Ypres............................................................................................................................................................................................................................................................................................Ypresian

Yprés / Ypres / Ypern / ÒÁçê¶û / §ª§á§â / Ypres

A mais antiga idade geológica (tempo) ou o mais baixo andar estratigráfico (rochas) do Eocénico.

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Na escala do tempo geológico, o Ypresiano é a idade da época Eocénico do período Paleogénico da era Cenozóica do éon Fanerozóico, compreendida, aproximadamente, entre 54,8 milhões e 49 milhões de anos atrás. A idade Ypresiano (série Eocénico) vem depois da idade Tanetiano da série Paleocénico e precede a idade Lutéciano da sua série (Eocénico médio). O Ypresiano é, frequentemente, incluído com o Luthétien na série Eocénico inicial. O andar Ypresiano foi introduzido na literatura científica pelo geocientista belga André Dumont em 1850. Na sua comunicação à Royal Academy em 10 de Novembro de 1849, André Dumont disse: "Os terrenos do Eocénico são divididos em três sistemas que eu chamei Landenian, Ypresian e Bruxelien. O sistema Ypresiano, que eu separo do Landeniano porque ele me parece mais marinho que de água doce, e porque ele tem um grande desenvolvimento nas colinas de Ypres, na Flandries ocidental, mostras, na sua parte inferior, um espesso maciço argiloso e na sua parte superior, areias finas com glauconite que, em algumas áreas, contém um banco de nummulites ". O nome Ypresiano deriva de Ypres, que é o nome francês da cidade belga de Ieper (Flandres). As definições originais deste andar são, totalmente, diferentes das definições modernas. A base do Ypresiano é definida por uma forte anomalia nos valores δ13C da MTPE (" Máximo Térmico Paleocénico-Eocénico" ). O perfil de referência oficial (GSSP, acordo internacional sobre as secções estratigráfica que servem de referência para a escala do tempo geológico, ou seja, "Global Boundary Stratotype Solutions and Point" em inglês), para a base do Ypresiano é o perfil Dababiya perto da cidade egípcia de Luxor, embora a secção-tipo original seja localizada perto da cidade de Ypres. Nesta região, a espessura dos depósitos do Ypresiano aumenta para o norte, de alguns metros  no extremo sul e sudeste, a cerca de 150 m, na parte norte da bacia, com uma espessura máxima observada no extremo noroeste (Knokke: 182 m). O topo da Ypresiano (base Luthétien) é identificado pela primeira aparição do foraminífero género Hantkenina nos fósseis. Os famosos xistos betuminosos fossilíferos de Messel (Alemanha), são de idade Ypresiano.

Ypresiano (Ipresiano)...........................................................................................................................................................................................................................................Ypresian

Yprésien/ Ypresiano (Ipresiano) / Ypresium / ÒÁÆÕÀ×˹½× / §ª§á§â§ã§Ü§Ú§Û §ñ§â§å§ã (§á§Ñ§Ý§Ö§à§Ô§Ö§ß§à§Ó§à§Û §ã§Ú§ã§ä§Ö§Þ§í) / Ypresiano

O mais antigo e o mais baixo estágio da série Eocénica do sistema Paleogénico. O Ypresiano ou Ipresiano durou entre 54,8 e 49,0 Ma, isto é, ocorreu depois do Tanéciano e antes do Lutéciano.

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O limite do estratotipo Ypresiano/Lutéciano é baseado num evento que se pode correlacionar com a base do Lutéciano (estágio standard do Eocénico). O Lutéciano foi definido por De Lapparent, em 1883, e revisto, em 1983 por Blondeau, que propôs um novo estratotipo, cerca de 50 km ao norte de Paris. O conceito do estágio Ypresiano ou sintema Ypresiano, como certos geocientistas dizem, foi introduzido por A. Dumont em 1849 para especificar argilas marinhas e as areia glauconíticas sobrejacente que ocorrem na região de Ieper no oeste da Bélgica. Dumont não mencionou o estratotipo ou a localidade tipo. Este conceito, que evoluiu durante os séculos XIX e XX, difere do GSSP que foi ratificado em 2003 em Dababiya (Egipto.) O Ypresiano durou entre 55,8 (± 0,2) e 48,6 (± 0,2) e representa o mais antigo estágio standard do Eocénico. Durante o Ypresiano, depois do máximo térmico do Eocénico Inicial, o território actual da Bélgica estava coberto por um mar epicontinental, cujo nível sofreu várias variações relativas. Durante o Ypresiano Inicial, as condições geológicas eram do nível alto. No extremo NO da Bélgica, sob uma lâmina de água de mais de 200 metros existiam condições anóxicas. Em direcção da linha da costa, isto é, para Sul e Sudeste, as condições batiais anóxicas mudaram, progressivamente, para litorais (50-100 m de lâmina de água bem oxigenada). Um mar pouco profundo cobria a região Sul (Bruxelas-Lille), até ao flanco Norte das Ardenas que formavam a linha da costa. Durante o Ypresiano Tardio, o clima subtropical do Ypresiano Inicial continuou, embora com um aumento de temperatura conhecido como OCEI. O nível do mar, embora sujeito a mudanças substanciais, era muito mais baixo do que no Ypresiano Inicial, e a linha da costa avançou para o norte de cerca de 200-250 km. A bacia de Paris emergiu de maneira permanente, como parte da bacia Londres-Hampshire, enquanto que a bacia Belga ficou coberta por um mar pouco profundo, que permitiu o depósito de uma alternância de sedimentos arenoso e argilosos. Os depósitos Ypresianos correspondem a uma alternância de argilitos e arenitos, na qual vários ciclos-sequências se depositaram, em consequência da interacção entre a eustasia e tectónica, e onde as areias glauconíticas caracterizam, os cortejos transgressivos.


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Ultima actualização : Março, 2015