Ciclo Solar.............................................................................................................................................................................................................................................................Sun-Spot Cycle
Cycle solaire / Ciclo solar / Sonnenfleck-Zyklus, Solar-Zyklus / 太阳黑子周期 / Цикл солнечных пятен / Ciclo solare (macchie solari)
Variação do número e frequência das manchas visíveis no Sol. Alimentado pela acção indutora de fluxos internos do Sol, os ciclos solar controlam a: (i) Estrutura da atmosfera do Sol (coroa e vento) ; (ii) Irradiação do Sol ; (iii) Fluxo da radiação solar de pequeno comprimento de onda (ultravioleta até raios X) ; (iv) Frequência das erupções, ejecções e outros fenómenos eruptivos e (v) Fluxo dos raios cósmicos que entram no sistema solar.
Ver: " Sol "
&
" Clima "
&
" Efeito de Estufa Natural "
A base física dos ciclos solares foi esclarecida no início do século XX por G.E. Hale e seus colaboradores, que, em 1908, mostrou que as manchas solares, cuja formação dura dias ou semanas e com uma duração entre semanas e meses, eram fortemente magnetizado (primeira detecção de campos magnéticos fora da Terra). Eles mostraram que a polaridade magnética das manchas solares: (i) É sempre a mesma para cada hemisfério ao longo de um determinado ciclo ; (ii) É oposta em cada hemisférios durante o mesmo ciclo ; (iii) Inverte-se em ambos os hemisférios de um ciclo solar para o seguinte. As observações de Hale revelaram que um ciclo solar é um ciclo magnético com uma duração média de 22 anos. No entanto, como quase todas as manifestações do ciclo solar são insensíveis a polaridade magnética, continua a falar-se "ciclos solares de 11 anos". Mais tarde, H, Babcock e seu filho mostraram que: (a) A superfície solar é magnetizada, mesmo fora das manchas solares ; (b) O campo magnético mais fraco é um dipolo de primeira ordem e (c) O dipolo também sofre inversão de polaridade com o mesmo período que os ciclo solares. Isto sugere que um ciclo solar é um processo espaço-temporal magnético desenvolvido em todo o Sol. As causas dos ciclos solares ainda estão em debate. Alguns geocientistas sugerem uma ligação com as forças de maré induzidas por Júpiter e Saturno. O campo magnético do Sol estrutura a sua atmosfera e as camadas exteriores até a coroa e até o vento solar. A actividade solar é, fortemente, modulada pelos ciclos magnéticos solares, uma vez que estes servem de fonte de energia e motor de dinâmico para o Sol. Como ilustrado acima, o ciclo solar 23 está terminando. A primeira mancha solar do ciclo de 24 tornou-se visível em 4/01/2008. Outra mancha, surgiu no hemisfério norte (com a polaridade magnética direita), em 14/04/2008.
Ciclo Subsequência.................................................................................................................................................................................................................Subsequence Cycle
Cycle sub-séquence / Ciclo sub-secuencia / Subsequenz Zyklus / 序列周期 / Цикл подпоследовательностей / Ciclo sottosequenza
Intervalo sedimentar dentro dos cortejos de nível alto do mar (cortejo transgressivo e prisma de nível alto) definido por deslocamentos laterais dos centros de deposição induzidos, quer pelas variações do acarreio sedimentar, quer da acomodação. Estas variações que, em geral, são devidas ao abandono dos sistemas deltaicos, traduzem-se por deslocamentos laterais e para a bacia dos biséis de agradação costeira. Os ciclos subsequência não são controlados pelo eustatismo, e como tal, não devem ser confundidos com os ciclos-sequência. Wagonnier, utiliza o termo “parassequência episódica” como sinónimo de ciclo subsequência. Nós preferimos restringir o termo de parassequência, para os paraciclos-sequência periódicos (intervalos sedimentares dos cortejos transgressivos, limitados entre duas superfícies de inundação controladas pelos ciclos orbitais de Milankovitch).
Ver: " Ciclo Estratigráfico ”
&
" Ciclo Eustático ”
&
" Ciclo de Milankovitch "
Nesta tentativa de interpretação geológica de um detalhe de uma linha sísmica do offshore da China, os lóbulos deltaicos (intervalo mais claro), reconhecidos acima de um cortejo transgressivo, podem ser interpretados como ciclos subsequência ou como nós preferimos dizer paraciclos sequência episódicos. A conjectura de que nos intervalos deltaicos, os deslocamentos dos biséis de agradação costeira (agradação negativa), bem visíveis nesta tentativa, são provocados por variações do acarreio sedimentar (quantidade e direcção) é difícil de refutar. Esta hipótese, foi avançada pelos geocientistas da companhia petrolífera francesa Elf nos anos 70, no edifício deltaico do Nigéria, e é conhecida pelo nome de “efeito de pêndulo”. Em condições geológicas de nível relativo do mar, mais ou menos, constantes (condições muito frequentes durante os ciclos eustáticos de 4ª e 5ª ordem), desde que um lóbulo deltaico se deposita na desembocadura de um rio, a lâmina de água diminui e, praticamente, não há mais espaço disponível para os sedimentos se depositarem por cima do lóbulo. O acarreio terrígeno desloca-se, lateralmente em relação ao lóbulo já depositado, para onde houver espaço disponível suficiente para que um novo lóbulo se deposite. Este deslocamento lateral cria uma agradação negativa aparente, que, como ilustrado nesta tentativa, é, rapidamente, fossilizada pelos biséis de agradação posteriores
Ciclo Supersequência...................................................................................................................................................................................................Supersequence Cycle
Cycle super-séquencequência / Ciclo súper-secuencia / Zyklus Supersequenz / 周期超层 / Цикл надпоследовательностей / Ciclo supersequenza
Intervalo sedimentar depositado durante um ciclo eustático de 2ª ordem (superciclo eustático de Vail), que corresponde a um subciclo de invasão continental. Um ciclo supersequência é normalmente constituído por 5-7 ciclos-sequência, limitados por descidas relativas do nível do mar significativas. Os ciclos supersequência são agrupados em conjuntos de três ou quatro unidades para formarem um ciclo de invasão continental. As sucessões subciclos de invasão continental (ciclos supersequência de Exxon), com uma duração de 36-40 My, parecem ser as preponderantes na história geológica.
Ver: " Ciclo Estratigráfico ”
&
“ Ciclo Eustático ”
&
" Ciclo de Invasão Continental "
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica regional do offshore oeste da Índia, dentro do ciclo de invasão continental pós-Pangéia (induzido pelo ciclo eustático Meso-Cenozóico de 1ª ordem), o qual é limitado pela discordância associada à ruptura da litosfera (BUU) e pelo fundo do mar, podem ser reconhecidos vários subciclos de invasão continental (ciclos supersequência). As discordâncias, que limitam os subciclos de invasão continental sublinham importantes deslocamentos para baixo (agradação negativa) e para o mar (progradação), dos biséis de agradação costeiros. Segundo a assinatura estratigráfica, proposta por P. Vail e corroborada por os poços de pesquisa petrolífera perfurados nesta região, as discordâncias principais são, de cima para baixo: SB. 5,5 Ma ; SB. 10,5 Ma ; SB. 25,5 Ma ; SB. 30,0 Ma e SB. 68,0 Ma. A discordância SB. 10,5 Ma (Ma e não My, uma vez que, por convenção, Ma designa uma idade geológica, isto é, anos atrás, e My um intervalo de tempo qualquer) é o limite inferior do ciclo supersequência (ou subciclo de invasão continental) limitado entre SB. 5,5 Ma e SB. 10,5 Ma. O intervalo entre a discordância BUU e a discordância Su (topo das lavas subaéreas) é, principalmente, constituído por derrames de lavas (subaéreas) que se depositaram, imediatamente, depois da ruptura da litosfera (BUU). Esta lavas cobrem, em grande parte, o soco e as bacias de tipo-rifte mais internas (formadas antes da ruptura da litosfera), como ilustrado na parte central desta tentativa de interpretação. Actualmente, o termo ciclo supersequência, muito utilizado pelos geocientistas da Exxon nos anos 80, foi, praticamente, abandonado, uma vez uma supersequência não tem nada a ver com um ciclo-sequência grande, como tal termo sugere.
Ciclo Transgressão / Regressão..........................................................................................................................Transgression / Regression Cycle
Cycle transgression-régression / Ciclo transgresión-regresión / Transgression-Regression Zyklus / 侵 - 回归周期 / Трансгрессивно регрессивный цикл / Ciclo Trasgressione-regressione
Intervalo sedimentar depositado na plataforma continental, em geral, durante condições geológicas de nível marinho alto, dividido por uma superfície da base das progradações. Dentro de um ciclo-sequência, um ciclo transgressão-regressão é formado pelo cortejo transgressivo e prisma de nível alto.
Ver: " Ciclo Estratigráfico "
&
" Cortejo Sedimentar "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
Uma transgressão corresponde ao deslocamento dos depósitos costeiros para o continente (costa a dentro) e uma regressão, ao contrário, representa um deslocamento dos depósitos costeiros para jusante. Ambos estão associados a uma subida relativa do nível do mar. Contudo, numa transgressão, o nível do mar sobe em aceleração, enquanto que numa regressão, o nível do mar sobe em desaceleração. Os ciclos de transgressão / regressão são muito utilizados na estratigrafia genética, uma vez que uma superfície da base das progradações separa os sedimentos transgressivos dos regressivos. Dentro de cada ciclo de transgressão / regressão, existe sempre uma ou várias discordâncias (limite dos ciclos estratigráficos na estratigrafia sequencial) função da hierarquia (ou ordem) dos ciclos de transgressão /regressão (TR). Como ilustrado neste diagrama, há várias ordens de ciclos de transgressão / regressão, da mesma maneira como há várias ordens de ciclos eustáticos. Assim, depois da ruptura da Pangéia, os geocientistas meteram em evidência um ciclo de transgressão / regressão de 1ª ordem, no qual o limite entre a fase transgressiva e regressiva corresponde a superfície de máxima de inundação, que ocorreu há cerca de 91,5 Ma (Cenomaniano-Turoniano). Globalmente (1ª ordem) o nível do mar subiu durante a fase transgressiva e, globalmente (não em termos relativos) ele desceu durante a fase regressiva. Contudo, dentro de este ciclo T/R de 1ª ordem existem vários ciclos de transgressão / regressão de 2ª ordem. As superfícies da base das progradações, que limitam a fase transgressiva da regressiva nos ciclos T/R de 2ª ordem são: SBP. 231 Ma ; SBP. 210 Ma ; SBP. 179 Ma ; SBP. 157 Ma ; SBP. 116 Ma ; SBP. 90 Ma ; SBP. 60 Ma ; SBP. 52 Ma ; SBP. 39 Ma ; SBP. 10 Ma. Dentro de cada ciclo de T / R de 2ª ordem, podem existir vários ciclos 3ª ordem. Cada um destes ciclos é constituído por sedimentos que pertencem a dois ciclos estratigráficos diferentes, mas contíguos, uma vez que entre uma regressão e transgressão existem sempre uma discordância, isto é, uma descida relativa do nível do mar.
Ciclo de Wilson................................................................................................................................................................................................................................................Wilson Cycle
Cycle de Wilson / Ciclo de Wilson / Wilson-Zyklus / 威尔逊旋回 / Цикл Уилсона / Ciclo di Wilson /
Abertura e fecho das bacias oceânicas devido à tectónica de placas.
Ver: " Supercontinente "
&
" Subducção do Tipo-B (Benioff) "
&
" Subducção de Tipo-A (Ampferer) "
Num ciclo de Wilson, as seguintes fases tectónico-estratigráficas podem ser postas em evidência: (i) Cratão Continental Estável ; (2) Anomalia Térmica (ponto quente) e Alargamento (rifting) do cratão, com formação de bacias do tipo-rifte (em geral hemi-grabens com vergência oposta de cada lado da anomalia térmica) ; (3) Ruptura da Litosfera, com a criação de nova crusta oceânica e formação de duas margens divergentes ; (4) Expansão Oceânica, que, pouco a pouco, transforma as margens jovens em margens velhas devido ao arrefecimento e aumento de densidade da crusta oceânica ; (5) Subducção, quer isto dizer, desde que a densidade da crusta oceânica é muito grande, ela parte-se em duas porções e uma delas entra em subducção (mergulha sob a outra) criando uma margem convergente, com formação de um arco vulcânico e levantamento de uma cadeia de montanhas na placa litosférica cavalgante ; (6) Colisão Margem Divergente - Arco Vulcânico, com formação de uma Cadeia de Montanhas (note na outra extremidade a margem divergente gémea) ; (7) Peneplanação (cadeia de montanhas) e nova Subducção da crusta oceânica com a margem gémea criando outra margem convergente ; (8) Colisão Continente-Continente e fecho do oceano criado entre as duas margens divergentes iniciais e (9) Fim do ciclo de Wilson com a formação de um novo cratão continental estável. Este modelo geológico explica de maneira razoável a agregação e fragmentação dos supercontinentes (Protopangéia ou Rodínia, no fim do Pré-câmbrico e Pangéia no fim do Paleozóico). Ele explica também os ciclos de transgressão / regressão de 1ª ordem. Assim, admitindo que a quantidade de água (sob todas as suas formas) é constante desde a formação da Terra, isto é, desde há cerca de 4,5 Ga, é fácil de compreender que o nível global do mar é mais alto, quando as expansões oceânicas são predominantes (o volume das bacia oceânicas diminui devido à formação e volume das rides oceânicas), e que ele é mais baixo, quando os continentes se agregam para formar um supercontinente (o volume das bacias é máximo, uma vez que o volume das rides oceânicas é mínimo). Os ciclos transgressão / regressão de ordem superior, isto é de segunda e terceira ordem implicam factores geológicos outros que a variação do volume das bacias oceânicas.
Ciclostratigrafia.............................................................................................................................................................................................................................Cyclostratigraphy
Cyclostratigraphie / Ciclostratigrafía / Zyklische Stratigraphie, Cyclostratigraphy / 旋回地层 / Циклостратиграфия / Ciclostratigrafia
Divisão das secções sedimentares em unidades depositadas em função dos ciclos orbitais de Milankovitch. O Pleistocénico, por exemplo, pode subdividir-se em vários ciclos utilizando as flutuações dos isótopos de oxigénio (O16 /O18), as quais exprimem o aumento ou a diminuição da criosfera em resposta aos ciclos de Milankovitch
Ver: " Ciclo de Milankovitch "
&
" Teoria de Milankovitch "
&
“ Teoria Astronómica dos Paleoclimas "
A taxa de O18/O16 dá um registo da temperatura no passado. Uma água mais fria do que actualmente de 10 a 15°C sugere uma glaciação. A precipitação e, portanto, a água contida no gelo dos glaciares tem um fraco teor de O16. Assim, desde que uma grande quantidade de água com O16 foi armazenada no gelo dos glaciares e calotes glaciares, o teor de O18 na água dos oceanos fica muito grande. Uma água com uma temperatura superior a cerca de 5° C à da média actual representa um período interglaciar, isto quer dizer, que o seu teor em O18 é pequeno. Os diagramas que ilustram a temperatura da água no passado sugerem, fortemente, que o clima variou de uma maneira cíclica, com grandes ondulações harmónicas (periódicos com o mesmo sinal de frequência) ou pequenos ciclos que se sobrepõem aos grandes. A taxa dos isótopos tem sido muito utilizada para identificar, durante o Pleistocénico, os períodos de glaciação máxima e mínima, como ilustrado nesta figura. Da mesma maneira, os ciclos estratigráficos do Neogénico têm sido associados às variações da insolação causadas pelas oscilações da órbita e pelas diferentes orientações do eixo da Terra (datadas pela correlação entre os ciclos sedimentares e a insolação calculada). No exemplo ilustrado nesta figura, os sedimentos alternam, por vezes, com um limo rico em microrganismos fósseis amarelados ou ligeiramente verdes (nerítico, nível alto do mar) e um limo com microrganismos fósseis de cor cinzenta e com foraminíferos (pelágico, nível baixo). Nas unidades litológicas superiores, a parte pelágica é, por vezes, limitada a um nível endurecido. O ciclo começa com um nível argiloso de base. As variações cíclicas da insolação, susceptibilidade magnética e resistividade são ilustradas. Contudo, para melhor pôr em evidência a ciclicidade, uma versão filtrada das curvas da susceptibilidade magnética e resistividade é apresentada.
Ciclotema...........................................................................................................................................................................................................................................................................Cyclothem
Cyclothème / Ciclotema / Zyklothems / 旋回 / Циклотема / Cyclothem
Termo proposto por Weller (1958) para definir uma série de camadas depositadas durante um ciclo sedimentar transgressão / regressão, como, por exemplo, as camadas de carvão (Pensilvaniano) associadas a plataformas instáveis ou bacias cratónicas, onde as transgressões e regressões alternam. Os ciclotemas do Pensilvaniano, depositaram-se devido à topografia, extremamente, plana das bacias cratónicas (várias vezes cobertas pelo mar), razão pela qual elas nunca foram cobertas por gelo. Um ciclotema é uma unidade litostratigráfica informal equivalente a uma “formação”.
Ver: " Estratigrafia "
&
" Litostratigrafia "
&
" Ciclo de Transgressão / Regressão "
No sector Este dos Estados Unidos e, particularmente, nas bacias cratónicas paleozóicas, certos conjuntos sedimentares correspondem a sobreposições de sedimentos não-marinhos e marinhos, o que, evidentemente, sugere avanços e recuos da linha de costa (regressões e transgressões). Assim, cada intervalo constituído por uma sobreposição de sedimentos não-marinhos e marinhos foi designado ciclotema por Weller, em 1958. A espessura média de um ciclotema é cerca de 6 m, metade da qual é continental e a outra metade marinha. Por outras palavras, um ciclotema é um intervalo que representa um ciclo de ingressão-regressão. Nesta figura está ilustrado um ciclotema típico do Pensilvaniano no qual 10 unidades sedimentares se podem reconhecer. A parte inferior é composta por sedimentos não-marinhos, os quais terminam pelo depósito de um nível de carvão (nível 5). A camada de carvão está coberta por sedimentos marinhos, o que sugere um avanço do mar e a submersão da zona pantanosa. Uma repetição de ciclotemas, isto é, a alternância de depósitos não-marinhos e marinhos sugere: (i) Variações repetidas da subsidência regional ; (ii) Levantamentos repetidos e (iii) Variações eustáticas (ou relativas) repetidas. Os ciclotemas foram inicialmente identificados nos EUA e interpretados como uma interacção entre: (a) Um clima tropical-equatorial ; (ii) Um acarreio terrígeno detrítico importante (areia e lama) e (c) Variações relativas do nível do mar significativas. Ciclotemas ricos em carvão foram reconhecidos em estratos da mesma idade na Europa. Ciclotemas sem horizontes carboníferos foram identificados, em particular, no Paleozóico superior em todas as parte do mundo.
Ciências da Terra..............................................................................................................................................................................................................................Earth's Sciences
Sciences dela Terre / Ciencias de la Tierra / Geowissenschaften / 地球科学 / Науки о Земле / Scienze della Terra
Conjuntos de disciplinas que estudam todos os aspectos da Terra e suas relações com o Universo.
Ver: « Terra »
&
« Litostratigrafia »
&
« Paleogeografia »
O conteúdo total de Ciências da Terra e Geociências como, actualmente, é comum designadas, é uma questão de disputa, mas nenhuma crítica excluída: (i) Geologia, que descreve as partes rochosas da crosta terrestre e o seu desenvolvimento histórico (os principais são ramos da geologia são a Mineralogia, Geomorfologia, Estratigrafia, Geologia Estrutural e Tectónica, Sedimentologia, etc.) ; (ii) Oceanografia, que descreve as áreas marinhas e de água doce da hidrosfera (os principais ramos são a Hidrogeologia, Oceanografia Física, Oceanografia Química e Oceanografia Biológica) ; (iii) Ciências da Atmosfera, que incluem a Meteorologia, Climatologia, Física Atmosférica e Química atmosférica) ; (iv) Geofísica que estuda a forma da Terra e suas relações com as forças e campos magnéticos e gravimétricos, bem como explora o núcleo e o manto terrestre e a actividade tectónica e sísmica da litosfera e (v) Geoquímica, que trata do estudo da composição química da Terra, processos e as reacções químicas que governam a composição das rochas e solos, e os ciclos de matéria e energia que transportam os componentes químicos terrestres no tempo e espaço, e sua iteração com a hidrosfera e atmosfera. A maioria dos geocientistas também incluem nas Ciências da Terra, a Cosmologia, Cosmogonia, Astronomia e Ecologia, e até mesmo a Geografia. Como com a especialização, cada uma destas disciplinas tem sido subdividida em diferentes ramos que também estão incluídos nas ciências de terra, tais como, por exemplo: a) Paleontologia ; b) Geomorfologia ; c) Mineralogia ; d) Petrologia ; e) Petrografia ; f) Geologia Económica ; g) Vulcanologia ; h) Meteorologia ; i) Paleo-climatologia ; j) Climatologia Moderna ; k) Oceanografia ; l) Paleoecologia ; m) Estratigrafia ; n) Estratigrafia sequencial, etc, bem como uma ampla variedade de disciplinas ligados à ecologia. Da mesma maneira que todos os que estudam a vida se reconhecem na biologia e aceitam ser chamados biólogos, hoje, a maioria dos especialistas que estudam as Ciências da Terra são designados como geocientistas, o que significa que a maioria das disciplinas que fazem parte de Ciências da Terra não pode ser mais incluídas na Geologia.
Cimentação...................................................................................................................................................................................................................................................Cementation
Cimentation / Cementación / Zementierung / 胶结 / Цементация / Cementazione /
Processo diagenético pelo qual os sedimentos clásticos se consolidam em rochas compactas e duras (litificação). A cimentação ocorre, normalmente, por deposição ou por precipitação de minerais entre os grãos clásticos, podendo ocorrer simultaneamente com a sedimentação ou posteriormente. O processo de cimentação pode, ainda, verificar-se por crescimento secundário, isto é, por deposição à volta dos grãos clásticos de material com a mesma composição e em continuidade óptica e cristalográfica (AGI, 1999).
Ver: " Diagénese "
&
" Compactação "
&
" Porosidade "
As rochas sedimentares formam-se a partir de pequenos pedaços de rochas (sedimentos). O vento e as correntes de água transportam os sedimentos e depositam-os em camadas, mais ou menos, sub-horizontais, normalmente, no fundo do mar ou no fundo de um lago. Os sedimentos depositados são transformados em rochas por dois processos geológicos: (i) Compactação e (ii) Cimentação. Quando os sedimentos são enterrados, devido a sobreposição de outras camadas sedimentares, eles são submetidos a altas pressões e temperaturas, que começam a aglutinar os grãos uns contra os outros. À medida que a profundidade de enterramento aumenta, os grãos sedimentares são colados uns contra os outros pela formação de novos minerais, como o cimento liga os grãos de areia no almofariz de um pedreiro. Durante o processo de compactação certos minerais das rochas são dissolvidos e depois podem precipitar no espaço entre os grãos sedimentares, diminuindo assim a porosidade. Os minerais que mais, frequentemente, cimentam os grãos de uma rocha sedimentar são a calcite (CaCO3), sílica (SiO2), óxidos de ferro e minerais argilosos. Os processos geológicos de erosão, deposição, compactação e cimentação podem demorar milhões de anos para transformar os fragmentos das rochas (sedimentos) em rochas sedimentares coerentes e duras. Evidentemente, que quanto a maior é a cimentação de uma rocha sedimentar menor é a sua porosidade (espaço livre e interconectado entre os grãos sedimentares) e permeabilidade (possibilidade que fluídos se escoem através dela), as quais são características importantes das rocha-reservatório. Para qualquer saturante (água ou hidrocarbonetos), as principais rochas-reservatório são os arenitos e carbonatos (sobretudo as construções orgânicas).
Circo Glaciar.......................................................................................................................................................................................................................................Glacial Cirque
Cirque glaciaire / Circo glaciar / Gletscherkar / 冰川冰斗 / Ледниковый цирк / Circo glaciale
Glaciar de forma semicircular a montante de um vale, ou cavidade semicircular, com paredes abruptas, produzida nas rochas pela acção do gelo de um glaciar.
Ver: " Campo de Neve "
&
" Glaciar "
&
" Glacio-eustasia "
Um glaciar é uma espessa quantidade de gelo que se formou, no onshore, durante centenas ou milhares de anos, pela acumulação, compactação e recristalização da neve. Há vários tipos de glaciares. Nos Alpes, por exemplo, existem três tipos distintos: (i) Circos Glaciares depositados em bacias semicirculares nos bordos de uma montanha e, normalmente, a montante de um vale ; (ii) Vales Glaciares que se escoam ao longo de vales pré-existentes e (ii) Calotes Glaciares que se formam no topo das montanhas. Um circo glaciar, normalmente, forma-se a montante (na cabeça) de uma vale glaciar. Como nas partes superiores das falésias, o vento sopra muito forte, ele desloca a neve para as parte mais profundas onde ela se acumula convertendo a bacia de deposição num circo glaciar. Vários circos podem formar-se, ao mesmo tempo, à volta da mesma montanha. Pode acontecer, por exemplo, que dois glaciares, localizados nos flancos opostos de uma montanha, erodem as partes somitais das falésias e formem uma crista rochosa aguçada chamada aresta ou crista glaciar. Dois circos e uma aresta glaciar são bem visíveis nesta fotografia (Montanhas de Fairweather, SE do Alasca). Os glaciares modelam a paisagem por dois processos geológicos bem conhecidos: (a) Abrasão e (b) Arrancamento. A abrasão ocorre quando os fragmentos de uma rocha transportada pelo glaciar raspam as rochas do substrato à medida que o glaciar avança. O arrancamento ocorre na base e na frente de um glaciar quando este levanta e arranca as rochas do substrato e as incorpora na sua massa. Não só a neve se acumula no circo glaciar, mas se ela for muito abundante e não fundir durante o verão, ela transformar-se-á, ao fim de vários anos, em gelo, o qual vai escoar-se para jusante (vale glaciar) sob a acção do seu peso. Este cenário é muito possível que aconteça nos próximos anos (ao contrário do que dizem os defensores do aquecimento global antropogénico (provocado pelo homem), uma vez que estamos entrar no ciclo solar n° 24, que será um ciclo de fraca actividade e, que por isso, impedira poucos raios cósmico de chegar à atmosfera terrestre, o que implicará um clima frio para os próximos 11-13 anos.
Clado....................................................................................................................................................................................................................................................................................................Clade
Clade / Clado / Clade /单系类群 / Монофилетический таксон / Clado
Grupo composto de um único antepassado e todos os seus descendentes. O antepassado pode ser um organismo, população ou espécie. O antepassado comum de um grupo de tamanho significativo e muitos dos seus descendentes devem ter desaparecido (extintos) desde à muito tempo.
Ver: " Animal (Reino) "
&
" Paleontologia "
&
" Fóssil "
O conceito de clado não existia na taxonomia de Lineu antes de Darwin, que era baseada sobretudo nas similaridades morfológicas entre os organismos, embora muitos dos mais conhecidos grupos de animais do sistema original de Lineu (como certos grupos de vertebrados) representassem clados. Com a publicação da Teoria da Evolução de Darwin (1985), a taxonomia adquiriu uma base teórica e a ideia de que as unidades sistemáticas representam ramos da árvore evolutiva da vida. Assim, desde à um século e meio, os taxonomistas (geocientistas que praticam a ciência da classificação) trabalham de maneira a que o sistema de classificação traduza a evolução. No entanto, como a Árvore dos diferentes ramos da Vida é bastante desigual, a hierarquia do sistema de Lineu, nem sempre se presta bem para representar os clados. No que diz respeito a terminologia, a taxonomia cladística e de Lineu não são sempre compatíveis. Assim, a taxa de nível superior na taxonomia de Lineu, muitas vezes representam graus evolutivos, em vez de clados (onde um ou dois sub-ramos foram excluídos). Na nomenclatura filogenética, os clados podem ser introduzidos a qualquer nível e não têm que ser encaixados numa posição hierarquia global. Em contraste, as unidades de Lineu de "ordem", "classe" etc., devem ser usadas quando denominam uma nova espécie. Como existem apenas sete níveis formais no sistema de Lineu (a espécie é o mais baixo), há uma quantidade finita de sub- e super- unidades. Como as árvores taxonómicas (ou cladogramas) são cada vez mais detalhadas, alguns cientistas optaram por utilizar todas as divisões en conjunto, usando os nomes dos clados sem as divisões de Lineu. A preferência de um sistema sobre o outro é, unicamente, uma questão de aplicação. Os sistemas cladísticos dão detalhes, mas exigem um profundo conhecimento. O sistema de Lineu dá um panorama bem ordenado, mas em detrimento dos detalhes da árvore filogenética.
Clasto Glacio-Marinho.....................................................................................................................................................................................................Dropstone
Claste glaciomarin/ Clasto glaci-marino / Clast glaziomarinen / 碎屑冰海 / Сталактитовая разновидность кальцита / , Dropstone
Grande fragmento de rocha depositado no meio dos sedimentos finos no fundo do mar ou no fundo de um lago pró-glaciar e que foi transportado por um icebergue de onde ele caiu.
Ver: " Icebergue "
&
" Errático (bloco) "
&
" Compactação Diferencial "
Esta fotografia ilustra um clasto glacio-marinho de quartzito no meio de depósitos fluvio-glaciares. Na superfície do clasto, nota-se o efeito da abrasão (erosão que os fragmentos transportados por um glaciar sofrem e produzem quando eles raspam as rochas do substrato) provocada pelo movimento do glaciar. Igualmente, é interessante notar os efeitos da compactação diferencial entre o clasto e os sedimentos fluvio-glaciares no meio dos quais ele se encontra (os sedimentos estão muito mais compactados por cima e por baixo do clasto). Aliás, a taxa de compactação dos sedimentos é fácil de calcular visto que o clasto, não sendo praticamente compactável, dá aproximadamente a espessura original dos sedimentos antes da compactação. Os clastos glacio-marinhos fazem parte de uma grande família de blocos rochosos que os geocientistas chamam blocos erráticos, uma vez que eles encontram-se depositados em ambientes sedimentares onde, normalmente, não deviam encontrar-se. Em geral, os blocos erráticos ou blocos caídos podem ser transportados por quatro meios de transporte diferentes: (i) Glaciares, quando estes fundem e depositam os fragmentos que transportam ; o mesmo sucede com os icebergues que desde que eles entram no mar começam, pouco a pouco, a derreter-se e deixam cair ao fundo do mar, longe da costa, todos os fragmentos rochosos que transportavam ; (ii) Vulcões, durante as explosões não só as bombas vulcânicas, mas também fragmentos de outras rochas podem voar durante quilómetros e assim incorporar-se no meio de sedimentos totalmente diferentes; (iii) Correntes Turbidíticas, estas também podem transportar, para as parte mais profundas das bacias sedimentares, enormes blocos arrancados quer do rebordo da bacia quer das paredes dos canhões por onde muitas vezes elas passam e (iv) Jangadas Biológicas, como, por exemplo, as formadas por restos de plantas, que, em geral, se formam durante períodos de inundação, em particular das florestas e que podem transportar fragmentos de rochas, com dimensões significativas, durante centenas ver mesmo milhares de quilómetros, para depois deixá-los cair para o fundo do mar.
Clima.............................................................................................................................................................................................................................................................................................Climate
Climat / Clima / Klima / 气候 / Климат / Clima
O clima é um parâmetro importante da estratigrafia sequencial, visto que ele controla, parcialmente, as variações relativas do nível do mar. Na realidade, as variações do nível do mar podem ser induzidas pelas glaciações que têm um efeito muito substancial sobre a eustasia e, por conseguinte, nos deslocamentos da linha de costa e da ruptura costeira da inclinação da superfície de deposição.
Ver: " Teoria Astronómica dos Paleoclimas "
&
" Ciclo de Milankovitch "
&
" Glaciação "
No início do Carbonífero, a temperatura global média era de 20°C, embora no Carbonífero Terminal, ela tenha sido apenas de 12°C, isto é, uma temperatura comparável à temperatura global média de hoje. Por outro lado, no início do Carbonífero, a concentração de CO2 na atmosfera era, mais ou menos, de 1500 ppm, mas no Carbonífero médio ela caiu para 320 ppm, o que é, grosso modo, a concentração actual. Na realidade, presentemente, a atmosfera terrestre contém cerca de 380 ppm de CO2 (0,038%). Contudo, nos últimos 600 My, (milhões de anos), unicamente, no Carbonífero e no Quaternário é que a concentração de CO2 na atmosfera foi inferior a 400 ppm. Geologicamente, houve sempre uma maior concentração de CO2 na atmosfera do que actualmente. Durante o Jurássico, a concentração era de 1800 ppm, isto é, quatro vezes maior do que hoje. As maiores concentrações foram no Câmbrico (7000 ppm). Tudo isto quer dizer que a concentração do CO2 na atmosfera tem pouca influência na temperatura e clima, o que é corroborado pelo facto de que no Ordovícico Tardio, durante o qual as glaciações foram abundantes, a concentração de CO2 na atmosfera era de 12 vezes a concentração actual. Outros factores têm uma maior influência na temperatura e clima da Terra, como, por exemplo, os ciclos solares. As glaciações ocorrem, periodicamente, à superfície da Terra e parecem ter uma dupla periodicidade. A primeira está associada à ciclicidade dos períodos geológicos. Com efeito, quando os regimes tectónicos compressivos foram predominantes, eles dobraram e levantaram os sedimentos formando montanhas onde as temperaturas são baixas. A segunda é associada à ciclicidade das variações da temperatura, para as quais várias hipóteses foram avançadas tendo em conta que, à superfície da Terra, o equilíbrio de calor é controlado pela quantidade de radiações recebidas do sol.
Climatologia (moderna).......................................................................................................................................................................................Carbonate Facies Belt
Climatologie (moderne) / Climatología (moderna) / Moderne Klimatologie / 现代气候 / Климатология / Climatologia moderna
Climatologia baseada num grande número de observações feitas durante um pequeno intervalo de tempo (dezenas - centenas de anos). Esta observações correspondem, em geral, a medidas directas das propriedades e características da atmosfera terrestre, oceanos e gelo (calotes e glaciares). Devido ao curto intervalo de tempo, a climatologia moderna não dá indicações sobre as mudanças climáticas. Ao contrário, a paleoclimatologia (largo intervalo de tempo, milhões de anos) dá indicações preciosas sobre as mudanças climáticas, embora os dados de observação sejam limitados).
Ver: " Clima "
&
" Glaciação "
&
" Paleogeografia "
Desde a formação da Terra (4,5 Ga), as mudanças climáticas são uma realidade. Historicamente, os períodos quentes e frios são bem conhecidos. Desde 2500 anos antes de Cristo até hoje, existiram seis períodos quentes, que correspondem, grosseiramente, aos períodos seguintes: (i) Pré-dinastia do Egipto Antigo ; (ii) Períodos intermediários do Egipto Antigo ; (iii) Império Romano ; (iv) Idade Média ; (v) Século XIX e século XX ; (vi) Século XXI. Os períodos com clima frio correspondem, mais ou menos, as épocas seguintes : (a) Época Nomádico ; (b) Império Grego ; (c) Idade das Trevas ; (d) Idade Média ; (e) Pequena Idade Glaciar e (f) Fim do século XX (este pequeno período de clima frio, durante o qual a temperatura média caiu cerca de 1° C, foi induzido pela explosão vulcânica do Pinatubo). Estas mudanças climáticas históricas refutam, totalmente, a conjectura avançada a priori pelos "Alarmistas" sobre aquecimento global. De facto, quando eles afirmam, que a estabilidade do clima antes da revolução industrial, foi rompida pela influência humana, eles sabem, perfeitamente, que estão a mentir. Como a história do clima falsifica o dogma dos "Alarmistas", eles não a tomam em linha de conta. Como dito por R. Giegengack (geocientista na Universidade of Pensilvânia) : “People come to me and say: Stop talking like this; you are hurting the cause” (citado por C. Horner, 2007). Note que os períodos frios correlacionam com os períodos de forte actividade vulcânica, inanição, fome e doença, e que os períodos quentes correlacionam com os tempos florescente e de pouca actividade vulcânica. Apesar do facto, que correlação não é significa, necessariamente, casualidade, tais correspondências não se encaixam com as catástrofes e fome previstas pelos "Alarmistas".
Clinoforma.............................................................................................................................................................................................................................................................Clinoform
Clinoforme / Clinoforma / Clinoform / 倾斜的地平线, 斜progradation / Клиноформа / Clinoforma
Superfície de depósito inclinada (progradante) para o mar. Certos geocientistas utilizam esta expressão para designar, unicamente, as superfícies associadas aos estratos que progradam em direcção da água profunda, quer isto dizer, associadas aos sedimentos regressivos e não aos sedimentos transgressivos (retrogradantes).
Ver: " Bisel de Progradação "
&
" Regressão"
&
" Ruptura (superfície de deposição costeira)"
Nesta fotografia (P. Bot, 1990), cujas dimensões são, mais ou menos, 400 por 150 metros, as clinoformas (ou superfícies clinoformas, como dizem certos geocientistas) são, facilmente, reconhecidas. Igualmente, é fácil de constatar que estas superfícies ligam ambientes sedimentares de água pouco profunda (sedimentos de plataforma) a ambientes profundos, isto é, que elas formam, sobretudo, um talude continental e não deltaico. O talude de um delta (não confundir delta com edifício deltaico) é relativamente pequeno, uma vez que a espessura de um delta varia, mais ou menos, entre 10 e 50 metros. Certos geocientistas utilizam, também, termo de clinoforma para designar as superfícies de deposição inclinadas para o mar (progradações) associadas com os sedimentos transgressivos, uma vez que uma transgressão corresponde, simplesmente, à sobreposição de regressões de amplitude é cada vez mais pequena. Na realidade, não só os sedimentos clásticos vêm sempre do continente, mas é necessário não esquecer que para haver deposição, a montante do rebordo da bacia, é necessário criar espaço para os sedimentos, quer durante uma transgressão quer durante uma regressão. Isto quer dizer, que tem sempre que haver uma subida relativa do nível do mar. Por outras palavras, no campo ou nas linhas sísmicas (com boa resolução), dentro do cortejo transgressivo de um ciclo-sequência, existem sempre progradações (os sedimentos vêm do continente). Contudo, estas progradações não correspondem a um talude continental, mais sim a um talude, em geral deltaico, a montante do rebordo continental. Uma interpretação geológica depende sempre da escala. Isto levou os geocientistas da Exxon, por razões absurdas de confidencialidade, a não pôr às escalas nas figuras das publicações sobre a estratigrafia sequencial (1977). Função da escala, uma progradação pode ser interpretada com : (i) Uma simples lâmina; (ii) Plano de estratificação; (iii) Depósito de transbordo; (iv) Talude deltaico; (v) Talude continental, etc.
Clivagem...............................................................................................................................................................................................................................................................................Clivage
Clivage / Clivaje / Spaltung / 分裂 / Расщепление (расслоение) / Sfaldatura
Propriedade de um mineral de se partir ao longo de um plano, chamado plano de clivagem, o qual marca a direcção das ligações mais fracas entre os átomos.
Ver: " Calcite "
&
" Sedimentação "
&
" Ardósia "
A clivagem é a propriedade que certos minerais têm de se fracturar ao longo superfícies orientadas segundo direcções privilegiadas desde que eles são submetidos a um esforço mecânico. A existência e orientação dos planos de clivagem dependem da simetria (operação geométrica numa figura qualquer que não modifica essa figura) e da estrutura cristalina (planos das ligações mais fracas da rede cristalina) e por isso eles são características das espécies minerais. A estrutura cristalina ou estrutura de um cristal é, perfeitamente, descrita pelos: (a) Parâmetros da rede de Bravais (distribuição regular dos pontos chamados nós, no espaço que representa a periodicidade da distribuição atómica de um cristal) ; (b) Grupo de espaço, cristalográfico ou de Fedorov (conjunto das simetrias de uma rede cristalina) e (c) Posição dos átomos na malha (parte finita do espaço por translação da qual o motivo cristalina infinito pode ser obtido de novo). Os átomos repetem-se no espaço sob a acção das operações de simetria e que assim formam a estrutura cristalina. Quando as superfícies de fractura são irregulares, fala-se de fractura. As clivagens e fracturas são critérios importantes para a determinação dos minerais. Existem planos de separação que não são clivagens, como as maclas. Estes planos não estão, directamente, ligados à estrutura dos cristais e podem explicar-se pelas variações da geometria da rede cristalina provocadas por uma acidente. Em função da estrutura, os minerais podem ter uma ou várias direcções de clivagem ou nenhuma. O número das direcções de clivagem e os ângulos segundo os quais elas se formam permitem diferenciar vários tipos de clivagem: (i) Sem clivagem, quando o mineral apresenta unicamente superfícies irregulares desde que ele é partido (os minerais da família do quartzo, raramente, têm planos de clivagem e exibem fracturas conchoidais, isto é, arcos de círculo à volta do ponto de ruptura e lascas lisa não planas com superfícies onduladas) ; (ii) Uma direcção de clivagem predominante (clivagem basal), como os filossilicatos (micas) ; (iii) Duas direcções de clivagem dominantes (clivagem prismática), como as piroxenas e anfíbolas ; (iv) Três ou mais direcções (clivagem cúbica), como a halite.
Clorofila........................................................................................................................................................................................................................................................................Clorophyll
Chlorophylle / Clorofila / Chlorophyll / 叶绿素 / Хлорофилл / Clorofilla
Grupo de pigmentos fotossintéticos presente nos cloroplastos das plantas (em sentido geral, incluindo também as algas, cianofíceas e diversos protistas anteriormente considerados "algas" ou "plantas", como as algas vermelhas ou castanhas).
Ver: " Alga "
&
" Fotossíntese "
&
" Cadeia Alimentar "
A intensa cor verde da clorofila deve-se a forte absorção (processo em que átomos, moléculas ou iões se introduzem em alguma outra fase, normalmente mais massiva, e se fixam) das regiões azuis e vermelhas do espectro electromagnético, e por causa dessa absorção a luz que ela reflecte e transmite parece verde. A clorofila é capaz de canalizar a energia da luz solar em energia química através do processo de fotossíntese. Neste processo a energia absorvida pela clorofila transforma o dióxido de carbono e a água em carbohidratos e oxigénio. As moléculas de clorofila são denominadas fotossistemas, que se encontram integrados nos tilacóides (sistemas de membranas internas) dos cloroplastos. A maioria das moléculas de clorofila absorve luz e transmite a energia luminosa através de um fenómeno designado "transferência de energia por ressonância" a um par de moléculas de clorofila específico que se encontra no centro reaccional dos fotossistemas. Os fotossistemas I e II possuem centros reaccionais distintos, denominados P680 e P700 de acordo com o comprimento de onda (em nanómetros) correspondente ao pico máximo de absorção. A energia transferida para as moléculas de clorofila pertencentes ao centro reaccional é usada no processo de separação de carga, que consiste na transferência de um electrão de clorofila para uma cadeia de transporte electrónico. A clorofila do centro reaccional P680, oxidada à forma P680+, é reduzida por um electrão proveniente da oxidação da água (H2O) em dioxigénio (O2) e hidrogénio molecular (H2). O fotossistema I trabalha em conjunto com o fotossistema II. O centro oxidado a P700+é, eventualmente, reduzido com electrões provenientes do fotossistema II. Em determinadas condições, a fonte de electrões para a redução do P700+ pode variar. O fluxo de electrões produzido pelos pigmentos de clorofila é usado para transportar iões H+através das membranas dos tilacóides, causam um potencial quimiosmótico utilizado principalmente na produção de ATP (Trifosfato de adenosina ou Adenosina trifosfato). (http://en.wikipedia.org/wiki/ Chlorophyll).
Cocólito...............................................................................................................................................................................................................................................................................Coccolith
Coccolithe / Cocolito / Coccolith / 颗石藻 / Кокколит / Coccoliti
Placas de carbonato de cálcio formadas por algas simples como, por exemplo, a "Emiliana huxlei" (cocolifóros) que se dispõem à volta dela em cocosferas. Os cocólitos são formados dentro da célula em vesículas provenientes do corpo ou aparelho de Golgi (orgânulo encontrado em muitas células eucariotas). Quando o cocólito está completo, as vesículas fundem com a parede celular e o cocólito é incorporado na cocosfera.
Ver: " Alga "
&
" Calcoarenito "
&
" Fóssil "
Thomas Huxley foi o primeiro geocientista a observar os cocólitos nos sedimentos marinhos modernos e foi ele que os denominou assim. Os cocólitos formam-se dentro da célula em vesículas derivadas do aparelho (ou corpo) de Golgi, que faz parte do sistema de endomembranas celulares (membranas que compartimentam, internamente, as células eucariotas) e cuja função principal é de processar e empacotar macromoléculas, como as proteínas e lípidos, depois da sua síntese. Quando a construção de um cocólito termina as vesículas fundem-se com a parede celular e o cocólito é incorporado na cocosfera. Depois da morte da cocosfera, os cocólitos são partidos e dispersados. Os cocólitos afundam-se, através da coluna de água para formar uma parte importante dos sedimentos de água profunda. Existem dois tipos principais de cocólitos: (i) Heterococólitos e (ii) Holococólitos. Os primeiros são formados de uma matriz radial de unidades cristalinas. Os holococólitos são formados por pequenos romboedros de calcite (cerca de 0,1 micrómetros), dispostos linearmente. Inicialmente, pensava-se que estes dois tipos de cocólitos eram produzidos por diferentes famílias de cocolitóforos (que possuem cocólitos). Hoje, pensa-se, que eles são produzidos pela mesma espécie, mas em diferentes fases do ciclo de vida. Os heterococólitos são produzidas na fase do ciclo de vida diplóide (quando os cromossomas estão presentes em pares) e os holococólitos na fase haplóide (quando os cromossomas estão presentes num único exemplar). Como os cocólitos são formados de calcite com fraco teor em Mg, (a forma mais estável do carbonato de cálcio), eles são facilmente fossilizados. Eles encontram-se em sedimentos com microfósseis de afinidades incertas similar desde o Triássico ao Recente. Cocólitos e fósseis relacionados são referidos como nanofósseis calcários ou nanoplâncton calcário.
Coeficiente de Reflexão...................................................................................................................................................................Reflection Coefficient
Coefficiente de réflexion / Coeficiente de reflexión / Reflexionskoeffizient /反射系数 / Коэффициент отражения / Coefficiente di riflessione
Taxa entre a amplitude da onda reflectida e onda incidente. A taxa entre a energia reflectida e a energia incidente é igual ao quadrado do coeficiente de reflexão.
Ver: " Amplitude (de onda) "
&
" Sísmica de reflexão "
&
" Impedância (acústica) "
Todas as ondas incidentes oblíquas são quebradas em ondas reflectidas e refractadas. Supondo dois intervalos sedimentares com velocidades (v1 e v2) e densidades diferentes (d1 e d2), isto é, com impedâncias acústicas diferentes (vi x di), o coeficiente de reflexão é dado pelo quociente entre a diferença e a soma das impedâncias. Nas linhas sísmicas, um reflector traduz o coeficiente de reflexão das interfaces sedimentares. Quando maior for o contraste entre as impedâncias dos dois intervalos, que definem a interface, maior será a amplitude da reflexão. Se o intervalo superior tiver uma impedância menor do que a do intervalo inferior, a amplitude da reflexão é positiva. No caso contrário, ela será negativa. É raro que o coeficiente de reflexão se mantenha, mais ou menos, constante durante grandes distâncias. As impedâncias dos intervalos sedimentares mudam lateralmente. Uma mudança lateral de fácies (litologia), dentro de um intervalo sedimentar, implica, necessariamente, uma mudança lateral da impedância acústica. A amplitude do reflector associado a uma discordância, e em particular a uma discordância angular (discordância eustática reforçada pela tectónica), varia, lateralmente, e pode mesmo mudar de sinal, isto é, ela pode ser, num certo lugar, positiva e noutro negativa. Na realidade, o perfil da impedância acústica muda, lateralmente, em função das interfaces sedimentares definidas pelos biséis somitais (ou superiores) e biséis de agradação que caracterizam a discordância (superfície de erosão induzida por uma descida relativa do nível do mar). O coeficiente de reflexão de uma interface sedimentar pode, também, mudar, lateralmente, em função do saturante (petróleo, gás ou água), que preenche total ou parcialmente a porosidade dos intervalos sedimentares definem a interface. Um exemplo muito interessante acontece nos intervalos sedimentares dobrados que formam uma armadilha para os hidrocarbonetos. Se numa armadilha anticlinal, a rocha-reservatório estiver saturada de gás, a impedância acústica é, localmente (onde houver gás), mais pequena, o que pode mudar o sinal da amplitude da interface (rocha-reservatório e rocha-cobertura) e criar uma anomalia de amplitude.
Coevolução........................................................................................................................................................................................................................................................Coevolution
Coévolution/ Coevolución / Koevolution / 协同进化 / Коэволюция / Coevoluzione
Mudança de um objecto biológico provocada pela mudança de um objecto relacionado. Na biologia, a coevolução pode ocorrer em vários níveis. Ela pode ser microscópica como, por exemplo, as mutações entre aminoácidos de uma proteína, ou macroscópicas, como características covariantes entre as diferentes espécies dentro de um determinado ambiente.
Ver: " Teoria da evolução "
&
" Ambiente Sedimentar "
&
" Animal (reino) "
A imagem ilustrada nesta figura sugere como é que duas espécies - neste caso, uma mosca e uma orquídea - podem influenciar a evolução de cada uma delas. Mas a história que ela diz pode não ser o que você pensa. Coevolução, como este processo é chamado agora, foi uma das ideias mais importantes de Darwin. Hoje os cientistas reconhecem a coevolução em quase todos os tipos de espécies desde as formigas até aos micróbios do no nosso próprio intestino. Darwin conjecturou a coevolução observando os insectos e flores nos arredores da sua própria residência, na Inglaterra. As conjecturas de Darwin sobre a coevolução começaram com uma simples pergunta: como é que as flores fazem sexo? Tipicamente, numa flor ambos os órgãos sexuais existem, mas Darwin duvidou que uma única flor se pudesse fertilizar a si própria com frequência. As flores, como outros organismos, mostram variações. Darwin avançou que a única maneira que as flores tinham de variar era se cada par se fertilizar-se para misturar as suas características (sexo parece ser não essencial para a criação de variações, mas faz um bom trabalho nesse sentido). Para fecundar, as plantas não podem deslocar-e para encontrar parceiros. Assim, o pólen tem que ir de uma flor para outra, o que têm que acontecer pelo menos num membro de sua própria espécie. O vento pode ser suficiente para algumas plantas. Darwin sabia, por exemplo, que as abelhas visitam muitas flores para colectar o néctar. Ele observou como é que as abelhas aterravam nas pétalas de certas plantas para atingir o seu néctar, e descobriu, o lugar preciso para escovar o pólen para parte traseira das abelhas, depois viajam para outras plantas do mesmo tipo onde descarregam o pólen que transportam. Assim, pode dizer-se que as abelhas dependem das flores para se alimentarem e que as flores depende das abelhas para a sexualidade. Umas sem outras, eles não poderiam sobreviver. A coevolução é fundamental a sobrevivência de muitas espécies.
Colina Oceânica.................................................................................................................................................................................................................................Abyssal Hill
Colline océanique / Colina oceánica / Abyss-Hügel / 深海丘陵 / Океанический холм / Collina abissale
Pequena colina submarina topograficamente bem definida com uma altura que varia de alguns metros a centenas de metros acima do fundo oceânico (entre 3000 e 6000 m de lâmina de água). As colinas oceânicas ocorrem de preferência a jusante das planícies abissais que formam a base dos taludes continentais. Colinas oceânicas isoladas e grupos de colinas elevam-se, por vezes, a partir das planícies abissais, mais ou menos, fossilizadas por uma cobertura sedimentar importante. A grande maioria das colinas oceânicas pode ser incluída na família das Colinas Abissais.
Ver: " Fundo oceânico "
&
" Sopé continental "
&
" Cone Submarino da Bacia "
Nesta carta batimétrica de alta resolução, ilustrada obliquamente, as colinas oceânicas cobrem uma superfície de, mais ou menos, 900 km2. As colinas oceânicas, embora, geralmente, cobertas por sedimentos pelágicos, têm, provavelmente, uma composição e origem semelhante à das proeminências vulcânicas extrusivas visíveis nos flancos da crista oceânica média e em certos sopés continentais. A maior parte dos geocientistas pensa que muitas colinas oceânicas do fundo do mar estão enterradas debaixo dos sedimentos que cobrem as planícies abissais. No Oceano Atlântico, existem longas províncias de colinas oceânicas paralelas a ambos os flancos da crista oceânica média, que podem corresponder às antigas cristas, o que quer dizer, que neste caso, as colinas oceânicas são colinas abissais. O Oceano Pacífico tem menos aporte terrígeno continental que o Oceano Atlântico, uma vez que numerosas fossas separam o fundo oceânico do continente, o que impede o transporte dos sedimentos para as partes profundas das bacias oceânicas. Contudo, pode dizer-se que 80 a 85% da planície abissal do Oceano Pacífico, é ocupada por colinas oceânicas que podem ser antigas cristas médias ou não. Embora, globalmente, estas formas topográficas ocupem cerca de 30% das superfícies abissais, a sua origem continua a ser uma fonte de debate. Recentes investigações sugerem que as colinas oceânicas nos flancos da crista oceânica média do Pacífico são formados por "horsts" e "grabens" que se alargam com o tempo, isto é, que elas foram induzidas por um regime tectónico extensivo (falhas normais). Para certos geocientistas, na maior parte dos casos, a diferenciação entre colinas oceânicas e abissais, é puramente semântica e não têm nenhum significado geológico.
Colina Submarina (colina oceânica)...........................................................................................................................................................................Abyssal Hill
Colline abyssale / Colina abisal (submarina) / Abyssisch Hügeln / 深海丘陵 / Абиссальный холм / Collina abissale
Baixo-relevo no fundo oceânico. Geralmente, as colinas abissais localizam-se nas bacias isoladas pelas dorsais e taludes oceânicos. A altura de uma colina abissal pode atingir de várias centenas de metros e o seu diâmetro pode ultrapassar, por vezes, as dezenas de quilómetros. Aproximadamente, 85% do assoalhado do Oceano Pacífico (fundo oceânico) e 50% do assoalhado do Oceano Atlântico correspondem a colinas abissais. Para certos geocientistas, colina abissal é sinónimo de Colina Oceânica.
Ver: " Fundo oceânico "
&
" Sopé continental "
&
" Cone Submarino d Bacia "
Neste esquema, no fundo oceânico, que é limitado entre a crista oceânica mediana (ou dorsal oceânica média) e a base do talude continental (sopé continental), as colinas abissais são, facilmente, identificáveis, em particular na planície abissal. Como ilustrado, a crista oceânica mediana é deslocada lateralmente por falhas transformantes (não confundir com falhas de deslizamento). Estas falhas, que são activas, unicamente, entre os segmentos da crista mediana, estão, parcialmente, ocultas na planície abissal, devido à deposição dos depósitos turbidíticos e sedimentos pelágicos. Este esquema não refuta a conjectura avançada por uma grande maioria dos geocientistas, de que as colinas abissais correspondem "grosso modo" às antigas cristas oceânicas médias. É indubitável, que à medida que a expansão oceânica (alastramento) avança, a crusta oceânica, mais recente, introduzida ao longo do rifte da crista oceânica média puxa, em direcção do continente, as antigas cristas (colinas abissais) que começam, pouco a pouco, a arrefecer. Este arrefecimento faz com que as cristais se aprofundem, uma vez que a sua densidade aumenta. Por outro lado, este esquema mostra, perfeitamente, que a topografia do fundo do mar, que diminui (i.e., a batimetria aumenta) desde a crista oceânica média (valor mais alto) até à planície abissal. Na realidade, a topografia do fundo do mar varia constantemente não só em função do avanço da expansão, mas também em função da velocidade da expansão oceânica. Mais rápida é a expansão oceânica, mais acentuada é a topografia do fundo do mar. Estas variações da topografia do fundo do mar modificam o volume das bacias oceânicas, o que obriga o nível do mar a subir e a descer (ciclos eustáticos de 1a ordem), uma vez que a hipótese de que a quantidade de água sob todas as suas formas é constante desde a formação da Terra, ainda não foi refutada.
Colisão Continental.....................................................................................................................................................................................Continental Collision
Collision continentale / Colisión continental / Continental Kollision / 大陆碰撞 / Столкновение континентальных плит / Collisione continentale
Quando duas placas litosférica continentais se aproximam uma da outra, fechando, progressivamente o mar que as separa, para, finalmente, entrarem em contacto formando uma subducção do tipo A, isto é, uma das placas mergulha (placa descendente) sob a outra (placa cavalgante), o que obriga as rochas da placa cavalgante a encurtar-se formando uma cadeia de montanhas.
Ver: " Subducção do tipo-A (Ampferer) "
&
" Megassutura "
&
" Supercontinente "
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do onshore noroeste do Mar Cáspio, reconhece-se, facilmente, uma colisão entre duas placas continentais e, por consequência, o fecho do mar que existia entre essas placa. A zona de subducção entre as duas placas em questão é, facilmente, deduzida tendo em linha de conta as relações geométricas entre os reflectores e as superfícies sísmicas (superfícies deduzidas a partir das terminações dos reflectores). Na realidade, neste exemplo, existiam dois continentes. Um ao norte e outro ao sul do mar, que os separava (mar de Tétis), com as respectivas margens continentais divergentes. A margem divergente sul, do continente norte, que fossilizou as bacias de tipo rifte e o soco (bem visíveis nesta tentativa de interpretação) reconhece-se facilmente pelas progradações com vergência sul, que formavam o antigo talude continental do continente Norte (Eurasia). Da mesma maneira, a antiga margem divergente norte do continente ao sul do mar de Tétis, reconhece-se, facilmente, pelas progradações com vergência norte, que são, perfeitamente, visíveis na parte superior esquerda desta tentativa. Esta antiga margem forma, actualmente, a placa cavalgante da zona de subducção de Ampferer (subducção do tipo A). A placa inferior ou placa descendente desta zona de subducção é formada pela antiga margem norte do mar de Tétis. Evidentemente, que o mar que existia entre estes dois antigos continentes, neste caso, o mar de Tétis, fechou-se pouco a pouco à medida que os continentes se aproximavam um do outro. Esta colisão continental criou um regime tectónico compressivo, caracterizado por um elipsóide dos esforços efectivos alongado (eixo maior horizontal). É este regime tectónico que foi o responsável pela formação da cadeia de montanhas (não visível nesta tentativa de interpretação) que existe na placa cavalgante, ao sul desta área. Note que o mecanismo das zonas de subducção do tipo A é muito diferente do das zonas de subducção do tipo B (Benioff).
Colo de Meandro (méandre).......................................................................................................................................................................................................Meander Neck
Pédoncule (méandre) / Cuello de meandro / Meander Hals / 河曲颈部 / Шейка меандры / Collo di meandro
Istmo estreito de terra que separa dois meandros adjacentes.
Ver: « Meandro »
&
« Barra de Meandro (modelo) »
&
« Ambiente de Deposição »
Como ilustrado nesta figura, os meandros do rio Mississipi (perto de Nova Madrid, EUA) tornam-se, pouco a pouco, tão apertados que, por vezes, um pequeno istmo se forma entre o princípio e o fim do meandro. É este istmo que certos geocientistas chamam o colo do meandro, o qual, muitas vezes, é utilizado pelo rio, formando o que se chama uma atalho de meandro como o que se vê na parte superior da figura. No que diz respeito à génese dos meandros e sobretudo à génese das barras e colos de meandro, existe um certo número de ideias erradas na literatura geológica que muito geocientistas tentam de corrigir sem grande sucesso. Na realidade, a hipótese de base, isto é, que os sedimentos se depositam onde a velocidade da corrente é menor, quer isto dizer, na parte interna de um meandro, é, facilmente, refutada. Se esta conjectura fosse verdade, a diferença de velocidade da corrente entre os bancos era suficiente para causar deposição num banco. Ela ocorreria junto do banco convexo não porque a velocidade da corrente é menor, mas, sim, porque o escoamento turbilhonante é mais pequeno onde o raio de curvatura é maior. Não podemos esquecer que todo o fluído, incluindo a água de uma corrente, escoa-se, unicamente, à volta de um turbilhão. Numa corrente em que a água se escoa lentamente, a diferença de velocidade da corrente junto aos bancos não é suficiente par explicar que a deposição ocorra num banco mais do que no outro. A hipótese de base (a deposição faz-se onde a velocidade da corrente é menor) não explica porque é que toda a deposição se faz, praticamente, no banco interno dos meandros e não onde a corrente se escoa em linha recta. A velocidade da água de uma corrente não diminui quando a corrente entra num meandro. Por outro lado, numa corrente meandriforme, a velocidade da água é muito pequena, assim como a turbulência, e por isso ela não é capaz de manter em suspensão as partículas sedimentares grosseiras que constituem as barras de meandro. Estas partículas sedimentares não podem ter sido transportado em suspensão, mas, provavelmente, por tracção e saltação via escoamentos secundários que existem na base de cada corrente na vizinhança da curvatura máxima da corrente, o que não tem nada a ver com a corrente principal.
Coluna de Gruta (espeleotema)...............................................................................................................................................................................Column of cave
Colonne de grotte / Columna de gruta (de caverna) / Column Höhle (Hölensinter) / 柱窟, 柱洞(石笋 ) / онна-сталактит (сталагмит) / Colonna di grotta (speleotema)
Rocha calcária, mais ou menos, cilíndrica, resultante da junção de uma estalactite com uma estalagmite.
Ver: " Dolina "
&
" Estalactite "
&
" Dissolução "
As colunas de uma gruta formam-se pela união das estalagmites (rocha cristalina carbonatada criada pela evaporação das gotas de água que tombam no chão duma caverna calcária) e estalactites (rocha cristalina carbonatada criada pela evaporação parcial das gotas de água que caiem do tecto de uma gruta calcária). As grutas formam-se pela acção dos ácidos sobre as rochas calcárias ou outras rochas com um teor de 80% ou mais de carbonato de cálcio (CO13Ca). Outras condições devem ser satisfeitas. Assim, as rochas devem estar: (i) Altamente fracturadas ; (ii) Próximo da superfície ; (iii) Localizadas numa área com chuvas abundante (mais de 500 mm por ano) e (iv) Cobertas por uma espessa vegetação, o que aumenta muito a probabilidade de produção de ácidos. Outros factores, como a humidade, temperatura e a aeração da cave favorecem a formação de espeleotemas (estalactites, estalagmites, colunas etc.). As grutas e espeleotemas (formações carbonatadas produzidas por uma precipitação lenta do carbonato de cálcio (CO3Ca), do grego "spelaion"- caverna e "thema"- depósito) associados formam-se quando a chuva entra nas fracturas e fissuras das rochas (normalmente calcários ou dolomitas), uma vez que a água da chuva combinada com o dióxido de carbono forma uma ácido, embora pouco activo, chamado acido carbónico. Esta ácido, uma vez em contacto com as rochas calcárias, começa a dissolver o carbonato de cálcio, processo pelo qual, pouco a pouco as fracturas e fissuras se alargam. Além disso, normalmente, o ácido carbónico enriquece-se. Ele fica mais activo, devido à absorção de dióxido de carbono das plantas e solos orgânicos vizinhos. Quanto mais calcário é dissolvido, mais rapidamente se forma uma rede de túneis e fracturas subterrâneas que, pouco a pouco, formam uma pequena gruta com todo um cortejo de corpos geológicos associados. As colunas formam-se ao fim de milhares, se não milhões, de anos de formação de estalagmites e estalactites. Unicamente quando uma estalagmite e uma estalactite, finalmente, crescem uma contra a outra é que se forma uma coluna de gruta. A formação de colunas implica que não haja mudanças ambientais importantes dentro e fora da gruta.
Coluvião.........................................................................................................................................................................................................................................................................Colluvium
Colluvion / Colluvium / Kolluvium / 崩积层 / Коллювий / Colluviale
Corpo sedimentar inconsistente depositado ou acumulado na base de uma encosta pouco inclinada ou contra uma barreira do talude, cujos sedimentos foram transportados pela força da gravidade (sem a acção da água). Frequentemente, os coluviões estão inter-digitizados com aluviões (depósitos transportados pela água que desce vertente abaixo).
Ver: " Aluvião "
&
" Alluvial "
&
" Cone Alluvial (atingindo o mar)"
Um coluvião é um conjunto de sedimentos, que se desloca costa abaixo, até a base de uma encosta, sem a ajuda de correntes de água. A gravidade, sob a forma de escorregamento (lento processo associado a ciclos de humidificação / secagem ou congelamento / descongelamento, cuja evidência é, por vezes, marca pela inclinação das árvores ou postes telefónicos) e escorrência laminar (processo geomorfológico no qual uma fina camada de água móvel se escoa à superfície de uma encosta e que transporta sedimentos) durante as fortes chuvas são os agentes predominantes. O processo de acumulação de um coluvião (ou colúvio para certos geocientistas) é o coluvionamento, o qual produz sedimentos indiferenciados de todos os tamanhos, mas relativamente pouco desgastdos pela abrasão, uma vez que as partículas são angulares. Pode dizer-se que as avalanches, deslizamentos e desabamentos de terras são os processos mais frequentes na formação de um coluvião. Um coluvião grosseiro localizado na base de uma falésia é, por vezes, chamado talude, o qual quando litificado é denominado brecha de talude. Como ilustrado nesta figura, normalmente, os coluviões formam protuberâncias arredondadas na base das montanhas ou depósitos em forma de leque, semelhantes aos leques aluviais, que cobrem os substratos rochosos antigos. Este processo sedimentar é um fenómeno muito importante na arqueologia e pedologia. Na realidade, muitos solos coluviais tendem a ter um fragipan associado, o qual, fundamentalmente, corresponde a um horizonte do subsolo rico em argila. Aliás, uma das teorias da formação do fragipan é a lubrificação do solo durante um fase de coluviamento, na qual os depósitos argilosos selam a interface entre a parte móvel e estacionária do solo, ao longo da qual a parte móvel desliza. Antigos sítios arqueológicos são, por vezes, preservados debaixo de coluviões, quando alterações posteriores do terreno, como, por exemplo, o desmatamento favorizam o deslizamento do material costa abaixo.
Combustível fóssil............................................................................................................................................................................................................................Fossil Fuel
Combustible fossile / Combustible fósil / Fossile Brennstoffe / 化石燃料 / Горючее ископаемое / Combustibili fossili
Combustível geológico (hidrocarbonetos) de origem biológica como o carvão, óleo, gás natural, argilitos betuminosos, areias asfálticas, etc.
Ver: " Petróleo "
&
" Carvão "
&
" Gás "
Os principais combustíveis fósseis são o carvão, petróleo e gás. O carvão é uma rocha muito combustível, que contém mais de 50% em peso e mais de 70% em volume, de material orgânico, incluindo as misturas formada por compactação e induração dos restos alterados de plantas, semelhantes aos que se encontram hoje nas turfeiras. O petróleo, que a maior parte das pessoas chamam na linguagem corrente óleo, é uma substância liquida viscosa à temperatura ambiente e que é, não só hidrofóbica (não se mistura com a água), mas também lipofílica, isto é, que se mistura com outros óleos. O petróleo, como todos os outros óleos, é muito rico em carbono, hidrogénio e é de origem orgânica. A maior parte das vezes, o petróleo encontra-se nos poros das rochas sedimentares (rochas-reservatório), em particular quando estas estão dobradas e cobertas por rochas impermeáveis (rochas de cobertura). O gás, que, frequentemente, é denominado gás natural (embora seja tão natural como o petróleo), é um combustível fóssil gasoso constituído, principalmente, de metano (CH4), mas que contém, em geral, quantidades significativas de etano (C2 H6), propano (C3 H8), butano (C4H10) e pentano (C5H12). Estes gases acessórios assim como o dióxido de carbono, azoto, hélio e sulfureto de hidrogénio que se encontram associados em pequenas quantidades, são retirados antes que o gás seja utilizado como combustível. O gás natural encontra-se, muitas vezes, associado ao petróleo (gás associado) ou isolado (gás não-associado). O gás também se encontra associado com as camadas de carvão. Gases ricos em metano (biogás ou natural biogás) são produzidos pela decomposição da matéria orgânica (biomassa). O petróleo e o gás natural são, principalmente, produzidos nas rochas sedimentares ricas em matéria orgânica (rochas-mãe). Mas para isso é necessário que a rocha-mãe potencial (que pode gerar petróleo) seja enterrada, suficientemente, para qua a sua matéria orgânica atinge a maturação. Em profundidade a matéria orgânica evolui passando, em geral, por três zonas bem distintas: (i) Zona do gás húmido ; (ii) Zona do Petróleo e (iii) Zona do gás seco.
Comensalismo...............................................................................................................................................................................................................................Commensalism
Commensalisme / Comensualismo / Kommensalismus / 栖 / Комменсализм / Commensalismo
Relação biótica entre os dois organismos, na qual um beneficia sem que o outro seja afectado. Existem três tipos de associação entre dois organismos: (i) Mutualismo (ambos organismos beneficiam) ; (ii) Concorrência (ambos organismos são prejudicados) e (iii) Parasitismo (um organismo se beneficia e o outro é prejudicado).
Ver: " Biota "
&
" Teoria da Evolução "
&
" Epifauna "
O comensalismo, isto é, qualquer relação, alimentar ou não, entre duas espécies que vivem juntas e na qual uma espécie beneficia sem prejudicar a outra, é muito mais difícil de demonstrar que o mutualismo. Num verdadeiro comensalismo, uma das espécie não deve ser afectada pela presença da outra. Contudo, um estudo detalhado da relação entre as duas espécies, mostra que a primeira têm sempre um pequeno efeito sobre a segunda. Por exemplo, no caso do comensalismo entre as cracas (crustáceo que se agarra às vieiras, rochas e cascos dos navios) e as vieiras (molusco bivalve da família dos pectinídeos -Pectem maximus Lin.), as vieiras podem ser afectadas pela presença das cracas. Com efeito, as vieiras alimentam-se essencialmente das mesmas plantas e animais planctónicos que as cracas. Por conseguinte, pode haver competição alimentar entre elas. Além disso, é difícil de provar que o peso das cracas nas conchas das vieiras não perturba os movimentos das conchas. Por outro lado, a presença da cobertura de cracas nas conchas das vieiras pode reduzir a predação sobre as vieiras por gastrópodes marinhos (moluscos) que furam as conchas para chegar ao interior das vieiras. Como ilustrado nesta figura, os peixes-palhaços ou peixes-das-anémonas vivem entre os tentáculos das anémona e estão protegidos contra potenciais predadores que não estejam imunizados à picada das anémona. Estes peixes estão protegidos contra a picada dos tentáculos das anémonas por uma substância contida na mucosa da sua pele. A natureza exacta da substância protectora não é conhecida, mas é, provavelmente, uma combinação de uma secreção natural dos peixes e produtos químicos adquirido por fricção contra os tentáculos das anémonas. De qualquer maneira, as anémonas tratam os peixe-palhaços, como parte de si mesmo e não os picam. Alguns geocientistas consideram que essa relação é um caso típico de mutualismo, dizendo que os peixes-palhaços, por sua vez, afugentam outros peixes que podem atacar as anémonas.
Compactação..............................................................................................................................................................................................................................................Compaction
Compaction / Compactación / Verdichtung / 压实 / Уплотнение (напр. горных пород) / Compattazione, Costipamento
Redução de volume ou espessura dos sedimentos, em geral de grão fino, devido ao aumento da carga sedimentar ou das pressões tectónicas.
Ver: " Compactação Diferencial "
&
" Subsidência Tectónica "
&
" Porosidade "
Esta tentativa de interpretação geológica é de uma linha sísmica do offshore Este da ilha de Sumatra. Isto quer dizer, que a linha sísmica foi tirada numa numa bacia sedimentar interna ao arco vulcânico de Sumatra, onde um regime tectónico compressivo encurtou os sedimentos, principalmente, por reactivação das falhas normais antigas (que se formaram durante a fase de alongamento ou rifting) como falhas inversas. Neste tipo de bacias (internas ao arco), a crusta continental atrás do arco vulcânico, é, numa primeira fase, alongada por falhas normais em associação com uma subsidência diferencial (fase de rifting ou de alargamento). Os hemi-grabens na base desta tentativa de interpretação formaram-se durante esta fase tectónica. Mais tarde, em associação com uma subsidência térmica (fase cratónica), depositaram-se sedimentos marinhos que contrastam com a natureza não-marinha dos sedimentos da fase de rifting. A redução de espessura dos intervalos sedimentares, depositados durante a fase cratónica, acima dos pontos altos do soco, que bordam as bacias de tipo-rifte (hemi-grabens), é o resultado de uma compactação sedimentar diferencial. Os sedimentos cratónicos são mais compactados acima dos altos fundos do soco (paleorelevos) do que acima dos sedimentos da fase de rifte. A compactação dos sedimentos também é responsável pelas deformações dos planos de falha, isto é, pelas mudanças de inclinação dos planos de falhas. Inicialmente, antes da compactação, os planos de falha são, mais ou menos, rectilíneos. Contudo, durante a compactação, os intervalos sedimentares, que aqui correspondem a uma alternância de horizontes arenosos e argilosos não se compactam da mesma maneira. Os horizontes argilosos são muito mais compactados (a espessura inicial diminui muito mais), enquanto que os horizontes arenosos, praticamente, não se compactam (a espessura inicial mantém-se, mais ou menos, constante durante a compactação). Assim, a inclinação dos planos de falhas dentro de um intervalo arenoso, ou pouco compactável, será maior do que dentro de um intervalo argiloso, uma vez que a espessura inicial deste intervalo se reduziu (os pontos extremos por onde passava o plano de falha aproximaram-se).
Compactação Diferencial..................................................................................................................................................Differential compaction
Compaction différentielle / Compactación diferencial / Differential-Verdichtung / 差异压实 / Дифференциальное уплотнение / Compattazione differenziale, Costipamento differenziale
Redução do volume dos sedimentos devido ao comportamento da porosidade, como, por exemplo, entre as rochas argilosas e areias, o que cria uma redução significativa da espessura dos sedimentos mais compactáveis em relação ao menos compactáveis. A compactação diferencial é responsável, em grande parte, das variações de inclinação dos planos de falha (em particular das falhas normais), obviamente quando as falhas são anteriores à compactação.
Ver: " Compactação "
&
" Rocha-Reservatório "
&
" Porosidade "
A geometria dos planos de falha, assim como as pequenas estruturas antiformas localizadas nos blocos falhados inferiores são criadas pela compactação diferencial entre as camadas menos e mais compactáveis. Este facto, é muito utilizado pelos geocientistas, que interpretam as linhas sísmicas em termos geológicos, para avançar hipóteses sobre a litologia. Numa coluna sedimentar, onde alternam intervalos que se compactam de maneira diferente, todos os planos de falha anteriores à compactação, são deformados. A inclinação dos planos de falha diminui nos intervalos mais compactáveis (rochas argilosas, por exemplo), enquanto que ela se mantém, mais ou menos, constante nos intervalos menos compactáveis (arenitos, calcários, etc.). No caso das falhas normais, quando a inclinação do plano de falha diminui, é criado espaço no bloco falhado descendente. Em consequência, os sedimentos do bloco falhado descendente são obrigados a alongar-se para preencher o espaço criado afim de respeitar a lei de Goguel e o princípio geológico que diz que a natureza tem horror do vazio. Um tal alongamento faz-se, em geral, por pequenas antiformas (não confundir com anticlinais, que são estruturas de encurtamento, isto é compressivas), as quais são estruturas em forma de sino, como os anticlinais, mas afectadas por pequenas falhas normais (geralmente debaixo da resolução sísmica), uma vez que elas são estruturas extensivas. Tudo isto está ilustrado, nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do Golfo do México. As mudanças de inclinação dos planos de falha são evidentes, assim como a estrutura antiforma no bloco falhado inferior da falha localizada mais a norte. Da mesma maneira, o intervalo sísmico menos compactável que, provavelmente, corresponde a um intervalo onde predominam rochas-reservatório (litologia arenosa), identifica-se, facilmente, nos blocos falhados superiores.
Competência (de um curso de água).....................................................................................................................................................................................Competence
Compétence / Competencia / Kompetenz / 能力 / Несущая способность (течения реки) / Competenza (di una corrente)
Capacidade de uma corrente de água ou vento de transportar detritos. A competência refere-se mais ao tamanho das partículas transportadas do que a quantidade das partículas. A competência é, em geral, medida em função do diâmetro da maior particular transportada.
Ver: " Aporte Terrígeno "
&
" Rio "
&
" Granulometria "
Como ilustrado nesta figura, o diâmetro das partículas transportadas, durante os períodos de cheia, sugere fortemente que estas duas correntes têm competência diferentes. Todas as correntes se escoam para jusante devida à acção da gravidade. A competência de uma corrente reflecte a possibilidade que ela tem de transportar um tamanho particular de partículas sedimentares. No que diz respeito ao cálculo da capacidade e competência de uma corrente, todos os movimentos da água têm que ser tomados em linha de conta. Em condições normais, o factor principal que controla a competência e capacidade de uma corrente é a inclinação do canal (também chamado gradiente da corrente), que é a diferença de altitude da corrente dividida pela distância entre entre os dois pontos de medida. A velocidade do escoamento da água é, directamente, controlada pela inclinação do leito (corresponde a inclinação do talvegue). Maior é a inclinação maior será a velocidade de escoamento. Um aumento da velocidade de escoamento da água aumenta a competência da corrente. No delta de Mississipi, próximo da desembocadura do rio, a competência e capacidade da corrente é mínima. Ao contrário, o rio Colorado, cujo leito desce através do Grande Canhão (onde o talvegue inclina aproximadamente 20 metros por quilómetro), tem uma velocidade de escoamento que dá à corrente uma grande capacidade de capacidade e competência. A canalização da água de uma corrente é também um parâmetro crítico que afecta muito a sua capacidade e competência. Isto quer dizer, que quando o canal ou leito da corrente (onde a corrente se escoa) for muito estreito a velocidade aumenta e quando ele for muito largo a capacidade e competência diminuem. A quantidade de material transportado pela corrente é proporcional à velocidade e ao gradiente da corrente, o qual relaciona a quantidade de material transportado através de um ponto durante um certo intervalo de tempo. Em outros termos, maior é a velocidade de uma corrente maior será a quantidade de material transportado.
Competição (entre organismos)..................................................................................................................................................................................................Competition
Compétition / Competención (organismos) / Wettbewerb, Konkurrenz / 竞争 / Конкуренция (борьба) / Competezione, Concorrenza
Interacção negativa entre dois ou mais organismos que necessitam do mesmo recurso e, quando este é limitado. Todos os organismos necessitam de recursos para crescer, se reproduzir e sobreviver. Os animais, por exemplo, precisam de alimento (comendo outros organismos) e água, enquanto que as plantas necessitam de nutrientes do solo (azoto, etc.), luz e água. Os organismos não podem adquirir um recurso quando outros o consumem e o defendem. A competição pode reduzir, a probabilidade de crescimento, reprodução e sobrevivência dos competidores. Sinónimo de Concorrência.
Ver : " Teoria da evolução "
&
" Comensalismo "
&
" Clado "
Em ecologia e biologia, a competição ou concorrência é a rivalidade entre espécies vivas ao acesso dos recursos ambientes. A competição entre os membros de uma espécie (intraespecífica) é a força motriz que está por trás da evolução e selecção natural. A concorrência aos recursos naturais, como, por exemplo, a comida, água, espaço, luz solar, etc. na sobrevivência final é o domínio das espécies que melhor se adaptaram à sobrevivência. A competição, também, existe entre as espécies (interespecífica). Se uma quantidade limitada de recursos é disponível e várias espécies podem depender destes recursos, cada uma das espécies entra em concorrência com as outras para ter acesso a esses recursos. Como resultado, as espécies menos adaptadas para obter os recursos ou se adaptam ou morrem. Segundo a teoria da evolução, uma tal competição desempenha um papel crítico na selecção natural. Assim, por exemplo, se numa floresta tropical, uma árvore pequena receber menos luz solar do que outra árvore que está ao seu lado, a árvore maior está competindo com a a árvore mais pequena para a obter luz do sol. A competição ou concorrência tem sido estudada em vários campos, incluindo a psicologia, sociologia e antropologia. Os psicólogos, por exemplo, que estudam a natureza da competição, investigam o desejo natural de concorrência e suas circunstâncias e também estudam a dinâmica de grupo, para detectar como a competição surge e quais são os seus efeitos. Os sociólogos, estudam os efeitos da concorrência sobre a sociedade como um todo. Os antropólogos estudam a história e pré-história da concorrência em várias culturas e também investigam como a concorrência se manifestou, no passado, em diversos contextos culturais e como a concorrência se tem vindo a desenvolver ao longo do tempo.
Complexo Progradante (nível alto tardio)......................................................................................Late Highstand Prograding Complex
Complexe progradant (haut niveat tardif) / Complejo progradante (nivel alto tardío) / Progradierenden Komplex (hohe spät), Späte Highstand progradierenden komplexen / 晚期高位prograding复杂, Prograding复杂(高晚) / Проградирующий комплекс системы высокого уровня моря / Complesso progradanti (alto livello del mare in ritardo)
Parte superior do prisma de nível alto depositada quando a taxa de subida relativa do nível do mar é muito pequena e inferior a taxa do aporte terrígeno, o que obriga os paraciclos-sequência, que o formam, a progradar fortemente para a bacia.
Ver : " Nível Alto (do mar) "
&
" Cortejo Sedimentar "
&
" Prisma de Nível Baixo "
A agradação (deposição vertical) e a progradação (deposição lateral com um deslocamento para bacia da ruptura costeira da inclinação da superfície de deposição) dos paraciclos-sequência (subidas relativas do nível do mar sem descida entre elas), que formam o complexo progradante de nível alto (prisma de nível alto, PNA) sugerem que os sedimentos se tenham depositado durante uma subida relativa do nível do mar, relativamente, pequena em relação ao acarreio sedimentar. Tendo em linha de conta onde a deposição ocorreu na curva das variações relativas do nível do mar, podem pôr-se em evidência uma fase inicial e uma fase tardia. A fase inicial deposita-se na parte inferior e média da curva (acima do ponto de inflexão), isto é quando o nível relativo do mar sobe, já, em desaceleração, mais ainda de maneira rápida. O depósito da fase tardia do complexo progradante ocorre na parte superior da curva, quando a subida relativa do mar em desaceleração é, já, muito lenta. Em geral, durante a fase inicial, a taxa do acarreio sedimentar é, mais ou menos, igual à taxa de subida relativa do nível do mar, o que cria uma agradação importante dos paraciclos-sequência. Durante a fase tardia, a taxa do acarreio terrígeno é maior do que a taxa se subida relativa do nível do mar, o que obriga o centro de deposição dos paraciclos-sequência a deslocar-se para o mar, o que lhe confere uma geometria progradante muito acentuada. Em certos casos, unicamente, a geometria da base dos paraciclos-sequência permite de os associara um subida relativa do nível do mar e não uma pequena descida relativa, característica das regressões forçadas. Nas diagrafias eléctricas ilustradas no canto inferior direito desta figura, é, relativamente, fácil de reconhecer um complexo progradante de nível alto tardio, no topo da formação geológica A, o qual sublinha a planície deltaica (o preenchimento dos leitos dos rios é evidente na diagrafia do raio gamma), a qual fossiliza os depósitos progradantes da frente do delta. A geometria da diagrafia do raio gama dos depósitos da frente do delta é, como se pode constatar, tipicamente, estrato e granocrescente para cima.
Complexo Subaéreo (nível alto tardio) ........................................................................................................................Late Highstand Subaerial
Complexe sub-aérien (haut niveai tardif) / Complejo subaereo (nivel alto tardío) / Späte Highstand subaerische komplexen / 晚高位陆上复杂 / Поверхностный комплекс системы высокого уровня моря / Complesso sub-aerea (alto livello del mare in ritardo) /
Parte superior do prisma de nível alto (PNA) depositada quando a taxa de subida do nível do mar é em desaceleração e muito pequena. Considerado, muitas vezes, como sinónimo de Complexo Progradante de Nível Alto Tardio.
Ver: " Nível Alto (do mar) "
&
" Cortejo Sedimentar "
&
" Regressão"
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore das Malvinas (Argentina), um intervalo progradante é, facilmente, reconhecido, mesmo se a parte superior das clinoformas não é bem visível devido a uma ausência de contraste de impedância acústica. Embora a amplitude destas clinoformas diminua para norte (esquerda nesta linha sísmica), elas sublinham, muito provavelmente, os sucessivos taludes continentais da margem continental. A amplitude das clinoformas associadas aos pró-deltas raramente ultrapassa 30 - 60 metros, o que quer dizer, que ela é inferior a resolução sísmica desta linha e portanto tais clinoformas seriam invisíveis. De qualquer maneira, a geometria dos reflectores sugere, fortemente, uma diminuição da profundidade de água de deposição, à medida do depósito das clinoformas e, provavelmente, um ambiente subaéreo e uma litologia arenosa em associação com os biséis somitais (estes biséis são bem visíveis na parte central e norte, isto é, esquerda do complexo progradante, dentro do rectângulo ABCD). Esta conjectura não será falsificada se as diagrafias de um poço de pesquiza forem semelhantes às ilustradas no canto superior direito desta figura. Estas diagrafias (raio gama à esquerda e resistividade à direita), permitem de reconhecer de baixo para cima: (i) Cones submarinos de bacia e, provavelmente também, de talude, caracterizados por uma morfologia do raio gama, mais ou menos, cilíndrica ; (ii) Um prisma de nível baixo, caracterizado por uma morfologia do raio gama grano e estrato-crescente para cima, a qual sugere que a profundidade de água de deposição é, progressivamente, mais fraca e a fácies (litologia) arenosa ; (iii) Um pequeno cortejo transgressivo no topo de prisma de nível baixo ; (iv) Uma discordância (linha preta ondulada), isto é, uma superfície de erosão, entre os depósitos subaéreos do prisma de nível alto (sublinhados pela flecha) e os sedimentos que preenchem um vale cavado (inciso), o qual se formou durante a descida relativa do nível do mar, que induziu a discordância, uma vez que o perfil provisório dos rios foi rompido.
Comprimento de Onda.............................................................................................................................................................................................................Wave length
Longueur d'onde / Longitud de onda / Wellenlänge / 波长短 / Длина волны / Lunghezza d'onda
Distância horizontal entre duas cristas ou duas cavas consecutivas de uma onda.
Ver: « Altura (da onda) »
&
« Zona de Rebentação »
&
« Onda Sísmica »
No mar, desde um terramoto até ao movimento de um barco, tudo cria ondas. Contudo, no mar, a causa mais comum das ondas é o vento. Quando o vento passa sobre a superfície da água, as forças de fricção obrigam o mar a ondular. A força do vento, o varrido (distância sobre a qual o vento sopra sobre a água) e a duração do vento determinam o tamanho das ondas. Como ilustrado, as ondas podem ser divididas em várias partes: (i) Crista, que é o ponto mais alto de uma onda ; (ii) Cava ou o vale entre duas ondas, que é o ponto mais baixo ; (iii) Altura de Onda, que é a distância vertical entre a crista e a cava seguinte e (iv) Período de Onda (P), que é o tempo que decorre entre a passagem de duas cristas (ou cavas) sucessivas pelo mesmo ponto. De uma maneira geral, as ondas periódicas, caracterizadas pelas cristas e cavas, podem ser transversais ou longitudinais. As ondas transversais são aquelas em que as vibrações são perpendiculares a direcção de propagação (ondas produzidas por uma corda de guitarra, ou ondas magnéticas). As ondas longitudinais são aquelas em que as vibrações são paralelas à direcção de propagação da onda, como, por exemplo, as ondas sonoras. Quando um barco, ou qualquer outro objecto oscila num lago, ele experimenta uma trajectória orbital, uma vez que as ondas não são simples ondas sinusoidais transversas. Uma onda estacionária é uma onda que permanece de maneira constante na mesma posição. Este tipo de onda forma-se quando o meio se desloca em direcção oposta à direcção da onda. Este tipo de onda pode desenvolver-se num meio estacionário quando duas ondas se deslocam em direcções opostas. Como exemplos de ondas podemos citar: (a) As vagas do mar ; (b) As ondas da rádio ; (c) As ondas sonoras ; (d) As ondas do tráfico ; (e) As ondas sísmicas (tremores de terra) ; (f) As ondas de gravidade ; (g) As ondas de inércia, etc. A equação matemática destas ondas é, principalmente, uma equação diferencial que descreve a evolução de uma onda harmónica (sinusoidal) em função do tempo. As equações diferem um pouco em função da maneira como a onda se transmite e do meio ao longo da qual ela se propaga. Não esqueça que a velocidade de uma onda, é, na realidade, uma velocidade de fase. Nas ondas do mar o que se desloca não é a água, mas as cristas e cavas, isto é, a fase da superfície da água.
Concordância ........................................................................................................................................................................................................................................Concordance
Concordance/ Concordancia / Konkordanz / 和谐 / Согласное залегание / Concordanza
Quando os estratos ou reflectores sísmicos são paralelos a um limite de um ciclo estratigráfico, ou quando não há evidência de uma terminação dos estratos ou reflectores contra um limite de ciclo estratigráfico. Uma concordância não implica, necessariamente, uma ausência de erosão. Uma determinada quantidade de erosão ocorre em todos os limites dos ciclos estratigráficos. Os intervalos de tempo associados a uma discordância ou a uma desconformidade podem representar períodos, mais ou menos, prolongados de exposição subaérea com um mínimo de erosão, como vales ou canais cavados, os quais, muitas vezes, têm dimensões inferiores à resolução sísmica.
Ver: " Discordância "
&
" Limite do Ciclo-Sequência "
&
" Descida Relativa (do nível do mar) "
As superfícies associadas aos hiatos são planos de estratificação quando o hiato é pequeno e discordâncias ou desconformidades, quando o hiato é importante. As discordâncias que, na grande maioria dos casos são induzidas por variações relativas do nível do mar, podem, em certos casos, ser reforçadas pela tectónica. Neste caso, elas são, frequentemente, designadas como discordâncias angulares e facilmente reconhecidas, quer no campo quer nas linhas sísmica, pelas terminações dos estratos ou reflectores associados. Quando as discordâncias não são reforçadas pela tectónica, elas reconhecem-se, relativamente, bem junto do rebordo da bacia, quer pelos biséis de agradação do prisma de nível baixo do ciclo-sequência sobrejacente, quer pela erosão associada à incisão dos canhões submarinos (quando presentes). A montante do rebordo da bacia, isto é, na plataforma continental, quando a bacia tem uma plataforma (condições geológicas de nível alto), ou na planície costeira, quando a bacia não tem plataforma (condições de nível baixo), as discordâncias (superfícies de erosão induzidas por uma descida relativa do nível do mar) podem pôr-se em evidência pelo preenchimento dos vales cavados. Em todos os outros casos, a identificação das discordâncias é relativamente difícil, sobretudo, nas linhas sísmicas. A diferenciação entre uma desconformidade, que pode corresponder ou não a uma discordância, e uma concordância é muito subtil e, praticamente, impossível de fazer nas linhas sísmicas devido ao limite imposto pela resolução sísmica, que, em geral, varia entre 30 e 50 metros.
Concordante..............................................................................................................................................................................................................................................Conformable
Concordant / Concordante / übereinstimmend / 谐和 / Согласно залегающий / Concorde
Relação geométrica entre estratos ou intervalos sísmicos ao longo dos quais não há nenhuma evidência de erosão ou de sem depósito e, por conseguinte, nenhum hiato evidente associado aos estratos em questão. As superfícies de depósito com uma taxa de sedimentação fraca, durante intervalos geológicos significativos, são representadas por intervalos estratigráficos pouco espessos e condensados, como as superfícies condensadas ou endurecidas, que, geralmente, se encontram entre o cortejo transgressivo e regressivo de um ciclo-sequência.
Ver: " Concordância "
&
" Discordância "
&
" Superfície da Base das Progradações "
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do onshore do Alasca, duas superfícies, mais ou menos, concordantes (superfícies estratigráficas condensadas) são visíveis debaixo de dois complexos progradantes com vergência oposta. Estas superfícies correspondem a superfícies de base das progradações maiores, que sugerem duas direcções opostas do acarreio sedimentar. A discordância principal entre estas superfícies, que é definida, principalmente, por biséis de agradação do intervalo superior, sublinha a colisão de duas massa continentais e o fecho do mar que existia entre elas. A superfície da base das progradações inferior (com vergência sul) indica que uma massa continental importante, provavelmente um continente, exista ao Norte. Ao contrário, as progradações superiores com vergência para o Norte, sugerem a presença de um continente ao Sul. Segundo o paradigma da Tectónica das Placas, uma tal geometria traduz a fecho de um mar entre as massas continentais e a colisão entre elas (atenção ao termo colisão, uma vez que, na tectónica das placas, a energia cinética é insignificante). Neste caso particular, o mar entre as massas continentais era o Mar de Tétis. Um continente correspondia à margem norte do Mar de Tétis e o outro à margem sul. O Mar de Tétis, durante o Mesozóico, correspondia a um grande golfo orientado Este-Oeste, ao nível do equador. Note, que na parte mais distal de uma superfície da base das progradações existe uma concordância quase perfeita entre os reflectores progradantes e retrogradantes, o que nas linhas sísmicas se traduz por um reflector, mais ou menos, contínuo, que pode ser intervalo com rochas-mães potenciais.
Condensação (sedimentar).......................................................................................................................................................................................................Condensation
Condensation (sedimentaire) / Condensación (sedimentaria) / Kondensation (Sediment) / 缩合 / Конденсация (осадочная) / Condensazione
Diminuição da taxa de acumulação de um depósito. As condensações estratigráficas podem ocorrer por uma ausência do aporte terrígeno, no sítio da acumulação, ou quando o acarreio sedimentar, num determinado lugar, é equilibrado em relação à taxa de deslocamento dos depósitos. Quando as taxas de acumulação dos sedimentos são fracas, uma grande variedade de depósitos sedimentares, mais ou menos, raros pode formar-se: (i) Horizonte Bioperfurado ; (ii) Acumulação Anómala de Conchas ; (iii) Minerais Autígenos (como fosfato, pirite, siderite, glauconite, etc.) ; (iv) Cimentação Precoce ; (v) Superfície Endurecida, assim como (vi) Enriquecimento em Componentes Sedimentares Raros, como as cinzas vulcânicas e micrometeoritos.
Ver: " Superfície da Base das Progradações "
&
" Intervalo Sedimentar Condensado "
&
" Cortejo Transgressivo "
Nesta tentativa de interpretação geológica de linha sísmica regional do North Slope (Alasca - EUA), duas importantes zonas de condensação sedimentar são, facilmente, reconhecidas. Cada uma delas corresponde a uma superfície da base das progradações com vergências opostas (declives opostos). Estas superfícies condensadas são muito importantes, uma vez que elas indicam a posição mais provável das rochas-mãe marinhas (rochas capazes de gerar hidrocarbonetos, isto é, petróleo e gás). As progradações, que aqui correspondem a taludes continentais, associadas com estas superfícies da base das progradações testemunham o fecho de um oceano, que existia entre duas margens continentais divergentes. O fecho deste mar marca o paroxismo da colisão (atenção a este termo, uma vez que não há energia cinética implicada) entre estas duas massas continentais. As progradações inferiores, que são sobretudo oblíquas e, que, provavelmente, são de idade Triásica, correspondem ao antigo talude continental do continente que estava localizado a norte do oceano. As progradações superiores, entre 1 e 2 segundos (t.w.t.) são, sobretudo, sigmoidais e, provavelmente, de idade cretácica. Elas correspondem ao talude continental do antigo continente localizado a sul. O grande campo petrolífero de Prudhoe Bay (Alasca - EUA) está localizado no grande paleoalto visível na parte norte da linha sísmica, o qual foi alimentado pelos hidrocarbonetos gerados pela matéria orgânica das rochas-mãe depositadas em associação com a formação das duas superfícies condensadas visíveis nesta linha sísmica (ver figura anterior).
Condições de anoxia ...........................................................................................................................................................................................Anoxic Conditions
Conditions d'anoxie / Condiciones de anoxia / Anoxischen Bedingungen / 缺氧条件下 / Бескислородные условия / Condizioni anossiche
Quando um corpo de água tem um teor muito baixo de oxigénio. Estas condições encontram-se, geralmente, nas áreas de circulação de água restrita ou em comunicação com águas restritas. Na maior parte destes casos, o oxigénio não chega às parte mais profundas do corpo de água devido à formação de uma barreia horizontal física assim como de uma barreira de densidade. Pode dizer-se que quando a taxa de oxidação das bactérias é superior à fonte de oxigénio, as condições ambientais são anóxicas.
Ver: " Eutrofização "
&
" Rocha-mãe "
&
" Rocha-mãe Lacustre "
Condições de anoxia existem : (i) No Mar Negro, abaixo de 50 metros de profundidade ; (ii) No Mar Cáspio, abaixo dos 100 metros de profundidade ; (iii) Na parte Este do Mar Mediterrâneo (bacia de Bannock) e (iv) Em muitos outros mares, mais ou menos, fechados. Actualmente, há indicações de que a eutrofização (aumento de nutrientes, isto é, de alimentos que um organismo necessita para viver e crescer, que são retirados do ambiente) foi responsável pelo aumento da extensão das condições anóxicas, como no Golfo do México e Mar Báltico, onde as condições de anoxia parece terem variado ao longo da história geológica. As condições de anoxia podem resultar de vários factores : (a) Estagnação ; (b) Estratificação por densidade ; (c) Aporte de material orgânico ; (d) Fortes termoclinas, etc. A produção de sulfitos (sal ou éster do ácido sulfuroso) pelas bactérias começa nos sedimentos, onde elas encontram substratos apropriados e depois na água. Quando, numa bacia, o teor em oxigénio é muito baixo, as bactérias usam nitratos (bons receptores de electrões) e uma desnitrificação ocorre (processo de redução dissimilatória do nitrato que produz nitrogénio, N2), o que quer dizer, que os nitratos são consumidos muito rapidamente. Depois de reduzir alguns dos elementos menores, as bactérias começam a reduzir o nitrato. Se, por acaso, a água é re-oxigenada, os sulfitos serão oxidados em sulfatos (HS + 2O2 à HSO4). Quando condições de anoxia se criam nos oceanos, os teores de oxigénio tornam-se fracos mesmo a pequena profundidade. Tais condições não aconteceram nos últimos milhões de anos. Contudo, os registos geológicos sugerem várias ocorrências no passado, que causaram extinções importantes.
Cone Aluvial (terminando num corpo de água).............................................................................................................................Alluvial Fan, Fan Delta
Cône alluvial (aboutissant à la mer ) / Abanico aluvial (que termina en el mar o lago) / Fan - Delta, Schwemmkegel (zum Meer, See) / 扇三角洲 / Аллювиальный конус выноса / Conoide alluvionale (che porta al mare, lago)
Lóbulo sedimentar, não-marinho, composto por uma massa rochosa heterogénea, relativamente, pouco inclinado e depositado por uma torrente (especialmente em regiões semiáridas). Um cone aluvial deposita-e quando: (i) Uma corrente desemboca de um vale estreito a montante de um vale muito mais largo ; (ii) Uma corrente é tributária e desagua na corrente principal ; (iii) O constrangimento do vale desaparece de maneira abrupta ou (iv) O gradiente da corrente diminui rapidamente. Um cone aluvial é mais íngreme próximo da boca do vale. O seu ponto mais alto aponta rio acima e ^ mergulha de maneira convexa para jusante, à medida que o gradiente diminui (AGI, 1999).
Ver: " Aluvial "
&
" Linha de Baía "
&
“ Ambiente de Deposição ”
Tal como mostrado, nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica dso offshore de Angola, a influência de depósitos fluviais em depósitos de águas profundas é sugerida pela configuração de certos reflectores sísmicos a partir dos quais a maioria dos geocientistas reconhecer um delta aluvial ou delta-Gilbert. A superfície de erosão (a vermelho), isto é, a discordância marca o limite entre dois ciclos estratigráficos. Esta superfície de erosão, que é reconhecida pelo truncamento dos reflectores subjacentes e, também, pelos biséis de agradação e progradação, que caracterizam as terminações dos reflectores sobrejacentes, foi induzida por uma descida relativa do nível de o mar, provavelmente, em associação com o levantamento do Sudoeste da África (na região da Bacia do Congo, os dados sísmicos sugerem um levantamento entre 1500 e 2000 metros). Esta descida relativa do nível do mar exumou a antiga plataforma (se existia) e também a parte superior dos canhões submarinos presentes no talude continental superior. Isto significa que, provavelmente, uma grande parte da erosão, visível na parte central desta tentativa de interpretação, existia antes da descida relativa do nível do mar, e que teria sido feita pela acção erosiva de um canhão submarino. O limite superior deste canhão e a orientação da linha sísmica, é mostrado à direita da figura. Pode-se supor que durante o período de descida relativa do nível do mar, uma corrente fluvial carregada de sedimentos aluviais entrou directamente na parte submersa do canhão depositando, sob uma profundidade de água importante, um delta aluvial. A geometria dos reflectores, que fossilizam o canhão submarino (geometria sigmóide ou S) é característica das linhas cronoestratigráficas dos aparelhos deltaicos, que são compostos de camadas basais (base do pró-delta e turbiditos proximais), camadas frontais (frente do delta e pró-delta) e camadas superiores (planície deltaica).