Charneira (tectonica)......................................................................................................................................................................................................Tectonic Hinge Point

Charnière (tectonique) / Charnela (tectónica) / Tektonische Gelenkpunkt / 构造铰链点 / Тектоническая точка изгиба / Cerniera (tettonica)

Ponto do substrato sedimentar onde a subsidência por flexura, medida em relação a um plano de referência fixo, é nula.

Ver: " Subsidência "
&
" Bacia de Antepaís "
&
" Subsidência por Flexura "

Neste esquema de uma bacia de antepaís (zona de subducção de Ampferer ou tipo A), a protuberância (D) é aproximadamente a charneira tectónica. Contudo, note que a protuberância (D), é o resultado de uma migração da charneira tectónica para o cratão, à medida que o encurtamento sedimentar se acentua. É preferível falar de encurtamento em vez de compressão, visto que pode haver alargamento dos sedimentos com esforços tectónicos compressivos. O que deforma os sedimentos não são os esforços tectónicos, mas os esforços efectivos, o que não é a mesma coisa. Os biselamentos (biséis de agradação) no flanco Oeste do cratão (por vezes chamado plataforma) são provocados pela migração para Este das sucessivas sobrecargas induzidas pelos cavalgamentos. A cada avanço da sobrecarga produz-se uma subsidência da bacia de antepaís com criação de espaço disponível para os sedimentos. Assim, um novo preenchimento sedimentar, divergente em direcção dos cavalgamentos sobrepõe-se à uma unidade previamente depositada e a charneira tectónica e a protuberância (quando não são coincidentes), deslocam-se em sentido oposto à frente dos cavalgamentos. Um tal deslocamento para Este da charneira (onde a subsidência é zero) produz uma depressão caracterizada por biséis de agradação na bordadura Oeste. São estes biséis de agradação, que com o tempo são basculados em direcção das montanhas sublinhando assim a discordância da base da bacia de antepaís. Neste modelo tectónico, é assumido que cada uma das sobrecargas A, B, C ou D é exercida sobre uma superfície, praticamente, sub-horizontal e que o encurtamento sedimentar é em sequência, quer isto dizer, que os cavalgamentos mais recentes são os mais próximos do cratão. Nas primeiras fases da bacia de antepaís, o aporte sedimentar vem sobretudo do cratão (de Este neste caso particular). Contudo, à medida que o levantamento aumenta, em associação com os cavalgamentos induzidos pelo encurtamento, cria-se um acarreio sedimentar de Oeste. A certa altura os dois aportes terrígenos são, praticamente, iguais em importância, mas na parte superior da bacia, o acarreio vindo das montanhas torna-se preponderante.

Cianobactéria...................................................................................................................................................................................................................................Cyanobacteria

Cyanobactérie / Cyanobacteria / Cyanobakterien / 藍菌 / Цианобактерии / Cyanobacteria

Filo de bactérias que obtém a sua energia através da fotossíntese. As cianobactérias são um componente importante do ciclo do azoto marinho e, em muitas áreas do oceano, um importante produtor primário. Encontram-se também em ambientes outros que marinhos. Sinónimo de Algas Azuis-Verdes.

Ver: " Alga "
&
" Fotossíntese "
&
" Alga Castanha (Feofícea) "

As cianobactérias são maiores que os outros procariontes. Elas não têm órgãos locomotores e realizam a fotossíntese com o auxílio de pigmentos variados: (i) Clorofila a ; (ii) Carotenóides (pigmentos amarelos) ; (iii) Ficocianina (pigmento azul) e (iv) Ficoeritrina (pigmento vermelho). Ao contrário da fotossíntese das bactérias, a fotossíntese das cianobactérias faz-se sem oxigénio. Ela pode resumir-se pela equação : 6CO2 + 6H2O + energia ↔ C6H12O6 + 6O2 ± 7,1 eV. A reacção faz-se da direita para a esquerda durante a fotossíntese e da esquerda para a direita durante a respiração, que aqui significa bio-oxidação das substância orgânicas reduzidas e não inalação. É por esta razão que as nossas mães retiravam os vasos de flores dos nossos quartos, durante a noite, para que as plantas não utilizem o oxigénio que nós respiramos. Geralmente, as cianobactérias têm vida livre mas podem estabelecer em simbiose com outros organismos ou formar colónias filamentosas, por vezes envolvidas por uma cápsula mucilaginosa. Estes pigmentos distinguem-nas das restantes bactérias fotossintéticas pois estas dependem da bacterioclorofila para realizar este importante processo. Outra importante diferença reside no facto de as cianobactérias apresentarem lamelas internas, invaginações da membrana plasmática, onde se localizam os pigmentos e as enzimas fotossintéticas. Estas lamelas são consideradas percursores dos tilacóides vegetais e não existem nas restantes bactérias fotossintéticas. Como na cianobactéria ilustrada nesta figura ("Microcoleus chthonoplastes"), a maior parte da produtividade primária ocorre via fotossíntese oxigenada das cianobactérias e diatomáceas, onde o carbono é fixado pelo ciclo de Calvin (série de reacções bioquímicas que ocorre nos estromas, que formam a matriz coloidal dos cloroplastos dos organismos fotossintéticos). Os cloroplastos são organitos que possuem uma membrana dupla, onde se encontram os pigmentos envolvidos na fotossíntese.

Cicatriz Salífera......................................................................................................................................................................................................................................Salt Weld

Cicatrice salifère / Cicatriz salífera / Salz Schweißnaht / 盐焊接 / Соляная прослойка / Cicatrice di sale, Saldatura di sale

Superfície ou zona de junção de estratos originalmente separados por sal autóctono ou alóctono. Uma cicatriz salífera é uma estrutura salífera negativa que resulta de uma completa ou quase completa remoção do sal. A cicatriz é, muitas vezes, formada por resíduos salíferos ou sal, cuja espessura é quase sempre inferior à resolução sísmica. Uma das características mais significativas das cicatrizes salíferas é a inversão estrutural sobrejacente. Sinónimo de Sutura Salífera.

Ver: " Alóctono "
&
" Halocinese "
&
" Subsidência Compensatória "

O termo cicatriz salífera foi utilizado pela primeira vez pelos geocientistas belgas da Petrangol (Petrofina em Angola), nos anos 60, quando pesquisavam o onshore da bacia do Kwanza (Angola). Eles avançaram a conjectura que as variações laterais da espessura dos intervalos sedimentares encontradas nos cortes geológicos eram induzidas por escoamentos laterais do sal, o qual se depositou perto da base da margem continental divergente. Por outro lado, nos dados sísmicos, eles notaram que certas falhas normais, mais ou menos, preenchidas por sal, eram o resultados do colapso e evacuação lateral do sal e de certos domas salíferos. Foi a este tipo de falhas que eles chamaram cicatrizes salíferas. Contudo, estas estruturas foram melhor compreendidas e definidas pelos geocientistas da Total que retomaram, na bacia do Kwanza, as áreas de pesquiza que a Petrangol tinha abandonado depois de ter feito um grande número de descobertas não-económicas e duas ou três descobertas económicas, entre as quais o campo de Quenguela Norte (cerca de 40 Mb de reservas recuperáveis). Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica da bacia salífera do Nordkapp (offshore norte da Noruega), é fácil reconhecer uma cicatriz salífera (também denominada sutura salífera). O sal (em violeta) é visível de cada lado da cicatriz (sublinhada, por convenção, por pequenos círculos acima e debaixo da desarmonia tectónica que ela produz). O centro de deposição localizado, imediatamente, acima da cicatriz pode explicar-se por uma subsidência compensatória, isto é, por uma subsidência induzida pelo escoamento lateral do sal, o qual produz uma subsidência local, que criou mais espaço disponível para a sedimentação. Neste caso particular, o movimento lateral do sal iniciou-se desde o fim do depósito do intervalo salífero, uma vez que o primeiro intervalo posterior ao sal mostra já um aumento de espessura em direcção da cicatriz.

Ciclo........................................................................................................................................................................................................................................................................................................Cycle

Cycle / Ciclo / Zyklus / 周期 / Цикл / Ciclo

Sucessão de eventos que se repetem, como, por exemplo, as variações do nível do mar (relativas e eustáticas), formação de supercontinentes, variações climáticas, glaciações, estações do ano, fases da Lua, marés, etc.

Ver: " Variação relativa (do nível do mar) "
&
" Supercontinente"
&
"Ciclo de Milankovitch"

Dentre os grandes princípios da natureza: (i) Desigualdade ; (ii) Autossimilaridade ; (iii) Distribuição Fractal ; (iv) Ciclicidade ; (v) Finitude ; (vi) Gravidade ; (vii) Vida ; (viii) Determinismo - Probabilismo e (ix) Simetria (teorema do limite central), a ciclicidade é talvez o princípio mais evidente na Geologia e em particular na Estratigrafia Sequencial. Todos os eventos naturais podem ser representados por um ou vários ciclos. Desde há muitos anos, os geocientistas notaram a ciclicidade dos sistemas de depósito. Depois de Benoit de Maillet e Lavoisier, a grande maioria dos geocientistas pensam que a ciclicidade dos depósitos sedimentares é induzida pela eustasia. Isto quer dizer, que são as variações globais e relativas do nível do mar, que fazem variar, de maneira cíclica o espaço disponível para os sedimentos (acomodação). Da mesma maneira, a história da Terra, pelo menos desde o inicio do Fanerozóico (± 600 Ma), pode ser descrita como cíclica. Com efeito, depois da aglutinação do supercontinente Protopangéia, ele fracturou-se em vários continentes, os quais se dispersaram, até um máximo, devido à expansão (alastramento) oceânica, para depois, pouco a pouco, se aglutinarem outra vez formando um novo supercontinente chamado Pangéia. Por sua vez, o super-continente Pangéia fracturou-se em vários continentes, que se afastaram uns dos outros devido à expansão oceânica, mas que, actualmente, começaram já a se aproximar para, provavelmente, num futuro geológico, mais ou menos próximo, formarem um novo supercontinente. Esta mesma ciclicidade que é, perfeitamente, explicada pela Teoria das Placas Litosféricas, encontra-se nas crises bióticas, clima, variações do nível do mar, distribuição estratigráficas das rochas-mãe dos hidrocarbonetos, etc. Como ilustrado nesta figura, a história da pesquiza petrolífera da maior parte das bacias petrolíferas, assim como a história da pesquiza global mostra também uma ciclicidade bem marcada. A ciclicidade do dia-noite, das fases da Lua, das estações do ano, etc., marcou humanidade a ponto que se fala de tempo sagital e tempo cíclico.

Ciclo de Alta Frequência.............................................................................................................................................................High Frequency Cycle

Cycle de Haute Fréquence / Ciclo de alta frecuencia / High-Frequenz Zyklus / - 频率高周期 / Высокочастотный цикл / Ciclo di alta frequenza

Ciclo estratigráfico induzido por um ciclo eustático de 4ª ordem, ou de ordem mais alta, quer isto dizer, um ciclo com um tempo de duração inferior a 0.5 My (milhão de anos). Os paraciclos e ciclos-sequência associados aos ciclos eustáticos com duração inferior a 0.5 My, são considerados como ciclos de alta frequência.

Ver: " Ciclo Estratigráfico "
&
" Ciclo Eustático"
&
" Ciclo-Sequência "

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Mahakam, na parte Este da ilha de Bornéu (Indonésia), é fácil de constatar que dentro dos ciclos-sequência, definidos pelas discordâncias SB. 5,5 Ma, SB. 6,2 Ma e SB. 8,2 Ma, existem ciclos estratigráficos de alta frequência. Estes ciclos de alta frequência não estão completos, quer isto dizer, que eles não são constituídos por todas os cortejos sedimentares que, normalmente, formam um ciclo-sequência e que, debaixo para cima, são : (i) Cones Submarinos de Bacia (CSB) ; (ii) Cones Submarinos de Talude (CST) ; (iii) Prisma de Nível Baixo (PNB) ; Cortejo Transgressivo (CT) e (iv) Prisma de Nível Alto (PNA). Os cones submarino de bacia, cones submarino de talude e o prisma de nível baixo, formam o cortejo de nível baixo (CNB). Em alguns dos ciclos de alta frequência ilustrados nesta tentativa de interpretação, só se depositaram dois membros do cortejo de nível baixo : (a) O prisma de nível baixo (PNB), onde se depositaram sistemas deltaicos com turbiditos proximais associados e (b) Os cones submarinos de talude (CST), com estruturas em forma de “asa de gaivota” (diques marginais naturais) bem desenvolvidas. Nesta tentativa, não se reconhecem cones submarinos da bacia, os quais se depositaram mais a jusante. A expressão "ciclo de alta frequência" utiliza-se, por convenção, para os ciclos estratigráficos e não para os ciclos eustáticos. Para os ciclos eustáticos fala-se de ordem. Assim, existem pelos menos 5 ordens de ciclos eustáticos. Os ciclos de 1a ordem em relação com os quais se depositam os ciclos estratigráficos ditos de " invasão continental", têm um tempo de duração maior que 50 My. Os ciclos de 2a ordem, que induzem os ciclos estratigráficos ditos "subciclos de invasão continental", duram entre 3-5 e 50 My. Os ciclos eustáticos de 3a ordem, induzem os ciclos-sequência, e têm uma duração entre 0,5 e 3-5 My. Os ciclos eustáticos de 4a e 5a ordem induzem ciclos de alta frequência e duram, em geral, menos de 0, 5 My.

Ciclo de Alta Frequência (exemplo)..................................................................................................................................High Frequency Cycle

Cyclo de haute fréquence (exemple) / Ciclo de alta frecuencia (ejemplo sísmico) / High-Frequenz Zyklus / - 频率高周期 / Высокочастотный цикл (сейсмический пример) / Ciclo di alta frequenza

Ciclo estratigráfico induzido por um ciclo eustático de 4a ordem ou superior (duração entre 0,1 e 0,5 My). Como todos os outros ciclos estratigráficos, os ciclos de alta frequência são limitados por discordâncias (superfícies de erosão), nos ambientes pouco profundos e, nos ambientes profundos, por paraconformidades (superfícies sem erosão), que correlacionam, a montante, com as discordâncias.

Ver: " Ciclo Eustático "
&
" Glaciação "
&
" Glacioeustasia "

Os ciclos de estratigráficos de alta frequência não devem ser confundidos com os paraciclos (de um ciclo-sequência), embora ambos sejam induzidos por ciclos ou paraciclos eustáticos de 4a ou 5a ordem. Os paraciclos eustáticos, que induzem os paraciclos (periódicos) não implicam, praticamente, nenhuma descida relativa do nível do mar. Eles são constituídos por subidas sucessivas, que alternam com períodos de estabilidade relativa do nível do mar. O ciclos eustáticos, que induzem os ciclos estratigráficos de alta frequência são verdadeiros ciclos, uma vez que eles são separados por descidas relativas do nível do mar, as quais são seguidas por subidas relativas significativas, como ilustrado neste detalhe de uma tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da Indonésia (offshore Este da ilha de Bornéu). Como ilustrado na tentativa de interpretação da totalidade da linha sísmica (detalhe no canto inferior esquerdo), o rebordo da bacia durante o Tortoniano (Miocénico Superior Médio) foi fossilizado por sedimentos do Messiniano (Miocénico Terminal). Na realidade, a discordância SB. 8,2 Ma é, facilmente, reconhecida, não só pelos biséis superiores do intervalo subjacente, mas também pelos biséis de agradação do intervalos sobrejacente. Da mesma maneira, a discordância SB. 6,2 Ma é fácil de reconhecer. Os sedimentos entre estas discordâncias, cuja diferença de idade, determinada a partir do estudo dos poços de pesquiza perfurados ao longo da linha sísmica, é de 2 My, constituem um ciclo-sequência, uma vez que o ciclo eustático associado tem um duração entre 0,5 e 3-5 My. Este ciclo-sequência está bem marcado no diagrama de P. Vail. Contudo, entre estas duas discordâncias, as relações geométricas entre os reflectores permitem de pôr em evidência duas outras discordâncias que limitam três ciclos de alta frequência. Estes ciclos são, certamente, locais e induzidos por condições geológicas particulares a esta região, razão pela qual eles não estão marcados no diagrama de Vail.

Ciclo Astronómico................................................................................................................................................................................................Astronomical Cycle

Cycle astronomique / Ciclo astronómico / Astronomische Zyklus / 天文周期 / Астрономический цикл / Ciclo astronomico

Ciclo induzido pela precessão e excentricidade da órbita da Terra, que controlam a energia solar recebida pela Terra e, por conseguinte, o volume do gelo da superfície terrestre. A quantificação da energia solar recebida pela Terra permitiu reconhecer dois grandes ciclos astronómicos: (i) Um com um período de 60 mil anos e (ii) Outro com 120 mil anos. Um terceiro ciclo de 400 mil anos é também avançado por certos geocientistas.

Voir: " Ciclo de Milankovitch "
&
" Teoria Astronómica do Paleoclima"
&
" Precessão dos Equinócios "

Em 1941, o matemático Milutin Milankovitch formulou uma teoria sobre as glaciações, na qual as mudanças do clima são o resultado das flutuações das estações, determinadas pelas variações dos elementos orbitais da Terra: (i) Excentricidade ; (ii) Inclinação do Eixo de Rotação e (iii) Latitude do Perigeu. Milankovitch identificou dois ciclos astronómicos principais com durações de 60 ky e 120 ky. A chamada curva de Milankovitch, construída a partir da análise das variações da órbita da Terra, representa a quantidade de energia solar recebida nessa latitude. Ela corresponde à curva de insolação de uma certa latitude (65° N) e um determinado tempo geológico. Os geocientistas testaram as hipóteses de Milankovitch analisando os ciclos sedimentares, mas não as conseguiram refutar. Eles retiraram testemunhos do fundo do mar e mediram, em vários pontos dos testemunhos, as relações isotópicas. Eles constataram que as relações isotópicas eram cíclicas. Datando as amostras dos testemunhos, eles verificaram que os ciclos mais frequentes eram de 23 ky, 60 ky e 120 ky. Recentemente, num testemunho de rochas de idade Triásico (rochas com mais de 200 milhões de anos de idade), os geocientistas constaram que os intervalos sedimentares mais pequenos do testemunho exibiam mais de 20 000 varvas (depósito glaciares anuais) e que o ciclo de precessão (no Triásico) era de cerca de 20 ky. Por outro lado, eles corroboram o facto, que ciclo de precessão é modulado por um ciclo de excentricidade de cerca de 100 ky, uma vez que cinco grupos de pequenos intervalos formavam um intervalo de hierarquia maior. Igualmente, os geocientistas não conseguiram refutar o ciclo de excentricidade de 400 ky, visto que os maiores intervalos sedimentares eram formados por quatro intervalos de hierarquia inferior. Não esqueça que no método científico, o que conta é a refutação e não a validação, uma vez que nenhuma medida física é representada por un número único, mas por um intervalo de números (imprecisão). Em ciência, não só nenhuma confrontação "empirismo-teoria" pode ser feita sem o cálculo da incerteza, mas também, nenhuma teoria científica é corroborada ou refutada de maneira absoluta e muito menos verificada.

Ciclo do Azoto.................................................................................................................................................................................................................................Nitrogen Cycle

Cycle de l'azote / Ciclo de Nitrógeno / Stickstoffkreislauf / 氮循环 / Цикл обмена азота / Ciclo dell'azoto

Processo pelo qual o azoto, em todas as suas formas, circula através da Terra, da mesma maneira qua a água o faz (ciclo hidrológico). A maior parte das reservas de azoto encontram-se na parte inferior da primeira capa da atmosfera terrestre, i.e., na homosfera, a qual engloba a troposfera, estratosfera e a mesosfera e é caracterizada por ter: (i) Cerca 78-80% de azoto ; (ii) Mais ou menos, 20% de oxigénio ; (iii) 1 % de vapor de água ; (iv) 0,9% de argon e (v) 0,04 de dióxido de carbono. O néon, hélio, crípton, hidrogénio e ozono estão presentes em ppm (partes por milhão).

Ver: " Ciclo hidrológico "
&
" Ciclo das Rochas "
&
" Atmosfera "

Toda a forma de vida requer compostos de azoto (proteínas e ácidos nucléicos). O ar tem cerca de 80% de azoto (N2) e é o maior reservatório de azoto. A maior parte dos organismos não pode utilizar o azoto directamente. As plantas utilizam o azoto incorporando determinados compostos, tais como: (i) Iões de nitrato (NO3-) ; (ii) Amónia (NH_3) ; (iii) Ureia (NH2)2CO, etc. Os animais utilizam os compostos de azoto comendo as plantas. Como ilustrado, na biosfera, quatro processos participam ao ciclo do azot : (a) Fixação ; (b) Desnitrificação ; (c) Nitrificação e (d) Assimilação. Na fixação, três processos são responsáveis pela maior parte da fixação do azoto na biosfera: 1) Fixação Atmosférica pela Luz ; 2) Fixação Biológica (micróbios) e 3) Fixação Industrial. Na assimilação, as proteínas fabricadas pelas plantas entram nas cadeias de alimentação e o seu metabolismo produz compostos orgânicos de azoto que voltam para o meio ambiente sobretudo sob a forma de excreções e que sob a acção de certos microrganismos produzem amónia. Na nitrificação, a amónia pode ser incorporada, directamente, pelas plantas através da raízes. Contudo, muita da amónia produzida por decomposição é convertida em nitratos, o que se faz em duas etapas: as bactérias do género Nitrosomona oxidam NH3 em NO2- e as bactérias do género Nitrobacter oxidam os nitritos (NO2-) em nitratos. Os três processos precedentes tiram o azoto da atmosfera e incorporam-o nos ecosistemas. A desnitrificação reduz os nitratos em nitrogénio (gás) o que repõem o azoto na atmosfera. As bactérias são os agentes principais, uma vez que elas utilizam os nitratos como uma alternativa ao oxigénio para sua respiração.

Ciclo Baticrescente ABC (carbonatos)..................................................................................................................Upward Deepening Cycle

Cycle bathycroissant ABC (carbonates) / Ciclo baticreciente ABC (carbonatos) / Nach oben - Vertiefung Zyklus / 向上-深化循环 / Регрессивно-трансгрессивный цикл / Ciclo baticrescente ABC (carbonati)

Na terminologia de Fischer (1964), um ciclo ABC é baticrescente, quando A está associado com uma exposição subaérea, B com depósitos de maré e C com depósitos inframareais. Actualmente, os ciclos carbonatados de planície de maré, formados por unidades assimétricas, são separados por limites discordantes entre depósitos supramareais (pouco profundo) de um ciclo e depósitos sub-mareais (mais profundos) do ciclo seguinte. Tais ciclos baticrescentes são, na realidade, hemiciclos e as suas repetições sucessivas produzem um padrão vertical A-B-C, A-B-C-, A-B-C..... que sugere uma alternância de períodos de progradação e de submersão.

Ver: " Autociclo (carbonatos) "
&
" Carbonato de compensação"
&
" Deposição (carbonatos) "

Nesta fotografia (sedimentos Ordovícicos), os níveis mais escuros são depósitos submareais, enquanto que os níveis mais claros correspondem a depósitos calcários intermareais (com submersão). Se o limite dos ciclos for marcado entre os níveis claros e escuros, os ciclos são baticrescentes, quer isto dizer, que a profundidade de deposição aumenta para cima, como numa transgressão. Ao contrário, se o limite entre os ciclos for colocado no topo dos sedimentos intermareais é, evidente, que os ciclos não são baticrescentes. A ciclicidade nos carbonatos observa-se também nos carbonatos de água profunda (ela é evidente à escala mesoscópica, isto é, a escala dos afloramentos). Para bem marcar o limite entre os ciclos, é necessário saber qual é o factor que determina a ciclicidade. Para a maior parte dos geocientistas, os principais factores, que determinam a alternância entre submersão e progradação são: (i) Taxa do Acarreio Terrígeno ; (ii) Taxa de Subsidência ou de Levantamento ; (iii) Taxa das Variações Relativas do Nível do Mar (descida ou subida) e (iv) Tempo de cada Ciclo da Planície de Maré. Na prática, é quase impossível determinar exactamente o tempo de deposição de cada ciclo. Contudo, uma estimação aproximada pode ser obtida dividindo a idade total da formação pelo número de ciclos (assumindo que há continuidade de sedimentação). Este método dá, geralmente, um tempo de duração, para cada ciclo, que varia entre dezenas e centenas de milhares de anos o que sugere, que, provavelmente, os ciclos estão directa ou indirectamente associado aos ciclos de Milankovitch.

Ciclo de Carbonatos Progradantes...................................................................................................................................Catch-up Cycle

Cycle de carbonates progradants / Ciclo de carbonatos progradantes / Cycle-Karbonate progradierende / 循环碳酸盐prograding / Цикл размывания карбонатов / Ciclo di Carbonati progradanti

Intervalo de carbonatos de recuperação (geometria progradante) separados por carbonatos de compensação com geometria agradante.

Ver: " Carbonato de Recuperação"
&
" Carbonato de Compensação "
&
" Mudança Relativa do Nível do Mar "

Os ciclos de carbonatos progradantes são muito bem conhecidos, por exemplo, na Bacia Pérmica dos EUA, onde os trabalhos de Sarg et al. (1999), Kerans & Fitchen (1995) e de Kerans & Kempter (2002), estabeleceram as bases da arquitectura dos depósitos carbonatados de alta frequência. Os modelos geológicos avançados tomaram em linha de conta: (i) Os parâmetros da Estratigrafia Sequencial (variações do nível do mar, subsidência, profundidade de água, compactação, etc.) ; (ii) A Produção de Carbonato na Plataforma e (iii) A Sedimentação de Clásticos na Bacia (condição necessária para a acumulação e preservação de hidrocarbonetos na bacia). A coluna estratigráfica é composta de intervalos sedimentares, que têm uma duração comparável dos ciclos-sequência, os quais são induzidos ciclos eustáticos de 3a ordem, isto é, ciclos eustáticos com uma duração entre 0,5 e 3-5 My (milhões de anos). Cada um dos intervalos sedimentares é subdividido em ciclos de alta frequência, que podem ser induzidos por ciclos eustáticos de 4a ordem. Por sua vez, cada um destes ciclos de alta frequência é constituído por cortejos sedimentares. Cada um destes ciclos está associado a um subida e descida do nível do mar, e os seus limites foram identificados na base de discordâncias e presença de carsificação. Os carbonatos de recuperação estão associados a uma: (a) Rápida subida relativa do nível do mar ; (b) Aumento da profundidade de água com diminuição da produção de carbonato ; (iii) Lenta subida relativa do nível do mar, que permite a construção da plataforma carbonatada ; (iv) Recuperação da profundidade de água, que permite o máximo de produção de carbonato ; (iv) Formação de carbonato superior a criação de espaço disponível e (v) Acomodação insuficiente que força o crescimento lateral da plataforma. Ao contrário, os carbonatos de compensação depositam-se durante subidas relativas do mar contínuas e lentas, de maneira, que o espaço disponível (acomodação) criado é, completamente, preenchido pelo material carbonatado recém-formado. A combinação de todas esta condições permite a agradação e progradação da plataforma carbonatada.

Ciclo de Davis...................................................................................................................................................................................................................................Davisian Cycle

Cycle de Davis / Ciclo de Davis / Davisian Zyklus / Davisian 周期 / Цикл Дэвиса / Ciclo di Davis

Interpretação genética da topografia baseada nos conceitos da peneplanação e erosão. Segundo E. Mutti, (1996), o levantamento e a desnudação são os responsáveis principais da formação dos deltas induzidos pelas inundações e dos deltas em leque (deltas do tipo Gilbert). Sinónimo de Ciclo de Erosão.

Ver: " Erosão "
&
" Delta "
&
" Turbidito "

O ciclo de Davis ou ciclo de erosão, como é também chamado, corresponde a uma série, mais ou menos, ordenada de eventos através dos quais, se pensa, que todas as rochas, depois da sua formação sofrem uma fase de levantamento e, mais tarde, uma fase de aplainamento por erosão. Os principais estágios deste ciclo são: (i) Juventude, quando as montanhas são escarpadas e os perfis de equilíbrio provisório dos rios irregulares ; (ii) Maturidade, quando os perfis dos rios são côncavos par cima e, mais ou menos, lisos com incisões pouco marcadas ; (iii) Velhice, quando a morfologia do terreno corresponde, mais ou menos, a um peneplanície. Embora o ciclo de Davis seja cada vez utilizado para explicar a evolução morfológica do terreno, E. Mutti, como ilustrado neste diagrama, utilizou-o para explicar a depósito de turbiditos em condições geológicas de nível alto do mar (nível do mar acima do rebordo da bacia). Mutti sugeriu que a evolução vertical dos sistemas fluviais dominados pelas inundações é controlada pelos ciclos de Davis e, que os depósitos da bacia são cobertos, pouco a pouco, por sistemas fluvio-deltaicos que, com o tempo, se depositam acima e a montante dos sistemas fluvio-deltaicos normais. O levantamento produz uma descida relativa do mar e uma discordância, ao mesmo tempo, que na parte profunda da bacia se depositam turbiditos. Sobre este assunto Mutti e Vail não estão de acordo. Para Vail, o nível do mar tem que estar mais baixo do que o rebordo da bacia para se depositarem turbiditos. Para Mutti, os turbiditos podem depositar-se em condições de nível alto do mar se o acarreio sedimentar for importante. O levantamento e a subsequente desnudação são responsáveis, numa primeira fase, do depósito de delta-aluviais dominados por inundações e, numa segunda fase, quando a competência das correntes diminui, dos delta-aluviais normais, que fossilizam as áreas mais internas dos deltas-aluviais dominados pelas cheias dos rios. Nestas condições, é evidente que Mutti considera que o clima é um parâmetro preponderante da deposição de certos sistemas turbidíticos.

Ciclo de Erosão........................................................................................................................................................................................................................Cycle of Erosion

Cycle d'érosion / Ciclo de erosión / Zyklus der Erosion / 侵蚀循环 / Эрозионный цикл / Ciclo di erosione

Sucessão de fases de mudança do relevo, que tendem a reduzir a topografia das áreas terrestres, sobretudo das áreas levantadas recentemente. Um ciclo de erosão, que é, geralmente, composto por três fases: (i) Juventude; (ii) Maturidade e (iii) Velhice, é hipotético, visto que, ele se desenvolve de maneira a horizontalizar a superfície do terreno (R. L. Bates & J. A. Jackson, 1984).

Ver: " Ciclo de Davis "
&
" Erosão "
&
" Discordância "

A erosão é uma combinação de processos geológicos nos quais os materiais, que formam a superfície da Terra, são desagregados, dissolvidos ou desgastados e transportados de um lugar para outro por agentes naturais. A água é um dos agentes erosivos mais importante. Sob a acção da gravidade, a água desgasta a terra e transporta os sedimentos até não ter mais energia para o fazer. Quando a água atinge o nível do mar ou a linha de base de deposição de um lago ou de qualquer outro corpo de água, o sistema fluvial perde energia e deposita o que ele transporta. W. M. Davis descreveu o ciclo de erosão utilizando um canal (leito) de um rio. Um rio jovem, como ilustrado neste diagrama, tem um gradiente importante. Ele escoa-se rapidamente e, mais ou menos, em linha recta. Com o tempo (alguns séculos), o rio erode não só o seu canal (leito), mas também as suas margens, tentando alcançar o nível de base ou o nível do mar. Um rio maturo, estágio no qual o rio tenta alcançar o nível de base, continua ainda a erodir as margens até que, eventualmente, elas desapareçam e se forme uma planície. O estado de velhice, traduz um estágio no qual o rio se escoa ao longo de meandros, que ziguezagueiam na planície costeira, tentando de encontrar o caminho mais fácil (princípio do menor esforço) para atingir o mar ou um outro corpo de água. Segundo D. Amsbury (1998), não existe nenhum lugar no mundo, que ele conheça, onde um ciclo de erosão pode ser demonstrado. Mesmo no Texas, que não experimentou nem glaciações, nem vulcanismo, ou compressões tectónicas, durante os últimos milhões de anos, não há evidência de nenhum ciclo de erosão. Na realidade, os estágios de maturidade e de velhice estão ausentes. Assim, Amsbury termina dizendo: "I suspect that the Davisian cycle and similar theories of landscape “development” were informed by a belief that the world has been guided to near-perfection just for us Victorians at the self-evident peak of intellectual evolution".

Ciclo Estratigráfico............................................................................................................................................................................................Stratigraphic Cycle

Cycle stratigraphique / Ciclo estratigráfico / Stratigraphischen Zyklus / 地层周期 / Стратиграфический цикл / Ciclo stratigrafico

Intervalo sedimentar, induzidos por um ciclo eustático, limitado quer por duas discordâncias quer pelas paraconformidades (na parte profunda da bacia sedimentar) que correlacionam, a montante, com discordâncias.

Ver: " Ciclo Eustático "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
&
" Estratigrafia Sequencial "

Um dos princípios básicos da estratigrafia sequencial é a conjectura de que os ciclos estratigráficos são induzidos pela eustasia, o que quer dizer, que ela é a principal responsável do espaço criado para que os sedimentos se depositem (acomodação). Naturalmente, a hierarquia dos ciclos estratigráficos depende da hierarquia dos ciclos eustáticos, que os induziram. Em geral, na estratigrafia sequencial, feita a partir dos dados sísmicos (tendo em linha de conta a resolução sísmica), consideram-se quatro ciclos estratigráficos principais, que se depositaram durante ciclos eustáticos de 1ª, 2ª, 3ª e 4-5ª ordem, o que quer dizer, os ciclos eustáticos com durações, respectivamente, superiores a 50 My, entre 50 e 3-5 My, entre 3-5 e 0,5 My e entre 0,5 e 0,01 My: (i) Ciclo de Invasão Continental ; (ii) Subciclo de Invasão Continental ; (iii) Ciclo-sequência e (iv) Paraciclo-sequência ou Ciclo Parassequência. Os ciclos de invasão continental estão associados à ruptura dos supercontinentes (Protopangéia e Pangéia). Os subciclos de invasão continental estão associados com as mudanças de velocidade da subsidência tectónica. Os ciclos-sequência estão associados com a glacio-eustasia. Os paraciclos-sequência, também, estão associados com a glacio-eustásia. Os ciclos-sequência são os tijolos ou os blocos de construção da estratigrafia sequencial. É a partir do estudo destes ciclos, os quais são compostos por diferentes cortejos sedimentares, que predições litológicas podem ser avançadas. A terminologia aqui apresentada é menos enganosa do que a inicialmente adoptada pelos geocientistas da Exxon (Megassequência, Supersequência, Sequência e Parassequência), uma vez que ela entra em linha de conta com uma das características básicas da Geologia : "Toda a interpretação geológica é dependente da escala". Durante muito tempo, certos geocientistas das companhias petrolíferas (os primeiros a utilizar a estratigrafia sequencial), interpretavam as megassequências de Exxon como "mega" ciclos-sequência constituídos por "mega" cortejos sedimentares, o que é totalmente errado, e que levou alguns geocientistas a prognosticar "mega" turbiditos, que os poços de pesquiza refutaram totalmente.

Ciclo Eustático................................................................................................................................................................................................................................Eustatic Cycle

Cycle eustatique / Ciclo eustático / Eustatische Zyklus / 海平面周期 / Эвстатический цикл / Ciclo eustatiche, Ciclo eustatico

Intervalo de tempo durante o qual se constata, à escala global, uma subida e descida do nível médio do mar. Há cinco ordens de ciclos eustáticos: (i) Ciclos de 1ª ordem ; (ii) Ciclos de 2ª ordem ; (iii) Ciclos de 3ª ordem e (iv) Ciclos de 4ª e 5ª ordem. No Fanerozóico, isto é, depois do Pré-Câmbrico, há dois ciclos eustáticos de 1ª ordem (ruptura dos supercontinentes) com durações de 250 e 350 My (> 50 Ma). Os ciclos de 2ª ordem tem durações entre 3-5 e 50 My. Para os ciclos de 3ª ordem, as durações variam entre 0,5 e 3-5 My. Os ciclos de 4ª e 5ª ordem têm durações que variam entre 0,01 e 0,5 My.

Ver: " Eustasia "
&
“ Variação Relativa (do nível do mar) ”
&
“ Estratigrafia Sequencial ”

Como ilustrado neste esquema da curva eustática proposta por Exxon (1977), podem reconhecer-se cinco ordens hierárquicas, definadas por diferentes ciclos eustáticos, os quais são caracterizados por diferentes tempos de duração: (i) Os ciclos eustáticos de 1ª ordem têm um tempo de duração superior a 50 My ; (ii) Os ciclos de 2ª ordem têm uma duração entre 3-5 e 50 My ; (iii) Os ciclos de 3ª ordem entre 0,5 e 3-5 My e (iv) Os de 4ª e 5ª ordem entre 0,1 e 0,5 My. O Fanerozóico é formado por dois ciclos eustáticos de 1ª ordem. O primeiro ciclo define o Paleozóico e o segundo o Meso-Cenozóico. Estes ciclos estão associados às variações do volume das bacias oceânicas durante a agregação e dispersão dos continentes, que formavam os supercontinentes (o volume de água sob todas as suas formas é considerado constante desde a formação da Terra há cerca de de 4,5 mil milhões de anos). Os ciclos de 2ª ordem estão, sobretudo, associados às variações da velocidade da subsidência tectónica durante a evolução dos continentes. Os ciclos de 3ª ordem são, provavelmente, induzidos pela glacio-eustasia (variações do nível de mar devido ao armazenamento ou à liberação da água pelo gelo dos glaciares e calotes glaciares). Os ciclos eustáticos de ordem superior a 3 são também, provavelmente, induzidos pela glacio-eustasia. Os ciclos de alta frequência (ciclos de 4ª e 5ª ordem) estão associados às variações climáticas criadas pelos ciclos orbitais de Milankovitch, cujas periodicidades são: (a) 100 ky - entre 0 e 800 ka ; (b) 800 ky - entre 0,8 e 6,3 Ma ; (c) 1,6 My - entre 6,3 e 150,5 Ma ; (d) 4,0 My - entre 150,5 e 177,0 Ma ; (e) 1,6 My - 177,0 e 188,5 Ma ; (f) 4,0 My - entre 188,5 e 237,0 Ma e (g) 1,6 My - entre 237,0 e a base do Pérmico.

Ciclo Eustático de 1a Ordem..............................................................................................................................First Order Eustatic Cycle

Cycle eustatique de 1er ordre / Ciclo eustático de 1er orden / Erster Auftrag eustatischen Zyklus / 一阶海平面周期 / Эвстатический цикл первого порядка / Ciclo eustatiche (1°ordine)

Ciclo eustático com duração superior a 50,0 My (milhões de anos).

Ver: " Ciclo Eustático "
&
" Supercontinente "
&
" Ciclo Estratigráfico "

Como ilustrado nesta figura, os ciclos eustáticos de 1ª ordem estão, directamente, ligados com a agregação e desagregação dos supercontinentes: (i) Protopangéia ou Rodínia, no fim do Pré-Câmbrico e (ii) Pangéia, no fim do Paleozóico. Uma vez que a grande maioria dos geocientistas admite que a quantidade de água (sob todas as suas formas) é constante, desde a formação da Terra há cerca de 4,5 Ga, os ciclos eustáticos de 1ª ordem podem explicar-se da seguinte maneira: (a) Quando um supercontinente se forma, o volume das bacias oceânicas é máximo, uma vez que o volume das rides oceânicas é mínimo (pouca expansão oceânica) ; (b) Desde que um supercontinente se fractura em várias massas continentais e estas começam a afastar-se umas das outras, devido à formação de nova crusta oceânica, o volume das bacias oceânicas diminui, pouco a pouco, e, para a uma quantidade de água, mais ou menos constante, o nível do mar sobe ; (c) Quando a dispersão dos continentes é máxima (muitas rides oceânicas novas), o nível eustático é máximo ; (d) A partir desse momento, os continentes começam a aproximar-se um dos outros (zonas de subducção do tipo B e A) e o volume das bacias oceânicas começa a aumentar (crusta e dorsais oceânicas desaparecem ao longo das zonas de subducção), o que obriga o nível do mar a descer. Desta maneira, os diagramas desta figura compreendem-se sem grande dificuldade. Quando o número de placas litosféricas é muito grande (dispersão dos continentes), o nível do mar é alto. Quando o número de placas litosféricas é baixo, o que acontece quando se formam os supercontinentes, o nível do mar é baixo, uma vez que o volume das bacias oceânicas é muito grande e o volume de água constante. Durante o Fanerozóico (diagrama da direita), como houve a ruptura de dois supercontinentes, a eustasia é fácil de reconstituir: (1) Nível baixo do mar durante a Protopangéia ; (2) Subida do nível do mar durante o Câmbrico e parte inferior do Ordovícico, (dispersão dos continentes) ; (3) Descida do nível do mar desde o Ordovícico até ao Pérmico (agregação dos continentes); (4) Nível baixo do mar a quando da formação e ruptura da Pangéia ; (5) Subida do nível do mar até ao Cenomaniano-Turoniano (dispersão dos continente) e (6) Descida até hoje (agregação dos continentes).

Ciclo Eustático de 2a Ordem.....................................................................................................................Second Order Eustatic Cycle

Cycle eustatique de 2e ordre / Ciclo eustático de 2° orden / Zweite Ordnung eustatischen Zyklus / 二阶海平面周期 / Эвстатический цикл второго порядка / Ciclo eustatiche (2°ordine)

Ciclo eustático com duração entre 3-5 e 50,0 My (milhões de anos).

Ver: " Ciclo Eustático ”
&
“ Supercontinente ”
&
“ Ciclo Estratigráfico ”

Como ilustrado, nesta figura, dentro dos ciclos eustáticos de 1ª ordem, podem-se reconhecer ciclos eustáticos de 2ª ordem, os quais têm uma duração muita mais pequena, que, em geral, varia, segundo Vail entre 3 e 50 My, mas que pode variar, segundo outros geocientistas entre 5 e 50 My. Os ciclos eustáticos de 2ª ordem são, provavelmente, induzidos pelas variações da subsidência tectónica, cuja origem podem ser muito diversa. Em associação com os ciclos eustáticos de 1ª ordem, criados pela ruptura e agregação dos supercontinentes, depositam-se os ciclos estratigráficos de invasão continental, nos quais e se podem reconhecer um episódio sedimentar transgressivo (dispersão dos continentes) e um episódio sedimentar regressivo (aglutinação dos continentes). Durante o episódio transgressivo, depositam-se sedimentos sob uma lâmina de água que, globalmente, é cada vez maior (geometria globalmente retrogradante). Ao contrário, durante o episódio regressivo, a profundidade de água de deposição diminui progressivamente (geometria globalmente progradante). Em associação com os ciclos eustáticos de 2ª ordem depositam-se os subciclos de invasão continental. Dentro de cada subciclo, reconhecem-se também episódios transgressivos (de 2ª ordem) e regressivos (2ª ordem), os quais são separados por uma superfície da base das progradações (de segunda ordem). A identificação e hierarquia das superfícies da base das progradações (que correspondem aos níveis eustáticos altos) é muito importante, em particular, nas linhas sísmicas, uma vez que elas sugerem os intervalos onde as rochas-mãe (dos hidrocarbonetos) são mais prováveis. Assim, utilizando este diagrama, as rochas-mãe (marinhas) mais prováveis do Paleozóico são as rochas, que se depositaram durante o Ordovícico e o Silúrico, quando o nível eustático era alto. Da mesma maneira, durante o Mesozóico (segundo ciclo eustático de 1ª ordem do Fanerozóico), as rochas-mães marinhas, mais prováveis, são as que se depositaram durante o Cretácico, uma vez que durante este período geológico o nível eustático estava alto. As rochas-mãe secundárias estão associadas às superfícies de base das progradações dos ciclos eustáticos de 2ª ordem. Localmente, como, por exemplo, no Mar do Norte, as rochas-mãe secundárias (rochas argilosas orgânicas do Kimeridgiano) podem ser as principais geradoras de hidrocarbonetos.

Ciclo Eustático de 3a Ordem..............................................................................................................................Third Order Eustatic Cycle

Cycle eustatique de 3e ordre / Ciclo eustático de 3° orden / Dritter Auftrag eustatischen Zyklus / 三阶海平面周期 / Эвстатический цикл третьего порядка / Ciclo eustatiche (3°ordine)

Ciclo eustático com duração entre 0,5 e 3-5 My (milhões de anos).

Ver: " Ciclo Eustático ”
&
“ Supercontinente ”
&
“ Ciclo Estratigráfico ”

Assim como os ciclos eustáticos de 1ª ordem são formados por um conjunto de ciclos eustáticos de 2ª ordem, estes são formados por ciclos de 3ª ordem, os quais têm uma duração que varia entre 0,5 e 3 My (Vail). Outros geocientiostas admitem, que os ciclos eustáticos de 3a ordem podem durar até, mais ou menos, 5 milhões de anos. Os ciclos eustáticos de 3ª ordem, que, provavelmente, são induzidos pela glacio-eustasia (variações do nível do mar devido ao armazenamento e a liberação da água do gelo dos glaciares e calotes ou mantos glaciares) são os mais importantes na estratigrafia sequencial. Eles induzem o depósito dos ciclos estratigráficos ditos ciclos-sequência, que são os blocos de construção da estratigrafia sequencial. Cada um destes ciclos eustáticos, é limitado entre duas descidas relativas do nível do mar (da mesma ordem de grandeza). O limite exacto corresponde ao ponto inflexão da curva de variação do nível relativo do mar (derivada máxima da curva), que sublinha a taxa (velocidade) máxima de descida. Dentro de um ciclo eustático, podem distinguir-se quatro zonas: (i) Descida em Desaceleração (depósito dos cones submarinos de bacia e talude) até que o nível do mar não desce mais (derivada zero) ; (ii) Subida em Aceleração (depósito do prima de nível baixo e do cortejo transgressivo) até ao ponto de inflexão que marca a taxa máxima de subida ; (iii) Subida em Desaceleração (depósito do prisma de nível alto) até ao ponto em que nível do mar não sobe mais (derivada zero) e (iv) Descida do nível relativo do mar em Aceleração (depósito do prisma de bordadura) até ao ponto de inflexão que marca o limite do ciclo eustático. Em outros termos, num ciclo estratigráfico, para haver sedimentação, o nível do mar tem sempre que subir, para criar espaço disponível para os sedimentos, excepto, evidentemente, para o caso dos cones submarinos (de talude ou de bacia), uma vez que eles se depositam sob uma grande lâmina de água (espaço disponível para a sedimentação). Contudo, não esqueça, que o nível relativo do mar não sobe ou desce em continuidade. Quando se diz que o nível relativo do mar sobe em aceleração, isto quer dizer, por exemplo, que se o nível relativo do mar começa por subir 2 m, depois ele pode desce 1 m, para depois subir 5 m, descer 2 m, subir 8 m, etc., o que, globalmente, implica uma subida em aceleração, feita a partir de ciclos estratigráficos de ordem mais elevada (4ª ordem).

Ciclo Eustático de 4a Ordem........................................................................................................................Fourth Order Eustatic Cycle

Cycle eustatique de 4e ordre / Ciclo eustático de 4° orden / Vierte Ordnung eustatischen Zyklus / 四阶海平面周期 / Эвстатический цикл четвертого порядка / Ciclo eustatiche (4°ordine)

Ciclo eustático com duração entre 0,1 e 0,5 My (milhões de anos).

Ver: " Ciclo Eustático ”
&
“ Supercontinente ”
&
“ Ciclo Estratigráfico ”

Dentro de um ciclo eustático de 3ª ordem, podem reconhecer-se ciclos eustáticos mais pequenos, isto é, de menor duração, como, por exemplo, os ciclos de 4ª ordem cuja duração varia entre 100 ky e 500 ky (milhares de anos). Na realidade, num ciclo eustático de 3ª ordem, as variações do nível do mar não são contínuas. Assim, quando o nível relativo do mar sobe, ele pode começar por subir 2 metros, depois ele pode desce 1 m, para tornar a subir 4 m e descer 2, par depois subir 6 e descer outra vez 2, o que dá um subida global de nível relativo do mar de 7 metros em aceleração. Depois, o nível do mar vai continuar a subir, mas em desaceleração, como, por exemplo: depois de ter subido 6 m e descido 2 m, ele vai subir 4 m e descer 2 m, para depois subir 3 e descer 2 m para finalmente subir 1 e descer 2, o que ao fim dá uma subida global de 3 metros, mas em desaceleração. Evidentemente, que o tempo de duração das pequenas subidas e descidas for entre 100 ky e 500 ky, elas correspondem a ciclos eustáticos de 4ª ordem. Nas linhas sísmicas, os ciclos estratigráficos induzidos pelos ciclos eustáticos de 4ª ordem, só se reconhecem nos centros de deposição com altas taxas de sedimentação, como, por exemplo, no edifício deltaico do Mississipi (Golfo do México) ou da Mahakam (Indonésia). E mesmo nestes casos, os ciclos estratigráficos são, raramente, completos, quer isto dizer, que certos cortejos sedimentares não se depositam. Quando os ciclos estratigráficos associados aos ciclos eustáticos de 3ª ordem, isto é, quando os ciclos-sequência estão completos, eles são formados por três cortejos sedimentares : (i) Cortejos de Nível Baixo (CNB), no qual se distinguem três membros (Cones Submarinos de Bacia (CSB), Cones Submarinos de Talude (CST) e Prisma de Nível Baixo (PNB); (ii) Cortejo Transgressivo (CT) e (iii) Cortejo de Nível Alto (CNA). Normalmente, nos ciclos estratigráficos associados aos ciclos eustáticos de 4ª ordem, o cortejo de nível alto (CNA) está quase sempre ausente e, muitas vezes, o cortejo transgressivo (CT) também. Certos geocientistas pensam que os paraciclos-sequência (ou parassequência, como certos geocientistas lhes chamam) estão associados aos ciclos eustáticos de 4ª ordem, mas nós preferimos associá-los aos ciclos eustáticos de 5ª ordem, que na realidade não são ciclos, uma vez que entre cada subida relativa do nível do mar, o nível do mar se estabiliza (não desce), daí nome de paraciclo.

Ciclo Eustático de 5a Ordem.................................................................................................................................Fifth Order Eustatic Cycle

Cycle eustatique de 5e ordre / Ciclo eustático de 5° orden / Fünfte Ordnung eustatischen Zyklus / 第五秩序海平面周期 / Эвстатический цикл пятого порядка / Ciclo eustatiche (5°ordine)

Paraciclo eustático, limitado entre duas superfícies de inundação, com uma duração entre 0,1 e 0,5 My, como nos ciclos eustáticos de 4ª ordem. Num paraciclo eustático não há descida relativa do nível do mar entre as subidas relativas (daí o nome de paraciclo).

Ver: " Ciclo Eustático”
&
“ Supercontinente ”
&
“ Ciclo Estratigráfico”

Os ciclos eustáticos de 5ª ordem induzem paraciclos estratigráficos, que nós preferimos chamar paraciclos-sequência e não parassequências, uma vez que eles não exibem nenhuma ciclicidade. A utilização do termo ciclo é abusiva. Os paraciclos-sequência induzem uma sucessão de camadas, conformes e geneticamente ligadas, induzidas por paraciclos eustáticos, e limitada por superfícies de ravinamento produzidas por inundações marinhas. Entre os paraciclos eustáticos não há descidas relativas do nível do mar, mas, unicamente, períodos de estabilidade. Existem dois tipos de paraciclos-sequências: (i) Periódicos e (ii) Episódicos. Os primeiros estão ligadas aos ciclos orbitais de Milankovitch e depositam-se, sobretudo, nos cortejos transgressivos. Os segundos (subsequências de certos geocientistas), depositam-se nos prismas de baixo e alto nível e são criadas por deslocamentos laterais dos lóbulos deltaicos. Como os paraciclos eustáticos constituem os ciclos eustáticos de 4ª e 3ª ordem, os paraciclos-sequência são os intervalos que compõem os cortejos sedimentares dos ciclos-sequência. No cortejo transgressivo, uma sedimentação clástica faz se da seguinte maneira: (i) Pequena subida relativa do nível do mar, que desloca para montante a linha da costa e que cobre os sedimentos já depositados de uma certa altura de água, o que cria mais espaço disponível para a sedimentação ; (ii) Estabilidade do nível do mar (relativo), durante um certo intervalo de tempo, durante o qual, os sedimentos progradam em direcção da antiga ruptura da superfície de deposição sem a alcançar ; (iii) Nova subida relativa do nível do mar e deslocamento da linha da costa para montante ; (iv) Nova estabilidade do nível do mar e, o processo repete-se. São estas subidas relativas e sucessivas do nível do mar, que se chamam paraciclos eustáticos (duração entre 100-500 ky) e os sedimentos depositados formam paraciclos sequência. No caso, dos prismas (paraciclos-sequência episódicos), as subidas relativas do mar são induzidas pelo depósitos dos lóbulos deltaicos, que obrigam o centro de deposição a deslocar-se para onde existe espaço disponível (efeito de pêndulo).

Ciclo Hidrológico..............................................................................................................................................................................................................Hydrologic cycle

Cycle hydrologique / Ciclo hidrológico / Hydrologischen Zyklus / |水文循环 / Гидрологический цикл / Ciclo idrologico

Movimento cíclico da água do oceano para a atmosfera, depois para superfície terrestre, pela chuva, e retorno para o mar, quer por escoamento directo, quer por meio de correntes de superfície ou não.

Ver: " Variação Relativa (do nível do mar) "
&
" Rio "
&
" Escoamento de Base "

A água é a fonte de toda a vida terrestre. Contudo, a sua distribuição é muito irregular. A água existe à superfície da Terra em três estados: (i) Sólido ; (ii) Líquido e (iii) Gasoso. Desde a formação da Terra há cerca de 4,5 Ga (mil milhões de anos), a quantidade de água sob todas as suas formas é constante. A água cobre cerca de 70% da superfície terrestre. Os oceanos contém cerca de 97,5 % da água total e os continentes cerca de 2,4%. A atmosfera contém menos de 0,001%. Isto parece surpreendente, porque a água desempenha um papel muito importante no clima. A precipitação anual global é mais de 30 vezes a capacidade total de retenção de água da atmosfera, o que implica uma rápida reciclagem da água entre a superfície terrestre e atmosfera. É a circulação e conservação da água, que se chama ciclo hidrológico, o qual funciona, mais ou menos, da maneira seguinte: (a) O ciclo hidrológico começa com a evaporação (processo que muda água do estado líquido em gasoso) da água da superfície dos oceanos (aproximadamente 80% da evaporação da água é dos oceanos, os 20% restantes vem dos corpos de água terrestres e das plantas) ; (b) Como o ar húmido sobe na atmosfera, ele arrefece e o vapor de água condensa-se formando as nuvens ; (c) A humidade é transportada à volta do globo e retorna para a superfície da terra por precipitação (a principal forma de precipitação é a chuva, contudo, existem outras formas de precipitação como a saraiva, neve, chuva gelada, etc.) ; (iv) Uma vez que água atinge o solo, pode acontecer, que uma parte dela se evapore, directamente, e parta de novo para a atmosfera ou que se infiltre no terreno e se transforme em água subterrânea (quer na zona de aeração, quer na zona de saturação, as quais são separadas pelo nível freático ou hidrostático) ; (v) A água subterrânea, por sua vez escoa-se para os oceanos, rios ou correntes ou reparte, directamente, para a atmosfera por transpiração (evaporação da água para a atmosfera pelas folhas e troncos das plantas) ; (vi) A água, que permanece à superfície da terra escoa-se para os lagos e correntes e é transportada outra vez para os oceanos, onde um novo ciclo hidrológico começa.

Ciclo de Invasão Continental........................................................................................................Continental Encroachment Cycle

Cycle d'empiètement continental / Ciclo de invasión continental / Continental Eingriff Zyklus / 大陆侵占周期 / Цикл континентального обводнения / Ciclo di invasione continentale

Ciclo estratigráfico induzido por um ciclo eustático de 1ª ordem (tempo de duração > 50 My). O Fanerozóico é constituído por dois ciclos de invasão continental. O mais antigo está associado ao ciclo eustático de 1ª ordem Paleozóico, enquanto que o mais recente, ou ciclo pós-Pangéia, que ainda não terminou, está associado ao ciclo eustático de 1ª ordem do Meso-Cenozóico.

Ver: " Ciclo Estratigráfico "
&
" Ciclo Eustático "
&
"Bisel de Agradação"

A hierarquia dos ciclos estratigráficos, proposta por Duval et al. (1993), considera quatro ciclos principais: (i) Ciclos de Invasão Continental, que estão associados com a ruptura dos supercontinentes ; (ii) Subciclos de Invasão Continental, que estão associados com a taxa da subsidência tectónica, a qual varia com a velocidade da expansão oceânica ; (iii) Ciclos-sequência, que são, principalmente, associados com as variações glacio-eustáticas e (iv) Paraciclos-sequência (Parassequência de certos geocientistas), que estão, também, associados com as variações glacio-eustáticas, mas, sobretudo, com as sucessivas subidas relativas do nível do mar sem descidas existam entre elas (é por isso o termo paraciclo-sequência é mais adequado do que ciclo parassequência ou parassequência). Estes ciclos estratigráficos são induzidos por ciclos eustáticos, respectivamente, de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª ordem, quer isto dizer, por ciclos eustáticos com durações superiores a 50 My, entre 3-5 e 50 My, entre 0,5 e 3-5 My e entre 0,01 e 0,5 My. Esta conjectura, que diz, que os ciclos estratigráficos são induzidos por ciclos eustáticos, é uma das principais hipóteses da estratigrafia sequencial, uma vez, que para a escola de Vail, todas as discordâncias (superfícies de erosão induzidas por descidas relativas do nível do mar) são, basicamente, criadas pelas variações eustáticas e não pela subsidência. Para Vail, a subsidência aumenta, substancialmente, o espaço disponível mas, em condições geológicas normais, não produz nenhuma ciclicidade. A ciclicidade é produzida pelas variações eustáticas. Os ciclos de invasão continental são associados a ruptura dos supercontinentes. Quando um supercontinente se aglutina, o volume das bacias oceânicas aumenta e para uma quantidade de água (sob todas as suas formas) constante desde a formação da Terra (hipótese de base), o nível dos oceanos baixa. Quando um supercontinente se fractura e os continentes se dispersam, o volume das bacias oceânicas diminui e o nível de mar sobe.

Ciclo de Milankovitch..................................................................................................................................................................................Milankovitch cycle

Cycle de Milankovitch / Ciclo de Milankovitch / Milankovitch Zyklus / 米兰科维奇周期 / Цикл Миланковича / Ciclo di Milankovitch

Um dos ciclos climáticos induzidos pela insolação, a qual cria mudanças importantes na criosfera e, por conseguinte, produz mudanças eustáticas importantes. Diversos ciclos de insolação (ciclos de Milankovitch) foram reconhecidos por Milankovitch com os períodos de 19, 23, 41 e 100 ky.

Ver: " Curva de Milankovitch"
&
" Teoria de Milankovitch"
&
" Teoria Astronómica dos Paleoclimas"

Nos últimos milhões de anos, os episódios glaciares e interglaciares que a Terra sofreu, parece terem sido causados por variações cíclicas do movimento da Terra à volta do Sol. As variações da excentricidade, inclinação do eixo e precessão da Terra criam três ciclos, que em conjunto são conhecidos como ciclos de Milankovitch. As variações de estes três ciclos criam grandes diferenças na radiação solar, que atinge a superfície terrestre, o que influência o clima e, por conseguinte, o engrossamento e adelgaçamento dos glaciares. O primeiro ciclo de Milankovitch, que é induzido pela excentricidade (entre 0 e 5 % de elipticidade) da órbita da Terra, tem uma periodicidade de 100 ky. As oscilações ligadas à excentricidade são cruciais para as glaciações, uma vez, que elas reduzem ou aumentam as radiações solares recebidas à superfície da Terra durante as diferentes estações. O segundo ciclo é induzido pela inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da órbita à volta do Sol. Este ciclo produz oscilações de 41 ky para ângulos de inclinação entre 21,5° e 24,5°. Menor é a inclinação do eixo de rotação, mais uniforme é a distribuição da radiação solar entre o inverno e verão. O último ciclo de Milankovitch é induzido pela precessão do eixo de rotação, isto é, pelo movimento cónico (como o de um pião) do eixo de rotação à medida de a Terra gira à sua volta. O movimento cónico do eixo da Terra faz-se entre a estrela Polar e a estrela Vega. Assim, mais tarde ou mais cedo, o Norte será dado pela estrela Vega e não mais pela estrela Polar. A periodicidade de este movimento cónico ou precessão é de 23 ky. Quando o eixo da Terra está inclinado para a estrela Vega, as posições no hemisfério Norte dos solstícios de inverno e verão coincidem, respectivamente, com o afélio e periélio, o que quer dizer, que no hemisfério Norte o inverno é quando a Terra está muito afastada do Sol, o que cria um grande contraste entre as estações. Actualmente, a Terra está no periélio muito próximo do solstício de inverno. A curva de insolação combina as informações dos ciclos de Milankovitch e mostra a quantidade de radiação solar a 65° de latitude Norte. A curva inferior desta figura mostra os períodos glaciares.

Ciclo Parassequência..................................................................................................................................................................................Parasequence Cycle

Cycle paraséquence / Ciclo parasecuencia / Parasequenz Zyklus / 准层序周期 / Цикл парасеквенции / Ciclo parasequenza

Sucessão de camadas sedimentares, mais ou menos, conformes, geneticamente ligadas e limitadas por duas superfícies de ravinamento consecutivas induzidas por inundações marinhas. Um ciclo parassequência, que nós preferimos chamar paraciclo-sequência, é a unidade estratigráfica depositada durante um paraciclo eustático (4ª e 5ª ordem). Certos geocientistas consideram dois tipos de paraciclos-sequência: (i) Periódicos e (ii) Episódicos. Os periódicos estão ligadas aos ciclos orbitais de Milankovitch e depositam-se durante os cortejos transgressivos, enquanto que os episódicos, que se depositam nos prismas de alto ou baixo nível, são criados, principalmente, pelos deslocamentos laterais dos lóbulos deltaicos (efeito de pêndulo). Os paraciclos-sequência episódicos são por vezes chamados subsequências.

Voir: " Ciclo Estratigráfico ”
&
" Ciclo de Milankovitch "
&
" Subida Relativa (do nível do mar) "

Os paraciclos-sequência são induzidos por paraciclos eustáticos, que certos geocientistas, chamam ciclos eustáticos de 4ª ou 5ª ordem, embora eles não tenham nenhuma ciclicidade, uma vez que eles correspondem a subidas relativas do nível do mar seguidas por estabilidades relativas, durante as quais o nível relativo do mar não varia. Entre os paraciclos eustáticos não há descidas relativas do nível do mar, o que quer dizer, que não há ciclos e, é por isso, que nós preferimos chamar-lhes paraciclos eustáticos, isto é, partes de um ciclo. O tempo de duração dos paraciclos eustáticos varia entre 0,1 e 0,5 My, o que corresponde ao intervalo de tempo entre os picos das inundações que os separam. Os pequenos intervalos estratigráficos progradantes (paraciclos-sequência) que eles induzem, depositam durante os períodos de estabilidade do nível do mar (as subidas relativas aumentam a acomodação) e são limitados por superfícies de inundação (ravinamento). Como ilustrado neste esquemas, os paraciclos-sequência são frequentes nos cortejos transgressivos (CT) e prismas de nível alto (PNA). Nos primeiros, eles são associados às subidas relativas do nível do mar (em aceleração), enquanto que nos segundos, eles são induzidos por subidas relativas do mar em desaceleração ou deslocamentos laterais dos centros de deposição (efeito de pêndulo dos depósitos deltaicos). A identificação dos paraciclos-sequência é fácil no campo, mas difícil nas linhas sísmicas, porque muitas vezes eles têm uma espessura inferior à resolução sísmica.

Ciclo das Rochas..................................................................................................................................................................................................................................Rock Cycle

Cycle des roches / Ciclo de las rocas / Kreislauf der Gesteine / 岩石循环 / Цикл изменения пород / Ciclo litogenetico

Conjunto dos processos geológicos, segundo os quais cada um dos três grandes grupos de rochas (ígneas, sedimentares e metamórficas) é produzido a partir dos outros dois. As rochas sedimentares, dão origem às rochas metamórficas, por metamorfismo, ou às rochas ígneas, por fusão. As rochas ígneas e metamórficas são, mais tarde ou mais cedo, levantadas e erodidas criando sedimentos, que quando litificados formam de novo rochas sedimentares. Este ciclo (o tempo não é tomado em linha de conta), que é resultante de vários processos geológicos, representa um sistema fechado (eterno), visto que regressa sempre ao ponto de partida.

Ver: " Sistema Rochoso "
&
" Sistema (teoria) "
&
" Sistema de Deposição "

O ciclo das rochas é um conjunto de sistemas rochosos. Uma rocha ígnea pode transformar-se numa rocha sedimentar ou metamórfica, assim como, uma sedimentar se pode transformar numa rocha metamórfica ou ígnea. Uma rocha metamórfica pode transformar-se numa rocha ígnea ou sedimentar. As rochas ígneas formam-se quando o magma arrefece e se solidifica em cristais. As rochas ígneas podem formar-se no subsolo, onde o magma arrefece muito lentamente ou à superfície da terra, onde o magma arrefece muito rapidamente, sob a forma de lavas. Quando uma rocha aflora, o vento e a água podem desagrega-la e transportar os detritos para outro lugar, onde eles são depositados em horizontes sedimentares, os quais, pouco a pouco, são cobertos por outros. Com o tempo, os diferentes horizontes são cimentados e transformados em rochas sedimentares. É assim que as rochas ígneas se transformam em rochas sedimentares. Todas as rochas podem ser aquecidas, quer isto dizer, que as rochas sedimentares, por exemplo, quando enterradas, suficientemente, certos cristais são recristalizados transformando-as em rochas metamórficas. Igualmente, devido à tectónica das placas, as placas litosféricas colidem umas contra as outras criando cadeias de montanhas. As colisões levantam as rochas sedimentares do fundo do mar e uma vez que elas são expostas à superfície, elas são erodidas e lavadas por correntes que criam novos detritos, que vão formar novas rochas sedimentares e assim de seguida. Desta maneira, o ciclo das rochas nunca termina, uma vez que o tempo não é tomado em linha de conta.

Ciclo-Sequência.........................................................................................................................................................................................................................Sequence Cycle

Cycle séquence / Ciclo secuencia / Sequenz-Zyklus / 序列周期 / Последовательный цикл / Ciclo sequenza

Sucessão de camadas sedimentares (mais ou menos conformes e geneticamente ligadas) que é induzida por um ciclo eustático de 3ª ordem, cujo tempo de duração é compreendido entre 0,5 e 3 My (entre 0,5 e 5 My, para certos geocientistas). Um ciclo sequência é limitado por duas discordâncias (superfícies de erosão) ou pelas paraconformidades, que lhes são associadas em água profunda. Quando completo, um ciclo sequência é formado por três cortejos sedimentares: (i) Cortejo de Nível Baixo (CNB), no qual se podem diferenciar três membros: a) Cones Submarinos de Bacia (CSB), b) Cones Submarinos de Talude (CST) e c) Prisma de Nível Baixo (PNB) ; (ii) Cortejo Transgressivo (CT) e (iii) Prisma de Nível Alto (PNA) ou Cortejo Regressivo de Nível Alto. Durante pequenas descidas relativas do nível do mar um Cortejo de Bordadura da Bacia (CBB) pode depositar-se.

Ver: " Ciclo Estratigráfico"
&
" Ciclo de Milankovitch "
&
" Ciclo Eustático de 3a Ordem "

Esta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Golfo do México é feita ao nível hierárquico dos ciclos-sequência, quer isto dizer, que cada pacote sedimentar é definido por discordâncias e que a diferença de idade entre a discordância superior e inferior é sempre inferior a 3-5 milhões de anos (critério de P. Vail). Os ciclos-sequência, que se depositaram acima do horizonte salífero alóctone, não estão completos. Falta sempre um cortejo ou um dos membros sedimentares do cortejo de nível baixo, que não se depositou. Isto é, sobretudo verdadeiro para os sedimentos progradantes, em particular, os depositados em condições geológicas de nível alto (prisma de nível alto, PNA). Da mesma maneira, o membro inferior do cortejo de nível baixo, isto é, os cones submarinos de bacia (CSB) não estão presentes. É provável, que eles se tenham depositado, unicamente, a jusante da área onde foi tirada a linha sísmica desta interpretação. Em contrapartida, os outros membros do cortejo de nível baixo, isto é, os cones submarinos de talude (CST) e o prisma de nível baixo (PNB), estão sempre presentes e bem desenvolvidos, o que significa, que durante a sedimentação, as condições geológicas de nível baixo (nível do mar mais baixo do que o rebordo da bacia) eram preponderantes ou, em outros termos, que durante a maior parte do tempo, a bacia não tinha plataforma continental.

Ciclo-Sequência Incompleto.............................................................................................................................Incomplete Sequence Cycle

Cycle-séquence incomplet / Ciclo secuencia incompleto / Unvollständige Sequenz-Zyklus / 不完整的序列周期 / Неполный последовательный цикл / Ciclo sequenza incompleta

Ciclo estratigráfico dito ciclo-sequência no qual certos cortejos sedimentares faltam, como, por exemplo, os ciclos-sequência compostos, unicamente, pelos cortejos de nível alto (cortejo transgressivo, CT e prisma de nível alto, PNA).

Ver: " Ciclo Estratigráfico ”
&
" Discordância "
&
" Subida Relativa (do nível do mar) "

Um ciclo-sequência, que é induzido por um ciclo eustático de 3ª ordem (caracterizado por um tempo de duração entre 0,5 e 3-5 milhões de anos), é limitado entre duas discordâncias consecutivas (ou pelas suas paraconformidades, em água profunda), cuja diferença de idade não ultrapassa 3 My (ou 5 My par certos geocientistas). Por vezes, um ciclo-sequência pode ser formado por vários ciclos estratigráficos de hierarquia superior (ciclos de alta frequência), os quais, em geral, são incompletos (quando certos cortejos sedimentares ou membros do cortejo de nível baixo não se depositaram). Nesta tentativa de interpretação de uma linha sísmica do offshore de Kalimantan (Indonésia), e fácil de constatar que entre as discordâncias SB. 8,2 Ma e SB. 6,2 Ma, assim como, entre as discordâncias SB 6,2 e SB. 5,5 Ma, que definem dois ciclos-sequência, existem outras discordâncias que limitam ciclos estratigráficos de 4ª ou, mesmo, de 5ª ordem (SB. é a abreviação da expressão inglesa de limite de sequência "sequence boundary"). Estes ciclos estratigráficos de alta frequência são incompletos. Eles são, fundamentalmente, formados pelos membros sedimentares do cortejo de nível baixo, isto é, por cones submarinos de bacia, cones submarinos de talude e prismas de nível baixo. Os resultados micropaleontológicos dos poços de pesquisa, perfurados ao longo deste perfil sísmico, corroboram a hipótese admitida pelo interpretador, isto é, que os ciclos de alta frequência que formam os ciclos-sequência estão por vezes incompletos (formados muitas vezes, unicamente, por membros do cortejo de nível baixo do mar). Note, que quando se diz nível baixo do mar não está, necessariamente, a falar-se de sedimentos profundos. Na realidade, neste caso particular, os ciclos de alta frequência são compostos, principalmente, por prismas de nível baixo nos quais os sistemas de deposição deltaica são preponderante. Nível baixo do mar, quer, unicamente, dizer que o nível relativo do mar desceu e ficou mais baixo do que o rebordo da bacia e que a bacia não tem mais plataforma continental uma vez que ela foi exumada e se transformou numa planície costeira.

Ciclo-Sequência não-Marinho....................................................................................................................Hinterland Sequence Cycle

Cycle séquence non-marin / Ciclo secuencia no-marino / Hinterland - Sequenz Zyklus / 腹地序列周期 / Цикл тылового комплекса / Ciclo sequenza non-marine

Ciclo-sequência formado inteiramente por depósitos não-marinhos, depositados a montante da linha de costa, onde os mecanismos de deposição são controlados indirectamente ou independentemente da posição do nível do mar (a montante da linha de baía).

Ver: " Ciclo Estratigráfico"
&
" Ciclo Sequência "
&
" Linha de Baía "

Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica da bacia geográfica do Neuquén, localizada no onshore da Argentina, é fácil de constatar, que esta bacia (termo geral) é constituída pela sobreposição de vários tipos de bacias sedimentares (de idades diferente, evidentemente). Assim, segundo a classificação das bacias sedimentares proposta por Bally e Nelson (1980), por cima do soco granítico (provavelmente Pré-Câmbrico), reconhece-se: (i) Uma cadeia de montanhas de idade Paleozóica, que serve de substrato ; (ii) Uma bacia de tipo-rifte (hemi-grabens) de idade Triásico ; (iii) Uma margem divergente de idade Mesozóica Inferior e (iv) Uma bacia de antepaís de idade Cretácica. Todas estas bacias sedimentares estão individualizadas por discordâncias angulares, isto é, por discordâncias (eustáticas) reforçadas pela tectónica. Isto é, particularmente, nítido para a discordância da base da bacia de ante-país. A maioria dos pacotes sedimentares (provavelmente subciclos de invasão continental) da bacia de antepaís foram depositados em ambientes não-marinhos, nos quais a subsidência foi, principalmente, controlada pela tectónica ou, por outras palavras, a tectónica foi o parâmetro principal da criação de espaço disponível (acomodação) para os sedimentos. Nesta bacia, os ciclos-sequência, que, eventualmente, se podem pôr em evidência são não-marinhos. Durante a bacia de antepaís, os regimes tectónicos predominantes não só eram compressivos, mas a tectónica (sobrecarga provocada pela migração das falhas de cavalgamento para Este) era preponderante e, provavelmente, mais rápida do que a eustasia (variações globais do nível do mar). Em outros termos, durante a bacia de antepaís, o espaço disponível para os sedimentos (acomodação) era, principalmente, controlado pela tectónica e não pelas variações do nível do mar (eustasia). É interessante notar, que no início da bacia de antepaís, o aporte terrígeno vinha de Este, mas à medida do encurtamento sedimentar, que implica levantamento, um acarreio sedimentar de Oeste tornou-se, pouco a pouco, preponderante.


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Ultima actualização : Febreiro, 2015