Ponto Quente.........................................................................................................................................................................................................................................................Hotspot
Point chaud / Punto caliente / Hotspot / 热点 / Опасная точка (центр волнений) / Punto caldo
Termo utilizado para exprimir as colunas vulcânicas que sobem do manto até à litosfera.
Ver: « Astenosfera »
&
« Litosfera »
&
« Expansão Oceânica »
Sob o ponto de vista da petrografia, a estrutura interna da Terra pode ser dividida em três envelopes concêntricos: (i) Crusta Continental, que é composta, principalmente, de rochas graníticas e metamórficas e, que, em geral, são cobertas por rochas sedimentares ; (ii) Manto, que é, principalmente, composto de peridotitos anidros e eclogitos e (iii) Núcleo, que é composto, principalmente, de ferro e níquel e que pode ser subdividido em um núcleo externo sólido e núcleo interno líquido (não é atravessado pelas ondas S). A espessura da crusta varia entre 30 e 70 km. A densidade média da crusta continental superior é de 2,5-2,7 g/cm3. A crusta continental inferior, que é composta, sobretudo, por gabros, tem uma densidade média de 2,8 g/cm3. A crusta oceânica é composta, sobretudo, de rochas basálticas e gabros, que são, quase sempre, cobertos por sedimentos pelágicos e hemipelágicos. A densidade média da crusta oceânica é de cerca de 2,9 g/cm3 e a sua espessura varia entre 4 e 10 km. A densidade média do manto é de 3,3-3,4 g/cm3. O limite entre a crusta e o manto terrestre é sublinhado pela descontinuidade de Mohorovičić, cuja profundidade varia entre 4 e 70 km. O limite inferior do manto é, mais ou menos, localizado a 680 km (com um erro de ±20 km) e parece corresponder a uma mudança de fase. O manto inferior tem a mesma composição química que o manto superior, mas está, provavelmente, numa fase diferente. No topo, a densidade média do manto é de cerca de 3,3 g/cm3 e cerca de 5,6 g/cm3 na parte mais profunda, quer isto dizer, a 2900 km de profundidade. O núcleo é composto, principalmente, de ferro e níquel. Como ilustrado neste diagrama, os pontos quentes permitem a transferência de material entre o manto inferior e a litosfera. A grande maioria dos autores pensa que os pontos quentes são induzidos por correntes de convecção, relativamente, estreitas, chamadas plumas, que partem do limite entre o núcleo e o manto terrestre, embora outros pensem que a causa principal são as correntes de convecção do manto superior. Recentemente, certos geocientistas avançaram a hipótese que, pelo menos certos dos 40-50 pontos quentes recenseados até hoje, podem ser sido induzidos pelo impacto de grades meteoritos. Um ponto quente pode formar uma série, mais ou menos, contínua de vulcões num placa litosférica que se desloca por cima dele.
Ponto Vernal...............................................................................................................................................................................................................................................Vernal point
Point vernal / Punto vernal / Frühlingspunkt / 春分点 / Точка весеннего равноденствия / Punto vernale
Um dos dois pontos onde a esfera celeste ou o equador celeste intersectam a eclíptica, em particular, o ponto definido pela posição do Sol sobre a esfera celeste no momento do equinócio de Março (primavera no hemisfério norte). O ponto vernal, também conhecido como ponto Áries, é oposto ao ponto Libra.
Ver: « Equinócio »
&
« Ponto Libra (astronomia) »
&
« Precessão dos equinócios »
Na esfera celeste, o equador e eclíptica cruzam-se. Os dois pontos de intersecções são chamados nós. Durante o seu movimento aparente, o Sol cruza estes dois pontos, um quando passa do hemisfério norte para o hemisfério sul. Este nó descendente é chamado ponto Libra. O outro ponto é quando o Sol passa do hemisfério sul para o hemisfério norte, isto é o nó ascendente que é chamado ponto Áries ou ponto vernal. O ponto Libra marca o equinócio de Outono e o ponto vernal sublinha o equinócio de primavera. Como ilustrado neste esquema, as referências do Sistema Equatorial de Coordenadas, também chamado Sistema Equatorial Universal ou Sistema Uranográfico, são em primeiro lugar, o meridiano que passa pelo equinócio da primavera (ponto vernal), e que define o meridiano zero para medir ascensões rectas e, em segundo lugar, o equador celeste a partir da qual a declinação é medida (positivo acima do equador, negativo abaixo). Assim, as coordenadas do ponto vernal são: (i) Ascensão recta é zero horas, uma vez que ele está localizado sobre o meridiano zero ; (ii) declinação zero, visto que ele localizado sobre o equador celeste ; (iii) Distância polar 90°, uma vez que a distância polar e complementar da declinação, isto é a soma das duas é 90°. Naturalmente devido à precessão dos equinócios (mudança do eixo de rotação de um objecto), o ponto vernal move, lentamente, ao longo da eclíptica. Actualmente, o ponto vernal está localizado na constelação Peixes, onde ele entrou cerca de 60 a. C. e sairá cerca de 2600 para entrar na constelação de Aquário. Quando a Terra está cima no equador celeste, no hemisfério norte a duração do dia é maior do que a noite, uma vez que a Terra está inclinada sobre seu eixo em relação ao Sol. Como a Terra também orbita o Sol, nos equinócios, isto é, no ponto Libra e no ponto Áries, a Terra e o Sol estão posicionadas de tal maneira que a linha na Terra que separa noite do dia passa por ambos os pólos da Terra, a noite tem a mesma duração que o dia.
Porosidade............................................................................................................................................................................................................................................................Porosity
Porosité / Porosidad / Porosität / 多孔性 / Пористость / Porosità
Percentagem do volume total de uma rocha, ou solo, que é ocupado por interstícios, quer isolados quer conectados uns com os outros.
Ver: « Rocha Reservatório »
&
« Permeabilidade (fluído) »
&
« Jazigo (de hidrocarbonetos) »
Como ilustrado nesta figura, a porosidade de uma rocha pode ser definida, quer como o volume dos poros (espaço entre os grãos), quer como o volume de uma rocha que contém fluídos (água, petróleo ou gás). A porosidade pode ser o resultado da deposição (porosidade primária), que é o espaço entre os grãos que não foram, totalmente, compactados ou ela pode desenvolver-se por alteração dos grãos (porosidade secundária), como, quando os grãos de feldspatos ou fósseis são parcial ou, totalmente, dissolvidos. É importante diferenciar a porosidade efectiva da porosidade total. A porosidade efectiva é a determinada pelos poros que estão interconectados e que permite o escoamento de fluídos numa rocha-reservatório. A porosidade total é dada pelo volume total dos poros de uma rocha, independentemente, do facto, que eles estejam ou não interconectados. A porosidade total pode ser determinada pelas diagrafia eléctricas de densidade, neutrão porosidade e ressonância magnética nuclear. A porosidade efectiva é sempre muito mais pequena do que a porosidade total. Este esquema ilustra a compactação de uma rocha e, assim, a perda de porosidade por dissolução e precipitação (neocristalização), à medida que a rocha é enterrada debaixo de rochas mais recentes, quer isto dizer, à medida que a pressão litostática (peso da coluna sedimentar) e hidrostática (peso da coluna água) aumentam. Vários tipos de porosidade estão ilustrados nesta figura: (1) Porosidade Primária Forte, que é induzida pela boa calibração dos grãos, que formam a rocha ; (2) Porosidade Primária Fraca, que é induzida por uma fraca calibração dos grãos que formam a rocha ; (3) Porosidade Primária Muito Forte, que é induzida por uma boa calibração dos grãos, mas também pelo carácter poroso dos grãos (porosidade dentro dos grãos) ; (4) Porosidade Primária Muito Fraca de uma rocha com grãos bem calibrados, devido a uma cimentação parcial, isto é, ao preenchimento parcial dos poros por um cimento ; (5) Porosidade Secundária por Dissolução e (6) Porosidade Secundária por Fracturação induzida pela formação de um sistema de fracturas em associação com um regime tectónico compressivo, durante o qual as rochas são encurtadas e levantadas
Praia.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................Beach
Plage / Playa / Strand / 海滩 / Пляж / Spiaggia
Tipo de costa com espraiadouro (espraiado) constituído por materiais detríticos terrígenos, arenosos, areno-siltosos e grosseiros (calhaus e blocos) (Moreira, 1984).
Ver: « Praia-Baixa »
&
« Litoral »
&
« Carso Litoral »
Nas ilhas atlânticas, às praias de detritos grosseiros chamam-se praias de calhaus ou apenas calhaus. As praias constituídas por areia, calhaus e blocos são as praias mistas. As praias formadas de areia são as mais frequentes. As praias podem ter uma forma rectilínea ou arqueada. A curvatura da praia define-se, morfometricamente, como o raio da circunferência cuja corda é o segmento de recta que une os pontos extremos da praia. O comprimento, largura, orientação e o declive da praia são outros parâmetros importantes que, muitas vezes. têm que ser tomados em linha de conta. O declive da praia varia com a granulometria dos materiais. Ele é maior quando a praia é formada de areias grosseiras, mais ou menos, entre 20°-22°. Nas praias constituídas por calhaus, o declive pode atingir 20°-30°. A praia caracteriza-se por uma morfologia específica cuja classificação varia com os geocientistas. Como ilustrado, teoricamente, cinco faixas podem reconhecer-se na morfologia de uma praia : (i) Ante-Praia, que a forma de relevo que constitui o limite interior da praia e que pode ser uma arriba ou cordão litoral, isolando ou não uma laguna interior ; (ii) Praia-Alta, que é parte superior da praia, com declive acentuado, só atingida pelas ondas nas preiamares de águas vivas e tempestades ; quando extensa ela apresenta dunas de obstáculo em forma de doma (dunas da praia alta) ; a superfície atingida pelas ondas é modelada em degraus ; (iii) Praia-Média, que é parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis da preiamar e baixamar de águas mortas ; fica separada da praia-alta pelo degrau mais baixo da praia e da praia-baixa pela linha de inflexão ; (iv) Praia-Baixa, que corresponde à parte inferior do espraiado e que compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e vivas; o declive é muito fraco e o material é fino, podendo, no entanto, conter materiais grosseiros transportados longitudinalmente ; (v) Pré-Praia, que é a parte da praia sempre submersa e que se estende para o largo, a partir do limite das marés mais baixas, por um espaço mal definido que para alguns autores, é a faixa de rebentação; o fundo é modelado por cristas e sulcos pré-litorais (Moreira, 1984).
Praia-Alta...............................................................................................................................................................................................................................................................Backshore
Haute plage / Parte trasera de la playa / hinterstrand / 滨,滨 / Береговой полосе, Backshore / Foreshore, retrospiaggia
Parte superior da praia, com declive acentuado, só atingida pelas ondas nas preiamares vivas e nas tempestades ou, dito de outra maneirs, a zona superior da praia, localizada acima da acção das ondas e das marés ordinárias e na qual, por consequência, a areia está, normalmente, seca. Ela é, em geral, formada na sequência de temporais. A maior parte das vezes é constituída por bermas de praia formadas em associação com grandes temporais.
Ver: « Praia-Baixa »
&
« Litoral »
&
« Praia »
Nas ilhas atlânticas, às praias de detritos grosseiros chamam-se praias de calhaus ou apenas calhaus. As praias constituídas por areia, calhaus e blocos são as praias mistas. As praias formadas de areia são as mais frequentes. As praias podem ter uma forma rectilínea ou arqueada. A curvatura da praia define-se, morfometricamente, como o raio da circunferência cuja corda é o segmento de recta que une os pontos extremos da praia. O comprimento, largura, orientação e o declive da praia são outros parâmetros importantes que, muitas vezes, têm que ser tomados em linha de conta. O declive da praia varia com a granulometria dos materiais. Ele é maior quando a praia é formada de areias grosseiras, mais ou menos, entre 20°-22°. Nas praias constituídas por calhaus, o declive pode atingir 20°-30°. A praia caracteriza-se por uma morfologia específica cuja classificação varia com os autores. Como lustrado acima, teoricamente, cinco faixas podem reconhecer-se na morfologia de uma praia : (i) Ante-Praia, que a forma de relevo que constitui o limite interior da praia e que pode ser uma arriba ou cordão litoral, isolando ou não uma laguna interior ; (ii) Praia-Alta, que é parte superior da praia, com declive acentuado, só atingida pelas ondas nas preiamares de águas vivas e tempestades ; quando extensa ela apresenta dunas de obstáculo em forma de doma (dunas da praia alta) ; a superfície atingida pelas ondas é modelada em degraus ; (iii) Praia-Média, que é parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis da preiamar e baixamar de águas mortas; fica separada da praia-alta pelo degrau mais baixo da praia e da praia-baixa pela linha de inflexão ; (iv) Praia-Baixa, que corresponde à parte inferior do espraiado ; ela compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e vivas ; o declive é muito fraco e o material é fino, podendo, no entanto, conter materiais grosseiros transportados longitudinalmente ; (v) Pré-Praia, que é a parte da praia sempre submersa e que se estende para o largo, a partir do limite das marés mais baixas, por um espaço mal definido que para alguns autores, é a faixa de rebentação; o fundo é modelado por cristas e sulcos pré-litorais (Moreira, 1984).
Praia-Baixa (Terraço-da-Maré-Baixa)..........................................................................................................................................................................................Foreshore
Bas de plage / Parte intermedia de la playa/ Niederstrandstrand / 前滩 / Полоса осушки / Foreshore
Tipo de costa com espraiadouro (espraiado) constituído por materiais detríticos terrígenos, arenosos, areno-siltosos e grosseiros (calhaus e blocos) (Moreira, 1984).
Ver: « Praia »
&
« Litoral »
&
« Carso Litoral »
Para Moreira (1984), a praia-baixa corresponde à parte inferior do espraiado e compreende o espaço que se estende entre os limites atingidos pela baixamar, em águas mortas e em águas vivas. O declive da praia baixa é muito fraco e o material que aí se deposita é fino, podendo, no entanto, conter materiais grosseiros transportados longitudinalmente. Na superfície da praia-baixa existem marcas de bioturbação (marcas de seres vivos, como, por exemplo, covas e dejectos de caranguejos ou arenículas, patas de aves, etc.) e ondulações de fraca amplitude (entre 3 e 15 cm). Esta ondulações, chamadas ondulações da praia, são, mais ou menos, lineares e paralelas entre si e à linha de rebentação. Elas podem ser simétricas ou dissimétricas. As ondulações da praia são criadas pelo escoamento, mais ou menos, turbulento das correntes da ressaca, particularmente, da corrente de refluxo (corrente de ressaca descendente). No limite externo da praia-baixa podem aparecer ondulações de maior amplitude (até 1 metro). Estas ondulações formam cristas e cavas que certos geocientistas chamam sulcos pré-litorais (ou caneiros). Como se pode constatar neste esquema, a grande maioria dos geocientistas anglo-saxões engloba na praia-baixa aquilo que outros chamam a praia-média (parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis da preiamar e de baixamar de águas mortas). Para eles, a praia-baixa (praia-média e praia-baixa da maioria dos geocientistas europeus) corresponde à área da praia com geometria côncava, definida entre a linha de maré alta e até uma profundidade de 5 -20 metros. A jusante da praia-baixa, eles consideram a rampa, que inclina ligeiramente em direcção do rebordo da plataforma (pré-praia dos geocientistas europeus). Na base da praia-baixa, formam-se barras e baixos devido à quebra das ondas (cavas e sulcos pré-litorais dos geocientistas franceses). A praia intermareal, que se situa entre as linhas de maré alta e baixa, corresponde grosso modo à praia-média. A antepraia situa-se entre a linha de maré alta e o inicio das dunas. Na antepraia existem uma ou várias bermas que parecem pequenos terraços com taludes baixos no lado do mar.
Praia-Barreira (cordão litoral).......................................................................................................................................................................................Barrier-Beach
Plage-barrière (cordon littoral) / Playa-barrera / Barriere Strand / 屏障海滩 / Барьерный берег (береговая линия) / Barriera spiaggia
Forma de acumulação de areia e, ou calhaus, que se desenvolve na antepraia devido à deposição de sedimentos transportados pelas ondas. Uma praia-barreira orienta-se, mais ou menos, paralelamente, à linha da costa e, em geral, não é submergida pelas marés. Denominada também, por certos geocientistas, Cordão Litoral.
Ver: « Praia-Baixa »
&
« Litoral »
&
« Carso Litoral »
Esta figura ilustra um exemplo de uma praia-barreira na Nova Escócia (Canadá). Neste caso particular, o relevo que constitui a antepraia (limite interior de uma praia) é um cordão litoral que isola uma laguna. As diferentes faixas que formam a praia, isto é, (i) AntePraia ; (ii) Praia-Alta ; (iii) Praia-Média ; (iv) Praia-Baixa e (v) Pré-Praia, são facilmente reconhecidas. A pré-praia, que é a parte da praia sempre submersa estende-se para o largo a partir do limite das marés mais baixas e corresponde, mais ou menos, à zona de rebentação das ondas. Como se pode constatar acima, esta praia-barreira é arqueada. A sua curvatura pode definir-se pelo raio da circunferência cuja corda é o segmento de recta que une os pontos extremos da praia. Nesta área do Canadá, as linhas da costa são dinâmicas e a taxa de mudança é largamente dependente do tipo da costa e de um certo número de condições locais, tais como: (a) Energia das ondas do mar ; (b) Amplitude das marés ; (c) Presença de gelo, etc. O acarreio sedimentar (proveniente do onshore ou das costa circunvizinhas) determina a estabilidade das praias ou da frente da água. Quando os sedimentos são disponíveis, as praias constroem-se e progradam para o mar. Quando o acarreio sedimentar é limitado, as praias são erodidas e migram para o continente e, muitas vezes, desaparecem completamente. A praia-barreira ilustrada nesta figura protege do mar uma grande laguna, assim como as casas, provavelmente secundárias ou de campo, construídas nas pequenas ilhas que se vêm na laguna. Pelo menos nesta área, as linhas da costa, que são muito dinâmicas, quer isto dizer, que têm uma morfologia que varia, rapidamente, são formadas por praias-barreira, com água de cada lado e arribas litorais compostas de calhaus e tilo (depósitos glaciares). Estes depósitos são lugares muito procurados para construir habitações secundárias, sobretudo casas de campo. Infelizmente, quer as praias-barreira quer arribas litorais são vulneráveis às variações relativas do mar e, com o tempo, elas sofrem variações morfológicas importantes.
Praia Intramareal (entre marés).........................................................................................................................................................................................Foreshore
Plage intertidale (entre marées) / Playa intramareal (entre mareas) / Wattenmeer / 潮间带 / Береговая полоса, затопляемая во время прилива / Piano mesolitorale
Faixa morfogénica de uma praia limitada entre a maré baixa e alta. Corresponde a praia propriamente dita de certos geocientistas (G. S. de Carvalho, 1973) e à parte proximal da praia-baixa dos geocientistas anglo-saxões (S. Judson e S. M. Richardson, 1995).
Voir: « Praia-Baixa »
&
« Litoral»
&
« Carso Litoral »
A praia intramareal dos geocientistas anglo-saxões corresponde a faixa morfogénica de uma praia, que a grande maioria dos geocientistas europeus chamam a praia-média e, que eles definem, como a parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes da ressaca, entre os níveis da preiamar e baixamar de água mortas. A praia intramareal corresponde, grosso modo, à zona intramareal, que os geocientistas americanos chamam "foreshore" ou "nearshore", que é a área que fica exposta ao ar durante a maré a baixa e submersa durante a maré alta ou, como também se pode dizer, a área limitada entre as linhas de maré. A praia intramareal pode incluir diferentes tipos de habitat, quer penhascos rochosos íngremes, areais de praia ou salgadiços. A praia intramareal pode ser estreita, como é o caso, em quase todas, as ilhas do oceano Pacífico, uma vez que a diferença de amplitude das marés é muito pequena. Ela também pode ser muito larga, quando uma praia pouco inclinada interage com uma maré alta de grande amplitude (como no caso de uma subida relativa do nível mar importante sobre um substrato pouco inclinado). Os geocientistas dividem a região intermareal em três zonas: (i) Baixa ; (ii) Média e (iii) Alta, em função da exposição média da zona. A zona intermareal baixa, que é adjacente à zona submareal é, unicamente, exposta ao ar durante as marés baixas vivas e, por isso, ela é uma zona, fundamentalmente, marinha. A zona intramareal média, ao contrário é, regularmente, exposta ao ar e submersa durante as marés médias. A zona intramareal alta é, unicamente, coberta de água durante as marés altas vivas, o que quer dizer, que durante a maior parte do tempo ela representa um habitat terrestre. A zona intramareal alta é adjacente à zona de espraiamento (ou faixa da ressaca), quer isto dizer, que ela, está acima do nível mais alto do nível da maré média, mas que ainda recebe o respingo das ondas. Na costas expostas a uma forte acção das ondas do mar, a zona intermareal é influenciadas pela ondas, uma vez que a salsugem se estende acima da linha de maré alta.
Praia-Média, Praia-propriamente-dita, Face-da-Praia ................................................................................................................................Upper Shoreface
Bas de plge (plage moyenne) / Parte intermedia de la playa / Strand / 近岸 / Верхний береговой склон / Spiaggia, Spiaggia media
Secção côncava da praia a jusante do limite de maré alta até o meio da pré-praia (rampa), entre 5 e 20 m de profundidade de água para o mar. Corresponde, mais ou menos, à praia intramareal.
Voir : “Praia”
&
"Litoral"
&
"Carso Litoral"
A praia média ( "bas de plage" dos geocientistas franceses) corresponde a parte inferior do espraiado e compreende o espaço entre os limites da baixamar morta e baixamar viva. A inclinação da praia média é muito pequena e o material depositado é fino, podendo, no entanto, conter o material mais grosseiro transportado longitudinalmente. Na base da praia-média há marcas de bioturbação (marcas de seres vivos, como, tocas, excrementos de caranguejos, moldes de patas das aves, etc.) e ondulações de fraca amplitude (entre 3 e 15 cm). Estas ondulações, chamadas ondulações de praia são, mais ou menos, lineares e paralelas uns aos outros e à linha de rebentação das ondas. Elas podem ser simétricas ou assimétricas. As ondulações de praia são criadas pelo escoamento, mais ou menos, turbulento das correntes de ressaca (corrente de afluxo e corrente de refluxo), especialmente a corrente descendente. No limite extremo da praia-média pode aparecer ondulações de maior amplitude (até 1 metro). Estas ondulações formam cristas e sulcos que certos geocientistas chamam sulcos pré-litorais. Como se pode ver nestes esquemas, a grande maioria dos geocientistas anglo-saxões englobam na praia-média o que eles chamam praia submarina (parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis de marés alta e baixa em marés mortas). Para eles, o "baixo da praia" (praia-média e praia-baixa de muitos geocientistas europeus) corresponde à área da praia com uma geometria côncava, definida entre a linha de maré alta e até uma profundidade de 5-20 metros. A jusante da praia-baixa, eles consideram a rampa (pré-praia) que desce, ligeiramente, em direcção do rebordo da plataforma (pré-praia de alguns geocientistas europeus). Na base da praia-baixa, a rebentação das vagas forma crista e sulcos (ondulações pré-litorais dos geocientistas franceses). A praia intramareal, que se localiza entre as linhas da maré alta e baixa, corresponde, aproximadamente, à praia-média de certos geocientistas. A região entre a linha de maré alta e o início das dunas para alguns geocientistas é a antepraia, onde se formam, muitas vezes, uma ou várias bermas que parecem pequenos terraços com um pequeno talude orientado em direcção do mar.
Pré-Praia..................................................................................................................................................................................................................................................................Longshore
Bord de la côte / Pre-playa, Borde de costa / Longshore, Pre-Strand / 沿岸 / Береговой / Pre-spiaggia
Parte da praia que está sempre submersa e que se estende para o largo desde o limite das marés mais baixas por um espaço mal definido (zona de surf ou de banhos para alguns geocientistas) no fundo da qual se localizam as cristas e os sulcos pré-litorais. A pré-praia também é conhecida por rampa ou borda da costa ("bord de la côte" dos geocientistas franceses).
Ver : “ Praia-Baixa”
&
" Litoral "
&
" Acção das vagas "
Como mostrado no diagrama e na tentativa de interpretação geológica da fotografia, onde as casas dão a escala, numa praia (stricto sensu), em função das marés podemos diferenciar várias zonas: (i) Pré-praia ou borda da costa, que corresponde à região que está sempre coberta de água (estende-se a jusante da baixamar viva até um limite exterior mal definido e que é considerada por muitos geocientistas como equivalente à zona de arrebentação, na qual o fundo do mar mostra crista e sulcos de pré-litoral, cuja amplitude pode ser superior a 1 m de altura) ; (ii) Praia-Baixa , que corresponde à parte inferior do espraiado, ou seja, que se estende entre os limites alcançados pela baixamar viva e baixamar morta e que tem uma inclinação muito fraca, embora maior do que a da pré-praia (esta área é. geralmente formada, por sedimentos finos, apesar do facto de que pode conter sedimentos grosseiros transportadas longitudinalmente) ; (iii) Praia-média, que é a parte da praia que se estende no espaço atingido pelas correntes de ressaca, entre os níveis de preiamar viva e morta (a praia-média está separada da praia-alta pela berma da praia mais e da praia-baixa pela linha de inflexão) ; (iv) Praia-alta, que é a parte superior da praia (ela tem uma inclinação bastante acentuada e só é atingida pelas ondas durante preiamar viva e durante as tempestades) ; a praia-alta quando bem desenvolvida, tem dunas de obstáculo em cúpula (dunas de praia-alta) por causa de vegetação ; a superfície atingido pelas ondas é modelada em degraus formadas por uma plataforma ou berma e um abrupto ; a linha de inflexão entre a berma e o abrupto de cada degrau é a crista da berma ;a mais alta crista da berma é chamada crista da praia ; todas estas formas são modificadas função da situação da maré e da altura das ondas ; (v) Antepraia, que é relevo com vegetação abundante (limite interior da praia) ; a antepraia pode ser um penhasco ou cordão litoral, isolando ou não laguna interior. Como mostrado na fotografia, é na na antepraia que, geralmente, são construídas prédios (geralmente residências secundárias).
Pré-Câmbrico................................................................................................................................................................................................................................Precambrian
Précambrien / Pre-Cámbrico / Präkambrium / 前寒武纪 / Докембрийский / Precambriano
Termo informal que inclui todo o tempo geológico desde o começo da historia da Terra até ao começo do período Câmbrico, isto é, até cerca de 570 Ma (milhões de anos atrás). Para certos geocientistas, o Pré-Câmbrico inclui três éons: (i) Priscoanio (desde a formação da Terra até cerca de 4 000 Ma), (ii) Arcaíco, entre 4 000 Ma e 2 500 Ma e (iii) Proterozóico, entre 2 500 e 590 Ma.
Ver: « Escala do Tempo (geológico) »
&
« Éon »
&
« Tempo Geológico »
A Terra formou-se à cerca de 4,5 Ga (4,5 mil milhões de anos atrás), mas quase 4,0 My (4,0 mil milhões de anos) passaram até que os primeiros animais aparecessem. É este intervalo de tempo que os geocientistas chamam Pré-Câmbrico. Certos geocientistas evitam este termo e preferem considerar, antes do Fanerozóico, três Eons (Harland et al., 1982): (i) Proterozóico ; (ii) Arcaíco e (iii) Priscoanio. Mas os nomes dos períodos e épocas que compõem estes éons não têm estatuto internacional e variam de um geocientistas a outro. O esquema paleogeográfico ilustrado nesta figura (Pré-Câmbrico tardio ± 600 Ma), para certos autores, corresponde à paleogeografia do Período Vendiano, que faz parte da era Rifeano do éon Proterozóico. De qualquer maneira, falar do Pré-Câmbrico como um simples intervalo de tempo é enganador, porque ele engloba cerca 7/8 da história da Terra. Durante este intervalo de tempo ocorreram os eventos geológicos e biológicos mais importantes da história da Terra: (i) A Terra formou-se ; (ii) A vida apareceu ; (iii) As primeiras placas litosféricas formaram-se e começaram a deslocar-se umas em relação às outras (Tectónica das placas) ; (iv) As células eucariontes ou eucarióticas (também chamadas eucélulas) apareceram e evoluíram ; (v) A atmosfera enriqueceu-se em oxigénio e (vi) Os organismo multicelulares, incluindo os primeiros animais apareceram. No fim do Pré-Câmbrico, quase toda a massa continental estava aglutinada e formava o supercontinente Pré-Pangeia ou Rodínia, que, como ilustrado acima, estava localizado, quase totalmente, no hemisfério sul. O grande oceano que rodeava a Pré-Pangeia era a Pantalassa. O nível do mar era baixo, uma vez que volume das bacias oceânicas era muito grande, visto que a maior parte das montanhas oceânicas (dorsais oceânicas induzidas pela expansão oceânica) foram engolidas pelas zonas de subducção do tipo-B. O volume de água, sob todas as suas forma, é considerado constante desde a formação da Terra (desde há ± 4,5 Ga).
Precessão............................................................................................................................................................................................................................................................Precession
Précession / Precesión / Präzession / 進動 / Прецессия / Precessione
Movimento cónico de um eixo de rotação, como o eixo de rotação da Terra faz, perpendicularmente, ao plano da órbita.
Ver : « Teoria Astronómica dos Paleoclimas »
&
« Ciclo de Milankovitch »
&
« Apside »
Em astronomia, o termo precessão refere-se a uma mudança contínua e lenta do eixo de rotação de um corpo celeste ou do plano da sua órbita, induzida pela gravidade. Todas as vezes, que se fala de precessão é, importante, especificar se se trata da precessão do eixo de um corpo celeste, como o eixo da Terra, ou se se trata da precessão da órbita desse corpo à volta de um outro corpo celeste, com a órbita da Terra à volta do Sol. A precessão do eixo de rotação da Terra, refere-se ao movimento cónico, que o eixo faz em torno dele como o que se observa um quando um pião gira. O movimento de precessão do eixo da Terra dura cerca de 26000 anos. O termo precessão do eixo de rotação da Terra, tipicamente, refere-se ao movimento secular, embora haja outros movimentos de menor amplitude do eixo da Terra como a notação (o movimento irregular do eixo de rotação de um objecto axialmente simétrico, como, um giroscópio ou a Terra) e o movimento polar (movimento do eixo de rotação da Terra através da sua superfície). A precessão do eixo da Terra foi, historicamente, chamada precessão dos equinócios, porque os equinócios deslocam-se para Oeste, ao longo da eclíptica, relativamente, às estrelas fixas (corpos celestes que não se movem em relação a outras estrelas), em oposição ao movimento do Sol ao longo da eclíptica (trajectória aparente que desenha o Sol no céu durante um ano). Um equinócio ocorre duas vezes por ano, quando a inclinação do eixo de rotação não inclina nem para o Sol nem em sentido oposto. Quando o Sol está, verticalmente, acima do equador, como ilustrado nos esquemas desta figura, pode dizer-se, que o eixo de rotação da Terra desloca-se como o eixo de rotação de um pião. Durante uma rotação completa, que dura cerca de 26 ky, o eixo de rotação da Terra orienta-se em direcção de diferentes pontos. Embora, actualmente, a estrela Polaris nos dê, mais ou menos, o pólo Norte terrestre, que 3 ka, era dado pela estrela Thubam e que dentro de 14 ky, será dado pela estrela Vega. Este ciclo é reduzido por uma rotação mais lenta da órbita elíptica da Terra em sentido oposto. O conjunto destes dois movimentos produz um deslocamento ou precessão dos equinócios todos os cada 23 ky.
Precessão dos Equinócios...................................................................................................................................................Equinoxial Precession
Précession des èquinoxes / Precesión de los equinoccios / Präzession der Tagundnachtgleiche / 歲差 (天文) / Предварение равноденствий / Precessione degli equinozi
Consequência da precessão do eixo de rotação da Terra visto que a intersecção da eclíptica com o equador celeste avança ao longo do equador, o que produz, aproximadamente, vinte segundos de diferença por ano entre o calendário terrestre e o calendário celeste.
Ver: « Teoria Astronómica dos Paleoclimas »
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« Ciclo de Milankovitch »
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« Precessão »
Milankovitch assumiu que os principais parâmetros que controlam a radiação solar recebida pela superfície da Terra e, desta maneira, o clima do nosso planeta, são : (i) A precessão do eixo de rotação da Terra ; (ii) A inclinação da órbita da Terra ; (iii) A precessão da órbita terrestre e (iv) A excentricidade da órbita da Terra. Sobre este assunto, as ideias de G. Gamov (1956) podem ser resumidas da seguinte maneira: (a) O eixo de rotação da Terra desloca-se, lentamente, no espaço ; (b) O eixo de rotação da Terra descreve um cone, cujo eixo é, perpendicular, ao plano da órbita da Terra ; (c) O movimento do eixo da Terra é conhecido como a precessão dos equinócios ; (d) Newton explicou que a precessão é o resultado da atracção do Sol e da Lua no plano equatorial da Terra ; (e) A precessão é um movimento, extremamente, lento e o eixo da Terra faz uma rotação completa todos os 26 ky ; (f) O fenómeno da precessão inverte-se, periodicamente todos os 13 ky ; (g) Além da precessão ordinária, existem outras perturbações do movimento da Terra; (h) As perturbações do movimento da Terra são devidas à influência dos planetas, particularmente de Júpiter; (i) Estas perturbações adicionam-se a precessão ; (j) A inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da órbita, a qual não afecta a precessão ordinária, exibe variações periódicas de, mais ou menos, 40 kys ; (k) a órbita da Terra muda; (l) a órbita da Terra roda muito devagar à volta do céu e a sua excentricidade aumenta e diminuiu periodicamente ; (m) Os períodos destas mudanças são de 60 e 120 ky ; (n) A rotação da órbita da Terra tem as mesmas consequências que a precessão, os seus efeitos podem adicionar-se ; (o) Um superperíodo da excentricidade de cerca de 400ky é conhecido ; (p) Os períodos de mudança da excentricidade têm uma grande influência no clima da superfície terrestre ; (q) Durante os períodos de grande elongação, a Terra, no fim da sua trajectória está muito afastada do Sol e assim, ambos os hemisférios recebem quantidades de calor, anormalmente, baixas, o que, naturalmente, implica períodos e clima frios.
Precipitação (química)...............................................................................................................................................................................................................Precipitation
Précipitation (chimique) / Precipitación (química) / Niederschlag (chemischen) / 沉淀(化学) / Образование осадка (химия) / Precipitazioni (chimica)
Formação de um sólido numa solução ou no interior de um outro sólido durante uma reacção química ou por difusão (num sólido). Uma precipitação pode ocorrer quando a substância insolúvel, o precipitado, é formado na solução devido a uma reacção química ou quando a solução foi supersaturada por um composto.
Ver: «Precipitado (químico)»
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« Deposição (carbonatos) »
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« Profundidade de Compensação »
A precipitação é a formação de um sólido durante uma reacção química. O sólido formado na reacção química é chamado precipitado. Isso pode ocorrer quando a substância insolúvel, o precipitado, é formado na solução devido a uma reacção química ou quando a solução foi supersaturada por um composto. A formação do precipitado é um sinal de mudança química. Na maioria das vezes, o sólido formado sai da fase e deposita-se no fundo da solução (porém ele irá flutuar se ele for menos denso do que o solvente, ou formar uma suspensão). Essa reacção é útil não sedimentologia e tem muitas aplicações industriais e científicas pelo qual a reacção química pode produzir um sólido que será colectado da solução por filtração, decantação ou centrifugação. Um estágio importante do processo de precipitação é o começo da nucleação (processo pelo qual núcleos são formados, geralmente, em solução; o termo núcleo, como utilizado aqui é definido como o mais pequeno agregado da fase sólida dos átomos, moléculas ou iões, que é forma durante uma precipitação e que é capaz de crescimento espontaneamente). A criação de uma hipotética partícula sólida inclui a formação de uma superfície, o que necessita de energia baseado na relação energia de superfície do sólido e da solução. Se essa energia não estiver disponível, e nenhuma superfície de nucleação adequada estiver disponível, ocorre supersaturação (solução que contém mais material dissolvido do que poderia ser dissolvido pelo solvente em circunstâncias normais). Esta fotografia ilustra a deposição de evaporitos por precipitação no Mar Morto. As texturas sedimentares da halite sugerem que ela é, geralmente, depositada, rapidamente, sob a forma de grandes cristais transparente e que as impurezas são introduzidos quando as condições ambientais mudam e a deposição halite pára momentaneamente. Em águas pouco profundas, a halite precipita no fundo da salmoura sob a forma de uma crusta cristalina que em média não têm mais de centímetros de espessura.
Precipitado (químico).........................................................................................................................................................................................................................Precipitate
Précipitât (chimique) / Precipitado (químico) / Präzipitat / 沉淀 / Преципитат (осадок) / Precipitato (chimica)
Sólido formado por precipitação (reacção química ou bioquímica), quer numa solução quer no interior de outro sólido.
Ver: « Precipitação (química) »
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« Recife »
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« Deposição (carbonatos) »
Um precipitado é um sólido que se forma a partir de uma solução. Um exemplo comum é o da mistura de duas soluções transparentes: (1) de nitrato de prata (AgNO_3) e (2) o cloreto de sódio (NaCl). O precipitado forma-se porque o sólido ClAg é insolúvel em água. Isso é verdade para todos os precipitados, que são sólidos insolúveis em soluções aquosas. Ás vezes, os tubos das canalizações das casas ficam obstruídas por causa de precipitados de óxidos de magnésio e cálcio que se depositaram depositaram-se dentro dos tubos. Isso pode acontecer com a água dura (com sais dissolvidos numa percentagem superior a 5%). Outro exemplo de precipitados são as pedra nos rins, que são quase sempre iões de cálcio e oxalatos. É por isso que é, frequentemente, sugerido que uma boa maneira de evitar pedras nos rins é de beber muita água, porque isso aumenta a solubilidade do precipitado isto é das pedras. As rochas formadas por material precipitado, como certos carbonatos, evaporitos, concreções, etc., distinguem-se, facilmente, das outras rochas, sedimentares, metamórficas ou ígneas, como sugerido nesta figura que ilustra a área termal de Orakei Korako, junto do lago Ohakuri, que é, provavelmente, uma das melhores áreas térmicas da Nova Zelândia e do mundo. As manchas claras correspondem a enormes massas de precipitados que exibem cores muito variadas, as quais contrastam com a cor das rochas circunvizinhas. Um mineral pode precipitar a partir de uma solução de água nos poros ou outras aberturas das rochas quer por uma reacção química com as rochas ao redor, quer por uma mudança de pressão ou temperatura ou mesmo apenas a evaporação. Os veios de quartzo que atravessam, por vezes, as rocha ígneas as rochas são produtos comuns de uma precipitarão mineral. Da mesma maneira muitas concreções, que são estruturas geológicas ainda mal compreendidas e, muitas vezes, confundidas com ovos fósseis, conchas de tartaruga ou ossos, são fenómenos geológicos muito comum em todos os tipos de rochas sedimentares, quer em arenitos, argilitos, siltitos, e calcários) parecem formar-se como os minerais precipitados em fracturas e cavidades ou como construções sedimentares em níveis sucessivos à volta de um núcleo como um concha ou um seixo.
Preenchimento Agradante...................................................................................................................................................................................Onlap Fill
Remplissage aggradant / Relleno agradante / Füllen aggradant / 灌装aggradant / Наносное заполнение / Riempimento aggradante
Preenchimento feito, principalmente, por biséis de agradação, em associação com uma subida relativa do mar em aceleração. Quando o preenchimento é feito por progradações, ele não é, geralmente, considerado como agradante, porque a subida relativa do mar é em desaceleração.
Ver: « Agradação »
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« Bisel de Agradação »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Mar das Caraíbas, estão ilustradas duas discordâncias, quer isto dizer, duas superfícies de erosão induzidas por duas descidas relativas do nível do mar significativas, que puseram o nível do mar mais baixo do que rebordo da bacia do ciclo estratigráfico precedente. Estas duas discordâncias foram reforçadas pela tectónica. Elas foram transformadas em discordâncias angulares, uma vez que as terminações dos reflectores subjacentes às discordância são biséis somitais por truncatura (erosão). O intervalo sedimentar, provavelmente, de água profunda, que é limitado entre a discordância superior e o fundo do mar, tem um configuração interna paralela. Isto significa, que este intervalo é caracterizado por reflectores paralelos entre si os quais repousam sobre a discordância (limite inferior do ciclo estratigráfico) por biséis degradação marinha, uma vez que nas linha sísmicas perpendiculares, as relações geométricas e terminações dos reflectores são as mesmas. Pode dizer-se que a profundidade da água deposição diminuiu à medida que os sedimentos, certamente, pelágicos se depositaram. Como provavelmente, já constatou, o intervalo sedimentar subjacente, limitado entre as duas discordâncias, pode, eventualmente, ser subdivido em dois ciclos. Na parte norte da linha, no bloco inferior da falha normal, que parece contemporânea da sedimentação, pelos menos dois biséis de agradação permitem de pôr em evidência uma outra superfície de erosão, isto é, uma outra discordância. Por razões de simplicidade, ela não foi desenhada. De qualquer maneira, a configuração interna deste intervalo é mais, ou menos paralela, e os reflectores fossilizam a discordância que limita inferiormente o ciclo estratigráfico (provavelmente um ciclo sequência) por biséis de agradação, que sublinham uma agradação costeira e, certamente, não-marinha, o que implica uma grande descida relativa do mar entre o substrato (cadeia de montanhas) antes que este intervalo sedimentar se deposita-se.
Preenchimento de Bacia............................................................................................................................................................................................Basin Fill
Remplissage de bassin / Relleno de cuenca / Beckenfüllung / 盆地充填 / Заполнение бассейна / Riempimento di bacino
Preenchimento que exprime a maneira como a discordância da base de uma bacia sedimentar é fossilizada pelos sedimentos sobrejacentes. Este preenchimento, por razões de escala, é, em geral, utilizado para caracterizar a geometria interna dos ciclos estratigráficos induzidos pelos ciclos eustáticos de 1a e 2a ordem.
Ver: « Bacia (sedimentar) »
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« Configuração dos Reflectores »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Tendo em linha de conta os padrões geométricos externos, nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Tunísia, um subciclo de invasão continental, limitado por duas discordâncias (superfícies de erosão), é facilmente reconhecido. Este subciclo de invasão continental foi induzido por um ciclo eustático de 2a ordem, o que quer dizer, que a diferença de idade entre as duas discordância é superior a 3-5 My e inferior a 50 My. Pode dizer-se, que a discordância inferior marca o limite inferior do preenchimento de uma bacia sedimentar a uma determinada época geológica. As terminações dos reflectores subjacentes a esta discordância são biséis por truncatura e as terminações sobrejacentes são biséis de agradação, que foram, mais tarde, deformados pela tectónica. A discordância superior, que marca o fim preenchimento da bacia, é definida por biséis de truncatura (subjacentes) e fossilizada por biséis de agradação. Tudo isto quer dizer, que as duas discordância foram reforçadas pela tectónica. Estas discordâncias correspondem ao que a maioria dos geocientistas portugueses chamam, de maneira descritiva, discordâncias angulares (a tectónica não produz superfícies de erosão, são as descidas relativas do nível do mar, que exumando os sedimentos e os colocam sob a acção dos agentes erosivos). Pelo menos três regimes tectónicos compressivos são evidentes nesta tentativa de interpretação, o que não é surpreendente, uma vez que o offshore da Tunísia está dentro da megassutura Meso-Cenozóica. O regime tectónico mais antigo é anterior à discordância inferior, o mais recente é posterior à discordância superior, visto que esta, inicialmente, sub-horizontal foi encurtada e levantada. Entre estes regimes existiram regime tectónicos em extensão durante os quais a maior parte dos sedimentos foram depositados. Como uma anedota, pode dizer-se, que antes de deformar os sedimentos é necessário depositá-los.
Preenchimento de Canal...........................................................................................................................................................................................Channel fill
Remplissage de chenal / Relleno de canal / Füllkanal / 灌装通道 / Заполнение канала / Riempimento di canale
O preenchimento de um canal, particularmente de um canal fluvial, pode ter várias geometrias, embora o preenchimento por biséis de agradação seja o mais frequente.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Nível Baixo (do mar) »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Antes de mais é preciso não esquecer, que aquilo que a maior parte dos geocientistas chamam, no campo ou numa linha sísmica, um canal é, na realidade, o preenchimento de um antigo canal ao longo do qual se escoava uma corrente de água. É preferível dizer, por exemplo, que um determinado preenchimento de canal, e não um canal, tem uma configuração interna paralela ou progradante. Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Luisiana, uma descida relativa do nível do mar deslocou os biséis de agradação costeiros para baixo (agradação negativa) e para o mar (invasão negativa). O nível do mar ficou mais baixo do que o rebordo da bacia, que, em geral (durante o cortejo de nível baixo), é o último rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente. Esta descida relativa do nível do mar exumou a antiga plataforma (se a bacia tinha uma plataforma) ou levantou ainda mais, de maneira relativa, a planície costeira. Uma erosão subaérea corroeu, lentamente, a plataforma e a parte superior do talude continental exumada, criando uma superfície erosão, quer isto dizer, uma discordância. É esta discordância, que está ilustrada nesta tentativa de interpretação. Os rios da região foram obrigados a cavar os leitos para reequilibrar os seus perfiles provisórios de equilíbrio, que foram rompidos pela descida relativa do nível do mar, a qual provocou um deslocamento importante para jusante das desembocaduras. Devido a incisão das correntes formaram-se vales cavados (vales incisos), que, mais tarde, foram preenchidos, quando o nível do mar começou a subir em aceleração. Foi assim, que o preenchimento do vale cavado ilustrado nesta linha se formou. O antigo canal fluvial foi fossilizado por biséis de agradação, que se observam, igualmente, nas linhas sísmicas perpendiculares, que passam pelo preenchimento. A configuração interna deste preenchimento é, ligeiramente, divergente para o centro desta sinforma. A ausência de compactação diferencial em relação aos sedimentos circunvizinhos (embora o enterramento seja pequeno), sugere uma fácies argilosa (pouca compactação diferencial) para os sedimentos que preencheram o antigo vale cavado.
Preenchimento de Canhão.............................................................................................................................................................................Canyon Fill
Remplissage de canyon / Relleno de cañón / Befüllen der Schlucht / 灌装峡谷 / Заполнение ущелья / Riempimento di canyon
O preenchimento de um canhão, particularmente, de um canhão submarino pode ter várias geometrias, embora o preenchimento por biséis de agradação seja, e de longe, o mais frequente.
Ver: «Configuração dos Reflectores »
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« Nível Baixo (do mar)” »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Aquilo que a maior parte dos geocientistas chamam, no campo ou numa linha sísmica, um canhão é, na realidade, o preenchimento de um antigo canhão ao longo do qual se escoava uma corrente de água. É preferível dizer, por exemplo, que um determinado preenchimento de canhão, e não um canhão, tem uma configuração interna paralela ou progradante. Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore de Angola, uma descida relativa do nível do mar deslocou os biséis de agradação costeiros para baixo (agradação negativa) e para o mar (invasão negativa). O nível do mar ficou mais baixo do que o rebordo da bacia, que, em geral (durante o cortejo de nível baixo), é o último rebordo da bacia do ciclo sequência precedente. Esta descida relativa do nível do mar exumou a antiga plataforma (se a bacia tinha uma plataforma) ou levantou ainda mais, de maneira relativa, a planície costeira. Uma erosão subaérea corroeu, lentamente, a plataforma e a parte superior do talude continental exumada, criando uma superfície erosão, quer isto dizer, uma discordância. É esta discordância, que corresponde a incisão mais profunda ilustrada nesta tentativa de interpretação. Os rios da região foram obrigados a cavar os leitos para reequilibrar os seus perfiles provisórios de equilíbrio, que foram rompidos pela descida relativa do nível do mar, a qual provocou um deslocamento importante para jusante das desembocaduras. Desta maneira, devido a incisão das correntes formaram-se vales cavados (vales incisos) e canhões submarinos que, mais tarde, foram preenchidos, quando o nível do mar começou a subir em aceleração. Foi assim, que o preenchimento do canhão submarino ilustrado nesta linha se formou. O Como é fácil de notar, o preenchimento é complexo e fez-se em várias etapas. Isto sugere um efeito de pêndulo do canhão principal. As diferentes incisões foram fossilizados por biséis de agradação, que se observam, igualmente nas linhas sísmicas perpendiculares. A configuração interna dos preenchimento é, ligeiramente, divergente para o centro dos sinformas. A ausência de compactação diferencial em relação aos sedimentos circunvizinhos (embora o enterramento seja pequeno), sugere uma fácies argilosa para os preenchimentos.
Preenchimento de Canhão Submarino...................................................................................................Submarine Canyon Fill
Remplissage de canyon sous-marin / Relleno de cañón submarino / Füllen von U-Boot-Schlucht / 填补海底峡谷 / Заполнение подводного ущелья / Riempimento di canyon sottomarino
Esta terminologia não é muito correcta visto que, na maior parte dos casos, não há erosão associada com os chamados “canhões ou canais submarinos” (associados aos depósitos turbidíticos). Em geral, eles correspondem a uma anomalia batimétrica criada por sem depósito entre os diques marginais naturais associados às correntes turbidíticas em desaceleração.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Nível Baixo (do mar) »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »
Neste exemplo (Pirinéus Espanhóis), a configuração interna do preenchimento de um "canhão" turbidítico é paralela e as terminações das camadas sucessivas do preenchimento são biséis de agradação (marinha, água profunda). Como se pode constatar, os sedimentos subjacente ao "canhão" turbidítico são concordantes com a superfície de base do "canhão". Nestas condições, é difícil admitir uma superfície de erosão entre os dois conjuntos, sobretudo uma superfície induzida ou provocada pela passagem das correntes turbidíticas. Na maior parte dos casos, nos chamados canhões ou canais turbidíticos, não há nenhuma erosão ou, então, ela é insignificante. Tudo se passa, provavelmente, da seguinte maneira: (i) Quando uma corrente turbidítica chega à planície abissal, ela começa a desacelerar e perde a capacidade de transporte ; (ii) Dois diques marginais naturais turbidíticos, mais ou menos, alongados e paralelos se depositam de cada lado da parte central da corrente em desaceleração, onde a velocidade é mais forte e que leva os sedimentos, em geral, mais finos, para mais longe onde eles se depositam sob a forma de um lóbulo central; (iii) Se a próxima corrente de turbidez passa no mesmo sítio, ela é, em parte, canalizada pela área de sem-deposição entre os diques marginais naturais depositados pela primeira corrente e assim o processo repete-se ; (iii) Os diques marginais naturais desta corrente depositam-se por cima, e para fora, dos primeiros, ao mesmo tempo, que a parte mais rápida e mais enérgica da corrente contínua através da área de sem-deposição para depositar o lóbulo distal mais longe ; (iv) Por este processo, a área de sem-deposição, canaliza cada vez mais as correntes, o que exagera a morfologia entre os diques naturais e a área de não-deposição, a qual é preenchida, muito mais tarde, em retrogradação, desde que o sistema perde competência.
Preenchimento Caótico..................................................................................................................................................................................Chaotic Filling
Remplissage chaotique / Relleno caótico / Füllen chaotischen / 灌装混乱 / Хаотичное заполнение / Riempimento caotico
Configuração desordenada dos estratos ou reflectores, que preenchem um intervalo sedimentar. Em geral, os sedimentos de um tal preenchimento são depositados num ambiente de talude (continental ou deltaico) ou glaciar.
Ver: « Bisel de Agradação »
&
« Configuração dos Reflectores »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »
Nesta fotografia, tendo em linha de conta os padrões geométricos externos (biséis de agradação por truncatura), pode reconhecer-se, facilmente, um preenchimento de um depressão. Da mesma maneira, a configuração interna do preenchimento dessa depressão pode ser considerada como caótica, uma vez, que não existe, praticamente, nenhuma continuidade dos planos de estratificação. É importante notar, que neste caso particular, a erosão foi controlada por eventos glaciares, provavelmente, induzidos pelo engrossamento e avanço de um glaciar. De qualquer maneira, a maior parte das vezes o avanço de um glaciar ao longo do seu vale, corresponde a uma descida relativa do nível do mar induzida pela glacio-eustasia. Quando os glaciares derreteram, o nível relativo do mar subiu e os vales glaciares libertados do gelo foram inundados, mesmo antes que o nível do mar inunda-se a planície costeira. Isto quer dizer que, pelo menos, a parte distal dos vales glaciares (próximo da planície fluvioglaciar), foi inundada, e em grande parte preenchida, em condições geológicas de nível baixo do mar (nível do mar mais baixo que o rebordo da plataforma do ciclo estratigráfico precedente). Uma grande parte do preenchimento dos vales glaciares foi preenchida durante o depósito do prismas de nível baixo (parte superior). Parece que este preenchimento precoce dos vales glaciares têm um configuração interna paralela e que é a parte mais a montante, que apresenta, frequentemente, uma configuração caótica como a que está ilustrada nesta fotografia (preenchimento do vale glaciar de Iheri). Em termos geológicos regionais, foram os sedimentos do Ordovícico que sofreram uma intensa erosão glaciar da qual resultaram uma série de vales glaciares orientados, mais ou menos, Norte-Sul e que, mais tarde, durante a transgressão do Silúrico Inferior, foram preenchidos antes de serem, totalmente, fossilizados pelos sedimentos do Silúrico Superior. É nestes preenchimentos precoces que se encontram os sedimentos ricos em matéria orgânica ("Hot Shales"), os quais constituem as principais rochas-mãe da região.
Preenchimento Complexo...........................................................................................................................................................................Complex filling
Remplissage complexe / Relleno complejo / Füllung Komplexe / 复杂的填充 / Комплексное заполнение / Riempimento Complesso
Quando um intervalo entre duas discordâncias ou uma anomalia batimétrica é preenchido por paquetes sedimentares com configurações internas desordenadas e não concordantes entre elas.
Ver: « Bisel de Agradação »
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« Configuração dos Reflectores »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore do Texas (EUA) o padrão externo de uma estrutura canalizante é óbvio, quer isto dizer, que uma disconformidade se pode pôr em evidência pelos biséis de truncatura subjacentes e biséis de progradação e agradação sobrejacentes. A geometria da disconformidade é côncava e lembra a forma de um canal. Os intervalos sedimentares, sobrejacentes à disconformidade, têm configurações internas muito variadas e as relações entre eles são discordantes. Pode dizer que o preenchimento sedimentar da anomalia canalizante é complexo. Contudo, esta desconformidade parece não estar associada, directamente, com uma descida relativa do mar, como o são as discordâncias que limitam os diferentes ciclos estratigráficos. As discordâncias que limitam os ciclos estratigráficos correspondem a superfícies de erosão, ao longo das quais, por definição, não há deposição, mas sim erosão. Durante o período de descida relativa do nível do mar (diminuição da acomodação), apenas na parte profunda da bacia, se depositam os cones submarinos de bacia com um hiato, relativamente, pequeno em relação à formação da discordância (a idade dos cones submarinos de bacia dá a idade da discordância, isto é, da descida relativa do nível do mar). Neste caso particular, tendo em linha de conta o contexto de planície aluvial, onde a linha sísmica foi tirada, e as terminações dos reflectores visíveis nesta tentativa, o mais provável é que esta desconformidade tenha sido induzida por uma incisão fluvial em associação com a curvatura de um meandro. Isto quer dizer, que ao mesmo tempo, que se depositavam as progradações, visíveis na parte esquerda superior desta tentativa, e que se formava a barra de meandro (na parte convexa do meandro), na parte côncava oposta, onde a água do rio se escoava com mais energia, havia erosão. Os biséis de agradação não podem ser interpretados com induzidos por subidas relativas do nível do mar e os diferentes pacotes do preenchimento (tampões argilosos) não sublinham diferentes ciclos estratigráficos. Neste tipo de depósitos, a deposição e erosão são síncronas e interligadas e, por isso, em termos de estratigrafia sequencial, não se deve falar de discordâncias.
Preenchimento Divergente.................................................................................................................................................................Divergent Filling
Remplissage divergent / Relleno divergente / Füllung divergieren / 灌装分歧 / Дивергентрое заполнение / Riempimento divergenti
Quando os reflectores sísmicos, interpretados como estratos, se espessam lateralmente em direcção da bacia ou da área com maior subsidência. Nas linhas sísmicas, o espessamento lateral é, frequentemente, acompanhado por uma fissão dos reflectores, a qual não deve ser interpretada como uma discordância fossilizada por biseis de agradação.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Subsidência »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore do Labrador (Canadá), a geometria das bacias de tipo-rifte é de demigraben. Os sedimentos, que as preenchem, espessam-se em direcção das falhas normais que bordam as bacias de tipo-rifte, o que confere ao preenchimento uma geometria divergente. A subsidência é diferencial. A subsidência aumenta em direcção das falhas responsáveis do alargamento da crusta continental, que ocorreu antes da ruptura da litosfera. Um tal espessamento, sugere, fortemente, que a direcção da fonte do acarreio sedimentar é Oeste-Este e no sentido é de Oeste para Este. Pode dizer-se, que os biséis de agradação proximais (terminações dos reflectores a montante) têm uma vergência (ou polaridade) Oeste (em direcção do continente). Da mesma maneira, os biséis de agradação distantes (terminação dos reflectores a jusante) têm uma vergência Este (em direcção do mar). A lâmina de água aumenta, localmente, para Oeste devido a erosão do fundo do mar pelos icebergues. Os biséis de agradação, dentro das bacias de tipo-rifte são, essencialmente, não-marinhos. Os ambientes sedimentares predominantes nas bacias de tipo-rifte, isto é, nas bacias formadas antes da ruptura da litosfera, são não-marinhos, quer aluviais ou fluviais e, por vezes, lacustres. Quando a taxa de extensão de uma bacia de tipo-rifte não é compensada pelo acarreio sedimentar, isto é, quando o espaço criado para os sedimentos não é, totalmente, preenchido, forma-se uma lâmina de água dentro da bacia e um lago, mais ou menos, importante pode formar-se. A geometria do preenchimento é paralela e não divergente, como ilustrado nesta tentativa. Se as condições climáticas forem favoráveis, há uma forte probabilidade que nas bacia de tipo-rifte, onde se formaram lagos, se depositem argilitos lacustres ricos em matéria orgânica (rochas-mãe potenciais). São as rochas deste tipo que formam o subsistema petrolífero gerador no onshore de Cabinda (Angola).
Prenchimento de Frente de Talude....................................................................................................................................Slope front fill
Remplissage de front de talus / Relleno de frente de talud / Slope Front füllen / 坡前填充 / Заполнение откоса уступа карьера / Riempimento del versante frontale
Preenchimento que exprime a maneira como um talude, em geral, o talude continental é fossilizado pelos sedimentos sobrejacentes.
Ver: « Bisel de Agradação »
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« Configuração dos Reflectores »
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« VariaçãoRelativa (do nível do mar) »
Esta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore oeste da Austrália foi feita em subciclos de invasão continental. As diferenças de idade entre as discordâncias que separam os diferentes subciclos é sempre superior a 3-5 My e inferior a 50 My. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação, as diferentes discordâncias (em branco) foram reconhecidas, principalmente, pelas terminações de reflectores sobrejacentes (biséis de agradação costeira e marinha). Na maior parte dos casos, as terminações dos reflectores subjacentes às discordâncias não são bem visíveis, mas em certos casos, biséis de somitais (por truncatura) são evidentes. Nos três últimos subciclos (superiores), as sucessivas posições do rebordo da bacia são, facilmente, reconhecidas, assim como o preenchimento da frente do talude continental, em particular do penúltimo subciclo. A ruptura da inclinação da discordância inferior do penúltimo subciclo sublinha o rebordo da bacia no início do subciclo. A partir desse ponto, é fácil de constar que o preenchido da bacia é progradante, isto é, que a bacia, a jusante do rebordo do subciclo precedente, foi preenchia por progradações que definem os sucessivos taludes continentais. Tendo em linha de conta as escalas da linha sísmica e, em particular, a escala horizontal, pode dizer-se, que durante os três últimos subciclos, sismicamente, a bacia não tinha plataforma continental. Os sucessivos rebordos da bacia, que aqui marcam o rebordo continental, coincidiam com o limite externo da planície costeira. Nestas condições, é muito provável, que na parte distal da maior parte das progradações do talude continental se tenham depositado turbiditos em telhado de ripas (espessura inferior à resolução sísmica). Este tipo de sistemas turbidíticos está mais associado com instabilidades do rebordo da bacia do que com descidas relativas do nível do mar significativas. En outros termos, embora em detalhe, várias descidas relativas do nível do mar sejam visíveis dentro do penúltimo subciclo de invasão continental (existem pelo menos três biséis de agradação), elas parecem não ter sido suficientemente importantes para mudar as condições geológicas para nível baixo do mar.
Preenchimento Monticular..............................................................................................................................................Mounded Onlap Filling
Remplissage monticulaire / Relleno monticular / Buckelschicht Onlap Füllung / 丘状上超充盈 / Трансгрессивное заполнение / Riempimento aggradant mounded en monticello
Quando os reflectores sísmicos, interpretados como estratos, formam anomalias topográficas ou montículos sedimentares acima do nível de base. Esta geometria é típica das construções orgânicas e vulcânicas, mas pode, igualmente encontrar-se em associação com os depósitos turbidíticos e vales cavados (encaixados).
Ver : « Configuração dos Reflectores »
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« Montículo Sedimentar »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Um preenchimento monticular, no campo ou nos dados sísmicos, tem que ser testado. Isto quer dizer, que a interpretação tem que ser submetida a testes de refutação. Uma estrutura sedimentar com geometria monticular pode ser síncrono ou posterior à deposição. Em termos genéticos, estas duas estruturas traduzem eventos e histórias geológicas diferente. A geometria dos biséis e, em particular, a dos biséis de agradação, pode ser utilizada como critérios de refutação. Quando, os biséis não estão deformados, a estrutura ou o preenchimento tem grandes possibilidades de ser síncrona da deposição, i.e., original. Ao contrário, quando os biséis estão deformados, pela tectónica ou por uma compactação diferencial, é muito provável, que a estrutura ou o preenchimento seja posterior à deposição. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do onshore do Sudão (bacia de tipo-rifte de Piber Post), a configuração interna monticular observada acima da discordância não é síncrona, mas sim posterior à deposição. Os biséis de agradação do preenchimento que, originalmente, eram sub-horizontais foram deformados. Esta deformação foi o resultado da compactação diferencial do preenchimento arenoso de um vale cavado ou encaixado. A quando da descida relativa do nível do mar, que criou uma discordância regional, o deslocamento para jusante das desembocaduras dos rios rompeu os perfis de equilíbrio provisórios das correntes. Os rios foram obrigados a cavar os seus leitos criando vales encaixados ou incisos que, mais tarde, foram preenchidos quando o nível relativo do mar começou a subir em aceleração. O preenchimento for feito por sedimentos arenosos difíceis de compactar. Mais tarde, quando a coluna sedimentar sobrejacente foi, suficientemente, importante para compactar os sedimentos mais profundos, a morfologia do preenchimento inverteu-se, uma vez que as areias se compactam menos do que os argilitos circunvizinhos.
Preenchimento Progradante........................................................................................................................................Progradational Filling
Remplissage progradant / Relleno progradante / Füllung progradierenden / 灌装prograding / Наступление береговой линии / Riempimento progradante
Quando os reflectores sísmicos, interpretados como estratos, têm uma geometria progradante. Na maioria dos casos, um tal preenchimento está associado a intervalos sedimentares regressivos.
Ver: « Configuração dos Reflectores »
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« Progradação »
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« Variação Relativa (do nível do mar) »
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Norte do Mar Cáspio, um vale cavado (ou encaixado) e uma discordância são, facilmente. reconhecidos. A discordância, que corresponde a um superfície de erosão, foi criada pela acção conjunta da subsidência ou levantamento (tectónica) e eustasia. Esta acção conjunta produziu uma descida relativa do nível do mar, que pôs o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia, o qual, provavelmente, correspondia ao rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente. Esta descida relativa do nível do mar, não só exumou a plataforma da bacia (se a bacia tinha plataforma), mas também deslocou para o mar e para baixo as desembocaduras dos rios. Os perfiles de equilíbrio provisório das correntes foram rompidos, o que obrigou as correntes a cavar mais, profundamente, os seus leitos para que novos perfiles de equilíbrio provisório sejam alcançados. É este escavamento que cria os vales cavados ou vales encaixados, como o que está ilustrado nesta tentativa de interpretação, a sul da falha normal principal. Quando o nível relativo do mar começou a subir em aceleração, provavelmente, durante a parte superior do prisma de nível baixo ou durante a parte inferior do cortejo transgressivo, o vale cavado foi preenchido. O preenchimento é, tipicamente, progradante. Os biséis de progradação sugerem um acarreio sedimentar vindo do Sul, o que por sua vez indica, mais ou menos, a localização do continente. Como, provavelmente, estes biséis de progradação são aparentes, a combinação com os biséis encontrados noutras linhas sísmicas que cortem o vale cavado dará a verdadeira direcção do carreio sedimentar. Uma geometria progradante do preenchimento de um vale cavado não é contraditória com uma associação com o cortejo transgressivo. Embora um cortejo transgressivo tenha, globalmente, uma geometria retrogradante, a pequena escala, isto é, à escala dos paraciclos-sequência (intervalo depositado entre dois incrementos da subida relativa do nível do mar sem que entre eles haja uma descida relativa) a geometria é progradante, sobretudo quando a fácies é clástica, uma vez que o acarreio sedimentar vem do continente e não do oceano.
Pressão da Placa Descendente...........................................................................................................................................................Slag Pressure
Pression de la plque descendante / Presión de placa descendente / Druck der absteigenden Platte / 板块向下的压力 / Пластовое давление / Pressione della piastra verso il basso
A pressão da placa descendente e constrangimento das dorsais oceânicas são termos informais que têm sido utilizados na literatura da tectónica das placas para designar as forcas horizontais induzidas pela mergulho de uma placa litosférica descendente ao longo de uma zona de subducção e pela diferença de elevação entre o centro de expansão e o fundo oceânico.
Ver: « Constrangimento (pelas dorsais oceânicas) »
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« Subducção do Tipo-B (Benioff) »
&
« Expansão Oceânica »
Numa zona de subducção de Benioff ou tipo-B (em oposição à zona de subducção do tipo-A ou de Ampferer), desde que a placa oceânica mergulha, devido à gravidade e, certamente, a outras causas ainda mal conhecidas, o material litosférico, frio, denso e frágil, entra em contacto com o material da astenosfera que tem uma temperatura muito mais elevada (cerca de 1250° C). O mergulho da placa descendente, na zona de subducção, cria uma força tectónica, mais ou menos horizontal, ao longo da placa. Esta força, que, em grande parte, é função do ângulo de subducção, empurra a placa descendente contra a cavalgante o que cria um regime de deformação de emparelhamento / desemparelhamento ao nível da litosfera e, sobretudo, na placa cavalgante. Função da sua condutividade térmica, à medida que a placa desce na zona de subducção, ela vai aquecer. O aumento de temperatura muda a reologia e uma parte dela é assimilada ou forma um magma. A ascensão desse magma induz o aparecimento, na placa cavalgante (oceânica ou continental), de vulcões, mais ou menos, alinhados, paralelamente, à fossa oceânica. Estes vulcões formam um arco vulcânico a uma distância da fossa, que é variável em função do ângulo da zona de subducção. Embora a placa descendente esteja num estado compressivo, existem, localmente, ao longo dela sectores em extensão, em particular próximo da ruptura de inclinação. Estas zonas em extensão são corroboradas pelo estudo dos epicentros dos tremores de terra, como sugerido no esquema ilustrado nesta figura. A subducção da placa descendente (fria, densa e frágil) na astenosfera modifica a posição e a equidistância das isotérmicas do manto superior, o que pode induzir a formação de correntes de convexão divergentes. Estas correntes, localizadas debaixo da placa litosférica cavalgante são, provavelmente, as responsáveis do alongamento da crusta continental da placa cavalgante e assim da formação na parte interna do arco de bacias de tipo-rifte.
Primeira Superfície Transgressiva..............................................................................................First Transgressive Surface
Première surface transgressive / Primera superficie transgresiva / Erste transgressive Oberfläche / 第一次海侵面 / Первая трансгрессивная поверхность / Prima superficie trasgressiva
Superfície que marca o início do cortejo transgressivo (CT). A montante do último bisel de agradação do cortejo de nível baixo (CNB) e na ausência de vales cavados (Vc), a primeira superfície de inundação coincide com a discordância inferior que limita o ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência.
Ver: « Cortejo Transgressivo »
&
« Superfície de Inundação »
&
« Ciclo-sequência »
Uma discordância (E), quer isto dizer, uma superfície de erosão induzida por uma descida relativa do nível do mar é, facilmente, reconhecida nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica do Golfo do México, pela incisão de um rio que criou um vale cavado. A descida relativa do nível do mar responsável pela discordância, deslocou para a bacia e para baixo, os biséis de agradação costeira exumando a plataforma continental (se a bacia tinha uma plataforma) ou levantando ainda mais a planície costeira em relação ao nível do mar. Um tal deslocamento rompeu o perfil de equilíbrio provisório dos rios, o que obrigou as correntes a cavar (erodir) ainda mais os seus leitos afim de atingirem um novo perfil de equilíbrio provisório, criando assim vales cavados ou encaixados como o que está ilustrado nesta tentativa de interpretação (o perfil de equilíbrio definitivo de uma corrente é um utopia). Nas linhas sísmicas, longe das rupturas de inclinação das linhas cronostratigráficas, onde as discordâncias são mais facilmente reconhecidas pelos biséis de agradação, a identificação de um vale cavado permite pôr em evidência a discordância associada. Durante a subida relativa do nível do mar seguinte, um cortejo de baixo nível (não visível neste detalhe), isto é, os cones submarinos de bacia e talude, assim como, um prisma de nível baixo depositaram-se a Este desta linha. Durante o depósito da parte superior do prisma de nível baixo, o mar invadiu os vales cavados que começaram a ser, progressivamente, preenchidos. Quando o nível relativo do mar inundou completamente a planície costeira do prisma de nível baixo, a primeira superfície transgressiva cobriu e fossilizou o preenchimento do vale cavado. Por outras palavras, nas linhas sísmicas, pode dizer-se que a primeira superfície transgressiva é, na grande maioria dos casos, o limite superior dos vales cavados, em particular dos vales cavados que estão mais próximos do rebordo continental (rebordo do prisma de nível baixo) desde que ocorreu a primeira superfície transgressiva se tornou o novo rebordo da bacia.
Princípio Antrópico.........................................................................................................................................................................................Anthropic Principle
Principe anthropique / Principio antrópico / Anthropisches Prinzip / 人择原理 / Антропный принцип / Principio antropico
Hipótese que assume que as observações do Universo físico devem ser compatíveis com a vida que ai se observa ou, por outras palavras, o princípio que tenta deduzir certos factos sobre o Universo função do facto de que nós existimos e que podemos percebê-lo. Existem duas formas deste princípio uma forma "fraca" e uma forma "forte".
Ver: « Universo Primitivo »
&
« Efeito de Estufa Natural »
&
« Princípio Geológico »
Em Física e em Cosmologia, o princípio antrópico estabelece que qualquer teoria válida sobre o Universo tem que ser consistente com a existência do ser humano. Em outras palavras, o único Universo que podemos ver é o Universo que possui vida. Se existe outro tipo de universo, nós não podemos existir para vê-lo. O princípio antrópico tem dado origem a alguma confusão e polémica, em parte porque esta expressão tem sido aplicada a ideias distintas. Todas as versões do princípio, ter sido acusadas de desencorajar a procura de uma compreensão mais profunda do Universo físico. Aqueles que tentam explicar o princípio antrópico invocam, frequentemente, ideias de múltiplos universos, ou um Desenhador Inteligente., Contudo, como as hipóteses avançadas não por ser testáveis certos autores pensam que o princípio antrópico é mais um conceito filosófico do que uma teoria científica. O princípio antrópico divide-se em princípio antrópico forte e princípio antrópico fraco. O princípio antrópico forte afirma, em geral, que o Universo comportou-se de forma a adaptar-se ao Homem. O princípio fraco diz que o Universo comportou-se de forma a surgir o homem, sem uma demanda pré-definida. "A natureza é primorosamente ajustada para a possibilidade de vida no planeta Terra" ; "Se a força gravitacional fosse reduzida ou aumentada em 1%, o Universo não se formaria" ; "Uma minúscula alteração na força electromagnética, as moléculas orgânicas não se uniriam" ; "Vemos o universo da maneira como ele é porque, se fosse diferente, não estaríamos aqui para vê-lo". Stephen Hawking trabalha com a hipótese de que a natureza continuamente gera universos diferentes uns dos outros. Desses universos poucos geram vida inteligente. O nosso Universo gerou vida inteligente, ao acaso, mas quando nos admiramos do nosso Universo, devemos levar em conta que ele é admirável porque estamos aqui, vivos e inteligentes para admirá-lo, enquanto um sem número de universos que não vemos são hostis à vida, inteligente ou não.
Princípio do Balde Carbonatado..................................................................................................................................Bucket Principle
Principe du seau carbonaté / Principio de balde carbonático / Bucket Prinzip / 木桶原理 / Принцип карбонатного сегмента / Principio secchio calcareo
O crescimento de uma plataforma carbonatada aureolada (ou orlada) é, principalmente, determinado pelo crescimento potencial da auréola. Sinónimo de Balde Carbonatado.
Ver : « Bioerma »
&
« Deposição (carbonatos) »
&
« Princípio Geológico »
A arquitectura do crescimento de uma plataforma carbonatada orlada assemelha-se à geometria de um balde sustentado, quer pelas rígidas bordaduras formadas por recifes ou pela rápida cimentação das areias de baixio (areias carbonatadas) e pelo preenchimento por sedimentos não consolidados da laguna ou da planície de maré. Três conceitos básicos têm que ser tomados em linha de conta na sedimentação carbonatada: (a) Os carbonatos são, principalmente, de origem orgânica ; (b) Os carbonatos constroem estruturas resistentes às ondas do mar e (c) Os carbonatos sofrem uma alteração diagenética muito intensa, visto que os minerais originais são metaestáveis. Além deste princípio, na geologia existem muitos outros, entre os quais podemos citar-se: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente (este princípio não é totalmente verdadeiro) ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade ; (viii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta, mais ou menos, constante ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, os fácies que se sucedem, verticalmente, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida, etc.
Princípio de Catastrofismo..................................................................................................................................Principle of Catastrophism
Principe du catastrophisme / Principio de catastrofismo / Prinzip der Katastrophismus / 对灾变原理 / Теория катастроф / Principio di catastrofismo
Hipótese de que a Terra, durante a sua história, foi afectada por eventos violentos, repentinos, de curta duração, eventualmente, à escala global. Esta hipótese, formulada por George Cuvier, explica que as mudanças geológicas e biológicas que ocorreram no nosso planeta foram produzidas por mudanças repentinas e violentas, isto é por catástrofes.
Ve : « Princípio Geológico »
&
« Princípio do Uniformitarismo »
&
« Tsunami »
Antes de 1850, a maioria dos humanos pensava que a da Terra era, relativamente, jovem e que os processos e formas de relevo que ocorrem na Terra eram o resultado de eventos catastróficos (como Criação e o Dilúvio) que ocorreram muito rapidamente (princípio doe catastrofismo). Contudo, observações pormenorizadas dos processos que ocorrem na Terra levou certos geocientistas, como James Hutton e Charles Lyell a avançar a hipótese que os processos que se podem observar, actualmente, são os mesmos que operaram ao longo de toda a história do planeta. Isto permitiu avançar do conceito de uniformitarismo, muitas vezes mencionado como "o Presente é a chave para o Passado". A maneira mais moderna de afirmar esse princípio é a conjectura que as leis da natureza têm operado da mesma forma ao longo do tempo e que todos os processos geológicos deve obedecer as leis da natureza (leis da física e da química). Inicialmente, um dos problemas mais difíceis da aplicação deste princípio à Terra,era a hipótese que as taxas de todos os processos geológicos tinha sido as mesmas ao longo do tempo. Actualmente ,sabe-se que a Terra é muito mais antiga (4,5 biliões de anos) do que se pensava mesmo nos séculos XIX-XX e que nos primeiros tempos da sua história ela era muito mais quente do que actualmente. Assim, é provável que as taxas de alguns processos geológicos tem mudado ao longo do tempo. Também se reconheceu a possibilidade de haver eventos catastróficos raros que podem causar mudanças muito rápidas na Terra. Como esses eventos catastróficos ocorrem com pouca frequência, é difícil de observar seus efeitos, mas parece que eles seguem as leis da natureza. Como sugerido nesta figura, um meteoro colidiu com a Terra ao sul com a cidade peruana de Puno, na região de Carangas dia 16 de Setembro de 2007, provocando uma cratera com cerca de 15 metros de profundidade. Esta fotografia foi tirada dois dias após o impacto.
Princípio da Composição.................................................................................................................................................Principle of Composition
Principe de la composition / Principio da composición / Prinzip der Komposition / 组成原理 / Принцип композиции / Principio di composizione
Uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém.
Ver: « Princípio Geológico »
&
« Idade Relativa »
&
« Ciclo das Rochas »
Este princípio diz que uma rocha é mais jovem que os seus constituintes. Ele aplica-se a todos os tipos de rochas. Uma rocha granítica, por exemplo, é mais jovem que as inclusões (xenólitos) que ela contém. Um conglomerado é mais jovem, que os seus calhaus, que, muitas vezes, são fragmentos de rochas muito mais antigas. Uma rocha vulcânica, como a ilustrada nesta figura (lava do Monte Vesúvio, Pompeia, Itália), é sempre mais jovem do que os xenólitos que ela contém, quer isto dizer, neste caso, que a rocha calcária donde provém o bloco que foi englobado na lava. A rocha calcária formou-se várias dezenas de milhões de anos antes que o bloco tenha sido englobado na lava. Embora, este princípio geológico, seja sempre válido para as rochas, ele não é, necessariamente, verdadeiro para os minerais. Uma rocha pode conter minerais mais jovens do que ela, uma vez que os metasomas são muito frequentes nas rochas que sofreram um metassomatismo importante. Além deste princípio geológico existem outros, tais como : (i) Princípio da Continuidade Lateral Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (ii) Princípio da Horizontalidade Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iii) Princípio da Intersecção, que diz que os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (iv) Princípio da Intrusão, que diz que uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem do que a rocha que ela penetra ; (v) Princípio da Sobreposição, que diz que numa série sedimentar não ou, ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as mais recentes acima ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis, que diz que a distribuição dos fósseis não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio de Goguel, que diz que durante a deformação, o volume dos sedimentos matem-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther, que diz que as fácies que se sucedem, verticalmente, em estratos conformes, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, que diz que se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) de um objecto é para a esquerda ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, que diz que o crescimento de uma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo ; (xii) Princípio de Ochkam, etc.
Princípio da Continuidade Lateral Original........................................................................Principle of Original Lateral Continuity
Principe de la continuité latérale originelle / Principio de continuidad lateral original / Prinzip der ursprünglichen seitlichen Kontinuität / 原来的横向连续性原则 / Принцип исходной горизонтальной выдержанности коллектора / Principio di originaria continuità laterale
As camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral. Elas adelgaçam-se até desaparecerem ou terminam por biséis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição.
Ver: « Correlação »
&
« Erosão »
&
« Princípio Geológico »
Este princípio é ainda válido hoje. Ele admite que a continuidade lateral dos sedimentos pode desaparecer por erosão ou devido aos movimentos tectónicos. Os sedimentos no momento do depósito estão em continuidade, mas, mais tarde, podem, por exemplo, ser separados devido a formação de vales fluviais. Uma tal descontinuidade aparente, tão bem compreendida hoje, era muito difícil de explicar no século XVII. Além deste princípio geológico existem outros princípios na geologia dos quais os mais importantes são: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Horizontalidade Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iii) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (iv) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (v) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar não, ou ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente para acima ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther, as fácies que se sucedem verticalmente em estratos conformes, sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio, um objecto é deflectido (efeito de Coriolis) para a esquerda na direcção do movimento do sistema de referência ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento de uma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas sobretudo aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade “Pluritas non est ponenda sine necessita”.
Princípio Dextrógiro..................................................................................................................................................................................................Clockwise Rule
Principe dextrogyre / Principio dextrógiro / Prinzip rechtsdrehende / 原则右旋 / Принцип вращения по часовой стрелке (правовращающий) / Principio destrogiro
Se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto (na direcção do movimento).
Ver : « Efeito de Coriolis »
&
« Princípio Geológico »
&
« Transporte de Eckman »
Este princípio é o resultado de uma aplicação inadequada da aceleração de Coriolis (aceleração necessária para que um corpo mantenha a sua trajectória tendo em linha de conta a rotação da Terra), a qual resulta numa deflexão da trajectória de um corpo. O relógio solar é baseado na rotação da Terra à volta do Sol. Como a Terra gira a volta do seu eixo de rotação, o Sol parece mover-se através do céu. No hemisfério norte, a sombra de um objecto, como a de um relógio solar, produzida pela luz do Sol, desloca-se no sentido do movimento das agulhas de um relógio. Contudo, o mesmo relógio colocado no hemisfério sul, a sombra desloca-se no sentido contrário do movimento dos ponteiros de um relógio. Além deste princípio, na geologia existem outros princípios como: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral, elas se adelgaçam até desaparecerem ou terminam por biseis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iv) Princípio da intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam- a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade ; (viii) Principio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos resta mais ou menos constante ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, os fácies que se sucedem verticalmente sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida, etc.
Princípio Geológico........................................................................................................................................................................................Geologic Principle
Principe géologique / Principio geológico / Prinzip geologischen / 原则地质 / Геологический принцип / Principio geologico
Um dos muitos princípios ou hipóteses utilizados pelos homens de ciência para tornar compreensível a história da Terra, i.e., a Geologia. Todos as hipóteses geológicas são baseadas nos três princípios fundamentais, tirados das leis físicas e químicas, de Nicolas Steno. Com o tempo, tais princípios, como qualquer outra hipótese científica, foram refutados e, assim, melhorados por modificações sucessivas.
Os grandes princípios geológicos (conjecturas refutáveis) são :
1) Princípio da Sobreposição -
“Numa série sedimentar não ou, ligeiramente, deformada as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes, sucessivamente, acima”. Este princípio é ainda hoje válido. Ele não sofreu nenhuma modificação desde Steno (excepto para os terraços).
2) Princípio da Horizontalidade Original -
“As camadas sedimentares são depositadas horizontalmente”. Este principio foi melhorado mais tarde. Nós sabemos hoje que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes. Os depósitos aluviais (localizados a montante da linha de baía), os depósitos do talude continental e, em particular, os deltas tipo Gilbert não se depositam horizontalmente. Tendo em linha de conta o fraco valor das inclinações dos sedimentos (excepção feita para certos carbonatos e cones submarinos de talude), pode dizer-se, que este princípio, nas suas grandes linhas, é valido. A maioria das camadas sedimentares deposita-se com inclinações inferiores a 10°, o que não é muito longe da horizontal.
3 ) Princípio da Continuidade Original Lateral -
“As camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral. Elas adelgaçam-se até zero ou terminam por biséis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição”. Este princípio é ainda hoje válido. Ele admite que a continuidade lateral dos sedimentos pode desaparecer por erosão ou devido a movimentos tectónicos. Os sedimentos no momento do depósito estão conectados, mas podem, mais tarde, ser separados, por exemplo, devido a formação de vales fluviais. Uma tal descontinuidade tão evidente hoje era muito difícil de explicar no século XVII.
4) Princípio da Intrusão -
Este princípio indica que a idade relativa entre duas rochas ígneas, ou entre uma rocha ígnea e uma rocha sedimentar, pode ser deduzida pelas relações geométricas entre elas: “Uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra”.
5 ) Princípio da Composição -
Este princípio diz que uma rocha é mais jovem do que os seus constituintes. Ele aplica-se a todos os tipos de rochas: “Uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os tem”. Uma rocha granítica é mais jovem que as inclusões (xenólito) que ela tem. Um conglomerado é mais jovem que os seus calhaus que são, muitas vezes, fragmentos de rochas sedimentares mais antigas.
6 ) Princípio da Intersecção -
Este princípio permite dar uma idade relativa aos filões, em particular, quando eles se cruzam: “Os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos”. Este principio pode também ser utilizado para datar os sistemas de falhas: "As falhas são mais jovens que todas as rochas que elas deslocam e, mais antigas, que as rochas que as fossilizam, em discordância”. Pode dizer que: “As falhas mais jovens deslocam as falhas mais antigas”. Este principio é válido apenas quando aplicado em superfícies de observação, relativamente, planas. Nas cartas estruturais em isócronas (igual duração ou tempo) ou em isohipsas (curvas de nível), em razão da topografia, por vezes, a falha, aparentemente, deslocada é a mais recente.
7 ) Princípio da Sucessão dos Fósseis -
William Smith propôs este princípio no fim do século XVIII: “A distribuição dos fosseis nas rochas não e imprevisível; ela segue uma sucessão vertical definida”. É interessante notar que o autor deste princípio nunca admitiu a evolução das espécies. Hoje, todos os geocientistas explicam uma tal sucessão de fósseis como uma consequência da evolução das espécies.
8 ) Princípio de Walther -
Este princípio, ou lei de correlação das fácies de Walther, indica que: “as fácies que se sucedem, verticalmente, em estratos conformes se sucedem, lateralmente, nos ambientes adjacentes”. Por outras palavras, em continuidade de sedimentação, se um geocientista reconhece, lateralmente, uma fácies arenosa de planície costeira, uma fácies argilosa de talude continental e, finalmente, uma fácies argilosa de planície abissal, ele reconhecerá, verticalmente, e de baixo para cima, uma fácies argilosa de planície abissal, uma fácies argilosa de talude continental e, finalmente, uma fácies arenosa de planície costeira.
9 ) Princípio de Goguel -
Este princípio, embora muito velho, tomou um lugar muito importante na geologia com os trabalhos de Goguel (1954), que introduziu o segundo princípio da termodinâmica na geologia e, em particular, na tectónica: “Durante a deformação, o volume dos sedimentos matém-se, mais ou menos, constante”. Este princípio é, relativamente, aproximativo. Ele não entra em linha de conta com a redução de volume induzida pela diminuição da porosidade com a profundidade e dos fenómenos de dissolução que podem, excepcionalmente, atingir 30% do volume total. Em 1933, Lindgreen introduziu o mesmo principio na geologia mineira. Ele sugeriu que durante a formação dum minério por substituição, não há nenhuma mudança nem de volume nem da forma da rocha (lei dos volumes iguais).
Durante três séculos, os geocientista utilizam estes princípios geológicos, e muitos outros, como, o princípio dextrógiro, princípio do uniformitarismo, princípio do catastrofismo, princípio da sucessão dos fósseis, princípio de Ochkam, etc., para correlacionar e datar as rochas. Na estratigrafia, o estudo dos fósseis foi de particular importância com a identificação de fósseis guia, que permitiram localizar as principais discordâncias e determinar a idade relativa das rochas. Os fósseis guia obedecem as seguintes condições: (i) Eles são, facilmente, distinguidos dos outros ; (ii) Eles aparecem em vários tipos de rochas sedimentares e (iii) Eles tem uma distribuição espacial e geográfica importante e uma distribuição estratigráfica e temporal reduzida.
Princípio de Goguel........................................................................................................................................................................................Goguel's Principle
Principe de Goguel / Principio de Goguel / Prinzip Goguel / 原则Goguel / Принцип Гогеля / Principio di Goguel
Durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante.
Ver: « Dissolução »
&
« Princípio Geológico »
&
« Tectónica »
Este princípio, embora muito antigo, tomou um lugar muito importante na geologia com os trabalhos de Goguel (1954), que introduziu o segundo princípio da termodinâmica na geologia e em particular na tectónica. Este princípio é, relativamente, aproximativo, visto que ele não entra em linha de conta com a redução de volume induzida pela diminuição da porosidade em profundidade e com os fenómenos de dissolução (estilolitização) que podem, excepcionalmente, atingir 30% do volume total. A tentativa de interpretação geológica proposta nesta figura é, totalmente,e refutada, uma vez que o interpretador fez desaparecer, durante a deformação, uma quantidade enorme de sedimentos. Os reflectores A, B, C e D estão encurtados de quantidades diferentes. Além deste princípio existem outros na geologia como: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente; hoje sabemos que este princípio não completamente verdadeiro ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão- uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade; (viii) Princípio de Walther- em estratos conformes, os fácies que se sucedem verticalmente sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida, etc.
Princípio da Horizontalidade Original...................................................................................Principle of Original Horizontality
Principe de la horizontalité originelle / Principio de horizontalidad original / Prinzip der ursprünglichen Horizontalität / 原来的横向原则 / Принцип исходной горизонтальности / Principio di orizzontalità originaria
As camadas sedimentares depositam-se horizontalmente.
Ver: « Deposição (clásticos)" »
&
« Inclinação Deposicional »
&
« Princípio Geológico »
Este princípio foi melhorado recentemente. Sabemos hoje que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes. Os depósitos aluviais (localizados a montante da linha de baía), os depósitos do talude continental e, em particular, os deltas de tipo Gilbert não se depositam horizontalmente. Tendo em linha de conta, o fraco valor das inclinações sedimentares (excepção feita para certos carbonatos e cones submarinos de talude) pode dizer-se que este princípio, nas suas grandes linhas, é valido. A grande maioria das camadas sedimentares depositam-se com inclinações inferiores a 10°, o que não é muito longe da horizontal. Além deste princípio geológico existem outros dos quais os mais importantes são: (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Horizontalidade Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iii) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (iv) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (v) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar não, ou ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente para acima ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos matem-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther, as fácies que se sucedem verticalmente em estratos conformes, sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) de um objecto é para a esquerda, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde carbonatado, o crescimento de uma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade “Pluritas non est ponenda sine necessita”, etc.
Princípio de Huygens..............................................................................................................................................................................Huygens' Principle
Principe de Huygens / Principio de Huygens / Huygens Prinzip / 惠更斯原理 / Принцип Гюйгенса / Principio di Huygens
Qualquer ponto numa frente de onda é fonte de ondas secundárias.
Ver: « Onda »
&
« Crista (da onda) »
&
« Ondulação (do mar)»
Este princípio formulado por Fresnel em 1815, retoma a base do modelo ondulatório desenvolvido por Huygens em 1690. O princípio de Huygens diz que cada ponto localizado na frente de onda se comporta como uma nova fonte pontual de emissão de novas ondas esféricas, que ao se somarem formarão uma nova frente de onda e assim consecutivamente. Para melhor compreender este princípio, considere uma onda plana, cuja frente de onda é rectilínea. Em seguida, considere os pontos situados sobre um plano P paralelo à frente de onda (para simplificar, considere apenas o período da onda, cujo o valor máximo passa por P no instante 0). Para uma onda "completa" (sinusoide infinita), basta sobrepor os períodos. Se cada ponto de P emite uma onda esférica, depois de um tempo t: (i) Um ponto situado a uma distância cdo do plano P receberá apenas a frente de uma única onda esférica (a emitida pelo ponto de P mais próximo ao tempo 0), cada ponto situado sobre este plano paralelo terá uma amplitude positiva ; (ii) Um ponto situado para lá desta distância ainda não recebeu a onda e, portanto, tem uma amplitude zero ; (iii) Um ponto antes dessa distância recebe ondas de muitos pontos de P (os "lados" das ondas esféricas), mas as ondas têm uma desfasamento diferente, cujas amplitudes se anulam. Isto quer dizer que considerando a reemissão esférica, obtém-se uma frente plana que progressa a uma velocidade constante c, as plano frente a progredir a uma velocidade c. No caso da propagação da luz num sólido, a onda avança passo a passo. Na realidade, a nuvem de eletrónica dos átomos máscara a onda, de tal modo modo que esta não pode progredir, mas pode excitar próprios os átomos que reemitiram onda (difusão de Rayleigh), que vai excitar o átomo vizinho. Isso explica, nomeadamente, a desaceleração da onda (e o índice de refração n): ondas eletromagnéticas não avançam mais à velocidade da luz no vácuo (c = 300.000 km / s), mas à velocidade c / n, quer isto dizer que a frente de onda é retardada pelo fenómeno do mascaramento e da reemissão. Mas o princípio de Huygens é, igualmente, válido para a propagação no vácuo, sem suporte material. No caso de fontes planas, o princípio de Huygens pode ser superado pela introdução do conceito de espectro de ondas planas, oferecendo a solução exacta a qualquer distância.
Princípio de Intersecção................................................................................................................................................Principle of Intersection
Principe d'intersection / Principio de intersección / Prinzip der Kreuzung / 交集原则 / Принцип пересечения / Principio di intersezione
Os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos.
Ver : « Idade Relativa »
&
« Isócrona »
&
« Princípio Geológico »
Nesta figura, é que o filão A tenha deslocado o filão B que é, certamente mais recente (note que a superfície de observação é, mais ou menos, plana). Este princípio, chamado princípio de intersecção pode, também, ser utilizado para datar os sistemas de falhas. As falhas são mais jovens, que todas as rochas que elas deslocam e mais antigas que as rochas que as fossilizam em discordância. Também se pode dizer que as falhas mais jovens deslocam as falhas mais antigas. Contudo, este principio é valido unicamente quando aplicado em superfícies de observação relativamente planas. Nas cartas estruturais em isócronas (igual tempo) ou em isoípsas (curvas de nível), em razão da topografia, é a falha ou o filão aparentemente deslocado que é a mais recente (ver : Relações de Intersecção). Além deste princípio geológico existem outros dos quais os mais importantes são : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém; (ii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iii) Princípio de Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (iv) Princípio da Continuidade Lateral Original, que diz que as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (v) Princípio de Sobreposição, numa série sedimentar não ou ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente acima ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos matem-se mais ou menos constante ; (viii) Princípio de Walther- as fácies, que se sucedem verticalmente em estratos conformes, sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio de Ochkam- a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade, etc.
Princípio de Intrusão.......................................................................................................................................................................Principle of Intrusion
Principe de intrusion / Principio de intrusión / Prinzip der Intrusion / 入侵原理 / Принцип интрузии / Principio di intrusione
Uma rocha intrusiva é mais jovem que a que ela penetra.
Ver : « Idade Relativa »
&
« Princípio Geológico »
&
« Truncatura »
Este princípio indica que a idade relativa entre duas rochas ígneas ou entre uma rocha ígnea e uma rocha sedimentar, pode ser deduzida pelas relações geométricas entre elas. Efectivamente, como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha regional da depressão do Rockwall (offshore da Inglaterra), é evidente que as intrusões vulcânicas são posteriores às rochas que elas atravessam, mesmo se estas são de origem vulcânica. Além deste princípio geológico existem outros princípios na geologia dos quais os mais importantes são : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral, elas se adelgaçam até desaparecerem ou terminam por biseis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar não ou ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente para acima ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos matem-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther, as fácies que se sucedem verticalmente nos estratos conformes se sucedem lateralmente nos ambientes adjacentes; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio um objecto e deflectido (efeito de Coriolis) para a esquerda, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento de uma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade, “Pluritas non est ponenda sine necessita”, etc.
Princípio de Ockham.............................................................................................................................................................................Ockham's Principle
Principe d'Ockham / Principio de Ockham / Prinzip von Ockham / 奥卡姆原理 / Бритва Оккама (методологический принцип) / Principio di Ockham
A pluralidade não deve ser invocada sem necessidade “Pluritas non est ponenda sine necessita”.
Ver : « Eustasia »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Princípio Geológico »
O princípio de Ochkam é o princípio segundo o qual quando várias explicações possíveis existem para um fenómeno é a explicação mais simples que tem a maior probabilidade de ser mais próxima da verdade. Este princípio é aplicado em todas as ciências, mas certos geocientistas, sobretudo actualmente com a ficção do aquecimento global antropogénico, têm tendência a esquêce-lo. A verdade científica não existe. Toda a hipótese ou conjectura nunca pode ser verificada, mas sim corroborada ou validada (corroboração é diferente de validação), o que quer dizer que o método científico é a falsificação e não o verificacionismo. Além deste princípio existem outros na geologia dos quais os mais importantes são : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente; hoje sabemos que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes, isto é, que certos planos de deposição são inclinados ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther- em estratos conformes, as fácies que se sucedem verticalmente sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas sobretudo aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida, etc.
Princípio da Sobreposição.....................................................................................................................................Principle of Superposition
Principe de la superposition / Principio de superposición / Superpositionsprinzip / 叠加原理 / Принцип наложения / Principio di sovrapposizione
Numa série sedimentar não, ou ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente para cima.
Ver : « Idade Relativa »
&
« Princípio Geológico »
&
« Sedimentação »
Como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do lago de Maracaibo (Venezuela), o principio da sobreposição é mais que evidente, nas regiões não deformadas por encurtamento. Quando os sedimentos são muito encurtados podem-se formar falhas inversa e os intervalos sedimentares mais antigos podem sobrepor-se a intervalos mais recentes, como se pode constatar na parte inferior da falha inversa proposta na parte central desta tentativa. Contudo, pode dizer-se, que nas regiões em que o encurtamento sedimentar é pequeno, o princípio de sobreposição avançado por Nicolas Steno no século XVII é válido, excepto para os terraços. Além deste princípio geológico existem outros princípios na geologia dos quais os mais importantes são : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iv) Princípio da Intersecção- os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis- a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther, As fácies que se sucedem verticalmente, em estratos conformes, sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro de um relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade “Pluritas non est ponenda sine necessita”, etc.
Princípio da Sucessão de Fósseis................................................................................................Principle of Fossil Succession
Principe de la sucession des fossilesda sucessão dos fósseis / Principio de sucesión fosilífera / Prinzip der Nachfolge von fossilen / 化石的继承原则 / Принцип последовательности образования ископаемых / Principio di successione di fossili
A distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida.
Ver : « Fóssil »
&
« Idade Relativa »
&
« Princípio Geológico »
Foi William Smith, que propôs este princípio no fim do século XVIII. É interessante notar que o autor deste princípio nunca admitiu a evolução das espécies. Hoje, todos os geólogos explicam uma tal sucessão de fósseis como uma consequência da evolução das espécies. Não esqueça que a Geologia e Paleontologia são ciências e que o Criacionismo é uma religião. Além deste princípio geológico existem outros princípios na geologia dos quais os mais importantes são : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral; elas se adelgaçam até desaparecerem ou terminam por biseis de progradação ou agradação contra os bordos dos sectores originais de deposição ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente; contudo, hoje, sabemos que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes, o que quer dizer, que certos planos de deposição são inclinados ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar não, ou ligeiramente, deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes sucessivamente para cima ; (vii) Princípio de Goguel, durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante ; (viii) Princípio de Walther, as fácies que se sucedem verticalmente, em estratos conformes, sucedem-se, lateralmente nos ambientes adjacentes; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade, “Pluritas non est ponenda sine necessita”, etc.
Princípio de Uniformitarismo...............................................................................................................Principle of Uniformitarism
Principe d'Uniformitarisme / Principio de uniformitarismo / Prinzip der Uniformitarismus / 均变原理 / Принцип униформизма / Principio di uniformitarianismo
Hipótese segunda a qual as mudanças geológicas na Terra são devidas, principalmente, a processos e mudanças contínuas como os que se observam actualmente.
Ver : « Modelo de Deposição (areia-shale) »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Princípio Geológico »
O princípio do uniformitarismo, como também o princípio do catastrofismo são hipóteses sobre a história geológica da Terra. O primeiro diz que a principal causa das mudanças terrestres são processos lentos e contínuos, como os que se observam actualmente. Ao contrário, o catastrofismo diz que são um pequeno número de eventos drásticos que são a causa principal das mudanças geológicas. O uniformitarismo é, muitas vezes, anunciado como : "o Presente é a chave do Passado". Além destes princípios, na geologia, existem muitos outros : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral, elas se adelgaçam até desaparecerem ou terminam por biseis de progradação ou agradação ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente, contudo hoje sabemos que os planos de estratificação são superfícies cronostratigráficas compostas por ambientes geológicos com inclinações diferentes ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetran ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade ; (viii) Principio de Goguel- durante a deformação, o volume dos sedimentos resta mais ou menos constante ; (ix) Princípio de Walther, em estratos conformes, os fácies que se sucedem verticalmente sucedem-se lateralmente nos ambientes adjacentes ; (x) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (xi) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida, etc.
Princípio de Walther...............................................................................................................................................................................Walther's Principle
Principe de Walther / Principio de Walther / Prinzip der Walther / 瓦尔特原则 / Закон Уолтера / Principio di Walther
As fácies que se sucedem verticalmente, em estratos conformes, sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes.
Ver : « Estratificação (sedimentos) »
« Fácies »
&
« Princípio Geológico »
Este princípio é também conhecido pela lei de correlação das fácies. Efectivamente, nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore de Nova Jersey, nas áreas em que há continuidade de sedimentação, reconhece-se lateralmente uma fácies arenosa da planície costeira (1), depois, lateralmente, uma fácies argilosa do talude continental (2) e, finalmente, uma fácies argilosa de planície abissal (3). Verticalmente, e de baixo para cima, reconhece-se igualmente, uma fácies argilosa de planície abissal (3), uma fácies argilosa do talude continental (2) e, finalmente, no topo, uma fácies arenosa de planície costeira (1). Além deste princípio, na geologia existem outros princípios como : (i) Princípio da Composição, uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da continuidade lateral original, as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original, as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iv) Princípio da Intersecção, os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão, uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sobreposição, numa série sedimentar ligeiramente deformada, as camadas mais antigas estão na base e as camadas mais recentes acima ; (vii) Princípio de Ochkam, a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade, “Pluritas non est ponenda sine necessita” ; (viii) Principio de Goguel- durante a deformação, o volume dos sedimentos resta mais ou menos constante ; (ix) Princípio Dextrógiro, se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro dum relógio a deflexão (efeito de Coriolis) é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (x) Princípio do Balde Carbonatado, o crescimento duma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla ; (xi) Princípio do Uniformitarismo, as mudanças geológicas são devidas principalmente aos mesmo processos e mudanças contínuas que se observam actualmente ; (xii) Princípio da Sucessão dos Fósseis, a distribuição dos fósseis nas rochas não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida, etc.
Prisma de Acreção.......................................................................................................................................................................................Accrectionary Prism
Prisme d'accrétion / Prisma de acresión / Akkretionskeil / 增生楔 / Аккреционный клин / Prisma di accrezione
Prisma sedimentar que se encontra numa fossa oceânica au nível de uma zona de subducção de Benioff (tipo-B).
Ver : « Subducção do Tipo-B (Benioff)»
&
« Teoria da Tectónica das Placas »
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« Fossa Oceânica »
Numa zona de subducção de Benioff ou tipo-B, a placa oceânica descendente induz a acumulação e o encurtamento de sedimentos marinhos contra a placa cavalgante. Contudo unicamente quando o ângulo de subducção é pequeno é que se forma um prisma de acreção significativo. Os sedimentos são encurtados (comprimidos, para certos autores) até que se formem falhas inversas e cavalgamentos importantes que formam uma anomalia morfológica característica da subducção de tipo-B, que por vezes pode emergir em alguns lugares, como por exemplo na ilha dos Barbados (América Central). A estrutura interna de um prisma de acreção é semelhante à das cinturas dobradas superficiais das bacias de ante-país associadas às cadeias de montanhas. Uma série de cavalgamentos com uma polaridade (vergência) em direcção da fossa oceânica são formadas com os mais novos perto da fossa (encurtamento em sequência) e um levantamento progressivo dos cavalgamentos e estruturas mais antigas, próximo da cadeia de montanhas. A forma do prisma de acreção é determinada pela rapidez do falhamento dos sedimentos ao longo do descolamento basal e no seu interior, o que é altamente sensível à pressão do fluido dos poros. Assim, progressivamente, as falhas inversas e cavalgamentos criam um prisma que atinge a sua maturidade quando ele uma morfologia triangular (em corte), a qual sublinha um encurtamento crítico. Uma vez que o prisma atinge o encurtamento critico, ela manterá a geometria e crescerá unicamente, função do encurtamento) para se tormar triângulo maior mas semelhante. Os prismas de acreção, assim como os terrenos acrescidos, não são equivalentes a placas tectónicas, embora estejam associados às placas tectónicas e acresçam os continentes como resultadoa quando de uma colisão tectónica. Os materiais incorporados num prisma de acreção incluem: (i) Basaltos do assoalhado oceânico; (ii) Sedimentos pelágicos, que se depositaram em cima da placa descendente; (iii) Sedimentos da fossa oceânica, que em geral são ricos em turbiditos, com material proveniente das bacia s de antearco, arcos vulcânicos, continente, bacias transportadas, etc.
Prisma de Nível Baixo.............................................................................................................................................Lowstand Prograding Wedge
Prisme de bas niveau / Prisma de bajo nivel / Prisma Low-Level / 棱镜低的水平 / Клин размывания низкого уровня моря / Prisma basso livello
Pacote sedimentar progradante depositado em condições geológicas de nível baixo (do mar). O prisma de nível baixo deposita-se no talude continental uma vez que a bacia não tem plataforma continental. Em condições normais, o seu mais alto nível de deposição nunca alcança o rebordo da bacia.
Ver : « Ciclo Sequência »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
Num ciclo estratigráfico dito ciclo sequência, entre a discordância inferior (superfície de erosão) e a discordância superior (superfície de erosão), a diferença de idade é inferior a 3-5 My. Três grandes cortejos sedimentares podem reconhecer-se num ciclo-sequência : (i) Cortejo de Nível Baixo (CNB), durante o qual o nível do mar está sempre mais baixo do que o último rebordo da bacia (do ciclo-sequência precedente), que é composto de baixo para cima por três membros: (a) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (b) Cones Submarinos de Talude (CST) e (c) Prisma de Nível Baixo (PNB), que, como o seu nome indica, tem uma geometria progradante predominante ; (ii) Cortejo Transgressivo (CT) e (iii) Prisma de Nível Alto (PNA). O cortejo transgressivo e o prisma de nível alto depositam em condições geológicas de nível alto (do mar), quer isto dizer, que o nível do mar está acima do novo rebordo da bacia, o qual passou a ser a última ruptura da planície costeira do prisma de nível baixo (rebordo continental) desde que o nível do mar a inundou. O cortejo transgressivo tem uma geometria, globalmente, retrogradante, enquanto que a geometria do prisma de nível alto é progradante. Esta figura ilustra a correlação estratigráfica (em cortejos sedimentares que formam os ciclos sequências), proposta por Vail, entre 5 poços de pesquisa no onshore da Venezuela (Lago de Maracaibo). A discordância SB. 15,5 Ma, que limita, inferiormente, o ciclo-sequência SB 15,5 - SB 13,8 Ma, é facilmente reconhecida em todos os poços de pesquiza. Dois destes poços, os mais distais, penetraram o prisma de nível baixo (PNB) à jusante do rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente. A montante do rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente, a discordância basal (SB 15,5 Ma) foi coberta, directamente, pelo cortejo transgressivo (CT), isto quer dizer, que a montante do rebordo da bacia do ciclo precedente, o prisma de prisma de nível baixo (PNB) não se depositou. Isto é muito importante, uma vez que em termos de pesquisa petrolífera, se pode dizer que a montante do novo rebordo da bacia as melhores rochas-reservatório não existem.
Prisma de Nível Baixo Inferior......................................................................................................Lower Lowstand Prograding Wedge
Prisme de bas niveau inferior / Prisma de nivel bajo inferior / Low - Level untere Prisma / 低级别较低的棱镜 / Нижний клин размывания низкого уровня моря / Prisma di basso livello inferiore
Num contexto de geológico de rampa (contexto da bacia), o membro superior de um cortejo sedimentar de nível baixo (CNB) é composto por três conjuntos sedimentares: (i) Vales Cavados Preenchidos (Vcp) ; (ii) Prisma de Nível Baixo Inferior (PNBi) e (iii) Prisma de Nível Baixo Superior (PNBs). O prisma de nível baixo inferior (PNBi) é depositado durante o início da subida relativa do nível do mar, ou seja, imediatamente, após a descida relativa durante a qual se depositou o prisma de baixo nível inferior (PNBi).
Ver: « Contexto de Bacia (rampa) »
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« Cortejo de Nível Baixo »
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« Cortejo Sedimentar »
Num contexto de rampa, a bacia não tem plataforma. O rebordo da bacia do ciclo-sequência subjacente não é bem marcado, o que quer dizer, que há uma transição, mais ou menos, gradual, entre a planície costeira, talude continental e planície abissal. Num contexto geológico de rampa é muito difícil de localizar o rebordo da bacia. Desde que ciclo sequência começa a depositar neste contexto, a agradação do cortejo de nível baixo, o qual é formado por três membros: (i) Cones Submarinos de Bacia ; (ii) Cones Submarinos de Talude e (iii) Prisma de Nível Baixo é, relativamente, pequena e a individualização dos três membros difícil. Muitas vezes, os cones submarinos da bacia (CSB) e do talude (CST) estão debaixo da resolução sísmica mas, raramente o prisma de nível baixo (PNB). Muitas vezes, apenas, a parte superior do prisma de nível baixo, que é constituído por sedimentos grosseiros, se reconhece, com frequência, nas linhas sísmicas. Durante a descida relativa do nível do mar, que define a discordância basal, os cones submarinos de bacia e de talude depositam-se, ao longo da rampa (como ilustrado neste esquema) e são fossilizados pelo prisma de nível baixo inferior, cuja composição é sobretudo argilosa e que se deposita quando a descida relativa do nível do mar começa a desacelerar e até parar de descer. Desde que a taxa de subida relativa do mar aumenta, a lâmina de água aumenta fortemente e a linha da costa desloca-se para o continente. Como o aporte terrígeno é importante (condições geológicas de nível baixo do mar), pouco a pouco, a linha da costa desloca-se para o mar, à medida que as progradações do prisma de nível baixo superior fossilizam os depósitos mais finos do prisma de nível baixo inferior como ilustrado acima.
Prisma de Nível Baixo Superior..................................................................................................Upper Lowstand Prograding Wedge
Prisme de bas niveau supérieur / Prisma de nivel bajo superior / Prisma Low-Level oberen / 棱镜较低水平 / Верхний клин размывания низкого уровня моря / Prisma di basso livello superiore
Num contexto geológico de tipo rampa, o prisma de nível baixo (PNB) é composto por três conjuntos sedimentares: (i) Vales Cavados Preenchidos (Vcp) ; (ii) Prisma de Nível Baixo Inferior (PNBi) e (iii) Prisma de Nível Baixo Superior (PNBs). O prisma de nível baixo inferior inferior (PNBi), assim como os cones submarinos de bacia e talude, é depositado, imediatamente, após a descida relativa e é fossilizado pelo prisma de nível baixo superior (PNBs) durante a subida relativa do nível do mar.
Ve : « Contexto da Bacia »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
No contexto geológico de rampa, as bacias sedimentares não têm plataforma continental, uma vez que o rebordo da bacia, que corresponde ao último rebordo continental do ciclo-sequência precedente é difícil de pôr em evidencia. A geometria da discordância da base do novo ciclo-sequência é, mais ou menos, planar e sem ruptura de inclinação marcada, como ilustrado nesta figura. Nestas condições, há uma transição gradual entre planície costeira, talude continental e planície abissal, sem possibilidade de evidenciar com precisão o rebordo da bacia. Durante a descida relativa do nível do mar que induziu a discordância, nas partes mais baixas, depositam-se os cones submarinos e o prisma de nível baixo inferior. A espessura destes intervalos é, relativamente, pequena e, por vezes, debaixo da resolução sísmica. Quando, eles são visíveis nas linhas sísmicas, a geometria do conjunto é retrogradante como sugerido neste esquema. Desde que o nível relativo do mar parou de descer e começou a subir em aceleração, a lâmina de água aumenta de maneira significativa. A linha da costa desloca-se para o continente. Durante o período de estabilidade relativa do nível do mar que segue o incremento da subida relativa, como o aporte terrígeno é importante (nível baixo do mar), a linha da costa vai deslocar-se, pouco a pouco, para o mar, à medida que se depositam os sedimentos ao longo das progradações do prisma de nível baixo superior. Com o tempo e com a alternância repetida de incrementos de subida e de estabilidade relativa do nível do mar, os sedimentos finos do prisma de nível baixo inferior são fossilizados pelos sedimentos mais grosseiros do prisma de nível baixo superior, o qual é caracterizado por uma base de erosão que, em certas lugares, pode erodir o prisma de baixo nível inferior e formar vales cavados. Quando isso sucede, os vales cavados são preenchidos por sedimentos muito grosseiros.
Prisma de Nível Baixo Suspenso...............................................................................................................................Perched Lowstand
Prisme de bas niveau perché / Prisma de nivel bajo suspendido / Prisma Low-Level gehockt, Gelegen / lowstand 栖息低位 / Приподнятый низкий уровень моря / Prisma di bassi livello arroccato
Prisma de nível baixo depositado em associação com uma discordâncias do tipo II, quando a descida relativa do nível marinho não é, suficientemente, importante para que o nível do mar desça mais baixo que o rebordo da bacia. Este tipo de prisma de nível baixo deposita-se quando num contexto de rampa, uma pequena descida relativa do mar ocorre durante o depósito do prisma de nível baixo superior, mas que não é suficientemente importante para criar uma discordância do tipo I.
Ver: « Contexto da Bacia »
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« Cortejo de Nível Baixo (do mar) »
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« Cortejo Sedimentar »
Os contextos geológicos de rampa são frequentes no Golfo do México. Muitas vezes, eles estão associados com uma tectónica salífera e, em particular, com a tectónica dos níveis salíferos alóctones. Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Golfo, a desarmonia tectónica induzida pela escoamento lateral do sal alóctone criou uma discordância do tipo I, a qual sublinha o limite inferior de um ciclo-sequência. Tendo em linha de conta a morfologia desta discordância, um contexto geológico de rampa é mais que provável, uma vez que é muito difícil de pôr em evidência a ruptura da inclinação ao longo da discordância. Neste caso particular, o rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente é, provavelmente, sublinhado pela ruptura da discordância visível na parte oeste da linha sísmica (em associação coma as falhas normais). Durante a descida relativa do nível do mar, que induziu a formação desta discordância, depositaram-se ao longo do talude continental (uma vez que a bacia não tinha plataforma, pelo menos sismicamente), os cones submarinos de bacia (CSB), cones submarinos de talude (CST) e o prisma de nível baixo inferior (PNBi). Desde que o nível relativo do mar parou de descer e começou a subir (em aceleração), a lâmina de água aumentou de maneira significativa e linha da costa deslocou-se para o continente. Durante o período de estabilidade relativa do nível do mar que seguiu o incremento da subida relativa e como o aporte terrígeno era importante (nível baixo do mar), a linha da costa deslocou-se, pouco a pouco, para o mar, à medida que se depositam os sedimentos ao longo das progradações do prisma de nível baixo superior. Uma pequena descida relativa do mar induziu uma discordância do tipo II sobre a qual se depositou um prisma de nível baixo suspenso. Como a geometria é, igualmente, progradante apenas o deslocamento para o mar e ligeiramente para baixo dos biséis de agradação permite a identificação.
Prisma de Bordadura de Bacia...............................................................................................................................Shelf Margin Wedge
Prisme de bordure de bassin / Prisma de borde de cuenca / Prism Rand des Beckens / 棱镜的盆地边缘 / Клин краевой зоны бассейна / Prisma bordo del bacino
Prisma sedimentar que fossiliza uma discordância do tipo II e que prograda sobre uma plataforma continental a jusante da antiga ruptura da superfície de deposição.
Ver: « Ciclo Sequência »
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« Cortejo Sedimentar »
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« Discordância Tipo II »
Os prismas da bordadura das bacias (PBB) estão associados com as discordâncias do tipo II. Inicialmente, os geocientistas da Exxon consideram dois tipos de discordâncias: (i) Tipo I e (ii) Tipo II. Uma discordância de tipo I é induzida por uma descida relativa do nível do mar, que põe o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia do ciclo-sequência precedente. Este rebordo é em geral o limite externo da planície costeira, uma vez que na maior parte dos casos, durante a parte tardia do prisma de nível alto (do ciclo-sequência precedente), a bacia não têm plataforma. Uma tal descida relativa do mar, exuma completamente plataforma, se ela existir, ou levanta ainda mais a planície costeira em relação ao novo nível do mar e exuma também a parte superior do talude continental. Como ilustrado no esquema superior, esta descida, implica: (a) Um deslocamento para o mar e para baixo dos depósitos costeiros ; (b) A ruptura dos perfis de equilíbrio provisório dos rios ; (c) O depósito de cones submarinos profundos e (d) Uma superfície de erosão. Uma discordância do tipo II é induzida por uma descida relativa do nível do mar de pequena amplitude. O nível relativo do mar não desce, suficientemente, para que as condições geológicas mudem para condições de nível baixo. Os depósitos costeiros são pouco deslocados para jusante e para baixo (esquema inferior). Isto quer dizer, que a plataforma, se ela existir, não é exumada totalmente. No caso da bacia não ter plataforma, a planície costeira que não é muito levantada em relação ao novo nível relativo do mar. Por outro lado, como a superfície de erosão é muito limitada não existe deposição turbidítica profunda. A deposição continua, praticamente, como durante o prisma nível alto, uma vez que uma subida ou uma estabilização relativa do mar ocorre depois da pequena descida. O centro de deposição deste novo intervalo sedimentar, que alguns autores chamam prisma de bordadura da bacia (PBB) é ligeiramente deslocado para jusante em relação ao prisma de nível alto ao qual ele é agregado. A deposição continua até que ocorra uma descida relativa do mar significativa. Actualmente, a grande maioria dos geocientistas pensa que a diferenciação entre estes dois tipos de discordâncias não é relevante.