Arrastamento (tracção, rolamento).................................................................................................................................................................................................Traction
Traction / Tracción / Zichen / 牵引 / Тяга / Trazione
Deslocamento das grandes partículas sedimentares da carga de um rio ao longo do leito do rio por arrastamento, o qual pode ser feito, também, por rolamento das partículas.
Ver: « Saltação (transporte) »
&
« Acarreio Sedimentar »
&
« Transposição (dos sedimentos) »
O transporte dos sedimentos por arrastamento é um dos muitos tipos de transporte sedimentar. Ele é, particularmente, frequente nas correntes de água. A maior parte das vezes, ele está associado com a saltação e suspensão. Contudo, e de maneira geral, o transporte sedimentar varia com os mecanismos de transporte os quais são dependentes, entre outras coisas, do ambiente sedimentar. A grande maioria dos geocientistas admite cinco grande tipos de mecanismos de transporte: (i) Eólico ; (ii) Fluvial; (iii) Costeiro; (iv) Glacial e (v) De encosta. No primeiro tipo, os sedimentos são transportados pelo vento. As dunas de areia, quer nas praias quer nos desertos são o resultado típico deste tipo de transporte. Os mecanismos fluviais estão associados ao escoamento da água em sistemas naturais. Isto engloba os rios, riachos, escoamento periglaciares, enchentes e inundações induzidas pela ruptura dos lagos glaciares. Os sedimentos transportados pela água são de maior dimensões do que os sedimentos transportados pelo ar, uma vez que a água tem uma maior densidade e viscosidade. Os sedimentos de maior tamanho transportados pelos rios são, tipicamente, areia e cascalho, mas durante as grandes cheias, os rios podem também transportar calhaus e blocos. Nos mecanismos costeiros, o transporte sedimentar ocorre junto da linha da costa e é, principalmente, induzido pelo movimento das vagas do mar e correntes costeiras. Na desembocadura dos rios, os sedimentos costeiros e fluviais juntam-se e criam deltas fluviais. Estes mecanismos são a base da formação das praias e cordões litorais. Os mecanismos glaciares estão associados ao escoamento dos glaciares, os quais podem transportar sedimentos de grandes dimensões. As áreas de deposição glaciar contém numerosos blocos erráticos, alguns dos quais têm dimensões que podem ultrapassar vários metros de diâmetro. Os mecanismos que transportam os sedimentos e o rególito encosta abaixo são sobretudo os deslizamentos lentos de reptação (rastejo) e os deslizamentos induzidos pelas cavidades criadas pelas árvores. Evidentemente, que os geocientistas invertem as interpretações das relações de transporte para compreenderem, a profundidade, velocidade e direcção dos escoamentos que induziram as rochas sedimentares e depósitos aluviais modernos.
Arréica (hidrografia).................................................................................................................................................................................................................................................................Arreic
Aréique (hydrographie) / Arréica (hidrografía) / Arheic Hydrographie / arheic 水文 / Ареический (не имеющий гидрографической сети) / Aréique (idrografia)
Bacia hidrográfica na qual os cursos de águas não desaguam no mar de maneira permanente e que, muitas vezes, se evaporam, mesmo, antes de desaguarem. As bacias hidrográficas mais frequentes são : (i) Exorréica, quando os cursos de água desaguam no mar e (ii) Endorréica, quando os curso de água nunca chegam ao mar. Certos geocientistas consideram ainda as bacias hidrográficas criptorréicas, nas quais os rios são absorvidos por estruturas rochosas.
Ver: " Rio"
&
" Endorréica "
&
" Desembocadura (rio)"
Nesta carta hidrográfica de Angola, é fácil verificar que as bacias hidrográficas dos rios Congo, Kwanza e Cunene são exorréicas e que as bacias do Okowaongo e Caito são endorréicas. Por outro lado, nesta carta, é interessante notar, que ao sul do rio Congo, unicamente dois rios, relativamente importantes, o Kwanza e o Cunene chegam ao mar e que o próprio rio do Congo tem que atravessar um escarpamento costeiro antes de desaguar no oceano. Todos os outros escoam-se quer para o sul (bacias endorréicas) quer para o norte para alimentar a bacia hidrográfica do rio Congo, a qual é uma bacia exorréica. A razão principal desta morfologia é de origem tectónica. Ela foi induzida pelo levantamento Terciário do rebordo da margem divergente do SO Africano (Congo, Angola, Namíbia). Este levantamento tectónico, provavelmente, induzido por uma actividade vulcânica profunda importante, é, perfeitamente, visível nas linhas sísmica regionais do offshore de Angola. O fundo do mar é sublinhado, sobretudo na bacia sul do Congo (entre o rio Congo e o promontório de Ambriz, localizado ao norte da bacia do Kwanza) por biséis somitais de truncatura. Este levantamento não só tectónico teve consequência na hidrografia da região, mas também na evolução da matéria orgânica das rochas-mães. Lembremos que no onshore de Angola, e em particular no enclave de Cabinda, as rochas–mãe que geraram a maior parte dos hidrocarbonetos se encontram, actualmente, a uma profundidade inferior à necessária para que a matéria orgânica atinja a maturação. O índice de cristalinidade da ilite das rochas-mãe corrobora a hipótese avançada, à cerca de 40 anos, por B. Kubler de que as rochas-mães foram enterradas, suficientemente, para que a matéria orgânica atingisse a maturação, mas que, durante o Terciário terminal, elas foram levantadas para a posição que elas ocupam actualmente.
Arréismo (sem rios)......................................................................................................................................................................................................................................................Areism
Aréisme (sans rivière) / Areismo / Areism, Kein Fluss / 没有河流 / Ареизм / Nessun fiume, Areismo
Termo de hidrologia que caracteriza uma zona com um escoamento superficial pouco significativo (pluviosidade fraca) e sem rede hidrográfica organizada. O arreísmo pode ser devido a uma permeabilidade excessiva do terreno ou a uma topografia pouco acentuada. Existem dois tipos de arreísmo: (i) Endorreísmo, quando as correntes não atingem o mar e (ii) Exorreísmo, quando as correntes atingem o mar.
Ver: " Arréica (hidrografia) "
&
" Rio "
&
" Exorréica (hidrografia)"
Uma bacia hidrográfica arréica é uma bacia na qual os cursos de água não desaguam no mar de maneira permanente e que, muitas vezes, se evaporam antes de desaguarem. Numa bacia arréica quando as correntes não atingem o mar fala-se de endorreísmo, e de exorreísmo quando elas atingem o mar. Existem outros tipos de bacias hidrográficas, como, por exemplo, as bacias exorréicas (quando os cursos de água desaguam no mar), as bacias endorréicas (quando os curso de água nunca chegam ao mar) e as bacias criptorréicas (quando as correntes de água são absorvidos por estruturas rochosas). Esta figura (deserto de Atacama) ilustra uma bacia arréica onde o arreísmo é, principalmente, induzido por uma pluviosidade muito fraca, mais isso nem sempre é o caso. Na realidade, o arreísmo é presente nas ilhas vulcânicas de Flores e São Miguel (Açores), Madeira, Tenerife (Canárias) e São Tiago (Cabo Verde). Nestas ilhas, cerca de 12% da superfície total (4 671 km2 ) não tem uma rede de drenagem organizada, e assim é propicia ao arreísmo. Nestas áreas, particularmente recentes, o arreísmo não é sempre determinado por condições térmicas e de evaporação. A idade do substrato rochoso, a porosidade e a permeabilidade do material eruptivo inibe, de maneira variável, o escoamento superficial. Estes factores explicam o comportamento das áreas de arreísmo durante períodos de chuva. A intensidade e concentração das chuvas, muito acentuada pela altitude do relevo, não representam, normalmente, grande riscos nas regiões elevadas, contudo, nos sectores sem drenagem organizada, elas podem produzir inundações catastróficas como, recentemente, aconteceu na ilha da Madeira. A cartografia das áreas sem drenagem organizada, é indispensável para prever a distribuição espacial do impacto causado pelas chuvas torrenciais.
Arriba, Falésia...............................................................................................................................................................................................................................................................................Cliff
Falaise / Acantilado / Kliff / 悬崖 / Утёс (прибрежные отвесные скалы) / Scogliera
Forma particular de vertente costeira, abrupta ou com declive importante (15° a 90°), em regra talhada em rochas coerentes, pela acção dos agentes marinhos (ondas e correntes) ou pela acção conjunta de agentes morfogénicos marinhos continentais e biológicos.
Ver: « Antepraia »
&
« Arriba com Visor »
&
« Litoral »
No campo e, sobretudo, junto da linha da costa, podem pôr-se em evidência diferentes tipos de arribas: (i) Arriba Falsa ; (ii) Arriba Fóssil ; (iii) Arriba Morta ou não activa ; (iv) Arriba Viva ou activa e (v) Arriba com Visor. Na base da arriba, a faixa de ataque pelas ondas é marcada pela presença de um escavado em forma de sapa (encoche) que tende a aprofundar-se para o interior da rocha em grutas e túneis. A parte superior da arriba, quando perdida da base de sustentação, desmorona-se sobre a plataforma de abrasão. O perfil da arriba (forma e declive) e da plataforma de abrasão dependem, naturalmente, da natureza litológica das rochas que a constituem (resistência à erosão mecânica e alteração), arquitectura geológica (horizontal, inclinada concordante ou discordante), intensidade e frequência com que os agentes marinhos actuam. Em certos casos, nas linhas sísmicas, as arribas reconhecem-se com relativa facilidade, em particular, quando elas são fossilizadas por sedimentos transgressivos, os quais são depositados durante as subidas relativas do nível do mar em aceleração. Uma subida relativa do nível do mar (criada, em geral, por uma subsidência significativa do continente, mais do que uma subida eustática importante) pode deslocar a linha da costa para montante (vários quilómetros) e, assim, aumentar a extensão da plataforma continental e pôr a arriba sob uma profundidade de água superior ao nível da acção erosiva das ondas. Desde que o nível relativo do mar se estabiliza, os sedimentos transportados do continente depositam-se, pouco a pouco, formando um intervalo regressivo que pode fossilizar completamente a plataforma de abrasão. Isto acontece, quando o acarreio sedimentar é suficiente para que a nova linha da costa se localize a jusante da arriba, sem contudo ultrapassar o rebordo da bacia. Não esqueça que um intervalo transgressivo é uma sucessão de pequenos intervalos regressivos, cada vez menos importantes, separados por superfícies transgressivas (ravinamento) associadas a subidas relativas do nível do mar.
Arriba (pouco consolidada)............................................................................................................................................................................................................................................Bluff
Falaise (peu consolidée)/ Acantilado (poco consolidado) / Cliff nur konsolidierten / 崖只是综合 / Отвесный берег / Scogliera (non consolidato)
Banco elevado ou falésia, pouco consistente, mas muito inclinado, por vezes arredondado, voltado quer para uma planície quer para um corpo de água (mar, rio ou lago).
Ver: « Arriba »
&
« Rio Tipo-Yazoo »
&
« Talude »
Esta fotografia ilustra uma arriba pouco estável, que borda uma praia constituída, principalmente, por cascalho. A vertente da arriba é tão instável que não suporta nenhuma vegetação. Os sedimentos que a formam correspondem a um antigo esker (ambiente glaciar) que está sendo, pouco a pouco, erodido pelas ondas do mar, o que cria na base da arriba uma mistura de areia e cascalho. Quando uma bacia sedimentar não tem plataforma continental, o que acontece num intervalo regressivo, a partir de um certo momento (linha da costa coincidente ao rebordo da bacia), uma arriba pouco consolidada pode desencadear correntes de gravidade responsáveis de depósitos turbidíticos em água profunda. Na realidade, como sugerido por E. Mutti, nem todos os depósitos turbidíticos profundos estão associados a uma discordância (hipótese de P. Vail), isto é, a uma descida relativa do nível do mar significativa. Uma instabilidade do rebordo da bacia ou da linha da costa, quando esta coincide, mais ou menos, com o rebordo da bacia (bacia sem plataforma) pode criar correntes de gravidade importantes e a formação de cones submarinos de bacia ou de talude nas partes profundas da bacia. Quando a quantidade de material arrancado ao rebordo da bacia, que pode corresponder a um arriba pouco consolidada, uma vez que a bacia não tem plataforma continental, é grande, o que, em geral, significa que ela é muito rica em areia, depositam-se lóbulos submarinos de tipo I de Mutti, que são, grosseiramente, equivalentes aos cones submarinos da bacia de Vail. Quando a quantidade de material arrancado ao rebordo da bacia é, pequena (pouca areia e muita argila), os lóbulos submarinos depositados são de Tipo III (Mutti), os quais correspondem, mais ou menos, aos cones submarinos do talude de Vail. Quando a quantidade de material transportado pelas corrente de turbidez é média (Tipo II), depositam-se lóbulos submarinos, que se prolongam para montante por depósitos turbidíticos em forma de canal, que, muitas vezes, correspondem ao preenchimento das depressões entre os lóbulos ou ao preenchimento retrogradante dos canais por onde passaram as corrente de turbidez.
Arriba com Visor................................................................................................................................................................................................................................Visor Cliff
Falaise àviseur et encoche / Acantilado con visera, Voladizio / Visierklif / 遮阳悬崖 / Скала, выступающая в виде козырька / Scogliera a mirino
Quando a arriba (falésia) tem um entalhe na base, entre os níveis médios das marés alta e baixa, em forma de nicho, formado por acção mecânica e química. O entalhe é encimado por um frontispício rochoso, proeminente acima do nível da preiamar, que se chama visor.
Ver: « Arriba »
&
« Carso Litoral »
&
« Praia-Baixa »
Neste corte geológico do Cabo das Correntes (Moçambique) estão ilustradas as principais zonações e tipos de micro-formas que se podem encontrar num carso litoral em eolianitos e grés de praia. Da direita para a esquerda podem distingui-se: (1) Arriba Morta Alveolizada ; (2) Plataforma com Lápias Pontiagudas ; (3) Ouriçangas Litorais ; (4) Visor da Arriba Viva ; (5) Sapa ; (6) Plataforma com Vasques e Ouriçangas Embrionárias ; (7) Plataforma com Vasques Incrustadas de Algas Calcárias ; (8) Plataforma Bioconstruída por Tubícolas ; (9) Ouriçangas Litorais ; (10) Cornija devida à rebentação ; (11) Sapa Submersa ; (12) Banco de Coral Morto ; (13) Grés de Praia e (14) Eolianito. Nas zonas litorais calcárias tropicais, a arriba apresenta entalhes basais em forma de nicho (chamados encoches), que se desenvolvem entre os níveis das marés alta e baixa por uma dupla acção mecânica e química das águas. O entalhe é encimado por um frontispício rochoso acima do nível da Preiamar que se chama o visor. É neste caso que se pode falar de arriba com visor. Como qualquer outra arriba, nas linhas sísmicas, a arriba com visor só se pode reconhecer quando ela é fossilizada por um espesso intervalo transgressivo. Se o nível relativo do mar descer (o que geralmente não é o caso durante uma transgressão), a linha da costa desloca-se para jusante, diminuindo a extensão da plataforma continental, o que permite que a arriba seja, pouco a pouco, corroída pelos agentes erosivos. Em certos casos, como, por exemplo, próximo de um rio, a arriba pode ser erodida muito rapidamente a quando da formação de um vale cavado. O deslocamento da linha da costa para jusante, a quando de uma descida relativa do nível do mar, rompe o perfil de equilíbrio provisório dos rios, os quais são obrigados a cavar os leitos e margens para alcançar um novo perfil de equilíbrio provisório. É este tipo de erosão fluvial que pode fazer desaparecer, rapidamente, as arribas localizadas próximo da foz dos rios como no caso ilustrado nesta figura (corte geológico do Cabo das Correntes, em Moçambique).
Artesiano (poço)...........................................................................................................................................................................................................................................Artesian Well
Artésien (puits) / Artesiano (pozo) / Bohrbrunnen / 自流井 / Артезианская скважина / Pozzo artesiano
Poço que permite à água, que se escoa através de uma rocha porosa (a uma determina profundidade) de subir à superfície. Esta produção de água, que não requer nenhum bombeamento, parece desafiar a gravidade, mas na realidade a pressão, que se acumula entre as camadas de rocha, libera-se quando a água encontra um caminho para o ar livre. Na realidade, durante centenas de anos, os poços artesianos foram perfurados para utilizar a água fria e filtrada que eles produzem a partir de uma profundidade, relativamente, pequena.
Ver: " Água de Formação "
&
" Água Higroscópica "
&
" Curso de Água "
Os poços artesianos são assim chamados devido ao poços que os monges Cartusianos perfuram na região de Artois (norte da França) para se aprovisionarem em água potável (cerca de 1126). Geologicamente, um poço artesiano, como ilustrado acima, é um poço que permite o escoamento de natural água subterrânea sem que nenhum bombeamento seja necessário, o que implica que a pressão seja suficiente para que a água atinja a superfície do terreno. Em geral o aquífero de onde a água subterrânea é produzida, é uma rocha porosa, como, um arenito ou calcário, que está intercalado entre duas camadas rochosas impermeáveis. Este tipo de aquífero é designado como aquífero cativo ou confinado. desta maneira, a água conserva uma pressão suficiente, que quando ela encontra uma saída, ela supera a força da gravidade e eleva-se até a superfície do terreno, como ilustrado acima (fotografia e corte geológico). A recarga de um aquífero ocorre quando o nível freático ou superfície piezométrica (nível superior da água de uma zona saturada) na sua zona de recarga tem uma elevação superior à elevação a cabeça do poço. Não confunda aquífero (formação geológica com boa porosidade e permeabilidade, que permite a circulação e armazenamento de água), com aquicluso, quer isto dizer, com uma formação geológica que armazena água, mas que não a libera. Um aquífero exposto em toda a sua extensão à superfície (zona de recarga) e que é limitado apenas pela camada impermeável inferior é um aquífero livre. Aquíferos de água fóssil são artesianos se as rochas circunvizinhas exercerem um pressão suficiente para que a água suba à superfície. Isto é, mais ou menos, o que acontece quando um poço de pesquiza petrolífera encontra uma rocha-reservatório saturada de hidrocarbonetos, quer isto dizer que o petróleo e o gás só sobem naturalmente à superfície se a pressão for suficientemente grande.
Asas de Gaivota (turbiditos).............................................................................................................................................................................................................Gull Wings
Ailes de mouette / Alas de gaviota / Gull Flügel / 海鸥的翅膀 / В форме крыла чайки / Ali di gabbiano
Expressão usada, frequentemente, pelos geocientistas que trabalham na industria petrolífera para designar a configuração ondulada, com a forma das asas de uma gaivota em voo, dos depósitos turbidíticos de transbordo associados aos cones submarinos do talude (cortejo de nível baixo).
Ver: " Cone Submarino do Talude "
&
" Cortejo de Nível Baixo (do mar) "
&
" Cortejo Sedimentar "
No offshore profundo da Paquistão, os cones submarinos do talude, associados ao delta do Indus, formam enormes estruturas em “asas de gaivotas”, quer isto dizer, enormes complexos de canais e diques marginais naturais turbidíticos, os quais são, perfeitamente, visíveis nas linhas sísmicas, como ilustrado nesta tentativa de interpretação de uma linha transversal (mais ou menos perpendicular à direcção do acarreio sedimentar) da região. Devido à litologia predominante argilosa e à idade, relativamente, recente destes depósitos de transbordo, as reflexões sísmicas são raras, como se pode constatar nesta tentativa, onde os reflectores foram decalcados (sublinhados por traços de lápis). As terminações dos reflectores associados aos depósitos de transbordo, isto é, aos diques marginais naturais, definem superfícies de base das progradações com vergências opostas. Estas progradações com vergências ou polaridades opostas sugerem direcções locais e não regionais dos aportes sedimentares. Isto quer dizer, que elas indicam os aportes terrígenos locais que são, mais ou menos, perpendiculares ao aporte regional, o qual é, grosseiramente, paralelo às correntes de turbidez. Quando a altura de uma corrente turbidítica é superior à altura do canal ou da depressão entre os lóbulos onde a corrente passa, ela desborda em direcções opostas, com aportes terrígenos locais, praticamente, perpendiculares à direcção da corrente. Quando, mais tarde, o nível relativo do mar começa a subir, as depressões entre os lóbulos ou canais (quando as correntes de turbidez cavaram um canal) onde passaram as correntes de turbidez, são preenchidas, em retrogradação, por sedimentos turbidíticos. Quando o fácies dos sedimentos de preenchimento é arenoso, as depressões ou canais exibem (depois da compactação) uma geometria biconvexa (devido a compactação diferencial). No caso contrário, isto é, quando a litologia argilosa é preponderante, a geometria do preenchimento é côncava, na parte superior. É importante não esquecer, que as "asas de gaivota" são sempre anteriores aos sedimentos que se depositam entre elas.
Asfaltito.........................................................................................................................................................................................................................................................................Asphaltite
Asphaltite / Asfaltito / Asphaltit / 沥青岩 / Асфальтит (твердый битум) / Asphaltite
Conjunto de hidrocarbonetos, geralmente sólido, de cor escura, que se encontra nas fissuras e fracturas dos depósitos sedimentares ou agregados cristalinos. Qualquer dos betumes naturais sólidos solúveis em bissulfureto de carbono e que funde acima de 110° C é considerado como um asfaltito.
Ver: " Betume "
&
" Hidrocarboneto "
&
" Exsudação "
Nesta fotografia, o asfaltito, que é um mineral, está associado a cristais de rocha. Este mineral orgânico tem uma composição química muita variada, uma vez, que ele corresponde a uma mistura de hidrocarbonetos. O asfaltito é amorfo e, em geral, de cor negra. Pode ocorrer como um líquido ou massa viscosa, mas, geralmente, endurece-se quando exposto ao ar. O asfaltito encontra-se com frequência em associação com pegmatitos e zonas milonitizadas (zonas de fractura, por vezes, activas ao longo das quais as rochas são esmagadas e trituradas), através das quais hidrocarbonetos profundos migram para a superfície. Podem-se distinguir três variedades de asfaltito: (i) Gilsonite, que é uma marca registada usada para um betume preto natural empregado na manufactura de ácidos, alcalóides, e revestimentos impermeáveis ; (ii) Grahamite, que é um hidrocarboneto sólido, negro, que ocorre nas fissuras, solúvel no bissulfeto de carbono e clorofórmio e (iii) Breu Brilhante, que é uma variedade com uma fractura brilhante e conchoidal, que se parece com a gilsonite, mas que tem uma densidade mais elevada e uma maior percentagem de carbono. A grande maioria dos geoquímicos consideram que os asfaltitos, são derivados de um sapropel (sedimento aquático rico em matéria orgânica e formado num ambiente sedimentar pobre em oxigénio, como um corpo de água estagnante) lacustre salino e, que as suas propriedades são função dos ambiente de deposição onde eles se formaram. Os asfaltitos fundem com dificuldade, enquanto que os asfaltos fundem facilmente. Por outro lado, os asfaltos ocorrer com ou sem percentagens apreciáveis da matéria mineral, enquanto que os asfaltitos têm, quase sempre, muito pouca matéria mineral associada. Os asfaltitos são frequentes na bacia de Uinta (EUA), onde eles são considerados como derivados dos sedimentos do Eocénico Superior da formação "Green River", a qual é formada por argilitos petrolíferos com elevado teor de carbonato.
Asfalto........................................................................................................................................................................................................................................................................................Asphalt
Asphalte / Asfalto / Asphalt / 沥青 / Асфальт / Asfalto
Liquido viscoso, em geral, castanho escuro ou preto, ou betume sólido um pouco derretido, composto quase, inteiramente, de carbono e hidrogénio e facilmente solúvel no bissulfureto de carbono. O asfalto tem uma estrutura coloidal. O asfalto não é volátil, mas é termoplástico a temperaturas entre 150°C e 200°C e têm propriedades isolantes e adesivas.
Ver: " Betume "
&
" Areia Asfáltica "
&
" Petróleo "
No onshore de Trinidade, perto da capital Porto de Espanha, a aldeia de “La Brea” é famosa pelo seu lago de asfalto, o qual é um dos três lagos naturais de asfalto mais importantes do mundo. Foi o lago de asfalto que deu o nome à aldeia, uma vez que em espanhol, "brea" significa asfalto ou areia asfáltica. As reservas restantes deste lago são entre 6 e 10 Mt (milhões de toneladas), o que, ao ritmo da extracção actual, dá reservas par cerca de 400 anos. Os outros lagos de asfalto importantes são: (i) “La Brea Tar Pit” na Califórnia e (ii) os “Menes” na Venezuela, onde existem vários lagos de asfalto com dimensões variadas e, que condicionaram a pesquiza petrolífera neste país. Na realidade, na Venezuela, a maior parte das reservas petrolíferas de petróleo, não-pesado, foram descobertas perfurando "os menes" ou as áreas circunvizinhas. Muitos asfaltos ocorrem como impregnações viscosas em arenitos, siltitos e calcários. Na maioria dos casos, estas ocorrências são consideradas como antigas rochas-reservatório de petróleo, nas quais os constituintes mais leves (constituintes mais voláteis) desapareceram ao longo da migração ou desde que elas foram exumadas. Asfaltos, relativamente, puros são conhecidos na Califórnia. Embora as exsudações de asfalto sejam conhecidas desde há muito tempo, em várias partes do mundo (existem várias referências no Velho e Novo Testamento), as mais bem conhecidas e maiores são as da Venezuela e Trinidade. Como o asfalto pode ser extraído do petróleo em quantidades comerciais pela remoção de componentes voláteis, ele é um material de construção barato para a cimentação e impermeabilização. Três tipos distintos de asfalto são extraídos dos resíduos do petróleo: (i) O usado na pavimentação das estradas (escoamento quase viscoso) ; (ii) O usado para isolar os telhados, revestir tubos, pinturas e papel laminado (viscosidade mais fraca) e (ii) Um outro com aplicações muito limitadas visto, que a sua viscosidade é dependente da temperatura.
Assinatura Estratigráfica (Neogénica)......................................................................................Neogene Stratigraphic Signature
Signature stratigraphique (Néogène) / Firma estratigráfica (Neógeno) / Stratigraphische Unterschrift (Neogen) / 地层签名(第三纪 ) / Неогеновая стратиграфическая аномалия / Signature stratigrafica (Neogene)
Esta assinatura traduz: (i) Um espessamento em direcção da terra, durante o Oligocénico Inferior ; (ii) Um deslocamento do biséis de agradação, durante o Oligocénico Superior, nas as partes profundas das bacias ; (iii) Um máximo de inundação, durante o Miocénico Inferior (24,8 Ma) ; (iv) O fim da agradação, predominante durante o Miocénico Inferior (Aquitaniano, 22,0 Ma) e a deposição de prismas de nível baixo de grandes dimensões ; (v) O fim da agradação, predominante do Miocénico Inferior (Burdigaliano, 21,0 Ma) e a deposição de prismas de nível baixo ; (vi) A inundação, durante o Miocénico Médio (Langiano e Serravaliano Inferior, 15 Ma / 6 Ma) ; (vii) Uma progradação significativa, durante Miocénico Médio (Serravaliano, 15 Ma / 10,5 Ma) ; (viii) Um deslocamento importante, para baixo e para o mar, dos biséis de agradação e deposição de prismas de nível baixo (10,5 Ma) ; (ix) O fim da agradação do Miocénico Superior e a deposição de prismas de nível baixo (10,5 Ma / 5,0 Ma) ; (x) A inundação, durante o Pliocénico Inferior (5,0 Ma) ; (xi) Uma agradação, durante o Pliocénico e Pleistocénico Inferior com muitos depósitos de nível baixo (5,0 / 1,6 Ma) e, finalmente, (xii) Depósito ciclos estratigráficos de alta frequência, durante o Pleistocénico Superior.
Ver: « Ciclo Estratigráfico »
&
« Estratigrafia Sequencial »
&
« Assinatura no Registro Estratigráfico »
Este diagrama representa a assinatura estratigráfica do Neogénico, como proposta por P. Vail e seus estudantes em 1992. Três episódios transgressivos maiores estão associados com as superfícies basais de progradação: SBP 24,8 Ma, SBP 16/15 Ma e SBP 5,0 Ma. Os deslocamentos mais importantes da ruptura costeira da superfície de deposição são em: (i) Direcção do mar (episódio regressivo), entre 30,0 e 25,5 Ma ; (ii) Direcção do continente (episódio transgressivo), entre 25,5 e 24,8 Ma ; (iii) Direcção do mar, entre 24,8 e 15,5 Ma ; (iv) Direcção do continente, entre 15,5 e 15,0 Ma ; (v) Direcção do mar, entre 15,0 e 10,5 Ma ; (vi) direcção da continente, entre 10,5 e 5,0 Ma e (vii) direcção do mar, entre 5,0 e 0,8 Ma. A alternância das configurações internas destes intervalos estratigráficos é, bem visível, nas linhas sísmicas, particularmente, nas margens divergentes, o que permite, por vezes, de os datar.
Assinatura no Registo Estratigráfico...............................................................................................Signature in Stratigraphic Record
Signature (registre stratigraphique)/ Firma estratigráfica / Unterschrift (stratigraphische Aufnahme) / 签名(地层记录) / Аномалия (в стратиграфической колонке) / Signature (record stratigrafico)
Resposta registada nas séries sedimentares dos eventos terrestres e extra-terrestres, como, por exemplo: (i) Tectónicos, (ii) Eustáticos, (iii) Climáticos, (iv) Acarreio sedimentar, (v) Explosões solares, (vi) Impactos, etc. Desde que a espessura dos registos é superior à resolução sísmica, a maior parte destes eventos pode ser reconhecida nos perfis sísmicos regionais.
Ver: « Assinatura Estratigráfica (Neogénica) »
&
« Resolução Sísmica »
&
« Estratigrafia Sequencial »
Este esquema, tirado do curso de P. Vail da Universidade de Rice (Texas, EUA), mostra: (i) A hierarquia ; (ii) As correlações (global, regional ou local) e (iii) A casualidade dos eventos geológicos. Assim, por exemplo, considerando os ciclos de invasão continental (assinatura), pode dizer-se que: (a) A sua distribuição no espaço (correlação) é global ; (b) Eles são induzidos por ciclos eustáticos de 1a ordem (distribuição temporal) e (c) Eles são, muito provavelmente, causados pelas variações de volume das bacias oceânicas. Note, que esta última conjectura só é válida se a quantidade de água, sob todas as suas formas, tiver sido constante desde a formação da Terra (isto é, ± 4,6 Ga). Esta conjectura é difícil de refutar. A grande maioria das observações geológicas corrobora-a. A quando da ruptura de um super-continente (Rodínia ou proto-Pangéia, ou Pangéia), a subsequente expansão oceânica produz montanhas submarinas (rides oceânicas), o que diminui de maneira significativa o volume das bacias oceânicas. Em tais condições, se a quantidade de água se mantiver constante, o nível do mar (eustático) é obrigado a subir invadindo os continentes. Ao contrário, desde que as colisões continentais, associadas às zonas de subducção (tipo A ou B) começam a ser predominantes, o que acontece, geralmente, na parte final ou muito avançada da expansão oceânica, o volume das bacias oceânicas aumenta e o nível do mar é obrigado a descer expondo uma grande parte da crusta continental. As variações do nível do mar durante as ingressões (transgressões) são mais lentas (0,1 cm/1000 anos) que durante as regressões (2 cm /1000 anos). Vail considera, que o factor preponderante das assinaturas estratigráficas, é a eustasia e não a tectónica (subsidência), uma vez que as mudanças eustáticas são muito mais rápidas do que as mudanças tectónicas. Contudo, em certos tipos de bacias sedimentares associadas com as zonas de subducção de tipo A, as variações tectónicas podem ser preponderantes.
Assoalhado Oceânico, Fundo Oceânico.......................................................................................................................................................Deep Sea Floor
Grand fond océanique / Gran Fondo oceánico / Tiefen Meeresboden / 深海海底 / Глубокое морское дно / Fondo marino profondo
Parte da crusta terrestre submersa pelos mares e oceanos, caracterizada por uma diversidade de profundidades, formas e ambientes. Excluída a região litoral ou parálica, que corresponde à faixa de rebentação (das ondas) e terra sempre emersa, o assoalhado oceânico divide-se em três vastas regiões: (i) Nerítica, Sublitoral ou Áctica; (ii) Batial e (iii) Abissal.
Ver: « Ambiente de Deposição »
&
« Abissal»
&
« Crusta »
Morfologicamente, na região nerítica, há a distinguir a plataforma continental, que é a parte do fundo oceânico, que se estende desde a linha das marés até à profundidade de 200 metros. Na região batial, entre 200 e 2000 metros de profundidade, os canhões submarinos são comuns, assim, como na base, os cones submarinos do talude associados às correntes de turbidez (turbidíticas). Na região abissal, que corresponde a uma profundidade de água (lâmina de água) superior a 2000 metros, diversas unidades morfológicas podem existir: (i) Fundos Oceânicos ; (ii) Planícies Abissais ; (iii) Bacias e Depressões Oceânicas ; (iv) Colinas Submarinas ; (v) Dorsais Oceânicas ; (vi) Fossas Abissais, etc. Estas unidades são, mais ou menos, desenvolvidas em função do tipo de margem. Na realidade, as morfologias do fundo oceânico de uma margem continental divergente e de uma margem convergente são bastante diferentes, uma vez, que elas estão associadas a diferentes eventos geológicos. A parte profunda do assoalhado oceânico é, em geral, constituída por crusta oceânica, a qual, perto dos continentes, forma o substrato dos prismas sedimentares. Contudo, longe dos continentes, onde o acarreio sedimentar é fraco, a crusta oceânica é, geralmente, coberta por um intervalo, relativamente, pouco espesso de sedimentos pelágicos muito finos, que podem levar muitos anos a atingir o fundo do mar. Em termos sedimentológicos, pode dizer-se que a plataforma continental é o domínio dos sedimentos de água pouco profunda, que o talude continental (zona batial e a parte proximal da zona abissal) é o domínio dos cones submarinos do talude (diques marginais naturais e depósitos de transbordo) e que a zona abissal é o domínio dos cones submarinos da bacia, sobretudo, quando estes estão desconectados dos cones do talude, e das vazas pelágicas. Foi a morfologia do assoalhado oceânico, que sugeriu, em grande parte, a Tectónica das Placas, que é a teoria unificadora que explica como é que a Terra trabalha.
Assoreamento (aluviamento)...................................................................................................................................................................Alluvium Accumulation
Alluvionnement / Acumulación aluvial / Aufschüttung / 冲积层堆积 / Отложение аллювия / Accumulo di alluvione
Deposição de aluvião, isto é, sedimentos (areia, argila, lodo, etc.) que se acumulam pela acção das correntes onde antes a água se escoava.
Ver: "Rio"
&
" Barra de Meandro (modelo) "
&
" Escoamento de Detritos "
As taxas de desnudação, durante o Paleozóico, inferidas do volume das rochas sedimentares preservadas, sugerem uma média de erosão continental de 16 m/ My, que produziu uma acumulação de sedimentos de cerca de 5 Gt/y. A erosão aumentou de maneira irregular desde Paleozóico e até ao Pliocénico (53 m/My com 16 Gt/y de deposição). Actualmente, o transporte sedimentar dos rios parece ser semelhante ao do Neogénico Tardio, com uma desnudação continental de 62m/My para uma deposição cerca de 21Gt/y. O acarreio sedimentar dos rios e a morfologia das bacias hidrográficas, sugere que a erosão natural é, principalmente, confinada às áreas de drenagem. Cerca de 83% do acarreio sedimentar dos rios deriva de 10% das áreas mais alta da Terra. A erosão subaérea resultante da actividade humana (sobretudo agricultura) aumentou de maneira significativa a taxa de desnudação, principalmente, nas zonas baixas da superfície terrestre (http://gsabulletin.gsapubs.org/content/119/1-2/140.abstract). A disparidade entre o acarreio natural (± 21 Gt/y) e antropogénico (75 Gt/y), inferido das perdas dos terrenos agrícolas, explica a espessura e idade dos assoreamentos. Com ilustrado, o assoreamento dos canais fluviais e planícies aluviais (em média, de ± 12, 600 m/My), é o processo geomorfológico mais importante em termos de erosão e deposição. O assoreamento antropogénico é superior ao induzido pelos glaciares Pleistocénicos e ao induzido pela erosão alpina actual (processos fluvio-glaciares). Por outro lado, os dados disponíveis sugerem que, desde 1961, a área cultivada, globalmente, aumentou de cerca de 11%, enquanto a população mundial, praticamente, duplicou. O efeito combinado deste dois factores é dramático, uma vez que é que a área cultivada per capita diminuiu de cerca de 44% durante o mesmo intervalo de tempo (em média, mais ou menos, 1% por ano). Isto é, cerca de 25 vezes a taxa de perda do solo prevista pela de desnudação das terras agrícolas induzida pelo homem. Num contexto de produção de alimentos per capita, a perda de solo por erosão de terras agrícolas é pouco significativo quando comparado com o impacto do crescimento populacional. (http:// gsabulletin.gsapubs.org/content/119/1-2/140. abstract).
Astenosfera................................................................................................................................................................................................................................................Astenosphere
Asthénosphère /Astenósfera / Asthenophere / 软流圈 / Астеносфера / Astenosfera
Zona externa do manto da Terra, situada debaixo da litosfera e muito menos rígida que esta. A astenosfera tem um comportamento plástico, provavelmente, devido a uma fusão parcial do material mantélico. É sobre a astenosfera, onde velocidade das ondas sísmicas é, relativamente, baixa, que assentam as placas tectónicas que formam a litosfera.
Ver: " Litosfera "
&
" Crusta "
&
" Terra "
A Terra tem um diâmetro de 12 714 km, ao longo dos pólos e de 12 756 km, ao longo do equador. A Terra tem uma massa de 5, 9736 x 1024 kg, um volume de 1 083 x 1027 cm3 e uma densidade média de 5, 517 g/cm3 (perto da superfície dos continentes, ela é cerca de 2,7 g/cm3 e no fundo do oceano, cerca de 3,0 g/cm3). A Terra é um planeta diferenciado, isto é, os componentes materiais que a formam estão separados e segregados segundo a sua densidade. Os materiais mais densos estão concentrados perto do centro e os menos densos perto da superfície. As diferentes camadas são reconhecidas na base das suas composições e das suas propriedades físicas. Assim, pode dizer-se que a Terra é constituída por três camadas concêntricas com diferentes petrografias: (i) Crusta (continental e vulcânica, a qual pode ser subaérea ou oceânica) ; (ii) Manto e (iii) Núcleo. Na base das propriedades físicas (reologia), a Terra pode dividir-se em : (a) Litosfera; (b) Astenosfera; (c) Mesosfera e (d) Núcleo. O limite entre o manto e núcleo é marcado por uma diminuição abrupta da velocidade das ondas P (ondas de compressão) e por uma não propagação das sondas S (ondas de cisalhamento), o que sugere, fortemente, que o núcleo interno é, provavelmente, líquido. O limite entre a crusta (ou crosta) e manto superior é marcado por um aumento da velocidade das ondas sísmicas (acima da zona de fraca velocidade ou zona LVZ). Assim, quando se fala de astenosfera e litosfera, isto é, da reologia das camadas, elas podem conter uma ou várias divisões petrográficas. A litosfera, por exemplo, inclui a crusta, a qual pode ser continental ou vulcânica e a parte superior do manto. A astenosfera, que em Grego (asthenēs) significa esfera fraca, está debaixo da litosfera. Ela tem uma espessura média de 200 km e é caracterizada por uma temperatura e pressão suficientemente grande para que parte das rochas que a constituem, percam resistência e fundam o que permite, que elas se escoem lateral e verticalmente.
Atalho de Meandro..............................................................................................................................................................................................Neck, Chute Cutoff
Goullote (méandre) / Atajo de meandro / Rutsche, Cutoff / 槽或截止, 在一条河, 跨的快捷方式 menader / Шейка меандра / Scivolo, Cut-off
Pequeno e estreito canal através da curva de um meandro formado durante uma inundação no decurso da qual o escoamento principal do rio é desviado para uma depressão entre as barras de meandro. Quando um rio corta, completamente, a garganta estreita de um meandro. Também chamado, por vezes, simplesmente Atalho.
Ver: « Meandro »
&
« Barra de Meandro (fóssil) »
&
« Linha de Baía »
Nesta figura, é fácil de compreender que um atalho de meandro está associado com a ruptura do leito do rio perto do pescoço do meandro. Esta ruptura realiza-se devido a lei do menor esforço, a qual controla todos os eventos geológicos, e que, neste caso particular, obriga a corrente do rio a percorrer menos espaço. Quando um meandro é abandonado, em geral, forma-se um lago, que se chama lago de meandro. Desde que o perfil de equilíbrio provisório de um rio se torna, mais ou menos, horizontal, em condições normais, o rio perde competência e começa a ziguezaguear formando meandros apertados. A erosão localiza-se na parte côncava (exterior) do meandro, enquanto, que na parte convexa se forma uma barra arenosa (barra de meandro). Em períodos de cheia, a energia e competência do rio aumenta substancialmente, o que permite a formação de atalhos de meandro e canais de meandros abandonados. Na maior parte dos casos, os atalhos e abandonos não são definitivos, quer isto dizer, que desde que as condições se normalizam, o rio pode voltar ao seu leito original. Contudo, como os depósitos das barras de meandro (quando o rio é activo) e tampões argilosos (quando o meandro é abandonado) preenchem, pouco a pouco, o canal, este é, mais cedo ou mais tarde, abandonado, definitivamente, e o atalho de meandro fica a ser o novo leito do rio. Sob ponto de vista da análise sequencial, é importante notar, que as desconformidades (definidas pelos biséis de agradação, por exemplo) observadas nos depósitos associados com os meandros (barras de meandro e tampões argilosos), não correspondem a discordâncias (limites de ciclos estratigráficos), visto que a erosão (na parte côncava do meandro) e a deposição (na barra de meandro, parte convexa do meandro) são síncronas. Em outros termos, não existe uma superfície de erosão induzida por uma descida relativa do nível do mar, uma vez, que os depósitos não estão associados a um aumento da acomodação (subida relativa do nível do mar).
Atalho de Meandro (evolução)...................................................................................................................................................................Neck, Chute Cutoff
Coupure de Goulotte / Atajo de meandro / Rutsche, Cutoff (Mäander) / 槽或截止 / Прорезь в перешейке / Scivolo, Cut-off, Collo di meandro
Pequeno e estreito canal através da curva de um meandro formado durante uma inundação no decurso da qual o escoamento principal do rio é desviado para uma depressão entre as barras de meandro. Quando um rio corta completamente a garganta estreita de um meandro. Chamado, por vezes, simplesmente Atalho.
Ver: “ Meandro ”
&
" Planície Deltaica "
&
" Barra de Meandro (modelo) "
Estas cartas ilustram as mudanças morfológicas, que a região do sítio arqueológico de Bone Bank (EUA) sofreu durante o último milénio. Actualmente, o lago de meandro (Cypress Slough), que está preenchido, principalmente, por aluviões, fica a Sul e a Este do sítio. Antes da civilização Caborn-Welborn, há cerca de 1700 anos, o rio Wabash corria ao longo de meandros, mais ou menos, apertados. Contudo, no inicio do século XV, o rio cortou a garganta apertada de um meandro por um atalho individualizando um lago de meandro (lago de Cypress Slough). Hoje, como ilustrado na carta de USGS, a morfologia é bastante diferente da de 1807. Na realidade, desde à cerca de 200 anos, um meandro destruiu continuamente a margem ocidental do sítio arqueológico. A formação de barras de meandro e o preenchimento, por sedimentos argilosos, dos meandros abandonados (tampões argilosos) não estão associados, pelo menos directamente, às variações relativas do nível do mar, isto é, às subidas relativas do nível do mar que aumentam o espaço disponível para os sedimentos. Da mesma maneira, a erosão dos bancos de meandro (parte côncava do meandro) não é induzida por uma descida relativa do nível do mar. Neste tipo de ambiente sedimentar, a deposição e erosão são fenómenos locais, directamente, associados a velocidade de escoamento da corrente, a qual é maior na parte externa (onde há erosão) do que na parte interna onde há deposição (barra de meandro). Assim, as terminações dos planos de estratificação (biséis de agradação) que se observam na barra de meandro e nos tampões argilosos (o que, muitas vezes, é bem visível nas linhas sísmicas, particularmente, nas linhas 3D) não definem superfícies de erosão, quer isto dizer, discordâncias induzidas por descidas relativas do nível do mar significativas. Por outras palavras, estas superfícies (estratigráficas ou sísmicas) não limitam ciclos estratigráficos. A influência das variações relativas do nível do mar é aqui pouco significa.
Atmosfera............................................................................................................................................................................................................................................................Atmosphere
Atmosphère / Atmósfera / Atmosphäre / 气氛 / Атмосфера / Atmosfera
Camada de gases que pode envolver um corpo celeste quando este tem uma massa suficiente para que a força de gravidade que ele induz possa reter-la. A retenção da atmosfera de um corpo celeste depende do valor da gravidade e da temperatura da atmosfera. Quando maior for a força da gravidade e mais baixa a temperatura da atmosfera mais estável é a camada de gases à volta do corpo celeste.
Ver: “ Terra ”
&
" Supernova "
&
" Big Bang (teoria) "
A atmosfera é o envelope de gases que envolve um planeta que este retém devido à sua força de atracção. Além de fornecer um aporte essencial de oxigénio, a atmosfera terrestre controla também a temperatura e protege-a contra os efeitos da radiação solar, tornando a vida possível. As mudanças das condições atmosféricas: (i) Movimento (vento) ; (ii) Temperatura ; (iii) Teor de água ; (iv) Precipitação (chuva) - constituem o clima. No que diz respeito à composição química da atmosfera, três componentes principais são evidentes: (a) Azoto ; (b) Oxigénio et (c) Árgon, assim como um grande número de componentes secundários, entre os quais o dióxido de carbono, hélio, néon, crípton, xénon, hidrogénio e óxidos de azoto. Muitos outros componentes existem sob a forma de traços devido a actividade vulcânica e industrial. A atmosfera pode ser dividida em várias camadas. A camada mais próximo da Terra, a qual marca o clima, é a troposfera. Acima da troposfera encontra-se a estratosfera, que se estende entre 10-16 km até, mais ou menos, 50 km. A mesosfera localiza-se acima da estratosfera, mais ou menos, entre 55 km e 80 km. A mesosfera contém a mesopausa e uma grande parte da camada D, que é uma região de baixa ionização. Acima da mesosfera, a termosfera é limitada entre, mais ou menos, 80 km de altitude e o bordo da atmosfera. É nesta última camada da atmosfera, que recebe do Sol uma enorme quantidade de energia radiante, que ocorrem fenómenos luminosos nocturnos particulares, como, por exemplo, as auroras. A parte mais externa da atmosfera é a exosfera, que tem muito poucas moléculas com uma velocidades apropriadas para escapar para o espaço interestrelar. A pressão exercida pelo peso da atmosfera de um planeta chama-se a pressão atmosférica. A pressão atmosférica e a densidade diminuem, rapidamente, de maneira, mais ou menos, exponencial com a altitude. A pressão atmosférica é baixa nos ciclones e alta nos anticiclones.
Atol ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................Atoll
Atoll, Île corallienne / Atol / Atoll / 环礁 /Атолл (кольцеобразный коралловый риф) / Atollo
Ilha baixa, formada por um recife coralino de forma anelar, contínuo ou interrompido por pequenos canais, envolvendo uma laguna central pouco profunda. No fundo da laguna crescem corais, nuitas vezes em formas de pináculo ou em cabeços com forma esférica.
Ver: " Atolon "
&
" Recife "
&
" Laguna "
Em plano, um recife coralino aparece como um recife em forma de anel ou de ferradura, que emerge da água profunda e fecha, parcialmente, uma laguna, razão pela qual os atóis são, por vezes, chamados ilhas lagunares. Como os atóis são a consequência do crescimento de organismos marinhos tropicais, eles encontram-se, unicamente, nas águas tropicais quentes. A formação da grande maioria dos atóis pode resumir-se da seguinte maneira : (i) Os corais instalam-se e crescem à volta de uma ilha oceânica, em geral, uma ilha vulcânica, formando um recife en franjas ; (ii) Em condições favoráveis, o recife expande-se e o interior da ilha afunda-se ; (iii) Eventualmente, a ilha afunda-se, completamente, deixando a franja de corais à superfície, que continua a desenvolver-se com uma laguna, mais ou menos, aberta na parte central. Quando uma ilha vulcânica se situa numa área onde a temperatura é, suficientemente, quente para permitir o crescimento de recifes, que contrabalance a subsidência, diz-se que a ilha está no ponto de Darwin. Ao contrário, quando uma ilha vulcânica está localizada num sitio fora das condições de formação e desenvolvimento dos corais, ela é, parcialmente, erodida e, mais tarde ou mais cedo, afunda-se originando um monte submarino. A distribuição dos atóis é muito instrutiva. A maioria dos atóis do mundo está no Oceano Pacífico, com concentrações nas ilhas Tuamotu (Rangiroa 1762 km2, área terrestre 79 km2), Carolina, Marshall, Mar de Coral, e em grupos de ilhas como o de Kiribati, Tuvalu e Tokelau. No Oceano Índico os atóis mais importantes são os das Maldivas (atol de Ari 2 252 km2, área terrestre 69 km2, Malé norte 1 565 km2, área terrestre 69 km2 e Huvadhu 3 152 km2, área terrestre 38,5 km^², o qual tem cerca de 250 ilhas), Ilhas Laccadive, arquipélago dos Chagos (12 642 km2, área terrestre unicamente 4,5 km2) e ilhas externas das Seychelles. O oceano Atlântico não tem grandes grupos de atóis, a não ser os oito atóis do Este do Nicarágua. Na maioria dos casos, a área de terra de um atol é muito pequena em comparação com a área total.
Atolon, Faro...............................................................................................................................................................................................................................................................................Atollon
Atollon, Faro / Atolón / Atollen / 法鲁 / Небольшой атоллоподобный риф / Faro
Conjunto de pequenos atóis encadeados. Sinónimo de Faro.
Ver: " Atol "
&
" Faro (atolon) "
&
" Recife "
Nesta imagem reconhecem-se, claramente, os diferentes atóis encadeados que formam o atolon das Maldivas. Cada atol corresponde a uma ilha baixa, formada por um recife coralino de forma anelar, contínuo ou interrompido por pequenos canais, envolvendo uma laguna central pouco profunda. No fundo da laguna crescem corais, em forma de pináculo ou cabeços de geometria esférica. Na margem externa, sobre a plataforma do recife, emergem bancos de areia coralígena, que constituem ilhotas ou se dispõem em degraus de praia devidos à rebentação das ondas. Na morfologia da plataforma do atol evidenciam-se, por vezes, blocos de calcário recifal talhados em cogumelos ou em forma de cabeça. Quando os canais entre as ilhas de recife são profundos eles permitem a navegação e constituem os canais de passagem (canal de Kardiva e Suvadiva). Na história geológica, muitos atóis morrem durante as subidas relativas do nível do mar. Na realidade, a sobrevivência dos atóis e, por consequência, de um atolon, implica que o crescimento dos corais contrabalance a subida relativa do nível do mar (tectónica, isto é, levantamento ou subsidência, mais eustasia) afim que a profundidade de água na qual os corais se encontram seja, mais ou menos, constante. Caso contrário, os corais vão encontrar-se sob uma grande lâmina de água e, pouco a pouco, morrerão, sobretudo, se a subida relativa do nível do mar for controlada mais pela subsidência do que pela eustasia (neste caso, a taxa da subsidência parece ser mais rápida do que a taxa da eustasia). O mesmo sucede com as plataformas carbonatadas, o que criou na análise sequencial um grande tema de discórdia entre escola de Vail e Schlager. Vail considera que uma discordância (superfície de erosão) é sempre associada a uma descida relativa do nível do mar, que provoca a exumação das plataformas calcárias e assim a morte dos corais. Schlager considera que certas discordâncias de Vail, nas plataformas carbonatadas, não correspondem a descidas relativas do nível do mar, mas ao contrário a subidas relativas muito importantes que colocaram a plataforma carbonatada debaixo da zona fótica impedindo a formação de carbonato. Assim, neste caso, não existe nenhuma superfície de erosão (limite dos ciclos estratigráficos), mas sim uma superfície de afogamento.
Átomo..................................................................................................................................................................................................................................................................................................Atom
Atome / Átomo / Atom / 原子 / Атом / Atomo
Unidade básica da matéria composta por um núcleo denso envolvido por uma nuvem de electrões carregados negativamente. O núcleo é composto de uma mistura de protões (partículas carregadas positivamente) e neutrões (electricamente neutros, salvo no caso do hidrogénio, cujo núcleo não têm nenhum neutrão).
Ver: " Matéria e Antimatéria "
&
" Fissão Nuclear "
&
" Datação Radiométrica "
Os átomos são muito grandes. Eles têm que o ser, porque contém muitas coisas acumuladas. É verdade que pensamos muitas vezes, nos átomos como sendo coisas muito pequenas, mas isso acontece apenas porque nós somos muito grandes. Para aperceber a grandeza de um átomo imagine, que ele se expande até que o tamanho do núcleo, se torne igual ao tamanho de um homem. Nestas condições, o átomo seria então um fino nevoeiro de electrões espalhado por uma esfera de 100 km de raio. Os electrões num átomo são atraídos pelos protões do núcleo pela força electromagnética. Esta força liga os electrões dentro de um potencial electrostático à volta do núcleo, o que significa que é necessário uma fonte externa de energia para que um electrão se escape do átomo. Mais próximo um electrão se encontra do núcleo, maior é a força atractiva. Os electrões próximo do centro requerem mais energia para escapar que os electrões mais afastados. Os electrões, como outras partículas, têm propriedades de uma partícula e de uma onda. Na nuvem de electrões à volta do núcleo, cada electrão forma uma onda tridimensional estacionária, isto é, uma onda que não se desloca em relação ao núcleo. Este comportamento é definido por uma órbita atómica (uma função matemática que caracteriza a probabilidade de que um electrão apareça, num lugar particular, quando a sua posição é medida, quer isto dizer que, apenas um determinado conjunto de órbitas existe à volta do núcleo, uma vez que outros padrões de ondas possíveis decaem, rapidamente, para uma forma mais estável. Cada órbita atómica corresponde a um determinado nível de energia. Um electrão pode mudar seu estado para um nível mais elevado de energia, absorvendo um fotão. Da mesma maneira, um electrão, com uma determinada energia, pode cair para um estado de energia mais baixo, irradiando energia sob a forma de um fotão. As diferenças de energias dos estados quânticos, são as responsáveis das espectrais atómicas.
Autigénese.......................................................................................................................................................................................................................................................Authigenesis
Authigenèse / Autigénesis / Authigenesis / Authigenesis (新矿物) / Аутигенезис / Autigenesi (minerali nuovi)
Processo pelo qual novas fases minerais são cristalizadas em sedimentos ou rochas durante a diagénese. O novos minerais podem ser produzidos por: (i) Reacções envolvendo fases já presentes no sedimento ou na rocha ; (ii) Precipitação de materiais introduzidos na fase fluída ou (iii) Uma combinação de componentes originais e introduzidos. Estes processos, que, em geral, se sobrepõem à alteração e cimentação, envolvem, normalmente, uma recristalização e podem produzir uma substituição total. As fases autigénicas mais frequentes são silicatos, como, por exemplo, quartzo, feldspatos alcalinos, zeólitos, halite, gesso, turmalina, glauconite, etc.
Ver: " Diagénese "
&
" Autigénico "
&
" Porosidade "
Nesta tentativa de interpretação de uma lâmina delgada, onde: (1) é quartzo detrítico ; (2) quartzo autigénico (crescimento) ; (3) calcite ; (4) poros ; (5) turmalina ; (6) turmalina autigénica (crescimento) e (6) hematite (cimento), a autigénese está bem ilustrada. A presença de glauconite autígena numa rocha e, em particular, em arenitos é muito importante na análise sequencial. Ela permite permite não só de identificar os cortejos transgressivos dos ciclos-sequência (ciclos estratigráficos induzidos por ciclos eustáticos de 3a ordem, isto é, com um tempo de duração entre 0,5 e 3-5 My), mas também os depósitos turbidíticos quando ela está associada com detritos de carvão. Quando nos detritos de uma poço de pesquiza se encontra glauconite autígena, o mais provável, é que a rocha de onde vêm os detritos seja uma rocha associada a um cortejo transgressivo, uma vez que a glauconite autígena se forma numa plataforma continental sob uma profundidade de água de cerca de 60 metros. Se além da glauconite também se encontram detritos de carvão, o mais provável, é que eles venham de uma rocha turbidítica (material transportado do continente e da plataforma continental, que foi depositado, muito rapidamente, nas partes profunda da bacia, onde o teor em oxigénio é muito baixo, senão zero). Se ao contrário, nos detritos do poço se encontram, unicamente, pedaços de carvão (ausência de glauconite autígena), o mais provável, é que eles estejam associados a uma rocha não-marinha. Estes critérios, muitas vezes, designados como os critérios de Selley, são utilizados pelos geocientistas que supervisionam os poços.
Autigénico...............................................................................................................................................................................................................................................................Authigenic
Authigénique/ Autigénico / Authigenens/ 自体 / Aутигенный / Autigenico
Mineral que cresceu "in situ" a quando da formação de um sedimento ou rocha do qual ele faz parte integral.
Ver: " Diagénese "
&
" Glauconite "
&
" Cortejo Transgressivo "
Os minerais autigénicos dão indicações preciosas sobre o ambiente de deposição e permitem, igualmente, criticar, isto é, testar as tentativas de interpretação geologica das linhas sísmicas. Neste exemplo particular de uma tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica do offshore da bacia Austral (Argentina), os resultados das diagrafias dos poços de pesquiza indicam a presença de abundantes de detritos de glauconite autígena em dois intervalos sedimentares. O primeiro intervalo corresponde a formação Springhill (Cretácico Inferior). Esta formação, que corresponde ao intervalo transgressivo da base da margem divergente, fossiliza as bacias de tipo-rifte do continente Gondwana, que, aqui, estão preenchidas por sedimentos vulcânicos (formação Tobifera). Os arenitos da formação Springhill são as rochas-reservatório principais da bacia Austral. No campo, a geometria retrogradante e o revestimento dos planos de estratificação por glauconite autígena corroboram a hipótese de um intervalo transgressivo na base da margem divergente, como proposto nesta tentativa. O segundo intervalo no qual pedaços de glauconite autígena foram encontrados nos detritos de sondagem, corresponde ao conjunto dos cones submarinos de bacia (CSB) do Miocénico Médio-Tardio, os quais são bem visíveis na planície abissal a jusante das sucessivas rupturas da base do talude continental. Quando os poços de pesquiza atravessaram os cones submarinos de bacia, os geocientistas de sonda, que supervisionam o avanço e geologia dos poços, encontraram nos detritos das sondagens pedaços de glauconite (mineral que se forma na plataforma continental, sob uma lâmina de água de cerca de 60 m) e pedaços de carvão (rocha não-marinha que se forma na planícies costeiras e deltaicas e que é facilmente oxidada). A presença desde dois materiais nos restos de sondagem implica um transporte terrígeno muito rápido dos sedimentos da plataforma e planície costeira para ambientes profundos pobres em oxigénio. Isto permitiu de corroborar a conjectura, que as rochas atravessadas pelo poço correspondem, provavelmente, a cones submarinos de bacia como as linhas sísmicas o sugerem. Note, que estes materiais podem também encontrar-se nos cones submarinos de talude (CST).
Autocíclico (mecanismo)...........................................................................................................................................................................................................................Autocyclic
Autocyclique (mécanisme) / Autocíclico (proceso) / Autocyclique (Mechanismus) / 摩托车(机制) / Автоциклический (механизм) / Autociclico (meccanismo) /
Mecanismo responsável pela acumulação de sedimentos que faz parte do próprio sistema sedimentar, como, por exemplo, o tamanho e configuração do canal do rio. Os processos autocíclicos são por vezes chamados como processos autogénicos. Estes mecanismos contrastam com os mecanismos alocíclicos, os quais são também responsáveis pela acumulação dos sedimentos, mas que são externos ao sistema sedimentar propriamente dito. Como exemplo de mecanismos alocíclicos podemos citar, as variações relativas do mar, a tectónica, clima, etc.
Ver: " Parâmetro de controlo (estratigrafia sequencial) "
&
" Variação Relativa (do nível do mar) "
&
“ Clima ”
Na geologia, como ilustrado neste corte geológico, baseado numa tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica, calibrada por dois poços de pesquiza, os processos autocíclicos (processos que fazem parte integral do sistema geológicos), são muito frequentes. Eles existem nos sistemas fluviais (tamanho e configuração do canal de um rio), sistemas glaciares (desenvolvimento das glaciações e depósito glaciares), sistemas de deposição marinha, etc. Na realidade, a extensão máxima de uma glaciação corresponde, a maior parte das vezes, ao período mais frio da glaciação. Contudo, para cada tipo de evento glaciar, a sequência reaccional é autocíclica: (i) Um aquecimento rápido termina um longo episódio de arrefecimento (com maior sensibilidade das baixas latitudes às causas externas, como a orbitais e solares) ; (ii) Um aporte de humidade de um oceano livre de gelo é uma condição, sina qua non, para formar edifícios glaciares ; (iii) A extensão singenética do deserto polar para o equador é um factor que limita o stock do gelo. A acumulação de estratos nos sistemas sedimentares é o resultado da interacção de processos autocíclicos (ou autogénicos) e alocíclicos (ou alogénicos). Os processos alocíclicos são mais bem compreendidos do que os autocíclicos e dentre eles pode citar-se o clima, eustasia, tectónica, variações relativas do nível do mar, etc. Como as características e importância dos processos autocíclicos são mal conhecidos é muito difícil deduzir-las dos sistemas sedimentares naturais. É por isso que certos geocientistas realizam toda uma série de experiências afim de desvendar os principais factores interactivos. Recentemente, a evolução autocíclica foi avaliado separadamente, para três tipos diferentes de sistemas sedimentares : leques aluviais, deltas e delta de marés.
Autociclo(carbonatos) .......................................................................................................................................................................................................................................Autocycle
Autocycle (carbonates) / Autociclo (carbonatos) / Autocycle (Karbonate) / 摩托车(碳酸盐岩) / Автоцикл / Autociclo (carbonati)
Modelo de deposição proposto por R. Ginsburg (1971) para os intervalos carbonatados compostos por uma superposição vertical de ciclos baticrescentes ABC.
Ver: " Deposição (carbonatos)"
&
" Ciclo Baticrescente ABC "
&
“ Cortejo Transgressivo ”
Este modelo geológico (construção matemática ou mental construído para descrever as observações) assume uma subsidência constante e contínua e, ao mesmo tempo, uma taxa de produção de material carbonatado autorregulada pela amplitude da progradação. Na fase 1, como a subsidência é mais importante do que a produção de material carbonatado, o resultado é uma subida relativa do nível do mar, a qual implica uma retrogradação da linha da costa. Durante esta fase há uma pequena remobilização dos sedimentos superficiais. Desde que a produção de material carbonatado é mais importante, que a subsidência (fase 2), há uma progradação da linha da costa. A linha da costa desloca-se para o mar, o que corresponde, mais ou menos, a uma descida relativa do nível do mar. Durante esta fase, há fabricação de carbonatos lagunares e os sistemas de dispersão são operacionais. Na fase 3, a produção de material carbonatado compensa a subsidência, quer isto dizer, que o nível relativo do mar mantém-se, mais ou menos, constante, o que produz um deslocamento da linha da costa para o mar, mas, praticamente, sem agradação. É nesta fase, que se forma o tampão supramareal por cima dos depósitos intermareais. A fase 4 é uma repetição da fase 1, isto é, uma nova subida relativa do nível do mar, uma vez que a subsidência, não sendo compensada pela formação de material carbonato, produz uma subida relativa do nível do mar, que desloca, outra vez, para o continente a linha da costa. Contudo, a profundidade da água, pelo menos, no início, é muito pequena para uma produção eficiente de carbonatos. O ponto mais importante deste modelo reside no facto da taxa de produção do material carbonatado se tornar inferior à taxa de subsidência desde que a progradação da linha da costa reduz, suficientemente, a extensão da lagoa. A taxa de produção só será recuperada quando a lagoa ficar de novo profunda (1-2 metros), devido à subsidência, para permitir uma produção e dispersão eficiente dos sedimentos carbonatados. Como ilustrado, este factor introduz um hiato na deposição. É por isso que os sedimentos submareais repousam directamente sobre os sedimentos supramareais.
Autóctono......................................................................................................................................................................................................................Autochthone, Autigenous
Autochtone / Autóctono / Autigeneous / 自生 / Автохтон (коренной житель) / Autoctono
Material que se encontra local onde ele se forma ou foi depositado.
Ver: " Alóctono "
&
" Halocinese "
&
" Subsidência Compensatória "
Nesta tentativa de interpretação geológica de uma linha sísmica ao largo do Golfo do México profundo, é fácil distinguir o sal alóctono e o sal autóctono. Sal autóctono está na sua posição estratigráfica original de deposição, enquanto que o sal alóctono não. Neste exemplo, os dois horizontes salíferos comunicam através de uma estrutura salífera vertical, mas muitas vezes, eles são separados por suturas salíferas subverticais (sem sal). Pode haver várias ordens de aloctonia. Em certas bacias salíferas, podem existir domos da segunda ou terceira geração, ou seja, domos salíferos formados a partir de um nível salífero alóctono de primeira ordem (domo de 2ª geração) ou de um nível salífero de segunda ordem (domo de 3ª geração). Note que nesta tentativa de interpretação geológica, a discordância, que foi, localmente, reforçada pela tectónica, não foi induzida pela halocinése (tectónica do sal), mas por um regime tectónico compressivo regional (compensação da extensão dos sedimentos da plataforma e da parte superior do talude continental), que encurtou os sedimentos abissais e o sal. Como ilustrado nesta tentativa de interpretação, os sedimentos do fundo do mar que cobrem a estrutura salífera alóctona foram alongados (e não encurtados) pelo movimento diapírico do sal. Este alongamento é o resultado de um regime tectónico extensivo, que desenvolveu, à medida que o sal se deslocava para os níveis estratigráficos superiores. O alongamento dos sedimentos se faz, unicamente, por falhas normais, que, neste caso particular, são, mais ou menos, radiais em torno da estrutura salífera e com uma polaridade oposta. No entanto, estas falhas normais não estão representadas na tentativa de interpretação, porque o deslocamento relativo dos blocos de falha é menor do que a resolução da linha sísmica. A estrutura no fundo do mar, mesmo se ela é convexa para cima (em forma de sino) não corresponde a uma estrutura anticlinal (estrutura de encurtamento), mas a uma antiforma, que é uma estrutura de alargamento criada por um regime tectónico extensivo local. Além disso, a antiforma do fundo do mar é mais recente do que as estruturas de compressão (anticlinais e falhas inversas) visíveis debaixo da discordância. Os sedimentos de baixo da discordância foram encurtados, enquanto os sedimentos acima da discordância foram alongados.
Autogénica (incisão)......................................................................................................................................................................................................................................Autogenic
Autogénique (incision) / Autogénica (incisión) / Autogenes / 自体 / Автогенный / Autogeno
O termo autogénico, literalmente, significa "auto-formação", assim uma incisão fluvial autogénica, por exemplo, significa uma incisão feita pelo próprio rio.
Ver: " Rio "
&
" Barra de Meandro (fóssil) "
&
" Vale Cavado (inciso) "
Embora a incisão ilustrada nesta fotografia possa ser considerada como autogénica, neste caso particular a corrente de água, que erodiu o substrato rochoso, localizou-se e acentuou a sua acção ao longo de uma zona de fragilidade das rochas induzida pelo movimento relativo dos blocos falhados de uma falha normal. As incisões autogénicas são, a maior parte das vezes, associadas com as descidas relativas do nível do mar, induzidas pela acção combinada da eustasia e da tectónica (levantamento ou subsidência). Na realidade, a quando de uma descida relativa do nível do mar, a linha da costa e os depósitos costeiros deslocam-se par o mar. Assim, se a descida relativa do nível do mar for significativa, pode acontecer que toda plataforma continental seja exumada e que a nova linha da costa se localize na parte superior do talude continental. Um tal deslocamento da linha da costa, que pode atingir centenas de quilómetros, desloca, igualmente, a desembocadura dos rios para jusante e para baixo (em direcção da bacia), o que provoca a ruptura dos perfis de equilíbrio provisório dos rios. Assim, os rios são obrigados a cavar (incisão autogénica) os seus leitos e a plataforma exumada para que novos perfis de equilíbrio provisório sejam alcançados (os perfis de equilíbrio definitivo nunca são alcançados). Mais tarde, quando o nível relativo do mar começa a subir e antes, que a primeira superfície transgressiva inunde a plataforma exumada, os vales cavados (incisões autogénicas) são preenchidos por sedimentos, em geral areias e argilitos, contemporâneos dos prismas de baixo nível depositados a jusante do rebordo da bacia. É o preenchimento dos vales cavados, que, muitas vezes, permite aos geocientistas a identificação das discordâncias (superfícies de erosão induzidas pelas descidas relativas do nível do mar significativas) que limitam os diferentes ciclos estratigráficos, que eles sejam de invasão continental ou de ordem inferior. Na realidade, a montante do rebordo continental, o qual pode corresponder ou não ao rebordo bacia, em particular quando as discordâncias não foram reforçada pela tectónica (discordâncias angular), as superfícies de erosão se reconhecem dificilmente, sobretudo nas linhas sísmicas.
Autólito..................................................................................................................................................................................................................................................................................Autolith
Autolithe / Autolito / Autolith / Autolith (火成岩片段 ) / лит (включение более древней изверженной породы) / Autolito
Fragmento de uma rocha ígnea incluída numa rocha ígnea de consolidação mais tardia, sendo as duas derivadas do mesmo magma. Uma acumulação oval, arredondada ou alongada de minerais ferromagnesianos, de origem incerta, dentro de uma rocha granítica. Por vezes, sinónimo Xenólito.
Ver: " Granito"
&
" Xenólito"
&
“ Subducção do tipo-B (Benioff) ”
A inclusão visível nesta fotografia de um granito porfiróide é um autólito rico em biotite, o que sugere duas fases distintas da formação do granito. A primeira fase, representada por um granito escuro era suficientemente competente para se fracturar enquanto que a segunda fase era ainda, mais ou menos, líquida para se poder incorporar na primeira (autólito). Para certos geocientistas os autólitos são xenólitos (fragmentos de rochas que são envolvidos numa rocha maior durante a fase terminar de desenvolvimento ou consolidação). Para outros, os xenólitos são inclusões que não são derivadas do mesmo magma e, que por vezes, correspondem a rochas muito diferentes. Assim, quando um fragmento de calcário se encontra dentro de uma rocha vulcânica, o termo autólito não é apropriado para o denominar, uma vez que têm uma origem e composição, completamente, diferente (em geral, ele é arrancado às paredes das fendas rochosas que o magma vulcânico atravessou para subir à superfície). Neste caso, é preferível dizer que o bloco calcário é um xenólito da rocha vulcânica. O mesmo sucede com certas rochas graníticas, como, por exemplo, nos migmatitos, nos quais se podem reconhecer xenólitos de rochas sedimentares, mais ou menos, metamorfizadas e granitizadas. Na realidade, nem todas as rochas graníticas são o resultado da cristalização de uma magma. Em certos casos, as rochas sedimentares podem ser enterradas a grandes profundidades e, pouco a pouco, granitizadas. Isto quer dizer, que neste caso (granitização) a formação de granito ou de rochas muitos semelhantes se faz por processos metamórficos, em oposição aos processos ígneos nos quais os granitos se formam a partir de um magma (líquido) de composição siálica. Na granitização, os sedimentos são transformados no estado sólido ou, parcialmente, fundidos, por processos que requerem a adição e remoção de vários componentes químicos quer difusão sólida, transporte de vapor ou movimento de soluções aquosas. Assim, no primeiro caso as inclusões são autólitos, mas não no segundo, elas são simplesmente xenólitos.
Autotrófico (organismo) ......................................................................................................................................................................................................................Autotrophic
Autotrophique (organisme) / Autotrófico (organismo) / Autotrophen / 自养 / Автотрофный / Autotrofi
Organismo capaz de sintetizar matéria orgânica a partir de compostos inorgânicos. Os autotróficos produzem seus próprios açúcares, lípidios e aminoácidos, a partir do CO2 , como fonte de carbono, e amónia ou nitratos, como fonte de azoto. Os organismos que usam a luz para sintetizar compostos orgânicos chamam-se autotróficos fotossintéticos. Os organismos que oxidam compostos, como por exemplo, o sulfeto de hidrogénio (H2S) para obtenção de energia chamam-se autótrofos quimossintéticos. Os fotossintéticos incluem as plantas verdes, certas algas e bactérias pigmentadas de enxofre. Como quimossintéticos podem citar-se as bactérias de ferro, bactérias nitrificantes e bactérias de enxofre não-pigmentadas.
Ver: " Bactérias "
&
" Vírus "
&
“ Fotossíntese ”
As algas ilustradas nesta figura são algas castanhas (classe Feofíceas). Elas são, tipicamente, organismos autotróficos, que são produtores na cadeia alimentar. Os organismos autotróficos são capazes de fixar o carbono, isto quer dizer, que eles não utilizam componentes orgânicos como fonte de energia ou de carbono. Eles tiram a energia do ambiente na forma de luz solar ou produtos inorgânicos e usam-a para criar molécula ricas em energia como os carbonohidratos É este mecanismo que é conhecido como produção primária. Muitos organismos autotróficos utilizam a água como agente redutor, mas outros podem utilizar compostos de hidrogénio como sulfeto de hidrogénio (gás sulfídrico). Os organismos autotróficos podem ser fototróficos e litotróficos. Os primeiros utilizam a luz como fonte de energia, enquanto que os segundos oxidam compostos inorgânicos, como o sulfeto de hidrogénio, enxofre, amoníaco, etc. Os organismos não autotróficos, isto é, os heterotróficos tiram dos autotróficos os seus alimentos, o que quer dizer que eles dependem dos autrotróficos para obter a energia de que eles necessitam. Os heterotróficos obtém a energia partindo as moléculas orgânicas (carbonohidratos, gorduras e proteínas) adquiridas pela alimentação. Os organismos carnívoros dependem em última instância dos autótroficos, porque os nutrientes provenientes da suas presa heterotróficas vêm dos autotróficos consumidos.
Avental, Depósito de talude, Apron.........................................................................................................................................................................................................................Apron
Tablier / Apron / Schürze (Geologie) / 围裙(地质) / Фартук (геология) / Apron (geologia)
Depósito argiloso situado na base do talude continental que forma o substrato dos cones turbidíticos de talude e que é fossilizado quer pelos depósitos de transbordo, diques marginais naturais e enchimentos dos canais ou depressões turbidíticas. Em certos casos, a parte distal do apron pode ser coberta pelos cones submarinos de bacia. Sinónimo de Avental ou Depósito de Base do Talude.
Ver: « Cone Submarino do Talude »
&
« Cone Submarino da Bacia »
&
« Ciclo-sequência »
Os cones submarinos de talude (CST) podem depositar-se directamente sobre os cones submarinos da bacia (CSB). Um cone submarino de talude (CST) é composto po : (i) Apron ; (ii) Depósitos de Transbordo ; (iii) Preenchimentos de Canais ; (iv) Diques Marginais Naturais ; (v) Argilitos Distais e (vi) Argilitos de Abandono. Os argilitos de abandono depositam-se na parte superior dos canais turbidíticos, quando estes se tornaram inactivos. A morfologia dos registos eléctricos é, quase sempre, característica: (a) Os cones submarinos de bacia (CSB) - têm um raio gama (RG) e potencial espontâneo (PS) cilíndricos ; (b) O apron - tem um PS linear e um RG com fraca amplitude, mas crescentes para cima ; (c) Os depósitos de transbordos - tem um PS e RG oscilantes e (d) Os preenchimentos de canais - têm PS e RG decrescentes para cima. Em cortes geológicos e linhas sísmicas longitudinais (± perpendiculares ao talude continental), o apron repousa contra o sopé continental por biséis de agradação marinhos. Em certos casos, o apron pode estar, directamente, sobre os cones submarinos de bacia (CSB). Na realidade, muitas vezes, os cones submarinos de bacia (CSB) estão muito afastados da base do talude continental (sobretudo quando são ricos em areia) e, nestes casos, os cones submarinos de talude (CST) e, particularmente, o apron repousam, directamente, sobre o limite inferior do ciclo-sequência, que na planície abissal, é uma conformidade, que correlaciona, a montante, com a discordância que define a base do ciclo estratigráfico. Note, que aquilo a que, por vezes, se chama canal turbidítico corresponde, muitas vezes, à uma depressão, por sem-depósito, entre os diques marginais naturais. Essa depressão é fossilizada por sedimentos retrogradantes quando o nível relativo do mar começa a subir. Os argilitos de abandono e o envelope pelágico, que, em geral, fossilizam, os cones submarinos de talude depositam-se num período de tempo que pode ser mais de 1 000 vezes superior ao tempo de deposição dos cones submarinos.
Avulsão...................................................................................................................................................................................................................................................................................Avulsion
Avulsion / Avulsión / Ausriss / 撕脱 / Внезапное изменение русла реки / Avulsione
Mudança abrupta da trajectória de uma corrente turbidítica. Há avulsão quando uma corrente turbidítica abandona o seu leito para tomar um outro trajecto.
Ver: " Turbidito"
&
" Corrente de Escape (turbiditos)"
&
" Cone Submarino do Talude "
É importante não esquecer que a expressão "canal turbidítico" é abusiva e cria confusões. A génese de um canal turbidítico não corresponde em nada à de um canal fluvial, assim como, uma corrente turbidítica não corresponde, em nada, a uma corrente fluvial. Uma corrente fluvial, como um rio, necessitam de ter um leito ao longo do qual ela se escoa. Assim, quando um rio transborda, os diques marginais naturais formam-se acima da base do leito. Uma corrente turbidítica não necessita de ter um leito para se escoar. Contudo, à medida que uma corrente turbidítica desacelera o material transportado deposita-se, sobretudo, em dois lóbulos laterais e, na parte distal, (jusante) em um lóbulo distal. O espaço entre dois lóbulos laterais (chamado com frequência "canal turbidítico") representa, unicamente, o lugar de passagem da parte mais rápida da corrente, que em desacelerando vai depositar o material, ainda transportado, mais a jusante. Quando for para a praia, encha o balde, com que o seu filho ou você brincam, com areia e água do mar e lance o conteúdo sobre areia da praia. Verificará, facilmente, que o conteúdo arenoso se depositou em dois lóbulos laterais separados por uma zona na qual nada se depositou. Se repetir esta operação várias vezes, lançando o conteúdo do balde sempre, mais ou menos, no mesmo sítio verificará que, pouco a pouco, os lóbulos se sobrepõem exagerando cada vez mais a área de sem deposição entre eles. Constatará também, que não há, praticamente, nenhuma erosão entre os lóbulos e que, progressivamente, as correntes, que você forma quando lança o conteúdo do balde na areia da praia se "canalizam", isto é, são forçadas a passar pela depressão entre os lóbulos. A avulsão é muito comum nos cones submarinos de talude, quando a corrente de turbidez ultrapassa a capacidade de passagem da depressão formada entre os diques marginais naturais. Durante a fase de avanço (progradação, correntes de densidade e velocidade altas), as avulsões e correntes de escape são preponderantes. Em contraste, durante a fase de recuo (retrogradação, correntes densidade e velocidade baixas), agradação e deslizamentos são dominantes. É durante a fase de recuo, que a grande maioria das depressões entre os diques marginais naturais é preenchida.
Azimute.................................................................................................................................................................................................................................................................................Azimuth
Azimut / Azimut / Azimut / 方位角 / Азимут /Azimut
O ângulo horizontal medido no sentido do movimento das agulhas de um relógio entre uma direcção, na superfície da Terra, e uma direcção de referência, geralmente o Norte.
Ver: " Inclinação "
&
" Inclinação Deposicional "
&
" Direcção de Deposição "
A palavra azimute deriva do árabe e quer dizer direcção. O azimute é, normalmente, medido em graus. O conceito de azimute é utilizado em muitas aplicações práticas e industriais, quer na navegação, astronomia, cartografia, exploração mineira, artilharia, etc. Em astronomia, o azimute é a distância angular (medida na direcção do movimento das agulhas de uma relógio) do ponto sul do horizonte à intersecção com o horizonte do circulo vertical que passa por uma estrela. Em navegação, o azimute é definido como a ângulo horizontal medido na direcção dos ponteiros de um relógio a partir do norte ou meridiano. O termo azimute é também utilizado no contexto militar e sobretudo na artilharia, onde ele é definido como a direcção de tiro. O azimute na navegação aérea é definido como a direcção do voo, num certo ponto do aparelho. Na industria mineira, o azimute, ou ângulo meridiano, é o ângulo medido na direcção dos ponteiros de um relógio de qualquer meridiano ou plano de referência. Um exemplo típico de azimute é a determinação da posição de uma estrela no céu. A estrela é o ponto de interesse, o plano de referência é o horizonte ou a superfície do mar, e o vector de ponto de referência aponta para o norte. O azimute é o ângulo entre o ponto norte e a projecção perpendicular de uma estrela sobre o horizonte. Assim, pode dizer-se que o ângulo de azimute é o ângulo entre o norte, indicado pela bússola, e a direcção da luz do sol. Como ilustrado nos esquemas desta figura, ao meio dia solar, o Sol está, praticamente, na direcção sul, no hemisfério norte. Por outro lado, como ilustrado, o ângulo de azimute varia através do dia. Nos equinócios, o Sol levanta-se, directamente, a Este e deita-se, directamente, a Oeste, independentemente da latitude, mas com um ângulo de azimute de 90° ao nascer do Sol e de 270° ao pôr do Sol (note que não é o Sol que põe, mas a Terra que mergulha, uma vez que é a Terra que orbita o Sol e não o contrário). Contudo, de maneira geral, o ângulo de azimute varia com a latitude e com o tempo durante o ano. As equações matemáticas para calcular a posição do S, durante o dia, são bem conhecidas dos interessados. Não esqueça de tomar em linha de conta a refracção atmosférica, quer isto dizer que devido à refracção, o nascer do Sol ocorre, ligeiramente, antes que Sol atravesse a linha do horizonte, uma vez que a luz do Sol é desviada ou refractada, desde que ela entra na atmosfera terrestre.