, ou seja, um padrão caracterizado por sítios, os nodos, onde não há movimento). No caso das ondas que se deslocam na mesma direcção, a interferência produz uma de onda de deslocamento (quando a onda parece viajar através de um meio, isto é quando uma crista é seguida por uma cava que por sua vez é seguido por outra crista e assim de seguida). Ao contrário, quando as ondas que se deslocam em sentido oposto, a interferência produz uma onda de oscilação fixa no espaço. Esta figura ilustra o padrão resultante da propagação de ondas de água através da superfície de um corpo de água. As ondas propagam-se a partir das fontes de vibração, formando uma série de círculos concêntricos em torno de cada fonte. As linhas mais espessas representam as cristas das ondas e as linhas finas representam as cavas das ondas. As cristas e as cavas das duas fontes interferem umas com as outras a um ritmo, mais ou menos, regular produzindo nós e antinós ao longo da superfície da água. As posições nodais são localizadas onde a água não é perturbada, enquanto que as posições antinodal são locais onde a água sofre uma máximo de distúrbios acima e abaixo do nível da água nas regiões vizinhas. Uma das características do padrão de interferência dois pontos fonte é que as posições antinodais e nodais se dispõem em linhas distintas. Cada linha pode ser descrita como uma hipérbole e a separação espacial entre as linhas antinodais e nodais está relacionado ao comprimento de onda das ondas.
Ponto de Compensação (profundidade).....................................................................................................................Compensation Point, Compensation Depth
Point de compensation (phytoplancton) / Punto de compensación (fitoplancton) / Kompensation Punkt / 补偿点 / Компенсированная точка / Punto di compensazione
Ponto na coluna de água do oceano (profundidade) onde o consumo e produção de oxigénio se compensam, i.e., a profundidade máxima à qual o fitoplâncton (que produz oxigénio) pode existir. O ponto de compensação corresponde, normalmente, à base da zona eufótica.
Ver: « Fitoplâncton »
&
« Zona Eufótica »
&
« Fotossíntese »
Como ilustrado nesta figura, o ponto de compensação, que depende de vários factores, é o valor da intensidade luminosa, no perfil da luz, no qual a taxa de fotossíntese coincide, exactamente, com a taxa de respiração do fitoplâncton. Neste ponto, a absorção de CO2 via os processos fotossintéticos é, exactamente, igual à libertação de dióxido de carbono pela respiração e a absorção de O_2 pela respiração é, exactamente, igual à libertação fotossintética de oxigénio. No processo de fotossíntese, é evidente que o dióxido de carbono, água e luz são os reagentes, enquanto glucose e oxigénio são os produtos. Isto é igual para a respiração, mas em sentido inverso. A diferença entre a respiração e a fotossíntese é que para a fotossíntese a luz do sol é importante, enquanto que para a respiração ela não é necessária Na escuridão, as folhas das árvores, em vez de fotossintetizarem respiram utilizando o oxigénio ao mesmo tempo que elas liberam dióxido de carbono. Ao amanhecer e ao entardecer, quando a luz está presente, mas com fraca intensidade, o oxigénio da fotossíntese é libertado em pequena quantidade, ao mesmo tempo, a respiração também ocorre nas folhas e outras células metabolizantes das plantas. Os principais factores que afectam a produtividade fotossintética são: (i) A disponibilidade de nutrientes, tais como nitratos, fosfatos, ferro, etc., e (ii) A quantidade de luz solar, a qual varia, diariamente, e com as estações (no oceano, em geral, abaixo de 100 metros de profundidade a luz do sol é insuficiente para a fotossíntese). A síntese de material orgânico proveniente de substâncias inorgânicas é a produtividade primária. Esta produtividade é medida em gramas de carbono da matéria orgânica por metro quadrado de superfície do oceano por ano, ou, mais simplesmente: gC/m2/ano. Estudos recentes sugerem que a produtividade total do oceano é entre 75 gC/m 2/yr e 150 gC/m2/yr . A profundidade de ponto de compensação não é fixa. Ela varia de um lugar para outro e, no mesmo lugar, ela varia com as horas do dia.
Ponto de Condensação (orvalho).............................................................................................................................................................................Dew Point
Point de (point de rosée) / Punto de condensación / Taupunkt / 露点 / Точка росы (температура конденсации) / Punto di rugiada
Temperatura à qual uma determinada quantidade de ar deve ser arrefecida, a pressão barométrica constante, para que o vapor de água se condense em água. O ponto de condensação, que corresponde à temperatura de formação do orvalho, é um ponto de saturação.
Ver: « Atmosfera »
&
« Condensação (sedimentar) »
&
« Nuvem »
A uma determinada pressão barométrica, o ponto de condensação (formação do orvalho) indica a fracção molar de vapor de água no ar, isto é, ele determina a humidade específica do ar (relação do vapor de água no ar, incluindo vapor de água e ar seco, numa massa particular). A fracção molar pode ser expressa de duas maneiras: (i) Fracção molar do soluto, isto é, relação entre o número de moles do soluto e o número de moles da solução e (ii) Fracção molar do solvente, isto é, a relação entre o número de moles do solvente e o número de moles da solução. Se a temperatura subir sem alterar a fracção molar, o ponto condensação permanecerá inalterado, mas a humidade relativa desce em conformidade e a água continua a condensar-se à mesma temperatura. Um aumento da fracção molar, isto é, quando o ar se torna mais húmido, aumenta a humidade relativa (quantidade de vapor de água que existe em uma mistura gasosa de ar e de vapor de água) do ar para para o seu valor inicial. Diminuindo a fracção molar (ar menos húmido) depois da temperatura descer traz a humidade relativa para o seu nível inicial. A mesma humidade relativa num dia em que a temperatura é de 27° C e num dia em que ela é de 38 ° C implica que o ar no dia mais quente tem mais de vapor de água do que no dia frio, isto é, que o ponto de condensação é mais alto. A uma determinada temperatura e, independentemente, da pressão, o ponto de condensação indica a humidade absoluta do ar (quantidade de água num determinado volume de ar). Se a temperatura subir sem alterar a humidade absoluta, o ponto de compensação vai subir em conformidade e a água condensa a uma pressão mais elevada. Reduzindo a humidade absoluta o ponto de condensação volta ao valor inicial. Aumentando a humidade absoluta depois da descida de temperatura, o ponto de condensação volta para seu nível inicial. Se o ponto de condensação e temperatura em Lisboa e Vila Real, for o mesmo, isso significa que a massa de vapor de água por metro cúbico de ar também será o mesmo em ambas as cidades.
Ponto de Curie (temperatura de Curie)........................................................................................................................................................................Curie's Point
Point de Curie (temperatura de Curie) / Punto de Curie / Curie-Temperatur / 居里点 / Точка Кюри (температура фазового перехода второго рода) / Punto di Curie
Temperatura acima da qual um material ferromagnético (material atraído por um íman) ou piezeléctrico (que pode criar um campo eléctrico) torna-se paramagnético. Sinónimo de Temperatura de Curie.
Ver: « Magnetismo »
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« Magnetostratigrafia »
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« Polaridade Magnética »
Um íman, quando aquecido, perde as suas propriedades magnéticas, uma vez que o calor provoca um desarranjo na disposição das suas partículas. Acima de uma determinada temperatura os condutores perdem suas propriedades magnéticas. Esta temperatura, que é constante para cada substância, é denominada temperatura de Curie ou Ponto de Curie. Nesta temperatura os materiais perdem suas propriedades ferromagnéticas. Esta transição é reversível através do resfriamento do material. Como exemplos de temperatura de Curie podemos citar 770° C para o ferro, 1075° C para o cobalto, 365° C para o níquel, etc. Ao contrario de um material ferromagnético, um paramagnético, que é atraído por um campo magnético, não conserva a magnetização na ausência de um campo magnético exterior. Abaixo da temperatura Curie, os momentos magnéticos estão alinhados em paralelo dentro de domínios magnéticos em materiais ferromagnéticos e de maneira antiparalela em materiais ferromagnéticos (momentos magnéticos dos átomos têm uma direcção oposta). Acima do ponto de Curie, um material ferromagnético torna-se paramagnético e assim os momentos magnéticos estão numa desordem total. Nesta figura está ilustrado um corte geológico típico de uma dorsal médio-oceânica. A temperatura da dorsal aumenta, geralmente, com a profundidade. Contudo, as paredes das fissuras numa dorsal médio-oceânica são, normalmente, refrigerados pela água fria que circula para baixo e para fora delas por convecção natural. Depois de vários milhares de anos de resfriamento, uma linha de temperatura correspondente ao ponto de Curie forma-se, perpendicularmente, a dorsal, como ilustrado neste esquema (linha tracejada). Quando um partícula da rocha arrefece, por exemplo, de 579° C para 577° C, ela toma o magnetismo do campo magnético da Terra nesse ponto, o que implica que o material mais magnetizado deve está perto das fracturas, enquanto que o material acima da temperatura de Curie não é magnetizada. Eles formam anomalias magnéticas, perpendicularmente, à dorsal ao longo da zonas de fractura, à medida da expansão dos fundos oceânicos.
Ponto de Equilíbrio...............................................................................................................................................................................................Equilibrium Point
Point d'équilibre / Punto de equilibrio / Gleichgewichtspunkt / 平衡点 / Точка равновесия / Punto di equilibrio
Ponto de uma superfície de deposição onde a taxa da variação eustática e da subsidência são iguais e compensam os seus efeitos. O ponto de equilíbrio separa uma área sujeitada a uma descida relativa do nível de mar de outra, a jusante, sujeita a uma subida relativa.
Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
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« Eustasia »
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« Subsidência »
Posamentier e Vail (1988) definiram o ponto de equilíbrio como o ponto de uma margem divergente no qual a diminuição do espaço disponível para os sedimentos induzido pela subsidência e por uma subida do nível do mar (subida eustática) se compensam, o que quer dizer, que nesse ponto não há variação relativa do nível do mar. À medida que o nível relativo do mar (subsidência ou levantamento mais eustasia) sobe ou desce, o ponto de equilíbrio desloca-se para o continente ou para o mar. A montante do ponto de equilíbrio, o espaço disponível diminui e há erosão, enquanto que a jusante do ponto de equilíbrio, o espaço disponível aumenta e, por conseguinte, há deposição. Os blocos diagramas ilustrados nesta figura, sublinham a resposta da linha de baía (limite entre a deposição fluvial e parálico-deltaica) e ambientes costeiros ao deslocamento do ponto de equilíbrio quando o nível relativo do mar varia. À medida que o nível relativo do mar desce, mas não suficientemente para que as condições geológicas mudem para condições de nível baixo (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia), o ponto de equilíbrio desloca-se para jusante. Pode acontecer, que a certa altura, o ponto de equilíbrio se aproxime da linha de baía e coincida mesmo com ela. Em tais condições, o ponto de equilíbrio estabelecerá o limite entre os depósitos fluviais (onde as variações do nível relativo do mar são insignificantes) e a planície costeira, onde as variações relativas do nível do mar controlam o espaço disponível para os sedimentos. Neste modelo, com o qual nem todos os geocientistas estão de acordo, a linha de baía marca sempre o limite entre a planície aluvial e a planície costeira, quer isto dizer, que é a partir da linha de baía, que o perfil de equilíbrio provisório dos rios se torna, mais ou menos, horizontal, ou, por outras palavras, é a partir da linha de baía que a capacidade de carga dos rios diminui e que eles começam a depositar. É com este conceito, que muitos geocientistas não estão de acordo, uma vez que para eles a perda de carga dos rios se faz, principalmente, na desembocadura, isto é, quando eles entra num corpo de água importante e perde energia.
Ponto de Inflexão (nível do mar)............................................................................................................................................................................Inflection Point
Point d'inflexion / Punto de inflexión / Wendepunkt / 拐点 / Точка перегиба / Punto di flesso
Ponto no qual, uma curva ou arco, muda de côncavo para convexo ou vice versa. O ponto de inflexão de uma curva do nível do mar sinusoide é o lugar onde a taxa de descida, ou de subida, do nível do mar é ao seu valor máximo (onde a primeira derivada da curva é máxima). O limite de um ciclo-sequência é antes do ponto de inflexão de uma descida relativa, ou na pior das condições, no ponto de inflexão. Uma secção estratigráfica condensada forma-se antes, ou pelo menos, no ponto de inflexão da curva de uma subida relativa.
Ver: « Variação Relativa (do nível do mar) »
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« Eustasia »
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« Taxa de Mudança Relativa do Nível do Mar »
Neste esquema está ilustrada uma curva das variações relativas do nível do mar. Esta curva é o resultado da acção conjunta da eustasia e da tectónica (subsidência ou levantamento). A subsidência foi considerada linear, i.e., aumentando, progressivamente, em direcção da bacia. Um ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência é limitado, mais ou menos, entre dois pontos de inflexão descendentes consecutivos. Estes pontos correspondem a duas descidas relativas do nível do mar significativas, que puseram o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia do ciclo-sequência subjacente. Durante uma descida relativa do nível do mar, depositam-se os cones submarinos de bacia (CSB) e de talude (CST). Desde que a velocidade de descida relativa do nível do mar entra em desaceleração (ponto de inflexão), começa a depositar-se o prisma de nível baixo (PNB). A deposição do PNB continua até que o nível relativo do mar comece a subir em aceleração. Quando o nível do mar começa a subir em aceleração, em geral, ocorre a primeira superfície de inundação da planície costeira do PNB, o que marca o início da deposição do cortejo transgressivo (CT). O máximo da transgressão corresponde, mais ou menos, ao ponto de inflexão ascendente, o que sublinha o limite entre o cortejo transgressivo (CT) e o prisma de nível alto (PNA). Isto quer dizer, que o PNA deposita-se desde que a subida relativa do nível do mar entra, francamente, em desaceleração. Quando a descida relativa do nível do mar não é suficiente para que o nível relativo do mar desça mais baixo do que o rebordo da bacia, que agora é dado pelo rebordo da planície costeira do PNA, deposita-se o cortejo de bordadura da bacia (CBB), até que taxa de descida do nível relativo da mar seja máxima (limite superior do ciclo).
Ponto Libra (astronomia)..................................................................................................................................................................................................................Libra Point
Point Libra / Punto libra (astronomía) / Libra Punkt (Astronomie) / 天秤座点(天文) / Точка Весов (астрономия) / Punto Libra (astronomia)
Ponto de intersecção da eclíptica e do equador celeste, quando o Sol se desloca do hemisfério norte para o hemisfério sul. O ponto libra ocorre no início do Outono (21 de setembro), no hemisfério norte, quando a ascensão recta e a declinação astronómica são zero. Oposto ao Ponto Vernal ou Ponto Áries.
Ver: « Eclíptica »
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« Equinócio »
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« Precessão »
O ponto de Libra, também chamado ponto do equinócio de Outono que marca o início do Outono no hemisfério norte (este equinócio ocorre à volta de 22-24 de Setembro, variando um pouco cada ano de acordo com o ciclo de 400 anos de anos bissextos no calendário gregoriano (calendário que correntemente utilizado no mundo ocidental). O ponto Libra é um dos dois pontos na esfera celeste, onde o equador celeste intercepta a eclíptica. Como ilustrado neste esquema, o ponto Libra é definido como a posição do Sol na esfera celeste, no momento do equinócio de Outono. O nome vem da constelação Libra, na qual ele ocorreu nos tempos antigos. Naturalmente, devido à precessão (mudança do eixo de rotação de um objecto), o ponto Libra desloca-se, gradualmente, em torno da eclíptica. Actualmente, o ponto Libra está na direcção da constelação Virgo. O ponto oposto, no equinócio vernal ou da primavera, é o ponto de Áries. Quando a Terra está cima no equador celeste, no hemisfério norte a duração do dia é maior do que a noite, uma vez que a Terra está inclinada sobre seu eixo em relação ao Sol. Como a Terra não gira, unicamente, à volta do seu próprio eixo, mas também orbita o Sol, nos equinócios, isto é, no ponto Libra e no ponto Áries, a Terra e o Sol estão posicionados de tal maneira que a linha na Terra que separa noite do dia passa por ambos os pólos da Terra, o que quer dizer que a noite tem a mesmo duração que o dia. No sistema de coordenadas equatoriais, onde a declinação indica o afastamento angular de um astro em relação ao equador celeste e a ascensão recta indica o afastamento angular do semicírculo horário de um astro em relação ao semicírculo horário do ponto vernal, o ponto Libra é definido para ter uma ascensão recta de 12 horas e uma uma declinação é zero, devido à posição sobre o equador celeste. Note que neste sistema de coordenadas, também chamado Sistema Equatorial Universal ou Sistema Uranográfico a distância polar e complementar da declinação, isto é a soma das duas é 90°.
Ponto de Máxima Radioactividade (diagrafias)....................................................................................................Maximum Clay-Shale Point
Point de radioactivite maximale / Punto de radioactividad máxima / Punkt der maximalen Radioaktivität / 点的最高放射性 / Точка максимальной радиоактивности / Punto di radioattività massima
Nos registos eléctricos, o ponto ou zona de radioactividade máxima corresponde ao ponto onde a diagrafia de resistividade, geralmente, é mais baixa e onde o raio gama é mais forte. Num ciclo-sequência, este ponto sublinha a superfície basal de progradação que fossiliza o cortejo transgressivo. Este ponto, que também marca uma abundância de fauna, permite fazer boas correlações entre os poços de pesquiza e sugere, muitas vezes, a presença de rochas ricas em matéria orgânica, quer isto dizer, rochas-mãe potenciais.
Ver: « Ciclo-sequência »
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« Cortejo Transgressivo »
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« Superfície da Base das Progradações »
Nesta figura estão ilustradas várias diagrafias eléctricas de um poço de pesquiza típico do onshore de Cabinda (Bacia do Congo, Angola), nas quais vários pontos, ou melhor, várias zonas de forte radioactividade são, facilmente, reconhecidas pela diagrafia do raio gama. Duas destas zonas são visíveis debaixo do intervalo salífero (sal do Loeme), numa bacia de tipo-rifte. A superior está localizada dentro da formação Bucomazi e sublinha um intervalo de rochas-mãe (argilitos lacustres ricos em matéria orgânica). A segunda, menos espessa, está localizada dentro da formação Lucula, que, normalmente, é constituída por areias com boas características de rocha-reservatório, mas que aqui estão separadas por um intervalo argiloso lacustre rico em matéria orgânica que é uma rocha-mãe alternativa às rochas-mãe da formação Bucomazi. Como estes intervalos têm uma forte resistividade e uma fraca velocidade no sónico (não ilustrado nesta figura), isto significa, que a matéria orgânica destes intervalos atingiu a zona de maturação (um argilito lacustre rico em matéria orgânica, mas imaturo tem uma baixa resistividade e um alto valor no sónico). A zona de radioactividade máxima localizada acima do intervalo salífero, isto é, na margem continental divergente, que fossilizou as bacias de tipo-rifte, corresponde à superfície da base das progradações principais, a qual separa a fase transgressiva da fase regressiva do ciclo de invasão continental pós-Pangeia. A subida do mar durante o ciclo eustático de primeira ordem (tempo de duração superior a 50 My) com o qual estão associadas as margens divergentes do tipo-Atlântico, criou uma fase transgressiva que atingiu o seu máximo cerca de 91,5 Ma, durante o Cenomaniano-Turoniano, o qual corresponde a esta zona de máxima radioactividade.
Ponto Nodal (onda).................................................................................................................................................................................................................................Nodal Point
Point nodal / Punto nodal / Knotenpunkt / 结点 / Узел (узловая точка) / Punto nodale
Ponto onde as ondas interferem de maneira destrutiva, i.e., o ponto numa onda estacionária onde o movimento vertical é o menor e a velocidade horizontal é a maior.
Ver: « Onda »
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« Crista (de onda) »
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« Cava (de onda) »
Um ponto nodal é um ponto ao longo de uma onda estacionária, onde a onda tem uma amplitude mínima. Por exemplo, numa corda de violão em vibração, as extremidades da corda são os nodos ou pontos nodais. Mudando a posição de um ponto nodal um o guitarrista modifica o comprimento efectivo da corda vibrante e, assim, a nota tocada. O oposto de um ponto nodal é o ponto antinodal, no qual a amplitude da onda estacionária é máxima, o qual, neste caso particular (corda de uma guitarra) ocorre a meio caminho entre os pontos nodais. Uma onda é uma perturbação que se propaga através do espaço e do tempo, transferindo energia. Uma onda estacionária é uma onda que permanece numa posição constante. Este tipo de onda ocorrer porque o meio desloca-se em direcção oposta à onda, ou pode surgir em num meio estacionário, como resultado da interferência entre duas ondas viajando em direcções opostas. Neste segundo caso, para as ondas de igual amplitude viajando em direcções opostas, não há em média nenhuma evidência de propagação de energia. Quando duas ondas que se deslocam na mesma direcção, a interferência produz uma de onda de deslocamento (quando a onda parece viajar através de um meio, isto é quando uma crista é seguida por uma cava que por sua vez é seguido por outra crista e assim de seguida). Esta figura ilustra o padrão resultante da propagação de ondas de água através da superfície de um corpo de água. As ondas propagam-se a partir das fontes de vibração, formando uma série de círculos concêntricos em torno das fontes de vibração. As linhas mais espessas representam as cristas das ondas e as finas as cavas das ondas. As cristas e cavas das duas fontes interferem umas com as outras produzindo pontos nodais e os antinodais ao longo da superfície da água. Os pontos nodais são localizados onde a água não é perturbada, e os antinodais onde a água sofre o máximo de distúrbios. Uma das características do padrão de interferência dois pontos fontes é que as posições antinodais e nodais se dispõem em linhas distintas. Cada linha pode ser descrita como uma hipérbole e a separação espacial entre as linhas antinodais e nodais está relacionado ao comprimento de onda das ondas.