Sima.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................Sima

Sima / Sima / Sima (geologische) / 司马(地质) / Сима (силикатная оболочка) / Sima (livello geologico)

Termo geral para designar as rochas ricas em magnésio (basaltos, gabros, peridotitos, etc.) que afloram nas bacias oceânicas e que constituem a parte inferior da crusta continental e do manto. O limite sial-sima corresponde à descontinuidade de Conrad (densidade média ≥ 2800 kg/cm3).

Ver: « Sial »
&
« Ponto Quente »
&
« Astenosfera »

O sima é o nome dado ao nível inferior da crusta terrestre, embora, como ilustrado acima, ele se estenda até 2900 km de profundidade, isto é, até ao limite superior do núcleo da Terra, que se chama nife, visto que o níquel e o ferro são os seus componentes principais. O nome sima deriva das duas primeiras letras de sílica e magnésio. O sima é composto por rochas constituídas por minerais ricos em sílica e magnésio. Tipicamente quando o sima aflora no fundo do mar, ele é, basicamente, formado de basaltos, o que levou muitos geocientistas a chamar-lhe o nível basáltico da crusta terrestre. Como os fundos oceânicos são, fundamentalmente, constituídos por sima, certos geocientistas chamam-lhe erradamente crusta oceânica, uma vez, que, como dito acima, o sima estende-se até ao núcleo da Terra, quer isto dizer, muito para lá da crusta oceânica. A densidade do sima é maior do que a do sial que lhe é sobrejacente. A densidade do sima varia entre 2800 e 3300 kg/m3. Quando o sima aflora em superfície, sobretudo no fundo do mar, ele é formado por rochas máficas ou rochas ricas em minerais máficos. O sima mais denso tem menos sílica e forma as rochas chamadas ultramáficas. O sial tem uma densidade entre 2700 e 2800 kg/m3, que é largamente inferior a densidade do sima (2800 - 3300 kg/m3). Na base, o sial passa, progressivamente, aos basaltos que formam o sima. A linha que separa o sial do sima é a descontinuidade de Conrad, que, arbitrariamente, é colocada quando a densidade média atinge 2800 kg/m3. A densidade média do sima varia entre 2800 e 3300 kg/m3, na parte superior, e entre 3300 e 5600 kg/m3 na parte média inferior. Pode dizer-se que sob o ponto de vista da composição química, a Terra divide em três camadas: (i) Sial, camada superficial, pouco densa e frágil, composta, principalmente, por sílica e alumínio ; (ii) Sima, camada intermediária, com uma espessura de cerca de 2850 km, dúctil, densa, composta principalmente por sílica e magnésio e (iii) Nife, camada inferior e mais ou menos equivalente ao núcleo da Terra.

Sinclinal..............................................................................................................................................................................................................................................................................Syncline

Synclinal / Sinclinal / Synklinale / 向斜 / Синклиналь / Sinclinale

Dobra de forma côncava, na qual as camadas mergulham para o centro da estrutura. Nas cartas geológicas, os sinclinais reconhecem-se, facilmente, por uma sucessão de camadas cada vez mais jovens para o centro da estrutura. Os sinclinais, são estruturas criadas por regimes tectónicos compressivos e, por isso, não devem ser confundidos com as sinformas que são criadas por regimes extensivos. Num sinclinal, os sedimentos foram encurtados, enquanto que numa sinforma os sedimentos foram alargados.

Ver : « Anticlinal »
&
« Armadilha (petróleo ou gás) »
&
« Sinforma »

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma sucessão de linhas sísmicas do norte da ilha de Sumatra (Indonésia), é óbvio, que os sedimentos foram encurtados por um regime tectónico compressivo. Este regime era caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos (pressão geostática mais pressão dos poros mais pressão tectónica) oblongo, o que quer dizer, que o eixo σ1 (eixo principal) era horizontal e que os sedimentos foram encurtados. O encurtamento fez-se, principalmente, por dobras cilíndricas (anticlinais e sinclinais) e falhas inversas. Isto significa que o eixo σ3 (eixo mais pequeno do elipsóide dos esforços efectivos) era vertical. A direcção axial dos anticlinais e sinclinais, assim como a grande maioria da direcção dos planos das falhas inversas é perpendicular à direcção do σ1. Não pode haver formação de falhas normais (síncronas da compressão) em associação com os anticlinais ou sinclinais, em particular na crista das estruturas. Se existirem falhas normais, elas são ou mais recentes ou mais antigas que o encurtamento, mas não contemporâneas. Quando elas são mais antigas, em geral, elas foram reactivadas (função do ângulo entre a direcção da falha e a direcção do σ1) como falhas inversas durante o encurtamento, embora em certos casos possam manter, localmente, uma geometria normal aparente (quando a inversão dos blocos falhados não é total). Quando, as falhas normais são mais recentes, elas tem a geometria típica das falhas de alongamento. Como certamente já constatou, a grande maioria das falhas visíveis nesta tentativa de interpretação são as antigas falhas normais criadas durante a fase de rifting (extensão = alargamento) da bacia de antearco, que foram reactivadas durante o encurtamento. Desta maneira, a direcção axial dos anticlinais e sinclinais pode, localmente, ser ligeiramente diferente da direcção do σ1.

Sinforma..........................................................................................................................................................................................................................................................................Synform

Synforme / Sinforma / Synform (Geometrie) / Synform(几何) / Синформа / Synform (geometria)

Estrutura de forma côncava, semelhante a um sinclinal, isto é, na qual as camadas mergulham para o centro, mas induzida por um regime tectónico (regional ou local) extensivo. Contrariamente a um sinclinal, uma sinforma desenvolve-se durante regimes tectónicos em extensão, o que quer dizer, que as sinformas alongam os sedimentos, enquanto que os sinclinais os encurtam.

Ver: « Anticlinal »
&
« Armadilha (petróleo ou gás) »
&
« Sinclinal »

Nesta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore do Norte de Angola, as sinformas estão associados com a halocinese (tectónica salífera sem pressão tectónica). Eles formaram-se à medida que o sal se escoou lateral e verticalmente. Quando o sal flui, o escoamento cria um vazio, o qual é preenchido pelos sedimentos já depositados ou síncronos do escoamento. Como dizem muitos geocientistas, a natureza tem horror do vazio. O preenchimento do espaço vazio faz-se por alargamento dos sedimento sobrejacente o qual só se pode fazer por falhas normais. A maior parte das vezes, como é o caso nesta tentativa, as falhas normais não são visíveis porque os seus rejeitos são muito pequenos e inferiores à resolução sísmica. As falhas normais são, perfeitamente, visíveis nas diagrafias de inclinação e sobretudo nos testemunhos de sondagem. A geometria das sinformas foi, mais tarde, ligeiramente cerrada, uma vez que durante o Pliocénico, os sedimentos foram encurtados por um regime tectónico compressivo (constrangimento pelas dorsais oceânica), como os biséis de agradação, na parte superior (acima dos bulbos salíferos), o sugerem. O constrangimento contribuiu à formação das suturas salíferas verticais, que separam o sal autóctone do alóctone, embora o mecanismo principal tenha sido a diferença de densidade entre o sal e os sedimentos. Os sedimentos compactam-se à medida que se enterram, o que aumenta a sua densidade. O sal não se compacta. A densidade do sal é constante (2,15-2,17 função do teor em magnésio) em profundidade. Um doma salífero com paredes verticais é uma impossibilidade física. Existe um nível de inversão, acima do qual o sal é mais denso do que os sedimentos. O sal exerce uma pressão que não é compensada pela pressão dos sedimentos. Debaixo do ponto de inversão, é o contrário, a pressão que os sedimentos exercem contra o sal não é compensada pela pressão que o sal exerce contra os sedimentos e por isso o sal desliga-se.

Sintema...............................................................................................................................................................................................................................................................................Synthem

Synthème / Sintema / Synthem (chronostratigraphischen Einheit) / Synthem(年代地层单位) / Синтема / Sintema (unità cronostratigrafica)

Intervalo sedimentar discordante limitado entre duas discordâncias do tipo I ou do tipo II. É importante não confundir um intervalo estratigráfico discordante com um ciclo - sequência, uma vez que um ciclo-sequência é limitado por discordâncias e pelas suas correlativas conformidades (em água profunda).

Ver: « Ciclo-sequência »
&
« Discordância do Tipo I »
&
« Rebordo da bacia »

Contrariamente a um ciclo-sequência, que se pode identificar-se para além do rebordo da bacia, nas partes mais profundas, um intervalo estratigráfico discordante ou sintema, em geral, só se pode identificar no talude continental superior e a montante do rebordo da bacia. A erosão, induzida pelas descidas relativas o nível do mar, é, apenas, materializada pelos os canhões submarinos, biséis de agradação e de truncatura, no talude continental superior, e pelo preenchimento dos vales cavados (ou incisos) na plataforma continental. Como, as unidade estratigráficas limitadas por discordâncias, os sintemas mais frequentes, provavelmente, são os limitados por discordâncias regionais e interregionais e por isso têm uma espessura importante (comparável à dos subciclos estratigráficos de invasão continental). Isto quer dizer, que o termo sintema é recomendado para tais unidades. Ele é muito útil nas bacias cratónicas, onde a coluna estratigráfica é, fundamentalmente, constituída por intervalos depositados sob uma lâmina de água relativamente pouco profunda (a montante do rebordo da bacia). O termo intertema foi proposto, por certos geocientistas, para designar pequenas unidades estratigráficas limitadas por discordâncias mais locais, com uma espessura e intervalo de tempo equivalentes às formações e andares geológicos. Os prefixos "sub" e "super" podem, eventualmente, ser utilizados para hierarquias superiores. Nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore sul da Ilha aos Ursos (Spitzberg), a bacia de tipo-rifte, entre o substrato e a margem divergente, é limitada por duas discordâncias (a discordância superior é nitidamente angular, o que quer dizer que ela foi reforçada pela tectónica) e, por conseguinte, pode dizer-se que ela forma um sintema. Como a grande maioria dos sedimentos que formam as bacia de tipo-rifte são não-marinhos, o reconhecimento de discordância internas permite de as subdividir, por vezes, o sintema em subsintemas.

Sísmica de Reflexão............................................................................................................................................................................................Reflection seismic

Sismique de réflexion / Sísmica de reflexión / Reflexionsseismische / 地震反射 / Сейсморазведка методом отражённых волн / Sismica a riflessione

Método de pesquiza geofísico que utiliza os princípios da sismologia para avaliar as propriedades da subsuperfície terrestre a partir das ondas sísmicas reflectidas. Este método baseia na emissão de ondas sísmicas artificiais na superfície terrestre ou no mar, geradas por explosivos, canhões de ar comprimido, queda de pesos ou vibradores. As ondas reflectidas (sísmica de reflexão) e refractadas (sísmica de refracção) nas interfaces das camadas da crusta terrestre retornam à superfície, onde elas são registadas.

Ver: « Coeficiente de Reflexão »
&
« Linha Sísmica »
&
« Sísmica de Refracção »

O método da sísmica de reflexão requere uma fonte de energia, que pode ser dinamite / Tovex ou vibradores (Vibroseis). Os vibradores são grande camiões que agitam uma almofada ou placa de vibração segundo uma determinada frequência. Anotando o tempo, que gasta uma reflexão até chegar a um receptor, é possível estimar a profundidade da interface que gerou a reflexão. No offshore, a aquisição sísmica, que é, mais ou menos, a mesma que em terra, é mais simples, rápida e mais barata. Um barco sísmico substituí o camião de controlo e de registo dos dados. Como ilustrado neste esquema, o barco desloca a fonte de energia e um cabo (ou streamer) com hidrofones. O mesmo barco pode operar com várias fontes de energia, mas a experiência mostra que mais tiros não é, necessariamente, melhor. O cabo com os hidrofones pode ter um comprimento superior a 8 km, mas, raramente, perturba os pescadores. Actualmente, os barcos sísmicos operaram com três fontes de energia, cujos sinais são recebidos por hidrofones posicionados em 8-12 cabos de cerca de 3 km de comprimento e sobre uma largura de cerca de 800 metros. Nas campanhas marinhas, o dinamite é, raramente, utilizado como fonte de energia. Nos estudos de alta resolução, são utilizadas ondas de alta frequência. Na pesquiza petrolífera sob uma lâmina de água importante, os canhões de ar comprimido ("air gun") são, frequentemente, utilizados como fonte de energia. Nestes canhões, uma bolha de ar é comprimida e descarregada no mar. O descarregamento emite uma energia suficiente para gerar sinais de mais de 10 segundos (tempo duplo) de profundidade, a qual, em função da velocidade com que as ondas sísmicas viajam dentro dos diferentes intervalos sedimentares, pode ser equivalente a mais de 5 km de profundidade.

Sísmica de Refracção....................................................................................................................................................................................Refraction Seismic

Sismique de Réfraction / Sísmica de refracción / Reflexionsseismik / 地震折射 / Сейсморазведка методом преломленных волн / Sismica a rifrazione

Método sísmico que se baseia nas medidas dos tempo de trajecto das ondas sísmicas, que se deslocam paralelamente, ou quase, aos intervalos com altas velocidades, de maneira a os poder cartografar. Este tipo de sísmica requere uma disposição geométrica particular do dispositivo afim de favorecer o registro da energia de tais ondas.

Ver: « Ângulo de Refracção »
&
« Refracção Reflectida »
&
« Sísmica de Reflexão »

Este método baseia-se no tempo de percurso de ondas sísmicas refractados nas interfaces entre intervalos. Este método é baseado no tempo de trajecto das ondas sísmicas refractadas nas interfaces entre intervalos sedimentares de velocidades. A energia sísmica é fornecida por uma fonte de energia localizada em superfície. Nas aplicações de pequena profundidade, como na ilustrada nesta figura, a fonte de energia pode ser uma queda de um peso , um vibrador ou uma pequena carga explosiva. A energia irradia  da fonte e viaja viaja quer, directamente, através do intervalo superior (chegada directa), quer para baixo para depois viajar, lateralmente, ao longo de uma interface com grande contraste de velocidade (chegada refractada) antes de voltar para a superfície. Quando ela chega à superfície ela é detectada numa linha de geofones distanciados uns dos outros por intervalos regulares. Para além de uma determinada distância do ponto de tiro (fonte de energia), chamada distância de cruzamento, o sinal refractado é o primeiro sinal a chegar aos geofones (chega antes da chegada directa). Os tempos de trajecto dos sinais directos e refractados fornecem indicações sobre a profundidade do refractor. A primeira aplicação da sísmica de refracção é a determinação da profundidade e geometria do substrato. Contudo, devido a dependência da velocidade sísmica da elasticidade e densidade do material através do qual a energia se propaga, a sísmica de refracção fornece um meio de determinar as resistências desse material. Esta técnica é aplicada com sucesso para determinar a profundidade de pedreira enterradas, das descargas públicas e da espessura dos terrenos de cobertura assim como da topografia da água subterrânea. A sísmica de refracção é aplicada, unicamente, onde a velocidade sísmica dos intervalos aumenta com a profundidade. Quando um intervalo de alta velocidade, como um intervalo argiloso, está acima de um intervalo de velocidade inferior (como um intervalo arenoso), os resultados são, por vezes, incorrectos.

Sísmica 3D...........................................................................................................................................................................................................................................................3D Seismic

Sismique 3D / Sísmica 3D / 3D-Seismik / 三维地震 / 3D сейсмика (трёхмерная сейсморазведка) / Sismica 3D

Quando a distância entre as linhas sísmicas (2D) é pequena (200 - 500 m) e a distância entre a fonte e os receptores varia entre 25 e 70 m, obtém-se um grande volume de dados que podem ser combinados em qualquer direcção para obtenção de uma linha ou mapa de subsuperfície sísmica ("time-slices"). Actualmente, para controlar as frentes de injecção de água ou de outros fluídos em campos petrolíferos em produção, são feitos dois ou mais levantamentos 3D registrados em diferentes intervalos de tempo, o que caracteriza uma sísmica dita 4D.

Ver: « Coeficiente de Reflexão »
&
« Linha Sísmica »
&
« Sísmica de Reflexão »

Uma área de uma campanha 3D é divida em compartimentos ("bins"), que, geralmente, têm 25 metros de comprimento por 25 metros de largura. Os traços sísmicos são atribuídos a específicos compartimentos de acordo com o ponto médio entre a fonte e o geofone, o ponto de reflexão ou o ponto de conversão. Os compartimentos são, normalmente, determinados de acordo com o ponto médio comum, mas um processamento sísmico mais sofisticado permite outros tipos de compartimentação. Os traços dentro de um compartimento são adicionados par criar um traço significativo. A qualidade dos dados depende em grande parte do número de traços por compartimento. A série de dados resultante pode “ser cortada” em qualquer direcção. As linhas sísmicas originais chamam-se emlinhas ("inlines"). As linhas sísmicas perpendiculares às emlinhas chamam-se ortolinhas ("crosslines"). Quando a migração foi, correctamente, efectuada, nas linhas sísmicas 3D, os eventos são colocados nas suas verdadeiras posições, quer horizontal quer verticalmente, o que dá mapas de subsuperfície mais correctos do que os construídos quando com as linhas sísmicas 2D, que sendo mais espaçadas requerem interpolações. Como ilustrado acima, os dados 3D fornecem informações detalhadas sobre a geometria das falhas e estruturas de subsuperfície. A utilização de computadores nas interpretações e apresentações permitem uma análise mais crítica do que as feitas na base de dados 2D. Contudo, nunca se pode esquecer que quando se aumenta a quantidade e qualidade dos dados sísmicos, os conhecimentos dos interpretadores tem também que aumentar. Uma sísmica 3D pode resolver um certo número de problemas geológicos, se o geocientista encarregado da interpretação souber, à priori, o que procura.

Sistema.......................................................................................................................................................................................................................................................................................System

Système / Sistema / System / 系统 / Система / Sistema

Conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado. Os systemas ocorrem em várias disciplinas, como na biologia, medicina, geologia,geologia do petróleo, informática, administração, etc.

Ver: « Sistema de Deposição »
&
« Sistema Petrolífero »
&
« Tempo Geológico »

O termo sistema vem do grego onde ele significa "combinar", "ajustar", "formar um conjunto". Todo o sistema, quer ele seja geológico, petrolífero, biológico, etc., tem um objectivo geral a ser atingido. Um sistema é um conjunto de órgãos funcionais, componentes, entidades, partes ou elementos e as relações entre eles. A integração entre esses componentes pode realizar-se por fluxo de informações, fluxo de matéria, fluxo de energia, etc. A boa integração dos componentes de um sistema é a sinergia, que determina que as transformações ocorridas em uma das partes influenciará todas as outras. A alta sinergia de um sistema faz com que seja possível que ele cumpra a sua finalidade e atingia seu objectivo com eficiência. Um sistema é mais do que a simples soma das suas partes. O método cartesiano (estudo individual das partes para compreender o todo) não funciona. Nesta figura está ilustrado um dos muitos quadros de estudo de um sistema petrolífero (relação genética entre uma rocha-mãe e uma acumulação de petróleo). Como se pode constatar um sistema petrolífero é constituído por três subsistemas : (i) Gerador ; (ii) Migração-Armezanamento e (iii) Preservação, nos quais diferentes parâmetros petrolíferos devem ser considerados : (a) Rocha-mãe; (b) Rocha-reservatório ; (c) Rocha de cobertura (lateral e vertical) ; (d) Maturação da matéria orgânica ; (e) Migração ; (f) Armadilha ; (g) Preservação, etc. É a interacção entre todos estes parâmetros que pode criar um sistema petrolífero, quer ele seja conhecido (!), hipotético (.) ou especulativo (?). Não confunda sistema, que, como dito acima, é um todo formado por várias partes interconetadas, com teoria. Uma teoria é um conjunto coerente de hipóteses (palpites ou conjecturas que pode ser refutados) testadas por evidência e raciocínio, que tem um grande poder explicativo, o que quer dizer, que uma teoria é um conjunto des hipóteses interconetadas que são baseadas em evidência ou observações, em raciocínio ou lógica e coerentes e internamente consistentes.

Sistema (teoria)..................................................................................................................................................................................................................................................................System

Système (théorie) / Sistema (teoría) / Systemtheorie / 系统理论 / Система (теория) / Teoria dei Sistemi

Conjunto de entidades interactivas e interdependentes, reais ou abstractas, que formam um todo.

Ver: « Sistema de Deposição »
&
« Sistema Petrolífero »
&
« Tempo Geológico »

Muitos dos geocientistas que usam a Estratigrafia Sequencial utilizam uma metodologia analítica ou reducionista. Eles seguem o antigo paradigma analítico cartesiano com o qual a ciência ocidental progrediu muito, quer isto dizer: "O todo é igual à soma das partes". Alguns geocientistas ainda acreditam que em certos sistemas geológicos complexos, como a Tectónica, Paleontologia, Estratigrafia, etc., o comportamento do "todo" pode ser compreendido a partir do estudo das "partes". Eles pensam, que é possível compreender (não confundir com descrever) o preenchimento de uma bacia sedimentar fazendo apenas estudos analíticos dos intervalos sedimentares (ciclos-sequência). Eles trabalham por indução e tentam progredir do particular para o geral, isto é, das "partes" para o "todo", rejeitando a hipótese de que a "Teoria precede a Observação" (K. Popper). Contudo, a grande maioria dos geocientistas sabe que o grande choque científico do século passado foi a introdução dos sistemas, que não podem ser compreendidos por análise. O método holístico ou contextual (ou método sistémico), e a maneira de pensar global, que implica que as propriedades das partes de um todo não são intrínsecas e que o todo é mais do que a soma das partes, estão encontrando, indubitavelmente, uma aceitação crescente na comunidade científica. Na geologia do petróleo fala-se, por exemplo, em sistema petrolífero, que é uma relação genética entre uma rocha-mãe e uma acumulação de hidrocarbonetos. Um sistema petrolífero (todo) é constituído por várias partes : (i) Subsistema Gerador ; (ii) Subsistema Armadilha / Migração, etc. Contudo o sistema petrolífero é muito mais do que uma simples adição dos subsistemas gerador, armadilha /migração e outros. Numa bacia sedimentar se não existir um desses subsistemas, a presença de um sistema petrolífero é impossível. Na pesquiza petrolífera, não vale a pena começar a gastar dinheiro em sísmica se, por exemplo, os geocientistas não reconheceram na coluna estratigráfica da bacia um ou vários intervalos sedimentares ricos em matéria orgânica, isto é, um subsistema gerador potencial. Como a probabilidade de encontrar hidrocarbonetos (todo) é o produto da probabilidade de presença dos parâmetros petrolíferos (partes), se a probabilidade de presença de um parâmetro é zero, a probabilidade de presença do sistema será zero.

Sistema Deltaico-Aluvial.......................................................................................................................................................................Fan-Delta System

Système deltaïque-alluvial / Sistema deltaico aluvial / Delta-alluvialen-System / 三角洲冲积系统 - / Дельтово-аллювиальная система / Sistema delta-alluvionale

Sistema sedimentar, geralmente antigo, depositado em bacias tectonicamente activas e construído, essencialmente, por sistemas de deltas-aluviais e deltas-rios dominados por inundações catastróficas. Estes sistemas e os elementos de deposição que os compõem, não podem ser descritos pelos modelos sedimentares correntes: (i) Processos fluviais e deltaicos “normais” ; (ii) Litologias e (iii) Contextos geomorfológicos derivados do estudo do ambientes marinhos modernos (Mutti, 1996).

Ver: « Aluvial »
&
« Delta »
&
« Ambientes de Deposição »

Geralmente, os sistemas deltaico-aluviais progradam a partir de uma ruptura importante de uma linha cronostratigráfica, como o sopé de uma montanha, como está ilustrado neste modelo proposto por E. Mutti. Na simulação ilustrada na parte superior esquerda desta figura, os pequenos lóbulos de sedimentos formados, sob um lâmina de água muito fraca, nas margem de um cone sedimentar importante, comportam-se como um delta digitado e simulam um sistema deltaico-aluvial. No modelo de Mutti, os lóbulos associados com as inundações que, normalmente, se diferenciam, facilmente, dos cones submarinos do talude podem, em certos casos, ultrapassar, largamente, o rebordo da bacia. Em tais condições, a diferenciação entre os lóbulos deltaicos e os cones submarinos, quando possível é muito subtil. Mutti admite que nem sempre o depósito de cones submarinos, quer eles sejam de bacia ou de talude, se faz em condições geológicas de nível baixo do mar (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia) em associação com uma descida relativa do nível do mar significativa (hipótese de P. Vail). Durante as inundações a carga dos rios é tão grande, que quando eles entram no mar, eles podem induzir correntes de turbidez que transportam para as partes profundas da bacias os sedimentos charruados pelas cheias e, aí, são depositados como sistemas turbidíticos. Da mesma maneira, quando em condições de nível baixo do mar, a linha de baía (ruptura mais a montante de uma linha cronostratigráfica que separa os depósitos fluviais dos costeiros) está próxima do rebordo continental (não confundir com o rebordo da bacia, embora eles possam ser coincidentes), é possível que um sistema deltaico-aluvial possa entrar, directamente, no mar, em água profunda, e criar aquilo que muitos geocientistas chamam um delta aluvial ou delta tipo-Gilbert.

Sistema de Deposição..............................................................................................................................................................................Depositional System

Système de déposition / Sistema de depositación / Ablagerungssystem / 沉积体系 / Система осадконакопления / Sistema deposizionale

Conjunto tridimensional de litologias, geneticamente, ligadas por processos e ambientes sedimentares activos (modernos) ou inferidos (antigos). Um encadeamento lateral de sistemas de depósito contemporâneos forma um cortejo sedimentar. Os sistemas de depósitos são usados para subdividir, correlacionar e mapear as rochas.

Ver: « Ambiente Sedimentar »
&
« Ciclo-Sequência »
&
« Deposição (clásticos) »

Neste esquema, construído com o programa Marco Polo, estão representados três ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência separados por discordâncias (superfícies de erosão), as quais são induzidas por descidas relativas do nível do mar significativas, quer isto dizer, que puseram o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia. Cada um destes ciclos foi induzido por um ciclo eustático de 3a ordem, que é caracterizado por um tempo de duração entre 3-5 Ma. Destes três ciclos, apenas o ciclo-sequência do meio está completo. Um ciclo-sequência completo é composto por três cortejos sedimentares. Um destes cortejos é de nível baixo (do mar) e os outros dois de nível alto (depositados quando o nível do mar está acima do rebordo da bacia). De baixo para cima, num ciclo-sequência completo, pode reconhecer-se : (i) Cones Submarinos de Bacia (CSB), que formam o membro inferior do cortejo de nível baixo (CNB) ; (ii) Cones Submarinos de Talude (CST), que formam o membro médio do cortejos de nível baixo (CNB) ; (iii) Prisma de Nível Baixo (PNB), que é o membro superior do cortejo de nível baixo (CNB) ; (iv) Cortejo Transgressivo (CT), que é o primeiro cortejo de nível alto e (v) Prisma de Nível Alto (PNA), que é o segundo cortejo depositado com o nível do mar acima do rebordo da bacia. Cada um destes cortejos sedimentares é constituído por paraciclo- sequência, dentro dos quais podem existir vários sistemas de deposição, que estão, geneticamente, relacionados uns com os outro (se um sistema de deposição não se deposita, os outros também não). Cada sistema de deposição é caracterizado por uma litologia e uma fauna característica. Se cada paraciclo (intervalo depositado entre duas subidas relativas do nível do mar sem que há uma descida entre elas) do prisma de nível alto for constituído por deltas, em cada um deles, três sistemas de deposição se podem pôr em evidência: (a) Planície deltaica, composta por siltitos ; (b) Frente do delta, composta por areias e (c) Prodelta, composto por lutitos.

Sistema Inferior de Nível Baixo (do mar)..............................................................................................Lower Lowstand System

Système inférieu de bas niveau (de la mer) / Sistema inferior de nivel bajo (del mar) / System weniger Low-Level-(See) / 系统少水平低的(海) / Нижняя система низкого уровня моря / Sistema inferiore di basso livello (mare)

Cones submarinos de bacia (CSB) e cones submarinos de talude (CST). O cortejo sedimentar de nível baixo (CNB) é composto de três membros: (i) Superior, que é composto pelos preenchimentos dos vales cavados (Vcp), prisma de nível de nível baixo (PNB), com o qual por vezes estão associados turbiditos de geometria em telhado de ripas; (ii) Médio, que é composto pelos cones submarinos de talude (CST) e (iii) Inferior, que é composto pelos cones submarinos de bacia (CSB) e contornitos (quando presentes).

Ver: « Cortejo de Nível Baixo »
&
« Cortejo Sedimentar »
&
«Nível Baixo (do mar) »

Os membros superior e médio do cortejo de nível baixo, quer isto dizer, o prisma de nível baixo (PNB) e os cones submarinos de talude (CST), são caracterizados por uma geometria progradante, com biséis de agradação e biséis somitais (ou de truncaturas) na parte superior. Uma geometria ondulada (asas de gaivota), caracterizada por biséis de progradação em sentidos opostos, é, muitas vezes, visível nos cones submarinos de talude, quando os diques marginais naturais são bem desenvolvidos. O membro inferior do prisma de nível baixo é, geralmente, caracterizado por uma geometria agradante na qual os cones submarinos da bacia (CSB) são predominantes. O depósito dos sedimentos do membro inferior ocorre durante descidas relativas do nível de mar (único sistema sedimentar que se deposita sem aumento da acomodação), enquanto que os membros médio e superior se depositam durante a subida relativa do nível do mar, que segue a descida que induziu a discordância da base do ciclo-sequência e o depósito dos cones submarinos da bacia. Em condições geológicas de nível baixo, não há plataforma continental, uma vez, que o nível do mar está mais baixo do que o rebordo da bacia (último rebordo do ciclo-sequência anterior). A bordadura externa do prisma de nível baixo coincide, mais ou menos, com a ruptura costeira da superfície de deposição, a qual não está longe do rebordo continental. Todos sistemas de nível do baixo são localizados a jusante do rebordo da bacia, excepto os preenchimentos de vales cavados (Vcp). Quando a 1a superfície transgressiva (limite superior do cortejo de nível baixo) fossiliza o prisma de baixo nível (início do cortejo transgressivo), a bacia passa a ter um novo rebordo que corresponde neste caso ao rebordo continental.

Sistema Petrolífero................................................................................................................................................................................................Petroleum System

Système pétrolier / Sistema petrolífero / Petroleum-System / 石油系统 / Нефтегазоносная система / Sistema petrolifero

Relação genética entre uma acumulação petrolífera (petróleo ou gás) e uma rocha mãe que gerou os hidrocarbonetos.

Ver: « Jazigo (hidrocarbonetos) »
&
« Rocha-Mãe »
&
« Rocha-Reservatório »

Na industria petrolífera é frequente designar os sistemas petrolíferos pelos nomes das formações geológicas da rocha-mãe e da rocha-reservatório. Assim, por exemplo, na bacia de Maturin (Venezuela), o sistema petrolífero La Luna / Naricual, quer dizer que a rocha-mãe está dentro da formação da Luna e que a rocha-reservatório está dentro da formação Naricual. Contudo, muitas vezes, certos geocientistas confundem um sistema petrolífero, como La Luna / Naricual com o subsistema gerador La Luna (rocha-mãe). Por outras palavras, o sistema petrolífero La Luna não existe, uma vez que um sistema, no método holístico ou contextual (sistémico), é um todo e não uma parte. Um sistema petrolífero inclui todos os elementos e processos geológicos que são essenciais para que exista, na natureza, uma acumulação de petróleo ou gás. Estes elementos básicos incluem: (i) Rocha-mãe ; (ii) Rocha-reservatório ; (iii) Rocha de cobertura ; (iv) Armadilha e (v) Vias de Migração ao longo das quais os hidrocarbonetos podem migrar da rocha-mãe para rocha-reservatório, onde se encontra a armadilha (não confunda rocha-mãe com rocha mãe-potencial). Todos estes elementos devem ser, correctamente, colocados em tempo e espaço para que a matéria orgânica incluída na rocha-mãe possa ser convertida numa acumulação petrolífera. Um sistema petrolífero existe quando todos os elementos básicos existem ou se pensa que eles podem existir. Pode dizer-se que um sistema petrolífero (todo) é constituído por dois grandes subsistemas: (a) Subsistema gerador e (b) Subsistema armadilha / migração, os quais, por sua vez, são complexos e interdependentes, o que quer dizer, que um sistema petrolífero é muito mais do que uma simples soma dos sub-sistemas. Magoon (1987) considerou três tipo de sistemas petrolíferos função do grau de certeza : (1) Sistema petrolífero conhecido (!), quando a correlação entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos é conhecida, em particular por biomarcadores (no caso do petróleo) ; (2) Sistema petrolífero hipotético (.), quando não existe uma correlação entre entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos e (3) Sistema petrolífero especulativo (?), quando o sistema petrolífero é baseado unicamente em dados geológicos ou geofísicos, que ainda não foram testados pelas operações de pesquiza.

Sistema Petrolífero Conhecido (!)......................................................................................................Known Petroleum System

Système pétrolier connu (!) / Sistema petrolífero conocido (!) / Bekannte Erdöl-System (!) / 已知含油气系统 (!) / Известная нефтегазоносная система (!) / Petrolio sistema conosciuto (!)

Quando a correlação entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos conhecida, em particular, por biomarcadores (no caso do petróleo).

Ver^ : « Jazigo (hidrocarbonetos) »
&
« Rocha-Mãe »
&
« Rocha-Reservatório »

O termo petróleo designa um composto que inclui altas concentrações de qualquer uma das seguintes substâncias: (i) Hidrocarbonetos gasosos térmicos e biológicos encontrados em reservatórios convencionais, assim como sob a forma de hidratos de gás, reservatórios com pouca permeabilidade, shales fracturados, e carvão; (ii) Condensados, óleos brutos e betume natural em rochas-reservatório, geralmente, rochas siliciclásticas e rochas carbonatadas. Um sistema petrolífero descreve os elementos interdependentes e processos que formam a unidade funcional que gera acumulações de hidrocarbonetos, quer isto dizer a relação genética entre uma rocha-mãe e uma acumulação de hidrocarbonetos. Um sistema petrolífero tem três importantes aspecto temporais : (A) Idade ; (B) Momento crítico e (C) Tempo de preservação. Em 1987, Magoon considerou três tipos de sistemas petrolíferos em função do grau de certeza: (1) Sistema Petrolífero conhecido (!), quando a correlação entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos é, perfeitamente, conhecida e corroborada pelos biomarcadores, sobretudo no caso do petróleo ; (2) Sistema Petrolífero Hipotético (.), quando existe uma correlação entre entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos, mas ela ainda não for corroborada pela análise geoquímica (biomarcadores) e (3) Sistema Petrolífero Especulativo (?), quando o sistema petrolífero é baseado unicamente em dados geológicos ou geofísicos e que presença hidrocarbonetos (petróleo ou gás) que ainda não provada por poços de pesquiza. Nesta tentativa de interpretação de um autotraço de uma linha sísmica do onshore do Canadá (Montanhas Rochosas), o sistema petrolífero Cardium-Belly River é conhecido desde há muitos nos e foi várias vezes corroborado por estudo geoquímicos. A rocha-mãe (rocha rica em matéria orgânica que foi, suficientemente, enterrada para que a sua matéria orgânica atingisse a maturação, isto ,é a janela do petróleo) encontra-se na formação Cardium e as rochas-reservatório (rochas com uma porosidade e permeabilidade tais que permitem a acumulação e produção de petróleo em quantidades económicas) saturadas de hidrocarbonetos encontram-se na formação Belly River.

Sistema Petrolífero Hipotético (.).................................................................................Système Pétrolier Hypothétique (.)

Système pétrolier hypothétique (.) / Sistema petrolífero hipotético (.) / Hypothetische Erdöl-System (.) / 假设石油系统(.) / Гипотетическая нефтегазоносная система (.) / Petrolio sistema ipotetico (.)

Quando não existe uma correlação entre entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos, mas ainda não corroborada pelos biomarcadores.

Ver: « Jazigo (hidrocarbonetos) »
&
« Rocha-Mãe »
&
« Rocha-Reservatório »

Esta tentativa de interpretação geológica de um autotraço de uma linha sísmica do offshore do Vietname ilustra um sistema petrolífero hipotético (?), uma ver que uma acumulação económica de petróleo foi encontrada no poço de pesquiza Bach Ho ≠1 e que rochas lacustres ricas em matéria orgânica são conhecidas nos hemi-grabens da fase de rifte da bacia de interna ao arco do Vietname. Contudo, como a prova que foram essas rochas mãe que geraram os hidrocarbonetos ainda não foi feita (é muito possível que, actualmente, ela já tenha sido feita), o sistema petrolífero deve, provisoriamente, ser considerado como hipotético: Não esqueça que Magoon, em 1987, considerou três tipo de sistemas petrolíferos função do grau de certeza: (1) Sistema petrolífero conhecido (!), quando a correlação entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos é conhecida, em particular por biomarcadores (no caso do petróleo) ; (2) Sistema petrolífero hipotético (.), quando não existe uma correlação entre entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos e (3) Sistema petrolífero especulativo (?), quando o sistema petrolífero é baseado unicamente em dados geológicos ou geofísicos, que ainda não foram testados pelas operações de pesquiza. Esta classificação baseia-se também no facto que um sistema petrolífero tem três importantes aspecto temporais: (A) Idade; (B) Momento crítico e (C) Tempo de preservação. O tempo de preservação do sistema petrolífero começa, imediatamente, após o processo de geração-migração-acumulação ocorre e estende-se até hoje. Durante o tempo de preservação, remigração, a degradação física ou biológica, ou uma completa destruição do petróleo pode ocorrer. Durante o tempo de preservação, uma remigração do petróleo pode acumular nas rochas reservatório hidrocarbonetos depois do sistema petrolífero se ter formado. Se uma actividade tectónica insignificante ocorrer durante o tempo de preservação, as acumulações permanecem, em geral, na sua posição original. Uma remigração acontece durante o tempo de preservação apenas se um dobramento, levantamento, fracturação ou erosão ocorrer. Se todas as acumulações forem destruídas durante o tempo de preservação, as provas de existência do sistema petrolífero desaparecem. Um sistema petrolífero incompleto ou apenas completado carece de um tempo de preservação.

Sistema Petrolífero Especulativo (?).............................................................................Speculative Petroleum System

Système pétrolier speculatif (?) / Sistema petrolífero especulativo (?) / Spekulative Erdöl-System (?) / 投机性的石油系统 (?) / Спорная нефтегазоносная система (?) / Petrolio sistema speculativo (?)

Quando o sistema petrolífero é baseado, unicamente, em dados geológicos ou geofísicos, que ainda não foram testados pelas operações de pesquiza.

Ver: « Jazigo (hidrocarbonetos) »
&
« Rocha-Mãe »
&
« Rocha-Reservatório »

Segundo Magoon há três tipos de sistemas petrolíferos em função do grau de certeza: (1) Sistema Petrolífero conhecido (!), quando a correlação entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos é perfeitamente conhecida e corroborada pelos biomarcadores, sobretudo no caso do petróleo ; (2) Sistema Petrolífero Hipotético (.), quando existe uma correlação entre entre a rocha-mãe e os hidrocarbonetos, mas ela ainda não foi corroborada pela análise geoquímica (biomarcadores) e (3) Sistema Petrolífero Especulativo (?), quando o sistema petrolífero é baseado unicamente em dados geológicos ou geofísicos e que presença hidrocarbonetos (petróleo ou gás) ainda não provada por poços de pesquiza. Um sistema petrolífero contém várias partes que classificam o sistema de hidrocarbonetos fluídos: (i) A rocha-mãe ; (ii) O nome da rocha-reservatório que contém o maior volume de petróleo e (iii) O símbolo que expressa o nível de segurança. Assim, no exemplo ilustrado nesta figura onde ainda não foi feito nenhum poço de pesquiza petrolífero no anticlinal de Chiru, os geocientistas avançam um sistema petrolífero especulativo, o qual mais tarde pode transformar-se num sistema hipotético que os estudo geoquímicos podem transformar em sistema conhecido. Um sistema petrolífero tem três importantes aspecto temporais: (A) Idade; (B) Momento crítico e (C) Tempo de preservação. A idade de um sistema petrolífero é o tempo necessário para o processo de geração-migração e de acumulação dos hidrocarbonetos. O momento crítico é o tempo que melhor retrata a geração-migração-acumulação dos hidrocarbonetos em um sistema petrolífero. Um mapa e secção transversal feito no momento crítico mostram a extensão geográfica e estratigráfica do sistema. A história do enterramento mostra o momento crítico e os elementos essenciais do sistema petrolífero. O tempo de preservação do sistema petrolífero começa, imediatamente, após o processo de geração-migração-acumulação ocorre e se estende até hoje. Ele engloba todas as mudanças das acumulações de petróleo durante esse período. Durante o tempo de preservação, remigração, a degradação física ou biológica, ou uma completa destruição dos do petróleo podem ocorrer.

Sistema Rio-Delta...................................................................................................................................................................................................River-Delta System

Système fleuve-delta / Sistema río-delta / Fluss-Delta-System / 水系-三角洲 / Система река-дельта / Sistema fluviale-delta

Depósitos sedimentares, associados a um rio e ao delta por ele criado, dominados por inundações. Num sistema rio-delta, a configuração do empilhamento sedimentar e evolução são, aparentemente, controladas pelo: (i) Levantamento inicial da bacia de drenagem ; (ii) Velocidade de desnudação ; (iii) Gradiente de cada um dos sistemas e (iv) Volume e concentração em sedimentos de cada inundação, os quais são função da quantidade de água e sedimentos disponíveis no sistema (Mutti, 1996).

Ver: « Ciclo de Davis »
&
« Bacia de Drenagem »
&
« Sistema Deltaico-Aluvial »

Um delta (não confundir com edifício deltaico) pode ter uma grande variedade de formas e características função do balanço entre a energia, a carga do sistema fluvial e a dinâmica do mar. Existem várias classificações. A mais utilizada baseia-se na forma do delta, que reflecte os factores que controlam a energia do sistema. Duas grandes classes podem ser consideradas: (i) Deltas Construtivos e (ii) Deltas Destrutivos. Os deltas construtivos formam-se quando a acção e processos sedimentares fluviais dominam o sistema. Eles apresentam-se sob duas formas: (a) Deltas em Pata de Ave, como o delta do Mississipi e (c) Deltas Lobados, como o delta o Yukon. Em ambos os casos, o acarreio sedimentar é muito importante, relativamente aos processos marinhos, os quais tendem a dispersar os sedimentos ao longo da linha da costa. Os deltas em pata de ave tem um teor em lama maior do que os deltas lobados e tendem a enterrar-se mais rapidamente quando se tornam inactivos. Os deltas destrutivos formam-se quando a energia da linha da costa é forte. Os sedimentos fornecidos pelos rios são remobilizados pelas ondas ou correntes litorais. Certos deltas como o do Ródano ou do Nilo são dominados pela acção das ondas. Os sedimentos depositam-se em cordões litorais em forma de arco. Os deltas dominados pelas marés têm quase sempre uma geometria radial. Os deltas aluviais ("fan-delta") e entrançados são compostos por material grosseiro. Os primeiros formam-se quando um leque aluvial se deposita, directamente, numa massa de água. Os segundos são associados a um sistema fluvial entrançado. Nos deltas aluviais e rio-deltas, a actividade tectónica e as inundações catastróficas são preponderantes. Eles são caracterizados por pequenos e médios sistemas fluviais com bacias de drenagem elevadas e zonas de transferência localizadas perto do rebordo da bacia.

Sistema Rochoso............................................................................................................................................................................................................................Rock System

Sistema rochoso / Sistema rocoso / Rock-System / 岩系 / Система горных пород / Sistema roccia

Sequência de eventos que envolve a formação, alteração, destruição e reformação das rochas em consequência dos processos geológicos. Ao contrário do ciclo de rocha, um sistema rochoso é um sistema aberto e não retorna ao ponto de partida (S. Judson & S.M. Richardson, 1995).

Ver: « Ciclo de Davis »
&
« Diagénese »
&
« Princípio Geológico »

Um sistema é um todo que é feito de várias partes. O sistema terrestre, por exemplo, é constituído pela atmosfera, terra sólida, oceanos e organismos que ai vivem, o que forma um todo que é, continuamente, activo. O sistema terrestre é constituído por um número incalculável de subsistemas, sistema hidrológico, sistema glacial, sistema fluvial, etc., etc. A tectónica das placas é também um sistema no qual pedaços da crusta terrestre (placas litosféricas) se movem, lateralmente, sobre a astenosfera e interferem nas suas extremidades. Da mesma maneira, um sistema rochoso é um sistema que descreve os membros de uma mesma família de rochas quando eles mudam de ambiente geológico e se tornam membros de uma outra família. As rochas ígneas são destruídas por meteorização. Os sedimentos resultantes dessa meteorização são os tijolos ou blocos de construção das rochas sedimentares. Estas, por sua vez, são parcial ou totalmente destruídas por meteorização ou convertem-se em rochas metamórficas por aumento de temperatura e pressão. As rochas metamórficas podem também ser destruídas por meteorização, ou ser mais metamorfizadas ou, mesmo, fundidas para formar um magma, que pode criar novas rocha ígneas. Quando um sistema rochoso é descrito de maneira circular (não temporal), ele torna-se um sistema fechado e fala-se, então, de um ciclo das rochas. Quando o tempo é tomado em linha de conta o sistema é aberto e nesse caso fala-se de um sistema rochoso. Ao contrário do ciclo das rochas, que representa um sistema fechado, um sistema rochoso é aberto (temporal), uma vez, que ele não regressa ao ponto de partida. O ciclo das rochas é uma sucessão recorrente (que volta ao ponto de partida) de eventos geológicos. Um sistema rochoso é o conceito de uma sucessão temporal de eventos que compreende a formação, alteração, destruição e reformação das rochas em resultado de um certo número de processos geológicos. Como a sucessão é aqui temporal (na direcção do tempo), o sistema é aberto e não volta ao ponto de partida.

Sizígia.............................................................................................................................................................................................................................................................................................Syzygy

Syzygie / Sizigia / Syzygium / 朔望 / Сизигия / Sizigia

Uma das duas posições (conjunção ou oposição) de um corpo celeste quando o Sol, a Terra e o corpo celeste estão alinhados em linha recta.

Ver: « Conjunção (astronomia) »
&
« Terra »
&
« Órbita»

Em Oceanografia, as marés de sizígia são as marés que ocorrem nas luas nova e cheia, quando os efeitos lunares e solares se reforçam uns aos outros, produzindo as maiores marés altas e as menores marés baixas. Com efeito, como ilustrado nesta figura, ou seja o adjectivo de sizígia, descreve o alinhamento de três ou mais corpos celestes do mesmo sistema gravitacional ao longo de uma linha. Por outras palavras, em astronomia, uma sizígia é uma configuração recta de três corpos celestes (como por exemplo a Terra, Sol e Lua) num sistema gravitacional. Este termo é, geralmente, utilizado em referência ao Sol, a Terra e quer à Lua ou um planeta, onde este último está em conjunção (isso significa que, quando visto de algum lugar, geralmente da Terra, dois corpos celestes aparecem próximos um do outro no céu, o que é, também, às vezes conhecido como um apules) ou oposição (quando dois corpos celestes estão em lados opostos do céu quando vistos de um determinado lugar, geralmente da Terra, ou seja dois planetas estão em oposição um ao outro quando a sua longitude eclíptica diferem por 180°). Os eclipses do Sol e da Lua r ocorrem em momentos de sizígia. Este termo é, também, aplicado a cada instante de lua nova ou lua cheia, quando o Sol e a Lua estão em conjunção ou oposição, mesmo que eles não são, exactamente, sobre uma linha com a Terra. O termo sizígia é, muitas vezes, utilizado, em astronomia, de maneira mais geral para descrever configurações particulares de planetas, como no caso ocorrido em 21 Março de 1894 por volta das 23h00, quando Mercúrio transitou pelo Sol, visto da Vénus e Mercúrio e Vénus transitaram, simultaneamente, o Sol visto de Saturno. O trânsito, em astronomia, é a passagem de um planeta inferior em face do Sol, ou de uma lua ou a sua sombra sobre a face de um planeta. Sizígia é, também, utilizada para descrever situações em que todos os planetas estão no mesmo lado do Sol, embora eles não se encontrem, necessariamente, ao longo de uma linha recta. O termo sizígia é também utilizado na matemática, medicina, música, filosofia, zoologia e outras disciplinas da ciência com para descrever coisas totalmente diferentes.

Sobreposição.......................................................................................................................................................................................................................................Superposition

Superposition / Superposición / Überlagerung / 叠加 / Наслаивание (напластование) / Sovrapposizione

Conceito de datação, em idade relativa, nas rochas estratificadas. Numa série de rochas sedimentares não ou ligeiramente deformadas, a camada superior é sempre a mais recente e a camada mais baixa é sempre a mais velha.

Ve : « Princípio Geológico »
&
« Sedimentação »
&
« Idade Relativa »

Em 1667, Nicholas Steno argumentou que como os fluídos, que se decantaram dentro da Terra, da mesma maneira, que os cristais se depositam durante uma reacção química, os estratos que se depositaram na parte de cima de um conjunto sedimentar, não deformado, devem ser mais recentes do que os estratos depositados na parte de baixo. Esta hipótese, que hoje é para todos os geocientistas evidente e conhecida como o princípio da superposição de Steno, foi uma das importantes contribuições à Geologia. Existem muitos outros princípios na geologia, que certos geocientistas consideram "óbvios", mas que há poucos séculos atrás não eram nada evidentes. Por exemplo: (i) Princípio da Composição- uma rocha representada por fragmentos noutra rocha é mais velha que a rocha que os contém ; (ii) Princípio da Continuidade Lateral Original- as camadas sedimentares depositam-se em continuidade lateral ; (iii) Princípio da Horizontalidade Original- as camadas sedimentares depositam-se horizontalmente ; (iv) Princípio da Intersecção- os filões mais recentes deslocam os filões mais antigos ; (v) Princípio da Intrusão- uma rocha intrusiva ígnea é mais jovem que a que ela penetra ; (vi) Princípio da Sucessão dos Fósseis- a distribuição dos fósseis não é imprevisível, ela segue uma sucessão vertical definida ; (vii) Princípio do Uniformitarismo- as mudanças geológicas são devidas sobretudo aos processos e mudanças contínuas como as que se observam actualmente ; (viii) Princípio de Ochkam- a pluralidade não deve ser invocada sem necessidade, etc. Como princípios mais modernos podem citar-se : (a) Princípio de Goguel- durante a deformação, o volume dos sedimentos mantém-se, mais ou menos, constante ; (b) Princípio de Walther- as fácies que se sucedem verticalmente nos estratos conformes sucedem-se, lateralmente, nos ambientes adjacentes ; (c) Princípio Dextrógiro- se um sistema de referência gira no sentido dos ponteiro do relógio a deflexão é para a esquerda do objecto, na direcção do movimento ; (d) Princípio do Balde Carbonatado- o crescimento de uma plataforma orlada é determinado pelo crescimento da orla, etc.

Sobreposição Progradante.................................................................................................................................................................................................Offlap

Superposition progradante / Superposición progradante / Überlagerung progradierenden / 叠加prograding / Регрессивное залегание / Sovrapposizione progradante

Expressão utilizada por certos geocientistas para exprimir a geometria de um intervalo sedimentar que prograda para a bacia. Esta expressão caracteriza uma expansão para jusante (para o mar) das zonas sem deposição ou erosão. Três famílias de sobreposição progradante podem ser consideradas: (i) Sigmóide ; (ii) Oblíqua e (iii) Agradante.

Ver: « Cortejo de Nível Alto »
&
« Regressão »
&
« Progradações »

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Mar Negro, um intervalo regressivo, durante o qual os depósitos costeiros são deslocados par ao mar é, facilmente, reconhecido por cima de um intervalo agradante, provavelmente, associado a um episódio transgressivo (deslocamento para o continente dos depósitos costeiros). Por outro lado, não é difícil de constatar, que em certos casos, o deslocamento para jusante dos depósitos costeiros se faz com uma agradação significativa e que noutros a agradação, se ela existe, é inferior à resolução das linhas sísmicas (mais ou menos 30-50 m). Nos primeiros, as linhas cronostratigráficas correspondem a progradações sigmóides, enquanto que nos segundos casos, quando a agradação é nula, elas correspondem a progradações oblíquas. No cortejo sedimentar de nível baixo (CNB), a bordadura da planície costeira do prisma de nível baixo (PNB), que corresponde ao rebordo continental (limite superior do talude continental) está sempre localizada a jusante do rebordo da bacia, que é o último rebordo da bacia durante o ciclo-sequência precedente. Durante os cortejos de nível alto (cortejo transgressivo e prisma de nível alto), os depósitos sedimentares de água pouco profunda depositam-se, por definição, a montante do rebordo da bacia (bordadura do prisma de nível baixo depois da 1a superfície transgressiva e, mais tarde, a bordadura do prisma de nível alto, quando a bacia deixa, outra vez, de ter plataforma continental). Ao ponto de vista litológico (fácies), numa série estratigráfica composta por areias e lutitos, os horizontes arenosos são preponderantes nos sectores sub-horizontais das progradações sigmóides, enquanto que nas progradações oblíquas, eles depositam-se de preferência, na parte superior da zona frontal inclinada para a bacia. O termo de progradação agradante é utilizado para um intervalo progradante, no qual a agradação é significativa (superior à resolução sísmica), mas sem igualar o deslocamento para o mar dos depósitos costeiros.

Sol......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Sun

Soleil / Sol / Sonne / 太阳 / Солнце / Sole

A estrela no centro do sistema solar. O Sol tem um diâmetro de cerca de 1392000 quilómetros e a sua massa é cerca de 99, 86 % da massa do sistema solar.

Ver: « Terra »
&
« Universo Primitivo »
&
« Raio Cósmico »

O Sol é o objecto celeste mais proeminente e maior do nosso sistema solar, uma vez que ele contém, aproximadamente, 98% da massa total do sistema. Cerca de 109 Terras seriam necessárias para cobrir o disco do Sol e no seu interior caberiam 1,3 milhões de Terras. A camada externa visível do Sol é a fotosfera, a qual tem uma temperatura de 6000 ° C. Esta camada tem um aspecto manchado devido às erupções turbulentas de energia à superfície. A energia solar é gerada no núcleo do Sol, onde a temperatura é cerca de 15M° C e a pressão é 34G de vezes a pressão atmosférica terrestre ao nível do mar. Estas condições de temperatura e pressão permitem a ocorrência de reacções nucleares. São, na realidade, estas reacções que provocam a fusão de quatro prótons ou núcleos de hidrogénio para formar uma partícula alfa ou núcleo de hélio. Como a partícula alfa é, aproximadamente, 0,7% menos maciça do que quatro prótons, a diferença em massa é expelida como energia e transportada para a superfície do Sol, através de um processo conhecido como convecção, onde é libertada como luz e calor. A energia gerada no núcleo do Sol leva cerca de um milhão de anos para chegar à superfície. A cada segundo 700 milhões de toneladas de hidrogénio são convertidas em cinzas de hélio. Durante este processo 5 milhões de toneladas de energia pura são liberados e, portanto, conforme o tempo passa o Sol está se tornando mais leve. A cromosfera está acima da fotosfera. A energia solar passa através desta região para passar para fora do centro do Sol. Fáculas e chamas levantam-se da cromosfera. As fáculas são nuvens brilhantes de hidrogénio que aparecem em regiões onde as manchas solares estão prestes a formar-se. Chamas solares são filamentos brilhantes de gás quente que emergindo das regiões com manchas solares, que correspondem a depressões escuras na fotosfera com uma temperatura típica de cerca de 4000° C. A coroa solar é a parte mais externa da atmosfera solar. É nesta região que aparecem as proeminências solares. As proeminências solares são nuvens imensas de gás brilhante que emergem da parte superior da cromosfera. A coroa solar é a parte mais externa da atmosfera solar, onde aparecem as proeminências solares que são nuvens imensas de gás brilhante que emergem da parte superior da cromosfera.

Soldagem Salífera (sutura salífera).......................................................................................................................................................................................Salt Weld

Suture salifère / Sutura salífera / Schweißen salzhaltigen / 焊接含盐 / Соленосный шов / Saldatura di sale

Superfície ou zona que liga estratos, originalmente, separados por sal autóctone ou alóctone. Uma soldagem salífera, também chamada sudura ou sutura salífera é uma estrutura negativa resultante da remoção completa ou quase completa de sal ou de outros evaporitos.

Ver: « Glacioeustasia »
&
« Subsidência »
&
« Subsidência Compensatória" »

Uma soldadura ou soldagem ou sutura salífera pode consistir num resíduo, brechificado insolúvel composto de pseudomorfos de halite ou de um intervalo de sal pouco espesso para ser resolvido em dados de reflexão sísmica ou a uma ausência total de sal. Uma sutura salífera é, mas nem sempre, marcada por uma desarmonia tectónica (não confundir com discordância, a qual implica uma erosão significativa). Uma outra característica das suturas salíferas, como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Mar Mediterrâneo, é a presença de uma inversão estrutural nos sedimentos posteriores ao sal. Isto quer dizer que os montículos salíferos não são anticlinais mas sim sinformas. Eles correspondem estruturas en extensão criadas, em geral, por um escoamento lateral do horizonte evaporitico. Existem três tipos de soldaduras salífera : (i) Soldaduras Primárias ; (ii) Soldaduras Secundárias e (iii) Soldaduras Terciárias. As suturas primárias juntam estratos, originalmente, separados por evaporitos autóctones. Estas suturas, geralmente, são pouco inclinadas. Elas põem em contacto sedimentos infrassalíferos relativamente inclinados com sedimentos suprassalíferos, que, localmente, inclinam de forma mais acentuada, o que cria uma desarmonia tectónica. A inclinação é, localmente, reforçada pela rotação dos sedimentos, seja por falha lístricas ou por uma subsidência compensatória. As suturas ou soldaduras secundárias juntam estratos, originalmente, separados por estruturas diapíricas (paredes, montes de sal, etc). Elas são quase verticais. As soldaduras terciárias juntam intervalos sedimentares, originalmente, separados por estruturas salíferas de 1a ordem ou superior (cornijas, línguas, mantos. silos, etc.). É importante notar que a configuração interna dos intervalos suprassalíferos permite determinar se o deslocamento lateral e vertical dos evaporitos é contemporâneo da sedimentação, ligeiramente, posterior ou muito tardio. Nesta tentativa de interpretação, a configuração divergente do primeiro intervalo pós-salífero sugere uma fluagem do sal muito precoce

Solifluxão...............................................................................................................................................................................................................................................................Solifluction

Solifluxion / Solifluxión / Solifluktion / Solifluction (群眾運動) / Солифлюкция (течение грунта) / Soliflussione

Escoamento costa abaixo de um solo saturado água. Como o permafroste é impermeável à água, o solo sobrejacente pode tornar-se saturado e, assim, deslizar costa abaixo devido a força da gravidade. O movimento costa abaixo, que pode deformar ou destruir, completamente, os planos de estratificação do solo, tem, em geral, uma taxa máxima de poucos centímetros por dia.

Ver: « Permafroste »
&
« Porosidade »
&
« Escoamento de Detritos »

Em geologia, a solifluxão, também conhecida como fluxão do solo, é um tipo de perda de massa onde os sedimentos saturados se movem, lentamente, costa abaixo, sobre um material impermeável. Um movimento de arrasto lento, sem ruptura, de solos relevo abaixo pela acção da gravidade, muitas vezes, activado pela água da chuva infiltrada intersticialmente nas partículas argilosas, o que diminuindo a coesão dessas partículas torna a massa de solo mais plástica e mais densa. A solifluxão ocorre em ambientes periglaciares, onde a fusão do gelo durante a estação quente produz uma saturação da água na superfície do material descongelado (camada activa), causando uma forma de "fluxo" costa abaixo. Este escoamento é devido ao levantamento produzido pela geada, que ocorre, normalmente, na vertente assim como, a um deslizamento a pequena escala. A solifluxão pode ocorrer em vertentes ou taludes suaves, mesmo com 0,5° de inclinação, a uma velocidade entre 0,5 e 15 cm/ ano. A velocidade de deslocação dos terrenos por solifluxão é muito pequena, da ordem de alguns centímetros a uns poucos de metros anuais. Nos ambientes periglaciares, os fenómenos de solifluxão são muito importantes, em particular na época de fusão do gelo intersticial. Quando a água que satura os materiais provém da fusão do gelo, o fenómeno designa-se gelifluxão. O movimento do material deslocado realiza-se sobre material impermeável, que pode ser constituído por rochas não alteradas ou solo gelado. As vertentes afectadas por fenómenos de solifluxão apresentam características morfológicas específicas, que se manifestam por abaulamentos da sua superfície que correspondem a massas de terreno deslocadas. Segundo a sua forma e dimensão, designam-se por escoadas, lóbulos, bancos e mantos de solifluxão. A fluência (deformação ao longo do tempo de um material submetido a uma carga ou tensão constante) costa abaixo é um processo semelhante, mas que não é dependente de ciclos de congelamento.

Solo................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Soil

Sol / Suelo / Boden / 地面 / Земля (почва) / Suolo

Conjunto dos horizontes geológicos suprajacentes ao substrato rochoso que têm de espessura variável e que são formados por constituintes minerais, que diferem dos materiais originais pelas suas características morfológicas, físicas e mineralógicas.

Ver: « Fragipan »
&
« Erosão »
&
« Alteração »

Solo é um conjunto de material não consolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: (i) Sólida (minerais e matéria orgânica) ; (ii) Líquida (solução do solo) e (iii) Gasosa (ar). Essas fases podem ser encontradas em diferentes proporções, dependendo de factores como tipo de solo e forma de utilização. O solo e o produto da meteorização (conjunto de fenómenos físicos e químicos que levam à degradação e enfraquecimento das rochas) sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo. Um solo, contudo, pode ser visto de diferentes maneiras. Para um engenheiro agrónomo, um solo é a camada na qual se pode desenvolver vida vegetal. Para um engenheiro civil (ponto de vista da mecânica dos solos), um solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou material de construção. Para se classificar um solo, deve-se ter em vista seu horizonte diagnóstico, dentro do solo (horizontes O, A e B juntos). Este é um horizonte do solo, com características pré-determinadas pela taxonomia a ser utilizada pelo pedólogo (geocientista que estuda os caracteres físicos, químicos e biológicos dos solos). A formação de um solo depende muito do clima. Solos de diferentes zonas climáticas apresentam características diferentes. A temperatura e a humidade afectam a meteorização e a lixiviação. O vento move a areia e outras partículas, especialmente, nas regiões áridas, onde há pouca cobertura vegetal. O tipo e a quantidade de precipitação influenciam a formação dos solos, afectando o movimento de iões e partículas através do solo, auxiliando assim o desenvolvimento de perfis diferentes. As flutuações da temperatura diária e sazonal afecta a eficácia da água na meteorização do material da rocha mãe, assim como a dinâmica do solo. A temperatura e a taxa de precipitação afectam a actividade biológica, a velocidade das reacções químicas e tipos da cobertura vegetal.

Sopé Continental...................................................................................................................................................................................Continental Rise, Glacis

Glacis continental / Sopé continental / Kontinentale Aufstieg / 大陆崛起 / Нижняя часть континентального склона / Ascesa continentale

Parte da margem continental localizada entre o talude continental e a planície abissal. O sopé inclina para a planície abissal com pendores de 1:40 até 1:2000. Ele tem, geralmente, uma topografia muito plana, embora, localmente, possa estar afectado por canhões submarinos induzidos por correntes de fundo oceânico. Par certos geocientistas, o sopé continental é sinónimo de talude continental inferior.

Ver: « Planície Abissal »
&
« Plataforma Continental”
&
« Talude Continental"

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do offshore do Camarão, o sopé continental actual é muito bem visível. O sopé continental corresponde à zona de ruptura inferior do talude continental, isto é, à passagem do talude continental para a planície abissal. Como se pode constar nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica, o seu declive é, relativamente, pequeno, mas superior ao da planície abissal. É no sopé continental que as correntes de turbidez (correntes gravitárias), começam a desacelerar para depositarem os sedimentos que elas transportam na planície abissal. Nesta tentativa é interessante notar: (i) A ausência de bacias de tipo-rifte ; (ii) As bacias de tipo-rifte estão localizadas, mais a montante desta linha sísmica ; (iii) A crusta vulcânica subaérea é posterior à ruptura da litosfera (ruptura do Gonduana), e assim posterior às bacias de tipo-rifte, que se desenvolvem na crusta continental quando esta foi alongada (antes da ruptura) ; (iv) A passagem da crusta vulcânica subaérea à custa oceânica faz-se por intermédio de uma zona de fractura (falha de deslizamento em extensão) ; (v) A margem continental divergente (tipo-Atlântico) repousa, directamente, sobre a crusta vulcânica ; (vi) Durante a fase transgressiva do subciclo de invasão continental pós-Pangeia, reconhecem-se, relativamente bem, dois picos transgressivos ; (vii) O primeiro pico ocorreu durante o Albiano e é sublinhado pela superfície da base das progradações (biséis de progradação) SBP. 98 Ma ; (viii) O segundo pico transgressivo corresponde ao máximo da transgressão, a qual ocorreu durante o Cenomaniano-Turoniano e que é materializada pela superfície da base das progradações SPB 91,5 Ma ; (ix) As rochas-mãe marinhas potenciais deste offshore estão associadas com estas superfícies da base das progradações ; (x) Um importante aparelho vulcânico brotou, recentemente, (em termos geológicos) do fundo do mar a cerca de 200 km da linha da costa, provavelmente, em associação com uma zona de fractura importante.

Subandar (geológico)..................................................................................................................................................................................................................................Substage

Sous-étage (géológique) / Sub-piso (geológico) / Substage (geologische) / 台下(地质) / Подъярус (геологический) / Sottostadio (geologico)

Unidade de estratigráfica (estratos) depositada durante uma subidade geológica. Um subandar aplica-se as rochas e não ao tempo. Geralmente, os subandares são utilizados para denominar a episódios glaciares, como, o subandar Woodfordiano que faz parte do andar Wisconsiano.

Ver: « Cortejo Sedimentar »
&
« Escala do Tempo (geológico) »
&
« Tempo Geológico »

A grande maioria dos geocientistas divide os intervalos geológicos rochosos em: (a) Eonotema ; (b) Eratema ; (c) Sistema ; (d) Série ; (e) Andar ; (f) Formação ; (g) Membro e (h) Horizonte. Na cronostratigrafia standard (Hardenbol, J., et al., 1998) são considerados, apenas, quatro intervalos: (i) Eratema, como o Mesozóico; (ii) Sistema, como o Jurássico, (iii) Série, como o Jurássico Inferior ou Lias e (iv) Andar, como o Toarciano, que é o andar superior do Lias. Os equivalentes tempo de Eratema, Sistema, Série e Andar são, respectivamente, Era, Período, Época e Idade. Os subandares são as subdivisões dos andares. Os subandares são, sobretudo, utilizados na Época Pleistocénica (entre 1,6 Ma e 10 ka). Durante esta época (Época Glaciar,) uma grande parte do Norte da América e Eurasia esteve, periodicamente, coberta por calotes de gelo. O espessamento (avanço) das calotes glaciares alternou com períodos (milhares de anos) de adelgaçamento (degelo). Vários ciclos gelo / degelo das calotes glaciares ocorreram durante o Pleistocénico. Estes ciclos induzidos por mudanças climáticas produziram variações eustáticas significativas. Durante as idades interglaciares (subdivisões de uma época geológica), o clima (em certas partes do globo) era agradável e semelhante ao clima actual. A sucessão das idades glaciares pode reconhecer-se pelos andares glaciares, isto é, pelos sedimentos depositados pelos glaciares (moreias ou tilos). As moreias frontais (andares e subandares) representam as idades e subidades durante os quais os glaciares e as calotes tinham um espessamento maior do que hoje. Muitas das moreias e tilos estão separadas umas das outras por solos e sedimentos não-glaciares, que sublinham as idades e subidades interglaciares. O estudo e datação das moreias, como ilustrado nesta figura, permitiu a individualização de quatro subandares (Mankato, Cary, Tazewel e Iowan) no Wisconsiano (andar equivalente ao Wurm na América do Norte).

Subciclo de Invasão Continental....................................................................................................Continental Encroachment

Sous-cycle d'empiètement continental / Sub-ciclo de invasión continental / Continental Eingriff Teilzyklus / 大陆侵占子循环 / Подцикл распространения континента / Sottociclo di sconfinamento continentale

Intervalo estratigráfico induzido por um conjunto de ciclos eustáticos de 2a ordem. Mais ou menos equivalente à antiga supersequência de Vail.

Ver: « Supercontinent »
&
« Ciclo Eustático »
&
« Ciclo Estratigráfico »

A hierarquia dos ciclos estratigráficos proposta por Duval et al. (1993) considera quatro ciclos estratigráficos principais: (i) Ciclo de Invasão Continental ; (ii) Subciclo de Invasão Continental; (iii) Ciclo-Sequência e (iv) Paraciclo-sequência ou Ciclo Parasequência. Estes ciclos estratigráficos estão associados respectivamente a ciclos eustáticos de 1a, 2a, 3a e 4a ordem. As ordens dos ciclos eustáticos são determinadas pelos tempos de duração. Um ciclo eustático de 1a ordem tem uma duração superior a 50 My (milhões de anos). Um ciclo de 2a ordem dura entre 3-5 e 50 My, um de 3a ordem entre 3-5 e 0.5 My e um de 4a ordem 0.5 e 0.1 My. Um paraciclo-sequência (também chamado ciclo parasequência), como o seu nome sugere, não está associado a um verdadeiro ciclo eustático. A sobreposição de vários paraciclos-sequência corresponde a subidas relativas do nível do mar sem que entre elas haja qualquer descida relativa. Um conjunto de paraciclos-sequência forma um ciclo-sequência, que é completo quando todos os cortejos sedimentares estão presentes: (a) Cones Submarinos de Bacia ; (b) Cones Submarinos de Talude : (c) Prisma de Nível Baixo ; (d) Cortejo Transgressivo e (e) Prisma de Nível Alto. Esta classificação é mais coerente do que a proposta, inicialmente, por Vail, na medida em que os limites entre os ciclos e subciclos correspondem sempre a discordâncias, isto é a superfícies de erosão. No caso dos paraciclos-sequência os limites correspondem a superfícies de ravinamento, que se podem considerar como superfícies de erosão menores induzidas por subidas relativas do nível do mar. Como ilustrado acima, os subciclos de invasão continental são induzidos por ciclos eustáticos de 2a ordem, os quais parecem ser criados, principalmente, pelas variações da taxa de subsidência tectónica. Dentro de um subciclo de invasão continental é quase sempre possível pôr em evidência uma superfície de base das progradações, a qual separa uma subfase de transgressiva, caracterizada por uma de geometria retrogradante, de uma subfase regressiva (geometria progradante). Em associação com a interface entre a subfase transgressiva e regressiva, podem depositar-se rochas-mãe potenciais.

Subidade (geológica)..........................................................................................................................................................................................................................................Subage

Sous-âge (géologique) / Sub-edad (geológica) / Unter-Alter (geologische) / - 年龄(地质) / Подпериод (геологический) / Sotto-età (geologica)

Subdivisão de uma idade geológica, o que quer dizer, um pequeno intervalo de tempo geológico. Uma subidade é o tempo durante o qual se depositou um subandar, da mesma maneira, que o período Cretácico é o tempo geológico durante o qual se depositaram as rochas do sistema Cretácico.

Ver: « Escala do Tempo (geológico) »
&
«Idade»
&
« Tempo Geológico »

Como se pode constatar nesta escala tempo do Paleozóico, proposta por Harland et al. (1982), as subidades são intervalos de tempo muito pequenos e não se podem representar nas escala tempo convencionais. Elas são utilizadas para datar corpos sedimentares associados a ciclos eustáticos de alta frequência, como os induzidos pelo espessamento (avanço) e adelgaçamento (recuo) das calotes glaciares durante a época Pleistocénica. Da mesma maneira, como ilustrado acima, algumas das idades do Pérmico inicial (época), quer seja, o Asseliano, Sakamariano, Artinskiano ou o Kunguriano, podem localmente ser subdivididas se, sobre o terreno, ou nos testemunhos de sondagem, e pôr-se em evidência diferentes formações, membros ou horizontes (rochas). O andar Kunguriano, por exemplo, que começa com a aparição dos conodontes Neostreptognathus pnevi e N. Capture e termina com aparição do conodonte Jinogondolella nanginkensis, aflora nas montanhas do Ural, quer na Russia que no Cazaquistão. Na região sul, ele é formado por rochas terrígenas e sedimentos lagunares. Vários tipos de sedimentos pouco profundos, evaporíticos e não-marinhos depositaram-se como fácies laterais. Noutros sítios, conglomerados, areias e depósitos arenosos vermelhos são frequentes. Na região este, os intervalos evaporíticos formados por alternâncias de gesso, halite e potassa formam a bacia salífera do Rio Kama. Calcários marinhos ocorrem, por exemplo, na província de Perm (de onde deriva o nome Pérmico) e calcários recifais ocorrem na parte oeste das montanhas de Mughalzhar. Tudo isto permitiu aos geólogos de considerar vários subandares no Kunguriano, que se depositaram nas seguintes subidades: (i) Ireniano, (ii) Folipoviano e (iii) Saraniano. Contudo, tendo em linha de conta a dificuldade das datações durante o Paleozóico, os subandares e subidades são muito mais utilizados nas épocas geológicas recentes, particularmente, na época Pleistocénica, ondas as datações dos espessamentos (avanços) e adelgaçamentos (recuos) das calotes glaciares são muito mais fáceis.


Envie E-mails para carloscramez@gmail.com ou para carlos.cramez@bluewin.ch com comentários e sugestões para melhorar este thesaurus.
Copyright © 2009 CCramez, Switzerland
Ultima actualização : Febreiro, 2015