Talassogénio (processo).....................................................................................................................................................................................................Thalassogeneous

Talassogénique / Talassogénico / Thalassogenishe / Thalassogeneous(过程) / Талассогенный (процесс) / Thalassogénique (processo)

Processo marinho, como a erosão marinha ou submarina.

Ver: « Deposição (carbonatos »
&
« Déposition (clastiques) »
&
« Erosão Submarina »

Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte, feita, em geral, pela água da chuva, vento ou, pela acção do gelo, quando este actua expandindo o material no qual a água se infiltra e congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e, em geral, vão assorear os cursos de água A erosão destrói os solos e deteriora as águas o que é um problema muito sério para todo o mundo. Devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar este importante problema. Em solos cobertos por floresta, a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as florestas, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa e pode levar a desertificação. A erosão marinha é um longo processo de atrito da água do mar com as rochas que se transformam em grãos. Este trabalho é constante e actua sobre o litoral transformando os relevos em planície, o que devido, principalmente, à acção de dois factores presentes na termodinâmica: (i) calor e (ii) frio, responsáveis pelo surgimento das ondas, correntes e marés. Os processos talagénicos tanto ocorrem nas costas rochosas como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar forma as falésias- Nas segundas ocorre o recuo da praia, onde os sedimentos removidos pelas ondas são transportados, lateralmente, pelas correntes de deriva litoral. Nas praias arenosas, a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infraestruturas até a graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a realimentação de praias. Em Portugal, na região de Aveiro, vive-se, actualmente, uma situação preocupante. A estreita faixa costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se esta se verificar, para além das populações serem afectadas, irá ocorrer uma drástica mudança na salinidade da laguna, afectando todo o ecossistema que aí reside.

Talossocratão.................................................................................................................................................................................................................................Thalassocraton

Thallosocraton / Talosocratón / Thallosocraton (Craton der ozeanischen Kruste) / Thallosocraton (大洋地壳的克拉通) / Таллосократон / Thallosocraton (cratone della crosta oceanica)

Cratão (antiga e estável parte da litosfera) que faz parte da crusta oceânica. Termo desusado que era utilizado em oposição a epirocratão, o qual designa uma área antiga e estável da crusta continental, quer isto dizer, um cratão na crusta continental.

Ver: « Cratão »
&
« Crusta »
&
« Talassocrático »

Antes do advento da tectónica das placas, o termo talasocratão era utilizado para designar uma área estável e antiga da crusta oceânica. A crusta oceânica, ilustrada neste autotraço de uma linha sísmica do offshore do Labrador (não migrada e tirada nos anos 70), era considerada como um talasocratão. Desde que o paradigma da tectónica das placas sugeriu, que a crusta oceânica não é estável nem pode ser muito antiga, o que não é o caso de uma grande parte da crusta continental, não existe nenhuma razão de considerar um talasocratão com o equivalente oceânico de um epirocratão (área continental estável e antiga). Segundo a teoria das placas, desde que um supercontinente se fractura e individualiza vários continentes, estes são separados por linhas de ruptura ao longo das quais o material do manto vem à superfície e se solidifica (crusta oceânica) afastando, pouco a pouco, os continentes recém formados uns dos outros. A primeira fase da expansão é subaérea (quando os centros de expansão não estão debaixo de água, o que permite ao material vulcânico de se escoar e formar enormes pacotes de lavas vulcânicas). Contudo, rapidamente, quer isto dizer, mais ou menos, 10 My, os centros de expansão submergem e o material vulcânico solidifica, imediatamente, formando os depósitos vulcânicos em almofadas da crusta oceânica (o material vulcânico não pode escoar-se debaixo de água). À medida que a nova crusta oceânica se forma, ela empurra para os lados a crusta mais antiga e afasta cada vez mais os continentes uns dos outros. Com o tempo, a crusta oceânica arrefece, aumenta de densidade e, mais tarde ou mais cedo, mergulha debaixo de uma crusta oceânica mais leve ou de uma crusta continental, formando uma zona de subducção, ao longo da qual ela vai ser consumida pelo manto. Por este mecanismo, quase toda a crusta oceânica criada durante a expansão oceânica desaparece durante a aglutinação dos continentes, obrigando os mares a fecharem-se, até que um novo supercontinente se forme. Assim, teoricamente, hoje, pode dizer-se, que, praticamente, toda a crusta oceânica de idade Paleozóica foi consumida.

Talossocrático....................................................................................................................................................................................................................................Thalasocratic

Thallosocratique / Talosocrático / Thallosocratic (der ozeanischen Kruste) / Thallosocratic (大洋地壳) / Талассократический / Thallosocratic (della crosta oceanica)

Adjectivo de talassocratão, isto é, que faz parte da crusta oceânica. Em contraste, epeirogénico (ou epirogénico) é o adjectivo de epeirocratão (ou epirocratão), i.e., um cratão na crusta continental.

Ver: « Cratão »
&
« Crusta »
&
« Talassocratão »

Na parte central desta figura está ilustrado um ambiente talassocrático onde se reconhecem não só vários segmentos da dorsal Atlântica média (Atlântico do Sul), ao longo dos quais se faz a expansão oceânica, mas também as falhas transformantes e zonas de fractura associadas. As falhas transformantes são as falhas que unem dois segmentos da dorsal média e as zonas de fractures são zonas de fragilidade inactivas, tectonicamente, e que correspondem aos traços das antigas falhas transformantes. Por definição as falhas transformantes são activas. Isto quer dizer, que movimento de expansão se faz, unicamente, entre os segmentos da dorsal média adjacentes. Para além destes segmentos (em direcção do continente), não há nenhum deslocamento. Pode dizer-se que não existe nenhum movimento de deslizamento significativo ao longo das zonas de fractura. Contudo, ao longo de certas zonas de fractura movimentos verticais e transpressões são possíveis. Os primeiros parecem ser induzidos pelo arrefecimento e aumento de densidade da crusta oceânica (subsidência térmica) e os segundos pela pressão induzida pela diferença de topografia entre a crusta oceânica recente (próximo da dorsal), que forma as montanhas oceânicas e a crusta oceânica antiga (próximo do continente) que forma a planície abissal. O deslocamento entre os diferentes segmentos da dorsal média, que, por vezes, é para Oeste e, por vezes, para Este, como se pode constatar nesta figura, é puramente aparente. A ruptura da litosfera não se fez de maneira, mais ou menos, rectilínea para depois ser quebrada e deslocada por falhas de deslizamento com movimentos, por vezes opostos, mais sim de maneira compartimentada função das descontinuidades e zonas de fragilidade da crusta continental. Como as linhas de fractura da crusta continental são, mais ou menos, em continuidade com as zonas de fracturas oceânicas, a maior parte dos geocientistas pensa que são as descontinuidades e linhas de fractura da crusta continental dos supercontinentes que determinaram as zonas de ruptura da litosfera e não o contrário, isto é, não é o movimento das falhas transformantes que induz as linhas de fractura da crusta continental.

Talude, Taluvium.......................................................................................................................................................................................................................................................................Talus

Talus (slope)/ Talud /Hang / / Склон /Pendenza

Depósito inclinado construído pela acumulação de restos de rochas ao pé de uma falésia ou cume.

Ver: « Aluvial »
&
« Arriba »
&
« Talude Continental »

Esta fotografia, tirada nos Alpes franceses, confirma a conjectura, avançada por muitos geocientistas, de que uma grande parte dos taludes são constituídos por uma mistura de fragmentos de rochas, relativamente grandes, e material sedimentar muito mais fino, o qual certos geocientistas chamam taluvium ou taluvião. Neste caso particular, os fragmentos rochosos mostram uma convergência para a base da vertente ao longo de sarjetas ou escoadouros que sulcaram profundamente as rochas (neste caso calcários), que formam a encosta da montanha. Os sedimentos e fragmentos rochosos são transportados, em grande parte, pela água, quer durante os períodos de chuva intensa, quer durante a fusão da neve, quando o escoamento da água ao longo das encostas é frequente. Nesta imagem ("Nappe" de Digne nos Alpes Franceses, http://www.lmgc.univ-montp2.fr/MIDI/gal_alfredo/main2.html), é importante notar a inclinação uniforme do talude construído pelos depósitos granulares, cuja inclinação é próxima do ângulo interno de fricção do material granular( quando este está húmido). As principais características morfológicas deste tipo de talude são: (i) A cicatriz (flecha superior), que é a área superior onde se iniciou a ruptura ; (ii) O tapete, que é uma longa e, relativamente, estreita carreira formada de restos de rochas em direcção da base da vertente (flecha média) e (iii) A zona de acumulação, que é localizada na base do talude e que está, mais ou menos conectada com um canal de drenagem secundário. Como se pode constatar também nesta fotografia: (a) Os deslizamentos e escoamento do material impedem o crescimento da vegetação ao longo do talude ; (b) Os blocos calcários, que são mais resistentes à erosão do que os argilitos ou conglomerados, estabilizam as rochas sobrejacentes constituindo um obstáculo ao deslizamento do material proveniente da parte superior da encosta, isto é da cicatriz e (c) O talude activo, que está localizado ao longo de um trilho ou trajecto, onde os blocos de calcário foram erodidos ou estão ausentes. O ângulo de repouso das partículas e fragmentos de rocha, que constituem o talude da encosta, corresponde ao ângulo de inclinação máximo que o talude pode ter. Em geral, ele é cerca de 30°, e como dito antes, este ângulo é, mais ou menos, constante ao longo do tapete do taluvium (ou taluvião).

Talude Continental............................................................................................................................................................Continental Slope, Borderland

Talus continental / Talud continental / kontinentalalagfall / 陆坡 / Континентальный склон / Pendenza continentale

Parte de uma margem continental, em geral, divergente, localizada entre a plataforma e o sopé. O talude continental tem uma inclinação, relativamente, forte, entre 3 e 6° e é, na maior parte das vezes, constituído por rochas sedimentares de água profunda, em geral rochas argilosas ("argilitos").

Ver: « Plataforma Continental »
&
« Rebordo da bacia »
&
« Talude »

Neste bloco diagrama de uma margem continental divergente é fácil deduzir as rupturas de inclinação da superfície de deposição, que delimitam os principais ambientes sedimentares. Do continente para o mar, pode reconhecer-se : (i) A linha da baía, que separa a planície costeira da planície aluvial, quer isto dizer, que limita, a jusante, os depósitos fluviais dos parálicos (depósitos localizados próximo do litoral e que apresentam simultaneamente características marinhas e continentais) ; (ii) A linha da costa, que separa a planície costeira da plataforma continental (separa a sedimentação parálica da sedimentação da marinha de água pouco profunda) ; (iii) O rebordo bacia, que marca o limite externo da plataforma continental, quando a bacia tem uma plataforma continental, o que não sempre o caso (neste exemplo o rebordo da bacia coincide com o rebordo continental) ; (iv) A ruptura da base do talude continental, que separa o talude continental do sopé continental e (v) A ruptura da base do sopé continental, que corresponde, mais ou menos, ao limite montante da planície abissal. Uma bacia sedimentar nem sempre tem uma plataforma continental. Quando a linha da costa coincide com o rebordo da bacia, a bacia não tem plataforma. Estas condições geológicas ocorrem durante os episódios regressivos em particular em condições geológicas de nível baixo. Em condições de nível do mar alto (nível do mar acima do rebordo da bacia), nas últimas fases de progradação do prisma de nível alto, a bacia, também, não tem plataforma continental. O talude continental é, em geral, construído, progressivamente, pelas progradações (sigmoidais e oblíquas) que produzem o deslocamento do rebordo da bacia para o mar, o que acontece, quando, globalmente, a bacia não tem plataforma. O termo, globalmente, quer, aqui, dizer à escala sísmica. Tendo em linha de conta que, a maior parte das vezes, os intervalos transgressivos são pouco espessos (debaixo da resolução sísmica), numa linha sísmica, uma geometria progradante, pode não traduzir uma bacia sem plataforma durante um longo período.

Talude Externo (ambiente de cintura carbonatada)................................................................................................................................................Fore slope

Talus externe (ceinture carbonatée) / Talud externo (ambiente de faja carbonática) / Außerhalb Pisten (Carbonat Gürtel) / 外面的斜坡(碳酸盐岩带) / Внешний склон / Pendenza esterna (carbonato di cintura)

Ambiente de uma plataforma carbonata, a jusante dos recifes de bordadura, caracterizado por um fundo do mar relativamente inclinado (mais de 1,4°) e constituído, principalmente, por carbonatos puros com raras intercalações de lama terrígena.

Ver: « Deposição (carbonatos) »
&
« Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Recife »

Neste tipo de ambiente, a granulometria (tamanho dos grãos) é muito variável. Ela varia des partículas com tamanho da lama até partículas com o tamanho de cascalho. Os termos extremos são taludes, pouco inclinados, de lama com muitas estruturas de deslizamento e taludes arenosos, muito mais inclinados e com progradações oblíquas. A biota é, principalmente, composta por bentos redepositados, com alguns bentos de água profunda e plâncton. Como ilustrado, a montante deste ambiente encontram-se os recifes de bordo ou de bordadura da plataforma, que sublinham a margem externa, não só nas plataformas carbonatadas orladas (ligadas ao continente), mas também nas plataformas isoladas (não conectadas com o continente), em particular da margem barlavento (margem da plataforma do lado donde sopra o vento). A jusante do talude externo localiza-se o bordo da plataforma profunda, que está debaixo da acção das ondas do mar (durante mar calmo), o qual pode, no entanto, ser atingindo pelas ondas de tempestade. O talude externo está dentro da zona fótica ou (zona com luz do sol suficiente para que a fotossíntese possa ocorrer, quer isto dizer, entre o nível do mar e uma profundidade em que a luz do sol é cerca de 1% da luz da superfície). Blocos de dimensões apreciáveis são frequentes neste tipo de ambiente assim como preenchimentos de grandes cavidades e montículos na base do talude. As microfácies mais frequentes são : (i) Micro-brechas bioclásticas ; (ii) Conglomerados litoclásticos ; (iii) Grainstones e Packstones bioclásticos ; (iv) Floatstones (grãos milimétricos numa fina matriz de lama calcária) e (v) Recifes de rudito. Estas microfácies contrastam com as microfácies dos recifes de bordadura (constituídos, principalmente, por grãos de carbonato quase puro, de diferente tamanho) dos quais as principais são : (1) Calcário bioconstruído ; (2) Grainstone revestido, anelíditico, bioclástico ; (3) Lumachela ; (4) Floatstone ; (5) Rudito ; (6) Bafflestone (isto é um carbonato autóctone cujos componente originais são ligados organicamente durante o depósito), etc.

Talvegue............................................................................................................................................................................................................................................................................Thalweg

Thalweg / Thalweg, Vaguada / Talweg / 河道深泓线 / Тальвег / Fondovalle, Talweg

A linha contínua e mais profunda ao longo de um vale ou do curso de uma corrente. Em geomorfologia, o talvegue é a linha contínua que segue os pontos de maior inclinação ou de descida máxima. Numa carta topográfica, o talvegue é sempre perpendicular às curvas de nível. Engloba a linha que conecta os pontos mais baixos ao longo de um vale ou do leito de um córrego.

Ver: « Barra de Meandro (fóssil) »
&
« Inclinação Deposicional »
&
« Talude »

Neste perfil transversal de um meandro activo, a posição do talvegue em relação ao canal do rio é, perfeitamente, individualizada. O talvegue corresponde a parte mais profunda do leito do rio. Longitudinalmente, desde a nascente até à desembocadura, o talvegue é marcado pela linha que passa pelos pontos mais profundos do leito do rio. Por outro lado, como ilustrado, o talvegue nem sempre divide o canal de uma corrente ao meio e em duas partes simétricas. Neste caso particular, ele está muito mais próximo da escarpa externa (zona de erosão) do meandro do que da barra de meandro. O canal do rio engloba, não só a parte activa (onde a corrente se escoa), mas também a área submersa durante as cheias (inundações). O termo talvegue vem do termo alemão "thalweg", que quer dizer trajecto de um vale, isto é a linha de intersecção dos dois lados de um vale, ao longo da qual uma corrente de água se escoa. As correntes ou cursos de água têm diferentes nomes função do seu tamanho e comportamento. Um rio é uma corrente de água importante. Uma ribeira ou um ribeiro é uma corrente de água de pouca importância. Um riacho é uma corrente de água mais pequena do que uma ribeira. Em português, o termo córrego, que designa um rego, por onde corre bastante água, é por vezes utilizado como sinónimo de corgo, isto é, de um rio ou ribeira com um leito apertado entre as montanhas e com pouca água durante o verão. A corrente que passa em Vila Rela (Trás-os- Montes) deve chamar-se, unicamente, Corgo (derivado de córrego) e não rio Corgo, o que é um a expressão redundante. Uma torrente é uma corrente água que desaparece durante a estação seca. Nas áreas desertas, as torrentes que escavam fundos mais ou menos sub-horizontais ladeados por escarpas chamam-se arroios (do espanhol "arroyos") e que os árabes chamam "widian" ("wadi" no singular).

Tampão Argiloso ....................................................................................................................................................................................................................................Clay plug

Tampon argileux / Tapón arcilloso / Ton-Puffer, Ton-Stecker / 粘土缓冲区 / Глиняная пробка / Tampone di argilla/

Depósito argiloso depositado num canal de meando abandonado. Se o abandono do meandro é, intermitente, vários tampões argilosos podem depositar-se uns sobre os outros até que não haja mais espaço disponível para o escoamento da corrente (abandono definitivo).

Ver: « Meandro »
&
« Planície de Inundação »
&
« Barra de Meandro (modelo) »

A linha sísmica deste autotraço foi obtida a partir de uma fonte de energia sonora, que produz um sinal entre 50 e 4000 Hz) que penetra até várias centenas de metros de profundidade (linha sísmica "sparker"). Esta energia resulta do colapso das bolhas de água que são evaporizadas, momentaneamente, entre os pólos de um arco eléctrico. A geometria dos reflectores e relações geométricas entre as diferentes superfícies sísmicas, determinadas pelas terminações dos reflectores, sugerem uma barra de meandro e vários tampões argilosos (flechas pequenas). Em termos geológicos, os biséis de truncatura e configuração interna do preenchimento sugerem uma incisão fluvial que pode estar, ou não, associada com uma descida descida relativa do nível do mar. Neste caso particular, os estudos regionais mostraram que não há nenhuma relação directa entre a incisão fluvial e uma descida relativa do mar, isto é, a incisão não correlaciona com uma discordância. Ela foi produzida, unicamente, pela erosão de uma corrente de água afim que esta atinja um perfil de equilíbrio provisório, quer isto dizer, que a inclinação do leito, ao longo do seu curso, seja tal, que permita unicamente de evacuar a carga. Nestas condições, a erosão é sobretudo a montante, uma vez que a corrente ainda transporta material que é depositado na planície aluvial, principalmente, em barras de meandro. Neste exemplo, a barra de meandro é muito fácil de reconhecer pela geometria progradante dos reflectores. O talvegue, que está localizado próximo do banco côncavo (erosão local), foi fossilizado por um empilhamento de tampões argilosos. Cada tampão argiloso representa um período de tempo, mais ou menos longo, durante o qual a corrente foi desviada do leito principal, o qual localmente se transformou, temporariamente, num lago de meandro. Estes desvios intermitentes foram, provavelmente, associados com inundações mais do que com osculações (contactos entre duas curvas) dos meandros (quando a exageração da curvatura de um meandro faz desaparecer o pedúnculo e forma um canal de meandro abandonando).

Tanatocenose..............................................................................................................................................................................................................................Tanathocoenosis

Tanathocénose / Tanatocenose / Tanathozönose (alle lebenden Fossilien in der gleichen Umgebung) / Tanathocoenosis (在同一环境中所有的活化石) / Tanathocoenosis (все живые ископаемые в тех же условиях) / Tanathocoenosis (tutti i fossili viventi nello stesso ambiente)

Associação de cadáveres e ou esqueletos de organismos que viveram em ambientes diferentes ou semelhantes, mas que, após a morte, foram transportados e acumulados em ambientes calmos (de água profunda, por exemplo), onde, por diagénese, se transformaram em rochas biogénicas, como, diatomitos, radiolaritos e outras (Moreira, 1984).

Ver: « Detrito (geologia)»
&
« Sedimentação de Carbonatos (princípios) »
&
«Rocha-Reservatório »

Uma tanatocenose é, frequentemente, mas nem sempre, a imagem da biota de um sítio, nomeadamente, pela acumulação, natural, dos cadáveres dos animais que aí vivem. No entanto, as circunstâncias podem alterar a acumulação dos restos, e levar a perturbações da tanatocenose, que não reflectem mais que uma imperfeita biocenose original (conjunto de seres vivos ou populações que ocupam uma área natural e das relações que se estabelecem entre eles). Certos tipos de restos mortais podem ser o objecto de predadores selvagens, por exemplo, o que pode privar, totalmente, a tanatocenose de uma ou mais espécies ou de uma proporção variável de indivíduos. Certas tanacenoses são o resultado de fenómenos particulares da acumulação e não reflectem, elas também, que uma parte da biocenose. Uma tanatocenose pode ser formada por um conjunto de restos da refeição de uma espécie carnívora, por exemplo, ou por uma acumulação de cadáveres, como devido a certas correntes submarinas. Armadilhas naturais, como poços de piche, ou rede de poços e cavernas, podem constituir tanatocenoses, particularmente, ricas em espécies, nomeadamente carnívoros, por causa da atracção pode, representar para eles uma acumulação natural dos corpos. Como em muitos outros fenómenos, a acção do homem pode levar a tafocenoses (conjunto de seres vivos, isto é indivíduos e espécies fossilizados na mesma rocha ou ambiente, que permite a reconstituição dos paleoambientes) muito especiais, uma vez que ele é, uma das únicas espécies a enterrar seus mortos, por vezes, na presença de restos de outros seres vivos, o que conduz a associações originais. Os restos mortais contidos numa tanatocenose podem, de acordo com as características ambientais, assim que intrínsecas (fragilidade dos corpos, presença ou ausência de tecidos moles, ossos, conchas, etc,) sofrer o processo de fossilização para criar uma tafocenose, que reflecte uma tanatocenose alterada.

Taxa (biologia).................................................................................................................................................................................................................................................................................Taxa

Taxa (biologie) / Tasa (biología) / Taxe (Biologie) / 类群(生物) / Таксоны (биология) / Taxa (biologia)

Grupos de um ou mais organismos, que os taxonomistas (cientistas que praticam e estudam as classificações científicas) consideram unidades. Taxa é o plural de táxon, o qual, normalmente, é definido por um nome e um rank, embora nenhum destes seja uma obrigação.

Ver: « Teoria da Evolução »
&
« Princípio da Sucessão dos Fósseis »
&
« Linéus (sistema de classificação) »

Um táxon (plural é taxa) é um grupo de (um ou mais) os organismos que um taxonomista considera ser uma unidade. Normalmente, a um táxon é dado um nome e uma classificação, embora não seja um coisa necessária e indispensável. Definir o que pertence ou o que não pertence a esse grupo taxonómico é o trabalho de um taxonomista (especialista em taxonomia, isto é, na classificação dos seres vivos). Não é raro que os taxonomistas estejam em total desacordo de sobre o que pertence,exactamente, a um táxon, ou sobre os critérios exactos devem ser utilizados para o definir. Taxonomistas, por vezes, fazer uma distinção entre taxa "boas" (ou naturais) e outras que não são "boas" (ou artificiais). Actualmente é comum definir boas taxa como as que reflectem relações evolutiva prováveis (filogenéticas). Mas isso, também, não é obrigatório. Um táxon pode ter um nome formal ou um nome científico. O nome científico é regido por um código de nomenclatura, que define as regras para determinar qual nome científico é correcto para um determinado grupo. Na nomenclatura biológica, chamam-se níveis taxonómicos ("rank" em inglês) os níveis hierárquicos da classificação científica dos seres vivos, que do reino à espécie, formam os diferentes andares do edifício que engloba as taxa da sistemática de um determinado grupo de animais, plantas, fungos, protistas, bactérias e arqueobactérias. A classificação fornece uma hierarquia clássica codificada em sete níveis principais e cinco níveis secundários, apresentados em ordem decrescente: (i) Reino; (ii) Ramo, Divisão ou Filo; (iii) Classe; (iv) Ordem; (v) Família; (vi) Tribo (vii) Género; (viii) Secção; (ix) Série; (x) Espécie; (xi) Variedade; (xii) Forma. Os sete níveis principais são, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie, ou seja de forma mnemónico ReFiClOrFaGenEs. Níveis suplementares (ou níveis intercalares) são sempre possíveis adicionando os prefixos "sub", "infra" ou "super" aos níveis taxonómicos principais ou secundários para classificar maior ou menor (superordem, subgénero, infraclasse, etc.).

Taxa de Mudança Relativa (do nível do mar)...................................................................................................................................Rate of RSL

Taux de changement relatif (du niveau de la mer) / Tasa de cambio relativo (del nivel del mar) / Relative Geschwindigkeit der Änderung (NN) / 相对变化率(海平面) / Коэффициент изменения относительного уровня моря / Tasso relativo di variazione (livello del mare)

Velocidade de mudança relativa do nível do mar, a qual pode ser descrita por uma curva, que reflecte a evolução temporal do espaço disponível potencial para os sedimentos. A taxa de mudança relativa do nível do mar é a soma algébrica das taxas de mudança da subsidência ou levantamento e da eustasia (a soma das suas primeiras derivadas).

Ver: « Eustasia »
&
« Eustatismo »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

Durante um determinado tempo geológico, a combinação da curva eustática e da tectónica (subsidência ou levantamento) dá a curva da taxa das mudanças relativas do nível do mar. Como ilustrado, as variações eustáticas são muito mais rápidas do que as variações tectónicas. Isto quer dizer, que a ciclicidade observada nas rochas sedimentares é, provavelmente, mais dependente da eustasia do que da tectónica. Embora esta conjectura pareça ser verdade para a grande maioria das bacias, em particular, para as margens continentais divergentes do tipo-Atlântico, certos geocientistas pensam, que ela pode ser refutada nas bacias tectonicamente activas, como, por exemplo, nas bacias de antepaís. Assumindo que a taxa de subsidência no rebordo da bacia é constante, o que quer dizer que a subsidência no rebordo da bacia aumenta de maneira linear, a taxa de mudança do nível do mar menos a taxa da subsidência, no rebordo da bacia, dá a taxa de mudança relativa do nível do mar no rebordo da bacia. A montante do rebordo da bacia, uma subida relativa do nível do mar cria espaço disponível para os sedimentos (acomodação), o que favorece a deposição. Ao contrário, uma descida relativa do nível do mar significativa pode pôr o nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia o que favorece, fortemente, a erosão, uma vez que há exumação. Durante os ciclos eustáticos de 1a ordem, as variações do nível do mar durante as transgressões (0,1 cm / 1000 anos) são menos rápidas do que durante as regressões (2 cm / k anos). Isto pode explicar-se pelo facto de que a lenta intumescência das dorsais oceânicas médias, induzido pelo calor interno da Terra, produz uma fracturação da crusta oceânica e uma circulação hidrotermal até cerca de 5 km de profundidade, que faz desaparecer rapidamente o calor e o inchação das dorsais, induzindo uma rápida regressão (Teoria do Geosoufflé, Emiliani, 1992). Os ciclos glacio-eustáticos têm uma dinâmica oposta, as regressões são menos rápidas do que as transgressões.

Táxon (biologia)..................................................................................................................................................................................................................................................................Taxon

Taxon (biologia) / Taxón (biología) / Taxon (Biologie) / 类群(生物) / Таксон (таксономическая единица) / Taxon (biologia)

Grupo de um ou mais organismos considerado pelos taxonomistas como uma unidade. Um táxon corresponde a uma unidade taxonómica, i.e., a uma população ou grupo de populações de organismos que são, geralmente, relacionados, filogeneticamente, e que têm caracteres em comum que os diferenciam de outras unidades (de outra população geográfica, género, família, ordem). Um táxon engloba todos as taxa (plural de táxon) de nível taxonómico inferior e organismos individuais.

Ver : « Taxa (biologia) »
&
«Animal (reino) »
&
« Linéus (sistema de classificação) »

O glossário do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (1999) define um táxon"(não esqueça que o plural de táxon é taxa), como uma unidade taxonómica, denominada ou não, quer isto dizer, uma população, ou grupo de populações de organismos que, geralmente, se pensa que são, filogeneticamente, associados e com caracteres em comum que diferenciam a unidade (uma população geográfica, um género, um família, um ordem) de outras unidades similares. Um táxon inclui todos as taxa de nível inferior e organismos individuais. Como ilustrado neste esquema, a nomenclatura biológica, existem diferentes níveis taxonómicos ("rank" em inglês), que sublinham os níveis hierárquicos da classificação científica dos seres vivos. Cada um destes níveis taxonómicos que vão desde o reino até à espécie, formam os diferentes andares do edifício que engloba as taxa da sistemática de um determinado grupo de animais, plantas, fungos, protistas, bactérias e arqueobactérias. A classificação fornece uma hierarquia clássica codificada em sete níveis principais e cinco níveis secundários. Em ordem decrescente para o mundo vivo os diferentes níveis são : (i) Reino ; (ii) Ramo, Divisão ou Filo ; (iii) Classe ; (iv) Ordem ; (v) Família ; (vi) Tribo  ; (vii) Género ; (viii) Secção ; (ix) Série ; (x) Espécie ; (xi) Variedade ; (xii) Forma. Os sete níveis principais são, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie, ou seja de forma mnemónico ReFiClOrFaGenEs. Níveis suplementares (ou níveis intercalares) são sempre possíveis adicionando os prefixos "sub", "infra" ou "super" aos níveis taxonómicos principais ou secundários para classificar maior ou menor (superordem, subgénero, infraclasse, etc.).

Tectónica.......................................................................................................................................................................................................................................................................Tectonics

Tectonique / Tectónica / Tektonik / 构造 / Тектоника / Tettonica

Ramo da geologia que estuda as deformações da crusta terrestre (ou de outros planetas),assim como, as forças e movimentos que criaram essas estruturas.

Ver: « Colisão Continental »
&
« Subsidência Tectónica»
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

A tectónica estuda as orogenias, formação de cratões e zonas estruturais (terrenos), assim como os terramotos e as cinturas vulcânica, que afectam, directamente, uma grande parte da população terrestre. Os estudos tectónicos são muito importantes para compreensão dos padrões geomorfológicos e guiam os geocientistas na pesquiza de matérias primas como o petróleo, minérios metálicos, etc. A neotectónica é o ramo da tectónica, que estuda os fenómenos geológicos recentes. Os estudos tectónicos aplicam-se também ao estudo da Lua e de outros planetas, não obstante o facto que a maior parte dos corpos não tenham uma tectónica das placas activa. Desde o fim dos anos 60, a Tectónica das Placas tornou-se o paradigma dominante para explicar a origem das forças responsáveis pelas características tectónicas dos continentes e oceanos. A deformação das rochas pode explicar-se pela acção de três tipos de regimes tectónicos: (i) Encurtamento ; (ii) Extensão e (iii) Deslizamento. Contudo, como ilustrado, é importante não esquecer, que o que deforma as rochas não são os esforços tectónicos (σt), os quais podem ser positivos (compressão, σt > 0) ou negativos (tracção, σt < 0). O que deforma as rochas são os esforços efectivos (σ1, σ_2, σ_3), que correspondem aos três eixos principais do elipsóide resultante da combinação do esforço tectónico (σt), da pressão geostática (σg) e da pressão hidrostática (σp). O esforço tectónico é um vector, que actua, mais ou menos, paralelamente ao geóide. A pressão geostática (α_g), num determinado ponto, é o peso da coluna sedimentar e traduz-se por um elipsóide biaxial. A pressão hidrostática (αp) ou pressão dos poros, num determinado ponto, é o peso da coluna de água (num sistema aberto), que preenche a porosidade e que se traduz por um elipsóide uniaxial (uma esfera). A combinação destes três esforços resulta num elipsóide triaxial (elipsóide dos esforços efectivos) cujos eixos são σ1, σ2 e σ3. Como ilustrado neste esquema, as rochas podem ser alargadas (extensão) quando o esforço tectónico é positivo (compressão, σt > 0), assim é preferível falar de encurtamento ou alargamento e evitar a expressão regime tectónico compressivo.

Tectónica Salífera.................................................................................................................................................................................Salt Tectonics, Halocinese

Tectonique salifère / Tectónica salífera / Salztektonik / 盐构造 / Соляная тектоника / Tettonica del sale

Alargamento dos sedimentos envolvendo o sal, ou outros evaporitos como intervalo móvel. Quando os sedimentos se compactam, eles tornam-se mais densos que o sal, cuja densidade (2,15 - 2,17) se mantém constante em profundidade (o sal não se compacta). Sobre a pressão dos sedimentos sobrejacentes e independentemente de qualquer esforço tectónico (σ_t), o sal pode escoar-se vertical e lateralmente (halocinese), uma vez que pode ficar menos denso do que as rochas sobrejacentes (inversão de densidade).

Ver: « Evaporito »
&
« Subsidência Compensatória »
&
«Variação Relativa (do nível do mar) »

Como qualquer outra rocha, os evaporitos deformam-se (encurtam-se ou alargam-se) sobre a acção dos esforços efectivos (σ1, σ2, σ3). Contudo, como dito acima, eles podem deformar-se sem que nenhum esforço tectónico (σt) esteja presente, o que induz nos sedimentos sobrejacentes um alargamento e variações de espessura importantes por subsidência compensatória. A deformação do sal (escoamento lateral e vertical) produz um desarmonia tectónica importante entre os sedimentos infra e suprassalíferos. Quer isto dizer, que os sedimentos infrassalíferos conservam as suas posições originais, enquanto que os suprassalíferos não, podendo o alargamento ser síncrono ou posterior a sedimentação. A desarmonia tectónica é, por vezes, marcada por uma sutura salífera, quando a espessura do sal se torna é nula ou inferior a resolução sísmica. A grande maioria dos geocientistas utiliza a expressão tectónica salífera quando o regime tectónico predominante é em extensão (alargamento, σ1 vertical) e halocinése quando o regime tectónico é em equilíbrio (alargamento, isto é, σ1 vertical, mas com σ2 = σ3, o que quer dizer que σt= 0). Quando o regime tectónico predominante é compressivo (encurtamento), a expressão tectónica salífera não é utilizada, excepto que se mais tarde o sal se deformar por ele mesmo alargando os sedimentos sobrejacentes. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica compósita do offshore de Angola, na parte distal da bacia, existe quase sempre um regime compressivo local induzido pela extensão produzida pelo sal a montante. Nas margens Atlânticas, a pequena escala, quase todas as estruturas salíferas podem ser explicadas por halocinese, contudo à escala da bacia, a halocinese é secundária em relação a tectónica salífera (extensão).

Tefra.................................................................................................................................................................................................................................................................................................Tephra

Téphra / Tefra / Sediments Pyroklastisches / 火山喷发碎屑 / Тефра (продукты вулканических извержений) / Tefrite

Termo geral, utilizado para exprimir os piroclásticos de um vulcão.

Ver: « Vulcanismo »
&
« Vulcão »
&
« Piroclástico (material) »

A tefra engloba todo o material, que cai da atmosfera, produzido por uma erupção vulcânica, independentemente da composição e tamanho. Tipicamente, a tefra tem uma composição félsica ou riolítica (SiO2> 69%), uma vez que a maior parte das explosões vulcânicas são produzidas por magmas félsicos viscosos muito ricos em sílica. Certos vulcanólogos chamam aos fragmentos vulcânicos transportados por via aérea piroclastos ou simplesmente clastos. Desde que os clastos caiem no terreno eles permanecem como tefra, a menos, que quando bastante quentes se associem uns aos outros para formar uma rocha piroclástica ou tufo. Na sequência de uma erupção, a distribuição da tefra segue, evidentemente, a lei da atracção universal. Os blocos de maiores dimensões são os primeiros a caírem no solo e, assim, eles localizam-se perto das chaminés ou das fendas vulcânicas, enquanto que os fragmentos mais finos viajam para muito mais longe, como as cinzas que podem viajar durante milhares de quilómetros e mesmo dar a volta à Terra, como, provavelmente, aconteceu com as erupções associadas com o monte vulcânico de Darwin, ilustrado neste autotraço de uma linha sísmica do Mar do Norte. As cinzas podem ficara na estratosfera (intervalo da atmosfera entre 20 e 80 km de altitude no qual a temperatura aumenta de -60° C, na base, até 0° C no topo) durante várias semanas. Quando depois de uma grande erupção ou de pequenas simultâneas, grandes quantidades de tefra se acumulam na atmosfera, elas podem reflectir a luz do sol para a atmosfera e produzir uma caída da temperatura significativa o que resulta numa mudança climática importante (o chamado inverno vulcânico). A tefra quando misturado com chuva forma as chamadas chuvas ácidas e caídas de neve. Os fragmentos da tefra podem classificar-se pelo tamanho. Assim pode distinguir-se: (i) Cinza, quando as partículas têm um diâmetro inferior a 2 mm ; (ii) Lapili ou brasas vulcânicas, quando as partículas têm diâmetro entre 2 e 64 mm e (iii) Bombas (blocos) vulcânicas, quando as partículas têm um diâmetro superior a 64 mm. Nos estudos arqueológicos e geológicos, a utilização das camadas de tefra, que possuem características químicas e temporais próprias, é conhecido como tefracronologia.

Tefracronologia................................................................................................................................................................................................................Tephracronology

Téphrachronolgie / Tefracronología / Tephrachronologie / 火山碎屑年表 / Тефрохронология (хронология вулканических обломков) / Tefricronologia (cronologia degli piroclastici)

Utilização da tefra, isto é, dos depósitos piroclastos como horizontes tempo.

Ver : « Vulcanismo »
&
« Tefra »
&
« Piroclástico (material) »

A tefracronologia é uma técnica geocronológica que utiliza camadas de piroclastos de uma única erupção para criar uma estrutura cronológica na qual registro paleoambientais ou arqueológicos podem ser situados. Cada evento vulcânico tem uma "impressão digital" química única que pode ser reconhecida nos depósitos associados. As principais vantagens desta técnica são que as camadas de cinza vulcânica são, relativamente, fáceis de identificadas dentro das séries sedimentares e que as camadas de piroclasto são depositadas de maneira, praticamente, instantânea (em termos geológicos) sobre uma grande área. Isto significa que elas criam marcadores de tempo que podem ser utilizados para verificar ou corroborar outras técnicas de datação, relacionando sequências muita separadas uma das outras numa cronologia unificada que relaciona as sequências climáticas e eventos vulcânicos. Contudo, não se pode esquecer que um dos problema em tefracronologia é que a química de piroclastos pode alterar-se com o tempo, o que é, especialmente, verdadeiro para os piroclastos basálticos. Horizontes piroclásticos fornecem um teste de refutação às reconstruções paleoclimáticas feitas a partir da palinologia, varvas depósitos de gelo e depósitos marinhos. O pioneiro no uso de camadas piroclásticas como horizontes marcadores para estabelecer cronologia foi S. Thorarinsson, que estudou as camadas de piroclastos da Islândia. Desde os anos 1990, técnicas desenvolvidas por Chris S. M. Turney e outros geocientistas para extrair horizontes piroclásticos invisíveis a olho nu (criptopiroclasto) tem revolucionado a aplicação da tefrocronologia. Esta técnica baseia-se na diferença de densidade dos fragmentos dos micropiroclastos e dos sedimentos da matriz hospedeira. Foi esta técnica que permitiu a descoberta de cinza vulcânica de Vedde não só sobre a região da Bretanha, mas também na Suécia, nos Países Baixos, no lago Soppensee localizado no cantão de Lucerna (Suíça) e em dois locais no Istmo da Carélia na Rússia Báltica. A cinza vulcânica d Vedde é uma fina camada de micropiroclastos que foi descrita nos sedimentos nos sedimentos do lago de Sutherland, na Escócia, e que ela foi datada pelo radiocarbono como tendo uma idade de mais ou menos 10300 anos AC.

Tempo (estado da atmosfera)..............................................................................................................................................................................................................................Weather

Tempo (état de l'atmosphère) / Tiempo (clima) / Zeit (Zustand der Atmosphäre)/ 时间(大气状态) / Время (состояние атмосферы) / Tempo (stato dell'atmosfera)

Conjunto de fenómenos que ocorrem na atmosfera num dado momento. A grande maioria destes fenómenos ocorre na troposfera, imediatamente, debaixo da estratosfera. O tempo refere-se, em geral, a temperatura e precipitação diária numa certa região enquanto que o clima exprime condições atmosféricas médias sobre períodos mais ou menos longos. Não esqueça que as previsões do tempo, para além de três quatro dias, são hipóteses poucos prováveis avançadas por os meteorologistas, os quais não têm nada a vez com os climatologistas.

Ver: « Atmosfera »
&
« Clima »
&
« Climatologia Moderna »

Como dito acima é muito importante não confundir o tempo, isto é o estado da atmosfera num determinado momento com o clima, que é um conjunto de características que definem as condições exteriores que reinam à superfície da Terra. Os parâmetros cardinais do clima são, evidentemente, a temperatura e a pluviosidade, mas eles devem ser tomados em linha de conta não em média, mas na sua evolução temporal. O clima é, principalmente, determinado pela latitude. Quanto mais nos aproximamos dos pólos mais a radiação solar recebida é atenuada pela atmosfera, e assim mais frio faz. A repartição dos continentes, a sua superfície (a distância ao mar onde se formam as nuvens) e o relevo (a temperatura diminui com a altitude) são factores essenciais do clima. Não podemos esquecer que a quantidade de energia solar sol recebida pela Terra varia e variou sempre com o tempo. O conceito de clima está muito na moda, uma vez que certos autores suspeitam (talvez com razão) que a actividade humana exerce uma influência decisiva sobre o clima e assim muitas pessoas gostariam de saber aquilo que se deve fazer para prevenir uma possível catástrofe climática futura. Recentemente, o estudo do clima foi muito estimulado pelo estudo do clima do passado geológico, que é o objecto da paleoclimatologia, o qual mostra de maneira, dificilmente, refutável que os teores de CO2  flutuaram muito no passado geológico e que ele seguiam um aumento da temperatura e não o inverso. Por outras palavras e, contrariamente, ao que disse o senhor Al Gore, é o aumento da temperatura e, principalmente, o aumento da temperatura dos oceanos que induz um aumento do teor de CO2 na atmosfera. Então?

Tempo Cosmológico.................................................................................................................................................................................................Cosmologic time

Temps cosmologique / Tiempo cosmológico / Kosmologische Zeit / 宇宙时间 / Космологические время / Tempo cosmologico

Tempo entre o Big Bang (t=0) e a formação da Terra (t=4,7 Ga). O tempo cosmológico é dividido em tempo Planckiano, entre t=0 e t= 5,39 x 10-44 segundos, o qual corresponde a era Planckiana, e tempo Gamoviano, o qual é limitado entre 16,5 Ga e 4,7 Ga.

Ver: « Escala do Tempo (geológico) »
&
« Datação Radiométrica »
&
« Universo (idade) »

Assumindo um valor provável para a constante de Hubble, de 18 km/s por 109 anos, obtém-se uma idade de 16,85 109 para o Big Bang. O número decimal é ilusório, uma vez que o erro é, mais ou menos, alguns biliões de anos. A escala tempo referente à origem e evolução da Terra é, provavelmente, muito mais rigorosa do que a escala do tempo cosmológico ilustrada nesta figura. De qualquer maneira,o tempo entre t=0 e t=5,390 10-44 segundos corresponde ao período de Planck. É o intervalo de tempo definido pelo comprimento de Planck, o qual é igual a (Gh/2πc3)1/2  π dividido pela velocidade da luz, que é igual a (Gh/2πc5)1/2. O período Planckiano é o intervalo de tempo durante o qual o espaço, o tempo e a energia nasceram. É o momento da criação, se criação houve, sobre a qual nós não sabemos, praticamente, nada. Em contraste, o período Gamoviano corresponde a um longo intervalo de tempo, que vai desde o fim do Planckiano até a formação do sistema solar (mais ou menos até 4700 Ma). Durante o período Gamowiano, a matéria formou-se a partir da radiação primordial à medida que ela arrefecia e se condensava. As estrelas formaram-se e associaram-se em galáxias. Mais de 100 gerações de estrelas maciças apareceram e desapareceram, continuamente, enriquecendo a matéria interestrelar de elementos pesados. Sobre este assunto, não podemos esquecer que observações recentes revelaram que o Universo é em grande parte constituído pelo desconhecido. 70% da matéria está sob a forma de energia negra, 26% sob a forma matéria e apenas 4% sob a forma de matéria ordinária, o que quer dizer menos de uma parte en vinte da matéria do Universo é observada experimentalmente e descrita pelo modelo standard da física das partículas. Embora nos últimos 10 anos o conhecimentos cosmológicos tenham aumentado muitíssimo (em parte devido a lei de Moore que diz que todos os dezoito meses, velocidade das "chpis" dos processador é multiplicada por 2) ninguém sabe grande coisa sobre 96% do Universo.

Tempo Geológico................................................................................................................................................................................................................Geological time

Tempo geológico / Tiempo geológico / Geologische Zeit / 地质时代 / Геологическое время / Tempi geologici

Tempo que vai desde a formação da Terra (mais ou menos, desde 4,7 109 anos atrás) até ao Presente. O tempo entre a formação do Universo (mais ou menos, entre 16,5 109 anos atrás) e a formação da Terra é, em geral, conhecido como tempo cosmológico. O tempo geológico é dividido em vários intervalos durante os quais determinados eventos geológicos ocorreram.

Ver : « Escala do Tempo (geológico) »
&
« Datação Radiométrica (radiocronologia) »
&
« Fóssil »

O tempo cosmológico divide-se em duas Eras: (i) Era Plankiana, entre 16,5 109 e 16,5 109 anos atrás, quer isto dizer, entre 0 e 5,3 10-44 segundos depois do Big Bang, é caracterizada pelo aparecimento do tempo espaço, energia e super-força e (ii) Era Gamowiana, é limitada entre 16,5 109 e 4,5 109 anos atrás (formação do sistema solar). O tempo geológico (não confundir com tempo cosmológico) divide-se em quatro Eras: (i) Pré-câmbrica ; (ii) Paleozóica ; (iii) Mesozóica e (iv) Cenozóica. Qualquer destes tempos (cosmológico e geológico) é muito difícil de aperceber. Os geocientistas utilizam metáforas para melhor os compreender. Uma das metáforas muito conhecida é o calendário da Terra, que permite de ver a evolução temporal dos principais eventos geológicos ao longo da história da Terra. Nesta metáfora, que está ilustrada acima, admite-se que a idade da Terra é de 1 ano. Por conseguinte, ela teria-se-ia formada, por exemplo, às 0 horas do dia 1 de Janeiro, e hoje estamos na meia noite do dia 31 de Dezembro. Neste calendário, a crusta terrestre ter-se-ia formado dia 24 de Fevereiro. A vida apareceu no dia 21 de Março. As plantas evoluídas apareceram no dia 14 de Setembro. Os animais evoluídos apareceram no dia 11 de Novembro. A aparição dos dinosauros teria sido no dia 15 de Dezembro, e a sua extinção dia 24 de Dezembro. O homem apareceu no dia 31 de Dezembro às 23 horas e 48 minutos, o que quer dizer que a humanidade, é velha de 12 minuto. Na história da Terra, os eventos geológicos e biológicos são calibrados em tempo sagital (flecha) e ela é o resultado sinergético de eventos uni-direccionais, cíclicos, pontuais e caóticos, num mundo onde os processos não-lineares são frequentes e onde a ordem alterna com o caos (desordem). A identificação de tais eventos é uma das principais funções do geocientistas, que deve separar os eventos com uma significação global dos eventos locais e determinar as relações geométricas e cronológicas entre eles e as forças motrizes que os originam.

Tempo de Nivelamento (estuário).....................................................................................................................................................Time of Levelling

Temps de nivellement (estuaire) / Tiempo de nivelamiento (estuario) / Zeitabgleich (Mündung) / 时间平河口) / Время выравнивания (устье) / Tempo di livellamento (estuario)

Tempo necessário para que um estuário complete o seu ciclo. Na sua forma mais simples, o tempo de nivelamento (tf) pode ser definido como o tempo necessário para drenar um volume V através uma entrada A com um velocidade de corrente v, ou o tempo necessário para substituir o volume de água Vf à taxa de escoamento através do estuário dada pela taxa de descarga do rio R: tf = Vf /R.

Ver: « Maré »
&
« Estuário »
&
« Desembocadura (de um rio) »

Com base nos processos físicos responsáveis pela sua formação, a grande maioria dos estuários pode ser agrupada em quatro categorias geomorfológicas: (1) Subida do nível do mar : (2) Movimento de areia e dos bancos de areia, (3) Processos glaciares, e (4) Processos tectónicos. Estuários criados pela inundação dos vales fluviais e estuários de planície costeira formaram-se pela subida do nível do mar durante o último período interglaciar (cerca de 15000 anos atrás), que inundou os vales fluviais que retornaram a sua posição original quando o nível do mar desceu. O movimento da areia e formação de cordões de areia ao longo do litoral pode bloquear corpos de água e formar lagoas ou estuários, como é o caso da Laguna Madre, no Texas. Em climas mais frios, os glaciares cortam profundos vales no terreno. Quando os glaciares se adelgaçam, isto é quando eles avançam menos, durante os períodos de clima mais quente, as águas costeiras encher o vale para formar estuários tipo - fiorde, os quais que são comuns na Nova Inglaterra e no Alasca. Finalmente, terremotos e falhas pode causar o afundamento rápido das zonas costeiras abaixo do nível do mar e formar estuários produzidos pela tectónica, com, por exemplo a baía de San Francisco, na Califórnia. As características da circulação da água podem, também, ser usadas para classificar os diferentes tipos de estuários. O movimento da água nos estuários é regulado pelo fluxo e refluxo das marés, as diferenças da densidade da água e do vento. A maioria dos estuários é influenciada pelas marés lunares, uma vez ao dia (diurna) ou duas vezes por dia (semidiurna). A subida e descida da água resulta num fluxo de líquido para fora do estuário. A circulação estuarina, normalmente, refere-se ao movimento da água residual (curto prazo) depois da remoção dos efeitos das marés.

Tempo Relativo.............................................................................................................................................................................................................................Relative Time

Temps relatif / Tiempo relativo / Relative Zeit / 相对时间 / Относительное время / Tempo relativo

Tempo geológico determinado por datações relativas, quer isto dizer, colocando os eventos geológicos, cronologicamente, sem referência às suas idades determinadas em tempo absoluto.

Ver: « Escala do Tempo (geológico) »
&
« Datação Radiométrica »
&
« Idade Relativa »

Poucas discussões em geologia podem ocorrer sem referência ao tempo geológico. O tempo geológico é, muitas vezes, referido sob duas formas: (i) Tempo relativo (cronostratigráfico), quer isto dizer, subdivisões da geologia da Terra numa ordem específica, baseada nas idades relativas (posições estratigráficas verticais), que podem ser reconhecidas globalmente, sobretudo, na base de fósseis e (ii) Tempo absoluto (cronometria) que é dado em milhões de anos e determinado, em geral, por métodos de datação radiométrica. As determinações radiométricas podem, também, ser utilizadas para calibrar e testar as determinações relativas, o que permite o estabelecimento de uma escala tempo integrada ou geocronológica. Na fotografia ilustrada nesta figura, é óbvio que o preenchimento fluvial caótico é posterior à formação do vale e é, provavelmente, de origem glaciar. As relações geométricas e as terminações dos planos de estratificação são fáceis de interpretar, o que permite delinear as camadas erodidas e assim a incisão (fluvial ou glaciar). Contudo, isto não é sempre o caso (no campo ou nas linhas sísmicos), em particular quando a topografia é importante. Por exemplo, numa carta geológica ou sísmica de uma área, mais ou menos, plana, é evidente que as falhas mais recentes cortam e os traços das falhas mais antigas, assim como, os filões mais recentes cortam e deslocam os filões mais antigos. Ao contrário, quando as variações topográficas são importantes, numa carta geológica ou numa carta em isócronas, são os traços das falhas mais antigas que parecem, devido a influência da topografia, deslocar as falhas mais recentes. A influência da topografia é, particularmente, importante na pesquiza petrolífera, onde, muitas vezes, a fase principal da migração dos hidrocarbonetos ocorre entre dois regimes tectónicos em extensão e as armadilhas, predominantes, são morfológicas por justaposição. Se o geocientista não entrar em linha de conta com a influência da topografia numa carta estrutural em isócronas da armadilha (topo da rocha-reservatório), ele pode cometer um erro muito grande na datação relativa das falhas e propor um poço de pesquiza numa armadilha posterior a idade da migração.

Teoria Astronómica dos Paleoclimas...............................................................................Astronomic Theory of Paleoclimates

Théorie astronomique des paléoclimats / Teoría astronómica de los paleoclimas / Astronomische Theorie der Paläoklimate / 对古气候天文学理论 / Астрономическая теория палеоклиматов / Teoria astronomica di paleoclimates

Teoria que sugere que as mudanças climáticas são governadas pelas variações da insolação.

Ver: « Aquecimento Global »
&
« Ciclo de Milankovitch »
&
« Glaciação »

A teoria astronómica dos paleoclimas explica as variações climáticas que ocorrem, periodicamente, entre dezenas e centenas de milhares de anos. Tais variações são registadas nos sedimentos marinhos profundos, calotes glaciares e rochas continentais. A origem destes ciclos climáticos reside nas variações da energia solar que a Terra recebe. Certas desta mudanças são amplificadas por mecanismos retroactivos, que caracterizam o comportamento natural do sistema climático, como, por exemplo, o albedo (razão entre a quantidade de energia electromagnética reflectida por uma superfície e a quantidade de energia reflectida, que no caso particular da energia solar recebida pela Terra é a razão entre a energia solar reflectida e recebida pela superfície terrestre), vapor de água e relações vegetação-temperatura. A grande maioria dos modelos climáticos utiliza, para explicar a cadeia de processos, que determinam às variações climáticas à escala geológica (dezenas-centenas de milhares de anos), três parâmetros principais, os quais estão ilustrados nesta figura : (i) Variações da Excentricidade da Órbita Terrestre ; (ii) Variações da Obliquidade do Eixo de Rotação da Terra e (iii) Precessão do Eixo de Rotação e Rotação da Órbita Terrestre. Foi Milankovitch que primeiro mostrou que as variações da insolação são, principalmente, controladas por estes três factores. A excentricidade da elipse da órbita da Terra tem dois ciclos: (a) Um de 413 mil anos e (b) Outro de 100 mil anos. A obliquidade do eixo de rotação da Terra tem um ciclo de 41 mil anos e a precessão do eixo de rotação tem períodos de 23 e 19 mil anos, que correspondem à frequência das alternâncias decimétricas observadas nos afloramentos das rochas sedimentares. Embora a teoria astronómica do clima (conhecida também por teoria de Milankovitch) explique um certo número de pontos importantes do paleoclima (especialmente a frequência e a distribuição) como o espessamento (avanço) e adelgaçamento (recuo) dos glaciares, ela enfrenta um certo número de problemas que restam por resolver, como a grande amplitude de 100 ky dos ciclos glaciares, a mudança de 41 ky para 100 ky das grandes glaciações cerca de 1 M de anos atrás. Os termos avanço e recuo dos glaciares são muito enganadores, uma vez que um glaciar nunca anda para trás, ele anda sempre para a frente, mas pode adelgaçar-se.

Teoria Cinética.........................................................................................................................................................................................................................Kynetic Theory

Théorie cinétique / Teoría cinética / Kinetische Theorie / 动力学理论 / Кинетическая теория / Teoria cinetica

As propriedades de um gás dependem do movimento dos átomos ou moléculas que o compõem.

Ver: « Gás »
&
« Entropia »
&
« Atmosfera »

Em meados do século XIX, o físico britânico James Joule dedicava-se ao estudo do calor como forma de energia. Medindo o aumento de temperatura de uma massa de água dentro da qual fora accionada uma roda de pás propulsora, ele calculou o equivalente mecânico do calor (cerca de 4,2 joules por caloria ; tem o valor 1 no Sistema Internacional, porque todas as formas de energia são medidas em joules). ^ James, também, pesquisou a pressão dos gases e postulou que ela era devida a milhões de colisões entre átomos ou moléculas de gás em forte movimento contra as paredes do recipiente. Joule concebeu o gás como uma colecção de moléculas em livre movimento. É por isso que um gás sempre preenche o recipiente que o comporta. Mas se um gás, como o vapor d´água for, suficientemente, resfriado ele condensa-se para formar um líquido. Num líquido, apesar de ainda estarem em movimento, as moléculas mantêm-se sob a superfície, e o líquido toma a forma do recipiente que o contém. Se a água for ainda mais resfriado, congela, i.e., condensa-se para formar um sólido (o gelo). No estado sólido, as moléculas estão, mais ou menos, fixas em sua posição numa estrutura cristalina, apesar de vibrarem ligeiramente. Em 1738, Daniel Bernoulli publicou a "Hidrodinâmica", que lançou as bases da teoria cinética dos gases. Neste trabalho, Bernoulli avançou o argumento, usado ainda hoje, que os gases são formados por um grande número de moléculas em movimento em todas as direcções, e que que o impacto das moléculas contra uma superfície causa a pressão do gás que nós sentimos e que o nós experimentamos como o calor é simplesmente a energia cinética do seu movimento. A teoria não foi imediatamente aceite, em parte porque a conservação de energia ainda não havia sido estabelecida e não era óbvio para os físicos, como é que as as colisões entre as moléculas poderiam ser, perfeitamente, elásticas. Outros pioneiros da teoria cinética (que foram esquecidos pelos seus contemporâneos) foram Lomonosov (1747), Le Sage (1780 e 1818), J. Herapath (1816) e J. J. Waterston (1843), que conectaram os seus trabalhos de pesquiza com o desenvolvimento das explicações mecânicas da gravidade. Em 1856, Kronig (provavelmente depois de ter conhecimento do artigo de Waterston) criou um modelo de gás-cinético, simples, qual considerou apenas o movimento de translação das partículas.

Teoria do Controlo Glaciar (atóis)........................................................................................................................Glaciar Control Theory

Théorie du contrôle glaciar (atoll) / Teoria de control glaciar (atóis) / Glacial Regelungstechnik (Atoll) / 冰川控制理论(环礁) / Теория ледникового контроля / Teoria del controllo Glacial (atollo)

Teoria proposta por Daly, a qual sugere que são as glaciações os principais responsáveis dos recifes franjados. Segundo esta teoria, a série de eventos que conduz a formação de recifes franjados (com franjas) sobre uma superfície, mais ou menos plana, começa com os pequenos recifes franjados, que se formaram durante as épocas glaciares. As águas frias impedem o crescimento dos recifes e a descida relativa do nível do mar induzida pela formação dos glaciares emerge uma parte dos recifes, que é erodida pela acção das ondas. Depois do fim da era glaciar, o nível relativo do mar sobe, devido a fusão do gelo, e os recifes começaram a crescer, outra vez, sobre uma superfície mais ou menos plana.

Ver: « Bioerma »
&
« Deposição (carbonatos) »
&
« Glaciação »

Existem várias teorias para explicar a formação dos recifes franjantes, mas as que resistem melhor aos testes de refutação são as de Darwin (Teoria da Subsidência) e de Reginald Daly (Teoria do Controlo Glaciar). Segundo a teoria da subsidência de Darwin, os recifes franjantes formam-se na bordadura das ilhas vulcânicas e quando estas se afundam, formam-se recifes barreiras. A subsidência pode ser provocada pela expansão oceânica ou pelo próprio peso da ilha vulcânica. A subsidência pode provocar uma submersão total da ilha, o que deixa um recife circular (atol) à volta de uma laguna. Esta teoria não foi refutada pelo poço de investigação realizado da ilha de Eniwetok (atol das ilhas Marshall no Pacífico), o qual perfurou a parte superior de um antigo vulcão, a cerca de 1200 metros de profundidade. A teoria de Daly sugere que a formação dos recifes é, mais ou menos, ligada aos períodos quentes interglaciares e, que durante as glaciações, os recifes morrem e são, em grande parte erodidos pela descida relativa do nível do mar induzida pela formação das calotes glaciares. Pode dizer-se que glacio-eustasia é a base da teoria de Daly. Outras teorias sugerem que a formação dos recifes e atóis é, inteiramente, associada às subidas relativas do nível do mar (combinação da eustasia e tectónica, quer seja uma subsidência ou um levantamento), independentemente da glacio-eustasia. Todas as teorias descrevem a formação da maior parte dos recifes e são, mais ou menos correctas, sob certos aspectos. Contudo, nenhuma delas é, totalmente, satisfatória, uma vez que nenhuma explica de maneira coerente a formação de todos os recifes.

Teoria do Equilíbrio (meandros).............................................................................................................................................................................Equilibrium

Théorie de l'équilibre (méandres) / Teoría de equilibrio (meandros) / Gleichgewichtstheorie (Mäander) / 均衡理论(河曲) / Теория равновесия (меандры) / Teoria del equilibrio (meandri)

A formação de meandros diminui o gradiente (inclinação) de escoamento da corrente até que a erosão do terreno e a capacidade de transporte da corrente sejam alcançados. A massa de água descendente abandona energia potencial (energia associada com a força da gravidade), que é removida pela da interacção do escoamento com o material do leito da corrente, dado que a velocidade da corrente é a mesma no início e no fim do percurso.

Ver: « Meandro »
&
« Meando Abandonado »
&
« Barra de meandro (modelo) »

Um meandro é uma curva acentuada de um rio que corre em sua planície aluvial e que muda de forma e posição com as variações de maior ou menor energia e carga fluvial durante as estações do ano. Os meandros são frequentes nas planícies aluviais, mas ocorrem de forma mais restrita, em outras condições como sobre terrenos sedimentares horizontalizados (meandros de vale). O canal do rio muda, constantemente, de posição ao longo da planície aluvionar, através de um processo, mais ou menos, contínuo de erosão e deposição nas suas margens, razaão pela qual o meandro é chamado, muitas vezes, meandro divagante. A margem externa de um meandro (margem centrífuga da corrente), apresenta barrancas que são, progressivamente, erodidas. Na margem interna ocorre deposição, principalmente, de areia. Este processo acentua a curvatura do meandro que acaba por formar uma volta inteira crando uma truncatura num ponto por onde a corrente fluvial passa a escoar-se deixando o antigo meandroabandonado e fechado com um lago em forma de U. Três teorias foram avançadas para explicar a formação dos meandros: (i) Estocástica ; (ii) Equilíbrio e (iii) Geomorfológicas ou morfotectónica. Na primeira, um meandro é interpretado como o resultado de flutuações estocásticas (ocasionais) na direcção (sentido) do escoamento devido à presença de obstáculos no leito do rio. Na segunda, os meandros diminuem o gradiente de fluxo até que haja um equilíbrio entre a erosão do terreno e a capacidade de transporte do fluxo (uma massa de água que se escoa costa abaixo libera energia potencial, que, quando a velocidade no final e início do escoamento é a mesma, ela é removida através da interacção com o material do leito da corrente). A terceira diz que são as estruturas do terreno as principais responsáveis da formação dos meandros.

Teoria do Estado Estacionário...................................................................................................................................Steady-State Theory

Théorie de l'état stationnaire / Teoría de estado estacionario / Theorie der Steady - State / 稳态理论 / Теория стационарной вселенной / Teoria dello stato stazionario

O Universo está em expansão, mas a matéria é criada, continuamente, no espaço entre as galáxias, por isso o Universo não tem nem início nem fim.

Ver: « Universo Inflacionário »
&
« Big Bang (teoria) »
&
«Teoria Nebular »

A Teoria do estado estacionário ou modelo do estado estacionário foi elaborada em 1948 por Fred Hoyle, Thomas Gold e Hermann Bondi como uma alternativa ao modelo do Big Bang. É um modelo amplamente desacreditado em Cosmologia. Ele descreve um Universo que se dilata e no qual matéria nova se cria nos intervalos crescentes entre as galáxias, mantendo a densidade de matéria, no universo, constante e fornecendo, permanentemente, protões para as estrelas produzirem seus processos de fusão, na nucleossíntese. O Universo conservaria uma densidade idêntica a todo momento, e duraria, eternamente, o que é uma ideia, filosoficamente "bela", como dizem alguns cosmologistas, físicos e  outros cientistas, mas que foi várias vezes refutada por evidências astronómicas. A teoria da inflação caótica tem muitas semelhanças com a teoria do estado estacionário e quase estacionário, mas numa escala muito maior do que o inicialmente previsto. É a hipótese de Universo em estado quase estacionário que implica um Universo infinito, sem começo nem fim, em que a inflação opera, continuamente, em uma escala além da Universo observável, para criar a matéria do cosmos. Ambos os estados estacionário e quase estacionário dizem que os eventos de criação do Universo (novos átomos de hidrogénio no caso de estado estacionário) podem ser observados dentro do Universo observável, enquanto as teorias inflacionarias não postulam a inflação como um processo em curso dentro âmbito do Universo observável. Uma outra alternativa a hipótese do Big Bang foi apresentada, em 1999 por J. C. Masreliez, a qual pode ser considerada como uma inflação eterna, o que não é o caso da teoria de inflação proposta, inicialmente, por Alain Guth. Esta teoria postula que o Universo, no seu momento inicial passou por uma fase de crescimento exponencial. Esta expansão pode ser modelada com uma constante cosmológica não nula, o que implica que todo o Universo observável poderia ter-se originado numa pequena região.

Teoria Estocástica (meandros)....................................................................................................................................................................Stochastic Theory

Théorie stochastique (méandres) / Teoría estocástica (meandros) / Stochastik (Mäander) / 随机理论(河曲) / Стохастическая теория (меандр) / Teoria stocastica (meandri)

A evolução de um meandro parece ser o resultado de flutuações estocásticas (que estão submetidas às leis do acaso) da direcção do escoamento devido a presença de obstáculos que mudam a direcção da trajectória da corrente.

Ver: « Meandro »
&
« Meando Abandonado »
&
« Barra de meandro (modelo) »

Um meandro é uma curva acentuada de um rio que corre em sua planície aluvial e que muda de forma e posição com as variações de maior ou menor energia e carga fluvial durante as estações do ano. Os meandros são frequentes nas planícies aluviais, mas ocorrem de forma mais restrita, em outras condições como sobre terrenos sedimentares horizontalizados (meandros de vale). O canal do rio muda, constantemente, de posição ao longo da planície aluvionar, através de um processo, mais ou menos, contínuo de erosão e deposição nas suas margens, razão pela qual o meandro é chamado, muitas vezes, meandro divagante. A margem externa de um meandro (margem centrífuga da corrente), apresenta barrancas que são, progressivamente, erodidas. Na margem interna ocorre deposição, principalmente, de areia. Este processo acentua a curvatura do meandro que acaba por formar uma volta inteira criando uma truncatura num ponto por onde a corrente fluvial passa a escoar-se deixando o antigo meandro abandonado e fechado com um lago em forma de U. Três teorias foram avançadas para explicar a formação dos meandros : (i) Estocática ; (ii) Equilíbrio e (iii) Geomorfológica ou morfotectónica. Segundo a teoria estocástica, um meandro é o resultado de flutuações estocásticas, isto é, ocasionais e aleatórias da direcção (sentido) do escoamento devido à presença de obstáculos no leito do rio. Na teoria do equilíbrio, os meandros diminuem o gradiente de fluxo até que haja um equilíbrio entre a erosão do terreno e a capacidade de transporte do fluxo. Finalmente, na teoria morfotectónica, são as estruturas tectónicas do terreno, sobretudo as dobras e as falhas, os principais responsáveis da formação dos meandros. A teoria estocástica baseia-se no facto que dada uma superfície artificial, plana e inclinada, as chuvas escorrem em lâminas, mas mesmo neste caso, a adesão da água à superfície e a coesão das gotas produzem filetes de forma aleatória. As superfícies naturais são ásperas e erodidas. O resultado de todos os factores físicos, que actuam de forma aleatória são canais não rectilíneos, que progressivamente, se tornam sinuosos.

Teoria da Evolução..........................................................................................................................................................................................Theory of Evolution

Théorie de l'évolution / Teoría de evolución / Theorie der Evolution / 进化论 / Эволюционная теория / Teoria dell'evoluzione

A vida na Terra surgiu através de reacções físicas e químicas e desenvolveu-se através de processos de selecção natural.

Ve : « Vida »
&
« Homeostasia »
&
« Terra »

A teoria da evolução explica a mudança das características hereditárias de uma população de uma geração para outra. Este processo faz com que as populações de organismos mudem ao longo do tempo. Um dos aspectos mais interessantes desta teoria é a selecção natural, a qual pode ser definida como o processo pelo qual mutações genéticas que melhoram a reprodução se tornam, ou permanecem, mais comuns em gerações sucessivas de uma população. Este mecanismo tem sido muitas vezes chamado de "auto-evidente". Ele é a consequência, provavelmente, de três factores principais : (i) Existência de variações hereditárias em populações de organismos ; (ii) Os organismos produzem mais descendentes do que podem sobreviver ; (iii) Estes descendentes tem uma capacidade variável para sobreviver e se reproduzir. Estas condições geram uma competição entre organismos para a sua sobrevivência e reprodução. Organismos com características que lhes trazem alguma vantagem sobre os seus competidores transmitem estas características vantajosas, enquanto que características que não conferem nenhuma vantagem não são passadas para a geração seguinte. O conceito central da selecção natural é a aptidão evolutiva de um organismo, o que mede a contribuição genética de um organismo para a geração seguinte, o que , não é o mesmo que o número total de descendentes. A aptidão mede a proporção de gerações subsequentes que carregam os genes de um organismo. Se um alelo (sequência de uma molécula de ADN -gene- situada no mesmo locus e que corresponde a diferentes versões do mesmo gene) aumenta a aptidão mais do que outros alelos do mesmo gene, então em cada geração esse alelo tornar-se-á mais comum dentro da população. Diz-se que estas características são "seleccionadas a favor" ou "positivamente". Exemplos de características que podem aumentar a aptidão são, por exemplo, a sobrevivência melhorada e o aumento da fecundidade. Ao contrário, uma aptidão mais baixa causada por um alelo menos benéfico resulta na diminuição da frequência deste alelo : são "seleccionados contra" ou "negativamente". A aptidão de um alelo não é uma característica fixa. Se o ambiente muda, as características que, previamente, eram neutras ou prejudiciais podem tornar-se benéficas ou vice-versa.

Teoria de Kirchhoff-Bunsen...............................................................................................................................Kirchhoff-Bunsen Theory

Théorie de Kirchhoff-Bunsen / Teoría de Kirchhoff-Bunsen / Bunsen-Kirchhoff - Theorie / 本生基尔霍夫理论 / Теория Кирхгофа-Бунзена / Teoria di Bunsen-Kirchhoff

Se uma substância particular emite luz de uma dada frequência, ela também absorve luz dessa mesma frequência.

Ver: «Espectroscopia »
&
« Albedo »
&
« Raio Cósmico »

Kirchhoff propôs as três leis que descrevem a emissão de luz por objectos incandescentes: (i) Um objecto sólido aquecido produz luz com espectro contínuo (um espectro relaciona a intensidade de radiação transmitida, absorvida ou refletida em função do comprimento de onda ou frequência da dita radiação) ; (ii) Um gás ténue produz luz com linhas espectrais em comprimentos de onda (distância entre valores repetidos num padrão de onda, isto é a distância entre duas cristas ou duas cavas consecutivas) discretos que dependem da composição química do gás : (iii) Um objecto sólido a alta temperatura rodeado de um gás ténue a temperaturas inferiores produz luz num espectro contínuo com vazios em comprimentos de onda discretos cujas posições dependem da composição química do gás. Estas leis foram explicadas mais tarde por Niels Bohr, o que contribuiu, fortemente, para o nascimento da mecânica quântica (teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atómica, tais como moléculas, átomos, electrões, prótons e de outras partículas subatómicas, muito embora, em diversos casos, também possa descrever fenómenos macroscópicos). Kirchhoff é também o autor das leis fundamentais da teoria clássica dos circuitos eléctricos. Dentro do estado sólido (aquecido ou não) existem seis tipos de sólido : (i) Sólido frágil (Fragilidade), que se rompe com facilidade sem antes se deformar (a grafite é um sólido frágil) ; (ii) Sólido duro (Dureza), que apresenta resistência quando se quer riscar a sua superfície (as pedras preciosas são materiais de grande dureza) ; (iii) Sólido resistente (Resistência), que é capaz de suportar a acção de forças intensas sem se romper (o ferro é um sólido resistente a esforços externos) ; (iv) Sólido elástico (Elasticidade), que se deforma e recupera a forma original quando a força que produziu a deformação é retirada (a borracha é um material elástico) ; (v) Sólido flexível (Flexibilidade), que se dobra sem se romper (a lã é um sólido flexível) ; (vi) Sólido dúctil (Ductilidade), que se estende com facilidade, formando fios (o ouro é um sólido dúctil; com 1 grama de ouro é possível fazer um fio de 2 km).

Teoria de Milankovitch....................................................................................................................................................................Milankovitch Theory

Théorie de Milankovitch / Teoría de Milankovitch / Milankovitch Theorie / 米兰科维奇理论 / Теория Миланковича / Teoria di Milankovitch

Teoria astronómica das glaciações na qual as mudanças climáticas são o resultado das flutuações da insolação, induzidas pelas variações da órbita terrestre, excentricidade, ângulo de rotação e longitude do periélio. A maior parte dos geocientistas admite que as variações climáticas produzem mudanças importantes do volume do gelo sobre os continentes, as quais produzem variações relativas do nível do mar. Os ciclos orbitais de Milankovitch têm períodos de 19, 23, 41 e 100 mil anos.

Ver: « Ciclo Astronómico »
&
« Ciclo de Milankovitch »
&
« Precessão dos Equinócios »

A teoria de Milankovitch ou teoria astronómica das mudanças climáticas explica as mudanças das estações como o resultado das mudanças da órbita da Terra à volta do Sol. A teoria recebeu o nome do astrónomo sérvio Milutin Milankovitch, que calculou as pequenas mudanças da órbita da Terra a partir de minuciosas medidas da posição das estrelas e equações matemáticas utilizando a atracção gravitária de outros planetas e estrelas. Ele determinou que a Terra se balanceia na órbita da mesma maneira que um pião. Milankovitch também constatou que é a obliquidade do eixo de rotação (em cima à direita) que causa as estações e que qualquer mudança da sua posição muda a intensidade das estações. Igualmente, ele mostrou que as estações podem ser, mais ou menos, acentuadas ou modificadas quer pela excentricidade (grau de redondeza da órbita da terra à volta do Sol, em cima à esquerda), efeito da precessão (movimento retrógrado dos pontos equinociais) e posição dos solstícios (tempo em que o Sol se encontra no ponto mais afastado do equador da Terra e parece, durante alguns dias, aí conservar-se estacionário, 21 de Junho e 21 de Dezembro) na órbita anual. As mudanças orbitais ocorrem em milhares de anos e o sistema climático pode, assim, tomar milhares de anos a responder ao constrangimento orbital. Esta teoria sugere que a causa principal das épocas glaciares é a quantidade total de energia solar estival recebida nas latitudes norte, onde as calotes glaciares se formaram no passado (próximo de 65° N). As épocas glaciares correlacionam, perfeitamente, com a insolação estival a 65°N. Cálculos astronómicos sugerem que a insolação estival a 65° N deve aumentar, regularmente, durante os próximos 25 ky e que nenhuma época glaciar é provável nos próximos 50-100 ky (sobre este assunto é importante não confundir paleoclimatologia com climatologia moderna).

Teoria Morfotectónica (meandros)................................................................................................................................Morphotectonic Theory

Théorie morphotectonique (méandres) / Teoría morfotectónica (meandros) / Morphotektonische Theorie (Mäander) / 地貌理论(河曲) / Морфотектоническая теория (меандры) / Teoria morfotettonica

Os obstáculos que induzem a formação de meandros, ao contrário do que sugere a teoria estocástica, podem ser previsíveis, uma vez que eles são associados a processos geológicos e geomorfológicos conhecidos.

Ver: « Meandro »
&
« Falha »
&
« Teoria Estocástica (meandros) »

Esta figura ilustra, claramente, o controlo da tectónica na formação e geometria dos meandros. Não esqueça que um meandro é uma curva acentuada de um rio que corre, em geral, na planície aluvial e que muda de forma e posição com as variações de energia e carga fluviais durante as várias estações do ano. Embora os meandros seja muito mais frequentes nas planícies aluviais, existem, também, meandros de vale (a geometria do meandro e a geometria do vale é a mesma, o que não é o caso num meandro de planície aluvial), como o ilustrado nesta figura. Três teorias foram avançadas para explicar a formação dos meandros: (i) Estocástica; (ii) Equilíbrio e (iii) Geomorfológica ou morfotectónica. Na teoria estocástica, um meandro é o resultado de flutuações estocásticas (ocasionais e aleatórias) na direcção (sentido) do escoamento devido à presença de obstáculos no leito do rio. Na teoria do equilíbrio, os meandros diminuem o gradiente de fluxo até que haja um equilíbrio entre a erosão do terreno e a capacidade de transporte do fluxo; na realidade uma massa de água que se escoa costa abaixo libera energia potencial, que, quando a velocidade no final no início do escoamento é a mesma, é removida através da interacção com o material do leito da corrente. A teoria geomorfológica ou morfotectónica diz que são as estruturas do terreno os principais responsáveis da formação dos meandros. Nesta última teoria, a geomorfologia refere-se à estrutura da superfície do terreno (a morfotectónica tem a ver com a estrutura tectónica das rochas). Os evento incluídos nestas categorias não são aleatórios e controlam as trajectórias dos escoamentos não-aleatórios. Eles são, principalmente, obstáculos previsíveis que controlam a formação de meandros, desviando os escoamentos, como, ilustrado acima, onde as falhas e os planos de estratificação controlam as trajectórias. Quanto maior for curvatura de um meandro, mais o escoamento é rápido, e mais forte será a corrente transversa e o varrido do material ao longo do leito do canal em direcção ao banco interno.

Teoria Nebular............................................................................................................................................................................................................Nebular hypothesis

Théorie nebulaire / Teoría nebular / Nebular Theorie / 星云理论 / Небулярная гипотеза происхождения миров / Teoria nebular

O sistema solar formou-se a parir da contracção de um nuvem de gás e poeira.

Ver: « Big Bang (teoria) »
&
« Universo Primitivo »
&
« Sol »

A hipótese nebular foi proposta pela primeira vez em 1734 por E. Swedenborg e em 1755 por Kant, que admitiram que uma nebulosa ao girar, lentamente, sobre ela mesmo se condensou, gradualmente, achatando-se por gravidade, para formar as estrelas e planetas. A nebulosa solar é a nuvem de gás, ou disco de acreção, a partir do qual o sistema solar se formou. Um modelo semelhante foi proposto em 1796 por Laplace. Segundo esta teoria, a nebulosa teria um diâmetro inicial de 100 UA e uma massa de 2 a 3 vezes a massa actual do Sol. Com o tempo, a gravidade provocou a condensação da nuvem de gás (aumento da pressão e densidade), criando uma protoestrela no centro da nebulosa. Este sistema primitivo era aquecido pelo atrito das moléculas. A fusão apareceu muito mais tarde. Devido ao princípio da conservação do momento angular (que implica uma aceleração da rotação durante a contracção), a nebulosa não colapsou, totalmente, sobre ela mesmo. Ela formou um disco protoplanetário f em órbita à volta da protoestrela, como ilustrado nesta figura. No interior do sistema, os elementos mais leves, como hidrogénio e hélio foram deslocados para fora da região central pelo vento solar e pressão de radiação, deixando para trás os elementos mais pesados e partículas de poeira que formaram protoplanetas. Na parte externa da nebulosa solar, o gelo e gás permaneceram, mais ou menos, no mesmo sítio, formando planetas minerais na parte interior e planetas gasosos na parte externa. Depois de, mais ou menos, 100 milhões de anos, a temperatura da protoestrela atingiu um nível tal que as reacções termonucleares começaram a ocorrer e a protoestrela tornou-se o Sol. Provavelmente, na mesma altura, isto é, ± 4,6 Ga, formaram-se os planetas interiores (planetas minerais ou rochosos). As luas dos planetas gigantes gasosos parecem-se ter se formado da mesma maneira (aglomerando-se a partir de discos de acreção formados à volta desses planetas). Ao contrário, a Lua ter-se-ia formado da sequência da colisão da Terra com um objecto celeste com um tamanho semelhante ao do planeta Março. No final do século XIX, a teoria nebular foi refutada por Maxwell, que mostrou que se a matéria dos planetas conhecidos tinha um dia estado distribuída à volta do Sol, sob a forma de um disco, as forças de rotação diferencial teriam impedido a criação dos planetas.

Teoria de Rossby...................................................................................................................................................................................................................Rossby Theory

Théorie de Rossby / Teoría de Rossby / Theorie der Rossby / 对Rossby波理论 / Теория Россби / Teoria di Rossby

As correntes de ar à volta da Terra, que não têm uma trajectória circular, formam ondas (ondas de Rossby) que seguem um trajecto sinuoso que se estende para o Sul (hemisfério norte), em direcção dos trópicos, devido à variação do efeito de Coriolis com a latitude.

Ver: « Efeito de Coriolis »
&
« Latitude »
&
« Atmosfera »

Como ilustrados nesta figura, as ondas de Rossby ou ondas planetárias são meandros gigantes das correntes de fluidos de proporções planetárias. Nas atmosferas planetárias, as ondas de Rossby formam-se devido a variação do efeito Coriolis com a latitude. Estas ondas foram, inicialmente, identificadas na atmosfera terrestre em 1939 por Rossby, que explicou o seu movimento. As ondas de Rossby são um subconjunto das ondas inerciais. A característica especial da identificação das ondas de Rossby é a sua fase de velocidade (a velocidade das cristas das ondas) que tem sempre um movimento para Oeste. No entanto, a velocidade de grupo da onda (associada com o fluxo de energia) pode ser em qualquer direcção. As ondas mais curtas, geralmente, têm uma velocidade de grupo para Este, enquanto que as ondas mais longas têm uma velocidade de grupo para Oeste. Os termos "Ondas de Rossby barotrópicas" e "baroclínicas" são usadas para distinguir a sua estrutura vertical. As ondas de Rossby barotrópicas não variam quanto à sua estrutura vertical e têm as velocidades mais rápidas de propagação. Por outro lado, as ondas de Rossby baroclínicas têm uma velocidade menor, com velocidades de apenas alguns centímetros por segundo ou menos. As ondas de Rossby na atmosfera terrestre são meandros do "jet stream" (corrente de Oeste) a grande escala. Quando um meandros se destaca, massas de ar frio ou quente são isoladas formando ciclones e anticiclones, os quais são responsáveis do padrão quotidiano do tempo nas latitudes médias. As ondas de Rossby propagam-se da direita para a esquerda (Este para Oeste) com uma velocidade de translação proporcional ao comprimento de onda (tipicamente 3000 km). Contudo devido ao movimento geral da corrente de oeste ("jet stream"), que é de Oeste para Este na alta troposfera e em latitudes médias, as pequenas ondas associadas às perturbações baroclínicas (frentes frias e ciclones extratropicais) movem-se de Oeste para Este, uma vez que a velocidade média da corrente de oeste é, em geral, maior que a velocidade de translação da onda de Rossby em direcção contrária.

Teoria dos Sistemas.................................................................................................................................................................................................System's Theory

Théorie des systémes / Teoría de los sistemas / Systemtheorie / 系统理论 / Теория систем / Teoria dei sistemi

O Todo (sistema) é mais do que a soma das Partes, quer isto dizer, que as características do sistema não se podem definir pelas características das partes.

Ver: « Sistema Petrolífero »
&
« Teoria da Tectónica das Placas »
&
« Cortejo Sedimentar »

A teoria de sistemas estuda a organização abstracta de fenómenos, independente da sua formação e configuração presente. De maneira simplificada ela diz que o Todo é mais do que a soma das Partes. Como sugerido nesta figura a compreensão de um sistema glaciar nunca será obtida pelo estudo dos seus diferentes elementos de maneira isolada. A teoria dos sistemas investiga todos os princípios comuns a todas as entidades complexas e modelos que podem ser utilizados para a sua descrição. A teoria de sistemas, cujos primeiros enunciados datam de 1925, foi proposta em 1937 pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy, que alcançou o seu auge de divulgação na década de 50. A pesquisa de Von Bertalanffy foi baseada numa visão diferente do reducionismo científico até então aplicada pela ciência convencional. Dizem alguns cientistas que foi uma reacção contra o reducionismo e uma tentativa para criar a unificação científica. As três conjecturas básicas da teoria dos sistemas podem ser resumidas da maneira seguinte: (i) O sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objectivo e efectuam uma determinada função ; (ii) O sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objectivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes se comporta, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente (qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção) ; (iii) O sistema é um conjunto de partes coordenadas, formando um todo complexo ou unitário. Segundo a teoria de sistemas, em vez de se reduzir uma entidade (um estrato por exemplo) para o estudo individual das propriedades de suas partes ou elementos (minerais), devemos nos focalizar no arranjo do Todo, ou seja, nas relações entre as partes que se interconectam e interagem. Isto quer dizer que não se consegue detectar o comportamento do Todo em função das partes, ou por outras palavras, o estudo das partículas de determinado elemento, cujo comportamento individual, embora previsto, não poderá indicar-nos a posição ou o movimento do todo.

Teoria da Subsidência (Darwin)......................................................................................................................Darwin Theory of Subsidence

Teoria da subsidência (Darwin) / Teoría de la subsidencia (Darwin) / Theorie der Setzungen (Darwin) / 沉降理论(达尔文) / Теория опускания породы (Дарвин) / Teoria della subsidenza (Darwin)

O crescimento vertical dos recifes de corais é controlado pela subsidência do fundo do mar (em condições de subsidência gradual) e, em geral, associado à evolução de uma ilha vulcânica, isto é, de um vulcão.

Ver: « Plataforma Carbonatada Aureolada »
&
« Recife »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

Existem várias teorias para explicar formação dos recifes, mas, provavelmente, as mais corretas são a de Charles Darwin e a de Reginald Daly. A teoria de Darwin, como ilustrado nesta figura, é a teoria da subsidência. Segundo esta teoria os recifes em franja ou costeiros formam-se ao longo dos bordas de uma ilha e, em seguida, com o desaparecimento da ilha, forma-se um recife de barreira. A subsidência pode ser causada : (i) Por uma expansão oceânica, que provoca uma subida eustática do nível do mar ou (ii) Pelo peso da própria ilha. A subsidência provoca uma subida relativa do nível do mar. De qualquer maneira, uma subsidência contínua provoca a submersão total da ilha, deixando um recife circular, isto é um atol, à volta de um corpo de água central. Esta teoria foi corroborada por poços de pesquiza na Eniwetok Island (um atol das ilhas Marshall no Pacífico Ocidental). Os poços efectuados reconheceram, a cerca de 120 metros de profundidade, o topo basáltico de um antigo vulcão. A teoria da subsidência de Darwin explica de maneira satisfatória muitos recifes, mas não todos. Uma segunda teoria foi sugerida por R. Daly que dá uma outra visão da formação de um recife em franja. Daly sugeriu que as glaciações são a razão principal da formação dos recifes. Ele admitiu que a sequência dos eventos que levam à formação de um recife sobre uma superfície plana começa com um pequeno recife em franja que as águas frias da idade do gelo impediram o crescimento dos corais uma vez que o nível do mar baixou devido à grande quantidade de água utilizada para formar os glaciares. A parte do recife de fora da água foi erodida e cortada pelas ondas do mar. Após o fim da idade do gelo e da fusão dos glaciares, o nível do mar subiu e os recifes de coral começaram, outra vez, a crescer. Mas desta vez, eles cresceram, em superfícies planas e horizontais. Essa teoria também foi corroborada por dados de observação. Uma terceira teoria sugere que a formação de recifes e atóis é, unicamente, devido à subida do nível do mar. Todas as teorias descrevem como alguns recifes se formam e todas elas são correctas em certos casos. No entanto, nenhuma delas é, inteiramente, correcta, nem explicam a formação de todos os recifes.

Teoria da Tectónica das Placas..............................................................................................................................Plate Tectonic Theory

Théorie de la tectonique des plaques / Teoría de la tectónica de placas / Theorie der Plattentektonik / 板块构造理论 / Теория тектоники платформ / Teoria della tettonica a zolle

Teoria que explica a evidência dos movimentos observados na litosfera terrestre, a grande escala. Esta teoria que engloba e substituiu (nos anos 60) a velha teoria da deriva dos continentes, proposta no início do século XX por Wegener, introduziu e desenvolveu o conceito de expansão ou alastramento oceânico, i.e., a formação de nova crusta oceânica.

Ver: «Colisão Continental »
&
« Subducção do Tipo-B (Benioff) »
&
« Supercontinente »

A teoria das placas implica: (i) A ruptura de supercontinentes, por alargamento e fracturação da litosfera ; (ii) A formação de novos oceanos (expansão ou alastramento oceânico), devido a criação de nova crusta oceânica, ao longo das dorsais médio oceânicas, que separam os continentes individualizados uns dos outros ; (iii) O fecho dos oceanos, devido ao mergulho e assimilação, pela astenosfera, da crusta oceânica antiga ao longo das zona de subducção e (iv) A colisão dos continentes uns com os outros ao longo das zonas de subducção quer do tipo-B (Benioff, quando a placa litosférica descendente é oceânica), quer do tipo-A (Ampferer, quando a placa descendente é continental). Todas as reconstituições paleogeográficas propostas, por exemplo, para a era Paleozóica admitem, no Paleozóico Inicial, a formação de dois grandes oceanos (Iapetus e Réico), os quais se fecharam, durante o Pérmico-Triásico. Segundo Perroud (1990) pode dizer-se que: (a) No Ordovícico, o Iapetus (mar entre a Laurência e a Báltica) e o Réico (mar entre a Báltica e o sul da Europa / África) atingiram o máximo de extensão ; (b) A partir do Ordovícico, o Iapetus começou a fechar-se à medida que a Laurência e Báltica se aproximavam; (c) No Devónico, o Iapetus desapareceu com a formação do continente dos velhos arenitos vermelhos (orogenia Caledónica / Tacónica) ; (d) O mar Réico desapareceu no fim do Paleozóico com o advento da orogenia Hercínica. Da mesma maneira, como ilustrado acima, no início do Meso-Cenozóico, quase todos os geocientistas admitem que o supercontinente Pangeia (formado no fim do Paleozóico), que era cercado por um grande e único oceano, o Pantalassa (o golfo a Este da Pangeia é o Mar Tétis), se fracturou em vários continentes, que se separam-se uns dos outros à medida que uma nova crusta oceânica se formava nas dorsais médio oceânicas. Actualmente, os continentes parecem ter atingido o máximo de afastamento e em certos lugares, como, por exemplo, no offshore Oeste de de Portugal,  parece já haver evidência que o mecanismo de aglutinação continental já começou.

Terciário.........................................................................................................................................................................................................................................................................Tertiary

Tertiaire / Terciario / Tertiär / 第三纪 / Третичный период / Terziario

Intervalo de tempo geológico mais ou menos, entre o fim dos dinosauros não aviários e o princípio da idade glaciar recente, isto é, aproximadamente, entre 65 e 1,8 milhões de anos atrás.

Ver: « Éon »
&
« Escala do Tempo (geológico) »
&
« Tempo Geológico »

O Terciário é o principal e mais longo período da era Cenozóica (Terciário mais Quaternário). O Cenozóico é uma das três grandes subdivisões da história animal. As outras duas eras são o Paleozóico e Mesozóico. Certos geocientistas, como C. Emiliani (1992), consideram também o Criptozóico, que é, por vezes, chamado Pré-câmbrico, embora, estritamente falando, o Pré-câmbrico implique todo o tempo antes do Câmbrico incluindo o Gamowiano (entre 4,7 e 16,5 Ga) e o Plankiano (entre 16,5 e 16,5 Ga). O Plankiano caracteriza o tempo cosmológico (entre t = 0 e t = 5,390. 10^-44 segundos). O Criptozóico engloba o tempo entre a formação do sistema solar (fim do Gamowiano, 4,7 Ga) e o início do Câmbrico (0,59 -0,57 Ga). O Criptozóico é formado pelo Hadeano (4,7 - 3,8 Ga), Arcaíco (3,8 - 2,7 Ga) e Proterozóico (2,7 - 0,57 Ga). O Terciário começa com o fim do Cretácico e a extinção dos dinosauros não aviários até ao Quaternário (aparição do foraminífero bêntico "Hyalinea baltica" no Mediterrâneo e de importantes glaciações no hemisfério Norte). O Terciário é considerado como o tempo dos mamíferos, embora a história destes animais tenha começado muito antes do Cenozóico. O Terciário é, por vezes, subdivido em dois subperíodos: (i) Paleogénico e (ii) Neogénico. O Paleogénico é constituído por três épocas : (a) Paleocénico ; (b) Eocénico e (c) Oligocénico, enquanto que o Neogénico é constituído por duas: (1) Miocénico e (2) Pliocénico. Foi durante o Terciário, que o continente Gondwana, finalmente, se fracturou, completamente, e que a Índia colidiu com a Eurasia, enquanto que a Antárctica, que já estava separada do Gondwana derivou para a sua posição actual. No fim do Terciário, mais ou menos, há cerca de 3 milhões de anos atrás, o fecho da passagem marinha entre a América do Norte e América do Sul parece ter criado condições favoráveis ao desenvolvimento das importantes glaciações que ocorreram no hemisfério Norte. A primeira importante glaciação ocorreu cerca de 2,36 Ma. Desde esta primeira glaciação, os movimentos astronómicos da Terra (ciclos de Milankovitch), parece terem cronometrado a sucessão das idades glaciares.

Terminação e Geometria de um Estrato.........................................................................................Stratal Termination

Terminaison et géométrie d'un strate / Terminación y geometría de un estrato / Kündigung und Geometrie eines Stratum / 一个阶层的终止和几何 / Окончание и геометрия пласта / Terminazione e la geometria di uno strato

Uma das relações geométricas que permitem definir as discordâncias (superfícies de erosão) e predizer os ambientes e sistemas de deposição. Existem cinco tipos de terminações principais: (i) Bisel de Agradação ; (ii) Bisel de Progradação ; (iii) Bisel de Truncatura ; (iv) Bisel Somital e (v) Bisel de Truncatura Aparente. As geometrias mais frequente dos estratos são as mesmas que as dos reflectores sísmicos.

Ver: « Relação Geométrica (estratos, reflectores) »
&
« Bisel de Progradação »
&
«Terminação e Geometria de um Reflector»

Todos os tipos de terminações dos estratos estão ilustrados neste esquema, no qual, se pode ver um grande número de sistemas de deposição, que se encontram nos ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência. Neste exemplo particular, dois ciclos-sequência incompletos estão representados. O ciclo inferior é constituído pelos cortejos sedimentares depositados em condições geológicas de nível do alto do mar, isto é, o cortejo transgressivo (CT) e cortejo de nível alto (CNA). O ciclo-sequência superior é constituído pelo cortejo transgressivo (CT) e pelo cortejo de nível baixo (CNB), no qual se reconhecem os três membros que o formam: (i) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (ii) Cones Submarinos de Talude (CST) e (iii) Prisma de Nível Baixo (PNB). As terminações e forma dos reflectores definem as relações geométricas que podem ser interpretadas como relações entre estratos. A geometria dos reflectores sísmicos é muito variada. Doze tipos podem ser considerados: (1) Convergente- conjunto de reflectores sísmicos, interpretados como estratos, que se adelgaçam lateralmente em direcção da bacia (este tipo, que pode desenvolver-se em qualquer lugar dentro de um ciclo estratigráfico, não deve ser confundido com biséis de agradação ao longo das discordâncias) ; (2) Divergente- conjunto de reflectores sísmicos, interpretados como estratos, que se espessam lateralmente em direcção da bacia ( frequentemente acompanhado de uma fissão dos reflectores, que não deve ser interpretada como uma discordância fossilizada por biséis de agradação) ; (3) Preenchimento- conjunto de reflectores sísmicos, interpretados como estratos, que preenchem anomalias topográficas negativas dos estratos subjacentes (os reflectores subjacentes podem ser truncados ou concordantes com o preenchimento, o qual pode ser descrito em relação aos estratos subjacentes ou em relação à sua própria geometria). (ver figura seguinte).

Terminação e Geometria de um Reflector............................................................................................................Reflection Termination

Terminaison et géométroe d'un réflecteur / Terminación y geometría de un reflector / Kündigung und Geometrie eines Reflektors / 反射的终止和几何 / Окончание и геометрия отражателя / Terminazione e la geometria di un riflettore

Como numa linha sísmica a maioria dos reflectores têm um valor cronostratigráfico, a terminação e geometria de um reflector é, praticamente, sinónimo de terminação e geometria de um estrato. As terminações e geometrias dos reflectores permitem definir as discordâncias e predizer os ambientes e sistemas de deposição. Existe uma grande variedade de configurações e geometria dos reflectores. Algumas delas podem ser subdividas. Assim, por exemplo, uma configuração de preenchimento pode ser paralela, divergente, oblíqua, etc.

Ver: « Configuração dos Estratos »
&
« Relação Geométrica (estratos, reflectores) »
&
« Terminação e Geometria dos Estratos »

(Ver figura precedente) (4) Transparente- ausência de reflexões sísmicas; traduz intervalos geológicos, quer muito homogéneos (sem contraste de impedância acústica), não-estratificados, muito deformados ou intervalos com forte inclinação ; (5) Ondulada- reflectores sísmicos, mais ou menos, descontínuos e frequentemente com inclinações opostas, interpretados como estratos, associados a depósitos turbidíticos, geralmente, de talude continental; (6) Moutonnée- reflectores sísmicos interpretados, como estratos, que formam anomalias topográficas ou protuberâncias sedimentares acima o nível básico (é a geometria típica das construções orgânicas e vulcânicas, mas pode encontrar-se em associação com os cortejos turbidíticos) ; (7) Paralela- reflectores sísmicos, interpretados como estratos, depositados paralelamente ; (8) Progradante- reflectores sísmicos, interpretados como estratos, com uma geometria progradante, por vezes, associada à intervalos regressivos ; (9) Paralela / Oblíquo- reflectores sísmicos com um arranjo paralelo / oblíquo, no qual os estratos terminam a jusante com uma inclinação importante ; (10) Tangencial / Oblíquo- neste arranjo, os estratos, ou os reflectores sísmicos associados, mostram uma inclinação decrescente para a base ; (11) Oblíqua em telhado de ripas- o arranjo dos reflectores, ou estratos associados, é progradante (como a unidade sedimentar é pouco espessa, as progradações oblíquas são quase deitadas e parecem suceder-se umas às outras) ; (12) Sigmóide- neste arranjo, as progradações têm uma geometria em S (a inclinação na parte superior e inferior é relativamente fraca, enquanto na parte mediana é mais forte; o mesmo se passa com a espessura, o que quer dizer, que a espessura entre dois reflectores sucessivos é máxima entre os pontos de inflexão de cada reflector).

Termoclina..................................................................................................................................................................................................................................................Thermocline

Thermocline / Termoclina / Thermalverwitterung / 跃层 / Термоклин (граничная зона морских вод разной температуры) / Termoclino

Lâmina de água, relativamente, pouco espessa dentro da qual a temperatura muda, rapidamente, com a profundidade.

Ver: « Acomodação »
&
« Corrente Ascendente »
&
« Variação Relativa (do nível do mar) »

Visto que a água não é, perfeitamente, transparente, quase toda a luz do sol é absorvida na parte superior dos corpos de água, que por sua vez é aquecida. O vento e as ondas fazem circular a água perto da superfície, o que distribui o calor e tende a homogeneizar a temperatura, nas primeiras dezenas de metros. Como ilustrado, debaixo do intervalo de água misturada, onde a temperatura é, relativamente, uniforme, a temperatura diminui muito rapidamente, por vezes mais de 15 ° C por 100 metros de profundidade adicional. É esta zona de rápida diminuição da temperatura que se chama a termoclina. Debaixo da termoclina, a temperatura da água continua a diminuir, mas de maneira muito mais gradual. Nos diagramas ilustrados nesta figura, por simplificação, a temperatura da água acima e abaixo da termoclina são consideradas constantes, o que não é muito raro. A grande maioria da água dos oceanos, quer isto dizer, mais ou menos, 90% da água, está debaixo da termoclina. Na parte profunda dos oceanos, a água, que é muito pouco misturada, forma um nível de densidade quase constante e com temperaturas muito frias (entre 0° e 3° C). Naturalmente, a termoclina varia com as estações e com a latitude. Ela é quase permanente perto dos trópicos, mas muito variável nas áreas de clima temperado (mais espessa e menos profunda no verão do que no inverno). Junto das regiões polares, a termoclina é, praticamente, inexistente, uma vez que a coluna de água é muito fria desde a superfície até ao fundo. A variação de temperatura da água com a profundidade implica, também, uma variação da salinidade em profundidade. A água dos oceanos circula verticalmente (circulação termohalina), ao contrário da circulação superficial induzida pelos ventos. Na realidade, a água dos oceanos está sujeita a quatro tipos de movimento, bem conhecidos dos geocientistas : (i) Correntes de Superfície : (ii) Correntes Profundas ; (iii) Correntes de Maré e (iv) Tsunamis. A fonte de energia das correntes de superfície e das correntes profundas é a energia solar. A fonte de energia das correntes de maré é a gravidade, enquanto que a dos tsunamis é a energia interna da Terra.

Termo-halina (circulação).......................................................................................................................................................................................................Thermohaline

Thermohaline / Termohalina / Thermohalinen Zirkulation / 温盐环流 / Термохалинная циркуляция / Circolazione termoalina

Circulação global das águas dos oceanos induzida pelas variações de densidade criadas pelos escoamentos de água quente e pouco salgada (pouco densa) e água fria salgada (mais densa).

Ver: «Corrente Ascendente »
&
« Corrente de Densidade »
&
« Corrente do Golfo »

Nesta carta, que ilustra a trajectória da circulação termohalina, as flechas pretas representam as correntes profundas e, as amarelas, as correntes superficiais. A água mais densa, que mergulha nas partes profundas das bacias oceânicas, forma-se em zonas específicas dos oceanos. Perto das regiões polares, a água da superfície dos oceanos é, fortemente, arrefecida pelos ventos, na medida em que estes produzem uma forte evaporação (arrefecimento por evaporação). Por outro lado, como a evaporação remove apenas as moléculas de água pura, ela aumenta fortemente a salinidade da água e, dessa maneira, a sua densidade. Uma parte da água quente das regiões equatoriais, ao deslocar-se para o Oceano Atlântico Norte, evapora-se e torna-se mais salgada e fria, à medida que ela se mistura com as águas frias do norte. A formação de gelo contribui igualmente e de maneira significativa, ao aumento da salinidade, embora o aumento desta diminua a temperatura de congelação. Nas regiões mais setentrionais, a água do mar torna-se, suficientemente, densa para poder mergulhar para as partes mais profundas da bacia oceânica. Desde que a água, mais densa e salgada, mergulha para o fundo do mar, ela transporta consigo o CO2 que ela contém. Esta água só emerge (ressurgência), cerca de mil anos, mais tarde, e muito longe da área de mergulho (ver figura). A água descendente escoa-se muito lentamente, ao longo da planície abissal Atlântica em direcção do Atlântico do Sul. Depois, no Atlântico Sul, ela orienta-se paralelamente à Antárctica (planície abissal de Weddell) em direcção do oceano Pacífico, para depois, se dirige para o norte, em direcção do estreito de Bering, onde ela ressurge. É esta corrente descendente fria, que a grande maioria dos geocientistas chamam termohalina, e que parece ser uma das principais causas do clima, relativamente, temperado da Europa. Contudo, é muito provável que há cerca de 18000 anos atrás, quando a calote glaciar cobria uma grande parte da Europa, a termohalina tivesse uma direcção oposta. A termohalina permite aos gases atmosféricos de serem transportados em solução para as planícies abissais, o que renova o teor em oxigénio dos ambientes profundos tornando a vida possível nesses ambientes.

Terra.....................................................................................................................................................................................................................................................................................................Earth

Terre / Tierra / Erde / 地球 / Земля /Terra

Terceiro planeta do sistema solar, entre Vénus e Março, e o maior dos planetas terrestres (formados principalmente por rochas silicatadas) do sistema solar, quer pelo seu diâmetro, quer pela sua massa.

Ver: « Corrente de Densidade »
&
« Geóide »
&
« Lua »

A Terra é o terceiro planeta a partir do Sol, do qual ela dista 149,6 Gm. A sua superfície é de 510065600 km2, o diâmetro (no equador) é de 12756 km e o seu volume d de 10832073 Tkm3. Cerca de 70% da superfície da Terra está coberta de água líquida. O resto está repartido em sete continentes: (i) Ásia, com 29,5 % da terra emersa ; (ii) África, com 20,5 % da terra emersa ; (iii) América do Norte, com 16,5 % ; (iv) América do Sul, com 12% ; (v) Antárctica, com 9% ; (vi) Europa, com 7% e, finalmente, (vii) Austrália, com 5% da terra emersa. Esta definição dos continentes é sobretudo cultural, uma vez que, por exemplo, nenhum corpo de água separa a Ásia da Europa (Lucy & Stephen Hawking, 2007). Sobre a Terra, uma dia é dividido em 24 horas, mas, na realidade, a Terra gasta 23 h 56 m 4 s para fazer uma rotação completa sobre ela mesmo. Sobre um ano, todas as diferenças (3m 56 s por dia) se adicionam para determinar o tempo gasto pela Terra para fazer uma revolução à volta do Sol, cujo período varia, ligeiramente, mas, pode dizer-se, que ele é cerca 365,25 dias. Até hoje, a Terra é o único planeta conhecido com vida. Sob o ponto de vista petrográfico, a Terra é dividida em três camadas principais: (1) Crusta ; (2) Manto, o qual pode ser subdividido em Superior e Inferior e (3) Núcleo, que, geralmente, é subdivido em núcleo interno (sólido) e externo (líquido). É o núcleo líquido que gera o campo magnético terrestre. Uma zona de transição entre o núcleo interno e externo é considerada por certos geocientistas. Sob o ponto de vista mecânico, a Terra divide-se em quatro camada : (a) Litosfera ; (b) Astenosfera ; (c) Mesosfera, que pode ser subdividida em Inferior e Superior e (d) Siderosfera. A siderofera, corresponde ao núcleo petrográfico, mas as outras subdivisões mecânicas não correlacionam com as divisões petrográficas. A litosfera está dividida em vários segmentos rígidos chamados placas tectónicas, que se deslocam umas em relações às outras por períodos de milhões de anos. O movimento das placas litosféricas (tectónica das placas) explica não só a distribuição dos continentes e oceanos, mas também, a distribuição das montanhas, vulcões, tremores de terra, recursos minerais, vida, etc.

Em Terra (terra firme)..................................................................................................................................................................................................................................Mainland

Terre ferme / Continente / Festland / 大陆 / континентальный / Terraferma

Terreno limitado a jusante pela costa. A expressão em terra ou onshore opõe-se a offshore, ou seja, o terreno coberto por água, a jusante da linha de costa. Sinónimo de Onshore.

Ver: « Linha da Costa»
&
« Onshore »
&
« Terra »

Esta figura mostra uma parte do onshore de Angola ou seja, uma parte das terras a montante da linha de costa, à latitude da bacia do Kwanza, que é localizada a sul do rio Congo e atravessada pelo rio Kwanza (ao sul de Luanda, capital de Angola). Esta terra ou onshore é composto por: (i) Um embasamento Pré-Câmbrico ; (ii) Uma cadeia de montanhas (cadeia dobrada) do Paleozóico e (iii) A parte proximal da Bacia do Kwanza, a qual corresponde a uma margem divergente tipo-Atlântico, que se depositou sobre as bacias de tipo-rifte formados durante o alongamento da Pangeia, isto é, formadas antes da ruptura da litosfera. O offshore, isto é, o terreno coberto pela água do mar (a jusante da linha de costa), é formado pela parte central e distal da margem divergente (tipo-Atlântico). Em termos geológicos, a distinção entre onshore e offshore é importante porque, em geral, eles são formados por terrenos que pertencem a diferentes bacias sedimentares. Os offshore são, essencialmente, constituídos por margens divergentes do tipo-Atlântico (desenvolvidas nas áreas onde os regimes tectónicos predominantes são em extensão e formadas em associação com a formação de nova crosta oceânica) ou tipo não-Atlântico (quando eles são desenvolvidos em áreas onde os regimens tectónicos em compressão são predominantes, isto é, em associação com a formação megassuturas). Por outro lado, nos onshores,  além dos cratões Pré-Câmbricos, que ocupam a maior parte dos onshores, as bacias sedimentares mais comuns são: (a) De tipo-rifte ; (b) Cratónicas ; (c) Antearco ; (d) Antepaís e (e) Cadeias de montanhas. Em outras palavras, nos offshores, as bacias sedimentares são, frequentemente, associadas com a formação de nova crosta oceânica, enquanto em terra, elas estão associados com a formação de megassuturas (margens convergentes). Estas associações, que induzem diferentes tipos de subsidência, são a base da classificação das bacias sedimentares propostas por Bally e Snelson (1980). As bacias associados com a formação de megassuturas podem ser perissuturais (localizadas na periferia da megassutura) ou epissuturais (dentro da megassutura). As associadas com a nova formação da crusta oceânica são : 1) Bacias de tipo-rifte ; 2) cratónicas e 3) Margens divergentes.

Terra de Gondwana...................................................................................................................................................................................................Gondwanaland

Terre de Gondwana / Tierra de Gondwana / Gondwanaland / 冈瓦纳大陆 / Гондвана / Terra di Gondwana

Tautologia para designar o grande continente meridional que existiu entre cerca de 500 e 200 Ma (Paleozóico e início do Mesozóico). Gondwana quer dizer "Terra dos Gonds" (povo do centro da Índia). O Gondwana incluía não só a maior parte dos continentes, que hoje se encontram no hemisfério sul, como Antárctica, América do Sul, África, Madagascar, Austrália-Nova Guiné e Nova Zelândia, mas também Arábia e a Índia que hoje se encontram no hemisfério norte.

Ver: « Supercontinente »
&
« Colisão Continental »
&
« Pangeia »

No Pérmico-Triásico, quase toda a terra emersa estava aglutinada formando um supercontinente, que os geocientistas chamaram Pangeia, que quer dizer, em grego "toda a terra" ("πᾷν"- toda e "γή" -terra). A massa continental da Pangeia, rica em urânio, tório e potássio, funcionou como uma cobertura quente que impediu que o calor interno da Terra se dissipasse. A acumulação desse calor criou uma intumescência, na parte central da Pangéia, que pouco a pouco, se fracturou. As fracturas propagaram-se ao longo dos eixos da intumescência separando a América do Norte do norte da África, há cerca de 180 milhões de anos atrás, e da Europa, há cerca de 150 Ma. Como ilustrado nesta figura, pode dizer-se que, ao princípio, a Pangéia se fracturou em duas grandes massas continentais : (i) Laurasia, que formava a massa continental norte e (ii) Gondwana, que formava a massa continental sul. O Gondwana incluía, o que hoje se chama, a Antárctica, que estava, mais ou menos, unida à América do Sul, África, Índia e Austrália. Por sua vez, estas duas grandes massas continentais (Laurasia e Gondwana) continuaram a fractura-se em pequenos continentes que se afastaram uns dos outros, por expansão oceânica, até ocuparem as posições (temporárias) que eles ocupam actualmente. O termo Gondwana foi proposto pelo geólogo austríaco Eduard Suess, que o tirou de uma região da Índia, onde se encontrou a planta fóssil Glossopteris (planta gimnospérmica, com sementes a nu). Suess sabendo que esta planta tinha sido encontrada não só na Índia, mas também na América do Sul, sul da África, Austrália e Antárctica, ele sugeriu, que no passado geológico, todas estas áreas estavam aglutinadas numa grande massa continental que ele chamou Gondwana. O Gondwana era um continente muito quente e seco com estações de chuvas intensas, onde apareceram os primeiros fetos e coníferas.


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Ultima actualização : Fevereiro, 2015