Prodelta................................................................................................................................................................................................................................................................................Prodelta

Prodelta / Prodelta / Prodelta / 前三角洲 / Продельта / Prodelta

Parte do delta que está debaixo da profundidade efectiva da erosão das vagas (em mar calmo). O prodelta localiza-se a jusante da frente do delta e mergulha, suavemente, para o mar profundo. O prodelta é localizado para além da frente do delta e inclina para a parte profunda da bacia na qual o delta prograda e onde os sedimentos clásticos, transportados pela corrente, não são mais preponderantes.

Ver: « Cortejo Sedimentar »
&
« Delta »
&
« Planície Deltaica »

Um delta é um depósito sedimentar, mais ou menos, sub-horizontal, localizado na embocadura dos rios e que tem uma morfologia triangular ou em forma de leque. Ele é atravessado por numerosos rios distributivos que, por vezes, se estendem ao de lá da costa. Um delta resulta da acumulação do acarreio sedimentar transportado por uma corrente, que não é removido pelos marés, ondas ou correntes marinhas. Três ambientes sedimentares podem reconhecer-se num delta: (i) Planície Deltaica, que é a parte superior do delta, onde se depositam as camadas superiores, mais ou menos, horizontais e que termina pela frente do delta, que é a parte proximal do delta onde se depositam os sedimentos arenosos ; (ii) Prodelta, que é a parte do delta que, em geral está debaixo da acção erosiva das vagas e onde se depositam as canadas inclinadas ou frontais e (iii) Base do Prodelta, onde se depositam as camadas horizontais inferiores, quando elas existem. É importante não confundir um delta com um edifício deltaico, o que é muito frequente, em particular, na interpretação geológica das linhas sísmicas. Um edifício deltaico corresponde à sobreposição, mais ou menos, vertical de vários deltas, da mesma maneira que um arranha-céus corresponde à sobreposição vertical de um conjunto de andares cuja altura média é de 2,40 metros. A espessura de um edifício deltaico pode ultrapassar 5-10 km, enquanto, que a espessura de um delta varia, em geral, entre entre 20 e 50 metros. Um prodelta ou talude deltaico não se pode confundir com um talude continental, embora, em certos casos, quando a bacia não tem plataforma continental, a parte superior do talude continental possa ser formada por um talude deltaico (prodelta), cuja espessura, raramente, ultrapassa 50 metros. Os deltas lacustres, quando a desembocadura de um rio é num lago, são tão frequentes como os deltas marinhos.

Produção Orgânica (carbonatos)............................................................................................Organic production, Carbonate function

Production organique (carbonates) / Producción orgánica (carbonatos) / Ökologische Produktion (Carbonate) / 有机生产(碳酸盐岩) / Органическое производство (карбонаты) / Produzione organica (carbonati)

Produção de material carbonatado em função da profundidade de água. Sinónimo de Curva de Produção de Carbonatos.

Ver: « Modelo de Deposição (carbonatos) »
&
« Recife »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

Neste exemplo, a curva de produção de carbonato sugere uma produção máxima sob 3-10 metros de lâmina de água. A produção de algas termina cerca de 35-40 metros e a produção é, praticamente, nula, abaixo de 60-70 metros. Esta curva de produção entra em linha de conta com a intensidade da luz do sol que penetra na água e a sua forma depende, principalmente, da profundidade da zona fótica e da zona de saturação da luz. A penetração da luz segue uma simples diminuição exponencial com a profundidade de água. A curva de produção orgânica é uma função hiperbólica dependente da intensidade da luz. A produção orgânica é, relativamente, importante sob uma fraca lâmina de água, quer isto dizer, na zona de saturação da luz, onde a luz não é um factor de crescimento, mas a produção diminui rapidamente com a profundidade de água. É a curva de produção orgânica que cria a grande diferença entre as plataformas siliciclásticas, onde o acarreio sedimentar é abundante e, largamente, preponderante e onde os depósito de alta energia se depositam junto da linha da costa e as plataformas carbonatadas em particular as plataformas orlados (ou aureoladas). Neste tipo de plataformas, nas quais o acarreio sedimentar é, praticamente, ausente, os depósitos de moderada a alta energia depositam-se próximo da linha da costa (função da largura e profundidade da laguna), mas as areias carbonatadas de alta energia e recifes formam-se por construção orgânica e litificação síncrona da sedimentação, longe da linha da costa (margem externa e abrupta da laguna). Pode dizer-se que se numa plataforma siliciclástica a lâmina de água aumenta, mais ou menos, regularmente até ao ruptura de declive que marca o início do talude continental, numa plataforma carbonatada orlada, devido a curva de produção orgânica, a lâmina de água entre a linha da costa e a ruptura do declive (que pode ser coincidente com o rebordo da bacia) é, mais ou menos, constante e função da profundidade da laguna. O perfil das plataformas siliciclásticas está em equilíbrio com a profundidade de acção das ondas, o que não é o caso nas plataforma orlados uma vez que as construções orgânicas resistem à acção das ondas.

Produtor (organismo).........................................................................................................................................................................................................................................Producer

Producteur (organisme) / Productor (organismo) / Produzent (Lebewesen) / 製作人(众生) / Продуцент (организм) / Produttore (essere vivente)

Organismo capaz de sintetizar a sua própria alimentação a partir de substâncias inorgânicas utilizando a luz do Sol ou a energia química. As plantas verdes, algas e certas bactérias são organismos autotróficos. Sinónimo de Autotrófico.

Ver: « Autotrófico (organismo) »
&
« Alga »
&
« Zona Eufótica »

Um autótrofo, também chamado de produtor, é um organismo que produz compostos orgânicos complexos (como carbohidratos, gorduras e proteínas) a partir de moléculas inorgânicas simples utilizando a energia da luz (pela fotossíntese) ou reacções químicas inorgânicas (quimiossíntese). Eles são os produtores da cadeia alimentar, tais como plantas na terra ou as algas na água. Os produtores são capazes de fazer a sua própria comida e podem fixar o carbono. Eles não utilizam compostos orgânicos como fonte de energia ou como fonte de carbono. Os organismos autotróficos podem reduzir o dióxido de carbono (adicionando hidrogénio) para fazer os compostos orgânicos. A redução do dióxido de carbono, um composto de baixa energia, cria um armazenamento de energia química. A maioria dos autotróficos utiliza a água como agente redutor, mas outros podem usar os compostos de hidrogénio, tais como o sulfeto de hidrogénio. Um produtor pode produzir a sua própria energia através da fotossíntese via as entradas de luz, dióxido de carbono e água. Os produtores ou autótrofos podem ser fototróficos ou litotróficos (quimioautótrofos). Os fototróficos usam a luz como fonte de energia, enquanto litotróficos oxidam compostos inorgânicos, como o sulfeto de hidrogénio, enxofre elementar, amoníaco (NH_4 ), óxido de ferro (FeO), etc. Os fototróficos litotróficos usam uma parte da ATP (trifosfato de Adenosine-5) produzida durante a fotossíntese ou a oxidação de compostos inorgânicos para reduzir NADP (fosfato de Nicotinamide adenine dinucleotide) + a NADPH para formar compostos orgânicos. Outros organismos, chamados heterótrofos, utilizam os autótrofos como alimento para realizar as funções necessárias para a sua vida. Os heterotróficos, isto é, todos os animais, quase todos os fungos, assim como a grande maioria das bactérias e protozoários, dependem dos autotróficos para a energia e matérias-primas de que eles necessitam. Heterotróficos obtêm energia pela ruptura de moléculas orgânicas (carbohidratos, gorduras e proteínas) contida nos alimentos.

Profundidade de Compensação (carbonatos)...............................................................................................Compensation depth

Profondeur de compensation (carbonates) / Profundidad de compensación (carbonatos) / Carbonate Entschädigung Tiefe / 补偿深度 / Компенсационная глубина (карбонаты) / Profondità di compensazione (carbonati)

Profundidade da água abaixo da qual o carbonato de cálcio, produzido no oceano, é dissolvido completamente. Profundidade abaixo da qual não há nenhuma deposição do carbonato de cálcio.

Ver: « Calcário »
&
« Calcite »
&
« Modelo de Deposição (carbonatos) »

Debaixo da profundidade de compensação dos carbonatos (PCC), a taxa de aporte do carbonato de cálcio (calcite e aragonite) e taxa de dissolução compensam-se, quer isto dizer, que nenhum carbonato de cálcio se deposita. O carbonato de cálcio é, praticamente, insolúvel nos níveis superficiais da água do mar. As conchas do plâncton calcário que tombam nas água profundas estão, praticamente, intactas até atingirem a lisoclina (termo utilizado na geologia para indicar a profundidade de água do mar a partir da qual a taxa de dissolução da calcite aumenta drasticamente). Quando elas atingem a profundidade de compensação do carbonato de cálcio, todo o carbonato de cálcio se dissolve. O plâncton e sedimentos calcários só se encontram na coluna de água acima da profundidade de compensação. Se o fundo do mar estiver acima da profundidade de compensação do carbonato de cálcio (PCC), os sedimentos do fundo do mar podem ser sedimentos calcários. Se o fundo do mar estiver mais baixo do que a profundidade de compensação, todas as conchas calcárias são dissolvidas antes de atingirem o fundo. A solubilidade do carbonato de cálcio depende da temperatura, pressão, composição química da água e quantidade dióxido de carbono (CO2) dissolvida na água. O carbonato de cálcio dissolve-se mais facilmente a baixas temperatura e altas pressões. O esquema ilustrado nesta figura mostra que a morfologia do fundo oceânico e da dorsal médio oceânica controlam, parcialmente, a natureza dos sedimentos que aí se depositarão. Quando a crusta oceânica está acima da profundidade de compensação do carbonato (PCC), a maioria dos sedimentos depositados é de natureza orgânica (vasas orgânicas). Quando a crusta oceânica atinge maiores profundidades, unicamente, sedimentos detríticos terrígenos se depositam no fundo oceânico (finos níveis de shales abissais). À medida que a crusta oceânica arrefece, ela fica mais pesada e afunda-se mais. Esta subsidência combinada com a eustasia faz variar o espaço disponível para os sedimentos, o que permite a deposição de um prisma sedimentar nas margens da bacia oceânica, o qual é composto, basicamente, por um prisma de nível baixo e um de nível alto, com um intervalo transgressivo entre os dois prismas.

Progradação ....................................................................................................................................................................................................................................Progradation

Progradation / Progradación / Progradation / Progradation(靠海随着时间的推移的增长) / Проградация / Progradazione

Sobreposição lateral das unidades sedimentares que resulta quando o acarreio sedimentar excede a taxa de subida relativa do mar, o que obriga os sedimentos a se depositarem em direcção do mar. Deslocamento para o mar (exterior) e, em geral, para cima (posição mais elevada), da linha da costa ou do rebordo da bacia, devido à deposição dos sedimentos transportados pelos rios, acumulação de material litoral devido às ondas, correntes costeiras ou construções orgânicas.

Ver: « Acomodação »
&
« Inclinação Deposicional »
&
« Ruptura (superfície de deposição) »

Nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore de Moçambique, é necessário não esquecer que a variação lateral muito rápida da profundidade de água, cria um artefacto sísmico importante. A parte dos reflectores localizados a Este do rebordo da bacia actual está mais profunda (em tempo) do que os da parte Oeste, uma vez que as ondas sísmicas gastam mais tempo a atravessar a lâmina de água do que a coluna sedimentar. Na versão em profundidade desta linha, os reflectores localizados a jusante do rebordo da bacia são muito menos inclinados em direcção do mar. Dois intervalos sedimentares são, facilmente, reconhecidos nesta tentativa de interpretação: (i) Um intervalo agradante, no qual a configuração dos reflectores é, mais ou menos, paralela e (ii) Um intervalo progradante no qual a geometria dos reflectores é sigmóide. Este intervalo é formado por dois subintervalos. O inferior, no qual a geometria dos reflectores é incompleta (a linha sísmica não é, suficientemente, longa) e o superior, no qual a geometria sigmóide dos reflectores é perfeitamente visível. Esta geometria é característica da grande maioria das progradações. Tendo em linha de conta a escala vertical, a ruptura superior de cada reflector corresponde ao rebordo da bacia (rebordo continental) e a ruptura inferior ao limite entre o talude continental e planície abissal. Durante o intervalo progradante superior, pode dizer-se, que com o tempo, o rebordo da bacia se deslocou, pouco a pouco, para o mar e para cima, como sublinhado pelo círculos brancos. Na parte inferior deste intervalo o deslocamento para o mar é mais importante do que o deslocamento vertical (agradação), enquanto que na parte superior, embora o deslocamento para o mar seja sempre preponderante, o deslocamento vertical (agradação) é muito mais significativo.

Progradação Agradante..............................................................................................................................................................................Aggradational

Progradation aggradante / Progradación agradante / Progradation aggradante (mit Verlandungszonen) / Progradation aggradante(与沉积)/ Намывное несогласное регрессивное налегание / Progradazione aggradante

Quando a agradação (construção vertical) é significativa embora sempre inferior ao deslocamento para o mar da ruptura costeira da superfície de deposição (linha da costa) ou rebordo da bacia (os quais podem, por vezes coincidir, quando a bacia não tem plataforma continental).

Ver: « Inclinação Deposicional »
&
« Progradação »
&
« Ruptura (superfície de deposição) »

Nos intervalos estratigráficos superiores das margens continentais divergentes pós-Pangeia, os episódios regressivos são, predominantes, como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore da Austrália. Tais episódios exibem, geralmente, uma geometria progradante, com os biséis de progradação distantes orientados no sentido do acarreio sedimentar. Globalmente, nesta tentativa de interpretação, os intervalos progradantes ou regressivos, uma vez que os depósitos costeiros se deslocam para o mar e para cima, são associados com a descida eustática (não confundir com descida relativa) que começou no Cenomaniano-Turoniano. Esta descida começou, efectivamente, a partir da superfície da base das progradações maiores, cuja idade é de 91,5 Ma, uma vez que a partir desse momento, o volume das bacias oceânicas pós-Pangeia começou a aumentar (diminuição do volume das dorsais oceânicas). Individualmente, cada intervalo progradante, particularmente, dentro de um ciclo-sequência, está associado a uma subida relativa do nível do mar em desaceleração. Como é fácil de constatar nesta tentativa de interpretação, a cada incremento de subida relativa do nível do mar, o rebordo da bacia (uma vez que durante a maior parte dos intervalos regressivos a bacia sedimentar não tem plataforma) desloca-se para o mar (progradação), mas também para cima (agradação). A agradação do rebordo da bacia (ou da linha da costa) nunca atinge a amplitude do deslocamento horizontal em direcção do mar. Quando o deslocamento vertical para cima (agradação) é superior a resolução sísmica e, por conseguinte, as progradações agradantes são bem visíveis e a agradação, facilmente, calculada, os geocientistas falam de progradações agradantes. São estas progradações que exibem a geometria sigmóide típica. Pode dizer-se, que mais as progradações são agradantes mais a geometria das linhas cronostratigráficas se parece com a geometria de um S invertido. Este tipo de progradações contrasta com as progradações oblíquas, nas quais a agradação é, praticamente, nula (agradação inferior à resolução sísmica).

Progradação Oblíqua............................................................................................................................................................................................Oblique offlap

Progradation oblique/ Progradación oblícua / Oblique Progradation / 斜progradation / Наклонное несогласное регрессивное налегание / Progradazione oblique

Quando a agradação é nula ou debaixo da resolução sísmica, o que quer dizer, que o deslocamento para o mar da linha da costa (ruptura costeira da superfície de deposição) ou do rebordo da bacia (as quais podem coincidir) é quase horizontal.

Ver: « Inclinação Deposicional »
&
« Progradação »
&
« Ruptura (superfície de deposição) »

Num padrão de progradações oblíquas paralelas, como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Mar Negro, as linhas cronostratigráficas têm uma geometria inclinada e rectilínea. As terminações superiores das linhas cronostratigráficas, que marcam quer as sucessivas posições da linha da costa, quer os sucessivos rebordos da bacia (se a bacia tem ou não uma plataforma continental), são abruptas e estão todas ao longo do mesmo plano. Provavelmente, isto quer dizer, que durante o depósito o nível relativo do mar era estável (nem subia nem descida) e que as rupturas da inclinação se deslocavam, unicamente, para o mar sem nenhuma agradação (uma agradação implica uma subida relativa do nível do mar). Pode dizer-se que uma configuração progradante oblíqua implica as condições de deposição seguintes: (i) Um aporte terrígeno importante ; (ii) Uma subsidência pequena ou nula ; (iii) Um nível relativo do mar, mais ou menos, constante ; (iv) Uma zona de trânsito sedimentar ou erosão na parte superior (montante) da superfície de deposição e (v) Um ambiente sedimentar de alta energia. Antes de se considerar se um intervalo progradante tem um configuração oblíqua ou agradante, o geocientista interpretador tem de decidir se os biséis somitais (terminações superiores das reflexões ou planos de estratificação) são biséis somitais por sem-deposição ou por erosão o que, geologicamente, significa duas coisas, totalmente, diferentes. No primeiro caso, a configuração interna é, verdadeiramente, progradante oblíqua, visto a montante do bisel existe uma zona de trânsito sedimentar e que toda a deposição se faz por construção para o mar sem agradação. A mesma geometria final, pode ser obtida a partir da deposição de um intervalo progradante constituído por progradações agradantes, o qual é, em seguida, parcialmente, erodido devido a uma descida relativa do mar significativa que pôs o nível do mar, suficientemente, baixo (mais baixo que o rebordo da bacia) para criar uma discordância, isto é, uma superfície de erosão.

Progradação Sigmoide..............................................................................................................................................................................Sigmoidal Offlap

Progradation sigmoïdale / Progradación sigmoidal / Sigmoidal Progradation / S形progradation / Сигмовидное несогласное регрессивное налегание / Progradazione sigmoidale

Quando os deslocamentos sucessivos da linha da costa (ruptura costeira da superfície de deposição) ou do rebordo da bacia para o mar (as quais podem, por vezes, coincidir) são acompanhados de uma agradação significativa.

Ver: « Inclinação Deposicional »
&
« Progradação »
&
« Ruptura (superfície de deposição) »

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Mar Negro existem vários intervalos sedimentares discordantes que foram depositados durante a fase regressiva do ciclo de invasão continental pós-Pangeia. A grande maioria desses intervalos, tem uma configuração interna determinada por progradações sigmoidais. Unicamente o intervalo mais profundo parece ter uma configuração progradante oblíqua, uma vez que a agradação, se existir, é muito pequena. Nas linhas sísmicas, a maior parte dos geocientistas considera que as progradações de um intervalo progradante são sigmoidais quando a agradação, a montante dos rebordos das bacias ou das linhas das costas, que neste exemplo são, praticamente, coincidentes, é significativa e que várias linhas cronostratigráficas (reflectores) se podem por em evidência (intervalo sublinhado pela primeira flecha com vergência NE). Quando, nenhuma linha cronostratigráfica é evidente, a montante dos rebordos das bacias ou das linhas das costas, sem grande erro, pode dizer-se que as progradações são oblíquas. Tendo em linha de conta, que uma linha sísmica é uma secção em tempo e não em profundidade, pode dizer-se, que numa configuração sigmóide, o ângulo de deposição é, relativamente, pequeno (em geral inferior a 1°). Os segmentos inferiores dos estratos aproximam-se da discordância da base com ângulos muito pequenos e as terminações dos reflectores associados são quer biséis de progradação verdadeiros quer aparentes (quando a interface sedimentar é tão fina, que está debaixo da resolução sísmica). Um intervalo sedimentar constituído por progradações sigmoidais implica: (i) Um acarreio sedimentar relativamente fraco ; (ii) Uma subida relativa do nível do mar importante e rápida que permita o depósito e a preservação do segmento superior das progradações e (iii) Um ambiente sedimentar pouco energético. Em certos casos, rochas-mãe potenciais, isto é sedimentos ricos em matéria orgânica, encontram-se, muitas vezes, associados com os segmentos inferiores destas progradações.

Projecção (tipo de mapa ou de carta)..............................................................................................................................................................................Map Projection

Projection (tapo de mappe) / Proyección (tipo de mapa) / Kartenprojektion / 地图投影 / Картографическая проекция / Mappa proiezione

Qualquer método de representação de uma esfera ou outra forma geométrica num plano. Diferentes projecções são necessárias para a criar mapas. Todas as projecções distorcem, mais ou menos, a superfície que se deseja representar. Função da finalidade do mapa, algumas distorções são aceitáveis e outras não. É por isso que existem diferentes projecções, a fim de preservar certas propriedades da superfície projectada em detrimento de outras.

Ver: « Mapa Geológico »
&
« Mapabilidade »
&
« Isócrona »

Nesta figura estão ilustrados diferentes tipos de projecções: (i) Projecção Gall-Peters, dita cilíndrica equivalente, na qual as rectas perpendiculares aos paralelos e as linhas meridianas têm intervalos menores, o que resulta numa reprodução fiel das áreas dos continentes à custa de uma maior deformação dos mesmos ; (ii) Projecção Mercador, representação das coordenadas espaciais relativas as três dimensões do globo terrestre num planisfério de duas dimensões (mesmo que acentuadamente deformada tal projecção é um desdobramento ao nível do equador terrestre, das escalas de longitude integradas em suas latitudes) ; (iii) Projecção Cilíndrica de Miller, alternativa à projecção de Mercator, com o intuito de reduzir a grande variação da escala com a latitude e de permitir que os pólos sejam representados ; (iv) Projecção Mollweide, criada para corrigir as diversas distorções da projecção de Mercador e na qual os paralelos são linhas rectas e os meridianos, linhas curvas (área é proporcional à da esfera terrestre, tendo forma elíptica e achatamento dos pólos norte e sul) ; (v) Projecção de Área Igual (sinusoidal), na qual os paralelos são linhas rectas espaçadas, uniformemente, e por isso o sistema é assimilado como uma projecção pseudo-cilíndrica, embora os meridianos tenham uma forma sinusóide (apenas o meridiano central é recto) e as superfícies são conservadas e representação dos pólos é menos deformada do que numa uma verdadeira projecção cilíndrica ; (vi) Projecção de Área Igual (homolosine de Goode), modificação da projecção da Mollweide, de carácter sinusóide, onde se tomam vários meridianos como o centro e se realizam projecções separadas ; é uma projecção equivalente (mantém as áreas em proporção e dá uma maior sensação da esfericidade da superfície da Terra) ; (vii) Projecção Robinson, projecção não conforme e não equivalente baseada em coordenadas e não em formulação matemática (concebida para minimizar as distorções angulares e de área).

Promontório.........................................................................................................................................................................................................................................Promontory

Promontoire / Promontorio / Vorgebirge / 海角 / Структурный выступ / Promontorio

Ponta de terra, geralmente alta, que se estende para dentro de um corpo de água.

Ver: « Leixão »
&
« Litoral »
&
« Falésia »

Como ilustrado nesta figura, um promontório é uma espécie de península ou seja uma ponta de terra, geralmente, alta, que se estende dentro um corpo de água e que, por conseguinte, tem três lados. Em geral, o lado do promontório paralelo à linha da costa é muito mais pequeno do que os outros lados que são, mais ou menos, perpendiculares, e podem ter comprimentos significativos. No Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, um promontório é definido como "cabo formado por uma elevada montanha", enquanto que cabo é definido como " terra que sobressai da linha da costa marítima ou que forma o vértice de duas costas, sinónimo de ponta", o que quer dizer que segundo este dicionário um cabo e promontório não são significados. Para muitos geocientistas, cabo e promontório são considerados como sinónimos. Em Portugal, em geografia, um cabo é definido como um acidente geográfico formado por uma massa de terra que se estende por um oceano ou mar que lhe está adjacente. Em geral, na língua portuguesa, um cabo, que é uma península estreita, tem mais importância que um promontório e, muitas vezes, exerce influência sobre correntes costeiras e outras características oceanográficas de seu meio. Alguns cabos são, especialmente, famosos denotando pontos importantes dos continentes ou ilhas em que se situam. A navegação efectuada entre cabos sem que se perca contacto visual com a costa denomina-se "cabotagem". Na Europa, o Cabo de Finisterra (Espanha), o Cabo Norte (Noruega), o Cabo da Rocha (Portugal), o Cabo de São Vicente (Portugal) são, sem dúvida nenhuma, dos cabos mais famosos. Na navegação (ciência, arte, prática ou tecnologia, de planear e executar uma viagem de um ponto de partida até seu ponto de destino) cabo grande ou promontório grande é o nome dado aos três principais cabos austrais da rota marítima através do Oceano Austral : (i) Cabo da Boa Esperança, no sul da África.

Proterozóico...........................................................................................................................................................................................................................................Proterozoic

Proterozoïque / Proterozóico / Proterozoikum / 元古宙 / Протерозой / Proterozoico

A éon geológico entre os éons Arcaíco (2,5 Ga) e Fanérozoico (590 Ma), dentro do qual, certos geocientistas consideram vários períodos geológicos, tais como: (i) Vendiano ; (ii) Sturcianio ; (iii) Yurmatiano ; (iv) Burzyano ; (v) Huroniano e (vi) Randiano. As denominações destes períodos não têm estatuto internacional.

Ver: « Éon »
&
« Escala do Tempo (geológico) »
&
« Tempo Geológico »

O Proterozóico durou cerca de 1910 My, o que comparado com a idade da Terra (4,5 Ga, quer isto dizer, 4,5 mil milhões de anos atrás) representa cerca de 40% da história geológica, como indicado na coluna Tempo (%) desta figura. Tudo indica que a Terra se formou à cerca de 4,5 Ga, mas que quase 4,0 Gy (4 mil milhões de anos) passaram até que os primeiros animais apareceram. É este intervalo de tempo que os geocientistas chamam Pré-Câmbrico. Certos geocientistas evitam este termo e preferem considerar, antes do Fanerozóico, três Éons (Harland et al., 1982): (i) Proterozóico, entre 590 e 2500 Ma ; (ii) Arcaíco, entre 2500 Ma e 4000 Ma e (iii) Priscoanio, entre 4000 Ma e 4500 Ma (não esqueça que Ma representa uma idade e My um intervalo de tempo). De qualquer maneira falar do Pré-Câmbrico como um simples intervalo de tempo não tem sentido, uma vez que ele representa cerca de 86 % da história da Terra. Contrariamente aos depósitos profundos do Arcaíco, muitos dos sedimentos do Proterozóico depositaram-se em mares epicontinentais e estão muito menos metamorfizados. O estudo dos sedimentos do Proterozóico mostrou que durante este éon houve uma rápida acreção dos continentes (o que parece não ter acontecido nos éons seguintes) e formação de vários ciclos de supercontinentes, o que sugere a presença de uma intensa tectónica das placas. Durante este éon apareceram as primeiras glaciações, cujo ponto culminante ocorreu durante a época Varangiana (± 670 Ma) com a formação da "Terra Bola de Neve". Um dos eventos mais importantes durante este éon foi o gradual aumento de oxigénio na atmosfera. Embora o oxigénio fosse libertado, pela fotossíntese, já durante o Arcaíco, ele só pode começar a acumular-se de maneira significativa quando os absorventes químicos, como o enxofre e ferro, se saturaram, o que parece ter acontecido cerca de 2,3 Ga, quando o teor de oxigénio, na atmosfera, era cerca de 1% ou 2 % do valor actual.

Protocariota........................................................................................................................................................................................................................................Protokaryote

Protocaryote / Protocariota / Protokaryote (ohne Zellkern) / Protokariote(无细胞核)/ Протокариот /Protokaryote (senza un nucleo cellulare)

Termo pouco utilizado para designar um procariota, isto é, um organismo no qual o genómico DNA não está envolvido por uma membrana nuclear dentro das células. Como exemplo de protocariotas, as quais formam o seu próprio reino, chamado Monera ou Procariota, podem citar-se as bactérias e algas azuis.

Ver: « Cianobactéria »
&
« Eucaryote »
&
« Alga Castanha (Feofícea) »

Protocariotas, Procariontes, Procariotas ou Procariotos, que são sinónimos, são organismos unicelulares que não apresentam seu material genético delimitado por uma membrana. Estes seres não possuem nenhum tipo de compartimentalização interna por membranas, estando ausentes várias outras organelas, como as mitocondrias, o Complexo de Golgi e o fuso mitótico. Esta definição engloba todos os organismos dos domínios Bacteria e Archaea. Tais células possuem diversas outras diferenças se compararmos com as células eucarióticas. Elas não possuem a maior parte das organelas (o ribossomo é presente), seu DNA é cíclico, a fluidez de suas membranas são apenas controladas por fosfolipídios (e não por fosfolipídios e esteróides como em células eucarióticas), não se juntam formando organismos pluricelulares, já que não tem a capacidade de formar tecidos, etc. Este nome tem origem grega onde karyon, significa noz ou núcleo, combinado com o prefixo pro-, que significa anterior. Células com um núcleo são chamadas eucariontes, onde o prefixo eu- significa bom ou verdadeiro. Em algumas células procariontes observadas ao microscópio electrónico foram observados vestígios nucleares pouco visíveis. Os procariontes apresentam metabolismos muito diversificados, o que é reflectido na sua capacidade de colonização de diferentes ambientes, tais como tratos digestivos de animais, ambientes vulcânicos, ambientes salobros, etc. Apesar de não possuírem organelas celulares, podem conduzir seus processos metabólicos na membrana celular. A maioria possui parede celular, algo que não acontece com certos tipos de células eucariotas (como as dos animais). Os protocariotas são sempre organismos unicelulares, reproduzindo-se assexuadamente por fissão binária. Outras formas de recombinação de DNA entre procariontes incluem a transformação e a transdução (reprodução no qual o DNA bacteriano é transferido de uma bactéria para outra por um vírus, os chamados bacteriófagos).

Protodolomite............................................................................................................................................................................................................................Protodolomite

Protodolomite / Protodolomite / Protodolomite (Calcium-Magnesium mit Metallionen) / Protodolomite (与金属离子钙镁) / Протодоломит / Protodolomite (calcio-magnesio con ioni metallici)

Termo aplicado, frequentemente, às dolomites do Holocénico (variedade de carbonato duplo de cálcio e magnésio), que se formaram durante os últimos 10 ka e que se caracterizam pelo facto que algumas camadas de cálcio poderem conter magnésio e algumas camadas de magnésio poderem conter cálcio.

Ver: « Diagénese »
&
« Dolomitização »
&
« Porosidade »

Esta fotografia (240 microns) ilustra cristais de protodolomite que preencheram a cavidade de uma concha formada por lixiviação (processo pelo qual a água dissolve e transporta os componentes solúveis de uma rocha). Certos geocientistas descrevem a protodolomite como um carbonato cristalino de cálcio e magnésio com uma estrutura desordenada na qual os iões (átomo, grupo de átomos ou molécula que perdeu a sua neutralidade eléctrica por ter perdido um ou mais electrões, adquirindo carga positiva) metálicos ocorrem nas mesmas camadas cristalográficas em vez de ocorrerem em camadas alternadas como é o caso na dolomite. De uma maneira aproximativa, a estrutura da dolomite pode descrever-se como a da calcite, mas com iões de magnésio substituindo iões de cálcio em cada camada de catiões (átomo, grupo de átomos ou molécula que perdeu a sua neutralidade eléctrica por ter captado um ou mais electrões, adquirindo carga positiva). A estrutura da dolomite pode ser vista como tendo um camada de cálcio, uma camada de CO3, um camada de magnésio, um outra camada de CO3 e assim de seguida. Embora, nos ambientes marinhos, a dolomite seja mais estável do que a calcite, a dolomite não se forma directamente nestes ambientes, quer inorgânica quer biologicamente, mas por processos diagenéticos. O mecanismo da formação das dolomites sedimentares é mal compreendido, o que aliás é um dos problemas interessantes da geoquímica dos carbonatos. Muitos geocientistas indicaram a ocorrência frequente de protodolomite nas dolomites Quaternárias. A protodolomite é, relativamente, abundante na parte interna da zona intramareal, uma vez que a evaporação e precipitação da aragonite (a partir das lagunas) e do gesso (debaixo do tapete algal) aumenta a relação Mg/Ca da água dos poros. A formação de protodolomite observa-se também nos lagos e lagunas efémeras isoladas do mar, onde a evaporação é muito importante, em particular durante o verão, o que produz salmouras ricas em magnésio, a partir das quais a aragonite e protodolomite se precipitam.

Protógeno (sedimentos).......................................................................................................................................................................................................................Protogene

Protogène (sédiments) / Protógeno (sedimento) / Protogene (abgeleitet vom alten Bergkristall klar) / Protogene(来自古老的岩石晶莹剔透 / Липоевая кислота / Protogene (derivato da cristallo di rocca antica chiaro)

Um sedimento derivado das rochas cristalinas primitivas é, por certos geocientistas denominada protógeno, embora este termo seja também utilizado para um granito no qual o talco suplanta a mica.

Ver: « Sedimento »
&
« Deposição (clásticos) »
&
« Princípio da Composição »

Embora em português o termo protógeno signifique muito pequeno ou ser ínfimo, na Geologia, ele é utilizado para designar duas coisas muito diferentes. Ele é utilizado na Sedimentologia para designar um determinado tipo de sedimentos, mas também na Petrografia (ramo da petrologia cujo objecto é a descrição das rochas e a análise das suas características estruturais, mineralógicas e químicas; distingue-se da petrologia, disciplina que se interessa pelos mecanismos físicos, químicos e biológicos que formam e transformam as rochas) para designar uma variedade de granito. Por exemplo, nesta fotografia, as duas correntes de água vêm de lugares diferentes com bacias de drenagem diferentes. A bacia de drenagem do rio central, que é mais turbulento, é localizada dentro de um maciço granítico, enquanto que a bacia de drenagem do outro rio, que vem da esquerda) é localizada em terrenos vulcânicos. Desta maneira segundo a definição de protógeno (sedimentologia), pode dizer-se que o rio central transporta sobretudo protógenos, como por exemplo, quartzo, feldspatos, zircões, micas, etc., e o outro não. A utilização do termo protógeno na Petrografia, diz respeito a um tipo particular de granito, o qual corresponde a uma rocha granular plutónica, ígnea, cristalina formada, geralmente, por uma mistura de quartzo, feldspato e mica, sem arranjo regular dos cristais, e geralmente de cor esbranquiçada, acinzentada ou avermelha. Os grãos dos minerais que formam o granito variam em tamanho desde o de uma cabeça de alfinete até quase um metro mas, raramente excedem cerca de dois centímetros. Quando os grãos são deste tamanho, ou maiores, diz-se que o granito é de grão grosseiro. Um granito no qual a mica é foi substituída por horneblenda chama-se sienito Quando num granito mica e horneblenda estão presentes fala-se de granito sienítico. Um granito no qual o talco suplanta a mica chama-se protógeno, talcose ou granito clorítico. Um granito com uma mistura de quartzo, hiperstena e palhetas de mica diz-se uma granito hipersténico. Um granito gráfico ou pegmatito é dado a uma variedade de granito composta de feldspato e quartzo com um pouco de moscovite (mica branca).

Protólito (rocha)........................................................................................................................................................................................................................................................Protolith

Protolithe (roche) / Protólito (roca) / Protolith (Lithologie vorherige) / 原岩(岩性以前)/ Протолит / Protolito

Percursor litológico de uma rocha metamórfica. Um argilito (rocha sedimentar) é o protólito (percursor) de um xisto (rocha metamórfica).

Voir: « Ardósia »
&
« Xenólito »
&
« Meta-argilito »

O termo protólito refere-se a litologia precursora de uma rocha metamórfica. O protólito de um xisto ou de um argilito é a argila. Com efeito as rochas metamórficas podem ser derivados de qualquer outro tipo de rocha devido às mudanças das condições geológicas (metamorfismo), isto é, devido às variações de temperatura, pressão e esforços tectónicos, e, por conseguinte têm uma grande variedade de protólitos. A identificação de um protólito é um dos principais objectivos da geologia metamórfica para melhor compreender a história de uma região composta por rochas metamórficas. Ao contrário das rochas metamórficas, as rochas sedimentares não têm protólitos, porque elas são formadas de sedimentos, cuja origem é chamada proveniência. Da mesma maneira as rochas ígneas não têm protólitos porque elas formam-se a partir de um magma. Não esqueça que una rocha metamórfica é o resultado de um protólito (de rocha pé-existente) que sofreu um processo denominado metamorfismo. O termo metamorfismo que significa etimologicamente "mudança de forma". Durante o metamorfismo, o protólito é submetido a um forte calor e pressão (temperaturas superiores a 150-200 ° C e pressão de 1500 bar), o que provoca alterações físicas e / ou químicas profundas. No entanto, o protólito pode ser uma rocha sedimentar, ígneas ou uma antiga rocha metamórfica. As rochas metamórficas formam uma grande parte da crusta terrestre e são classificados en função da textura, química e conjuntos minerais que determinam o fácies metamórfico. As rochas metamórficas podem ser formadas por simples enterramento, submetidas a altas temperaturas e grandes pressões devido camadas de rochas suprajacentes. Elas podem também formar-se em resultado de processos tectónicos, como as colisões continentais, que são na origem das pressões tectónicas horizontais, fricções e distorções. As rochas metamórfica podem, igualmente, formar-se quando aquecidas por intrusões de uma magma proveniente do interior da Terra. O estudo das rochas metamórficas (actualmente expostas à superfície da Terra, na sequência de uma erosão e e um levantamento) fornece-nos informações sobre as temperaturas e pressões que ocorrem em grandes profundidades no interior da crusta terrestre.

Protopangeia........................................................................................................................................................................................................................................Proto-Pangea

Proto-Pangée/ Proto-Pangea / Proto-Pangea / 原始的盘古 / Прото-Пангея / Proto-Pangea

Supercontinente que se formou no fim o Proterozóico. Sinónimo de Rodínia.

Ver: « Colisão Continental »
&
« Pangeia »
&
« Supercontinente »

O supercontinente protopangeia é considerada por muitos geocientistas como o sexto continente. Este supercontinente, que também é chamado Rodínia (que em russo quer dizer terra-mãe), parece ter existido (segundo as reconstituições da Tectónica das Placas) aproximadamente entre 1100 e 750 Ma. Ao contrário da Pangeia, isto é, do último supercontinente que existiu à cerca de 300 Ma, a exacta configuração e história geodinâmica da Protopangeia é ainda mal conhecida. Certos dados paleomagnéticos sugerem paleolatitudes para certas porções da massa continental que formava o supercontinente (mas não as longitudes), as quais os geocientistas tentam juntar umas contra as outras como ilustrado nesta figura. A maior parte da Protopangeia estava, provavelmente, localizada ao sul do equador, com a parte central formada pelo cratão da América do Norte (último paleocontinente da Laurência) e a SE o cratão Este Europeu (último paleocontinente da Báltica), cratão Amazónica e cratão da África do Oeste. Ao Sul encontravam-se os cratões do Rio da Prata e São Francisco. As posições da Sibéria, China do Norte e Sul e do cratão da América do Norte variam segundo os autores das reconstituições. Uma glaciação global do Proterozóico começou à cerca de 800 Ma na Protopangeia e terminou com a ruptura do supercontinente à cerca de 590 Ma. A conjectura de que a Protopangeia existiu desde 1100 Ma até 700-750 Ma sem ruptura da litosfera parece ser refutada pelo facto, avançado por certos geocientistas, de que um supercontinente não pode sobreviver sem se fracturar a um período de 400 My (anomalias térmicas e adelgaçamento da litosfera). Estes autores avançam, um período de cerca de 100 My entre a aglutinação de um supercontinente e sua fracturação. Uma vez que o supercontinente se fractura, os continentes individualizados dispersam-se (expansão oceânica), para depois de atingirem o máximo de dispersão (fase transgressiva do ciclo de invasão continental), começarem, pouco a pouco, a aglutinar-se para formar um novo supercontinente (fase regressiva do ciclo de invasão continental). Este ciclo (supercontinente, fracturação, continentes, aglutinação, supercontinente) por vezes, chamado ciclo de Wilson raramente dura mais de 400 My. Assim, é muito possível que antes da Proto-Pangeia, tenham existido outros supercontinente durante o Proterozóico.

Proveniência (dos sedimentos).....................................................................................................................................................................................................Provenance

Provenance (des sédiments) / Proveniencia (de los sedimentos) / Provenienz (Sediment) / 出处(沙) / Происхождение (осадков) / Provenienza (sedimento)

Lugar de onde os sedimentos provêm, ou local de origem dos sedimentos.

Ver: « Aporte Terrígeno »
&
« Progradação »
&
« Sedimento »

Neste últimos anos, o conceito de proveniência do acarreio sedimentar sofreu uma autêntica revolução devido a integração na sedimentologia dos métodos isotópicos que permitem melhor compreender a origem dos sedimentos, não só de origem detrítica, mas também química. Os primeiros trabalhos neste sentido foram baseados na geocronologia dos grãos detríticos do zircão pelo U-Pb. Estes trabalhos mostraram que as reciclagens sedimentares são muito mais complexas e importantes do que antes se pensava. Outros sistemas isotópicos juntaram-se ao U-Pb e têm o potencial de determinar diferentes origens dos sedimentos, que se podem sobrepor em idade. A bacia Eocénica do "Green River"(EUA), por exemplo, ilustrada nesta figura, tem sido utilizada para o estudo da proveniência dos sedimentos, tendo em linha de conta os efeitos das mudanças climáticas e paleohidrologicas, uma vez que esta bacia é rodeada por altos do soco de idade Arcaica e Professional. Dentro da bacia, como ilustrado no bloco diagrama, podem diferenciar-se os levantamentos tectónicos do Cretácico Superior, que os geocientistas americanos associam com a orogenia Laramide. Entre eles encontram-se depressões (cinzento claro) que representam as bacias sedimentares parcialmente preenchidas por sedimentos continentais e lacustres. Neste contexto, a proveniência dos sedimentos é, em grande parte, dependente a rede hidrográfica, isto é, das correntes fluviais (energias e cargas). Sobre este assunto, nunca esqueça que toda o corpo de água em movimento representa uma certa energia, a qual é proporcional a massa (débito) e ao quadrado da velocidade. Quanto mais rápida for uma corrente, maiores serão as dimensões das partículas transportadas pela carga suspensa e pela carga de fundo. A competência de uma corrente é caracterizada pelas dimensões das partículas que ela pode transportar. Á medida que a velocidade da corrente aumenta, as partículas de maiores dimensões passam a ser transportadas como carga suspensa e maiores quantidades de material de fundo começam a movimentar-se, aumentando a carga de arraste. Por outro lado, quanto maior for o volume do escoamento, maior será a quantidade de carga que ele pode transportar, isto é, maior será a capacidade do rio.

Psamito.............................................................................................................................................................................................................................................................................Psammite

Psammite / Psamita / Psammite (Sedimentgestein) / Psammite (沉积岩) / Псаммит / Psammite (roccia sedimentaria)

Rocha sedimentar resultante da consolidação de areia. Sinónimo de Arenito.

Ver: « Areia »
&
« Arenito »
&
« Granulometria »

Quando um maciço granítico é submetido à erosão, forma-se um arenito. Certos minerais do arenito durante o transporte pela água vão sofrer uma hidrólise, quer isto dizer que os feldspato e a biotite (mica preta) vão ser dissolvidos, enquanto que o quartzo e a moscovite (mica branca) permanecerão intactos. Mais uma rocha contém feldspato e biotita, mais o seu transporte foi curto (feldspato > 25% : é uma arcose), enquanto que, ao contrário, quando o transporte é longo menos haverá de feldspato e de biotite e a rocha final é o psammito. O termo psamito, que vem do grego "psammos" que quer dizer areia, é um termo geral para um arenito, muitas das vezes designado para descrever uma unidade rochosa metamorfizada com uma protólito arenito. Um termo alternativo mais, frequentemente, utilizado para os sedimentos não-metamórficos, é arenito. Muitos geocientistas franceses designam um psamito como um grés das um psamito como Graphics dos carvões, o que quer dizer que são Graphics mais ou menos associados ou mesmo metamórficos. Pettijohn, baseando-se no tamanho dos grãos e evitando os termos argiloso ("argilaceous") e lama ("clay"), os quais implicam uma composição química, propôs os termos seguintes: (i) Pelito, que é um termo de origem grega, que é normalmente utilizado para sedimentos não metamórficos, que formam uma rocha clástica, na qual o tamanho dos grãos é inferior a 1/16mm (o termo latino equivalente latino de lutito e termo vulgar é lamacento ou argiloso); (ii) Psamito é um termo geral para um arenito, o mais frequentemente utilizado para descrever uma rocha metamórfica com um protólito, fundamentalmente, arenítico; o termo equivalente de origem latina é arenito e o termo vulgar ou comum é arenoso; (iii) Psefito, que é uma rocha clástica com granulometria superior a 2 mm, como por exemplo, um conglomerado ou uma brecha; o termo equivalente latino equivalente é rudito e o termo vulgar é conglomerático. Na classificação de Petttijohn, os termos com origem grega (Psefito, Psamito et Pelito) são aplicados para rochas metamórficas ou anquimetamórficas, enquanto que os termos com uma raiz latina (Rudito, Arenito, Lutito) são sobretudo utilizados para rochas nano metamórficas.

Psamófilo (organismo)...........................................................................................................................................................................Psammophile, Psammophitic

Psammophile / Psamófita / Psammophitisch / Psammophyle (或居住在沙) / Псаммофилы (организмы) / Psammophyle (che vivono sulla o nella sabbia)

Organismo que vive num solo ou num ambiente arenoso, Os termos arenófilo e amófilo são, para certos geocientistas, sinónimos de psamófilo, embora na literatura científica eles sejam utilizados mais, frequentemente, para designar ambientes e não organismos.

Ver: « Areia »
&
« Arenito »
&
« Ambiente Sedimentar »

Os organismos psamófilos (areinófilos ou amófilos) são entre os mais representativos da fauna do deserto. As únicas condições de existência dos organismos psamófitos são criadas pelas propriedades dos terrenos arenosos: (i) A sua friabilidade e mobilidade, (ii) O seu rápido aquecimento durante o dia e o abrupta descida de temperatura durante à noite ; (iii) A secura (falsa de água) das camadas superiores e (iv) A concentração de humidade em determinadas zonas profundas. Como resultado dessas condições, os organismos psamófitos têm um certo número de características típicas. A capacidade dos organismos psamófitos de se movimentar rapidamente (correr, voar, saltar) é uma adaptação importante para a aquisição de alimentos e defesa contra os inimigos, e também lhes permite que eles (animais) possam ter acesso a pontos de água que, muitas vezes, se encontram a distâncias significativas. Certos animais psamófitos pode enterrar-se, rapidamente, na areia, como por exemplo, o Phrynocephalus ou cobra da areia (espécie de lagarto da família PageMaker) e outros podem mesmo deslocar-se dentro da areia ou de sedimentos arenosos como os membros da subordem Polyhalite (que contém a maioria dos besouros, com cerca de 300000 espécies descritas). Todos psamófitos são xenófilos (adaptados a perder pouca água). Os psamófitos mais típicos são as pulgas da praia (Sarcopsylla penetrans), besouros escuros, Polyphaga, Solifugae, aranhas, escorpiões, certos Eremias, Phrynocephalus, a cobra da areia, o gato da areia, etc. Nesta figura (à direita) esta planta suculenta com pequenas flores violetas foi inicialmente classificada por Carl von Linné no género Portulaca. A sua tolerância ao sal faz dela uma melhor adaptadas aos solos muito salgados. Ela é também uma psamófita e ela suporta inundações temporárias. O Menaccarus arenicola (fotografia da direita) é uma psamófita típico conhecido unicamente num único local da Áustria (nas montanhas de areia de Marchfeld, não foi mais encontrado desde desde 1959.

Psefito........................................................................................................................................................................................................................................................................................Psephite

Pséfite / Pséfita / Psephite (Sediment oder Sedimentgestein) / Psephite (沉积物或沉积岩) / Псефит / Psephite (sedimenti o roccia sedimentaria)

Termo de origem grega que designa uma rocha clástica com uma granulometria superior a 2 mm, como um conglomerado. Este termo é equivalente a rudito (termo de origem latina), embora psefito seja mais, comumente, utilizado para designar uma que sofreu um certo metamorfismo.

Ve : « Cone Aluvial »
&
« Arenito »
&
« Granulometria »

Pettijohn propôs uma classificação das rochas sedimentares clásticas na qual, para evitar confusões, evitou os termos, normalmente, utilizados para designar as partícula sedimentares como por exemplo argila. Na realidade e sobretudo em Portugal basta ler um artigo sobre sedimentologia para constatar que a maior parte dos geocientistas utilizam, de maneira errada, o termo argila para designar uma rocha, quando esse termo designa quer um mineral quer uma partícula sedimentar (argila é uma família de minerais filossilicáticos hidratados, aluminosos de baixa cristalinidade e muito pequenas dimensões, (menores do que 1/256 mm ou 4 µm de diâmetro), como a caolinite, esmectite montmorillonita, ilites, etc). Pettijohn, baseando-se no tamanho dos grãos e evitando os termos, evitando os termos argiloso ("argilaceous") e lama ("clay"), os quais implicam uma composição química, propôs os seguintes termos: (i) Pelito, que é um termo de origem grega, que é, normalmente, utilizado para sedimentos não metamórficos, que formam uma rocha clástica, na qual o tamanho dos grãos é inferior a 1/16 mm (o termo latino equivalente latino de lutito e termo vulgar é lamacento ou argiloso) ; (ii) Psamito é um termo geral para um arenito, o mais, frequentemente, utilizado para descrever uma rocha metamórfica com um protólito fundamentalmente arenítico ; o termo equivalente de origem latina é arenito e o termo vulgar ou comum é arenoso ; (iii) Psefito, que é uma rocha clástica com granulometria superior a 2 mm, como, um conglomerado ou uma brecha ; o termo equivalente latino equivalente é rudito e o termo vulgar é conglomerático. Na classificação de Petttijohn, os termos com origem grega (Psefito, Psamito et Pelito) são aplicados para rochas metamórficas ou anquimetamórficas, enquanto que os termos com uma raiz latina (Rudito, Arenito, Lutito) são sobretudo utilizados para rochas não metamórficas. A zona anquimetamórfica, como proposto por Kubler (1967 e 1968), corresponde a um aumento da cristalinidade da ilite.

Pterópodo....................................................................................................................................................................................................................................................................Pteropod

Ptéropode / Pterópode / Thecosomata / 有殼翼足亞目 / Крылоногие моллюски / Thecosomata

Pequeno gastrópodo marinho da subclasse Opisthobranchia (filo Mollusca), caracterizado por ter um pé modificado para formar um par de parápodos utilizados para a natação. Os pterópodos, cuja grande maioria tem menos de 1 cm de comprimento, vivem à ou perto da superfície do mar.

Ver: « Parápode »
&
« Filozona »
&
« Bentos »

O termo pterópodo, que vem de uma palavra grega que significa "asa-pé" é, actualmente, aplicado para designar dois grupos taxonómicos diferentes de caracóis marinhos pelágicos nadadores, lesmas do mar, gastrópodos marinhos opistobrânquios (caracterizados por terem uma pela concha muito reduzida ou inexistente e um manto ausente). O termo "Pterópoda" já não tem um uso, cientificamente, preciso, mas o nome vernáculo "pteropodo" é ainda muitas vezes utilizado. Este termo é aplicado quer para designar as borboletas do mar do clado Macintosh quer para designar os anjos do mar do clado Macintosh. Os Macintosh tem um escudo, enquanto os Macintosh são têm concha casca. Os dois clados são, na realidade, não muito intimamente relacionados, apesar de uma semelhança superficial. Ambos são pelágicos, pequenos e transparentes, e ambos nadam com asas em forma de pés (parapodia) que saem dos seus corpos. O grupo Pterópoda foi proposto por George Cuvier em 1804. Contudo François Peron e Charles Alexandre Lesueur consideram que o grupo não era muito grande incluíram a taxa Opisthobrânquia, a taxa Heteropoda e mesmo a taxa Ctenophora. Finalmente, em 1810, os mesmos autores dividiram todo o grupo em dois grupos separados: (a) Os com concha e (b) Os sem concha. Esta figura ilustram pterópodos (Lamacina helénica), por definição nadador, que tem uma concha constituída por aragonite, que é uma importante fonte de alimento para os jovens salmões do Pacífico Norte. Estes caracóis flutuam na água livremente, e são arrastados pelas correntes marinhas. Isto levou a uma série de adaptações dos seus corpos. A concha e as brânquias desapareceram em diversas famílias. Os seus pés tomaram a forma de dois lóbulos-asas, ou parapodia, que impulsionam este bichinho através do mar por movimentos lentos como o das asas. Eles são bastante difíceis de observar, dado que a concha (quando presente) é em grande parte incolor, muito frágil e geralmente inferior a 1 cm de comprimento.

 


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Ultima actualização : Febreiro, 2016
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